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Orçamento de Estado

Dr. Celso Cunha


Conceito e funções
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 O Orçamento do Estado é o documento no qual


estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as
despesas a realizar num determinado exercício
económico e tem por objecto a prossecução da política
financeira do Estado.

 Funções do orçamento
 Económica – Previsão da gestão do erário publico;

 Politica – autorização da gestão do erário publico;

 Jurídica – Limitação de gestão do erário publico.


Princípios e regras orçamentais
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 Anualidade
 Unidade e Universalidade
 Não consignação
 Especificação
 Orçamento bruto
 Publicidade
 Equilíbrio
Organização e elaboração do orçamento
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Envio das
dotações as
UG
ate 31/05

Envio da Discussão e
Envio das Proposta do OE aprovação
Propostas a ao Governo
DNO ate para aprovação do OE
31/07 e submissão a
AR ate 30/09 Ate 15/12
Fiscalização
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 O controlo orçamental visa assegurar que a sua


execução não sofre desvios, cumprindo-se assim os
objectivos e a estratégia definida no orçamento.
Pretende-se, em primeiro lugar, garantir que o
Executivo se mantem dentro dos limites impostos pela
lei, os quais foram determinados pela Assembleia da
República aquando da aprovação da Lei do orçamento.
Procura-se também através do controlo orçamental
evitar o desperdício e a má utilização dos dinheiros
públicos.
Fiscalização
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 Cabe à Assembleia da República pronunciar-se e


decidir sobre o relatório de execução do Orçamento do
Estado. Tratando-se de um órgão político (a
Assembleia da República), estamos na presença de
uma fiscalização política. Por sua vez, compete ao
Tribunal Administrativo fiscalizar a legalidade das
despesas públicas e apreciar as contas do Estado.
Neste caso temos uma fiscalização jurisdicional, já
que o Tribunal Administrativo é um órgão jurídico.
 A fiscalização administrativa
Despesa
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 Conceito
Constitui despesa pública todo o dispêndio de recursos
monetários ou em espécie, seja qual for a sua
proveniência ou natureza, gastos pelo Estado, com
ressalva daqueles em que o beneficiário se encontra
obrigado à reposição dos mesmos.
Classificação orçamental da Despesa
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São quatro as classificações orçamentais.


 Orgânica: as despesas repartem-se por departamentos da
Administração; por serviços, etc.
 Económica: distingue-se as despesas correntes e de
capital, umas e outras descriminadas por
agrupamentos, subagrupamentos e rubricas.
 Funcional: as despesas são aqui agrupadas de acordo
com a natureza das funções exercidas pelo Estado, tendo-
se adoptado para o efeito o modelo do Fundo Monetário
Internacional.
 Territorial: as despesas são aqui agrupadas de acordo
com o territorio.
Classificação económica da Despesas
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Despesas Correntes
 Representam encargos que não produzem acréscimos
no património,respondendo assim, pela
manutenção das atividades de cada órgão/actividade.
Despesas Capital
 Representam encargos que produzem acréscimos no
patrimônio,aumentando, dessa forma, sua riqueza
patrimonial.
Classificação10 económica
Fases da Despesa
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De acordo com a Lei 9/2002:


 Cabimento; Liquidação; Pagamento.

De acordo com o Professor Lino Martins da Silva, entre


ouros:
 Fixação; Cabimento; Liquidação; Pagamento.
Fases da Despesa
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 Fixação - esse estágio refere-se à estimativa, pelo Poder


Público, de quanto irá ser alocado em cada dotação, sendo
o montante o limite a ser gasto, visando o atendimento das
necessidades coletivas.
A realização das despesas compreende as três fases
seguintes:
 Cabimento - acto administrativo de verificação, registo e
cativo do valor do encargo a assumir pelo Estado;
 Liquidação - apuramento do valor que efectivamente há a
pagar e emissão da competente ordem de pagamento;
 Pagamento - entrega da importância em dinheiro ao
titular do documento de despesa.
Fases da Despesa
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 Pode ser autorizada a realização de despesas sob o


regime de adiantamentos em numerário, denominado
fundo de maneio, para atender despesas cujos
valores sejam de pequena monta e para as quais se
dispense o cumprimento do normal processo de
realização de despesas.
Anulação de Despesas
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 Reverte à respectiva dotação o valor da despesa


anulada no exercício.
 Quando a anulação do valor da despesa ocorrer após o
encerramento do respectivo exercício económico, o
valor anulado é considerado receita do ano em que a
anulação se efectivar
Divida publica
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 Em sentido amplo, abrange o conjunto de situações


derivadas, não só do recurso ao empréstimo público,
mas também da prática de outras operações de crédito
como sejam o aval, os débitos resultantes do crédito
administrativo, vitalício, empresarial ou monetário, e
da assunção de onerações em contrapartida de
atribuições patrimoniais.
Classificação da Divida publica
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 quanto ao grau de responsabilidade:

 Divida principal ou directa – Dívida em que o Estado (ou


outra entidade pública ) é o devedor efectivo de determinadas
quantias, pela qual responde as suas receitas.
 Dívida acessória – Quando o estado (ou outra entidade
pública) responde subsidiariamente pelas dívidas de terceiros,
sendo posteriormente reembolsado.
Classificação da Divida publica
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 Quanto ao lugar de emissão dos empréstimos:

 Dívida interna – Se os empréstimos são emitidos no mercado


nacional, independentemente do tipo de moeda e da
nacionalidade dos credores.

 Dívida externa – Se os empréstimos são emitidos em


mercados estrangeiros, independentemente do tipo de moeda e
da nacionalidade dos credores.
Classificação da Divida publica
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 Quanto à duração dos empréstimos:

 Dívida flutuante – Dívida que resulta de empréstimos


temporários de curto prazo, contraídos geralmente para suprir
défices momentâneos de tesouraria. Engloba também os saldos
credores de contas correntes do Estado e das Regiões Autónomas
no Banco de Portugal e noutras instituições financeiras.
 Dívida fundada – Dívida que resulta de empréstimos
perpétuos e dos empréstimos temporários a médio e a longo
prazo.
 Dívida perpétua ou consolidada
 Dívida temporária
Classificação da Divida publica
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 Quanto à sua negociabilidade:

 Dívida negociável – Dívida livremente transmissível representada por


títulos de curto, médio e longo prazo, geralmente cotados em bolsa.

 Dívida não negociável – Dívida cujo grau de transmissibilidade é


reduzido ou nulo.
Estes conceitos não coincidem com os da dívida pública titulada e não
titulada.

 Dívida titulada – Aquela em que os direitos e deveres emergentes da


contracção de um empréstimo público são incorporados em certos
documentos, em condições definidas por lei.

 Dívida não titulada – Aquela em que os direitos e deveres emergentes de


operações financeiras não estão incorporados em “títulos documentais”,
embora estejam registados ou contabilizados e possam assim ser objecto de
meio de prova.
Receita
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 Conceito
Constituem receita pública todos os recursos monetários
ou em espécie, seja qual for a sua fonte ou natureza,
postos à disposição do Estado, com ressalva daquelas
em que o Estado seja mero depositário temporário.
Classificação orçamental da receita
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São quatro as classificações orçamentais.


 Económica: distingue-se as receitas correntes e de
capital, umas e outras descriminadas por
agrupamentos, subagrupamentos e rubricas.
 Territorial: as receitas são aqui agrupadas de acordo
com o territorio que arrecada.
 Fonte de recursos: as receitas são aqui agrupadas
de acordo com a sua proveniencia.
Classificação
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económica
Classificação económica da Receita
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Receitas Correntes
 Representam influxos que não provem da diminuição
do património.

Receitas Capital
 Representam influxos que provem da diminuição do
património.
Fases da Receita
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De acordo com a Lei 9/2002:


 Lançamento; Liquidação e Cobrança.

De acordo com o Professor Lino Martins da Silva, entre


ouros:
 Previsão; Lançamento; Liquidação e Cobrança.
Fases da Receita
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 Previsão - Estudo feito pelo estado visando indicar o


quanto se pretende arrecadar no exercício financeiro.

 A execução das receitas compreende as três fases


seguintes:
 Lançamento – Procedimento administrativo de verificação da
ocorrência do facto gerador da obrigação correspondente;
 Liquidação – Cálculo do montante da receita devida e
identificação do respectivo sujeito passivo;
 Cobrança – Accão de cobrar, receber ou tomar posse da receita
e subsequente entrega ao Tesouro Público.
Divida Activa
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 Conceito
É a inscrição que se faz em conta de devedores,
relacionadas a tributos, multas e créditos do Estado,
lançados, mas não arrecadados no exercício de origem.

 Classificação
 Dívida Ativa Tributária

 Dívida Ativa Não-Tributária

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