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Mestrado em Gestão

Autárquica
Contabilidade Autárquica
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NCP 26: Contabilidade e Relato Orçamental
1. Objetivo
2. Âmbito
3. Definições
4. Reconhecimento e mensuração
5. Classe 0 e classificador orçamental
6. Ciclo Orçamental de despesa e receita
7. Demostrações orçamentais: finalidade e
responsabilidade
8. Demonstrações orçamentais previsionais
9. Demonstrações orçamentais de relato

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

OBJETIVO

➢ Regular a contabilidade orçamental…

• Definindo conceitos e regras

• Estabelecendo modelos de demonstrações orçamentais de finalidades


gerais (individuais, separadas e consolidadas), componentes principais do
relato orçamental de uma entidade pública ou de um perímetro de
consolidação

• Assegurar a comparabilidade, quer com as respetivas demonstrações de


períodos anteriores, quer com as de outras entidades

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

Âmbito
Aplica-se a todas as entidades sujeitas ao SNC-AP
• Relato (de finalidades gerais) – demonstrações orçamentais (apresentadas
separadamente ou em conjunto com outro documento público) que se
destinam a satisfazer as necessidades de utilizadores que não estejam em
posição de exigir relatórios elaborados para ir ao encontro das suas
necessidades particulares de informação:
• Cidadãos em geral
• Membros do Parlamento e do governo nos seus diferentes níveis
• Financiadores
• Fornecedores
• Órgãos de comunicação social
• Trabalhadores
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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Alteração orçamental modificativa é aquela que procede à inscrição de uma nova


natureza de receita ou de despesa ou da qual resulta o aumento do montante global
de receita, de despesa ou de ambas, face ao orçamento que esteja em vigor.

• Alteração orçamental permutativa é aquela que procede à alteração da composição


do orçamento de receita ou de despesa da entidade, mantendo constante o seu
montante global.
• Alteração orçamental por crédito especial corresponde a um incremento do
orçamento de despesa com compensação no aumento da receita cobrada.

• Crédito ordinário é aquele que se encontra inscrito no orçamento de despesa


aprovado pela entidade competente.

• Crédito especial é aquele que é inscrito em adição aos créditos ordinários.

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CONCEITOS

• Cativo é o montante da dotação orçamental indisponível para a realização de processos de


despesa

• Descativo é montante que se encontrava cativo e foi liberto para a realização de processos de
despesa

• Compromisso continuado é um compromisso de caráter permanente, que gera


responsabilidades recorrentes durante um período indeterminado de tempo, nomeadamente,
salários, rendas, consumo de eletricidade ou de água

• Compromisso pontual é um compromisso que gera uma única responsabilidade ou uma série de
responsabilidades durante um período de tempo determinado

• Compromisso plurianual é um compromisso que quando assumido gera responsabilidades para


a entidade em mais do que um período orçamental, ou pelo menos em período diferente
daquele em que é assumido
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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Despesa de ativos financeiros orçamentais constituem operações financeiras quer


com a aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, ações, quotas e outras
formas de participação, quer com a concessão de empréstimos e adiantamentos ou
subsídios reembolsáveis

• Despesa de passivos financeiros orçamentais constituem operações financeiras,


englobando as de tesouraria e as de médio e longo prazos, que envolvam
pagamentos decorrentes quer da amortização de empréstimos, titulados ou não,
quer da regularização de adiantamentos ou de subsídios reembolsáveis, quer,
ainda, da execução de avales ou garantias, bem como os prémios ou descontos que
possam ocorrer na amortização dos empréstimos

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Receita de ativos financeiros orçamentais compreende o produto da alienação


e amortização de títulos de crédito, designadamente obrigações e ações ou
outras formas de participação, assim como as resultantes do reembolso de
empréstimos ou subsídios concedidos

• Receita de passivos financeiros orçamentais compreende a receita


proveniente da emissão de obrigações e de empréstimos contraídos a curto e a
médio e longo prazos

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Despesa efetiva corresponde à despesa total deduzida da despesa com ativos e


passivos financeiros de natureza orçamental

• Despesa primária corresponde à despesa efetiva deduzida dos juros pagos

• Despesa total corresponde à despesa efetiva adicionada da despesa resultante de


ativos e passivos financeiros

• Receita efetiva corresponde às quantias recebidas que aumentam caixa e


equivalentes de caixa, sem gerarem obrigações orçamentais

• Receita total corresponde à receita efetiva adicionada da receita resultante de ativos


e passivos financeiros orçamentais e do saldo da gerência anterior expurgado da
componente de operações de tesouraria

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Dotação inicial é a quantia escriturada em cada rubrica de despesa no orçamento


inicialmente aprovado pela entidade competente para pagamento de compromissos e
obrigações transitadas de períodos contabilísticos anteriores ou assumidos no período
contabilístico corrente; constitui o limite máximo de recursos financeiros alocados por uma
entidade pública a uma dada natureza de despesa, para um dado período contabilístico
• Dotação corrigida é a quantia escriturada em cada rubrica de despesa, no decurso da
execução orçamental, abrangendo a dotação inicial e as modificações entretanto ocorridas
• Dotação disponível de despesa é a quantia que, em cada momento, se encontra liberta para
iniciar novos processos de despesa, designadamente para cabimentação. Dito de outra
forma, é a dotação corrigida, considerando cativos/descativos, cabimentos e reposições
abatidas aos pagamentos

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CONCEITOS

• Previsão inicial de receita é a quantia escriturada em cada rubrica de


receita no orçamento inicialmente aprovado pelo órgão competente;
constitui os recursos a obter por uma entidade pública relativamente a uma
dada natureza de receita, para um dado período contabilístico

• Previsão corrigida de receita é a quantia inscrita em cada rubrica de


receita no decurso da execução orçamental, abrangendo a previsão inicial e
as modificações entretanto ocorridas

• Operações de tesouraria são as que geram influxos ou exfluxos de caixa


(movimentam a tesouraria) mas não representam operações de execução
orçamental (são extra-orçamentais)

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Reposição aplica-se nas circunstâncias em que ocorra, por parte de uma entidade pública,
um pagamento a uma pessoa singular ou coletiva efetuado indevidamente ou por um valor
que se revele excessivo; nestes casos, aquela entidade deverá proceder ao pedido de
reposição do valor pago indevidamente ou em excesso através da emissão de uma nota de
débito
• Após a emissão da nota de débito duas situações podem ocorrer:
• A pessoa singular ou coletiva procede à devolução do respetivo valor no mesmo
período contabilístico em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em excesso) por
parte da entidade pública, então a devolução designa-se “reposição abatida aos
pagamentos” (RAP) sendo contabilizada como correção à despesa paga;
• A pessoa singular ou coletiva procede à devolução do respetivo valor num período
contabilístico posterior àquele em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em
excesso) por parte da entidade pública, caso em que a devolução se designa “reposição
não abatida aos pagamentos” (RNAP), sendo contabilizada como receita cobrada
associando-se às contas da classe zero aplicáveis o código 15-Reposições não abatidas
aos pagamentos

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL:
CONCEITOS

• Saldo corrente corresponde à diferença entre receitas correntes e despesas


correntes
• Saldo de capital corresponde à diferença entre receitas de capital e despesas de
capital
• Saldo de gerência corresponde ao saldo de caixa apurado à data de relato; este
saldo decompõe-se em saldo de operações orçamentais e saldo de operações de
tesouraria; para efeitos de inscrição e disponibilização do saldo de operações
orçamentais, deve ser associado às contas da classe zero aplicáveis o código 16-Saldo
orçamental da gerência anterior
• Saldo global corresponde à diferença entre receita efetiva e despesa efetiva
• Saldo primário corresponde à diferença entre a receita efetiva e a despesa efetiva
deduzida dos juros

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

• Os montantes de dotações e previsões são reconhecidos após a aprovação do


orçamento e na data de início do período a que o mesmo se refere; em caso de não
aprovação do orçamento, deverá recorrer -se aos valores que decorrem dos normativos
legais vigentes (§19)

• Os lançamentos nas contas orçamentais são feitos ao custo, sendo as verbas sempre
registadas pelo valor nominal (§20)

BASE DE CAIXA MODIFICADA

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL
PLANO DE CONTAS DA CONTABILIDADE
ORÇAMENTAL – CLASSE 0

• Digrafia

• Usado com os classificadores orçamentais, nomeadamente a classificação


económica das despesas e receitas públicas

• Permite registar:

✓ A elaboração do orçamento e as alterações – GESTÃO DO ORÇAMENTO

✓ A execução

✓ O encerramento da contabilidade orçamental

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

RECEITAS PÚBLICAS

CONCEITO PRECEITOS LEGAIS (LEO – Lei 151/2015 – art.º 52º)


“Qualquer recurso, em princípio • Têm de ser legais (correta inscrição e
uma soma de numerário, obtido classificação orçamental).
durante um determinado • Só podem ser liquidadas (determinação do
período, em benefício de um montante a cobrar pelo Estado) e cobradas
sujeito público, orientado para a (entrada nos cofres do Estado) se estiverem
satisfação das despesas públicas previstas no orçamento na adequada
que estão a seu cargo.”. classificação, podendo exceder o montante
(In Dicionário Jurídico da Administração Pública)
previsto.

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

DESPESAS PÚBLICAS
PRECEITOS LEGAIS (LEO – Lei 151/2015 – art.º 52º)
CONCEITO
• Têm de ser legais
Dispêndio de bens e serviços ✓Conformidade legal – facto gerador de obrigação
(afectação de recursos) por deve respeitar as normas legais aplicáveis
✓Regularidade financeira – inscrição orçamental
parte dos entes públicos
(programa, serviço ou entidade), correspondente
(sujeito), para criarem ou cabimento e adequada classificação
adquirirem bens, ou prestarem ✓Economia, eficiência e eficácia – máximo rendimento;
serviços, susceptíveis de mínimo de dispêndio; utilidade e prioridade da
despesa; acréscimo de produtividade daí decorrente
satisfazer necessidades públicas
• NÃO podem exceder o montante previstas no orçamento
(finalidade); concretizam a – modificações orçamentais
finalidade da atividade • Compromisso e programação de pagamentos
financeira do Estado. assegurados pelo orçamento de tesouraria – FUNDOS
DISPONÍVEIS 17
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

Classificações Orçamentais das Despesas e das Receitas

Resposta ao princípio orçamental da especificação (o orçamento discrimina


suficientemente todas as despesas e receitas nele previstas – LEO)

Receitas Despesas

Classificações: Classificações:
➢ Económica ➢ Económica
➢ Fontes de financiamento ➢ Funcional
➢ Fontes de financiamento
➢ Administrativa/orgânica
➢ Programática
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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

Classificação Económica (DL 26/2002, 14/2)

✓ Pretende munir a contabilidade pública de indicadores económicos comparáveis e


susceptíveis de serem traduzidos à escala supranacional
✓ É aplicável “aos serviços integrados do Estado, aos Serviços e Fundos Autónomos,
à Segurança Social e à Administração Regional e Local”
✓ Objetivo – adopção de um Sistema Nacional de Contas que permita:
− Informatização dos dados
− Comparação estatística dos dados MAS…
− Maior celeridade na preparação do OE
Devia ter sido
− Agrupar despesas substituído pelo
Plano de Contas
− Analisar economicidade dos gastos públicos Multidimensional

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NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

Estrutura da Classificação Económica

Despesas Receitas
• Correntes • Correntes
• Capital • Capital
• Outras • Outras

➢ Agrupamento ➢ Capítulo
➢ Subagrupamento ➢ Grupo
➢ Rubrica ➢ Artigo
➢ Alínea ➢ Subartigo
➢ Subalínea
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Receitas

➢Receitas Correntes – incidem sobre o património não duradouro e provêm de


ganhos do período orçamental (quer aumentos nos ativos financeiros – ex.º
juros, quer reduções no património não duradouro – ex.º vendas de bens) e
esgotam-se no período de 1 ano; são aquelas que, regra geral, se renovam em
todos os períodos financeiros

➢Receitas de Capital – alteram o património duradouro da entidade (Estado); são


receitas cobradas ocasionalmente, isto é, que se revestem de carácter
transitório e que, regra geral, estão associadas a uma diminuição do património
duradouro ou aumento dos ativos e passivos de médio/longo prazos (ex.ºs
venda de imóveis, empréstimo a longo prazo,...)
➢ “Operações extra-orçamentais”: Engloba as operações que não são
consideradas receita orçamental, mas com expressão na tesouraria, como por
exemplo a Retenção de receitas do Estado cauções e garantias de
fornecedores)

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Despesas

➢ Despesas Correntes – são as que revelam carácter permanente e que


afetam o património não duradouro da entidade, determinando a
redução dos ativos líquidos; são todas as despesas com bens e serviços
de consumo corrente, objeto de uso final, incluindo juros e atribuição de
subsídios para utilização imediata (ex.º despesas com pessoal)

➢ Despesas de Capital – são todas aquelas que alteram o património


duradouro do Estado, traduzindo assim o seu enriquecimento e
contribuindo para a formação do capital fixo e para o bem estar coletivo
(ex.º investimentos)

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A especificação de receitas e despesas
é feita através do Classificador Económico
Exemplo de Receitas Correntes

Capítulo Grupo Artigo designação

01 impostos Diretos

01 Sobre o Rendimento
01 Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS)

02 Imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas (IRC)

02 Outros:

01 Impostos sobre as sucessões e doações

02 Contribuição Autárquica - IMI


(...)
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Classificador Económico

Receitas: níveis desagregação: Capítulo/ Grupo/ Artigo

Receitas correntes» agrupam-se em 8 capítulos:


1) 01 Impostos diretos
2) 02 Impostos indiretos
3) 03 Contribuições para a segurança social, CGA, ADSE
4) 04 Taxas, multas e outras penalidades
5) 05 Rendimentos de propriedade
6) 06 Transferências correntes
7) 07 Venda de bens e serviços correntes
8) 08 Outras receitas a receber
Receitas de capital» compreende 5 capítulos:
9) 09 Venda de bens de investimento
10) 10 Transferências de capital
11) 11 Ativos financeiros
12) 12 Passivos financeiros
13) 13 Outras receitas de capital

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Classificador Económico

Receitas correntes

➢ 01 – Impostos diretos: inclui impostos sobre o rendimento (IRS, IRC) assim como os
impostos municipais (IMI, IMT, …

➢ 02 – Impostos indiretos: Engloba receitas que recaem sobre o sector produtivo, incidindo
sobre a venda, a compra produção,.. de bens e serviços (lotarias, IVA, IA, Imposto de selo)

➢ 03 Contribuições para a segurança social, a Caixa Geral de Aposentações e a ADSE

➢ 04 - Taxas, multas e outras penalidades: incluem-se pagamentos dos particulares em


contrapartida da emissão de licenças e prestação de serviços

➢ 05 – Rendimentos da propriedade: Abrange receitas provenientes do rendimento de ativos


financeiros e rendas de ativos não produtivos, nomeadamente terrenos

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Classificador Económico

Receitas correntes

➢ 06 – Transferências correntes: Recursos financeiros auferidos sem qualquer contrapartida


destinados ao financiamento de despesas correntes ou sem afectação predefinida.

➢ 07 – Venda de bens e serviços correntes

➢ 08 – Outras receitas correntes: caráter residual

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Classificador Económico

Receitas de capital
➢ 09 – Venda de bens de investimento: receitas de rendimentos provenientes da alienação, a
título oneroso, de bens de capital que tenham sido contabilizados como investimento (i.e.
terrenos, habitações, edifícios, outros bens)

➢ 10 – Transferências de capital: Recursos financeiros auferidos sem qualquer


contrapartida, destinados ao financiamento de despesas de capital

➢ 11 – Ativos financeiros: Receitas provenientes da venda e amortização de títulos de crédito


(obrigações, ações ou outras formas de participação), assim como resultantes de reembolsos…

➢ 12 – Passivos financeiros: Consideram-se as receitas vindas da emissão de obrigações e de


empréstimos contraídos a C/M/ e L/ prazos
➢ 13 – Outras receitas de capital: Residual

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Classificador Económico

Despesas
desagregação em três níveis
Agrupamento /Subagrupamento / Rubrica

Os agrupamentos económicos constituem a estrutura do esquema

classificativo susceptível de congregar os elementos integrados da expressão

orçamental sintética

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Exemplo
Classificador Económico
Códigos Agrupamentos

01.00.00 Despesas com Pessoal

02.00.00 aquisição de Bens e Serviços

03.00.00 Juros e outros encargos

04.00.00 Transferências Correntes

05.00.00 Subsídios

06.00.00 Outras despesas correntes

07.00.00 Aquisição de Bens de Capital

08.00.00 Transferências de Capital

09.00.00 Ativos Financeiros


10.00.00 Passivos Financeiros

11.00.00 Outras despesas de Capital

12.00.00 Operações Extra-orçamentais 29


Classificador Económico

Despesas correntes

➢ 01 – Despesas com o pessoal: toda a espécie de remunerações principais,


de abonos acessórios, e despesas com segurança social dos funcionários

➢ 02 – Aquisições de bens e serviços: Neste agrupamento incluem-se as despesas


quer com bens de consumo (duráveis ou não, sem natureza de capital) quer com
a aquisição de serviços

➢ 03 – Juros e outros encargos: Juro designa o montante que o devedor tem a


responsabilidade de pagar ao credor ao longo e um período pela utilização de um
montante de capital. Nesta rubrica cabem as despesas relativas a juros da
contratação de empréstimos bancários,
empréstimos por obrigações, locação financeira …

➢ 04 – Transferências correntes: Contabilizadas as importâncias a entregar a


organismos ou entidades para financiar despesas correntes (sem contraprestação
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dos beneficiários).
Classificador Económico

Despesas correntes

➢ 05 – Subsídios: Estes embora sejam transferências correntes têm características especiais.


Fluxos não reembolsáveis do Estado para as empresas públicas e privadas destinadas ao seu
equilíbrio financeiro e à garantia de níveis de preços inferiores aos custos de produção

➢ 06 – Outras despesas correntes: função residual

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Classificador Económico

Despesas de capital

➢ 07 Aquisição de bens de capital: Este agrupamento tem três subagrupamentos:


Investimentos; Locação financeira; Bens do domínio público

➢ 08 – Transferência de capital: Englobam as verbas destinadas a financiar despesas de


capital das unidades recebedoras

➢ 09 – Ativos financeiros: Contabilizam-se as operações financeiras de aquisição de


títulos de crédito (obrigações, acções, …) e de concessão de empréstimos e
adiantamentos ou subsídios reembolsáveis

➢ 10 – Passivos financeiros: Operações financeiras, que englobam amortização


empréstimos, regularização de adiantamentos ou subsídios …

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D.L. 26/2002 Receitas de Capital
Classificador Económico - Receitas
CAPÍT DESIGNAÇÃO
ULOS
Receitas Correntes
09 Venda de bens de
CAPÍ DESIGNAÇÃO investimento
TUL 10 Transferências de capital
OS
11 Ativos financeiros
01 Impostos diretos
02 Impostos indiretos 12 Passivos financeiros

03 Contribuições Segurança Social, 13 Outras receitas de capital


CGA e ADSE
04 Taxas, multas e outras Outras Receitas
penalidades
CAP DESIGNAÇÃO
05 Rendimentos da propriedade
14 Recursos próprios da
06 Transferências correntes comunidade
07 Venda de bens e serviços 15 Reposições não abatidas nos
correntes pagamentos
08 Outras receitas correntes
16 Saldo da gerência anterior

17 Operações extra-orçamentais 33
D.L. 26/2002 Despesas de Capital
Classificador Económico – Despesas
AGRUPA DESIGNAÇÃO
MENTO
Despesas Correntes
07 Aquisição de bens de
capital

AGRU DESIGNAÇÃO 08 Transferências de capital


PAMEN
TO 09 Ativos financeiros
01 Despesas com pessoal 10 Passivos financeiros
11 Outras despesas capital
02 Aquisição de bens e serviços

03 Juros e outros encargos Outras Despesas

04 Transferências correntes AGR DESIGNAÇÃO

05 Subsídios
12 Operações extra-
06 Outras despesas correntes
orçamentais

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Classificadores orçamentais

RECEITA DESPESA
Rubrica Designação Rubrica Designação
Receita corrente Despesa corrente
R1 Receita fiscal D1 Despesas com o pessoal
R11 Impostos diretos D11 Remunerações certas e permanentes
R12 Impostos indiretos D12 Abonos variáveis ou eventuais
Contribuições para sistemas de proteção social e
R2 D13 Segurança social
subsistemas de saúde
R3 Taxas, multas e outras penalidades D2 Aquisição de bens e serviços
R4 Rendimentos de propriedade D3 Juros e outros encargos
R5 Transferências Correntes D4 Transferências correntes
R51 Administrações Públicas D41 Administrações Públicas
R511 Administração Central - Estado D411 Administração Central - Estado
R512 Administração Central - Outras entidades D412 Administração Central - Outras entidades
R513 Segurança Social D413 Segurança Social
R514 Administração Regional D414 Administração Regional
R515 Administração Local D415 Administração Local
R52 Exterior - UE D42 Instituições sem fins lucrativos
R53 Outras D43 Famílias
R6 Venda de bens e serviços D44 Outras
R7 Outras receitas correntes D5 Subsídios
D6 Outras despesas correntes
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Classificadores orçamentais

RECEITA DESPESA
Rubrica Designação Rubrica Designação
Receita de capital Despesa de capital
R8 Venda de bens de investimento D7 Investimento
R9 Transferências de Capital D8 Transferências de capital
R91 Administrações Públicas D81 Administrações Públicas
R911 Administração Central - Estado D811 Administração Central - Estado
R912 Administração Central - Outras entidades D812 Administração Central - Outras entidades
R913 Segurança Social D813 Segurança Social
R914 Administração Regional D814 Administração Regional
R915 Administração Local D815 Administração Local
R92 Exterior - UE D82 Instituições sem fins lucrativos
R93 Outras D83 Famílias
R10 Outras receitas de capital D84 Outras
R11 Reposição não abatidas aos pagamentos D9 Outras despesas de capital
R12 Receita com ativos financeiros D10 Despesa com ativos financeiros
R13 Receita com passivos financeiros D11 Despesa com passivos financeiros

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Utilização da classificações económicas - RECEITA

Operações extra-orçamentais Recebimentos por operações de tesouraria da Demonstração do desempenho orçamental

37
Utilização da classificações económicas - DESPESA

38
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

RECEITA DO PERÍODO CORRENTE

39
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

DESPESA DO PERÍODO CORRENTE

40
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

RECEITA E DESPESA DE PERÍODOS


FUTUROS

41
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

OPERAÇÕES DE TESOURARIA

42
NCP 26 – CONTABILIDADE E RELATO ORÇAMENTAL

ENCERRAMENTO E CONTAS DE ORDEM

43
CICLO ORÇAMENTAL

(1) Aprovação do Orçamento

(4) Encerramento da Contabilidade (2) Alterações orçamentais


Orçamental (despesa/receita)

(3) Execução Orçamental


(despesa/receita)
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO:
• Receita – liquidações e
recebimentos

• Despesa – cabimentos,
compromissos, obrigações e
pagamentos

45
Princípios de Execução da receita- LEO (Lei
151/2015)

Artigo 52.º - Princípios gerais de receita e de despesa


1 — Nenhuma receita pode ser liquidada ou cobrada
sem que, cumulativamente:
a) Seja legal;
b) Tenha sido objeto de correta inscrição orçamental;
c) Esteja classificada.
2 — A liquidação e a cobrança de receita podem ser efetuadas para além dos valores
previstos na respetiva inscrição orçamental.
6 — As operações de execução do orçamento das receitas e das despesas obedecem
ao princípio da segregação das funções de liquidação e de cobrança, quanto às
primeiras, e de autorização da despesa e do respetivo pagamento, quanto às
segundas.

46
Ciclo da Execução orçamental da Receita

Liquidação
•Equipara-se à faturação

Recebimento
•Emissão de recibo
47
EXECUÇÃO DA DESPESA – CICLO DA DESPESA

48
Princípios de Execução da despesa – LEO (Lei
151/2015)

3 — Nenhuma despesa pode ser autorizada sem que, cumulativamente:


a) O facto gerador da obrigação respeite as normas legais aplicáveis;
b) Disponha de inscrição orçamental no programa e no serviço ou na entidade, tenha
cabimento e identifique se os pagamentos se esgotam no ano ou em anos futuros no
período previsto para o programa;
c) Satisfaça os requisitos de economia, eficiência e eficácia.

4 — Nenhuma despesa pode ser paga sem que o compromisso e a respetiva


programação de pagamentos previstos sejam assegurados pelo orçamento de
tesouraria da entidade.

49
Princípios de Execução da despesa – LEO (Lei
151/2015)

6 — As operações de execução do orçamento das receitas e das despesas obedecem


ao princípio da segregação das funções de liquidação e de cobrança, quanto às
primeiras, e de autorização da despesa e do respetivo pagamento, quanto às
segundas.

7 — A segregação de funções a que se refere o número anterior pode estabelecer -


se entre diferentes serviços ou entre diferentes agentes do mesmo serviço.

50
DEMONSTRAÇÕES
ORÇAMENTAIS

51
FINALIDADE
• Representação estruturada da execução e desempenho orçamental de uma
entidade
• Objetivos das demonstrações orçamentais (DOs) de finalidades gerais:
✓ Proporcionar informação acerca do orçamento inicial, das alterações orçamentais,
da execução das despesas e das receitas orçamentadas, dos pagamentos e
recebimentos e do desempenho orçamental (§40)
✓ Informação que indique se os recursos foram obtidos e usados de acordo com o
orçamento legalmente adotado e com requisitos legais e contratuais (incluindo
limites financeiros estabelecidos pelas autoridades legislativas competentes)
✓ Informação das DOs é pouco provável que seja suficiente para cumprir todos os
objetivos (e.g. responsabilidade de prestar contas sobre o cumprimento do
serviço, bem como pela concretização dos objetivos financeiros) – informação
suplementar, incluindo informação não financeira, em simultâneo com DOs
52
RESPONSABILIDADE

• Uma dada entidade pode distinguir entre quem é responsável pela elaboração
das demonstrações orçamentais e quem é responsável pela sua aprovação ou
apresentação. São exemplos de pessoas ou de cargos que podem ser
responsáveis pela preparação das demonstrações orçamentais de entidades
individuais (tais como direções-gerais, institutos públicos ou suas equivalentes),
o indivíduo que preside à entidade (o diretor-geral ou o presidente) (§44)

• A preparação das demonstrações orçamentais consolidadas do Estado é


geralmente uma responsabilidade do Ministério das Finanças (§45)

53
RESPONSABILIDADE- INSTRUÇÃO 1/2019 DO TC

54
RESPONSABILIDADE- INSTRUÇÃO 1/2019 DO TC

55
RESPONSABILIDADE- INSTRUÇÃO 1/2019 DO TC

56
RESPONSABILIDADE- INSTRUÇÃO 1/2019 DO TC

57
CONJUNTO COMPLETO DE DOS
CONTAS INDIVIDUAIS
➢ Demonstrações previsionais:
1. O orçamento, enquadrado num plano orçamental plurianual
2. O plano plurianual de investimentos
➢ Demonstrações de relato:
1. Uma demonstração do desempenho orçamental
2. Uma demonstração de execução orçamental da receita
3. Uma demonstração de execução orçamental da despesa
4. Uma demonstração da execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI)
5. O anexo às demonstrações orçamentais

CONTAS CONSOLIDADAS
1. Uma demonstração consolidada do desempenho orçamental
2. Uma demonstração consolidada de direitos e obrigações por natureza

58
ANEXO ÀS DOS
1. Alterações orçamentais da receita
2. Alterações orçamentais da despesa
3. Alterações ao plano plurianual de investimentos
4. Operações de tesouraria
5. Contratação administrativa:
5.1 Situação dos contratos
5.2 Adjudicações por tipo de procedimento
6. Transferências e subsídios (correntes e de capital)
6.1 Transferências e subsídios – despesa
6.2 Transferências e subsídios – receita
7. Outras divulgações
59
DEMONSTRAÇÕES
ORÇAMENTAIS
PREVISIONAIS

60
DOCUMENTOS PREVISIONAIS (1)
1) Orçamento
1.1) Receita
DOCUMENTOS PREVISIONAIS (2)
1) Orçamento
1.2) Despesa
DOCUMENTOS PREVISIONAIS (3)
2) Plano plurianual de investimentos
Informação para cada projeto de investimento, considerando -se para o
efeito a seguinte definição:
➢ Projeto de investimento — conjunto de ações inter-relacionadas,
delimitadas no tempo, com vista à concretização de um objetivo que
contribua para a formação bruta de capital fixo.
➢ O número atribuído a cada projeto é sequencial em cada ano e
acompanha o projeto até à sua conclusão.
➢ As rubricas orçamentais devem ser as constantes do orçamento.
➢ Formas de realização — utilizar os códigos: (A) para administração direta;
(E) para empreitadas; (O) para fornecimentos e outras.
➢ Fontes de financiamento: (RP) receitas próprias, (RG) receitas gerais, (UE)
financiamento da UE e (EMPR) contração de empréstimos.
➢ Fase de execução — utilizar os códigos: 0 — não iniciada; 1 — com projeto
técnico; 2 — adjudicada; 3- execução física até 25%; 4 — execução física
até 50%; 5 — execução física até 75%; 6 — execução física superior a 75%.
DOCUMENTOS PREVISIONAIS (4)
2) Plano plurianual de investimentos
DEMONSTRAÇÕES
ORÇAMENTAIS
DE RELATO

65
DEMOSTRAÇÃO DE DESEMPENHO ORÇAMENTAL

66
DEMOSTRAÇÃO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL RECEITA

67
DEMOSTRAÇÃO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DESPESA

68
DEMOSTRAÇÃO DE EXECUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS

69
ANEXOS DEMONSTRAÇÕES ORÇAMENTAIS (DOs)
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O POCP E O SNC-AP

SNC-AP (NCP 26) POCP


- 8.3 Notas sobre o processo orçamental e respetiva execução
- Alterações orçamentais da receita - 8.3.1.1 Alterações orçamentais 1:receita
- Alterações orçamentais da despesa - 8.3.1.2 Alterações orçamentais 2: despesa
- Alterações ao plano plurianual de - 8.3.2 Modificações ao Plano Plurianual de investimentos
investimentos - 8.3.3. Contratação administrativa
- Operações de tesouraria • 1. Situação dos contratos
- Contratação administrativa: - 8.3.4. Transferências e subsídios:
• Situação dos contratos • 1. Transferências correntes – despesa
Anexo às
• Adjudicações por tipo de • 2. Transferências de capital – despesa
demonstrações
procedimento • 3. Subsídios concedidos
orçamentais
- ---------------------- • 4. Transferências correntes – receita
- Transferências e subsídios: • 5. Transferências de capital – receita
• Transferências e subsídios • 6. Subsídios obtidos
concedidos - 8.3.5. Aplicações em ativos de rendimento fixo e variável
- 8.3.6 Endividamento
• Transferências e subsídios
recebidos
Não faz parte do anexo
- 7.6- Operações de tesouraria
- Outras divulgações
70
ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS À RECEITA

71
ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS À DESPESA

72
ALTERAÇÕES AO PPI

73
OPERAÇÕES DE TESOURARIA

74
CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA

SITUÇÃO DOS CONTRATOS

ADJUDICAÇÃO POR TIPO DE PROCEDIMENTO

75
TRANSFERÊNCIAS E SUBSÍDIOS

CONCEDIDOS
RECEBIDOS

76
Obrigado pela Vossa atenção!
ssilva@ipca.pt

77

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