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PROF.

JOSÉ WESLEY

CHOAEM – PMDF 2017

SÓ A “NATA” PARA A PROVA!!!

Técnicas Orçamentárias ou Tipos de Orçamento Público


Dentre os diversos tipos de orçamentos que o Estado pode realizar, podemos citar:

◊ Orçamento de base zero;

◊ Orçamento tradicional;

◊ Orçamento de desempenho;

◊ Orçamento-programa;

◊ Orçamento participativo;

◊ Orçamento incremental.

De acordo com o regime político adotado em cada país o orçamento também poderá ser
classificado em:

• Legislativo

• Executivo e

• Misto

No Brasil o orçamento tem caráter MISTO. Orçamento misto é o orçamento cuja


competência para elaboração das propostas e envio ao Legislativo é privativa do Poder
Executivo, competindo ao Poder Legislativo a sua discussão e aprovação.

Atenção: A CF/88 propõe que a iniciativa dos projetos de lei relativos a orçamento é privativa
do poder executivo, porém na mesma carta Magna se afirma que é indelegável tal
competência, logo o termo correto seria: INICIATIVA EXCLUSIVA do Executivo.

É o tipo de orçamento democrático, onde os representantes do povo (Deputados) e dos


Entes Federados (Senadores) autorizam o Executivo a realizar os gastos públicos conforme
aprovado em lei – princípio da legalidade.

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Orçamento Programa
O orçamento programa é a única técnica orçamentária que promove uma integração entre
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO, logo está intimamente ligado aos objetivos que o
governo pretende alcançar. A ênfase é nos resultados, ou seja, nos objetivos a serem
realizados.

Características

O orçamento-programa pode ser considerado uma concepção gerencial de orçamento


público. Esse tipo de orçamento representa uma ligação entre o planejamento (PPA) e as
ações executivas da administração pública, isso com uma ênfase maior no cumprimento de
metas e objetivos. As despesas são realizadas por meio de programas de governo, logo
considera-se também os custos dos programas.

O orçamento programa possibilita:

A integração do planejamento (PPA) com o orçamento (LOA);

A quantificação de objetivos e a fixação de metas;

Informações relativas a cada atividade ou projeto, quanto e para que vai gastar;

Identificação dos programas de trabalho, objetivos e metas compatibilizados com o PPA,


LDO e LRF;

O acompanhamento físico-financeiro;

A avaliação de resultados e a gerência por objetivos

A interdependência e conexão entre os diferentes programas do trabalho;

Atribuir responsabilidade aos gestores públicos;

Melhor controle;

Identificação das funções, da situação, das soluções, objetivos, recursos, etc;

Ênfase no que se realiza e não no que se gasta.

Orçamento Clássico ou Tradicional


O orçamento clássico ou tradicional surgiu na Inglaterra por volta de 1822 e tinha uma
relação direta com o estado liberal, o qual tem como um dos objetivos minimizar o aumento
dos gastos públicos.

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Por ter um enfoque meramente quantitativo, nos orçamentos tradicionais, geralmente não
existem metas bem definidas e há pouca participação efetiva dos técnicos das unidades
orçamentárias executoras, pois normalmente envolve apenas a alta administração das
organizações.

Nesse tipo de orçamento as projeções de gastos são estabelecidas considerando-se os


orçamentos dos anos anteriores, ou seja, se baseia em dados históricos.

• PREOCUPAÇÃO COM O OBJETO DE GASTO E NÃO COM O OBJETIVO DO


GASTO!

Orçamento de Desempenho ou de realizações (Orçamento Funcional)


O orçamento de desempenho é uma evolução do orçamento clássico ou tradicional. Agora
o foco será em resultados. Sendo assim, há uma preocupação com o objeto do gasto e com
as ações desenvolvidas.

Atenção: Esse orçamento tem duas perspectivas, sendo:

1ª Objeto do gasto e

2ª Programa de Trabalho

A ênfase do orçamento de desempenho reside no desempenho organizacional (da


organização ou unidade orçamentária), sendo também conhecido como orçamento
funcional.

Orçamento Base Zero (OBZ) ou Orçamento por Estratégia


O orçamento de base zero é um tipo de orçamento no qual se exige que todas as despesas
referentes aos programas, projetos ou ações governamentais dos órgãos ou entidades
públicas sejam detalhadamente justificados a cada ano, até mesmo aqueles que já estavam
em andamento.

O objetivo principal do OBZ é a justificativa do “gasto” de acordo com as necessidades e os


recursos disponíveis e corresponde a um “meio de eliminar programas e projetos não
econômicos”.

Orçamento Participativo – OP
Orçamento participativo se caracteriza por enfatizar a democracia participativa a qual
permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos.

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Normalmente este processo ocorre através da participação da comunidade mediante


audiências públicas, assembléias abertas e periódicas e etapas de negociação direta com o
governo.

Pode-se afirmar que Constituição de 1988 fez surgir o perfil participativo do orçamento,
quando foi estimulada a participação popular na definição de políticas governamentais, em
especial, por intermédio da criação dos Conselhos Setoriais de Políticas Públicas como
espaços de controle social.

Orçamento Incremental
Neste tipo de orçamento os órgãos e entidades mantêm a mesma estrutura de despesas do
orçamento do período anterior, realizando-se apenas incremento nos montantes das
rubricas de cada despesa.

Desta forma, as ações e programas estabelecidos no passado tendem a permanecer


inalterados ao longo do tempo, a conseqüência disso é que o orçamento termina não
refletindo uma reavaliação quanto a novas necessidades e prioridades da sociedade.

Em tese, o orçamento incremental é aquele realizado mediante ajustes marginais nos seus
itens de receita e despesa.

FUNÇÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO


Para minimizar as falhas no mercado o Estado exerce 3 atribuições básicas: ALOCATIVA,
DISTRIBUTIVA E ESTABILIZADORA.

Alocativa: Essa função visa a alocação eficiente de recursos, levando-se em consideração


tanto as receitas como também à economia gerada pela qualidade do gasto público por parte
do governo, o qual oferece:

Bens Públicos: Rodovias, Segurança Pública...

Bens Semipúblicos (Meritórios): Educação, saúde.

Essa função visa ofertar bens e serviços públicos puros, que não são disponibilizados pelo
mercado ou disponibilizados em condições ineficientes.

Busca complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com investimentos em
infraestrutura e provisão de bens meritórios.

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Distributiva: A função distributiva visa à promoção de ajustamentos na distribuição de


renda.

Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema


capitalista. Os instrumentos mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e
as transferências.

Exemplo: Cobrança proporcional do imposto de renda.

Estabilizadora: A função estabilizadora visa a manter a estabilidade econômica,


diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de recursos.

O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado nível de


emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no
balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico.

Princípios Orçamentários
Os princípios orçamentários são as bases que irão nortear todo o processo orçamentário.
Apesar de serem importantes, eles não são absolutos, pois não se aplicam em todos os
casos, ou seja, alguns tem exceções.

Na Lei nº 4.320/64 tem-se três princípios explícitos:

1. Princípio da unidade (Totalidade)


2. Princípio da universalidade (Globalização) e
3. Princípio da anualidade (Periodicidade).

No artigo Art. 2° temos a seguinte redação:

“A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os
princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

Princípio da Unidade (TOTALIDADE): deve existir um único orçamento, uma única peça
orçamentária (orçamento uno). O orçamento é uma peça uma.

Portanto, cada ente da Federação (União, estados, Distrito Federal e municípios) deverá
elaborar um único orçamento, uma única Lei Orçamentária Anual –LOA.

ATENÇÃO!!!

Apesar da LOA ser dividida em três partes, tal divisão não descaracteriza a Princípio
Orçamentário da Unidade.

Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

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I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.

Princípio da Universalidade (Globalização): Todas as receitas e despesas devem estar


contidas no orçamento.

Relação entre Princípio da Unidade e Princípio da Universalidade

Existe um único orçamento (Princípio da Unidade), o qual deverá englobar todas as receitas
e despesas (Princípio da Universalidade).

Princípio da Anualidade (Periodicidade): o orçamento é elaborado para o período de um


ano, que obrigatoriamente deverá coincidir com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).

Fique atento!!!

A reabertura de créditos adicionais (especiais e extraordinários) no exercício financeiro


seguinte é considerada exceção ao Princípio da Anualidade.

Princípio da Exclusividade (PUREZA): a lei orçamentária anual não poderá conter matéria
estranha à previsão da receita e à fixação da despesa.

Não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e


contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, pois ambos os
casos trata-se de um dispositivo que consta no §8º, art. 165, CF.

Portanto, a lei orçamentária deverá tratar apenas de previsão de receita e fixação da


despesa.

Mas existem exceções!!!!!!

Podem estar contidas na LOA as autorizações para:

• Abertura de créditos suplementares;


• Contratação de operações de crédito
• Contratação de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (A.R.O)

Princípio da Publicidade: Também é um princípio explícito da administração pública.


Dispõe que o orçamento deverá ser público para toda a sociedade. Aliás, está é uma
condição para que o orçamento tenha validade.
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Princípio do Equilíbrio: O total das despesas previstas no orçamento não poderá superar
o valor total das receitas estimadas para o exercício financeiro respectivo. Trata-se de uma
regra de responsabilidade fiscal.

Nunca o total das despesas poderá ser superior ao total das receitas, todavia, a LOA poderá
ser aprovada com o total das receitas superior ao das despesas.

Segundo o §8º do art. 166 da CF, a LOA pode ser aprovada com receitas MAIORES que as
despesas fixadas, as quais serão utilizadas durante a execução orçamentária através da
abertura de créditos adicionais.

Princípio da Não-Afetação ou Não-Vinculação: Pautado na Constituição de 1988, este


princípio dispõe que não poderá haver vinculação da receita de IMPOSTO a nenhum tipo de
despesa, fundo ou órgão.

Lógica do Princípio!!!

As receitas de IMPOSTOS deverão estar livres para a adequada alocação racional, em


momento oportuno, conforme as necessidades públicas.

SALVO AS EXCEÇÕES:

Resumindo melhor as exceções:

• Ações e serviços públicos de saúde


• Manutenção e desenvolvimento do ensino
• Atividades da Administração Tributária
• Prestação de Garantias a A.R.O

Segundo a CF/88, SÃO EXCEÇÕES TAMBÉM:

• Fundo de Participação dos Municípios (FPM)


• Fundo de Participação dos Estados (FPE)
• Ações e Serviços Públicos de Saúde
• Manutenção e Desenvolvimento do ensino
• Atividades da Administração Tributária
• Prestação de Garantias a ARO
• Prestação de contra garantia à União e para pagamento de débitos para com ela
• Fundo de Financiamento do Setor Produtivo das regiões NORTE, NORDESTE e
CENTRO-OESTE
• Impostos de Municípios repartidos pela União e Estados

Observação Importante: EMENDAS CONSTITUCIONAIS poderão acrescentar exceções.

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Princípio do Orçamento Bruto: Todas as receitas e despesas deverão estar demonstradas


no orçamento pelos seus totais, vedada quaisquer deduções.

Exemplo: recursos a serem repartidos e transferidos para outros entes. Deve-se lançar o
valor que, de fato, recebeu, sem realizar deduções.

Princípio da Especificação / Especialização / Discriminação:

Dispõe que as receitas e despesas deverão constar no orçamento devidamente


discriminadas, de forma que seja possível saber qual foi, de fato, o objeto do gasto ou a fonte
de recursos.

Portanto, haverá as eventuais dotações globais que constam na LOA, como, as Reservas
de Contingência, são exceções ao Princípio da Especificação.

Exceções: Como já foi afirmado acima, a reserva de contingência é uma exceção, mas
também se encaixa como exceção os investimentos em regime de execução especial.

Princípio da Clareza: o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada, completa
e acessível à sociedade, observados os parâmetros técnicos exigidos pela norma legal.

Lembre-se, não adiantaria publicar o orçamento, mas sem ninguém entendê-lo.

Princípio da Uniformidade: o orçamento deve manter uma padronização na forma de sua


elaboração e configuração de seus dados ao longo do tempo, possibilitando assim
comparações entre diferentes anos. Podendo haver mudanças para futuras melhorias.

Princípio da Programação ou Planejamento: Propõe que todos os projetos de gastos


devem estar devidamente contemplados nos instrumentos de planejamento, em especial no
orçamento propriamente dito, a LOA.

Esse princípio consiste basicamente em programar a execução de despesas conforme a


entrada de receitas no caixa do tesouro nacional.

Isso será efetivado através do SIAFI e sob supervisão do STN e órgãos setoriais de
programação financeira e ministérios.

Créditos Adicionais

.
As dotações inicialmente aprovadas na LOA podem ser insuficientes para realizar os
programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de realização de despesa
inicialmente não autorizada.

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Como prova de que o orçamento no Brasil é flexível, a LOA poderá ser alterada no decorrer
de sua execução por meio de créditos adicionais.

Os créditos adicionais são alterações realizadas no orçamento.

Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesa


não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Tipos de Créditos Adicionais:

• Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária; Ou seja,


despesas previstas no orçamento, mas cujo recurso foi insuficiente.

• Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;

• Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como


em caso de guerra, calamidade pública ou comoção interna (comoção intestina).

CRÉDITOS SUPLEMENTARES:

ATENÇÃO!!!

O único crédito adicional que poderá ser autorizado por meio da L.O.A é o adicional
suplementar. Por isso, constitui uma exceção ao princípio da exclusividade.

São autorizados por Lei (podendo ser a própria LOA ou outra Lei especial), porém são
abertos por decreto do Poder Executivo.

CASO seja autorizado por meio de Lei Especial, segundo as LDO’s a abertura se dá com a
sanção e publicação da respectiva lei, logo não se faz necessário o decreto do executivo.

Resumindo:

LOA pode autorizar a abertura de créditos suplementares durante o exercício financeiro de


execução do respectivo orçamento até determinada importância ou percentual, sem a
necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo. A outra forma é uma autorização
por meio de lei especial.

CRÉDITOS ESPECIAIS:

Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o
término do exercício financeiro subseqüente.

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São autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém são abertos por decreto
do Poder Executivo. Na União, são considerados autorizados e abertos com a sanção e
publicação da respectiva lei.

Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os créditos suplementares e especiais,


destinados aos órgãos dos Poderes Legislativos e Judiciários, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o
dia 20 de cada mês.

CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS:

São os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como em caso de guerra ou


calamidade pública, conforme o art. 167 da CF/1988.

Serão abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que possuem tal
instrumento, e por decreto do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato
conhecimento deles ao Poder Legislativo.

Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que forem
autorizados.

Resumindo:

Assim, de acordo com o art. 167 da CF/88, a abertura de crédito extraordinário somente
será admitida para despesas imprevisíveis, ou seja, aquelas que realmente não poderiam
ter sido previstas. Será exemplo os casos em que houver uma calamidade pública.

Fontes de Recursos

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Orçamento Público na Constituição Federal de 1988

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não
exigida esta para o especificado nos art. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre:

II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito,


dívida pública e emissão de curso forçado;

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público Federal.

VIII – dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em


operações de crédito externo e interno;

Art. 57. O congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro


a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro

§2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.

Art. 61

§1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


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II – disponham sobre:
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos
e pessoal da administração dos Territórios;

Art. 62

§1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I – relativa a:

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e


suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, s3º.

OBS: A ressalva se faz à abertura de crédito extraordinário que vise atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:

III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União


e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.

Art. 84 Compete Privativamente ao Presidente da República:


XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;

OBS: As propostas são encaminhadas ao Congresso por meio de Mensagem


presidencial em formado de projeto de Lei do Congresso Nacional – PLN.

XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a


abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que


atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

VI – a lei orçamentária;

Segundo o art. 165 da CF/1988:


Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
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I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

A organização das ações do Governo está sob a forma de programas!

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um


conjunto de ações orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para:

• a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores,


visando à solução de um problema ou

• o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.

Os programas podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios.

Processo Orçamentário ou CICLO ORÇAMENTÁRIO

Conceito: O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que ocorrem todas as


atividades típicas do orçamento público, desde sua elaboração até a apreciação final.

No Brasil o ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do


qual se planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de gastos e
arrecadação da administração pública.

Etapas do ciclo orçamentário:

1. Elaboração/planejamento da proposta orçamentária;


2. Discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3. Execução orçamentária e financeira; e
4. Avaliação/controle.

ELABORAÇÃO DAS PROPOSTAS/PLANEJAMENTO:

• Fixação da meta fiscal,


• Projeção das receitas,
• Projeção das despesas obrigatórias e
• Apuração das despesas discricionárias.

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Rejeição da LDO E PPA

Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder Legislativo rejeitar


o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem ser devolvidas para a sanção,
ficando afastada a possibilidade de rejeição.

Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.

E A LOA?

Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166:


§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projetode lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,com prévia e específica
autorização legislativa.

COMO É A FASE DISCUSSÃO NO CONGRESSO¿

Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos
adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais


previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,

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sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas


Casas criadas de acordo coma CF/1988.

Logo, cabe a uma comissão mista permanente de senadores e deputados, dentre outras
atribuições constitucionais, o exercício do acompanhamento e da fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas casas.

EMENDAS À LDO

As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas


quando incompatíveis com o plano plurianual.

EMENDAS À LOA

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem


somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;


II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação,
pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

Resumindo

Ao examinar o projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, tanto os Deputados


Federais como os Senadores podem apresentar emendas. No entanto, não poderão anular
os recursos destinados às dotações para pessoal, ao serviço da dívida e às
transferências tributárias constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal.

Obs. Com base em portarias do Congresso Nacional, os parlamentares têm direito a até 25
emendas individuais, por mandato. Além das emendas individuais tem-se as emendas
partidárias.

VOTAÇÃO NO CN

Nas leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA), a discussão é conjunta, mas, na hora da votação,
procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado, ou seja, a
maioria deve ser alcançada em cada casa do Congresso Nacional. A aprovação se dá por
maioria simples, pois apesar do ciclo diferenciado, as leis orçamentárias são leis ordinárias.

AUMENTO DE DESPESA

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Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da despesa prevista
nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos
que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Assim, não
será admitido aumento da despesa prevista no projeto de lei do Plano Plurianual.

Despesa Pública

Conceito:

O Estado realiza atividades diversas e presta serviços à população, tais ações demandam
recursos financeiros, culminando nas despesas públicas.

CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS:

1. ORÇAMENTÁRIA X EXTRAORÇAMENTÁRIA

Despesa Orçamentária:

É a despesa decorrente da execução do orçamento público vigente, podendo estar


autorizada na lei orçamentária anual (L.O.A) ou em leis específicas que modificam esse
orçamento.

LEMBRE-SE que nosso orçamento é flexível!!! Logo poderão ser aprovadas ao longo do
exercício, leis especiais a fim de alterarem o orçamento em CURSO.

Muitas vezes a flexibilidade do orçamento é representada pelos denominados créditos


adicionais.

Conceito dado na Lei 4.320/64:

Os créditos adicionais são autorizações para execução de despesas não computadas


(despesa não inserida no orçamento) ou insuficientemente dotadas no orçamento (despesa
fixada, porém,com valor insuficiente).

Resumindo:

A despesa orçamentária é aquela prevista na lei orçamentária anual vigente ou em leis


especiais que modificam ou alteram a dotação inicial do orçamento.

Despesa Extraorçamentária:

É a despesa que não consta na lei orçamentária anual VIGENTE nem em leis específicas
que tratam desse orçamento.

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2. EFETIVA X NÃO-EFETIVA

Classificação que analisa o impacto da despesa no patrimônio líquido.

Despesa Efetiva:

Aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade.
Constitui-se de um fato contábil diminutivo.

Exemplo: Gastos com pessoal

Despesa Não-Efetiva:

Aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da
entidade e constitui apenas um fato contábil permutativo.

Exemplo: Aquisição de Resmas de Papel A4 (Despesa Corrente)


Aquisição de um prédio (Despesa de capital)

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA DESPESA

CLASSIFICAÇÃO ATUAL DE DESPESA

Despesa Corrente Despesas de Capital

1. PESSOAL e ENCARGOS 1. INVESTIMENTO


SOCIAIS 2. INVERSÕES FINANCEIRAS
2. JUROS e ENCARGOS DA 3. AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
DÍVIDA
3. OUTRAS DESPESAS
CORRENTES
Reservas

1. RESERVA DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DO


SERVIDOR
2. RESERVA DE CONTINGÊNCIA

Despesas Correntes

1. Pessoal e Encargos Sociais;


2. Juros e Encargos da Dívida;
3. Outras Despesas Correntes.

1. Pessoal e Encargos Sociais


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Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos


eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis,
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme
estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000.

Importantíssimo!!!

Verbas indenizatórias recebidas pelos funcionários públicos como:

• Auxílio alimentação
• Diárias
• Vale-transporte
• Reembolso de despesas médicas, etc.

São classificadas como Outras Despesas Correntes e não em Pessoal e Encargos Sociais.
Neste

2. Juros e Encargos da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de


operações de crédito (EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS) internas e externas
contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

3. Outras Despesas Correntes

Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias,


contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas
da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de
natureza de despesa.

DESPESA DE CAPITAL

Conforme preceitua a Portaria Conjunta STN/SOF nº 1/2011, “classificam-se nessa


categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de
um bem de capital.”

Exemplo: Uma obra pública, aquisição de ativos imobilizados (ex. Prédio, veículos...)

São despesas que geram um incremento do ativo permanente ou são geradas pela
amortização de dívidas.

Vejam outros exemplos:


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PROF. JOSÉ WESLEY

Construção de escolas, rodovias, pontes, aquisição de materiais permanentes


(ativos imobilizados) , pagamento do principal da dívida (amortização da dívida),
aquisição de imóveis, aquisição de ações, entre outras.

Apesar de serem despesas, não provocam decréscimo no patrimônio líquido, só ocorrendo


uma troca de elementos patrimoniais, isso nós denominamos de fatos contábeis
permutativos.

ATENÇÃO:

NA DESPESA DE CAPITAL VEREMOS QUE HÁ UMA SAÍDA DE RECURSO


FINANCEIRO, MÁS HÁ UMA ENTRADA DE UM BEM PATRIMONIAL, como no
caso da aquisição de um prédio.

RESTOS A PAGAR

Lei 4320/64:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o
dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que
não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de
vigência do crédito.

Vale a pena lembrar!!!!

O empenho é o primeiro estágio de execução da despesa. É o momento em que são


utilizados recursos orçamentários e fica o Estado, obrigado a pagar, desde que ocorra a
liquidação da despesa.

Os restos a pagar são divididos em PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS:

Os empenhos inscritos em restos a pagar, caso já tenham sido liquidados, serão


denominados “restos a pagar processados” e caso não tenham sido liquidados, serão “restos
a pagar não processados”.

Os restos a pagar compõem a DÍVIDA FLUTUANTE:

19
PROF. JOSÉ WESLEY

Dívida Pública Flutuante são os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de


autorização orçamentária e de exigibilidade normalmente (não é regra) inferiores a 12
meses, ou seja, que serão cumpridos dentro do exercício financeiro em curso.

Decreto no 93.872/1986:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de


dezembro, para todos os fins, salvo quando:

I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;

II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da
despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação
assumida pelo credor;

III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;

IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior.

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício


financeiro de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições
estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação da despesa. (Redação dada pelo
Decreto nº 7.654, de 2011)

§ 1o A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada
à indicação pelo ordenador de despesas. (Incluído pelo Decreto nº 7.654, de 2011)

Obs:

O objetivo de conter essas 3 informações é clarificar também


informações sobre o saldo inicial, os valores inscritos, os pagamentos
realizados e o montante final a pagar.

Atenção!

• Em tese os restos a pagar processados não podem ser cancelados.

• De regra, uma vez inscritos, os restos a pagar processados não poderão


ser cancelados, devendo aguardar, dentro das contas de controle, até
que a dívida prescreva.

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PROF. JOSÉ WESLEY

NO SIAFI...

No Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi os restos a


pagar processados serão automaticamente reinscritos nos exercícios subsequentes.

• Logo, qualquer tipo de anulação deverá ser realizada manualmente pelos gestores,
por exemplo, no caso de PRESCRIÇÃO da DÍVIDA, que ocorre após 5 ANOS.

Atenção !

• Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a


Pagar, sejam eles processados ou não processados, contados da
data da inscrição.

Fonte: Novo Código Civil , instituído pela Lei n o 10.406/2002, art.


206, § 5 o.

Despesas de Exercícios Anteriores – DEA

São despesas de exercícios passados, mas que estão sendo pagas no exercício atual e com
recursos do orçamento vigente.

Ou seja, são despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios passados, não
havendo, no presente exercício, recursos dos orçamentos passados para sanar tal despesa,
sendo necessário utilizar os recursos orçamentários e financeiros do orçamento em curso -
atual.

ATENÇÃO!!!

• Diferente dos Restos a Pagar, as “Despesas de Exercícios Anteriores”


provocam uma despesa orçamentária, pois estão sendo utilizados
recursos do orçamento em curso.

• A DEA não se confunde com restos a pagar, tendo em vista que sequer
foi empenhada ou, se foi, teve seus empenhos anulados ou cancelados.

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PROF. JOSÉ WESLEY

De acordo com o Decreto no O reconhecimento da obrigação de


93.872/1986, art. 22, § 1º pagamento das despesas de
exercícios anteriores cabe à
autoridade competente para
empenhar a despesa.

Resumindo

As DEAs são despesas de exercícios encerrados:

1. para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente
para atendê-las, que não se tenham processado na época própria;

2. bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida; e

3. os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.

Suprimento de Fundos ou Regime de Adiantamento

É a forma por meio da qual a Administração Pública realiza a entrega de dinheiro a um


servidor para eventuais pequenas despesas que exigem pronto pagamento.

De acordo com a Lei 4.320/1964:

Art. 68. O Regime de Adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente


definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois
adiantamentos.

O suprimento de fundos deve ser utilizado somente para despesas específicas, em “casos
de despesas expressamente definidos em lei”, isso de acordo com a lei 4.320/1964.

Decreto no 93.872/1986:

22
PROF. JOSÉ WESLEY

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do Ordenador de Despesas e sob sua inteira


responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre
precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos:

I – para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais,


que exijam pronto pagamento;

II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em


regulamento; e

III – para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor,
em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do ministro da Fazenda.

Importante!!! O suprimento de fundos é concedido a critério do Ordenador de


Despesa do órgão, recaindo assim a responsabilidade de sua utilização sobre
ele.

Então, caso identificado pelo Ordenador de Despesa o uso inadequado do dinheiro público,
o servidor suprido deverá ressarcir o erário.

Prazos para o Suprimento de Fundos

O prazo de aplicação do Suprimento de Fundos: é de até 90 (noventa) dias, contado da


assinatura do ato de concessão,

O prazo de prestação de contas: deverá ocorrer em até 30 (trinta) dias, contados a partir do
término do prazo de aplicação.

Valores Máximos a serem concedidos para suprimento de fundos

Valor Máximo por Entrega de dinheiro ao


Cartão de Pagamento do
Suprimento de Fundos servidor (Método
Governo Federal
(Por concessão) Tradicional)

Despesas com compras


em Geral e Outros R$ 4.000,00 R$ 8.000,00
serviços

Despesas com obras e


R$ 7.500,00 R$ 15.000,00
serviços de engenharia

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PROF. JOSÉ WESLEY

Valores das Despesas de Pequeno Vulto

Valor Máximo por Entrega de dinheiro ao


Cartão de Pagamento do
Despesa (Despesa de servidor (Método
Governo Federal
Pequeno Vulto) Tradicional)

Despesas com compras


em Geral e Outros R$ 200,00 R$ 800,00
serviços

Despesas com obras e


R$ 375,00 R$ 1.500,00
serviços de engenharia

RECEITAS PÚBLICAS
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA:

As naturezas de receitas orçamentárias buscam representar o fato gerador que ocasionou o


ingresso dos recursos nos cofres públicos.

Deverá conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações.

1.º nível - Categoria econômica da receita: este nível da classificação por natureza obedece ao
critério econômico.

É utilizado para representar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (custeio,
investimentos, etc.). É codificada e subdividida principalmente da seguinte forma:

1. Receitas Correntes;

2. Receitas de Capital;

Receitas Correntes:

Classificam-se nessa categoria aquelas receitas que nascem do poder impositivo do Estado –
Impostos, Taxas, Contribuições de Melhoria e demais Contribuições; da exploração de seu
patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas – Agropecuária, Industrial e de
Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes –
Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores –
Outras Receitas Correntes.
24
Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

Receitas de Capital:

São as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da


conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda,
o Superávit do Orçamento Corrente.

Em geral, essas receitas são representadas por fatos contábeis que nada acrescentam ao
patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no
sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do
patrimônio em troca de recursos financeiros).

Exemplo: Alienação de bens. Imagine que o Estado venda um prédio, por isso haverá uma entrada
de recursos financeiros (dinheiro), mas haverá uma saída de um bem do patrimônio (prédio).

2.º nível - Origem:

Origens de Receita

Receitas Correntes Receitas de Capital

1. Receita Impostos, taxas e 1. Operações de Crédito


Contribuição de Melhoria 2. Alienação de bens
2. Receita de Contribuição 3. Amortização de Empréstimos
3. Receita Patrimonial 4. Transferências de Capital
4. Receita Agropecuária 5. Outras Receitas de Capital
5. Receita Industrial
6. Receita de Serviços
7. Transferências Correntes
8. Outras Receitas Correntes

Fonte: MTO 2016 – 2ª edição

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

ESTÁGIOS DA RECEITA

A realização de receitas e despesas ocorre por meio dos denominados estágios da receita e da
despesa pública.

Veremos agora como funciona cada passo da receita, desde o momento que se faz a previsão até
o momento em que o recurso “cai na conta do Estado”

Os estágios da receita orçamentária são:

1. Previsão (PLANEJAMENTO)

2. Lançamento;

3. Arrecadação; EXECUÇÃO

4. Recolhimento.

Fonte: MTO 2016 – 2ª Edição

TÓPICOS QUE SE DESTACAM da Lei Complementar 101/2000

Mês de Referência: É o mês imediatamente anterior àquele em que a receita corrente líquida
estiver sendo apurada (art. 6º, Parágrafo único, da Portaria STN nº 589/01).

Exemplo: se a RCL estiver sendo apurada em Outubro, o mês de referência será Setembro do
mesmo ano.

Para se calcular a RCL deve-se considerar no cálculo todas as receitas correntes dos onze meses
anteriores e as do mês de referência e excluir, para a União:

1. Os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal;

2. As contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma


da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício e do
trabalhador e dos demais segurados da previdência social;

3. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social e para o


Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (art. 239, Constituição Federal);
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

4. A contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social
e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9 o do art. 201 da Constituição
Federal.

Importante!!!

• De acordo com a LRF, gastos com pessoal se resumem às espécies remuneratórias e às


despesas com a manutenção da seguridade social dos servidores de cada ente da
federação.

• Para a LRF as “verbas indenizatórias” não são consideradas espécies remuneratórias, ou


seja, não são consideradas para o cálculo dos gastos totais com pessoal.

RENÚNCIA de receita

Segundo a LRF, (§ 1º, art. 14), a renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de
base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios
que correspondam a tratamento diferenciado. O “X” da questão está na informação de que a anistia
tributária concedida pelo governo federal refere-se a determinada região atingida por uma
calamidade climática restrita a apenas um estado da Federação.

Segundo as regras da LRF, a renúncia de receita de caráter não geral , ou seja, restrita a
determinado grupo de pessoas, categorias profissionais ou a determinado estado ou município,
necessita-se observar as seguintes regras:

1. Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita


da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias; ou

2. Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput , por


meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

LDO

A LDO é inovação da CF/88, a qual lhe estabeleceu diversas funções.

Vejamos: CF/88: § 2º -

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

Portanto, a LDO estabelece:

As METAS e PRIORIDADES da administração pública.

Possui as seguintes funções constitucionais:

1. Inclui as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;

2. Orienta a elaboração da lei orçamentária anual;

3. Dispõe sobre as alterações na legislação tributária;

4. Estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de FOMENTO

DÍVIDA FUNDADA

A dívida fundada ou consolidada na administração pública é aquela com prazo de resgate


(pagamento) superior a 12 meses.

Assim, na apuração do balanço patrimonial, em 31/12/X0, caso o prazo de pagamento da dívida


ultrapasse o ano subseqüente, ou seja, em data posterior a 31/12/X1, será classificada no passivo
de longo prazo. É importante salientar que a LRF inovou ao estabelecer que também deve integrar
a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas
tenham constado do orçamento.

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses

§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a


doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Exercícios IADES

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: CRF - DF
Prova: Analista - Administrador
O princípio orçamentário responsável por garantir que a Lei Orçamentária deverá conter apenas
matéria financeira, tal qual a estimativa de receita e fixação de despesa, é o de
a)exclusividade.
b)universalidade.
c)discriminação.
d)não afetação.
e)equilíbrio.
2
Banca: IADES
Órgão: CRF - DF
Prova: Analista - Administrador
Assinale a alternativa que apresenta uma característica do orçamento tradicional.
a)O controle objetiva avaliar a efetividade das ações governamentais.
b)A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c)Os princípios orçamentários buscam a utilização sistemática de indicadores do trabalho e de
resultados.
d)O orçamento tradicional constitui o elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
e)As decisões orçamentárias consideram as necessidades das unidades organizacionais.
3
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: CRF - DF
Prova: Analista - Contabilidade
Com o advento da Constituição Federal de 1988, o Plano Plurianual (PPA) passou a representar a
síntese dos esforços de planejamento da Administração Pública, sendo uma das bases para a
elaboração dos demais programas e dos planos de governo. Acerca do PPA, assinale a alternativa
correta.

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

a)A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as
metas da Administração Pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem
como para os programas de duração continuada.
b)O PPA também é conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias, por trazer diretrizes para a
elaboração do orçamento.
c)No âmbito federal, o projeto de lei do PPA deverá ser encaminhado pelo Poder Legislativo ao
Poder Executivo até o dia 31 de agosto.
d)O PPA cobrirá o período compreendido entre o início do primeiro ano do mandato até o final do
último ano do mandato.
e)O PPA tem a duração de três anos e deve ser cumprido pelo dirigente que estiver no exercício do
mandato.
4
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: CRF - DF
Prova: Analista - Contabilidade
Tendo por base o artigo 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, considera-se obrigatória de caráter
continuado a despesa
a)corrente, independente de normativo legal que fixe para o ente a obrigação legal da execução
dessa despesa por um período superior a um exercício.
b)de capital derivada de lei, de medida provisória ou de ato administrativo normativo que fixe para
o ente a obrigação legal da execução dessa despesa por um período superior a três exercícios.
c)corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a
obrigação legal da execução dessa despesa por um período superior a dois exercícios.
d)de custeio de programa de governo, independente de origem legal, porém já estabelecida no
cotidiano da população atendida.
e)de capital, vinculada a programa de governo, independentemente de lei na origem, sem prazo de
execução.
5
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Técnico Administrativo
Os objetivos estratégicos são realizados por meio do planejamento
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

a)estratégico.
b)operacional.
c)orçamentário.
d)dos recursos.
e)administrativo.
6
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Técnico Administrativo
A definição das atividades e dos recursos necessários para a consecução dos planejamentos
estratégicos e administrativos está relacionada ao planejamento
a)produtivo.
b)operacional.
c)orçamentário.
d)dos recursos.
e)metodológico.
7
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Administrador
A divisão do orçamento público em três partes (fiscal, de investimento das empresas estatais e
entidades de seguridade social) atende ao princípio orçamentário da(o)
a)universalidade.
b)orçamento bruto.
c)unidade.
d)exclusividade.
e)equilíbrio.
8
Ano: 2017
Banca: IADES
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF


Prova: Administrador
A ideia de um imposto de renda progressivo baseia-se em uma função primordial do orçamento
público, denominada função
a)equitativa.
b)distributiva.
c)estabilizadora.
d)alocativa.
e)empresarial.
9
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Administrador
Os planos operativos anuais são responsáveis por estabelecer as metas de curto prazo a cargo do
setor público, entre outras atribuições. O plano operativo que representa a projeção esperada para a
economia como um todo recebe o nome de
a)orçamento econômico.
b)orçamento monetário.
c)balanço de pagamentos.
d)orçamento do setor público.
e)programas de execução.
10
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Administrador
Com base no que preceitua a Constituição Federal, é correto afirmar que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) deve
a)ser elaborada de forma regionalizada.
b)conter as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal.
c)estabelecer as despesas de capital.
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

d)ser aprovada até o dia 31 de agosto.


e)dispor sobre alterações na legislação tributária.
11
Ano: 2017
Banca: IADES
Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília - DF
Prova: Administrador
Com relação ao grupo de fontes de receita pública, assinale a alternativa que indica a classificação
dada às multas e aos juros de mora.
a)Receita tributária.
b)Receita de contribuição.
c)Receita de serviços.
d)Outras receitas de capital.
e)Outras receitas correntes.
12
Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
Considere hipoteticamente que os lançamentos a seguir são referentes a uma operação entre
entidades pertencentes a Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS) distintos.

Entidade 1 D – 3.X.X.X.4.XX.XX
C – 1.X.X.X.1.XX.XX

Entidade 2 D – 1.X.X.X.1.XX.XX
C – 4.X.X.X.3.XX.XX

De acordo com os níveis identificados de desdobramento das contas contábeis, assinale a alternativa
correta.
a)A União registrou uma variação patrimonial aumentativa.
b)Trata-se de doação de bem integrante do patrimônio do município.
33
Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

c)A transação envolve contas de natureza patrimonial e de controle.


d)O município registrou variação patrimonial diminutiva.
e)Trata-se de uma operação entre a União e um estado.
13
Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
Classificam-se como receitas extraorçamentárias as (os)
a)receitas arrecadadas no exercício, que não estavam previstas no orçamento.
b)entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros.
c)restos a pagar pagos no exercício financeiro.
d)recursos captados mediante empréstimos, ainda que previstos em lei.
e)receitas decorrentes da amortização de empréstimos.
14
Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
No que se refere à chamada Regra de Ouro (Constituição Federal de 1988, art. 167, inciso III, e Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF), art. 12, parágrafo 2º), assinale a alternativa correta.
a)Apesar da suspensão pelo Superior Tribunal Federal (STF) do dispositivo que trata da Regra de
Ouro na LRF, essa regra permanece válida por força do que dispõe a Constituição Federal, que é
menos restritiva que a referida lei.
b)Com a suspensão da aplicabilidade da Regra de Ouro pelo STF, não há mais limite para as
receitas de operações de crédito arrecadadas pelo ente da Federação.
c)A aplicabilidade da Regra de Ouro não comporta exceções.
d)Constitui-se violação da Regra de Ouro a previsão na lei orçamentária de receita de capital
superior às despesas de capital.
e)As operações de crédito autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, aprovadas pelo
Poder Legislativo por maioria de seus membros, poderão, nessas condições, exceder as receitas de
capital.
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
Considere hipoteticamente que o orçamento para 20X1, aprovado em 20X2, foi o seguinte:

Após a execução orçamentária, houve superavit orçamentário de $ 100 e economia orçamentária de


$ 90.
Com base nessas informações, assinale a alternativa correta
Parte superior do formulário
a)Houve deficit de arrecadação de $ 20.
b)A despesa executada foi $ 100.
c)A receita arrecadada foi $ 160.
d)Houve superavit de capital de $ 20.
e)O resultado orçamentário foi $ 60.
16
Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
Em relação ao Orçamento-Programa, assinale a alternativa correta.
a)É uma técnica orçamentária recente, e foi introduzida na legislação brasileira somente a partir da
Constituição Federal de 1988.
b)É um plano de trabalho que permite identificar as ações que o governo pretende realizar, cuja
ênfase recai sobre o resultado alcançado, independentemente dos custos.
c)Apesar de não prevista na legislação, a integração entre planejamento e orçamento é condição
indispensável para que os programas, os projetos e as atividades do governo alcancem as metas
estabelecidas.

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

d)Possibilita o acompanhamento e a avaliação dos programas de trabalho e dos resultados


alcançados por meio de sistemática de indicadores e padrões de medição.
e)Adota a classificação institucional-programática como critério de classificação da despesa, o que
torna o orçamento mais transparente ao permitir a identificação da área de ação governamental em
que a despesa será realizada.
17
Ano: 2016
Banca: IADES
Órgão: PC-DF
Prova: Perito Criminal - Ciências Contábeis
A respeito da receita pública e da respectiva classificação, assinale a alternativa correta.
a)A conversão em espécie de bens que integram o patrimônio público é uma receita patrimonial,
portanto, classifica-se como receita corrente.
b)O superavit do orçamento corrente constitui receita orçamentária de capital.
c)A diferença positiva entre a receita corrente arrecadada e a despesa corrente executada classifica-
se como receita orçamentária corrente.
d)A receita patrimonial, tendo em vista seu efeito positivo sobre o patrimônio líquido, é denominada
receita por mutação patrimonial.
e)A receita de capital oriunda da alienação de bens móveis e imóveis de propriedade do ente
público, havendo previsão legal, poderá financiar despesas dos regimes previdenciários geral e
próprio dos servidores públicos.
18
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: CONAB
Prova: Economista
Com relação ao modelo orçamentário brasileiro, é correto afirmar que a (o)
a)elaboração do orçamento compete exclusivamente ao Poder Executivo.
b)modelo orçamentário adotado no Brasil é o orçamento tradicional, cujo foco principal é o objeto
do gasto público.
c)Orçamento Geral da União compõe-se de três peças distintas: o Plano Plurianual; a Lei das
Diretrizes Orçamentárias; e, a Lei Orçamentária Anual.
d)implantação do orçamento-programa exige o planejamento das ações antes da execução
orçamentária, estabelecendo os objetivos como critério para a alocação dos recursos.
36
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e)orçamento-programa surgiu no Brasil a partir da Constituição de 1988 e consagrou a integração


entre o planejamento e o orçamento público.
19
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: CONAB
Prova: Contador
Acerca do orçamento-programa, assinale a alternativa correta.
a)A integração entre planejamento e orçamento se dá apenas no âmbito da execução das despesas,
sendo irrelevante para a previsão das receitas.
b)A classificação institucional é a técnica orçamentária adotada na elaboração do orçamento-
programa, permitindo identificar o órgão e a unidade orçamentária.
c)Uma vantagem do orçamento-programa em relação ao orçamento tradicional é que a alocação dos
recursos enfatiza o objeto do gasto.
d)Por ser uma técnica orçamentária mais moderna, o orçamento-programa atribui grande
importância ao controle contábil da despesa.
e)Diante de várias alternativas para a solução de um problema, estabelecem-se prioridades,
adotando-se critérios técnicos para a tomada de decisão em função dos recursos existentes.
20
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Técnico
Os créditos adicionais são as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA), conforme definição no Decreto nº 32.598/2010. Acerca
desse assunto, é correto afirmar que esses créditos se classificam em:
a)suplementares, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica e
que dependerão de autorização legislativa; especiais, os destinados a reforço de dotação
orçamentária; e, extraordinários, os destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade pública.
b)suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; especiais, os destinados a
despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica e que dependerão de autorização
legislativa; e, extraordinários, os destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade pública.

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c)suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; especiais, os destinados a


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade
pública; e, extraordinários, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica e que dependerão de autorização legislativa.
d)suplementares, os destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
subversão interna ou calamidade pública; especiais, os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica e que dependerão de autorização legislativa; e, extraordinários, os
destinados a reforço de dotação orçamentária.
e)apenas suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; e, especiais, os destinados
a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica e que dependerão de autorização
legislativa.
21
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Técnico
Os titulares das unidades orçamentárias são autorizados a celebrar, pelo Distrito Federal, contratos,
convênios e outros instrumentos congêneres no âmbito de suas respectivas áreas, utilizando-se dos
modelos de que trata o Decreto nº 17.701/1996, e suas alterações (caput do art. 31 do Decreto nº
32.598/2010 e alterações). Quando do pagamento da despesa, algumas situações são permitidas para
o pagamento ser antecipado à despesa. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.
a)Apenas quando, excepcionalmente, a peculiaridade da transação exigir pagamento antecipado,
adotadas as devidas cautelas, pelo que responderá o ordenador da despesa, inclusive as despesas
destinadas às apresentações artísticas em eventos tradicionais da cultura popular, conforme
parágrafo 3º do art. 64 do Decreto nº 32.598/2010 e alterações.
b)Assinatura de jornais, periódicos e outras publicações e apenas as despesas destinadas às
apresentações artísticas em eventos tradicionais da cultura popular, conforme parágrafo 3º do art. 64
do Decreto nº 32.598/2010 e alterações.
c)Apenas assinatura de jornais, periódicos e outras publicações.
d)Assinatura de jornais, periódicos e outras publicações e quando a peculiaridade da transação não
exigir pagamento antecipado, adotadas as devidas cautelas, pelo que responderá o ordenador da
despesa, inclusive as despesas destinadas às apresentações artísticas em eventos tradicionais da
cultura popular, conforme parágrafo 3º do art. 64 do Decreto nº 32.598/2010 e alterações.
e)Assinatura de jornais, periódicos e outras publicações e quando, excepcionalmente, a
peculiaridade da transação exigir pagamento antecipado, adotadas as devidas cautelas, pelo que
responderá o ordenador da despesa, inclusive as despesas destinadas às apresentações artísticas em

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eventos tradicionais da cultura popular, conforme parágrafo 3º do art. 64 do Decreto nº 32.598/2010


e alterações.
22
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: UFBA
Prova: Administrador
No ano de 2013, o governo federal anunciou uma série de concessões à iniciativa privada, que
abrangem aeroportos, portos, ferrovias, entre outros. No entanto, houve questionamentos acerca da
atratividade dessas concessões para os investidores, que era mensurada pela Taxa Interna de
Retorno (TIR). Em relação à TIR, assinale a alternativa correta.
a)Consiste na diferença, a valor presente, ou seja, no início do projeto, entre os valores equivalentes
dos fluxos de caixa futuros obtidos ao longo do projeto e o montante de investimento inicial.
b)Consiste no período de tempo necessário para que o valor presente dos fluxos de caixa futuros
recuperem o valor investido no projeto.
c)Iguala os valores equivalentes dos fluxos de caixa futuros obtidos ao longo do projeto ao montante
de investimento inicial.
d)Determina taxa de retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira
de mercado perfeitamente diversificada.
e)Permite visualizar o comportamento do risco de uma carteira, considerando um grande número de
resultados possíveis do projeto.
23
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: UFBA
Prova: Administrador
A metodologia brasileira de elaboração de proposta orçamentária, que contém a materialização das
políticas públicas por volume de recursos, é denominada orçamento- programa. Assinale a
alternativa que apresenta os dois tipos de programas estabelecidos pelo Plano Plurianual 2012-2015.
a)Finalísticos e de apoio.
b)Temático e de gestão, manutenção e serviços ao Estado.
c)Abastecimento agroalimentar e prevenção e preparação para emergências e desastres.
d)Universalização do serviço de telecomunicações e combate à violência contra mulher.

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e)Programa de integração de bacias hidrográficas e programa brasileiro da qualidade e da


produtividade.
24
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Analista - Direito
Na verificação do atendimento dos limites percentuais da receita corrente líquida definidos na Lei
de Responsabilidade Fiscal da despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, incluem-se as despesas
a)relativas a incentivos à demissão voluntária.
b)decorrentes dos encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente público às entidades de
previdência.
c)com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes
da arrecadação de contribuições dos segurados.
d)de indenização por demissão de servidores ou empregados.
e)com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes
das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o
produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.
25
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Administrador
Quanto ao orçamento público, especificamente em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA),
assinale a alternativa correta.
a)A LOA não consignará, em nenhuma hipótese, dotação para investimento com duração superior a
um exercício financeiro.
b)Só poderá ser consignado na LOA crédito com finalidade imprecisa, desde que se refira a dotação
limitada e de execução prevista para o exercício corrente.
c)O projeto de lei orçamentária deve, obrigatoriamente, ser compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com a lei de responsabilidade fiscal.

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d)Na LOA, para efeito de reserva de contingência, só podem ser considerados eventos fiscais
previstos para o respectivo exercício, embora com dotação não definida e que, por isso, devam ser
objeto de reserva específica.
e)Só poderá ser consignado na LOA crédito com finalidade imprecisa, desde que se refira a dotação
limitada e de execução prevista para período compatível com o plano plurianual vigente.
26
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Administrador
No que se refere a orçamento público, assinale a alternativa correta.
a)Despesas de exercícios anteriores que, embora previstas no orçamento com crédito próprio e saldo
suficiente para atendê-las, mas não processado na época própria, poderão ser pagas à conta de
dotação específica consignada no orçamento, independentemente de discriminação por elementos e
de ordem cronológica.
b)Despesas de pessoal, com equipamentos e instalações, e com material permanente são exemplos
de despesas públicas de custeio.
c)Impostos, taxas e contribuições de melhorias, são receitas públicas patrimoniais.
d)São exemplos de despesas públicas correntes as transferências correntes, as inversões financeiras
e os investimentos.
e)São considerados restos a pagar, na forma da legislação pertinente, aquelas despesas empenhadas,
mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
27
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Analista - Contabilidade
Acerca do orçamento público, é correto afirmar que
a)fixa a arrecadação de receitas para o período de um ano.
b)a elaboração é de competência privativa do poder legislativo.
c)é um instrumento de planejamento e programação utilizado pela administração para atender às
demandas da população.
d)cada esfera de poder elabora e aprova o seu próprio orçamento.

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e)está consubstanciado no plano plurianual, confundindo-se com este.


28
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: SEAP-DF
Prova: Analista - Contabilidade
Acerca das despesas de exercícios anteriores, assinale a alternativa correta.
a)Será paga como despesa de exercícios anteriores a despesa não processada, cujo empenho foi
cancelado, mas em que ainda persiste o direito do credor.
b)O pagamento é feito à custa do orçamento do exercício em que ocorreu a despesa.
c)Por serem despesas de outro exercício, são classificadas como despesas extraorçamentárias.
d)Podem ser pagas sem a necessidade de realização de um novo empenho.
e)Devem obrigatoriamente estar inscritas em restos a pagar processados.
29
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: METRÔ-DF
Prova: Contador
Constitui-se em uma violação ao princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da
Constituição Federal, incluir na Lei Orçamentária Anual (LOA) dispositivo referente à autorização
para
a)abrir crédito suplementar.
b)contratar operações de crédito de longo prazo.
c)contratar operação de crédito por antecipação de receita orçamentária.
d)contrair operações de crédito para atender insuficiência de caixa do governo.
e)instituir imposto sobre comércio eletrônico.
30
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: METRÔ-DF
Prova: Contador
A classificação da despesa pública por esfera orçamentária é uma despesa
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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

a)do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário.


b)do Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimentos das Empresas Estatais.
c)da Administração direta ou indireta.
d)orçamentária ou extraorçamentária.
e)do exercício corrente ou do exercício anterior.
31
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: METRÔ-DF
Prova: Contador
O Manual Técnico do Orçamento (MTO-2014) identifica quatro etapas da receita orçamentária:
previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a)A etapa da previsão, a do lançamento e a da arrecadação ocorrem na fase da execução
orçamentária.
b)Toda receita pública percorre, obrigatoriamente, todas os estágios da receita orçamentária.
c)O comportamento da arrecadação em exercícios anteriores serve de referência para previsão da
receita na Lei Orçamentária Anual.
d)A arrecadação refere-se à etapa da transferência dos valores arrecadados à conta do Tesouro
Nacional.
e)Receitas não previstas na Lei Orçamentária classificam-se como receitas extraorçamentárias.
32
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: CAU-RJ
Prova: Assistente Financeiro
É correto afirmar que constitui violação ao princípio orçamentário da exclusividade
a)fixar despesas em valor superior à previsão de receita.
b)prever receita e fixar despesa para períodos superiores a um ano.
c)elaborar orçamentos distintos para cada um dos Poderes da União.
d)excluir da Lei Orçamentária parte da receita prevista para uso discricionário pelo Poder
Executivo.
e)incluir na Lei Orçamentária Anual matéria estranha à previsão de receita e à fixação da despesa.

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33
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Com relação aos dispositivos constitucionais sobre os orçamentos públicos, assinale a alternativa
correta.
a)O princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal (CF), estabelece
que a Lei Orçamentária Anual (LOA) não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por ARO, nos termos da lei.
b)Compete privativamente à União legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico e orçamento público.
c)O princípio da universalidade, segundo a Constituição, determina que cada ente governamental
deve elaborar um único orçamento.
d)O princípio da não vinculação da receita de impostos, instituído pelo inciso IV do art. 167 da CF,
impede que todo e qualquer imposto tenha vinculação a despesas específicas, incluído os que se
referem aos arts. 155 e 156 e aos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com essa.
e)As despesas obrigatórias de pessoal, as despesas relacionadas à dívida externa e as transferências
para a saúde desvinculadas pela Desvinculação de Receitas da União (DRU) são exceções ao
princípio orçamentário da não afetação da receita.
34
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
A respeito das leis do ciclo orçamentário, é correto afirmar que
a)são leis que compõem o ciclo orçamentário: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC no 101/2000),
o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.
b)o Plano Plurianual apresenta individualizadamente e detalhadamente todas as ações que compõem
o orçamento.
c)o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a
Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas da Lei Complementar no 101/2000, conterá, em

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anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com objetivos e metas


constantes do Anexo de Metas Fiscais.
d)Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Metas Fiscais, Anexo de Riscos Fiscais e
Anexo de Metas Sociais.
e)O Plano Plurianual conterá obrigatoriamente demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
35
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
A respeito do orçamento programa, assinale a alternativa incorreta.
a)O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas do governo
b)A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c)Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que
extrapolam o exercício.
d)O orçamento utiliza a sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos
resultados.
e)A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão.
36
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa
A respeito de responsabilidade fiscal, é correto afirmar que
a)a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) inovou ao estabelecer limites de despesas de pessoal para
os Poderes Legislativo e Executivo.
b)a LRF não atinge os tribunais de contas porque eles não fazem parte do Poder Legislativo.
c)a despesa de pessoal de todas as empresas estatais é obrigatoriamente contabilizada junto às
despesas de pessoal do Poder Executivo do ente ao qual ela está vinculada.
d)a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem
riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

no que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em restos a pagar.
e)é vedada a realização de antecipações de receitas orçamentárias e inscrição de restos a pagar no
último ano do exercício do mandato.
37
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
Acerca dos tipos de créditos orçamentários, é incorreto afirmar que
a)o crédito extraordinário é destinado a atender despesas urgentes e imprevisíveis, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
b)são classificados em: suplementares, especiais e extraordinários.
c)é vedada a autorização de créditos ilimitados, mesmo que extraordinários.
d)os créditos orçamentários tem vigência adstrita ao exercício em que foram abertos, jamais sendo
vedada a sua prorrogação.
e)a autorização para abertura de créditos suplementares é prévia, podendo ser incluída na própria lei
de orçamento ou em lei especial.
38
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
Acerca do orçamento público no Brasil, é correto afirmar que
a)contém a estimativa de arrecadação das receitas federais para o ano seguinte e a autorização para a
realização de despesas do governo. Porém está atrelado a um forte sistema de planejamento público
das ações a realizar no exercício. Inicia-se com um texto elaborado pelo Poder Legislativo para
discussão que é aprovado e convertido em lei.
b)É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

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Lista de AFO – CHOAEM – PMDF – 2017 – Prof. José Wesley

c)Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e
aos créditos adicionais serão apreciados, em todos os níveis federados, por comissão mista de
parlamentares, na forma do regimento comum de cada Casa Legislativa.
d)É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a realização
de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos extraordinários.
e)Nenhuma dotação orçamentária cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciada sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
39
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
Em relação aos conceitos do orçamento/programa, assinale a alternativa incorreta.
a)O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b)A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c)O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.
d)Os principais critérios classificatórios são unidades administrativas e elementos, e o controle visa
avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento.
e)As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas das
alternativas possíveis.
40
Ano: 2014
Banca: IADES
Órgão: TRE-PA
Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
No que se refere aos conceitos e à classificação da receita, é correto afirmar que a (s)
a)classificação econômica é o agrupamento de receitas por natureza sob determinados códigos,
consoante a vinculação legal dos respectivos dispêndios.
b)receita pública, em sentido amplo, se caracteriza como ingresso de recursos ao patrimônio
público, mais especificamente como uma entrada de recursos financeiros.
c)as receitas correntes resultam da efetivação das operações de crédito, alienação de bens,
recebimento de dívidas e auxílios recebidos pelo órgão ou entidade.

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d)as receitas orçamentárias não estão previstas no orçamento, e correspondem a fatos de natureza
estritamente financeira, decorrentes da própria gestão das entidades.
e)as receitas originárias são obtidas dos particulares, envolvendo o patrimônio alheio, e não o do
próprio Estado.

Gabarito
1. A 15. C 29. E
2. E 16. D 30. B
3. A 17. E 31. C
4. C 18. D 32. E
5. E 19. E 33. A
6. B 20. B 34. C
7. C 21. E 35. E
8. B 22. C 36. D
9. A 23. B 37. D
10. E 24. B 38. B
11. E 25. C 39. D
12. E 26. E 40. B
13. B 27. C
14. A 28. A

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