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CONTABILIDADE PÚBLICA

6ª AULA

Dra. Fauzia Ragu Ramos


2020
REGIMES DE ESCRITURAÇÃO
PLANO BÁSICO DE CONTAS
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
REGIMES DE ESCRITURAÇÃO
• Principio das Partitas Dobradas
Todo valor registado a debito (em uma ou mais contas
contabilísticas) tem o correspondente valor registado a
credito (em uma ou mais contas contabilísticas).

• Regime de Registo
Receitas - Regime de Caixa
• Regime Misto
Despesas-Regime de Compromisso
CONT.
• Regime de Caixa – são as receitas cobradas num dado
exercício económico, ou seja, acto de cobrar, receber ou
tomas posse da receita e subsequente entrega ao Tesouro
Publico.

• Regime de Compromisso – neste regime temos:

– Despesas nele pagas – o acto de entrega de importancia em


dinheiro ao titular do documento de despesa;

– Despesas neles por pagar quando regulamente efectuadas –


quando são devidamente liquidadas.
PLANO BÁSICO DE CONTABILIDADE
• Tem por objectivo a uniformização e sistematização do
registo contabilístico dos actos e factos relacionado com a
execução orçamental, financeira e patrimonial do Estado,
devendo ser adoptado por todas as Unidades do SISTAFE.
Composição do PBCP
Lista Listalil
de Contas

PBCP
Plano de Tabela de Op.
Objectos Contabilisticas
CONT.
• Lista de Contas – Relação de contas contabilisticas
adoptadas pela contabilidade publica, organizada da
maneira uniforme e sistematizada, a fim de atender aos
registos contabilisticos dos actos e factos relacionados à
administração dos recursos do Estado pelos seus orgãos e
instituições.

• Contas – titulo representativo de formação, composição,


variação e situação de um patrimonio, bem como dos
bens, direitos e obrigações e situações nele não
compreendidos, que directa e indirectamente possam vir a
afecta-lo.
Função das Contas
• Identificar, classificar e efectuar a escrituração
contabilística, pelo método das partidas dobradas, dos
actos e factos de gestão, de maneira uniforme e
sistematizada;

• Acompanhar e controlar a execução orçamental,


evidenciando a receita prevista, cobrada e recolhida, bem
como a despesa autorizada, cabimentada e realizada e,
também , as dotações disponíveis;

• Elaborar os Balanços, Mapas de Controlo Orçamental e as


Demonstrações de Resultados;
CONT.
• Conhecer a composição e situação do património
analisado;

• Analisar e interpretar os resultados económicos e


financeiros;

• Individualizar os credores e devedores, com a


especificação necessária ao controlo contabilístico do
direito ou obrigação;

• Controlar contabilisticamente os direitos e obrigações


oriundas de ajustes ou contratos de interesse da gestão.
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
• A execução do OE consiste na adopção de medidas pelos órgãos e
instituições do Estado visando a arrecadação das receitas previstas,
bem como a realização das despesas fixadas. No entanto há que
conhecer os seguintes elementos do orçamento.

• Elemento Económico – o orçamento consiste numa


previsão de receitas e despesas futuras;

• Elemento Politico – o orçamento configura uma


autorização política concedida pelas Assembleia
representativas aos executivos, para que estes possam
levar a cabo o seu projecto de gestão do Estado;

• Elemento Jurídico – o orçamento é um instrumento que


define e limita os poderes financeiros da Administração.
CONT.
• O orçamento aprovado é reduzido à Lei, a chamada Lei Orçamental.
Ela é a lei permissiva, pois estabelece tetos para comportamentos
discricionários. Ela funciona como acto-condição, isto é, todas as
despesas, inclusive as obrigatórias, só serão realizadas se autorizadas
na lei orçamentária.

• No entanto, tal lei é precedida da Lei de Directrizes


orçamentais, a qual define as meta e prioridades em
termos de programas a executar pelo Governo, ou seja,
metas e prioridades do governo para o ano seguinte,
orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe
sobre alterações na legislação tributária e estabelece a
política das agências de desenvolvimento.
CONT.
O projecto de lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo e

Assembleia da Republica antes do encerramento da sessão

legislativa.

Orçamento como acto-condição

São vedados:

o início de programas ou projectos não incluídos na lei orçamentária

anual.

a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que

excedam os créditos orçamentários ou adicionais.


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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Elaboração do Discussão,
projecto de Lei votação e
orçamentaria aprovação da Lei
anual - LOA orçamental

Controlo e
avaliação da Execução
execução orçamentaria e
orçamentaria e financeira
financeira
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Vantagens do Orçamento
• Sendo o orçamento uma previsão das
cobranças e das despesas a fazer num
determinado período, permite ao Governo
regular o serviço da tesouraria, de modo que
a esta não falte o dinheiro, nas épocas em
que os pagamentos excedem as cobranças,
nem o dinheiro sobre demasia, nas épocas
em que as cobranças excedem os
pagamentos.

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ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO
DA PROPOSTA ORÇAMENTAL
Assembleia da
Governo Até 30 de Setembro
República
elabora a
Proposta Até
Orçamental e 15
encaminha, Dez
ainda:
Mapas, PES,
Deliberação da AR sobre o OE
Balanços.

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EXECUÇÃO DA RECEITA

• A execução da receita compreende três fases:

Procedimento administrativo de verificação da


1ª Lançamento ocorrência do facto gerador da obrigação
correspondente.

Cálculo do montante da receita devida e


2ª Liquidação identificação do respectivo sujeito passivo.

Acção de cobrar, receber ou tomar posse da receita e


subsequente entrega ao Tesouro Público.
3ª Cobrança Em função da adopção do regime de caixa para o
lançamento da receita pública, somente essa fase
ocasiona registos contabilísticos.
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ANULAÇÃO DA RECEITA

 Quando ocorre no exercício em que foi


arrecadada:
Em função da adopção do regime de caixa para o
registo da receita pública, a restituição da receita
arrecadada indevidamente, quando ocorra no
respectivo exercício da sua arrecadação, deve ser
efectuada nesse exercício, mediante anulação do
valor na rubrica orçamental respectiva.
 Quando ocorre em exercícios posteriores ao
que foi arrecadada:
Deverá ser realizada em rubrica orçamental de
despesa adequada, do exercício em que ela ocorrer.17
DÍVIDA ACTIVA

Constituem Dívida Activa os valores relativos a


contribuições e impostos e demais créditos fiscais
do Estado liquidados e não cobrados dentro do
exercício financeiro de origem, sendo
incorporados pela contabilidade pública, em conta
própria, findo o exercício.

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EXECUÇÃO DA DESPESA

• A execução da despesa compreende três


fases:
Acto administrativo de verificação, registo e
1ª Cabimento comprometimento do valor do encargo a assumir
pelo Estado.

Apuramento do valor que efectivamente há a pagar


2ª Liquidação e emissão da competente autorização para
pagamento.

Pagamento ou entrega de importância em dinheiro


3ª Pagamento ao titular do documento de despesa ou favorecido
da obrigação assumida pelo órgão ou instituição.
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DESPESAS POR PAGAR
• Constituem despesas por pagar as
despesas liquidadas e não pagas até 31 de
Dezembro do exercício económico em
curso, sendo que as despesas por pagar
devem ser anuladas, caso não sejam
pagas, decorrido um ano.

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ANULAÇÃO DA DESPESA
 Quando ocorre no exercício em que foi
realizada:
Em função da adopção do regime de
compromissos para o registo da despesa
pública, os valores das despesas anuladas no
exercício deverão ser revertidos à dotação.

 Quando ocorre após o encerramento do


exercício em que foi realizada:
O valor anulado deverá ser considerado
receita do ano em que a anulação se efectivar.21

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