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Conceito
Lembrar:
Função alocativa
Função distributiva
Função estabilizadora
Ciclo orçamentário (pode abranger mais de um exercício, ano civil) é ≠ de exercício financeiro
(é apenas de um ano civil)
Observação: Apesar das quatro fases, um autor idiota aumentou o ciclo orçamentário em mais
4 fases. Nesse caso, se a banca cobrar que o ciclo é ampliado, também está certo (compreende
a elaboração do PPA, LDO e LOA).
2. Discussão/Estudo/Aprovação
Segunda etapa do ciclo orçamentário. Neste momento, muita coisa acontece. Por exemplo, um
parlamentar ou uma bancada parlamentar pode propor alteração ao Projeto de LOA (PLOA) -
por meio de emenda parlamentar - bem como o Poder Executivo pode solicitar modificações
ao mesmo projeto por meio de Mensagem Presidencial.
Quem avaliará o cumprimento dos requisitos de alteração do PLOA proposto por
parlamentares será uma comissão permanente composta por deputados e senadores chamada
de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, ou como CMO.
Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto, a
inexatidão da proposta.
Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado.
Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
Em cada uma das Casas do Poder Legislativo, a aprovação dos instrumentos de planejamento e
orçamento se dá por maioria simples e não haverá recesso parlamentar se a LDO não for
aprovada.
A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado no
Legislativo.
A orçamentária, de uma maneira breve, é a utilização das dotações dos créditos designados na
Lei Orçamentária Anual (LOA). A financeira é a execução do recurso financeiro propriamente
dito, de modo a subsidiar a realização dos projetos e atividades programados.
Os recursos associados às dotações serão entregues aos poderes Legislativo, Judiciário,
Ministério Público e Defensoria Pública pelo Executivo, por meio de duodécimos, até do dia 20
de cada mês.
4. Avaliação e Controle
Exemplo: Se o Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal etc.)
com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças vacinadas foi atingido, a
campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi
efetivo, pois teve o impacto esperado na sociedade, mudando uma realidade existente.
O controle do orçamento é de extrema importância, pois ele permite assegurar a aplicação dos
recursos pelos poderes de acordo com leis aprovadas.
Segundo a lei 4.320/64, que trata sobre as normas gerais de direito financeiro, o controle da
execução orçamentária compreende:
O controle não é exercido apenas sobre os chefes do executivo, mas sobre todos aqueles que
utilize, guarde, arrecade, gerencie ou administre dinheiros e bens públicos.
Receita pública
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do
Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades
de recursos financeiros para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam
apenas entradas compensatórias*. Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas
orçamentárias.
Operações de créditos por Antecipação de Receita orçamentária – gera somente juros, sem
encargos diferente da operação de crédito normal. É preciso dar uma garantia ao banco de
uma receita prevista/futura, como forma de pagamento. Não gera novas entradas (retira do
que você iria ganhar) e é só para atender insuficiência de caixa (ex: em um mês, você gastou
R$50 a mais do que previsto, porém no mês seguinte você recebe R$100 a mais. Você pode
antecipar esses R$100 para pagar os R$50 faltantes).
Pagamento da ARO é despesa extraorçamentária e os juros será uma despesa orçamentária.
ARO gera dívida flutuante e é proibida no último ano de mandato de chefe do executivo, não
pode cobrar além dos juros, e não pode contratar segunda ARO para pagamento da mesma
coisa.
Obs: Toda operação de crédito gera dívida, e precisa de autorização legislativa pois gera
encargos, ouseja é uma receita financeira.
Classificação das receitas públicas
Natureza
Indicador de resultado primário
Fonte/destinação de recursos
Esfera orçamentária
Quanto a precedência ou origem (classificação doutrinária)
Classificação contábil
Receitas intraorçamentárias – receitas transferidas dentro mesmo ente/LOA. Ex: SEFAZ recebe
100 e passa 30 para secretaria de saúde, a secretária de saúde classifica essa entrada como
intraorçamentária, pois ela já havia entrado na LOA antes.
Indicador de resultado primário –
Objetivo de identificar quais são as receitas e as despesas que compõem o resultado primário
do Governo Federal, que é representado pela diferença entre as receitas primárias e as
despesas primárias.
As receitas e despesas do Governo Federal podem ser divididas entre primárias e financeiras.
Primárias – não gera dívida, advém de arrecadação “saudável”, ex: arrecadação de tributo,
contribuições, etc.
EC 95/2016 -novo regime fiscal, trava de 20 anos sobre o gasto primário. Se aumentar despesa
primária, sem controle terá que aumentar receita financeira e isso não é o correto. As
despesas primárias não podem ultrapassar a do ano anterior, acrescido de inflação.
Fonte/destinação de recursos –
b) destinação não vinculada (ou livre): é o processo de alocação livre entre a origem e a
aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.
* O dígito 7 é a quebra da regra de ouro. Regra de Ouro é um mecanismo previsto na CF, artigo
167 III, em que as despesas de capital devem ser maior ou igual que as operações de crédito.
Art 167 São Vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
*O dígito 9 objetiva identificar, na elaboração do orçamento, os recursos oriundos de
propostas de alterações na legislação da receita que estejam em tramitação no CN.
Esfera orçamentária
A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a receita pertence ao
Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimento das Empresas Estatais, conforme
distingue o § 5º do art. 165 da CF.
Derivadas – obtida por meio da soberania estatal, obtidas por imposição legal, ex: tributos e
contribuições especiais.
Classificação contábil
Não efetivas – não afetam o patrimônio líquido. Decorrem de fato contábil permutativo, em
regra as receitas de capital, com exceção da transferência de capital.
Estágios da receita pública – P.L.A.R
Etapas da receita pública – planejamento (compreende a previsão) execução (compreende
lançamento, arrecadação e recolhimento) e controle (em todos os estágios).
Previsão - Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que
constará na proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas
técnicas e legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF. Sobre o
assunto, vale citar o art. 12 da LRF:
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e
legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da
variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.
O art. 53 da Lei nº 4.320, define o lançamento como ato da repartição competente, que
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito
desta. Por sua vez, conforme o art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), lançamento é o
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido,
identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.
Dívida ativa –
Há um prazo de cobrança da dívida ativa, que varia. Após isso, deverá pedir um novo
documento, por ter sido inscrito na dívida ativa.
Despesa pública
Classificação funcional
Obs: independe de qual instituição gasta. Exemplo, o MEC pode gastar com saúde. A
primeira função será saúde e não educação, a subfunção não precisa acompanhar a
função principal também. Exemplo pode gastar função principal educação (precisa
acompanhar a atividade da instituição) e subfunção saúde (matricialidade - *não é
permitido para função encargos especiais).
1-2-34-56-78 (CGMMEEDD)
1 - Categoria econômica
2 – Grupo de natureza de despesa
34 - Modalidade de aplicação
56 – Elemento da despesa
78 – Desdobramento do elemento
1 – Categoria econômica
Despesa corrente
(1 -cód)Pessoal e encargos sociais – art 18, LRF.
(2 -cód)Juros e encargos da dívida – voltada somente para pagamento de dívidas.
(3 -cód)Outras despesas correntes – despesas residuais.
Despesa de capital
(4 -cód)Investimento – bem de capital novo, impacto positivo no PIB.
(5 -cód)Inversão financeira – o fato (compra do bem de capital) já ocorreu e só houve
uma troca de proprietário, do mesmo bem. Ou seja, não é algo novo que impacte no
PIB.
(6 -cód)Amortização da dívida – voltada somente para pagamento de dívidas.
34 – Modalidade de aplicação
90 – aplicação direta
56 – Elemento de despesa
Indica o objeto/coisa/item do gasto.
Para fins de execução, é obrigatório ir até o elemento da despesa (4º nível).
78 – Subelemento da despesa
Indica o detalhamento do elemento.
No caso da União, o subelemento é obrigatório.
Portaria 163 – Despesa corrente (pessoal, juros e encargos da dív, outras dc) / Despesa
de capital (Invest, invers financeira, transf de capital).
Despesa não efetiva – é aquela que não altera o patrimônio líquido, regra são as
despesas de capital. Decorre de fato permutativo. A exceção são as transferências de
capital (pois reduzem o patrimônio líquido de quem realiza a transferência).
Etapas da execução da despesa
Empenho Assumir um compromisso para
depois realizar o pagamento.
Reserva de crédito orç. para garantir
o pagamento. Em regra o primeiro
estágio da execução, com exceção
de caso de urgência. Em regra, será
admitida nota de empenho
(documento), com exceção de casos
especiais (a nota de empenho é
dispensável).
Pode ser ordinário (pago em uma só
parcela), global (pago em mais de
uma parcela) e estimativo (não se
sabe o valor previamente).
Podem ser:
É possível reinscrever um resto a pagar, que não foi efetuado no ano vigente, para o
próximo ano.
Restos a pagar não processados podem ficar pendente de processamento por 1,5 ano.
Se a despesa foi liquidada dentro desse prazo, será inscrita em restos a pagar não
processados liquidados e terá status de rpp.
Se não foi liquidada será bloqueado o saldo para pagar pela STN, que pode ser
desbloqueado mediante (deve ocorrer no mesmo ano do bloqueio, nas transferências
por convênio, contrato de repasse e similares precisa do comprovante de regularidade,
se os restos desbloqueados e a liquidação não ocorrer serão cancelados no final do
ano) ou continua bloqueado e é cancelado no final do ano.
Observação: os restos a pagar são para o ano da inscrição são despesa orçamentárias e
receita extraorçamentária (ano que começou). Para o próximo ano (em que se paga) é
uma despesa extraorçamentária (não utiliza o orçamento desse ano, mas sim do ano
anterior).
Cancelamento de restos a pagar – para o MCASP não é uma receita, é apenas uma
anulação de dotação para o STN.
Para a lei 4320 é uma receita do ano vigente. (Observar o comando da questão, se
menciona “segundo a lei, art, etc).
São despesas que não se processaram na época própria, restos a pagar com prescrição
interrompida, compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, reforço
de restos a pagar não processados.
Não há empenho no ano anterior, ou seja, diferente dos restos a pagar que houve
empenho, crédito, no ano passado e no próximo ano será paga com o crédito do ano
anterior, a DEA não possui empenho, crédito no ano anterior. Ou seja, será paga com
crédito do ano atual, LOA do ano atual, etc.
a) Despesas que não se tenham processadas na época própria: São os empenhos que não
foram liquidados em razão de algum problema no processamento da despesa (falhas
documentais, falhas de comunicação entre setores do órgão, não emissão de documentos
fiscais pelo credor etc.), sendo, por isso, cancelados. Depois disso, constata-se que o
serviço foi prestado, o bem foi entregue ou a obra realizada. Como o empenho foi
cancelado, deve-se fazer um novo empenho no elemento de despesa DEA.
b) Restos a pagar com prescrição interrompida: A despesa empenhada foi inscrita em RPÑP,
por ainda estar vigente o direito do credor para cumprimento da obrigação. Porém, em
ano seguinte, o RPÑP é cancelado indevidamente, ou seja, enquanto ainda era vigente o
direito do credor. Em momento posterior, o credor reclama seu direito ao pagamento e
novo empenho deve ser feito no elemento de despesa DEA.
d) “Reforço” de R.P.Ñ.P. (caso não expresso na norma): Como já estudamos nos estágios da
despesa, o empenho pode ser emitido por estimativa, quando não se tem definido o valor
a ser pago. Assim, a despesa vai sendo executada gradualmente, e, conforme o caso, há
anulação da parte excedente (empenho maior que a despesa real) ou o reforço do
empenho estimativo (empenho menor que a despesa real). Se, na liquidação, para fins do
pagamento de um RPÑP, for verificada a necessidade de reforçar o empenho original, o
novo empenho reforço será feito no elemento de despesa DEA.
É um valor que o servidor pode usar em situações excepcionais, e que irá realizar a
compra/contratação de uma forma mais rápida, sem a burocracia de licitações, dispensas ou
inexibilidade de licitações.
Dívida pública
Dívida flutuante Dívida fundada
Conhecida como dívida de curto prazo, ou Prazo mais longo, geralmente 12 meses.
dívida circulante é uma categoria de dívida São obrigações financeiras assumidas em
que deve pagar em um período curto de 1 virtude de leis, contratos, convênios ou
ano. tratados.
PAC – Programa de aceleração e crescimento (parte dele está no PPA, instrumento de longo
prazo, vigente desde 2007).
PNE – Plano nacional de educação (desde 2014, vigência superior ao PPA);
Transposição do Rio São Francisco (programa regional)