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SUMÁRIO
1. Orçamento público;
2. Instrumentos de planejamento (PPA, LDO E LOA);
3. Princípios orçamentários;
4. Ciclo orçamentário;
5. Créditos adicionais;
6. Estágios da receita e da despesa;
7. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA;
8. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA;
9. Restos a pagar e despesas de exercícios anteriores;
10. Dívida ativa;
11. Lei de responsabilidade fiscal (LEI Nº 101 DE 2000);
12. Lei sobre normas gerais de direito financeiro (LEI Nº 4320 DE 1964).
ORÇAMENTO PÚBLICO
É um instrumento de planejamento governamental em que constam as despesas da
administração pública para um período de um ano, em equilíbrio com a arrecadação das
receitas previstas. É o documento onde o governo reúne todas as receitas arrecadadas e progra-
ma o que de fato vai ser feito com esses recursos. É onde alocam os recursos destinados a hospi-
tais, manutenção das estradas, construção de escolas, pagamento de professores. É no orça-
mento onde estão previstos todos os recursos arrecadados e onde esses recursos se-
rão destinados.
TIPOS DE ORÇAMENTO
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
OBS:
1. Todos os programas devem ser justificados a cada início de um novo ciclo orçamentário,
não existindo direitos adquiridos sobre verbas anteriormente outorgadas;
2. As solicitações de recursos não obedecem a nenhuma prioridade;
3. Revisão crítica dos gastos tradicionais de cada área, e estimativas dos custos para o exercí-
cio seguinte, partindo-se de uma nova base, ou seja, base zero;
4. Nível de expansão de esforço está dentro do pacote de decisões e procura incrementar
níveis acima do corrente, buscando favorecer a permissão para a execução de funções ou
serviços adicionais.
ORÇAMENTO-PROGRAMA
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
1. ALOCATIVA;
2. DISTRIBUTIVA;
3. ESTABILIZADORA.
Segundo Sérgio Mendes, a classificação das funções mais cobradas em concursos são:
ATENÇÃO: das funções clássicas do orçamento, a estabilizadora é a única que não tem como
foco o gasto.
Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma despesa no orçamento, ela
deve ser necessariamente executada. Nesta visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser
rigorosamente cumprido. No Brasil, é adotado para a execução de emendas parlamentares indivi-
duais.
Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no
orçamento público, já que o Poder Público tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e
a oportunidade do que deve ou não ser executado. Em nosso país, o orçamento é autorizativo na
quase totalidade da LOA. Como regra geral, o fato de ser fixada uma despesa na lei orçamentária
anual não gera o direito de exigência de sua realização por via judicial.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO (PPA/LDO/LOA)
1. O plano plurianual;
2. As diretrizes orçamentárias;
3. Os orçamentos anuais.
Segundo o art. 165, § 1º da CF/88: A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada.
Logo, o PPA (planejamento estratégico governamental) possibilita o controle social (exercido pelo
cidadão); estipula as diretrizes que orientam os gestores públicos; objetivos serão traçados em
busca de resultados (administração gerencial); tais objetivos serão desdobrados em metas.
Na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a lei complementar
prevista na CF/88, a qual deve versar sobre o tema.
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício fi-
nanceiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do
mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A de-
volução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado.
A Constituição Federal, em seu art. 165, § 4º determina que: Os planos e programas nacio-
nais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonân-
cia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Entretanto, os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração supe-
rior ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 anos).
O PPA é adotado como referência para os demais planos e programas nacionais, regionais e seto-
riais previstos na Constituição Federal. A regionalização prevista na CF/88 considera, na formula-
ção, na apresentação, na implantação e na avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e desi-
gualdades existentes no território brasileiro.
1. Base Estratégica;
2. Programas.
Os programas compreendem:
Parte da doutrina afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO extrapola
o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento do primeiro período
legislativo e orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras or-
çamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a
LDO elaborada em 2022 terá vigência já em 2022 para que oriente a elaboração da LOA e tam-
bém durante todo o ano de 2023, quando ocorrerá a execução orçamentária.
A LDO é anual no sentido de que a cada ano teremos uma LDO (LDO-2019, LDO-2020,
LDO-2021 etc). Todavia, a vigência (duração) da LDO extrapola o exercício financeiro,
uma vez que ela é aprovada até o encerramento do primeiro período legislativo e orienta a elabo-
ração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem execu-
tadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2022
terá vigência já em 2022 para que oriente a elaboração da LOA e também durante todo o ano de
2023, quando ocorrerá a execução orçamentária.
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encer-
ramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). A sessão legislativa
não será interrompida sem a aprovação da LDO.
Além dos dispositivos referentes à lei de diretrizes orçamentárias previstos na CF/88, a Lei de
Responsabilidade Fiscal aumentou o rol de funções da LDO. Entre elas, está a obrigação de que o
anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais integrem a LDO. Outra obrigação, por
exemplo, é que a LDO deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.
Criar;
Aumentar;
Suprimir;
Autorizar;
Diminuir.
De acordo com a CF/88, é a LDO que vai fixar LIMITES e PRAZOS para as propostas orçamen-
tárias dos Tribunais, Ministério Público e Defensoria Pública.
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a arrecada-
ção de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o
orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito (orçamento fiscal).
A CF/88 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. Ainda, proíbe a
consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
Art. 165, § 8º da CF: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previ-
são da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei.
A LOA deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação das despesas,
sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para créditos suplementares e operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. Trata-se do princípio constitu-
cional da exclusividade. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabele-
cidos no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi es-
tabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as
ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.
Quanto aos prazos, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como Orçamento Geral da
União (OGU), também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária anual deverá ser encami-
nhado ao Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e
devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício
de sua elaboração.
A Lei Orçamentária Anual é uma lei em sentido formal, ou seja, aprovada pelo Legisla-
tivo e sancionada pelo Executivo.
De acordo com a lei orçamentária anual, os orçamentos das empresas estatais independentes
constam do orçamento de investimento. Os orçamentos das empresas estatais dependentes cons-
tam do orçamento fiscal e da seguridade social.
RESUMINDO:
O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término do
exercício financeiro (31/08), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislati-
va (22/12) do exercício de sua elaboração.
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e manti-
dos pelo Poder Público.
A LOA define as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingi-
das naquele ano e todas as ações do Poder Executivo. Nenhuma despesa pública poderá
ser executada fora do Orçamento.
"Com base no PPA, que estabelece o plano para o período de 4 anos, e na LDO, que define as
metas e prioridades para o ano seguinte, é elaborada a Lei Orçamentária Anual - LOA."
A LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das des-
pesas para o exercício financeiro.
(Art. 169,§ 1º, CF). A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou con-
tratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indire-
ta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
É fato que a LDO estabelece as metas e prioridades, bem como orienta a elaboração da
LOA; porém, mesmo que não esteja na LDO, a LOA poderá conter outros projetos a serem execu-
tados. As metas e prioridades da LDO orientam sobre o que é mais importante, mas a
LOA contém também diversas despesas não classificadas como metas ou prioridades.
Os recursos são escassos e as necessidades da sociedade são ilimitadas. Logo, são necessárias
escolhas no momento da elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento e natural-
mente alguns setores serão mais beneficiados, de acordo com as ideias dominantes dos governan-
tes daquele momento. Logo, não é possível garantir aos entes públicos que suas necessidades de
recursos financeiros serão plenamente atendidas.
De acordo com o art. 166 da CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às di-
retrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), na forma do
regimento comum.
No âmbito de cada ente, PPA, LDO e LOA constituem etapas distintas, porém integra-
das, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
O processo orçamentário brasileiro é direcionado principalmente por três leis distintas: PPA, LDO
e LOA. O plano plurianual tem maior vigência, a qual é de quatro anos; a lei de diretrizes orça-
mentárias em conjunto com o anexo de metas e riscos fiscais conforme determina a Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal e, por fim, a lei orçamentária anual, na qual se incluem o orçamento fiscal, o
de seguridade social e o de investimentos das empresas.
Art. 165, § 6º, CF: O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionali-
zado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsí-
dios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
É correta a afirmação de que o PPA e a LDO são referências para a LOA. Porém, a sua
aprovação não está condicionada à aprovação do PPA. Como os dois projetos são enviados até a
mesma data, não faz sentido condicionar a aprovação da LOA ao do PPA.
LEI Nº 4.320/64. Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará
como proposta a Lei de Orçamento vigente.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS São premissas ou linhas norteadoras a serem observadas na
concepção e execução da LOA. Válidos para todos os entes e para todos os poderes E visam au-
mentar a consistência e estabilidade do sistema orçamentário.
A Lei n.º 4.320/64 estabelece que cada esfera de governo deve possuir apenas um orçamento,
fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente.
O Princípio da Unidade significa que o orçamento deve ser uno, ou seja, cada esfera do Governo
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) deve possuir apenas um orçamento, tendo como
fundamentação uma única política orçamentária e uma estrutura uniforme.
Está na Lei 4.320/64: Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa
de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obe-
decidos aos princípios de unidade, universalidade e anualidade.
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
No Brasil, tal princípio coincide com o ano civil, segundo a Lei 4.320/64: Art. 34. O exercício
financeiro coincidirá com o ano civil. (1º de janeiro a 31 de dezembro)
A Lei 4.320/64 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, pois o conceito de
anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o exercício financeiro e o período de 12
meses. Anualidade é princípio orçamentário, porém Anterioridade não é. O princípio
constitucional da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário.
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO
Lei 4.320/64 Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
OBS: Ao vedar as deduções, esse princípio possibilita a aplicação plena do princípio da universali-
dade, pois as receitas e despesas referentes a essas deduções não apareceriam no orçamento.
DICA: Operação de transferência de recursos entre entes federativos não fere o prin-
cípio do orçamento bruto. Nesse caso, os recursos deverão ser incluídos como despe-
sa no orçamento do ente que transfere e, como receita, no orçamento daquele que
os receber.
Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das
receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suple-
mentares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária
(ARO). Por exemplo, o orçamento não pode conter matéria de Direito Penal.
PPA e LDO --> Não há necessidade de um detalhamento tão grande de receitas e des-
pesas.
LOA --> É OBRIGADA A SEGUIR O PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO.
CUIDADO: Entretanto, há uma exceção, acrescida pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015:
Por ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá
transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação no âmbi-
to das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os re-
sultados de projetos restritos a essas funções.
O princípio da quantificação dos créditos orçamentários determina que todo crédito na LOA seja
autorizado com uma respectiva dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de
um valor determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.
Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos conce-
didos.
A LRF determina que a lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública,
que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pú-
blica, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre orçamento
só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficá-
cia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma
a garantir a informação na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de
acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a
utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.
A transparência exige que todos os atos de entidades públicas devem ir além da publicidade for-
mal, pois determina ampla prestação de contas em diversos meios. A LRF exige ampla divulgação,
inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos de planejamento e orçamento, da prestação de
contas e de diversos relatórios e anexos. A transparência será assegurada também median-
te incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e or-
çamentos; da liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios ele-
trônicos de acesso público; e da adoção de sistema integrado de administração financeira e con-
trole, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas as pesso-
as que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo. Dispõe que o orçamento deve ser
expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem
grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administra-
ção.
O princípio da não afetação ou não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de
IMPOSTOS poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos,
salvo as ressalvas constitucionais.
PRINCÍPIO DA EXATIDÃO
1. ELABORAÇÃO;
2. APROVAÇÃO;
3. EXECUÇÃO;
4. AVALIAÇÃO E CONTROLE.
Iniciativas
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder Exe-
cutivo: Presidente da república, Governadores e Prefeitos.
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que a iniciativa dos
instrumentos de planejamento e orçamento é de competência privativa do Presidente da Repúbli-
ca, mas ela deve ser lida como exclusiva:
Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, o Poder Executivo de cada ente colo-
cará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes
do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimati-
vas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas me-
mórias de cálculo. Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério
Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o
qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
§ 1º ressalta que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos li-
mites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orça-
mentárias.
De acordo com o art. 127 da CF/88, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e
administrativa. O § 3º ressalta que o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária den-
tro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. De forma semelhante ao Po-
der Judiciário, se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro
do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente.
Art. 32 da Lei 4.320/64. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará
como proposta a Lei de Orçamento vigente.
DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO
Examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, CRÉDITOS ADICI-
ONAIS e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-
tos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo
da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas casas criadas de acordo com a
CF/88.
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao CN para propor modificação nos projetos
(PPA, LDO, LOA e CRÉDITOS ADICIONAIS) enquanto não iniciada a votação, na comis-
são mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta.
Quanto à possibilidade de rejeição (não aceitação do projeto de lei pelo Poder Legislativo e devo-
lução ao Poder Executivo), apesar de ser uma medida extrema, permite-se a rejeição da LOA,
pois, segundo o § 8º do art. 166: “Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementa-
res, com prévia e específica autorização legislativa”.
Ainda no que se refere às emendas, a Lei 4.320/64 traz um artigo sobre o tema. Segundo o art.
33 dessa lei, não se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que visem:
1. Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nes-
se ponto a inexatidão da proposta;
2. Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos
órgãos competentes;
3. Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado;
4. Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução
do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
APROVAÇÃO
Em cada uma das Casas do Poder Legislativo, a aprovação dos instrumentos de planejamento e
orçamento se dá por maioria simples, pois são leis ordinárias, apesar do ciclo diferenciado de
uma lei ordinária comum (por isso chamamos de ciclo orçamentário). Entretanto, o que não esti-
ver previsto de diferente nesse ciclo orçamentário, devem ser aplicadas aos projetos de PPA, LDO,
LOA e de Créditos Adicionais às demais normas relativas ao processo legislativo.
Caso os prazos para a aprovação do PPA, LDO e LOA não sejam respeitados, só há “punição” se a
LDO não for aprovada.
A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de Lei de Dire-
trizes Orçamentárias. Assim, a CF/88 dispõe que a sessão legislativa não será interrompida
sem a aprovação da LDO, ou seja, não haverá recesso parlamentar se a LDO não for aprovada.
Entretanto, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver recesso com a LOA ou com
o PPA pendentes de aprovação.
Sanção e veto
A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado no Legislativo.
Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do Executivo com o que foi discutido e aprovado
no Parlamento. Já o veto corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no
Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou com todo o projeto
(veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo considere o projeto inconstitucional ou con-
trário ao interesse público. De qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado
pelo Parlamento, podendo ser confirmado ou rejeitado.
AVALIAÇÃO E CONTROLE
AVALIAÇÃO
DIFERENÇAS ENTRE:
EFICIÊNCIA: EFICÁCIA:
CONTROLE
A CF/88 e a Lei 4320/64 determinam a coexistência de dois sistemas de controle: interno e ex-
terno. O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria Adminis-
tração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. Já O controle externo é aquele rea-
lizado por uma instituição independente e autônoma.
Controle Interno
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Controle Externo
Na esfera federal, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxí-
lio do Tribunal de Contas da União.
No âmbito dos demais entes, o controle externo é exercido de forma semelhante, aplicando as
disposições federais naquilo que couber. Nos estados, é realizado pela Assembleia Legislativa, com
auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Nos municípios, é exercido pela Câmara Municipal, com
auxílio também do Tribunal de Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Muni-
cípio. No Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa com o auxílio do Tribunal de Contas
do Distrito Federal.
O ato que abrir o crédito adicional, que poderá ser um decreto, uma medida provisória
ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a importância, a espécie e a
classificação da despesa até onde for possível.
Art. 40 da Lei nº 4.320/64. São créditos adicionais as autorizações de despesa não com-
putadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
CRÉDITOS----------------AUTORIZADO---------------ABERTO
1. SUPLEMENTARES--------LEI ESPECÍFICA OU LOA --Decreto
2. ESPECIAIS----------------LEI ESPECÍFICA------------Decreto
3. EXTRAORDINÁRIOS-----------X------------------------Decreto ou Medida Provisória
CRÉDITOS SUPLEMENTARES
O crédito suplementar é a única espécie de crédito adicional que é exceção ao princípio orça-
mentário da exclusividade, o qual determina que a lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
De acordo com MTO 2022, No caso das ações de sua competência, os créditos suplementares
autorizados na LOA podem ser abertos por atos próprios dos Poderes Legislativo e Judiciá-
rio, do MPU e da DPU se houver indicação de recursos compensatórios dos órgãos favorecidos.
Ressalta-se que é vedado o cancelamento de despesas financeiras para suplementa-
ção de despesas primárias, sem prejuízo às demais disposições aplicáveis.
CRÉDITOS ESPECIAIS
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja dotação or-
çamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Sua abertura também depende
da existência de recursos disponíveis e de exposição que a justifique. Os créditos es-
peciais não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se
o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, ca-
sos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do
exercício financeiro subsequente. Nesse caso, a reabertura do crédito é facultativa,
limitada ao saldo remanescente, e novo ato da Administração Pública deverá reabri-lo.
SÃO AUTORIZADOS POR LEI ESPECIAL (NÃO PODE SER NA LOA), porém, são abertos
por decreto do Poder Executivo. Na União, são considerados autorizados e abertos
com a sanção e publicação da respectiva lei.
1. Alteração QUALITATIVA;
2. Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária;
3. Devem ser autorizados em lei especial, não pode ser na LOA;
4. Não se incorporam ao orçamento - mantém sua especificidade;
5. O reforço de um crédito especial é feito pela regra prevista no próprio crédi-
to ou abertura de novos créditos especiais;
6. Sua abertura depende da existência de RECURSOS + JUSTIFICATIVA;
7. Sua vigência é limitada ao exercício em que foi autorizado - salvo autorização
promulgada nos últimos 4 meses do exercício, poderão ser reabertos nos limites
de seus saldos e viger até o término do exercício seguinte;
8. É exceção ao princípio da anualidade.
Segundo o art. 168 da CF, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS, destinados aos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, se-
rão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que
será na forma de lei complementar, que ainda não foi editada.
Art. 42 da lei 4.320/64. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e
abertos por decreto do executivo.
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
§ 1º Consideram-se RECURSOS para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8º do art. 166 da CF/88: Os recursos
que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, me-
diante créditos suplementares ou especiais, com prévia e específica autorização legis-
lativa.
A RECEITA PÚBLICA pode ser definida em sentido amplo (lato) ou em sentido restrito
(stricto).
Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas
ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utili-
za para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de
haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações
de crédito por antecipação de receita, cauções etc.
Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de
bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem com-
promisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas
industriais etc.
1. Natureza de receita;
2. Indicador de resultado primário;
3. Fonte ou destinação de recursos;
4. Esfera orçamentária.
ORÇAMENTÁRIAS: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus
gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto
as classificadas como extraorçamentárias).
Exemplos:
Recebimento de tributos;
Obtenção de empréstimos;
Alienação de bens, etc.
CUIDADO: A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver
incluída na LOA. São chamadas também de ingressos orçamentários.
Exemplos:
Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para
mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio,
investimentos etc.). É codificado e subdividido da seguinte forma:
1. Receitas correntes;
2. Receitas de capital;
3. Receitas correntes intraorçamentárias;
4. Receitas de capital intraorçamentárias.
Na Lei 4320/64
ORIGEM
OPERAções de crédito.
ALIenações de bens.
AMORtização de empréstimos.
TRANSferências de capital.
OUtras receitas de capital
ORIGENS DAS RECEITAS CORRENTES:
De acordo com a Lei 4320/64 TRIBUTO é a receita derivada instituída pelas entidades
de direito público, compreendendo as taxas, os impostos e contribuições de melhoria
nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o
seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entida-
des.
CONTRIBUIÇÕES
DEMAIS ORIGENS
Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não clas-
sificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital social, resultado do Banco
Central, remuneração das disponibilidades do tesouro e resgate de titulos do tesouro.
ESPÉCIE
É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que permitem qua-
lificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo,
dentro da origem Contribuições podemos identificar as suas espécies, tais como “Contribuições
Sociais”, “Contribuições Econômicas” e “Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e
de Formação Profissional”.
Para a estrutura de codificação foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com o objetivo
de identificar as particularidades de cada receita, caso seja necessário. Assim, esses dígitos po-
dem ou não ser utilizados, observando-se a necessidade de especificação do recurso.
Até o exercício de 2021, as receitas exclusivas de estados, Distrito Federal e municípios, eram
identificadas pelo quarto dígito da codificação, utilizando o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x - Ou-
tras Receitas Correntes Exclusivas de Estados e Municípios), respeitando a estrutura dos três dígi-
tos iniciais. Assim, os demais dígitos (quinto, sexto e sétimo) eram utilizados para atendimento
das peculiaridades e necessidades gerenciais dos entes.
A partir do exercício de 2022, facultativamente, e 2023, obrigatoriamente, as receitas exclusivas
de estados, Distrito Federal e municípios, serão identificadas nos 5º e 6º dígitos da codificação
com números de “50” até “98” (Ex: 1.1.1.2.51.0.0 - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Au-
tomotores), respeitando a estrutura de quatro dígitos iniciais. Assim, o sétimo dígito será utilizado
para atendimento das peculiaridades e necessidades gerenciais dos entes, ressaltando que sem-
pre deverá haver portaria específica da STN para fins de estabelecimento de tais códigos.
TIPO
A classificação por fontes ou por destinação de recursos tem como objetivo agrupar
receitas que possuam as mesmas normas de aplicação na despesa. Ou seja, QUANTO À
FONTE busca identificar o DESTINO dos recursos arrecadados.
É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natu-
reza da receita busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu FATO GERADOR.
No entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos
arrecadados.
Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos seguintes dispo-
sitivos da Lei de Responsabilidade Fiscal:
A classificação por fonte de recursos consiste em um código de três dígitos, sendo que o
primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes
de recursos. O grupo de fonte de recursos identifica se o recurso é ou não originário do
Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR FONTE DE RECURSOS
Tributos;
Contribuições sociais;
Concessões;
Dividendos recebidos pela União;
Cota-parte das compensações financeiras;
Decorrentes do próprio esforço de arrecadação das unidades orçamentárias;
Proveniente de doações e convênios e outras também consideradas primárias.
Emissão de título;
Contratação de operações de crédito por organismos oficiais;
Receitas de aplicações financeiras da União (juros recebidos, por exemplo);
Privatizações, amortização de empréstimos concedidos e outras.
CUIDADO:
A classificação por esfera orçamentária é uma classificação que pode ser vista tanto
na ótica da receita como na da despesa.
No que tange à receita, tal classificação tem por finalidade identificar se a receita pertence ao
Orçamento Fiscal, ao orçamento da Seguridade Social ou ao orçamento de Investi-
mento das Empresas Estatais, conforme distingue o § 5º do art. 165 da CF/1988.
1. Coercitividade ou procedência;
2. Poder de tributar;
3. Afetação patrimonial;
4. Regularidade.
COERCITIVIDADE OU PROCEDÊNCIA:
RECEITA ORIGINÁRIA = Obtidas pelo ente público a partir do próprio patrimônio público.
Ex.: Bens ou serviços vendidos pelo Estado. (Pagamento NÃO É OBRIGATÓRIO)
RECEITA PÚBLICA DERIVADA: seria a receita obtida pelo poder público por meio da
soberania estatal. Decorrem da imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma
impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.
RECEITA DERIVADA = Obtidas a partir do patrimônio privado. Ex.: Tributos, multas de trân-
sito ou taxa de iluminação pública. (Pagamento É OBRIGATÓRIO)
PODER DE TRIBUTAR: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a
cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos
respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.
AFETAÇÃO PATRIMONIAL:
REGULARIDADE OU PERIODICIDADE:
OBS:
No Brasil adota-se o regime contábil denominado regime de caixa no que se refere às receitas
públicas, que faz com que elas sejam reconhecidas apenas quando ingressam no caixa da admi-
nistração pública.
Por adotar o regime contábil de caixa nas receitas e regime de competência nas des-
pesas, diz-se que a administração pública no Brasil adota o regime misto.
DESPESA PÚBLICA
DESPESA PÚBLICA é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para
custear os serviços públicos prestados à sociedade (despesas correntes) ou para a rea-
lização de investimentos (despesas de capital).
Classificação da despesa:
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS:
Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico.
Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país. A despesa é classificada
em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos:
Pessoal e Encargos Sociais: são despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensio-
nistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, empregos ou funções, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e
variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratifi-
cações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
Juros e Encargos da Dívida: são despesas com o pagamento de juros, comissões e outros en-
cargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mo-
biliária.
Outras Despesas Correntes: são despesas com aquisição de material de consumo, pagamento
de diárias, contribuições, subvenções, auxílio alimentação, auxílio transporte, pagamento de
energia elétrica, além de outras despesas da categoria econômica “despesas correntes” não classi-
ficáveis nos demais grupos de natureza de despesa.
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Trata-se de informação gerencial que tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados dire-
tamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da
Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela
unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A
modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.
ELEMENTO DA DESPESA
O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviço de tercei-
ros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipa-
mentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração
Pública utiliza para a consecução de seus fins.
1. Despesa Corrente;
2. Despesa de Capital.
1. Competência institucional;
2. Afetação patrimonial;
3. REgularidade.
AFETAÇÃO PATRIMONIAL:
REGULARIDADE OU PERIODICIDADE:
Orçamento Fiscal: é referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Publi-
co;
Orçamento de Investimento: é o orçamento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da Administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Publico.
A classificação por esfera orçamentária aponta em qual orçamento será alocada a
despesa. Na base do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP, o campo destina-
do a esfera orçamentaria é composto de dois dígitos e será associado a ação orçamentaria, com
os seguintes códigos:
A classificação por esfera orçamentária é uma classificação que pode ser vista tanto
na ótica da receita como na da despesa. No que tange a receita, tal classificação tem por
finalidade identificar se a receita pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Inves-
timento das Empresas Estatais. Da mesma forma, no que tange a despesa, tal classificação tem
por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de
Investimento das Empresas Estatais.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos municípios, dos
estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor
publico.
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo,
cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios.
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Entretanto, ha
situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas compe-
tências institucionais podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser sele-
cionada, entre as competências institucionais, aquela que esta mais relacionada com a ação.
A sub-função representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e de-
ve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno
das funções.
As ações devem estar sempre conectadas as subfunções que representam sua área específica.
Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e sub-função, ou se-
ja, combinar qualquer função com qualquer sub-função, mas não na relação entre
ação e sub-função.
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por
exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Mi-
nistérios. Na verdade, são as ações orçamentárias que são operações das quais resul-
tam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um pro-
grama.
Projetos: Envolve um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um pro-
duto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo.
Atividades: Envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e perma-
nente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo.
Operações Especiais: não contribuem para a manutenção, a expansão ou o aperfeiçoamento
das ações do governo. não resulta um produto e não gera contraprestação direta sob a forma
de bens ou serviços.
ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA
Pode ocorrer arrecadação de receitas que não passaram pelo lançamento, como é o caso de uma
doação em espécie recebida pelos entes públicos. Outro exemplo seria a arrecadação de receitas
que não foram previstas.
Há de se observar, contudo, que nem todas as etapas apresentadas ocorrem para to-
dos os tipos de receitas orçamentárias. Como exemplo, apresenta-se o caso da arrecadação
de receitas orçamentárias que não foram previstas, não tendo, naturalmente, passado pela etapa
da previsão. Da mesma forma, algumas receitas orçamentárias não passam pelo estágio do lan-
çamento, como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos.
PREVISÃO
Segundo o art. 12 da LRF: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas
e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acom-
panhadas de demonstrativos de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para
os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas.
Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações na legislação, como a
alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão de créditos tributários. Devem ser
considerados, ainda, a variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer
outro fator relevante.
LANÇAMENTO
Art. 53 da Lei 4.320/64 define o lançamento da receita como o ato da repartição compe-
tente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e ins-
creve o débito desta.
De forma mais completa, o lançamento, segundo o Código Tributário Nacional (CTN), é o pro-
cedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obriga-
ção correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
CUIDADO: segundo a Lei 4.320/64: “Art. 52”. São objeto de lançamento os impostos dire-
tos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou
contrato.
ARRECADAÇÃO
Consoante a Lei 4.320/64, os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias
que arrecadarem, em uma única via, os quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma
arrecadada, a proveniência e a classificação, bem como a data e a assinatura do agente arrecada-
dor.
RECOLHIMENTO
ARRECADAÇÃO ≠ RECOLHIMENTO
FIXAÇÃO
Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo Poder Legislativo por meio da lei orça-
mentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência
do orçamento.
A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é exceção
quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas realizadas por
meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de despesa não passa pelo es-
tágio da programação, em virtude de sua imprevisibilidade e urgência.
EMPENHO
Segundo a Lei 4.320/64, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante a Lei 4.320/64, a
qual veda a realização de despesa sem prévio empenho.
CUDADO:
Global - para despesas com montante previamente definido, visa atender despesas contra-
tuais ou sujeitas a parcelamentos. Por exemplo: aluguéis, salários, prestação de serviços.
Estimativo - quando não é possível determinar o montante da despesa, no geral são gas-
tos que estão sujeitos a variações. Por exemplo: água, luz, telefone etc.
Ordinário - para despesas com montante conhecido e cujo pagamento ocorrerá
de uma só vez.
LIQUIDAÇÃO
PAGAMENTO
RESTOS A PAGAR
Art. 36 da Lei 4.320/64: Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas
não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não proces-
sadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
PRA REFORÇAR!!!!!!!!
(CESPE) Empenhos não liquidados oriundos de créditos com vigência plurianual só se-
rão inscritos em restos a pagar no último ano da vigência do crédito (CERTO)
(CESPE) Os empenhos com vigência plurianual que não tenham sido liquidados deve-
rão ser inscritos como restos a pagar apenas no último ano da vigência do crédi-
to (CERTO)
Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à respectiva despesa,
tem-se o início do cumprimento do contrato, convênio ou determinação legal.
No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, dia 31 de dezembro,
o crédito poderá ser inscrito em “restos a pagar”, com o pagamento podendo realizar-se em exer-
cício subsequente, caso se concluam os estágios faltantes.
Consideram-se restos a pagar (RP) ou resíduos passivos as despesas empenhadas, mas não
pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro.
Ressalta-se que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: empenho, liquida-
ção e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar não processados, o qual passou ape-
nas pelo estágio do empenho, também só poderá ocorrer após a sua regular liquidação.
RESTOS A PAGAR: São as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro.
Podem ser:
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não
anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício (31/12) pelo valor de-
vido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas
para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercí-
cio.
Os restos a pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido
cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de
exercícios anteriores, respeitada a categoria própria.
Ainda consoante o Decreto 93.872/86: “Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da
programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques fixado.”
Os restos a pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encer-
rados. No entanto, integram a programação financeira do exercício em curso.
Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido li-
quidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. Ou
seja, durante os outros anos só serão inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquida-
dos.
Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve no primeiro ano:
Assim, apenas 30 mil (liquidados e não pagos) serão inscritos em restos a pagar no primeiro ano,
porque os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito.
A redução ou cancelamento, no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empe-
nho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à res-
pectiva dotação orçamentária.
De acordo apenas com a Lei 4320/64, quando a anulação de despesa ocorrer após o encerra-
mento do exercício, considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. Entretanto, o
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP dispõe que não devem ser reconheci-
dos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas
inscritas em restos a pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios ante-
riores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originá-
ria de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O
cancelamento de restos a pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do
ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem ser reco-
nhecidos como receita orçamentária do exercício.
As despesas extraorçamentárias são aquelas que não constam da Lei Orçamentária e decor-
rem da contrapartida da receita extraorçamentária. Provêm da obrigação de devolver o valor arre-
cadado transitoriamente, como os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a
pagar e de resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.
Se uma despesa for empenhada em um exercício e somente for paga no exercício seguinte, ela
deve ser contabilizada como pertencente ao exercício do empenho. Assim, os restos a pagar serão
contabilizados como despesas extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do or-
çamento do exercício anterior.
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
(...)
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
(...)
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se
as despesas processadas das não processadas.
(...)
Art. 103.
(...)
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos re-
conhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dota-
ção específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.
DÍVIDA ATIVA
A DÍVIDA ATIVA abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram
apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte
potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando crédi-
tos a receber, sendo contabilmente alocada no ativo.
A DÍVIDA ATIVA não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as obrigações do
Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública,
cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas
aprazadas.
Dívida Ativa = Um crédito a receber, é uma dívida de terceiros com o Estado, pode ser tribu-
tária ou não tributária.
Dívida Passiva = Obrigações do Estado com terceiros. Pode ser flutuante ou consolidada/
fundada.
A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fa-
zenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de
cobrança.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escritura-
dos como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para paga-
mento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro
próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada
a esse título.
A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-
constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível
de cobrança, facultando ao ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a
iniciativa do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida ativa, no
entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao su-
jeito passivo.
A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros, multa e demais
encargos previstos. Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/64, é
legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e
emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o art. 39 da
Lei de Execuções Fiscais.
A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-
constituída contra o devedor. No âmbito federal, a competência para a apuração de certeza e li-
quidez, inscrição em Dívida Ativa e gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procura-
doria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN. Já No âmbito estadual, a cobrança é efetuada pela Pro-
curadoria Geral do Estado.
CUIDADO: Na nova classificação por natureza da receita, a dívida ativa é identificada pelo 8º
dígito, denominado de “tipo”. Será do “Tipo 3” se relacionada à Dívida Ativa da respectiva receita
ou do “Tipo 4” se for relacionada a Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita.
VEJA ABAIXO:
TIPO
A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei 4.320/64,
sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios
estabelecidos em diversos outros textos legais.
Lei 6.830/80
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tribu-
tária com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elabora-
ção e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Fe-
deral.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 3o Nas referências:
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a vo-
to pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente contro-
lador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária;
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO
Seção I
Do Plano Plurianual
Seção II
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anterio-
res, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica
nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a ori-
gem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de
Amparo ao Trabalhador;
Seção III
Seção IV
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dis-
puser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
§ 4o Até o final dos meses de Maio, Setembro e Fevereiro, o Poder Executivo demonstra-
rá e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na co-
missão referida (Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamen-
tárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum) ou equivalente nas Casas Legisla-
tivas estaduais (assembleia legislativa) e municipais (câmara de vereadores).
CAPÍTULO III
DA RECEITA PÚBLICA
Seção I
Da Previsão e da Arrecadação
Art. 13. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdo-
bradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em se-
parado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valo-
res de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos
créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Seção II
Da Renúncia de Receita
CAPÍTULO IV
DA DESPESA PÚBLICA
Seção I
Da Geração da Despesa
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a ge-
ração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam ao disposto nesta lei.
Subseção I
Seção II
Subseção I
Definições e Limites
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pesso-
al: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, re-
lativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder,
com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis,
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações,
horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribui-
ções recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
§ 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta do
servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao teto
constitucional previsto na constituição federal.
Art. 19. A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente
da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
discriminados:
Art. 20. A repartição dos limites globais não poderá exceder os seguintes percen-
tuais:
UNIÃO: 50%
ESTADOS: 60%
MUNICÍPIOS: 60%
Subseção II
II - o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oiten-
ta) dias anteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão;
III - o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a
serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do titular de Poder
ou órgão;
a) resultar em aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias
anteriores ao final do mandato do titular do Poder Executivo;
b) resultar em aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem
implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do titular do Poder Exe-
cutivo.
Art. 22. Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e
cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no ex-
cesso:
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites
definidos no mesmo artigo, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro.
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser cria-
do, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total.
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
CAPÍTULO V
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência volun-
tária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, in-
clusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pesso-
al;
CAPÍTULO VI
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não
esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congê-
neres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públi-
cos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financei-
ro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou fi-
nanciamentos para mudança de controle acionário.
CAPÍTULO VII
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
Seção I
Definições Básicas
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes defini-
ções:
Seção III
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipa-
ção de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas mobiliárias;
§ 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultra-
passado os limites das dívidas consolidada e mobiliária.
§ 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da
dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas.
Seção IV
Subseção I
Da Contratação
§ 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o
Ministério da Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas
interna e externa, garantido o acesso público às informações, que incluirão:
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Fe-
deração, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir com-
provação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos.
§ 1o A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considera-
da nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pa-
gamento de juros e demais encargos financeiros.
§ 2o Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada
reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.
Subseção II
Das Vedações
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e
o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Subseção III
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as seguintes exigências:
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro
de cada ano;
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da ope-
ração, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta subs-
tituir;
IV - estará proibida:
Subseção IV
Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central do Brasil está
sujeito às seguintes vedações:
II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título
da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de
compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta;
III - concessão de garantia.
Seção V
Da Garantia e da Contragarantia
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas,
e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal e as
normas emitidas pelo Ministério da Economia acerca da classificação de capacidade de pagamento
dos mutuários.
§ 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Es-
tados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em de-
corrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos
ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmen-
te dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Seção II
Art. 45. A lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após ade-
quadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patri-
mônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do
envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao
cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação.
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expedido
sem justa indenização em dinheiro, ou prévio depósito judicial do valor da indeniza-
ção.
Seção III
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabele-
çam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia geren-
cial, orçamentária e financeira.
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa
em que informará:
CAPÍTULO IX
Seção I
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orça-
mentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo pa-
recer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis,
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsá-
vel pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da
sociedade.
Seção II
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos re-
cursos provenientes da alienação de ativos.
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a conso-
lidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas
ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso pú-
blico.
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o Poder ou órgão receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária.
Seção III
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa li-
quidada e o saldo;
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atu-
alizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a
realizar;
I - apuração da receita corrente líquida, sua evolução, assim como a previsão de seu desem-
penho até o final do exercício;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os pagamentos reali-
zados e o montante a pagar.
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos;
I - da limitação de empenho;
Seção IV
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e
órgãos Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
c) concessão de garantias;
1) liquidadas;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
Seção V
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das
suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do
respectivo Tribunal de Contas.
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tri-
bunais.
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou to-
madas.
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas
no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas cons-
tituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzen-
tos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.
Seção VI
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas,
e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público fiscalizarão o
cumprimento desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite;
IV - providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobili-
ária aos respectivos limites;
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por
cento) do limite;
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de cré-
dito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos
respectivos limites;
CAPÍTULO X
Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites inferiores àqueles previstos
nesta Lei Complementar para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito
e concessão de garantias.
Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente escriturados em sistema centra-
lizado de liquidação e custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de empréstimos,
ou em outras transações previstas em lei, pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Minis-
tério da Fazenda.
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habi-
tantes optar por:
II - divulgar semestralmente:
III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fis-
cais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias a partir do quinto
exercício seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.
§ 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias
após o encerramento do semestre.
Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação financeira aos Municí-
pios para a modernização das respectivas administrações tributária, financeira, patri-
monial e previdenciária, com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Comple-
mentar.
§ 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento de recursos humanos
e na transferência de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos em meio ele-
trônico de amplo acesso público.
I - serão dispensados os limites, condições e demais restrições aplicáveis à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como sua verificação, para:
b) concessão de garantias;
III - serão afastadas as condições e as vedações, desde que o incentivo ou benefício e a cri-
ação ou o aumento da despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública.
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de
contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar,
normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao
controle social;
Art. 68. É criado o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Mi-
nistério da Previdência e Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o
pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social.
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do Seguro Social não utili-
zados na operacionalização deste;
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que lhe vierem a ser vin-
culados por força de lei;
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em débito com a Pre-
vidência Social;
§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na forma da lei.
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de
previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o organi-
zará com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio fi-
nanceiro e atuarial.
Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legí-
tima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Mi-
nistério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei Comple-
mentar.
LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964
Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos
e balanços da União, dos Estados, dos Munícipios e do Distrito Federal
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e con-
trole dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal.
TÍTULO I
Da Lei de Orçamento
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por an-
tecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e
passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Gover-
no e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferen-
temente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer ou-
tras.
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus to-
tais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra se in-
cluirão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como
receita, no orçamento da que as deva receber.
CAPÍTULO II
DA RECEITA
RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO
2. ALIENAÇÃO DE BENS
3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
5. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
CAPÍTULO III
Da Despesa
DESPESAS CORRENTES
1. DESPESAS DE CUSTEIO
2. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
1. INVESTIMENTOS
2. INVERSÕES FINANCEIRAS
3. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
1. Pessoa Civil;
2. Pessoal Militar;
3. Material de Consumo;
4. Serviços de Terceiros;
5. Encargos Diversos.
Transferências Correntes
1. Subvenções Sociais;
2. Subvenções Econômicas;
3. Inativos;
4. Pensionistas;
5. Salário Família e Abono Familiar;
6. Juros da Dívida Pública;
7. Contribuições de Previdência Social;
8. Diversas Transferências Correntes.
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
1. Obras Públicas;
2. Serviços em Regime de Programação Especial;
3. Equipamentos e Instalações;
4. Material Permanente;
5. Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Industriais ou Agrícolas.
Inversões Financeiras
1. Aquisição de Imóveis;
2. Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Comerciais ou Financeiras;
3. Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento;
4. Constituição de Fundos Rotativos;
5. Concessão de Empréstimos;
6. Diversas Inversões Financeiras.
Transferências de Capital
SEÇÃO I
SUBSEÇÃO ÚNICA
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de sub-
venções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacio-
nal, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, re-
velar-se mais econômica.
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em
unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos
os padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de nature-
za autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente inclu-
ídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do
Distrito Federal.
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a
empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão te-
nha sido expressamente autorizada em lei especial.
SEÇÃO II
SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Dos Investimentos
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas
por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
SUBSEÇÃO SEGUNDA
TÍTULO II
Da Proposta Orçamentária
CAPÍTULO I
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Le-
gislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municí-
pios compor-se-á:
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, consta-
rão, em colunas distintas e para fins de comparação:
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, des-
crição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.
CAPÍTULO II
SEÇÃO PRIMEIRA
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas nesta lei, com indicação das
respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, in-
versões financeiras e transferências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.
SEÇÃO SEGUNDA
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política
econômica-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global
máximo para o orçamento de cada unidade administrativa.
Parágrafo único. Quando houver órgão central de orçamento, essas demonstrações ser-lhe-
ão remetidas mensalmente.
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revistas e coordenadas na pro-
posta geral, considerando-se a receita estimada e as novas circunstâncias.
TÍTULO III
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a
Lei de Orçamento vigente.
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos
órgãos competentes;
TÍTULO IV
Do Exercício Financeiro
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas
até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que
não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência
do crédito.
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anula-
ção ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escri-
turados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentá-
rias.
TÍTULO V
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos
por decreto executivo.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo,
que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.
TÍTULO VI
Da Execução do Orçamento
CAPÍTULO I
Da Programação da Despesa
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos
limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da
despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados
o limite da dotação e o comportamento da execução orçamentária.
CAPÍTULO II
Da Receita
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça,
nenhum será cobrado em cada exercício sem prévia autorização orçamentária, ressal-
vados a tarifa aduaneira e o imposto lançado por motivo de guerra.
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas
com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Art. 54. Não será admitida a compensação da obrigação de recolher rendas ou re-
ceitas com direito creditório contra a Fazenda Pública.
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que
arrecadarem.
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência
e classificação, bem como a data a assinatura do agente arrecadador.
Art. 57. Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias,
todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ain-
da que não previstas no Orçamento.
CAPÍTULO III
Da Despesa
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedi-
dos.
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por qual-
quer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do mandato
do Prefeito.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa
determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de
empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa
bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua re-
gular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ten-
do por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
II - a nota de empenho;
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regu-
larmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excep-
cionais, por meio de adiantamento.
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença ju-
diciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, sendo proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
mentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente defini-
dos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dota-
ção própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de
aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por
dois adiantamentos.
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a adjudicação de obras e servi-
ços serão regulados em lei, respeitado o princípio da concorrência.
TÍTULO VII
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se
vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de
normas peculiares de aplicação.
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-
se-á através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo positivo do fundo es-
pecial apurado em balanço será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de controle,
prestação e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a competência específica do Tribunal
de Contas ou órgão equivalente.
TÍTULO VIII
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
CAPÍTULO II
Do Controle Interno
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o arti-
go 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia,
concomitante e subsequente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei,
ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou
tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a
exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orça-
mentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.
CAPÍTULO III
Do Controle Externo
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por ob-
jetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros
públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
TÍTULO IX
Da Contabilidade
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou
contratos em que a administração pública for parte.
CAPÍTULO II
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as es-
pecificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais.
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza finan-
ceira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de regis-
tro, individuação e controle contábil.
CAPÍTULO III
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação
dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes respon-
sáveis pela sua guarda e administração.
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventá-
rio analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética
na contabilidade.
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil
das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze me-
ses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços pú-
blicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros.
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa
pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos,
ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira comum.
Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da exe-
cução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências
e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
CAPÍTULO IV
Dos Balanços
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
TÍTULO X
TÍTULO XI
Disposições Finais