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Autor:
Renan Araujo
02 de Maio de 2022
Índice
1) Jurisdição
..............................................................................................................................................................................................3
3) Competência Territorial
..............................................................................................................................................................................................
12
5) Da Conexão e da Continência
..............................................................................................................................................................................................
24
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Aula 03
JURISDIÇÃO
Conceito
O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções: Administrativa, legislativa e
jurisdicional. A primeira é exercida pelo Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo
Judiciário. No estudo de Direito Constitucional vocês verão que, na verdade, cada um dos
Poderes da República exerce primordialmente uma função, e não exclusivamente. Entretanto,
para o nosso estudo, basta que vocês saibam isso.
Dentre estas funções, como eu disse acima, ao Judiciário cabe a função jurisdicional. Mas em que
consiste a função jurisdicional? Para entendermos, vamos à etimologia da palavra.
Jurisdição deriva do latim, iuris dictio, que significa DIZER O DIREITO. Partindo desta premissa,
podemos conceituar a Jurisdição como:
A finalidade da jurisdição, ou seu escopo, é trazer a paz social. Entretanto, essa é sua finalidade
social. Ela possui, ainda, pelo menos duas outras finalidades.
A jurisdição possui um escopo jurídico, que é resolver o imbróglio jurídico que perdura, dizer
quem tem o direito no caso concreto, segundo o sistema jurídico vigente. O fortalecimento do
senso de democracia participativa também se insere nesse escopo da jurisdição, quando falamos,
por exemplo, da Ação Popular (que também possui previsão para o a seara penal).
Possui também, uma finalidade política, que é a de fortalecer a imagem do Estado como
entidade soberana, que tem o poder de dizer quem está certo e fazer valer essa decisão.
Por fim, a jurisdição possui um escopo educacional ou pedagógico, que, no processo penal, tem
por finalidade transmitir à população a aplicação prática do Direito, fazendo com que a
população se torne cada vez mais consciente daquelas condutas que são penalmente tuteladas
(parte da Doutrina entende como sendo integrante do escopo social).
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Características da Jurisdição
Inércia
Entretanto, existem exceções. Vocês não precisam saber todas. O que vocês precisam saber é
que há exceções, e isso basta. Uma delas é a possibilidade que o Juiz tem de, ex officio (sem
provocação), conceder a ordem de Habeas Corpus, sempre que a pessoa estiver presa mediante
abuso de poder ou ilegalidade. Nos termos do art. 654, § 2° do CPP:
● Um conflito jurídico pode não ser um conflito social, e não cabe ao Juiz criar um.
● Um Juiz que dá início a um processo, mal ou bem, está a indicar para qual lado tende a
julgar, e isso violaria o princípio da imparcialidade de Juiz.
Assim, não pode um Juiz dar início a um processo (salvo as raríssimas exceções legais), sob pena
de violação a este princípio da Jurisdição.1
Fato é que, embora a parte deva, em alguns casos, colaborar para o trâmite do processo, após a
movimentação do Estado-Juiz, a parte SEMPRE TERÁ UMA SENTENÇA. Entretanto, a simples
provocação do Estado-Juiz não garante ao autor uma SENTENÇA DE MÉRITO (Mais à frente
estudaremos as diferenças entre ambas).
1
Um Juiz não pode dar início a um processo sem que haja provocação, nem julgar um pedido que não foi feito,
porque isso seria uma burla ao princípio da inércia. Suponhamos que Pedro tenha sido denunciado pela prática de
um crime de homicídio. Não pode o Juiz, valendo-se da denúncia oferecida, condená-lo, ainda, por um roubo
cometido em outro momento, e que não fora objeto da denúncia, SIMPLESMENTE PORQUE ISSO NÃO FOI
OBJETO DA AÇÃO. Isso é o que se chama de princípio da adstrição, ou congruência, que é um dos corolários da
inércia da jurisdição.
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Caráter substitutivo
Diz-se que a jurisdição possui caráter substitutivo porque a vontade do Estado (vontade da lei)
substitui a vontade das partes. Entretanto, nem sempre isso ocorre, visto que, como já dissemos,
existem ações em que a vontade do Estado ao prestar a tutela jurisdicional não substituirá a das
partes, por coincidirem. Ex: Imaginem que o MP denuncia A, por homicídio em face de B. A, no
entanto, concorda com a punição e a reconhece como merecida e justa, não se importando em
ser preso, pois matara o assassino de seu irmão.
Definitividade
Como o próprio nome indica, meus caros alunos, a jurisdição é dotada de definitividade, ou seja,
em um dado momento, a decisão prestada pelo Estado-Juiz será definitiva, imodificável.
Claro que essa definitividade só ocorrerá se a demanda for apreciada no mérito. Se estivermos
diante de uma sentença meramente terminativa (que não aprecia o mérito da demanda), esta não
fará coisa julgada material, logo, a tutela jurisdicional prestada não será definitiva. POR ISSO SE
DIZ QUE AS SENTENÇAS DE MÉRITO SÃO DEFINITIVAS. Entretanto, alguns doutrinadores
entendem que no caso de não haver sentença de mérito, NÃO HÁ JURISDIÇÃO!
CUIDADO! Nos processos em que há sentença condenatória, esta nunca faz coisa julgada
material, pois, a qualquer tempo, pode ser promovida a revisão criminal, desde que preenchidos
alguns requisitos, nos termos do art. 621 e 622 do CPP.
Princípios da Jurisdição
Investidura
Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido do Poder jurisdicional. Como esse Poder
pertence ao Estado, ele é quem delega esse Poder aos seus agentes. Essa delegação do Poder
jurisdicional se dá através da posse no cargo de magistrado, que, no Brasil, pode ser por
concurso público (art. 93, I da CF/88), ou pelo quinto constitucional (art. 94 da CF/88).
Indelegabilidade
Aqueles que foram investidos do Poder jurisdicional não podem delegá-lo a terceiros. Possui
duas vertentes: Externa e Interna.
Na sua vertente externa, significa que não pode o Poder Judiciário (a quem a CF/88 conferiu a
função jurisdicional) delegá-la a outros órgãos ou a outro Poder.
Na vertente interna, significa que, após fixadas as regras de competência para julgamento de um
processo, não pode um órgão do Judiciário delegar sua função para outro órgão jurisdicional.
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Inevitabilidade da jurisdição
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito;
Esse princípio também possui duas vertentes. A primeira refere-se à possibilidade que todo
cidadão tem, de levar à apreciação do Poder Judiciário uma demanda (nos casos de a demanda
ser uma ação penal, somente os legitimados podem oferecê-la), e de ter a prestação de uma
tutela jurisdicional (Isso não garante uma sentença de mérito, lembre-se!). A segunda vertente é a
de que o processo deve garantir o acesso do cidadão à ordem jurídica justa, na visão de que o
Estado só cumpre efetivamente seu papel quando efetivamente tutele o interesse da parte.
Assim, se o Judiciário demora 15 anos para julgar um processo criminal, não está oferecendo à
sociedade uma ordem jurídica justa.
Quando nos referimos ao acesso à ordem jurídica justa, especificamente no processo penal,
estamos falando em acesso à tutela jurisdicional adequada, que se materializa através:
Esse princípio visa a evitar que a parte escolha o magistrado que irá julgar a sua causa ou, sob a
ótica inversa, que o Estado determine quem será o Juiz de uma causa após a propositura desta.
Evita-se, portanto, a escolha casuística do Juízo que irá analisar a causa.
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Significa que a Jurisdição possui um limite territorial. Esse limite é o território brasileiro, as
fronteiras onde o país exerce seu poder soberano.
Isso implica dizer que TODO JUIZ TEM JURISDIÇÃO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL.
Entretanto, por questão de organização funcional, a competência de cada (forma pela qual
exercerá seu poder jurisdicional) é delimitada de várias formas.
Assim, se uma questão afirmar que quando um Juiz de São Paulo solicita a outro, do Rio de
Janeiro, a prática de um ato processual (carta precatória) porque não tem jurisdição no Rio de
Janeiro, está ERRADA! O Juiz de São Paulo tem jurisdição em todo o território nacional, o que
ele não tem é competência fora de sua base territorial.
Espécies de Jurisdição
A doutrina enumera várias espécies de “jurisdições”, baseada nos mais diversos critérios.
Entretanto, apenas duas nos serão úteis:
⮚ Jurisdição superior e inferior – A inferior é exercida pelo órgão que atua no processo
desde o início. Já a superior é exercida em grau recursal. Frise-se que os Tribunais
podem atuar TANTO COMO JURISDIÇÃO INFERIOR COMO SUPERIOR, a depender
da demanda, pois existem demandas cuja competência originária para processo e
julgamento é dos Tribunais, como no caso de pessoas com prerrogativa de foro.
⮚ Jurisdição comum e especial – A jurisdição especial, no processo penal, é formada
pelas 02 “Justiças especiais” estabelecidas na Constituição, em razão da matéria:
Justiça Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a jurisdição comum
é exercida residualmente. Tudo que não for jurisdição especial será jurisdição
comum, que se divide em estadual e federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui
competência criminal.
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Esta espécie de competência é a primeira que deve ser analisada para que possamos, no caso
concreto, definir qual o órgão Jurisdicional é competente para julgar o processo.
Esta espécie leva em consideração a natureza do fato criminoso para definir qual a “Justiça”
competente (Justiça Eleitoral, Comum, Militar, etc.).
Justiça Eleitoral
Justiça Especializada
Justiça Militar
COMPETÊNCIA
CRIMINAL EM RAZÃO
DA MATÉRIA
Justiça Federal
Justiça Comum
Justiça Estadual
Assim, existem basicamente duas ordens de competência criminal em razão da matéria: Comum e
especial. A Justiça comum se divide em Federal e Estadual. Já a Justiça Especial se divide em
Eleitoral e Militar.
Desta maneira, o primeiro passo na fixação da competência é definir à qual “Justiça” cabe julgar
o fato.
A Justiça Especial (Eleitoral e Militar) julga somente os crimes que sejam eleitorais e militares. Todos
os outros crimes são de competência da Justiça Comum. Dizemos, assim, que a Justiça comum
possui competência residual.
Mas como saber quando um crime será julgado pela Justiça Comum Federal e quando será julgado
pela Justiça Comum Estadual? Nesses casos, somente será competente a Justiça Comum Federal
se estivermos diante de uma das hipóteses previstas no art. 109 da Constituição:
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(...)
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Todas as causas que não se enquadrem na competência da Justiça Comum Federal, serão de
competência da Justiça Comum Estadual. Assim, a Justiça comum estadual possui competência
duplamente residual: 1) primeiro, é residual porque a Justiça Comum é residual em relação à
Justiça Especial; 2) é residual em relação à Justiça Comum Federal.
Analisando mais especificamente o CPP, verificamos que ele “passa batido” pela definição da
competência em razão da matéria (que ele chama de “natureza da infração”), limitando-se a dizer
que esta será definida conforme as Leis de Organização Judiciária. Por “Leis de Organização
Judiciária” entenda-se, atualmente, “Constituição Federal”, pois quando do advento do CPP
(1941), a definição destas normas era mera questão de organização judiciária, e não uma questão
de índole constitucional como hoje.
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de
organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121,
§§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal,
consumados ou tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
A competência do Tribunal do Júri está prevista, ainda, na própria Constituição Federal, em seu
art. 5°, XXXVIII, d:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
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Mas quais seriam os crimes dolosos contra a vida? Estes são os previstos no capítulo I do Título I
da parte especial do CP, compreendendo os crimes de homicídio, instigação ou induzimento ao
suicídio1, infanticídio e aborto2.
Com relação a estes crimes, entende-se que a Constituição estabeleceu uma cláusula pétrea, ou
seja, cláusula que não pode ser modificada pelo constituinte derivado. Assim, a Doutrina entende
que as hipóteses de competência do Tribunal do Júri podem ser ampliadas, mas nunca reduzidas!
Vale frisar que o Júri irá julgar os crimes dolosos contra a vida e também aqueles que sejam conexos
com estes (ex.: homicídio doloso consumado conexo com estupro = Júri julgará os dois).
Por fim, os crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal com resultado morte
não são da competência do júri, pois não são crimes dolosos contra a vida. O primeiro é crime
patrimonial; no segundo a morte deriva de culpa, não de dolo do agente.
Por fim, o Tribunal do Júri poderá ser realizado no âmbito de “qualquer Justiça”. Como assim?
Significa que podemos ter Tribunal do Júri na Justiça Estadual (o mais comum), na Justiça Federal,
etc. (ex.: Policial Rodoviário Federal morto em serviço = trata-se de competência da Justiça
Federal, pois atenta contra serviço e interesse da União, mas ao mesmo tempo é crime doloso
contra a vida, logo, será da competência do Tribunal do Júri FEDERAL).
1
Vale frisar que o art. 122 do CP, com a redação dada pela Lei 13.968/19, passou a se chamar “induzimento, instigação
ou auxílio a suicídio ou a automutilação”. Todavia, apenas quando for induzimento, instigação ou auxílio a SUICÍDIO
é que a competência será do Júri, por se tratar de crime doloso contra a vida.
2
Existem, ainda, crimes dolosos contra a vida previstos, por exemplo, na Lei de Genocídio (Lei 2.889/56). Neste caso,
a competência também será do Tribunal do Júri (STF, RE 351.487/RR).
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Para definirmos a competência territorial devemos, primeiramente, saber onde o crime foi
praticado. Mas, para isso, precisamos saber qual o critério para definição do “lugar do crime”.
Nos crimes plurilocais, aplica-se, em regra, a teoria do resultado, considerando-se como local do
crime o lugar onde o resultado se consuma1. A exceção são os crimes plurilocais contra a vida,
onde se aplica a teoria da atividade.2
Assim, como regra, no processo penal, a competência territorial é definida pelo lugar em que se
consumar a infração.
Existem ainda alguns regramentos específicos, como nos crimes de competência dos Juizados
Especiais e nos atos infracionais, em que se aplica a teoria da atividade, e nos crimes
falimentares, em que se considera lugar do crime o local em que foi decretada a falência. Assim:
1
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em
que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção.
2
Trata-se de entendimento jurisprudencial consolidado, para facilitar a produção probatória, na busca pela verdade
real. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 209
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O § 3° e o art. 71 tratam do fenômeno da prevenção. O que isso significa? Quando dois ou mais
órgãos jurisdicionais são competentes para apreciar determinada demanda, a competência será
fixada naquele que primeiro atuar no caso. Assim, a competência será fixada naquele Juízo que
primeiro praticar algum ato relativo ao caso. Essa é a definição de competência fixada por
prevenção. Nos termos do art. 83 do CPP:
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um
deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de
medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da
queixa (arts. 70, § 3º, 71, 72, § 2º, e 78, II, c).
3
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do
Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da
Capital da República.
Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos
fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça
do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último
em que houver tocado.
Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao território
brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao território
nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo território se verificar o pouso após o crime,
ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, a
competência se firmará pela prevenção. (Redação dada pela Lei nº 4.893, de 9.12.1965)
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EXEMPLO: José, visando exigir pagamento pelo resgate (crime de extorsão mediante
sequestro, que é crime permanente, pois se prolonga no tempo), sequestra Maria na
cidade do Rio de Janeiro, levando-a para um cativeiro em Campinas, no qual a vítima
fica uma semana. Posteriormente, José leva a vítima para outro cativeiro, em Belo
Horizonte-MG, onde a vítima fica mais uma semana e acaba sendo libertada. Nesse
caso, a competência será do Juízo criminal de qualquer das três comarcas (Rio de
Janeiro, Campinas e Belo Horizonte), firmando-se naquele Juízo que primeiro atuar no
caso, antecipando-se aos demais. Imagine-se, por exemplo, que em Campinas tenha
sido aberta investigação e tenha sido decretada a interceptação telefônica pelo Juiz
competente. Nesse caso, este Juízo estará prevento para processar e julgar a futura
ação penal relativa a este delito.
A Lei 14.155/21 criou nova hipótese de definição da competência territorial. Vejamos o §4º do
art. 70 do CPP:
Como se vê, o referido artigo passou a estabelecer um critério, até então inexistente, de
competência em razão do foro do domicílio ou residência da vítima. Isso se dará no caso de
crime de estelionato quando:
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não retornou contato. O mesmo fez com Joana. Nesse caso, a competência será do
foro do domicílio ou residência da vítima. Assim, tanto o Juízo criminal de
Petrópolis-RJ quanto o Juízo criminal de Campinas-SP são igualmente competentes
para julgar o caso. Todavia, imaginemos que em Campinas tenha sido iniciada
investigação e o Juízo competente tenha decretado a prisão preventiva de José.
Nesse caso, o Juízo de Campinas estará prevento para processar e julgar a futura ação
penal ajuizada, caso haja reunião dos processos.
Se dois ou mais Juízes, na mesma comarca, forem competentes para julgar a demanda, a
competência será fixada pelo critério da distribuição, ou seja, a competência será fixada naquele
órgão jurisdicional ao qual fora distribuída a ação penal. Nos termos do art. 75 do CPP:
Existem casos em que a competência territorial poderá ser fixada levando-se em conta o
domicílio do réu. Vejamos4:
● Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada pelo lugar do domicílio ou
residência do réu.
● Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
● Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu paradeiro - juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.
● Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada – Poderá o querelante
escolher ajuizar a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu, ainda que
4
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
§ 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do
réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
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conhecido o lugar da infração (ex.: Maria foi vítima de crime de ação penal privada,
praticado por José. Maria poderá escolher ajuizar a queixa-crime no lugar da infração
ou no lugar do domicílio ou residência de José).
Gostaria de chamar a atenção de vocês para um fato: O art. 73 fala em “casos de exclusiva ação
privada”. Assim, no caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante
optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca do local da infração, caso
este local seja conhecido, pois esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é
==1cb72c==
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o
último ato de execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora
dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no
Brasil, o último ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional,
será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha
produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de
duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
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Após definida qual “Justiça” irá julgar o processo, devemos definir a competência do órgão
Jurisdicional verificando as condições pessoais dos acusados.
Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais mais baixos, inferiores,
quais sejam, os Juízes de primeiro grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos,
considerando a presença de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que essa
competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a chamada prerrogativa de função
(vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”).
EXEMPLO: O art. 96, III da Constituição Federal estabelece que cabe aos Tribunais de Justiça dos
Estados e do DF, julgar os Juízes estaduais de primeiro grau, bem como os membros do MP que
atuem na primeira instância, tanto nos crimes comuns quanto nos crimes de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (hipótese na qual serão julgados pelo TRE local):
Existem inúmeras outras hipóteses previstas na Constituição Federal, nas quais há prerrogativa de
foro em razão da função exercida pelo acusado. Para facilitar a compreensão de vocês, reuni estas
hipóteses no quadro abaixo:
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1
Mesmo em se tratando de CRIME FEDERAL, cabe ao TJ o julgamento, e não ao TRF. A ressalva constitucional é
apenas em relação à Justiça ELEITORAL. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 214/215
2
Nos crimes de responsabilidade PRÓPRIOS a competência para julgar o prefeito municipal é da CÂMARA DE
VEREADORES. (STF, RE 192.527/PR, bem como HC 71.991-1/MG).
3
Em relação aos magistrados e membros do MPF, o TRF a que estão vinculados será competente, mesmo em se
tratando de crime que seria de competência da Justiça Estadual. Ver, por todos, PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 214
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Especificamente no caso dos prefeitos, há uma súmula importante (súmula 702 do STF), que
estabelece que a competência do TJ para julgar os prefeitos só se aplica em caso de crime de
competência da Justiça estadual. Sendo crime federal, a competência será do TRF; sendo crime
eleitoral, a competência será do TRE.
Inicialmente, deve-se perguntar: o foro privilegiado se aplica a todo e qualquer crime praticado
pelo agente público? Sempre se entendeu que sim, ou seja, não havia diferença entre crime
praticado no exercício das funções (e com elas relacionados) ou crimes sem relação com as funções.
Todavia, o STF, mais recentemente, quando do julgamento da AP 937, fixou duas teses
importantes:
O foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício
do cargo e relacionados às funções desempenhadas
Após o término da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência não mais se altera pelo fato de o agente
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deixar de ocupar o cargo, seja qual for o motivo (renúncia ao cargo, posse em outro cargo,
etc.).
Ou seja, além de o crime ter que ter sido praticado durante o exercício do cargo, deve ter relação
com as funções desempenhadas no cargo.
Além disso, a segunda tese visa a evitar manobras processuais, como muitas vezes ocorria (o
processo seguia no Tribunal até quase a prolação da sentença, quando então o réu renunciava ao
cargo e o processo tinha que ser remetido à primeira instância).
Assim, com relação à perda do cargo durante o processo, temos o seguinte regramento
atualmente:
Porém, apesar dos standards estabelecidos pelo STF, o próprio STF e também o STJ firmaram
outros entendimentos importantes, que merecem destaque:
No caso do foro privilegiado dos membros do Judiciário, o STJ entendeu que deve
abranger todo e qualquer crime, e não apenas aqueles que tenham relação com a função,
pois a ausência do foro privilegiado poderia conduzir a uma situação de descrédito à Justiça,
já que um desembargador poderia vir a ser julgado por um Juiz de primeira instância
vinculado ao mesmo Tribunal (ex.: desembargador do TJSP julgado por Juiz de primeira
instância no estado de São Paulo), o que levantaria dúvidas na sociedade quanto à
imparcialidade do magistrado (QO na ação penal No 878 – DF).4
Idêntico entendimento deve ser adotado quanto aos membros do MP. O STJ entendeu que,
por simetria constitucional, os membros do MP devem ter o foro privilegiado assegurado
ainda que em relação a crimes desvinculados das funções, por uma simetria constitucional
em relação aos membros do Judiciário.
O STF reconheceu (QO no Inq. 4342 - Informativo 10495) que a competência penal originária
do STF para processar e julgar parlamentares alcança os congressistas federais no exercício
4
O tema, porém, encontra-se pendente de apreciação pelo STF, que reconheceu a repercussão geral do tema (RE
1.331.044).
5
“O Tribunal, por maioria, resolveu a questão de ordem para assentar a manutenção da competência criminal
originária do Supremo Tribunal Federal nos casos de “mandatos cruzados” exclusivamente de parlamentar federal, ou
seja, quando investido em mandato em casa legislativa diversa daquela que deu causa à fixação da competência
originária, conforme o art. 102, I, “b”, da Constituição Federal, sem solução de continuidade, nos termos do voto do
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de mandato em casa parlamentar diversa daquela em que teria ocorrido o crime, desde que
não haja solução de continuidade. Uma vez presentes os requisitos para a configuração do
foro privilegiado (nos termos do entendimento firmado na AP 937), a prerrogativa de foro
alcança também os casos chamados de “mandatos cruzados” de parlamentar federal,
quando não houver interrupção ou término do mandato. Ex.: José, deputado federal,
praticou crime de peculato, durante o exercício do mandato. Na eleição seguinte, foi eleito
para o cargo de senador da República. Como não houve interrupção no exercício da função
parlamentar (apenas “troca de casa legislativa), a competência para julgar José pelo crime
de peculato, praticado quando ainda era deputado federal, será do STF, mesmo que José,
atualmente, não exerça mais o cargo de deputado federal, pois ainda é parlamentar federal
(senador).
Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na CF/88, ela prevalece sobre
a competência do Júri.
Relator, vencidos os Ministros Roberto Barroso e Rosa Weber.” (STF - QO no Inq. 4342. Plenário, Sessão Virtual de
25.3.2022 a 1.4.2022.)
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OBS.: Os deputados estaduais possuem prerrogativa de foro perante o TJ. Isso não está previsto
expressamente na CF/88, mas entende-se que está IMPLÍCITO, pelo princípio da SIMETRIA. Assim,
caso um deputado estadual cometa crime doloso contra a vida, prevalecerá a competência de foro
por prerrogativa de função.
Todavia, é importante destacar que como o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o
foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do
cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937), estas disposições sobre um
eventual conflito entre a competência do júri e a competência de foro por prerrogativa de função
perderam bastante de sua utilidade, pois para que seja possível cogitar eventual conflito entre a
competência do Júri e a competência do Tribunal em razão do foro privilegiado, o caso deverá se
enquadrar nos critérios de admissibilidade do foro privilegiado consagradas pelo STF quando do
julgamento da AP 937 (ou alguma das exceções).
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Da Conexão e da Continência
1
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 241/243
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Os mencionados arts. 51, § 1°, 53 e 54 do CP, referiam-se ao texto original da parte geral do
Código penal, que foi totalmente alterado pela Lei 7.209/84. Assim, atualmente, estes
dispositivos se referem às hipóteses de concurso formal e suas aplicações no caso de erro na
execução (aberratio ictus e aberratio delicti), atualmente previstos nos arts. 70, 73 e 74 do CP.
⇒ Continência por cumulação subjetiva (art. 77, I do CPP) – É o caso no qual duas ou
mais pessoas são acusadas pela mesma infração (concurso de pessoas).
Diferentemente da hipótese de conexão, aqui há apenas um fato criminoso, e não
vários.2
⇒ Continência por concurso formal (art. 77, II do CP, c/c art. 70 do CP) – Aqui,
mediante uma só conduta, o agente pratica dois ou mais crimes, sem que tenha
tido a intenção de praticá-los.
As hipóteses de continência e conexão podem ser melhor explicadas através do gráfico abaixo:
2
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 244
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O CPP prevê algumas regras que devem ser observadas quando da consolidação da
competência pela conexão ou continência.
Como regra, havendo conexão ou continência, haverá a reunião dos processos para julgamento
conjunto. Mas, qual será o Juízo competente? Isso será definido com base nas regras previstas
no CPP. Vejamos, a princípio, o art. 78:
Assim, em resumo:
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Mas, no caso de continência, por exemplo, e se um dos réus tiver foro privilegiado e outro não?
O STF editou a súmula 704, afirmando que a atração de um processo por conexão ou
continência, no caso de corréu, por prerrogativa de função do outro réu, não viola a Constituição:
SÚMULA Nº 704
NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO
==1cb72c==
Ex.: José, deputado federal, e Pedro, empresário, são acusados de praticar, em conluio, o crime
de peculato. Neste caso, cabe ao STF julgar José, por conta do foro por prerrogativa de função.
Todavia, em razão da continência, Pedro também será julgado pelo STF.
Embora a regra seja a de que, havendo conexão ou continência, todos os processos conexos ou
continentes sejam julgados pelo mesmo órgão jurisdicional, existem algumas exceções, ou seja,
existem casos em que mesmo ocorrendo conexão ou continência, não haverá reunião de
processos.
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⇒ Concurso entre a Jurisdição comum e militar – A única ressalva que deve ser feita é
a de que, no caso de militar que comete crime doloso contra a vida de um civil,
responde perante o Tribunal do Júri, e não perante a Justiça Militar, nos termos do
art. 82, § 2° do Código de Processo Penal Militar – CPPM.
⇒ Concurso entre crime e infração de competência do Juizado da Infância e da
Juventude – Nestas hipóteses (por exemplo, um crime cometido em concurso de
pessoas por um menor, que responde perante o ECA, e um adulto), não pode haver
reunião de processos.
⇒ Insanidade mental superveniente de um dos corréus (art. 152 do CPP) – Nesse caso,
havendo a insanidade mental do corréu sido regularmente apurada em incidente de
insanidade mental, os processos devem ser separados, pois o processo, em relação
ao corréu declarado mentalmente insano, será suspenso, nos termos do art. 152 do
CPP. Frise-se que essa insanidade mental do réu deve ser posterior ao fato
criminoso (art. 151 do CPP).
⇒ Impossibilidade de formação do conselho de sentença no Tribunal do Júri – Embora
o § 2° do art. 79 mencione o “art. 461”, com as alterações promovidas pela Lei
11.689/08, vocês devem entender como “art. 469, § 1° do CPP”. Este artigo trata
da impossibilidade de, no julgamento pelo Tribunal do Júri, formar-se o conselho de
sentença (mínimo de sete jurados), em razão das recusas legalmente permitidas
realizadas pelos advogados dos acusados. Assim, se houver, no Tribunal do Júri,
dois ou mais réus, e sendo diferentes os advogados, as recusas aos Jurados (Direito
de recusar algum jurado) impossibilitarem a formação do conselho de sentença, o
processo deverá ser desmembrado.
⇒ Separação facultativa quando os fatos criminosos tenham sido praticados em
circunstâncias de tempo e lugar diferentes, ou o Juiz entender que a reunião de
processos pode ser prejudicial ao Julgamento da causa ou puder implicar em
retardamento do processo (art. 80 do CPP) – O importante é saber que, nestas
hipóteses, a separação dos processos é discricionária, ou seja, o Juiz pode, ou não,
a seu critério, decidir pela separação dos processos.
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EXEMPLO: José e Valter são contratados por Ricardo Albuquerque, deputado federal, para
matarem Lúcio, também deputado, e que é desafeto de Ricardo por questões relacionadas às
funções por eles exercidas. José e Valter executam o crime. No caso em tela, Ricardo de
Albuquerque possui foro privilegiado (como é deputado federal, a Constituição prevê que cabe
ao STF julgá-lo nos crimes comuns), mas os demais não possuem. Neste caso, Ricardo será
julgado pelo STF e os demais serão julgados pelo Tribunal do Júri.
Por que, neste caso, não há atração por continência? Não há porque as regras de continência
são infraconstitucionais, e tanto a competência do Júri quanto a do STF (por prerrogativa de
função) estão previstas na própria Constituição Federal. Assim, normas infraconstitucionais não
podem se sobrepor a normas de índole constitucional.
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda
que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir
sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se
inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais
processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou
continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver
o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao
juízo competente.
O art. 81 diz, em resumo, o seguinte: Se um Juiz recebe dois processos (reunidos por
conexão ou continência), e no processo de sua competência originária (e não aquele que lhe foi
remetido em razão da conexão ou continência) ele profere sentença absolutória ou desclassifica o
fato para outro crime, que não seja de sua competência, mesmo assim ele continua competente
para julgar o processo recebido pela conexão.
O § 1°, por sua vez, estabelece uma exceção à regra. Se houver reunião de processos para
julgamento pelo Tribunal do Júri, havendo desclassificação, absolvição sumária ou impronúncia,
deverá o Juiz remeter o processo conexo ao Juízo competente (que não era o Tribunal do Júri).3
O art. 82, por fim, estabelece que, no caso de haver conexão ou continência, mas terem
sido instaurados processos em Juízos diversos, o Juiz cuja competência é prevalente poderá
avocar (trazer para si) o julgamento dos demais processos, a qualquer tempo, salvo se já houver
sentença definitiva naqueles (já tiverem transitado em julgado). Se já tiver ocorrido o trânsito em
julgado, os processos serão reunidos posteriormente para fins de execução de pena:
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos
diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que
corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
3
Isso não ocorrerá se a desclassificação ocorrer apenas no momento da quesitação formulada aos jurados (art. 492,
§1º do CPP).
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CAPÍTULO V
DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU CONTINÊNCIA
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as
outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53,
segunda parte, e 54 do Código Penal.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão
observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
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COMENTÁRIOS
Neste caso, o Prefeito será julgado pelo TJ do respectivo estado, conforme previsão do art. 29, X
da CF/88:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
02. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ) De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal,
nos processos conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro
motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para
outra que não se inclua na sua competência.
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c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à revelia,
ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152 do
Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração de
incidente de insanidade mental.
COMENTÁRIOS
De acordo com o art. 80 do CPP, no caso de crimes conexos, será facultativa a separação quando
“as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou,
quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por
outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação”.
COMENTÁRIOS
Nos termos do art. 72 do CPP, o foro subsidiário (ou supletivo) será o foro do domicílio ou
residência do réu, quando desconhecido o lugar da infração:
04. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) A competência para a ação penal, caso
a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da infração.
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COMENTÁRIOS
A competência, caso desconhecido o lugar da INFRAÇÃO (que é a regra), será fixada tendo em
conta o local do domicílio ou residência do réu, nos termos do art. 72 do CPP. No caso de ação
exclusivamente privada o querelante poderá escolher entre o local da infração ou o local do
domicílio do RÉU, nos termos do art. 73 do CPP.
Por fim, em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do lugar em que
for praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP.
05. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) Determina o caput do art. 70 do CPP
que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento será determinada pelo
lugar em que se consumar a infração. No caso de tentativa,
a) pelo domicílio do ofendido.
b) pelo domicílio do acusado.
c) pela prevenção.
d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração.
e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
COMENTÁRIOS
Em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do lugar em que for
praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP.
06. (VUNESP – 2014 – TJ-RJ – JUIZ) De acordo com entendimento sumulado pelo STF, é de
competência da Justiça Federal processar e julgar crimes de tráfico de drogas, desde que haja
remessa do entorpecente para o
a) exterior.
b) exterior, ou entre Estados dentro do país.
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SÚMULA 522
COMENTÁRIOS
A) ERRADA: Nesse caso a competência se firmará pela prevenção, conforme art. 71 do CPP:
B) ERRADA: No caso de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração teremos
continência, e não conexão, nos termos do art. 77, I do CPP:
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C) ERRADA: Item errado, pois os Ministros do STF são processados e julgados, nos crimes de
responsabilidade, pelo SENADO FEDERAL, nos termos do art. 52, II da Constituição Federal.
D) CORRETA: Item correto, pois se trata da previsão de fixação da competência contida no art.
72 do CPP:
08. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna
da frase:
A inobservância da competência penal por prevenção___________________ .
a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais
COMENTÁRIOS
09. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra
agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do
caixa, a competência para a ação penal é da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
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COMENTÁRIOS
Neste caso, como a Caixa Econômica Federal é uma empresa pública federal, a competência será
da Justiça Federal, por força do art. 109, IV da Constituição:
(...)
COMENTÁRIOS
Neste caso a competência se firmará pela prevenção, por força do art. 71 do CPP:
11. (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ) A exceção de incompetência constitui meio processual
assecuratório da observância do princípio do(a)
a) oficialidade.
b) juiz natural.
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c) publicidade.
d) persuasão racional.
COMENTÁRIOS
Art. 5º (...)
12. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ) Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional
Eleitoral, durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos divergentes,
atente dolosamente contra a vida de seu colega. A competência para julgamento é do:
a) Tribunal do Júri.
b) Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Tribunal Superior Eleitoral.
COMENTÁRIOS
No caso em tela o agente possui foro por prerrogativa de função para ser julgado, nos crimes
comuns, pelo STJ. Vejamos:
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Além disso, a competência de foro por prerrogativa de função irá prevalecer em relação à
competência do Júri, pois se trata de prerrogativa de foro prevista na própria Constituição
FEDERAL.
Ademais, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
13. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) Se o Prefeito Municipal de uma cidade do
Estado de São Paulo comete um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco,
é competente para o julgamento da causa o;
a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco
b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido crime figura como
Prefeito Municipal
COMENTÁRIOS
No caso em tela será competente o TJ do estado de São Paulo. Isto porque os prefeitos possuem
a prerrogativa CONSTITUCIONAL (prevista na Constituição FEDERAL) de serem processados e
julgados, nos crimes comuns, pelo TJ local:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
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Ademais, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
14. (FCC – 2018 – CLDF – TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com o que dispõe o Código de
Processo Penal acerca da competência, considere:
I. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
II. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
III. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
IV. Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
V. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, ainda que haja
concurso entre a jurisdição comum e a militar.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II, III e IV.
B) II, IV e V.
C) I, III, IV e V.
D) I, IV e V.
E) I, II e III.
COMENTÁRIOS
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro
de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Assim, em crimes de ação penal privada, o querelante pode escolher ajuizar a queixa-crime no
local do domicílio ou residência do RÉU, mesmo que conhecido o local da infração.
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III – CORRETA: Item correto, pois neste caso será competente o Juiz (dentre aqueles competentes,
tendo em conta os locais de residência do réu) que primeiro tiver atuado no caso, antecipando-se
aos demais (decretando prisão preventiva, autorizando interceptação telefônica, etc.):
IV – ERRADA: Item errado, pois se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro,
será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato, conforme art. 72, §2º do CPP.
GABARITO: Letra E
15. (FCC – 2018 – CLDF – PROCURADOR LEGISLATIVO) Ocorre a chamada conexão objetiva
ou teleológica quando
A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas
ou umas contra as outras.
B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e lugar.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.
E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmo agente, mediante uma só
ação ou omissão.
COMENTÁRIOS
A conexão objetiva ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para
facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer
delas, nos termos do art. 76, II do CPP:
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(...)
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as
outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
GABARITO: Letra D
16. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Praticado delito de menor potencial ofensivo,
determinará, de regra, a competência jurisdicional
A) a prevenção.
B) o lugar em que se consumar a infração penal.
C) a distribuição do termo circunstanciado.
D) o lugar em que foi praticada a infração penal.
E) o domicílio ou residência do autor do fato.
COMENTÁRIOS
Nas infrações de menor potencial ofensivo, a competência territorial se define, como regra, pelo
local em que for PRATICADA a infração (e não pelo local da consumação), nos termos do art. 63
da Lei 9.099/95:
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.
GABARITO: Letra D
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois EM REGRA a competência territorial se define pelo local da
consumação do delito, conforme art. 70 do CPP.
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b) ERRADA: Item errado, pois não é este o critério para se definir a competência da Justiça
Federal, que está estabelecida no art. 108 e seguintes da CF/88.
c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 77, I do CPP, que trata da chamada
“continência por cumulação subjetiva”:
d) ERRADA: Item errado, pois é perfeitamente possível a conexão entre um crime doloso contra
a vida e outra infração penal que não seja crime doloso contra a vida, inclusive com reunião dos
processos neste caso, conforme art. 78, I do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois o latrocínio não é um crime doloso contra a vida (trata-se de um
crime patrimonial), motivo pelo qual é da competência do Juiz singular, e não do júri.
GABARITO: Letra C
18. (FCC – 2017 – PC-AP – AGENTE DE POLÍCIA) Sobre a competência no processo penal, é
correto afirmar:
A) Será determinada, de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa.
B) O direito brasileiro desconhece a figura da competência pelo domicílio ou residência do réu,
pois regula-se pelo lugar do crime.
C) A competência será determinada pela continência quando duas pessoas forem acusadas pelo
mesmo crime.
D) Apenas os crimes dolosos contra a vida podem ser julgados pelo Tribunal do Júri.
E) Se na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente competente para
determinado crime, prevalece o critério da antiguidade na carreira.
COMENTÁRIOS
a) ERRADA: Item errado, pois em regra a competência territorial se define pelo local da
consumação do delito, conforme art. 70 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois o domicílio ou residência do réu é uma das circunstâncias que
podem definir a competência territorial, conforme arts. 69, II, 72 e 73 do CPP.
c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 77, I do CPP, que trata da chamada
“continência por cumulação subjetiva”:
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d) ERRADA: Item errado, pois os crimes CONEXOS aos crimes dolosos contra a vida também
serão da competência do Júri (ex.: ocultação de cadáver conexa com homicídio doloso
consumado).
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso o critério é do da distribuição (que se dá por sorteio), na
forma do art. 75 do CPP.
GABARITO: Letra C
19. (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA) Xisto, policial militar
rodoviário no exercício da função, resolve em um único dia de trabalho praticar três crimes de
corrupção passiva, utilizando para tanto o mesmo modus operandi, solicitando dinheiro de
condutores de veículos para não fazer a autuação administrativa pelo excesso de velocidade. O
primeiro crime é praticado às 09h na cidade de Guarulhos. O segundo é praticado às 12h na
cidade de Mogi das Cruzes. E o terceiro é praticado às 14h na cidade de Jacareí, onde Xisto é
preso em flagrante por policiais civis, prisão esta analisada e mantida pelo Magistrado competente
daquela comarca. Xisto é denunciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três
crimes de corrupção passiva. Sobre o caso hipotético apresentado e à luz do Código de Processo
Penal, a competência da comarca de Jacareí foi determinada
(A) por conexão.
(B) por continência.
(C) por prevenção.
(D) pela prerrogativa de função.
(E) pelo lugar da infração.
COMENTÁRIOS
Neste caso, temos um crime continuado praticado no território de mais de uma comarca. Em casos
tais, a competência deverá se firmar pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. Como em
Jacareí houve a primeira atuação (decidindo pela prisão cautelar do infrator), há a prevenção desta
comarca para processar e julgar a ação penal.
20. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO) De acordo com norma expressa do Código
de Processo Penal, são fatores que determinam a competência jurisdicional:
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COMENTÁRIOS
I - o lugar da infração:
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
Vemos, portanto, que somente a alternativa C traz duas situações previstas no art. 69, incisos II e
VII.
21. (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Bráulio, Rodolfo,
Ricardo e Benício, todos residentes na cidade de Barra dos Coqueiros − SE, planejam o sequestro
de um empresário de uma grande empresa da cidade de Aracaju. No dia 13 de Janeiro de 2015
o plano é executado e o empresário é arrebatado quando saía do seu local de trabalho e levado
para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias até o pagamento do
resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade de Barra dos Coqueiros. Iniciada
investigação criminosa, os quatro criminosos acabam presos. Instaurada a ação penal, pelo
referido crime permanente de extorsão mediante sequestro, a competência para processar e
julgar a ação penal será
(A) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório.
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(B) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela prevenção.
(C) da comarca de Aracaju, onde o crime foi praticado.
(D) da comarca de Maruim, onde a maior parte do crime foi executada.
(E) firmada pela continência entre as comarcas de Aracaju e Maruim.
COMENTÁRIOS
22. (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Tacito comete um
crime de roubo com emprego de arma de fogo na comarca de Macapá, subtraindo um veículo e
pertences da vítima. Consumado o roubo, que tem pena cominada de 04 a 10 anos de reclusão,
Tacito é preso em flagrante na comarca de Mazagão, quando entregava toda a res furtiva para
seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagrante, estes últimos por crime de
receptação (pena de 01 a 04 anos de reclusão). A competência para processamento e julgamento
da ação penal contra Tacito, José e Manoel determinar-se-á pela
(A) continência e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três
indivíduos.
(B) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada.
(C) prevenção e poderá ser tanto da comarca de Macapá quanto da comarca de Mazagão.
(D) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é
cominada. (E) conexão e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos
três indivíduos.
COMENTÁRIOS
No caso em tela temos dois crimes conexos, nos termos do art. 76, II do CPP. Em se tratando de
conexão envolvendo crimes praticados em comarcas distintas, embora sujeitas à jurisdição de
mesma categoria, a competência será firmada pela conexão, e será determinada pelo local em
que foi praticada a infração a que é cominada a pena mais grave (roubo, comarca de Macapá).
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23. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) “A", policial militar, valendo-se de arma
da corporação, efetuou disparos que resultaram a produção dolosa da morte do cidadão “B",
farmacêutico com o qual teve uma discussão durante uma abordagem policial. Neste caso,
a) a competência será da justiça comum somente se os motivos dos disparos não estiverem
relacionados com a diligência policial.
b) “A" deverá ser julgado pela justiça militar, porquanto se encontrava em serviço e utilizava arma
da corporação.
c) o fato de “A" estar em serviço não impõe a competência da justiça militar, mas sim o fato de
ter utilizado arma da corporação.
d) o fato de “A" estar em serviço impõe a competência da justiça militar, não possuindo relevância
o fato da arma utilizada pertencer à corporação.
e) são irrelevantes para competência as circunstâncias citadas.
COMENTÁRIOS
Neste caso, a competência para processar e julgar o militar será da Justiça Comum, mais
precisamente, do Tribunal do Júri, nos termos do art. 5º, XVIII, “d” da CRFB/88 e do art. 125, §4º
da CRFB/88.
O fato de o militar estar em serviço ou não, bem como a utilização da arma da corporação, neste
caso, são circunstâncias irrelevantes para a definição da competência.
A alternativa E foi dada como correta, exatamente porque nenhuma das anteriores é correta, mas
a redação poderia ser mais clara.
24. (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ) A definição da competência processual penal possui regras
previstas na Constituição Federal, no Código de Processo Penal e nas leis especiais. Sobre a
competência, analise as seguintes assertivas:
I. Conforme a Constituição Federal, caberá ao STF julgar, nas infrações penais comuns e nos crimes
de responsabilidade, o Presidente da República, o Vice-presidente, os membros do Congresso
Nacional, os Ministros de Estado, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
II. No conflito entre foro determinado pela Constituição Federal, por prerrogativa de função e o
foro material, definido para o tribunal do Júri no artigo 5° , XXXVIII, d, prevalecerá este último por
ser garantia fundamental individual.
III. O foro por prerrogativa de função é sempre definido pela Constituição Federal, mas as
constituições estaduais também podem conferir foro por prerrogativa.
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IV. Os prefeitos devem ser julgados por Tribunal de Justiça Estadual, mas em cometimento de
crimes federais deverão ser julgados pelo Tribunal Regional Federal.
V. Em casos de delitos cometidos em erro na execução e resultado diverso do pretendido a
competência será determinada pela conexão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) III e IV.
c) I e V.
d) II e IV.
e) III e V.
COMENTÁRIOS
I – ERRADA: Item errado, pois cabe ao STF julgar o Presidente da República, o Vice-presidente e
os membros do Congresso Nacional apenas nos crimes COMUNS, não nos crimes de
responsabilidade, nos termos do art. 102, I, “b” da CF/88.
II – ERRADA: Se o foro por prerrogativa de função está previsto na CF/88 prevalecerá este em
relação ao Tribunal do Júri, nos termos do entendimento do STF (súmula vinculante nº 45).
III – CORRETA: Como regra, de fato, é a CF/88 quem estabelece foro por prerrogativa de função.
Contudo, é possível que as Constituições Estaduais estabeleçam outras hipóteses de foro por
prerrogativa de função.
IV – CORRETA: Item correto, pois a norma do art. 29, X da CF/88, que estabelece o foro por
prerrogativa de função dos prefeitos, só se aplica aos crimes da justiça estadual, em relação aos
quais serão julgados pelo TJ. Em se tratando de crimes federais serão julgados pelo TRF e em se
tratando de crimes eleitorais serão julgados pelo TRE (súmula 702 do STF).
V – ERRADA: Nestes casos a competência será determinada pela continência, nos termos do art.
77, II do CPP.
25. (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar:
a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a
autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá preferir
o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração.
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b) ERRADA: Item errado, pois tal só é possível nas hipóteses de ação penal exclusivamente
privada, nos termos do art. 73 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois deverá ser considerada a pena MÁXIMA prevista e não a pena
MÍNIMA.
d) ERRADA: Item errado, pois tal incidente de deslocamento de competência pode ser suscitado
a qualquer tempo, nos termos do art. 109, §5º da CF/88.
e) ERRADA: Item errado, pois tal previsão, anteriormente prevista no art. 84, §1º do CPP, foi
declarada inconstitucional pelo STF.
26. (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ) Após a condenação em primeira instância por um crime de
competência federal, o réu de uma ação penal é diplomado como deputado federal.
Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação, interposta antes da diplomação, deverá
ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.
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27. (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Analise a seguinte
situação hipotética: Agapito é funcionário público do Estado de Roraima, exercendo suas
atividades na Secretaria da Saúde, com sede na cidade de Boa Vista. No exercício do seu cargo,
Agapito, agindo em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi, durante
aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí,
todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e de sua esposa, diversos bens de que
tinha a posse em razão do cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de
Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia, pouco tempo depois da
prática do último ato criminoso, Agapito foi preso em flagrante por crime de peculato, quando
retornava para a cidade de Boa Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí. No caso proposto,
a competência para julgamento da ação penal
a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em diversas comarcas do
Estado de Roraima.
b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do réu.
c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público praticou o primeiro ato
criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas de Boa Vista,
Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos criminosos, são competentes para
julgamento da ação penal.
e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou o último ato criminoso.
COMENTÁRIOS
Neste caso, nós temos diversos crimes de peculato praticados em continuidade delitiva. Assim,
por uma ficção jurídica, serão considerados como crime único. Desta forma, em se tratando de
crime continuado praticado no território de duas ou mais jurisdições, e considerando que não há
uma infração penal mais grave que as demais, a competência será do Juízo criminal de qualquer
uma das comarcas, e firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP.
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28. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) O Código de Processo Penal brasileiro, ao
tratar da competência jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da
seguinte regra:
a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá
esta última.
b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for
cominada a pena mais grave, exceto no caso de crimes conexos de competência federal e
estadual, em que a competência será sempre da Justiça Federal.
c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá aquela.
d) a conexão e continência importam unidade de processo e julgamento, sem exceção.
e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes.
COMENTÁRIOS
No que tange à conexão, aplica-se, em regra, a reunião dos processos, mas há exceções. No caso
de haver reunião, prevalece a competência da jurisdição especial em relação à comum. Vejamos:
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Vejam que o fato de a infração da Justiça Federal possuir pena menos grave, neste caso, é
irrelevante.
29. (FCC – 2012 – TJ-RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) A competência será determinada pela
continência
a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas.
b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra as outras.
d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.
e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros.
COMENTÁRIOS
A competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas
pela mesma infração, nos termos do art. 77, I do CPP:
30. (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA) Pedro foi denunciado porque guarda, na
cidade A, moeda falsa e porque, na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa,
desacatou e desobedeceu a ordem policial. O foro competente para processar e julgar Pedro por
tais fatos é
(A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime de moeda falsa, mais grave,
ocorreu em ambas as localidades.
(B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução.
(C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações.
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Neste caso temos uma hipótese de continência, por concurso MATERIAL. vejamos:
(...)
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53,
segunda parte, e 54 do Código Penal.
Neste caso, em se tratando de jurisdições da mesma categoria, e como as penas são idênticas em
relação ao crime de maior pena (moeda falsa), aplica-se a regra do maior número de infrações:
(...)
(...)
31. (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O Supremo Tribunal Federal é competente
para processar e julgar, originariamente,
(A) os membros dos Tribunais Superiores, apenas nos crimes de responsabilidade.
(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas infrações penais comuns.
(E) o Procurador-Geral da República, nos crimes de responsabilidade.
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(...)
Vemos, assim, que o STF tem competência originária para julgar, nos crimes comuns, os seus
Ministros, por força do art. 102, I, b da CRFB/88.
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33. (FCC – 2010 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Compete aos Tribunais Regionais Federais
processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os
A) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.
B) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.
C) Governadores dos Estados.
D) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
E) membros dos Tribunais de Contas do Município.
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A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns, está definida no art. 108, I da Constituição.
Vejamos:
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34. (FCC – 2001 – TRF1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Nos crimes comuns,
compete aos Tribunais Regionais Federais, processar e julgar, originariamente os
A) ministros de Estado.
B) membros do Ministério Público dos Estados.
C) desembargadores do Distrito Federal.
D) juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho.
E) governadores dos Estados e do Distrito Federal.
COMENTÁRIOS
A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns, está definida no art. 108, I da Constituição.
Vejamos:
35. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Analise as seguintes
assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal:
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu
resultado.
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III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
COMENTÁRIOS
I) CORRETA: Esta é a redação literal do art. 70 do CPP, que adotou a teoria do resultado para
definir o local do crime para fins de definição da competência.
II) CORRETA: Esta é a redação do § 2° do art. 70 do CP, que trata da hipótese de fixação da
competência nos casos em que a conduta se inicia no Brasil mas só se encerra fora do país.
III) ERRADA: Neste caso teremos uma hipótese de conexão, e não de continência. Trata-se da
hipótese de conexão instrumental ou probatória, nos termos do art. 76, III do CPP.
36. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança) Nos casos de ação
penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração,
A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio.
B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.
C) poderá preferir o foro da sua própria residência.
D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração.
E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.
COMENTÁRIOS
O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de crime de ação penal exclusivamente
privada, ofereça a queixa no foro de domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da infração.
No entanto, o art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de ação penal
privada subsidiária da pública, não pode o querelante optar pela comarca do domicílio do réu em
detrimento da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é
exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
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O CPP determina que, a infração continuada ou permanente praticada em duas ou mais bases
territoriais, poderá ser julgada em qualquer delas, firmando-se (consolidando-se) a competência
com base no critério da prevenção, nos termos do art. 71 do CPP.
COMENTÁRIOS
A alternativa A traz uma hipótese de conexão, não de continência. Trata-se, nesse caso, de
conexão instrumental ou probatória, prevista no art. 76, III do CPP. Já a alternativa B, traz outra
hipótese de conexão, desta vez, conexão objetiva teleológica e consequencial, nos termos do art.
76, II do CPP. A alternativa C, esta sim, está correta, pois traz a hipótese de continência por
cumulação subjetiva, ou seja, a que ocorre no caso de concurso de agentes. A alternativa D traz a
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39. (FCC - 2011 - TRE-TO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Na hipótese de crime
cuja execução tenha sido iniciada no território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora
dele, a competência será determinada
A) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
B) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de execução.
C) pela prevenção.
D) pela residência ou domicílio do réu.
E) pelo lugar onde ocorreu a consumação.
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Tendo a prática do crime se iniciado no Brasil, mas terminado fora do nosso território, nos termos
do art. 70, § 1° do CPP, a competência para julgamento será a do local em que ocorreu, no Brasil,
o último ato de execução:
40. (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando as regras
sobre a competência estabelecidas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que
A) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o resultado ocorreu em outro país,
a competência será da Capital Federal Brasileira.
B) se tratando de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência será do lugar no qual teve início a infração.
C) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar em que foi praticado o
primeiro ato de execução.
D) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, mesmo que conhecido o lugar da infração.
E) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas um domicílio, a competência
será determinada pela prevenção.
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A) ERRADA: Nestes casos, nos termos do art. 70, § 1° do CPP, a competência será a do local onde
ocorreu o último ato de execução no Brasil.
C) ERRADA: Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a competência será a do local onde
ocorreu o último ato executório:
D) CORRETA: O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de crime de ação penal
exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar
da infração. No entanto, o art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de
ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante optar pela comarca do domicílio
do réu em detrimento da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta
ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
E) ERRADA: Não sendo conhecido o lugar da infração e possuindo o réu apenas um domicílio,
será competente o Juízo do local onde o réu possua domicílio, não havendo que se falar em
prevenção, nos termos do art. 72 do CPP.
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C) I e III.
D) II e III.
E) I.
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I) ERRADA: Nos termos do art. 72 do CPP, não sendo conhecido o lugar da infração, a
competência será determinada com base no local do domicílio do réu, não do ofendido:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo
domicílio ou residência do réu.
II) ERRADA: O art. 73 permite ao querelante, mas não o obriga a fazer isto, ajuizar a ação penal
no foro de domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o local da infração.
III) CORRETA: Quando concorrerem na competência dois Juízos por conexão ou continência,
será considerado preponderante o Juízo do local onde for cometida a infração cuja pena é mais
grave, nos termos do art. 78, II, a do CPP;
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II) ERRADA: Nos termos do art. 78, II, a, quando concorrerem Jurisdições de mesma categoria, o
primeiro critério para delimitação da preponderância da competência é o do local onde ocorreu
a infração mais grave, e não a menos grave. Cuidado com a pegadinha, povo!
III) ERRADA: No concurso entre Jurisdição comum e especial, prevalecerá sempre a Jurisdição
especial, nos termos do art. 78, IV, do CPP;
IV) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 78, III do CPP, que determina a preponderância
da Jurisdição de maior graduação (ex: Um Tribunal e um Juiz singular);
V) ERRADA: Concorrendo o Tribunal do Júri com qualquer outro órgão da Jurisdição comum,
prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, nos termos do art. 78, I do CPP.
43. (FCC - 2009 - DPE-MA - DEFENSOR PÚBLICO) A competência fixada pela circunstância de
duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração é determinada
A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.
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A) ERRADA: Nesse caso não há conexão instrumental, mas hipótese de continência por cumulação
subjetiva, nos termos do art. 77, I do CP.
B) CORRETA: Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes para apreciar
determinada demanda, a competência será fixada naquele que primeiro atuar no caso. Assim, a
competência será fixada naquele Juízo que primeiro praticar algum ato no processo ou algum ato
pré-processual (prisão pré-processual, por exemplo), relativo ao processo. Essa é a definição de
competência fixada por prevenção, nos termos do art. 83 do CPP.
C) CORRETA: Via de regra, o foro é determinado pelo local onde ocorre a infração. No entanto,
não sendo conhecido este local, será considerado como competente o foro do local onde o réu
possui domicílio ou residência, nos termos do art. 72 do CPP:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo
domicílio ou residência do réu.
D) CORRETA: Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a competência será a do local
onde ocorreu o último ato executório:
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45. (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale
a alternativa correta em relação ao assunto indicado.
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A) ERRADA: Embora a competência do Júri possua uma vis atractiva sobre as demais
competências, o STF entende que a competência do júri não prevalece sobre a competência por
prerrogativa de função quando esta é estabelecida na Constituição FEDERAL (AP 333, Relator(a):
Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 05/12/2007, DJe-065 DIVULG 10-04-2008
PUBLIC 11-04-2008 EMENT VOL-02314-01 PP-00011);
B) ERRADA: Nos termos do entendimento sumulado do STF (verbete nº 611), após o trânsito em
julgado da sentença condenatória, a aplicação da lei nova mais benéfica cabe ao Juízo da
execução penal:
SÚMULA Nº 611
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C) ERRADA: Não se consumando o delito a competência será determinada pelo local onde
ocorreu o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP.
46. (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale
a alternativa correta em relação ao assunto indicado.
Competência.
a) Não se aplicam as regras de conexão de natureza objetiva ao tribunal do júri, em razão de
expressa previsão constitucional de sua competência para o julgamento de crimes dolosos contra
a vida.
b) O princípio do juiz natural, instituído ratione personae e ratione materiae, configura hipótese
de competência absoluta, inafastável por vontade das partes processuais, somente se admitindo
a sua flexibilização por oportunidade da aplicação de norma constitucional.
c) A expedição de mandado de busca e apreensão não configura ato de prevenção do juízo, tendo
em vista a ausência de conteúdo decisório deste ato judicial.
d) A competência inicialmente atribuída à Justiça Federal para o julgamento dos crimes de
competência da Justiça Estadual em razão de conexão de natureza objetiva é cessada caso haja
absolvição em relação ao único crime conexo de competência da Justiça Federal, devendo o juiz
federal encaminhar o processo remanescente para a Justiça Estadual competente.
e) Viola as garantias fundamentais do juiz natural e do devido processo legal a atração por
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos
denunciados, por tratar-se de regra de prorrogação de competência de natureza
infraconstitucional.
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A) ERRADA: Havendo conexão entre crimes dolosos contra a vida e outros delitos, estes também
serão julgados pelo Tribunal do Júri, em razão da força atrativa de sua competência, nos termos
do art. 78, I do CPP.
D) ERRADA: Nesse caso, mesmo tendo sido absolvido o réu pelo crime de competência da Justiça
Federal, permanece o crime estadual na competência da Justiça Federal. Vejamos:
E) ERRADA: O STJ entende que não há qualquer violação neste caso, devendo o corréu não
detentor de prerrogativa de foro ser julgado juntamente com o corréu que a possui, em razão da
conexão. Vejamos:
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47. (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O processo e o julgamento das infrações
penais comuns atribuídas aos membros dos Tribunais Regionais Eleitorais competem
a) ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) ao Supremo Tribunal Federal.
c) aos Tribunais Regionais Federais.
d) ao Superior Tribunal de Justiça.
e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.
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Nos termos do art. 105, I, a da Constituição, a competência para o processo e julgamento dos
crimes praticados por membros dos TREs é do STJ. Vejamos:
48. (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Compete ao Superior Tribunal de Justiça
processar e julgar, nas infrações penais comuns, os
a) chefes de missão diplomática de caráter permanente.
b) membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.
c) Ministros de Estado.
d) membros do Congresso Nacional.
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Nos termos do art. 105, I da Constituição, cabe ao STJ processar e julgar, nos crimes comuns:
Assim, dentre as alternativas elencadas, a que se enquadra no art. 105, I, a da CRFB/88 é a letra
B, que trata dos membros dos TRTs.
49. (FGV – 2018 – TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Paulo pretende oferecer queixa-crime em
face de Lucas em razão da prática de crime de calúnia majorada, não sendo, assim, infração de
menor potencial ofensivo. Procura, então, seu advogado e narra que Lucas o ofendeu através de
uma carta, que foi escrita na cidade A, mas só chegou ao conhecimento da vítima e de terceiros
o seu conteúdo quando lida na cidade B. Por outro lado, Paulo esclarece que atualmente está
residindo na cidade C, enquanto Lucas reside na cidade D.
Considerando as regras de competência previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar
que:
(A) a Comarca A é competente para julgamento, tendo em vista que o Código de Processo Penal
adota a Teoria da Atividade para definir a competência territorial para julgamento;
(B) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca D, ainda que conhecido o
local da infração;
(C) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C, ainda que conhecido o
local da infração;
(D) a queixa somente poderia ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C se
desconhecido o local da infração;
(E) o primeiro critério a ser observado para definir a competência sempre é o da prevenção.
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Na forma do art. 70 do CPP, a queixa poderá ser ajuizada na Comarca B, local da consumação do
fato criminoso (teoria do resultado). Vejamos:
Todavia, por se tratar de crime de ação exclusivamente privada, poderá o querelante optar por
ajuizar a queixa-crime no foro do domicílio ou residência do RÉU, mesmo que conhecido o lugar
da infração, na forma do art. 73 do CPP, que é a Comarca D. Vejamos:
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro
de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
50. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio
encontra um documento adulterado (logo, falso), que, originariamente, fora expedido por órgão
estadual. Valendo-se de tal documento, comparece a uma agência da Caixa Econômica Federal
localizada na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o documento falso ao gerente do
estabelecimento.
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Neste caso, o advogado deverá alegar a incompetência do Juízo, pois é competente, neste caso,
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a Justiça Federal, já que no crime de uso de documento falso a competência em razão da matéria
é definida tendo em conta a natureza do órgão perante o qual foi apresentado o documento,
conforme súmula 546 do STJ. Assim, se o documento foi apresentado perante empresa pública
federal, será competente a Justiça Federal, pois o crime afeta diretamente interesses e serviços
de empresa pública federal, na forma do art. 109, IV da CF/88.
Além disso, a competência territorial será da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, pois lá foi
praticada e se consumou a infração penal, na forma do art. 70 do CPP.
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Para julgar Jorge (procurador da Assembleia Legislativa), que praticou um crime doloso contra a
vida, será competente o Tribunal do Júri, pois, neste caso, a competência do Júri prevalece sobre
o foro privilegiado, eis que a competência de foro por prerrogativa de função, neste caso, não
está prevista na Constituição FEDERAL (Súmula Vinculante 45).
Para julgar Tício (juiz de Direito), será competente o TJ do estado em que exerce suas funções, na
forma do art. 96, III da CF-88.
Para julgar Maria (Senadora), será competente o STF, na forma do art. 102, I, “b” da CF-88. O fato
de se tratar de um crime doloso contra a vida, aqui, não afasta a competência do STF, pois esta
vai prevalecer sobre a competência do Júri (Súmula Vinculante 45).
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Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
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Neste caso, será competente o TJ do estado em que o Promotor de Justiça exerce suas funções,
na forma do art. 96, III da CF-88. Assim, será competente o TJ-RJ.
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e) em razão da conexão, o delito militar e o imputável, em relação ao crime comum, deverão ser
julgados perante o mesmo juízo criminal, enquanto o adolescente será julgado no juízo da infância
e juventude.
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Neste caso, o delito militar, apesar da conexão, deverá ser julgado na Justiça Militar, não havendo
a reunião dos processos, na forma do art. 79, I do CPP. Em relação ao crime comum, a despeito
da continência por cumulação subjetiva, o imputável será julgado perante juízo criminal, e o
adolescente, perante juízo da infância e juventude, na forma do art. 79, II do CPP, não havendo a
reunião dos processos:
54. (FGV – 2015 – TJ-RO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Tourinho Filho define a competência como
“o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o órgão exerce o seu Poder Jurisdicional".
Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de
residência da vítima;
b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que
conhecido o local da infração;
c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que
seja outro o local da consumação;
d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção;
e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia
não prevenirá a da ação penal.
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A) ERRADA: Item errado, pois neste caso a competência será definida com base no domicílio do
réu, nos termos do art. 72 do CPP.
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B) ERRADA: Item errado, pois o querelante (nas ações penais exclusivamente privadas) poderá
preferir o foro de domicílio ou residência do RÉU (e não o dele próprio), ainda que conhecido o
lugar da infração, nos termos do art. 73 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois como regra a competência será regulada em razão do local em que
se consumar a infração, nos termos do art. 70 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois a distribuição efetuada para fins de realização de qualquer diligência
anterior à ação penal (concessão de fiança, análise de requerimento de liberdade provisória, etc.)
prevenirá a da ação penal, ou seja, o mesmo Juízo a quem foi distribuída a diligência prévia estará
prevento para processar a ação penal, nos termos do art. 75, § único do CPP.
55. (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM) Estando preso e cumprindo pena na cidade
de Campos, interior do estado do Rio de Janeiro, Paulo efetua ligação telefônica para a casa de
Maria, localizada na cidade de Niterói, no mesmo Estado, anunciando o falso sequestro do filho
desta e exigindo o depósito da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a ser efetuado em conta
bancária na cidade do Rio de Janeiro. Maria, atemorizada, efetua a transferência do respectivo
valor, no mesmo dia, de sua conta-corrente de uma agência bancária situada em São Gonçalo.
Descoberto o fato e denunciado pelo crime de extorsão, assinale a opção que indica o juízo
competente para o julgamento.
A) Vara Criminal de Campos.
B) Vara Criminal de Niterói.
C) Vara Criminal de São Gonçalo.
D) Vara Criminal do Rio de Janeiro.
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A competência, portanto, será da Vara Criminal de Niterói, nos termos do art. 70 do CPP.
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II - CORRETA: Quando o último ato de execução não for praticado no Brasil, mas fora do país, a
competência, no Brasil, será do Juízo do local em que o crime tenha produzido o resultado, ou
deveria produzir. Nos termos do art. 70, § 2° do CPP:
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III - CORRETA: Para compreendermos esta questão, devemos fracioná-la em duas partes. A
primeira se refere ao caso em que “Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais
jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas
de duas ou mais jurisdições(...)a competência firmar-se-á pela prevenção”. Trata-se de previsão
contida no art. 70, § 3° do CPP, nesse sentido:
A primeira parte, assim, está correta. A segunda parte, por sua vez, diz: “ou tratando-se de infração
continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção”. Esta parte está prevista no art. 71 do CPP:
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A) ERRADA: Nesse caso não haverá unidade de processo e julgamento, nos termos do art. 79, I
do CPP.
B) ERRADA: Item errado, pois aqui teremos conexão, na forma do art. 76, III do CPP.
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C) ERRADA: Item errado, pois nos termos do art. 72 do CPP, nesse caso a competência será
determinada pelo domicílio do réu.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro
de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Como vemos, o art. 73 fala em ação EXCLUSIVA privada, o que exclui a ação privada subsidiária
da pública, portanto. Assim, é errado dizer que em qualquer ação privada o querelante poderá
escolher o foro de domicílio do réu.
ESTE FOI O ITEM DADO COMO CERTO, MAS DEVERIA TER SIDO CONSIDERADO ERRADO E,
PORTANTO, TER SIDO ANULADA A QUESTÃO.
58. (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM) Quando se tratar de acusação relativa à prática
de infração penal de menor potencial ofensivo, cometida por estudante de direito, a competência
jurisdicional será determinada pelo (a)
a) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito.
b) local em que tiver se consumado o delito.
c) natureza da infração praticada.
d) natureza da infração praticada e pela prevenção.
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A competência, nestes casos, é determinada pela natureza da infração praticada (se federal,
estadual, etc.), bem como pelo local em que for PRATICADA a infração penal, nos termos do art.
63 da Lei 9.099/95. A Lei dos Juizados adotou expressamente a teoria da ATIVIDADE para fins de
fixação da competência ratione locii.
Assim, nenhuma das alternativas está completa, mas a letra C é a menos errada, já que não traz
nenhuma informação incorreta, ainda que deixe de trazer outras informações relevantes.
59. (FGV - 2015 - TJ-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO) Aristarco, empresário e primeiro
suplente do Senador Armando, foi denunciado, em março de 2012, por uma série de delitos de
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Segundo entendimento atual do STF, o foro por prerrogativa de função só se aplica enquanto o
agente ocupa o cargo público que lhe confere tal prerrogativa. Todavia, após o término da
instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de
alegações finais, a competência não mais se altera pelo fato de o agente deixar de ocupar o cargo,
seja qual for o motivo (renúncia ao cargo, posse em outro cargo, etc.).
Na época, a desvinculação do cargo gerava a remessa dos autos ao Juízo que seria competente
em caso de ausência do foro por prerrogativa de função, no caso, o Juízo de Direito de primeira
instância. Assim, o gabarito da Banca, na época, foi LETRA E.
60. (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Paulo reside na cidade “Y” e lá
resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”,
com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado
pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este,
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percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do
crime de uso de documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para
julgamento.
A) Justiça Estadual da cidade “Y”.
B) Justiça Federal da cidade “K”.
C) Justiça Federal da cidade “Y”.
D) Justiça Estadual da cidade “K”.
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O delito em questão é o delito de uso de documento falso, previsto no art. 304 do CP. Vejamos:
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se
referem os arts. 297 a 302:
Quanto à base territorial, a jurisprudência entende que é competente o Juízo do local em que
ocorreu a utilização do documento falso, no caso, a cidade “K”. Vejamos:
(...)
(...)
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da Justiça Federal. Não se trata, apenas de “documento emitido por órgão federal” (Polícia
Federal), pois o STJ entende que importa a autoridade perante quem é apresentado o documento,
e não o órgão que emitiu o documento falsificado. No caso em tela, temos todo um contexto de
interesse da União, que envolve a fiscalização das fronteiras nacionais, por isso, embora
apresentado o documento perante a autoridade estadual (PM), teremos competência da Justiça
Federal.
61. (FGV – 2010 – OAB – III EXAME UNIFICADO) Tendo como referência a competência ratione
personae, assinale a alternativa correta.
(A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte
especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas
funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função.
(B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será
julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades.
(C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de
competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal
de Justiça.
(D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça
do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime
praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral.
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Para resolvermos esta questão devemos saber o seguinte: No conflito entre a competência da
Justiça especial e a Justiça comum, ainda que se trate de foro por prerrogativa de função,
prevalece a competência da Justiça especial, nos termos do art. 78, IV do CPP.
Por fim, o Governador de estado possui foro especial por prerrogativa de função, devendo ser
julgado, nos crimes comuns, perante o STJ, nos termos do art. 105, I, a da Constituição.
Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
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62. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Carolina,
voltando do Paraguai com diversas mercadorias que configurariam o crime de contrabando, entra
no país pela cidade de Foz do Iguaçu (PR). Em lá chegando, compra uma passagem de ônibus
para a cidade de São Paulo e segue, posteriormente, para o Rio de Janeiro, sua cidade natal,
quando é surpreendida por policiais federais que participavam de uma operação de rotina na
rodoviária. Os policiais, então, apreendem as mercadorias e conduzem Carolina à Delegacia
Policial.
Na hipótese, assinale a alternativa que indica o órgão competente para proceder ao julgamento
de Carolina.
a) A Justiça Federal de Foz de Iguaçu.
b) A Justiça Federal do Rio de Janeiro.
c) A Justiça Federal de São Paulo.
d) Qualquer das anteriores, independentemente da regra da prevenção
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63. (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI - PRIMEIRA FASE) A Constituição
do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos prefeitos de todos os seus
Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça”. José,
Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção
ativa em face de um policial rodoviário federal.
Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é
a) a Justiça Estadual de 1ª Instância.
b) o Tribunal de Justiça.
c) o Tribunal Regional Federal.
d) a Justiça Federal de 1ª Instância.
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No caso em tela a competência para o processo e julgamento do delito será da Justiça Federal de
segunda instância, ou seja, o TRF.
Isso porque, embora a prerrogativa de foro esteja prevista apenas na Constituição estadual, não
há choque com a competência do Júri.
Quando se diz que o TJ tem competência para julgar os Prefeitos, isso se restringe aos crimes
comuns, não abrange os crimes federais e eleitorais, que serão da competência do TRF e do TRE,
respectivamente. Vejamos a súmula 702 do STF:
Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937).
64. (FGV - 2014 - TJ-GO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA)
Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar que:
(A) é da competência da Justiça Federal o julgamento de contravenções penais, desde que
conexas com delitos de competência da Justiça Federal;
(B) compete à Justiça Estadual processar e julgar as ações penais relativas a desvio de verbas
originárias do Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente de se tratar de valores
repassados aos Estados ou Municípios por meio da modalidade de transferência “fundo a fundo”
ou mediante realização de convênio;
(C) compete à Justiça Estadual o julgamento de ação penal em que se apure a possível prática de
sonegação de ISSQN pelos representantes de pessoa jurídica privada, ainda que esta mantenha
vínculo com entidade da administração indireta federal;
(D) compete à Justiça Federal processar e julgar acusado da prática de conduta criminosa
consistente na captação e armazenamento, em computadores de escolas municipais, de vídeos
pornográficos oriundos da internet, envolvendo crianças e adolescentes;
(E) compete à Justiça Estadual processar e julgar crime consistente na apresentação de Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) falso a agente da Polícia Rodoviária Federal, em
rodovia que cruza três Estados.
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A) ERRADA: Segundo entendimento do STJ, a Justiça Federal não possui jurisdição sobre as
contravenções penais, por expressa previsão constitucional, devendo estas serem julgadas pela
Justiça Estadual, ainda quando sejam conexas a crimes de competência da Justiça Federal:
(...)
B) ERRADA: O STJ entende a competência, neste caso, será da Justiça Federal, pois se trata de
verba sujeita à fiscalização federal:
(...)
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C) CORRETA: O STJ entende que o crime de sonegação tributária de ISSQN, quando cometido
por pessoa jurídica de direito privado, não provoca a competência da Justiça Federal, eis que
ausente o interesse da União:
de 25/6/2013).
D) ERRADA: O STJ entende que só haverá competência da Justiça Federal se restar comprovada
a transnacionalidade do delito, o que não é apontado pela questão:
(...)
E) ERRADA: A competência, neste caso, será da Justiça Federal, pois apesar de se tratar de
documento emitido por órgão estadual (DETRAN), houve violação a interesse da União
(apresentação perante policial rodoviário federal). Vejamos:
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(...)
1.2.2013)
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Nesse caso será competente o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pois os Juízes possuem
prerrogativa de foro, devendo ser julgados, nos crimes comuns, pelo Tribunal de Justiça a que
estão vinculados, nos termos do art. 96, III da Constituição:
(...)
O STF entente, ainda, que a competência do Júri fica afastada neste caso, pois prevalece a
competência por prerrogativa de foro estabelecida pela Constituição Federal.
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Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
b) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o STF já se posicionou pela inconstitucionalidade
do foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Estadual.
c) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o crime foi praticado por motivos particulares,
não tendo sido motivado pela função que exerce.
d) o Tribunal do Júri, por ser tratar de crime doloso contra a vida.
e) o Tribunal de Justiça, ainda que não mais exercesse a função quando da propositura da ação
penal.
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Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
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67. (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM) Juan da Silva foi autor de uma contravenção
penal, em detrimento dos interesses da Caixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou,
ainda, outra contravenção em conexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil,
sociedade de economia mista.
Dessa forma, para julgá-lo será competente
a) a Justiça Estadual, pelas duas infrações.
b) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa Econômica
Federal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do Brasil.
c) a Justiça Federal, pelas duas infrações.
d) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do Brasil, e
Justiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal.
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Em ambos os casos será competente a Justiça Estadual. Isto porque a Justiça Federal não tem
competência para o julgamento de contravenções penais, nos termos do art. 109, IV da
Constituição Federal.
Além disso, em relação à segunda infração penal, não há competência da Justiça Federal porque
o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, não uma empresa pública federal, como a
CEF.
68. (FGV – 2015 – OAB – XVII EXAME DA OAB) Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de
juiz de direito junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se
aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou uma
discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão corporal seguida de morte,
consumado na cidade em que reside.
Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, será
competente para julgar Ricardo
a) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
b) uma das Varas Criminais de Florianópolis.
c) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
d) o Tribunal do Júri de Florianópolis.
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O foro por prerrogativa de função dos Juízes só vigora quando os magistrados estão em atividade.
Uma vez aposentados não há que se falar em foro por prerrogativa de função. Assim, e
considerando-se que a lesão corporal seguida de morte não é um crime doloso contra a vida (o
resultado morte ocorre por culpa, não por dolo), Ricardo será julgado por uma das Varas Criminais
de Florianópolis.
69. (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM) A Constituição do Estado “X” estabeleceu foro
por prerrogativa de função aos Prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os
prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça". José, Prefeito do Município “Y”, pertencente
ao Estado “X”, mata João, amante de sua esposa. Pergunta-se, qual o órgão competente para o
Julgamento de José?
a) Justiça Estadual de 1ª Instância;
b) Tribunal de Justiça;
c) Tribunal Regional Federal;
d) Justiça Federal de 1ª Instância.
COMENTÁRIOS
Aqui temos um conflito entre a competência constitucional do júri e a competência de foro por
prerrogativa de função.
Ocorre que a competência do júri não pode ser afastada por prerrogativa de função prevista
exclusivamente na Constituição estadual. Contudo, a competência dos TJs para julgar os prefeitos
está prevista também na Constituição Federal (art. 29, X). Temos um caso, portanto, em que a
própria Constituição Federal excepciona a competência do Júri.
Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro
por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente
prejudicada.
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70. (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM) A Justiça Brasileira recebeu Carta Rogatória
encaminhada pelo Ministério das Relações Exteriores a pedido da Embaixada da Romênia, com o
fim de verificar a possível ocorrência de crime de lavagem de dinheiro do empresário brasileiro Z.
A quem compete a execução da Carta Rogatória?
a) Aos Juízes Federais.
b) Ao Superior Tribunal de Justiça.
c) Aos Juízes Estaduais.
d) Ao Supremo Tribunal Federal.
COMENTÁRIOS
Embora quem conceda o “exequatur” à carta rogatória seja o STJ, a execução da carta compete
aos Juízes Federais de primeira instância, nos termos do art. 109, X da Constituição Federal:
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02. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ) De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal,
nos processos conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro
motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para
outra que não se inclua na sua competência.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à revelia,
ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152 do
Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração de
incidente de insanidade mental.
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04. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) A competência para a ação penal, caso
a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da infração.
b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou domicílio do réu.
c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre o local da
infração e o da sua própria residência.
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado a infração.
05. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) Determina o caput do art. 70 do CPP
que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento será determinada pelo
lugar em que se consumar a infração. No caso de tentativa,
a) pelo domicílio do ofendido.
b) pelo domicílio do acusado.
c) pela prevenção.
d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração.
e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
06. (VUNESP – 2014 – TJ-RJ – JUIZ) De acordo com entendimento sumulado pelo STF, é de
competência da Justiça Federal processar e julgar crimes de tráfico de drogas, desde que haja
remessa do entorpecente para o
a) exterior.
b) exterior, ou entre Estados dentro do país.
c) exterior, ou entre Estados dentro do país, ou entre Municípios.
d) exterior, e desde que seja praticado por associação transnacional.
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b) a competência será determinada pela conexão quando duas ou mais pessoas forem acusadas
pela mesma infração ou se, ocorrendo duas ou mais infrações praticadas ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar,
ou por várias pessoas, umas contra as outras.
c) ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar os seus ministros
nos crimes de responsabilidade.
d) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
08. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna
da frase:
A inobservância da competência penal por prevenção___________________ .
a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais
09. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra
agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do
caixa, a competência para a ação penal é da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção.
d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido conduzido pela Polícia
Federal ou pela Polícia Estadual.
11. (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ) A exceção de incompetência constitui meio processual
assecuratório da observância do princípio do(a)
a) oficialidade.
b) juiz natural.
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c) publicidade.
d) persuasão racional.
12. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ) Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional
Eleitoral, durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos divergentes,
atente dolosamente contra a vida de seu colega. A competência para julgamento é do:
a) Tribunal do Júri.
b) Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Tribunal Superior Eleitoral.
13. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) Se o Prefeito Municipal de uma cidade do
Estado de São Paulo comete um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco,
é competente para o julgamento da causa o;
a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco
b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido crime figura como
Prefeito Municipal
14. (FCC – 2018 – CLDF – TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com o que dispõe o Código de
Processo Penal acerca da competência, considere:
I. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
II. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
III. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
IV. Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
V. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, ainda que haja
concurso entre a jurisdição comum e a militar.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II, III e IV.
B) II, IV e V.
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C) I, III, IV e V.
D) I, IV e V.
E) I, II e III.
15. (FCC – 2018 – CLDF – PROCURADOR LEGISLATIVO) Ocorre a chamada conexão objetiva
ou teleológica quando
A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas
ou umas contra as outras.
B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e lugar.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.
E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmo agente, mediante uma só
ação ou omissão.
16. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Praticado delito de menor potencial ofensivo,
determinará, de regra, a competência jurisdicional
A) a prevenção.
B) o lugar em que se consumar a infração penal.
C) a distribuição do termo circunstanciado.
D) o lugar em que foi praticada a infração penal.
E) o domicílio ou residência do autor do fato.
18. (FCC – 2017 – PC-AP – AGENTE DE POLÍCIA) Sobre a competência no processo penal, é
correto afirmar:
A) Será determinada, de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa.
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19. (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA) Xisto, policial militar
rodoviário no exercício da função, resolve em um único dia de trabalho praticar três crimes de
corrupção passiva, utilizando para tanto o mesmo modus operandi, solicitando dinheiro de
condutores de veículos para não fazer a autuação administrativa pelo excesso de velocidade. O
primeiro crime é praticado às 09h na cidade de Guarulhos. O segundo é praticado às 12h na
cidade de Mogi das Cruzes. E o terceiro é praticado às 14h na cidade de Jacareí, onde Xisto é
preso em flagrante por policiais civis, prisão esta analisada e mantida pelo Magistrado competente
daquela comarca. Xisto é denunciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três
crimes de corrupção passiva. Sobre o caso hipotético apresentado e à luz do Código de Processo
Penal, a competência da comarca de Jacareí foi determinada
(A) por conexão.
(B) por continência.
(C) por prevenção.
(D) pela prerrogativa de função.
(E) pelo lugar da infração.
20. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO) De acordo com norma expressa do Código
de Processo Penal, são fatores que determinam a competência jurisdicional:
a) O local da residência da vítima e a natureza da infração.
b) A prevenção e o local da prisão.
c) A prerrogativa de função e o domicílio ou residência do réu.
d) O local da investigação e a conexão ou continência.
e) O local da prisão e o local da infração.
21. (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Bráulio, Rodolfo,
Ricardo e Benício, todos residentes na cidade de Barra dos Coqueiros − SE, planejam o sequestro
de um empresário de uma grande empresa da cidade de Aracaju. No dia 13 de Janeiro de 2015
o plano é executado e o empresário é arrebatado quando saía do seu local de trabalho e levado
para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias até o pagamento do
resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade de Barra dos Coqueiros. Iniciada
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investigação criminosa, os quatro criminosos acabam presos. Instaurada a ação penal, pelo
referido crime permanente de extorsão mediante sequestro, a competência para processar e
julgar a ação penal será
(A) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório.
(B) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela prevenção.
(C) da comarca de Aracaju, onde o crime foi praticado.
(D) da comarca de Maruim, onde a maior parte do crime foi executada.
(E) firmada pela continência entre as comarcas de Aracaju e Maruim.
22. (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Tacito comete um
crime de roubo com emprego de arma de fogo na comarca de Macapá, subtraindo um veículo e
pertences da vítima. Consumado o roubo, que tem pena cominada de 04 a 10 anos de reclusão,
Tacito é preso em flagrante na comarca de Mazagão, quando entregava toda a res furtiva para
seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagrante, estes últimos por crime de
receptação (pena de 01 a 04 anos de reclusão). A competência para processamento e julgamento
da ação penal contra Tacito, José e Manoel determinar-se-á pela
(A) continência e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três
indivíduos.
(B) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada.
(C) prevenção e poderá ser tanto da comarca de Macapá quanto da comarca de Mazagão.
(D) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é
cominada. (E) conexão e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos
três indivíduos.
23. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) “A", policial militar, valendo-se de arma
da corporação, efetuou disparos que resultaram a produção dolosa da morte do cidadão “B",
farmacêutico com o qual teve uma discussão durante uma abordagem policial. Neste caso,
a) a competência será da justiça comum somente se os motivos dos disparos não estiverem
relacionados com a diligência policial.
b) “A" deverá ser julgado pela justiça militar, porquanto se encontrava em serviço e utilizava arma
da corporação.
c) o fato de “A" estar em serviço não impõe a competência da justiça militar, mas sim o fato de
ter utilizado arma da corporação.
d) o fato de “A" estar em serviço impõe a competência da justiça militar, não possuindo relevância
o fato da arma utilizada pertencer à corporação.
e) são irrelevantes para competência as circunstâncias citadas.
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24. (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ) A definição da competência processual penal possui regras
previstas na Constituição Federal, no Código de Processo Penal e nas leis especiais. Sobre a
competência, analise as seguintes assertivas:
I. Conforme a Constituição Federal, caberá ao STF julgar, nas infrações penais comuns e nos crimes
de responsabilidade, o Presidente da República, o Vice-presidente, os membros do Congresso
Nacional, os Ministros de Estado, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
II. No conflito entre foro determinado pela Constituição Federal, por prerrogativa de função e o
foro material, definido para o tribunal do Júri no artigo 5° , XXXVIII, d, prevalecerá este último por
ser garantia fundamental individual.
III. O foro por prerrogativa de função é sempre definido pela Constituição Federal, mas as
constituições estaduais também podem conferir foro por prerrogativa.
IV. Os prefeitos devem ser julgados por Tribunal de Justiça Estadual, mas em cometimento de
crimes federais deverão ser julgados pelo Tribunal Regional Federal.
V. Em casos de delitos cometidos em erro na execução e resultado diverso do pretendido a
competência será determinada pela conexão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) III e IV.
c) I e V.
d) II e IV.
e) III e V.
25. (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar:
a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a
autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá preferir
o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competência do
lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem pena
mínima cominada mais alta.
d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de
Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal.
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26. (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ) Após a condenação em primeira instância por um crime de
competência federal, o réu de uma ação penal é diplomado como deputado federal.
Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação, interposta antes da diplomação, deverá
ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.
27. (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Analise a seguinte
situação hipotética: Agapito é funcionário público do Estado de Roraima, exercendo suas
atividades na Secretaria da Saúde, com sede na cidade de Boa Vista. No exercício do seu cargo,
Agapito, agindo em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi, durante
aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí,
todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e de sua esposa, diversos bens de que
tinha a posse em razão do cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de
Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia, pouco tempo depois da
prática do último ato criminoso, Agapito foi preso em flagrante por crime de peculato, quando
retornava para a cidade de Boa Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí. No caso proposto,
a competência para julgamento da ação penal
a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em diversas comarcas do
Estado de Roraima.
b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do réu.
c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público praticou o primeiro ato
criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas de Boa Vista,
Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos criminosos, são competentes para
julgamento da ação penal.
e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou o último ato criminoso.
28. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) O Código de Processo Penal brasileiro, ao
tratar da competência jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da
seguinte regra:
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31. (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O Supremo Tribunal Federal é competente
para processar e julgar, originariamente,
(A) os membros dos Tribunais Superiores, apenas nos crimes de responsabilidade.
(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas infrações penais comuns.
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35. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Analise as seguintes
assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal:
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu
resultado.
III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
36. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança) Nos casos de ação
penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração,
A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio.
B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.
C) poderá preferir o foro da sua própria residência.
D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração.
E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.
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43. (FCC - 2009 - DPE-MA - DEFENSOR PÚBLICO) A competência fixada pela circunstância de
duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração é determinada
A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.
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45. (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale
a alternativa correta em relação ao assunto indicado.
46. (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO) Atenção: Para responder à questão assinale
a alternativa correta em relação ao assunto indicado.
Competência.
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o seu conteúdo quando lida na cidade B. Por outro lado, Paulo esclarece que atualmente está
residindo na cidade C, enquanto Lucas reside na cidade D.
Considerando as regras de competência previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar
que:
(A) a Comarca A é competente para julgamento, tendo em vista que o Código de Processo Penal
adota a Teoria da Atividade para definir a competência territorial para julgamento;
(B) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca D, ainda que conhecido o
local da infração;
(C) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C, ainda que conhecido o
local da infração;
(D) a queixa somente poderia ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C se
desconhecido o local da infração;
(E) o primeiro critério a ser observado para definir a competência sempre é o da prevenção.
50. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio
encontra um documento adulterado (logo, falso), que, originariamente, fora expedido por órgão
estadual. Valendo-se de tal documento, comparece a uma agência da Caixa Econômica Federal
localizada na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o documento falso ao gerente do
estabelecimento.
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e local, foi autor de um crime de lesão corporal seguida de morte contra Alberto. Por fim, Maria,
Senadora, também em 2016 e no mesmo Estado, praticou crime de infanticídio.
Diante da situação narrada, é correto afirmar que os órgãos competentes para julgar Jorge, Tício
e Maria serão, respectivamente:
a) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
b) Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
c) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Tribunal do Júri do Estado;
d) Tribunal do Júri do Estado, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal;
e) Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça.
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54. (FGV – 2015 – TJ-RO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Tourinho Filho define a competência como
“o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o órgão exerce o seu Poder Jurisdicional".
Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de
residência da vítima;
b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que
conhecido o local da infração;
c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que
seja outro o local da consumação;
d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção;
e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia
não prevenirá a da ação penal.
55. (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM) Estando preso e cumprindo pena na cidade
de Campos, interior do estado do Rio de Janeiro, Paulo efetua ligação telefônica para a casa de
Maria, localizada na cidade de Niterói, no mesmo Estado, anunciando o falso sequestro do filho
desta e exigindo o depósito da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a ser efetuado em conta
bancária na cidade do Rio de Janeiro. Maria, atemorizada, efetua a transferência do respectivo
valor, no mesmo dia, de sua conta-corrente de uma agência bancária situada em São Gonçalo.
Descoberto o fato e denunciado pelo crime de extorsão, assinale a opção que indica o juízo
competente para o julgamento.
A) Vara Criminal de Campos.
B) Vara Criminal de Niterói.
C) Vara Criminal de São Gonçalo.
D) Vara Criminal do Rio de Janeiro.
56. (FGV-2010-DELEGADO-DELEGADO DE POLÍCIA-AMAPÁ) Relativamente ao tema
Jurisdição e Competência, analise as afirmativas a seguir:
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a
execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu
resultado.
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III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição
por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando-
se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
58. (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM) Quando se tratar de acusação relativa à prática
de infração penal de menor potencial ofensivo, cometida por estudante de direito, a competência
jurisdicional será determinada pelo (a)
a) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito.
b) local em que tiver se consumado o delito.
c) natureza da infração praticada.
d) natureza da infração praticada e pela prevenção.
59. (FGV - 2015 - TJ-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO) Aristarco, empresário e primeiro
suplente do Senador Armando, foi denunciado, em março de 2012, por uma série de delitos de
estelionato e apropriação indébita, em concurso material, perante Juízo Criminal da Capital.
Quando da ordem judicial para que as partes se manifestassem em diligências (Art. 402 do CPP),
a Defesa de Aristarco atravessou petição, informando que, por força da morte do titular do cargo,
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(D) ser remetido ao Juízo de Direito de primeira instância, onde a sentença deverá ser proferida;
(E) ser remetido ao Juízo de Direito de primeira instância, onde as alegações finais defensivas
deverão ser apresentadas.
60. (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Paulo reside na cidade “Y” e lá
resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”,
com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado
pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este,
percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do
crime de uso de documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para
julgamento.
A) Justiça Estadual da cidade “Y”.
B) Justiça Federal da cidade “K”.
C) Justiça Federal da cidade “Y”.
D) Justiça Estadual da cidade “K”.
61. (FGV – 2010 – OAB – III EXAME UNIFICADO) Tendo como referência a competência ratione
personae, assinale a alternativa correta.
(A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte
especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas
funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função.
(B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será
julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades.
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(C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de
competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal
de Justiça.
(D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça
do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime
praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral.
62. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Carolina,
voltando do Paraguai com diversas mercadorias que configurariam o crime de contrabando, entra
no país pela cidade de Foz do Iguaçu (PR). Em lá chegando, compra uma passagem de ônibus
para a cidade de São Paulo e segue, posteriormente, para o Rio de Janeiro, sua cidade natal,
quando é surpreendida por policiais federais que participavam de uma operação de rotina na
rodoviária. Os policiais, então, apreendem as mercadorias e conduzem Carolina à Delegacia
Policial.
Na hipótese, assinale a alternativa que indica o órgão competente para proceder ao julgamento
de Carolina.
a) A Justiça Federal de Foz de Iguaçu.
b) A Justiça Federal do Rio de Janeiro.
c) A Justiça Federal de São Paulo.
d) Qualquer das anteriores, independentemente da regra da prevenção
63. (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI - PRIMEIRA FASE) A Constituição
do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos prefeitos de todos os seus
Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça”. José,
Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção
ativa em face de um policial rodoviário federal.
Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é
a) a Justiça Estadual de 1ª Instância.
b) o Tribunal de Justiça.
c) o Tribunal Regional Federal.
d) a Justiça Federal de 1ª Instância.
64. (FGV - 2014 - TJ-GO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA)
Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar que:
(A) é da competência da Justiça Federal o julgamento de contravenções penais, desde que
conexas com delitos de competência da Justiça Federal;
(B) compete à Justiça Estadual processar e julgar as ações penais relativas a desvio de verbas
originárias do Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente de se tratar de valores
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repassados aos Estados ou Municípios por meio da modalidade de transferência “fundo a fundo”
ou mediante realização de convênio;
(C) compete à Justiça Estadual o julgamento de ação penal em que se apure a possível prática de
sonegação de ISSQN pelos representantes de pessoa jurídica privada, ainda que esta mantenha
vínculo com entidade da administração indireta federal;
(D) compete à Justiça Federal processar e julgar acusado da prática de conduta criminosa
consistente na captação e armazenamento, em computadores de escolas municipais, de vídeos
pornográficos oriundos da internet, envolvendo crianças e adolescentes;
(E) compete à Justiça Estadual processar e julgar crime consistente na apresentação de Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) falso a agente da Polícia Rodoviária Federal, em
rodovia que cruza três Estados.
65. (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE MANDADOS) Um magistrado de
primeiro grau que exerce sua jurisdição junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
passava suas férias em Salvador, na Bahia, quando, durante um evento festivo, acabou por entrar
em confronto corporal com outro indivíduo, vindo a causar a morte deste dolosamente. Será
competente para julgar o magistrado pelo homicídio doloso praticado:
(A) o Tribunal do Júri de Salvador;
(B) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro;
(C) o Superior Tribunal de Justiça;
(D) o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro;
(E) o Tribunal de Justiça da Bahia.
66. (FGV – 2013 – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/MT – PROCURADOR) Determinado servidor
público, com foro por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça fixado exclusivamente pela
Constituição Estadual, pratica dolosamente um aborto em sua namorada, mesmo diante da
divergência desta.
Diante dessa situação hipotética, o servidor deveria ser processado e julgado perante
a) o Tribunal de Justiça, desde que não aposentado quando do processamento da ação penal.
b) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o STF já se posicionou pela inconstitucionalidade
do foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Estadual.
c) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o crime foi praticado por motivos particulares,
não tendo sido motivado pela função que exerce.
d) o Tribunal do Júri, por ser tratar de crime doloso contra a vida.
e) o Tribunal de Justiça, ainda que não mais exercesse a função quando da propositura da ação
penal.
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67. (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM) Juan da Silva foi autor de uma contravenção
penal, em detrimento dos interesses da Caixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou,
ainda, outra contravenção em conexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil,
sociedade de economia mista.
Dessa forma, para julgá-lo será competente
a) a Justiça Estadual, pelas duas infrações.
b) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa Econômica
Federal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do Brasil.
c) a Justiça Federal, pelas duas infrações.
d) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do Brasil, e
Justiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal.
68. (FGV – 2015 – OAB – XVII EXAME DA OAB) Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de
juiz de direito junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se
aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou uma
discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão corporal seguida de morte,
consumado na cidade em que reside.
Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, será
competente para julgar Ricardo
a) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
b) uma das Varas Criminais de Florianópolis.
c) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
d) o Tribunal do Júri de Florianópolis.
69. (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM) A Constituição do Estado “X” estabeleceu foro
por prerrogativa de função aos Prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os
prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça". José, Prefeito do Município “Y”, pertencente
ao Estado “X”, mata João, amante de sua esposa. Pergunta-se, qual o órgão competente para o
Julgamento de José?
a) Justiça Estadual de 1ª Instância;
b) Tribunal de Justiça;
c) Tribunal Regional Federal;
d) Justiça Federal de 1ª Instância.
70. (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM) A Justiça Brasileira recebeu Carta Rogatória
encaminhada pelo Ministério das Relações Exteriores a pedido da Embaixada da Romênia, com o
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GABARITO
1. ALTERNATIVA A
2. ALTERNATIVA A
3. ALTERNATIVA C
4. ALTERNATIVA B
5. ALTERNATIVA E
6. ALTERNATIVA A
7. ALTERNATIVA D
8. ALTERNATIVA A
9. ALTERNATIVA A
10. ALTERNATIVA A
11. ALTERNATIVA B
12. ALTERNATIVA D
13. ALTERNATIVA C
14. ALTERNATIVA E
15. ALTERNATIVA D
16. ALTERNATIVA D
17. ALTERNATIVA C
18. ALTERNATIVA C
19. ALTERNATIVA C
20. ALTERNATIVA C
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21. ALTERNATIVA B
22. ALTERNATIVA B
23. ALTERNATIVA E
24. ALTERNATIVA B
25. ALTERNATIVA A
26. ALTERNATIVA C
27. ALTERNATIVA D
28. ALTERNATIVA B
29. ALTERNATIVA B
30. ALTERNATIVA C
31. ALTERNATIVA C
32. ALTERNATIVA B
33. ALTERNATIVA B
34. ALTERNATIVA D
35. ALTERNATIVA A
36. ALTERNATIVA E
37. ALTERNATIVA D
38. ALTERNATIVA C
39. ALTERNATIVA A
40. ALTERNATIVA D
41. ALTERNATIVA B
42. ALTERNATIVA A
43. ALTERNATIVA D
44. ALTERNATIVA A
45. ALTERNATIVA E
46. ALTERNATIVA B
47. ALTERNATIVA D
48. ALTERNATIVA B
49. ALTERNATIVA B
50. ALTERNATIVA B
51. ALTERNATIVA A
52. ALTERNATIVA A
53. ALTERNATIVA C
54. ALTERNATIVA D
55. ALTERNATIVA B
56. ALTERNATIVA E
57. ANULADA
58. ALTERNATIVA C
59. SEM RESPOSTA (DESATUALIZADA)
60. ALTERNATIVA B
61. ALTERNATIVA C
62. ALTERNATIVA B
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63. ALTERNATIVA C
64. ALTERNATIVA C
65. ALTERNATIVA B
66. ALTERNATIVA D
67. ALTERNATIVA A
68. ALTERNATIVA B
69. ANULADA
70. ALTERNATIVA A
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