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1. Regra orçamental mais importante/regra de ouro?

défice público apenas deve existi na


medida das despesas do investimento, o que na prática, significa que o saldo orçamental
corrente deve registar um equilíbrio ou um excedente.

sentido da regra de ouro, concretizada no pacto orçamental, de que antes tratámos, é


diferente: aqui, do que se trata, é de garantir que o saldo estrutural anual das administrações
atinja o objetivo de médio prazo específico desse país, tal como definido no PEC revisto, com
um limite de défice estrutural de 0,5% do PIB a preços de mercado. Esta previsão remete-nos
para uma outra forma de olhar para o saldo orçamental que não a convencional-

2. Quando começa o ano orçamental?

O ano orçamental entra em vigor no dia 1-1 e termina no dia 31-12

3. O que acontece no dia 15 de Outubro?

Como disposto nos artigos 33º e 34º da LEO, dia 15 de outubro e considerado o dia final para a
apresentação do Programa de Estabilidade bem como a Lei das grandes opções.

4. Quanto tempo tem a AR para aprovar a proposta?

Como disposto no artigo 38º da LEO- a votação da proposta de lei do OE realiza-se no prazo de
50 dias após a data da sua admissão pela AR.

5. Limites da aprovação? alteração

6. A quem pertence a iniciativa para apresentar alterações orçamentais?

Competem, nomeadamente ao Governo as alterações Artigo 60º LEO


7. Controlo interno VS controlo externo.

• Controlo Interno:

o Definição: O controle interno refere-se aos processos, políticas e práticas estabelecidos


dentro de uma organização para garantir que seus recursos sejam utilizados de maneira
eficiente, eficaz e em conformidade com as leis e regulamentos.

o Responsabilidade: Geralmente, é responsabilidade dos gestores e funcionários da


própria entidade pública.

o Objetivos: O objetivo principal do controle interno é garantir a integridade financeira,


proteger os ativos, promover a eficiência operacional e assegurar o cumprimento das leis e
regulamentações internas.

o Métodos: Inclui práticas como auditorias internas, segregação de funções, políticas e


procedimentos internos, controles preventivos e corretivos.

• Controlo Externo:

o Definição: O controle externo refere-se à supervisão e revisão das atividades


financeiras e operacionais de uma entidade por uma entidade independente fora da
organização.

o Responsabilidade: Normalmente, é desempenhado por organismos externos, como


tribunais de contas, órgãos de fiscalização e auditoria externa.

o Objetivos: O objetivo principal do controle externo é garantir a prestação de contas,


transparência e conformidade legal das atividades financeiras e operacionais da entidade
pública.

o Métodos: Inclui auditorias externas, revisões de desempenho, avaliação de


conformidade legal e emissão de relatórios para aprimorar a responsabilidade e a
transparência.

8. Níveis de controlo interno operacional, sectorial e estratégico

9. Quantas secções tem o T. de Contas?

Existem 3 secções do TC.

O artigo 1º da Lei da Organização e Processo do Tribunal de Contas prevê que o Tribunal de


Contas fiscaliza a legalidade e regularidade das despesas e receitas públicas, aprecia a boa
gestão financeira e efetiva responsabilidades por infrações financeiras. Tudo isto distribuído
por secções especializadas, que realizam três tipos e fiscalização: a prévia, a concomitante e a
sucessiva.As finalidades das Secções especializadas são as seguintes:

A 1ª secção exerce as competências de fiscalização prévia, bem como a fiscalização


concomitante de atos e contratos, podendo, em certos casos, aplicar multas e relevar a
responsabilidade financeira;
A 2ª secção exerce a fiscalização sucessiva e a fiscalização concomitante da atividade
financeira, podendo ainda, nos casos previstos na lei, aplicar multas e relevar a
responsabilidade financeira

A 3ª secção exerce a função jurisdicional, procedendo ao julgamento dos processos de


efetivação de responsabilidades financeiras e de multa, a requerimento das entidades
competentes.

10. O que faz a segunda secção do T. Contas?

A 2ª Secção ou a secção de auditoria

A 2ª secção é a chamada secção de auditoria, composta por juízes e economistas, englobando


um componente de apreciação da economia, eficiência e eficácia dos atos. Não produz
sentenças, não efetiva qualquer tipo de responsabilidades, apenas formula recomendações,
mas, evidentemente, que algumas das recomendações ou reservas que são detetadas em
auditoria podem ser encaminhadas para o Ministério Público, que funciona junto do Tribunal
de Contas, para um eventual apuramento de responsabilidades financeiras.

As principais deficiências detetadas têm sido, por exemplo, as seguintes:

 no âmbito de contratos de pessoal: a violação das regras aplicadas ao recrutamento e


seleção de pessoal, a não indicação atempada dos critérios de apreciação curricular, a
manutenção da nomeação em regime precário para além do prazo, a informação de
cabimento de verbas incorretamente prestada, etc.;

 no âmbito de contrato de prestação de serviços: a utilização deste tipo de contratação para


titular relações de trabalho subordinado, o recurso ao ajustamento direto sem fundamento
legal. Estas são algumas situações que dão lugar a recomendações e reservas por parte do
Tribunal de Contas em sede de auditoria.

11. Fases do orçamento previsão, execução e resultado.

Discussão e preparação de uma estratégia de objetivos, prioridades políticas e previsões da


distribuição de recursos em conjunto com todos os Ministérios e entidades públicas. De 1 de
janeiro a 31 de dezembro de cada ano, o Orçamento do Estado aprovado é executado por
todas as entidades públicas da Administração Central e pela Segurança Social. O Governo
apura as contas finais da execução e elabora a Conta Geral do Estado, que é o mais importante
documento de prestação de contas do Governo perante os cidadãos e as instituições
democráticas.

12. O que é o visto?

O visto, ou declaração de conformidade, é o ato através do qual o Tribunal faz a apreciação


global dos factos ou atos de despesa, que podem ser validamente realizados, desde que
obedeçam à legalidade e ao cabimento orçamental. A moderna doutrina alude que estamos
perante um ato de natureza jurisdicional, que gera anulação do ato relativamente ao qual
houve recusa, tendo as últimas leis orgânicas do Tribunal assumido esta orientação.
Quanto à natureza do visto importa referir que se trata de um ato através do qual se assegura
um controlo da legalidade de decisões com implicações financeiras (atos ou contratos). O ato é
da responsabilidade de um órgão independente, a que a Constituição atribui a natureza de
verdadeiro tribunal especializado em matéria financeira, integrado no poder judicial. As
decisões sobre o visto constituem caso julgado material, sendo insuscetíveis de ser
reapreciados, uma vez esgotados os mecanismos de recurso previstos na Lei nº 98/97.

O visto não consiste numa mera verificação administrativa, que cabe à administração
financeira do Estado e aos organismos executores do Orçamento. Estamos perante um ato
jurisdicional.

13. Quais são os três tipos de visto? preventivo, concomitante e sucessivo

14. O que é a responsabilidade financeira reintegratória?

A responsabilidade financeira reintegratória encontrasse alicerçada na 3ª Secção ou a secção


de julgamento:

O mais importante é o julgamento das responsabilidades financeiras e, mais concretamente, a


responsabilidade financeira reintegratória, que constitui osresponsáveis na obrigação de repor
os montantes determinados na lei, apurados obviamente em função dos factos que
constituem os pressupostos da responsabilidade

15. O que é o alcance?

O artigo 59º LOPTC prevê que, nos casos de alcance, desvio de dinheiros públicose ainda
pagamentos indevidos, pode o Tribunal de Contas condenar oresponsável a repor as
importâncias abrangidas pela infração, sem prejuízo de qualquer outro tipo de
responsabilidade em que o mesmo possa incorrer.

16. O que é o duplo cabimento?

18. O que são serviços com autonomia financeira?

O conceito de autonomia financeira pode retirar-se da Lei de Bases da Contabilidade Pública e


do Regime da Administração Financeira do Estado. Hoje em dia, a autonomia financeira é
bastante mais reduzida do que já foi no passado e do que é, de facto, na teoria. Ela reduz-se,
hoje, à autonomia orçamental e patrimonial, e mesmo, quando a estas, com sucessivas
restrições. A autonomia orçamental tem vindo a ser cada vez mais limita por regras e
exigências atinentes à execução orçamental. A autonomia patrimonial está hoje, também,
fortemente condicionada, já que diversos atos de gestão estão igualmente restringidos em
termos quantitativos e ainda dependentes das autorização do Ministro das Finanças.

19. Quais são os serviços que têm independência orçamental?

Temos situações em que podem não ser referenciadas nos OE sendo que á matérias que são
de entrasse restritivo isto é devem ser mantidas souber segredo de Estado, pela sua
importância, sendo que o orçamento tem um carater publico, esta ao aseço de qualquer
pessoa, pelo que deixa de haver sigilo relativamente a matéria, sendo por isto ha situações
pelo seu carater sigilosos podem se vedar, da sua não presença no orçamento de Estado .

20. Serviços integrados entidades administradoras de receitas do Estado, SI asseguram ou


coordenam a liquidação de uma ou mais receitas e zelam pela sua cobrança

21. Serviços e fundos autónomos

Os Serviços e Fundos Autónomos englobam os organismos com autonomia financeira e


administrativa, financiados mioritariamente com transferências provenientes de outras
unidades da Administração Pública e com impostos que lhes estejam consignados. A sua
atuação efetua-se em determinadas áreas, quer através da regulamentação e fiscalização,
quer através da atribuição de apoios financeiros aos agentes económicos no quadro da
política económica e social do Estado.

Organismos dotados de autonomia financeira e administrativa, financiados maioritariamente


por transferências provenientes de outras unidades da Administração Pública e com impostos
que lhes estejam consignados. Excluindo os casos em que tal decorre de imperativo
constitucional, este regime apenas pode ser atribuído a serviços que satisfaçam,
cumulativamente, certos requisitos: não tenham natureza e forma de empresa, fundação ou
associação públicas; quando se justifique para a adequada gestão (em particular a gestão de
fundos comunitários); e as suas receitas próprias atinjam um mínimo de dois terços das
despesas totais, com exclusão das despesas cofinanciadas pela União Europeia. Neste
subsector estão incluídas as Entidades Públicas Reclassificadas.

22. Entidades que compõem o sector público admin. central, local e regional, Segurança social
e fundos autónomos

Os Serviços Autónomos da Administração Local englobam os organismos com autonomia


financeira e administrativa, financiados maioritariamente com transferências provenientes de
outras unidades das Autarquias Locais e com impostos e taxas locais que lhes estejam
eventualmente consignados. A sua atuação efetua-se em determinadas áreas económicas e
sociais, no âmbito do seu território económico.

23. Graus de autonomia Princípios de execução orçamental da despesa?

O principio da execução orçamental da despesa, encontra-se presente no artigo 42 da LEO,


onde é fundamental fazer uma ligação com o principio de tesouraria Única do Estado- significa
que é no Tesouro IGP que se centraliza os pagamentos e recebimentos dos serviços do Estado,
não devendo os mesmos terram contas próprias. Sendo por isso todos as entidades publicas
devem fazer demostrações financeiras.

25. Princípios de execução orçamental da receita? o


26. Dívida administrativa

27. Dívida aquisitiva

28. Dívida financeira

A divida financeira é uma das modalidades de divida pública existentes sendo que a divida
financeira , é relativa a dívida pública ésta geralmente associada a contrção de emprestimos ou
a emissão de dívida pública

29. Dívida fundada vs dívida flutuante

A divida fundada- se a amortização ocorre em exercício orçamental diferente daquele em que


haja sido contraída

A divida flutuante – se a amortização ocorre em exercício orçamental igual a sua contração.

Sendo que ambas a dividas dizem respeito ao critério do exercício orçamental.

30. Pagamento indevido VS alcance

31. O que é o Eurostat?

O Eurostat é o Serviço de Estatística da União Europeia responsável pela publicação de


estatísticas e indicadores de elevada qualidade a nível europeu que permite a comparação
entre países e regiões.

32. Quadro plurianual é o documento através do qual são definidos os limites da despesa da
administração central financiada por receitas gerais, os limites de despesa para cada programa
orçamental, para cada agrupamento de programas e para o conjunto de todos os programas
(em contabilidade orçamental).

33. Grandes opções de plano

A Lei das GO é estruturada em duas partes: identificação e planeamento das opções de política
económica e programação orçamental plurianual, para os subsetores da administração central
e segurança social.

As Propostas das GO bem como do Orçamento do Estado são da iniciativa exclusiva do


Governo.

Estado presente no art. 34 da LEO, sendo que tem de ser apresentado pelo Governo ate dia 15
de outubro.
34. Impostos VS taxas VS contribuições

Impostos

O imposto tem carácter unilateral, você paga e não recebe nada em troca. Por exemplo
podemos ver o imposto sobre o consumo, o IVA, ao adquirir um produto paga-se o imposto e
não obtemos nada em troca por parte do Estado.

Criação de impostos art 165º+103º/3 da CRP

SENDO QUE DENTRO DOS IMPOSTOS EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE IMPOSTOS

Sober os rendimentos-
Das pessoas singulares- IRS
Das pessoas coletivas- IRC
Sobre o património- IMC
Imposto municipal sobe os imovais- IMI
Sobre o consumo IVA, valor acrescentado –
Especiais sobre o consumo IEC questão do tabacos
Sobre os veículos- ISV

Taxas

As taxas têm carácter bilateral, pagam-se mas recebemos algo em troca. Por exemplo a Taxa
de saneamento básico, ao pagar esta taxa está a receber em troca um serviço prestado pelo
Estado, a recolha de lixo.

Em resumo podemos dizer que as taxas servem para pagar uma percentagem do serviço
público que nos é fornecido, quando pagamos um imposto este não corresponde a nenhuma
actividade específica do Estado em relação ao contribuinte, o IRS também é um bom exemplo
disso, paga-se porque tem que se pagar.

35. Direito de emenda.

O art 59º LEO que dá alguma competência à AR para revisões orçamentais uma vez que o 161
g) da CRP da Gov exclusividade para a apresentação da proposta.

36. Tipos de procedimentos

38. Obrigações Tesouro VS Bilhetes Tesouro

As Obrigações do Tesouro têm prazo mais longo (entre um e cinquenta anos) e são a principal
fonte de financiamento público de médio e longo prazo.

Pelo contrário, os Bilhetes do Tesouro são financiamento a curto prazo e por isso o seu prazo é
inferior a um ano

39. Produtos de aforro


Os Certificados de Aforro são títulos de dívida pública, o que significa que, ao comprá-los, está
a emprestar dinheiro ao Estado, recebendo em contrapartida juros sobre o montante que
aplicou. Além de serem instrumentos que o Estado tem para se financiar, têm outro objetivo:
fomentar a poupança nas famílias.

40. Utilidade da dívida flutuante

A amortização ocorre em exercício orçamental igual a sua contração. Seno que a divida
flutuante corresponde à dívida pública contraída para ser totalmente amortizada até ao final
do exercício orçamental em que foi gerada, destinada sobretudo a apoios de tesouraria.

41. Visto prévio diz respeito à primeira secção do trib de contas, uma fiscalização baseada na
apreciação da legalidade financeira do atos, e contratos

A 1ª secção do tribunal de contas, exerce as competências de fiscalização prévia, bem como a


fiscalização concomitante de atos e contratos, podendo, em certos casos, aplicar multas e
relevar a responsabilidade financeira;

42. O que é preciso para que tenha autonomia administrativa e financeira?

A capacidade de autonomia administrativa e financeira, como o próprio nome indica diz


respeito a capacidade que um Estado/ Região seja capaz de se gerir autonomamente, isto é
não depender de outros países organizações para a gestas anto administrativamente como
financeiramente.

43. Dívida financeira:

A dívida financeira do Estado é aquela que está associada à contratação de empréstimos ou à


emissão de dívida pública. A dívida financeira é aquela que se considera quando se avalia o
peso da dívida pública na sua relação com o PIB

Divida financeira é relativa a dívida pública está geralmente associada a contração de


empréstimos ou a emissão de dívida pública.

44. Cavaleiros orçamentais

Matéria sem relevância orçamental direta ou sem conteúdo especificamente orçamental ao


abrigo do OE, e todas disposições financeiras de carácter permanente, ou seja, que tenham
uma vigência superior ao período orçamental.
45. Critérios de equilíbrio orçamental

O princípio do equilíbrio orçamental resulta de um imperativo constitucional, consoante o


art.105º/4 CRP, embora esteja aí previsto apenas em sentido formal – uma vez que se está a
pensar apenas numa situação contabilística de igualdade de receitas e despesas.

O principio do equilíbrio foi introduzido no séc. XIX do ponto de vista formal. Mas só depois da
1ª Guerra Mundial é que as doutrinas intervencionistas depuraram o seu sentido para
transformá-lo em principio económico substancial.

O equilíbrio pode ser encarado de duas perspetivas:

 Equilíbrio formal: que postula a estrita igualdade entre as receitas e as despesas, o que
traduz a interdição dos défices e excedentes de receita. A interdição dos défices pressupõe
que nunca a totalidade das despesas exceda a totalidade das receitas (tributárias,
patrimoniais). Caso assim sucedesse, os referidos défices só poderiam ser financiados pelo
recurso ao empréstimo, o que viria a agravar as dificuldades financeiras do Estado ou pela
criação de um imposto suplementar, ou pelas manipulações financeiras – as despesas publicas
vêm agravar um mal que é a inflação, que conduz à desvalorização da moeda nacional.

A interdição dos excedentes é mais difícil de compreender já que o aumento das receitas,
poderia, em teoria, contribuir para o aumento da poupança estadual. Para o compreender é
preciso recordar que o equilíbrio formal foi pensado para o Estado liberal, no qual havia que
garantir a intervenção mínima do Estado, por um lado e que os impostos apenas seriam
criados de acordo com a sua indispensabilidade, por outro. Para além disso, considerava-se
que o excedente de receite de hoje é o défice de amanhã, porque o excedente de receitas
permite a perduração das receitas.

O conceito de equilíbrio formal foi sendo abandoado quando a unidade orçamental sofreu
algumas inflexões e em virtude do consequente aumento da intervenção do Estado,
fundamentalmente após a 2ª Guerra Mundial.

 Equilíbrio substancial: baseia-se nas teorias do défice sistemático e dos orçamentos cíclicos.
A teoria do défice sistemático baseia-se no facto de o desemprego ser um mal social que não
desaparece espontaneamente, sendo que, para esta teoria funcionar, é preciso que o Estado
saiba com rigor qual a situação conjuntural da economia e qual a eficácia dos estabilizadores,
porque estão em causa as expetativas dos sujeitos económicos que as políticas do Estado
procuram condicionar, revertendo o clássico jogo da oferta e da procura. A teoria dos
orçamentos cíclicos diz que as receitas aumentam em períodos expansionistas (em períodos
de vacas gordas) e as receitas diminuem em períodos de recessão (em períodos de vacas
magras)

Quais são, em concreto, os critérios de equilíbrio substancial?

1) Critério clássico do equilíbrio orçamental: de acordo com este critério, distinguem-se as


receitas normais (patrimoniais e tributárias) das não normais (creditícias). À luz desta noção,
haverá equilíbrio quando as receitas normais servem para cobrir pelo menos as despesas
normais. O recurso ao crédito (défice orçamental) só seria aceitável em situações muito
excecionais, como, por exemplo, as situações de guerra, enquanto nas restantes situações
difíceis seria preferível o agravamento de impostos ao agravamentos dos empréstimos.
2) Critério do ativo de tesouraria: neste, as receitas e as despesas de referencia são as receitas
e despesas efetivas, consoante se traduzem em entradas efetivas ou em saídas efetivas de
massa monetária no património de tesouraria do Estado. À luz desta noção, haverá equilíbrio
quando as receitas efetivas servem para cobrir, pelo menos, as despesas efetivas. Este critério
tem por base a distinção entre verbas efetivas e não efetivas.

3) Critério do orçamento ordinário: neste, as receitas e as despesas de referência são as


receitas e as despesas ordinárias, aquelas que se repetem em todos os orçamentos, havendo
uma situação de equilíbrio quando as primeiras servem para cobrir, pelo menos, as segundas.
E as despesas extraordinárias deveriam ser cobertas pelo excedente das receitas ordinárias e
pelas receitas extraordinárias. Este critério suscitou sempre alguma subjetividade quanto à
distinção entre verbas ordinárias e extraordinárias.

4)Critério do ativo patrimonial do Estado: aqui, as receitas e as despesas de referência são as


receitas e as despesas correntes, ou seja, as receitas e as despesas que não afetam o
património duradouro do Estado. De acordo com este critério há equilíbrio quando as receitas
correntes servem para cobrir, pelo menos, as despesas correntes.

Em qualquer destes critérios, o legislador procura perceber em que condições se pode


recorrer a empréstimos sem se violar o equilíbrio.

46. Discriminação orçamental

????????Em qualquer destes critérios, o legislador procura perceber em que condições se


pode recorrer a empréstimos sem se violar o equilíbrio????????.

Discriminação (Art. 15, 16 e 17 NLEO; Art. 6, 7, 8 ALEO)

A discriminação tem três sub-regras: a não compensação, a não consignação e a especificação.

A NÃO COMPENSAÇÃO- O fundamento passar por conseguir uma maior racionalidade e


possibilitar um controlo efetivo, político e administrativo, da execução orçamental.

A não consignação trata-se de outra sub-regra integrada na regra da discriminação – neste


caso, a da não consignação. Segundo esta sub-regra, não podendo num Orçamento afetar-se
qualquer receita à cobertura de determinada despesa, pretende-se evitar a existência de uma
Administração Pública fragmentaria desprovida de uma gestão financeira de conjunto. Como
lógica consequência da subregra da não consignação existe o Tesouro, tendo a seu cargo, de
modo centralizado, a cobrança das receitas e a realização de despesas. Existem, no entanto,
algumas exceções

A regra da não consignação obriga a que os orçamentos do setor publico administrativo


promovam uma gestão financeira de conjunto. Ou seja, em principio todas as receitas devem
servir para cobrir as despesas previstas. O objetivo aqui é o de impedir uma administração
fragmentária que faz corresponder determinadas receitas a despesas concretas. Esta regra
contem, porem, exceções (7/2 ALEO e 16/2 NLEO).
A sub-regra da especificação também se integra na discriminação orçamental e, segundo ela, o
Orçamento deve individualizar suficientemente cada receita e cada despesa. Assim, para cada
espécie de despesas públicas deverá ser concedido um crédito que deve ser exclusivamente
afeto ao serviço (órgão) ou função prescrita: a soma fixada deve ser o máximo de despesa a
efetuar. Esta sub-regra está consagrada expressamente no art.105º/3 CRP. Fundamento:
pretende-se assegurar clareza e limpidez na elaboração, execução e controlo orçamentais.
Para o cabal funcionamento da regra da especificação prevê-se a existência de três
classificações orçamentais: a económica, a orgânica e a funcional.

47. Princípio da anualidade OE é .

Artigo 14 LEO

A regra da anualidade envolve uma dupla exigência: votação anual do Orçamento pelo
Parlamento e execução anual do Orçamento pelo Governo e Administração Pública.

De acordo com o princípio da anualidade poderiam incluir-se no orçamento tanto as receitas a


cobrar efetivamente durante o ano e as despesas a realizar efetivamente, independentemente
do momento que juridicamente tenham nascido (orçamento de gerência), quanto todos os
créditos e débitos originados naquele período orçamental, independentemente do momento
em que se viessem a concretizar (orçamento de exercício).

O sistema de gerência tem vantagens, porquanto torna fácil e clara a execução orçamental. No
entanto dificulta a responsabilização de cada Governo pela elaboração e execução dos
orçamentos que lhe são imputáveis.

Os orçamentos de exercício, ao invés, se têm a vantagem de permitirem mais facilmente a


responsabilização do Governo, têm uma desvantagem: num determinado ano não sabemos ao
certo a situação de tesouraria. apresentado anualmente pelo Governo à AR.

No ordenamento financeiro português, o sistema vigente é, desde 1930, o de gerência,


devendo ainda hoje a leitura do princípio da anualidade ser feita à luz deste tipo de
orçamento.

Para obviar os inconvenientes do orçamento de gerência o legislador previu:

a. Que a elaboração do orçamento fizesse um enquadramento da perspetiva plurianual;

b. Que os orçamentos dos organismos público administrativo integrem programas, medidas,


projetos ou ações que impliquem encargos plurianuais, prevendo a despesa total de cada
programa, as parcelas desses encargos relativos ao ano em causa e as despesas de cada 1 ou 2
anos seguintes com caráter indicativo.

Nota: No entanto, alerta-se para o facto de, mesmo quando a lei prevê a existência de mapas
plurianuais, as verbas neles incluídas devem ser inscritas no OE de cada ano, sob pena de não
poderem ser realizadas por falta de cabimento orçamental (art.106º/1 CRP).

Cabe apurar se o período anual coincidente com o ano civil consiste na consagração de um
período mínimo ou máximo de duração do orçamento: o período anual é o período mínimo de
vigência orçamental, sendo o período máximo definido pelo poder executivo, através da
existência, ou não, de período complementar (é essencial não confundir anualidade com o
período complementar, já que este é apenas um período para fechos de caixa – arts.4º e 5º
LEO – ou seja, as contas fecham dia 7de Janeiro, apesar do Orçamento cessar a 31 de
Dezembro).

 A Reter…

▪ Por força da opção por um orçamento de gerência, o principio da anualidade impõe um


registo de todas as receitas e todas as despesas a realizar efetivamente durante o ano em
causa, independentemente do momento juridicamente relevante em termos de origem.

▪ No âmbito da plurianualidade, atualmente a realidade orçamental não pode ser contemplada


sem consideração, por um lado, da equidade intergeracional (10º LEO), que, pela sua
transversalidade, dever ser entendida como materialmente constitucional, e da programação
orçamental plurianual, que é imposta para o orçamento de Estado, das autarquias locais e das
Regiões Autónomas.

▪ O período anual a que se refere este principio é o ano civil: o Orçamento vigorado dia 1 de
janeiro ao dia 31 de dezembro, embora por Decreto-lei da execução orçamental se possa
determinar a existência de um período complementar, de forma a facilitar o fecho de contas.

48. Accountability

50. SEC 95 Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais

51. Juros e indemnizações por atrasos no cumprimento das obrigações fiscais.

52. Saldos

53. Equilíbrio formal rigorosa igualdade entre as receitas e as despesas, não abrindo qualquer
possibilidade para a existência de défices ou de superávits

54. Peculato é embezzlement desvio de dinheiros públicos por quem o tinha a seu cargo

55. Responsabilidade financeira constitui a forma de responsabilidade específica dos


«contáveis», isto é, dos agentes sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas directamente
definidos na lei

56. Responsabilidade financeira sancionatória parte da atuação do tribunal de contas, em que


aplicam multas por violações a normas ou condutas devidas por partes dos

57. Equilíbrio orçamental

58. Equidade inter-geracional as leis orçamentais de hoje devem ter em conta o seu impacto
nas futuras gerações

59. Estabilidade orçamental Responsabilidade política – significa responder politicamente pela


execução orçamental. Responsabilidade financeira – é aferindo o cumprimento dos princípios
de execução orçamental, associado à condução de cada um dos atos de condução orçamental,
que se tiram conclusões para efeito de responsabilidade. Estes princípios estão mencionados
na NLEO, nomeadamente o art. 52º
Prova oral

Qual é o princípio orçamental mais importante?

· Que tipo de equilíbrio está consagrado no art.105º, nº4?

· Qual a diferença entre estabilidade e sustentabilidade?

· Qual é a diferença entre equilíbrio formal e substancial?

· De acordo com o ativo tesouraria, como é que se calcula o equilíbrio substancial?

· O que é que são as receitas e despesas efetivas?

· Exemplo de receita efetiva

· O que é que é a responsabilidade financeira?

· Onde está consagrada a responsabilidade financeira?

· Onde é que constam os tipos de responsabilidade financeira?

· Que tipos de responsabilidade financeira existem?

· Em que circunstâncias é que se aplica responsabilidade financeira reintegratória?

· Qual é a diferença entre alcance, desvio de dinheiro e pagamento indevido?

· Exemplo de pagamento indevido

· O que é o visto do tribunal de contas?

· Como é que o governo consegue contrariar a decisão do tribunal de contas quando este
recusa o visto?

· O que são as receitas tributárias? Tipos?

· Qual a diferença entre contribuições financeiras e contribuições especiais?

· Tipos de receitas creditícias

· Tipos de dívida

· Qual é a diferença entre dívida direta e indireta?

· O que é o Orçamento de Estado?

· O que é o dispositivo travão?

· Qual é a diferença entre processo originário e processo derivado?

· O que é o processo de revisão orçamental?

· Quais são as várias fases do processo originário?

· O articulado e os mapas são acompanhados do quê?

· Quanto tempo é que o parlamento tem para aprovar?

· O parlamento só pode aprovar ou rejeitar?


· O governo pode apresentar alterações durante os 50 dias?

· O parlamento pode interferir no ano económico em que o orçamento está em vigor?

· A conta geral do estado é aprovada até quando?

· O tribunal de contas tem alguma interferência no processo orçamental?

· Qual é a diferença entre dívida direta e indireta?

· Qual é a diferença entre dívida principal e acessória?

· Qual é a diferença entre dívida flutuante e dívida fundada?

· Qual é o papel do tribunal de contas em matéria orçamental?

· Na CRP qual é o artigo que temos obrigatoriamente de citar quanto à conta geral do estado?

· Há outras contas para além das contas gerais do estado?

· Controlo feito pela AR vs controlo feito pelo tribunal de contas (partindo do art.107º)

· Qual é o instrumento financeiro em causa no art.107º?

· Se num determinado ano a AR decidir que é ela a apresentar um chamado projeto lei do OE.
Quid iuris?

· Como é que distingue a responsabilidade reintegratória da responsabilidade sancionatória?

· O que é que distingue o alcance do desvio do dinheiro, numa palavra?

· Quais são os dois instrumentos fundamentais das Finanças Públicas?

· Quais são os tipos de receitas que conhece?

· Princípio da legalidade tributária, da legalidade fiscal. Qual é o regime jurídico constitucional?

· Uma autarquia local decide aprovar em assembleia um imposto municipal, uma alteração ao
IMI, e publica-a. Quid iuris?

· Os municípios podem criar taxas?

· Diferença entre dívida fundada e dívida flutuante

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· Noção de orçamento de Estado

· Situação em que a execução do OE supere o ano económico, ou seja, seja superior a 1 ano

· Para efeitos orçamentais quem é o Estado?

· Quando falamos de subsetor administração central falamos de quem?

· O que são entidades públicas reclassificadas?

· O que é a conta geral do estado?

· Regras que o governo e a administração têm de observar aquando da execução do OE?


· O que é o visto? Em que momento é que ocorre? Sobre que atos? Por quem?

· Qual é a diferença entre processo originário e derivado do OE?

· Diferença entre a discussão na generalidade e na especialidade

· Consequências se o OE for rejeitado na votação final global

· Consequências jurídicas da rejeição

· O que é a regra da segregação de funções? Onde está prevista?

· O que é que significa a economia, eficiência e eficácia da despesa?

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· Qual é a diferença entre a responsabilidade reintegratória e sancionatória?

· O que é a segregação de funções?

· Princípios de execução orçamental

· O que é a legalidade fiscal?

· O que é a dívida pública?

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· Chegamos a 1 de janeiro e não há OE, o que é que acontece?

· O que é a conta geral do estado?

· Como é que é constituído o OE?

· O que são receitas tributárias?

· Quais as receitas tributárias que conhece?

· Porque é que se diz que o IVA é um imposto indireto?

· O que é o princípio da capacidade contributiva?

· O que é a dívida pública?

· Tipos de dívida pública

· O que é a dívida administrativa?

· O que é a dívida aquisitiva?

· Tipos de dívida acessória?

· Qual a diferença entre fiança e aval?

· O que é a revisão orçamental?

· Há restrições à apreciação por parte do parlamento na aprovação dessa proposta de


alteração?

· No processo originário há as mesmas restrições?


· Diferença entre impostos e contribuições especiais?

· O que são contribuições financeiras?

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