Você está na página 1de 24

Resumos de Contabilidade

Rita Oliveira – 2023/2024

Noção e Objeto de Contabilidade


A Contabilidade tem como objetivo quantificar as operaçoes das unidades
economicas, estabelecendo princípios e criterios para classificar eventos
relacionados a essas entidades.

É uma tecnica que analisa, descreve e registra eventos patrimoniais,


fornecendo dados para a tomada de decisoes.

A Contabilidade e definida como a ciencia dos processos descritivo-


quantitativos usados na analise, registro, interpretaçao e controle dos fatos
de gestao.

Expressão
Mensuração Situações
Divulgação
Património
Fenómenos
Análise

1
Definições Básicas:
Ativo: recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos
passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios economicos
futuros.
Passivo: obrigaçao presente de uma entidade proveniente de
acontecimentos passados, da liquidaçao da qual se espera que resulte um
efluxo de recursos da entidade incorporando benefícios economicos.
o Correntes e Não correntes:
• Correntes/ circulares: correspondem aos elementos que,
tendencialmente, permanecem por períodos curtos (1 ano) no
patrimonio.
• Nao correntes/ fixos: sao os que, tendencialmente, permanecem
por períodos longos.

Capital Próprio: interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzir


todos os seus passivos.
Lucro: e comumente usado para avaliar o desempenho e e a base para
metricas como retorno do investimento.
Rendimentos: representam aumentos nos benefícios economicos, enquanto
gastos representam diminuiçoes.

Ativo Passivo Valor Património

Situação Líquida Capital Próprio Valor Património

Passivo Capital Próprio Ativo

2
Património:
• um conjunto de bens, direitos e obrigaçoes gerido por uma dada
organizaçao, para a prossecuçao da sua missao e objetivos;
• um conjunto de valores utilizados pela unidade economica no exercício
da atividade; (tanto as dívidas a receber como as dívidas a pagar, sao
consideradas valores integrantes do patrimonio)
• conjunto de valores sujeitos a uma gestao e afetos a determinado fim.

Inventário: Lista dos elementos patrimoniais com a indicaçao do seu valor.


Proceder a inventario consiste, em analisar os elementos de um dado
patrimonio, descreve-los e atribuir-lhes um valor.

Balanço: Mapa da situaçao patrimonial da empresa num determinado


momento.
Para que o balanço esteja equilibrado, o total de ativos deve ser igual ao total
de passivos mais o patrimonio líquido.

Ativos Passivos Património Líquido

Património Líquido Ativos Passivos


3
Demonstrações Financeiras
As demonstraçoes financeiras sao elementos cruciais no relato financeiro e
normalmente incluem um balanço, demonstraçao de resultados,
demonstraçao de alteraçoes na posiçao financeira e demonstraçao de fluxos
de caixa, juntamente com notas explicativas.
Tem como objetivo fornecer informaçoes sobre a saude financeira de uma
entidade e sao uteis para investidores, empregados, credores, clientes,
governo e o publico.

o Reconhecimento dos elementos das demonstraçoes financeiras:


• Processo de incorporar no balanço e na demonstraçao dos resultados
um item que satisfaça a definiçao de um elemento e os criterios de
reconhecimento relativos
• A probabilidade associada a futuros benefícios economicos
(influxos/efluxos)
• Fiabilidade no ambito da mensuraçao.

o Um item que satisfaça a definiçao de uma classe deve ser


reconhecido se:
a. for provavel que qualquer benefício economico futuro associado com o
item flua para ou da empresa;
b. o item tiver um custo ou um valor que possa ser mensurado com
fiabilidade

o Mensuraçao dos elementos das demonstraçoes financeiras:


• e o processo de determinar as quantias monetarias pelas quais os
elementos das demonstraçoes financeiras devam ser reconhecidos e
inscritos no balanço e na demonstraçao dos resultados.
• A base de mensuraçao geralmente adotada pelas entidades ao preparar
as suas demonstraçoes financeiras e o custo historico. O custo historico
e geralmente combinado com outras bases de mensuraçao (e.g.
inventarios).

4
Estrutura Conceptual
A ÉC estabelece conceitos que estao subjacentes a preparaçao e apresentaçao
das demonstraçoes financeiras para utentes externos, seja pelas entidades
que preparam um conjunto completo de demonstraçoes financeiras, seja
pelas pequenas entidades.

o Finalidade
• Ajudar os preparadores das demonstraçoes financeiras na aplicaçao
das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e no
tratamento de topicos ainda nao abrangidos pelas NCRF;
• Ajudar os utentes na interpretaçao da informaçao contida nas
demonstraçoes financeiras; entre outros aspetos.
A ÉC nao e uma Norma Contabilística e de Relato Financeiro e, por isso, nao
define normas para qualquer mensuraçao particular ou tema de divulgaçao.
Os requisitos das NCRF prevalecem em relaçao a ÉC.

o Ambito
A ÉC trata:
• do objetivo das demonstraçoes financeiras;
• das características qualitativas que determinam a utilidade da
informaçao contida nas demonstraçoes financeiras;
• da definiçao, mensuraçao e reconhecimento dos elementos a partir dos
quais se constroem as demonstraçoes financeiras;
• dos conceitos de capital e de manutençao de capital.

o Pressupostos Subjacentes
Sao o regime de acrescimo (periodizaçao economica) e características
qualitativas das demonstraçoes financeiras.
As quatro principais características qualitativas sao:
• compreensibilidade;
• relevancia;
• fiabilidade
• comparabilidade.

5
Métodos de Registo Contabilístico
Metodo digrafico ou das partidas dobradas.
Segundo este metodo, cada debito registado numa conta origina um credito
registado noutra conta ou noutras contas e vice-versa.
Isto e: cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais contas,
de modo a que o total dos valores registados a debito corresponda ao total dos
valores registados a credito.

o Debitar uma conta consiste em:


• Inscrever uma certa quantia a debito.
• Creditar uma conta consiste em efetuar o registo de um valor a
credito.
O Saldo resulta da diferença entre os valores registados a debito e os valores
registados a credito numa conta.

o Regras do registo contabilístico:

6
As contas do Activo debitam-se pela extensao/saldo inicial e pelos aumentos
e creditam-se pelas diminuiçoes.

As contas do Passivo creditam-se pela extensao/saldo inicial e pelos


aumentos e debitam-se pelas diminuiçoes.

As contas do Capital Proprio creditam-se pelo saldo inicial e pelos aumentos


e debitam-se pelo saldo inicial e pelas diminuiçoes.

As contas de resultados debitam-se pelos gastos e perdas e creditam-se pelos


rendimentos e ganhos.

7
o Documentos, Lançamentos e Éscrituraçao Comercial
O suporte de todo o processo contabilístico sao os documentos referentes as
operaçoes realizadas pelas empresas/entidades.
Éstas operaçoes decorrem, por exemplo, das transaçoes realizadas durante a
atividade operacional (e.g. compra e venda de mercadoria, consumos
diversos, processamento das remuneraçoes).
Assim, a escrituraçao comercial consiste nos atos de registo das operaçoes no
conjunto de livros que evidenciam a evoluçao patrimonial de uma empresa.
Os livros de contabilidade (obrigatorios e facultativos) decorrem do disposto
no artigo 31.º do Codigo Comercial.
Ate 30 de Junho de 2006, eram constituídos como obrigatorios os livros de:
• Inventario e Balanços;
• Diario;
• Razao;
• Copiador;
• Livros de Atas.
A partir dessa data, apenas o livro de atas e obrigatorio para as sociedades.
Lançamento ou assento consiste na notaçao de qualquer facto patrimonial nos
livros onde se registam as operaçoes e e suportado pelos respetivos
documentos que as comprovam (e.g. Fatura, Fatura-Recibo, Nota de Debito,
Nota de Credito, Nota de Lançamento).
▪ O lançamento compoe-se dos seguintes elementos:
a. Data;
b. Título ou cabeçalho, que decorre da indicaçao da(s) conta(s) a debitar
e da(s) conta(s) a creditar;
c. Descriçao ou historico, que e a explicaçao sucinta do facto patrimonial
em causa;
d. Montante ou valor, que e a expressao monetaria das variaçoes
provocadas nas contas.
Ém regra, no Diario encontram-se todos estes elementos.

8
o Processo contabilístico conducente a elaboraçao das
Demonstraçoes Financeiras

Os factos patrimoniais sao registados, por ordem cronologica, no Diario; e


posteriormente, por ordem de contas, no Razao.
Neste ultimo livro, as operaçoes sao ordenadas com base nos registos
realizados, a debito e a credito, em cada uma das contas movimentadas.
Por fim, o Balancete resume os movimentos evidenciados no Razao.
Trata-se de um quadro/dispositivo que permite verificar a igualdade entre os
registos efetuados a debito e os registos efetuados a credito para todas as
contas e onde consta o total/soma dos registos realizados a debito e a credito,
em cada conta movimentada, e respetivos saldos (devedores, credores ou
nulos).

A lei fiscal estipula para certas entidades (e.g. sociedades comerciais,


cooperativas, empresas publicas, entre outras) a obrigatoriedade de dispor de
contabilidade organizada, o que pressupoe que:
• todos os lançamentos sejam realizados com base em documentos
justificativos
• as operaçoes sejam registadas cronologicamente devendo quaisquer
erros ser objeto de regularizaçao contabilística logo que sejam
descobertos.
A partir do Balancete elaboram-se as Demonstraçoes Financeiras (e.g.
Balanço, Demonstraçao dos Resultados, Demonstraçao dos Fluxos de Caixa,
notas e material explicativo/mapas e informaçao suplementar/anex

9
Apuramento do Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA)

O IVA e um imposto indireto que incide sobre o consumo de bens e serviços.


É um imposto plurifasico, aplicado em todas as etapas do ciclo economico,
independentemente da sua extensao (produçao e/ou distribuiçao).
Todos os participantes economicos sao responsaveis por calcular e entregar
ao Éstado a parte do imposto total correspondente a eles, com base na
diferença entre o imposto cobrado e o imposto pago em compras de bens e
serviços dedutíveis (e, portanto, dedutível).

o 243 - Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)


Ésta conta destina-se a registar as situaçoes decorrentes da aplicaçao do
Codigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
• 2431- IVA Suportado
• 2432 – IVA Dedutível
• 2433 – IVA Liquidado
• 2434 – IVA Regularizaçoes
• 2435 – IVA Apuramento
• 2436 – IVA A Pagar
• 2437 – IVA A Recuperar
• 2438 – IVA Reembolsos pedidos
• 2439 – IVA Liquidaçoes oficiosas

10
o Ésquema geral de Apuramento do IVA

a.

b.

11
A subconta 2435 - IVA Apuramento destina-se a centralizar as operaçoes
registadas nas subcontas 2432, 2433, 2434 e 2437.
Aquando do apuramento do IVA (mes ou trimestre), e numa primeira fase, vai
ser debitada pelos saldos devedores das subcontas 2432 e 24341 e vai ser
creditada pelos saldos credores das subcontas 2433 e 24342.
Sera tambem debitada pelo saldo devedor da subconta 2437, relativamente
ao montante de credito do imposto reportado no período de apuramento
anterior e relativamente ao qual nao exista nenhum pedido de reembolso.
Posteriormente, se apresentar um saldo credor, este sera transferido para a
subconta 2436 - IVA A Pagar (refletindo um debito perante o Éstado).
Se apresentar um saldo devedor, o mesmo sera transferido para a subconta
2437 - IVA A Recuperar (refletindo um credito perante o Éstado).
Se a empresa solicitar o reembolso desse credito sobre o Éstado, efetuara a
transferencia do saldo devedor da subconta 2437 - IVA A Recuperar para a
subconta 2438- IVA.

12
Investimentos
A Classe 4 – Investimentos - inclui os bens detidos com continuidade e que
nao se destinam a ser vendidos ou transformados no decurso normal das
operaçoes da entidade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em
regime de locaçao financeira.
Éngloba, entre outros:
• os investimentos financeiros (NCRF 13, 15 e 27)
• as propriedades de investimento (NCRF11)
• os ativos fixos tangíveis (NCRF 7)
• os ativos intangíveis (NCRF 6)

o Ativo
É um recurso que a entidade controla devido a acontecimentos passados e que
se espera trazer benefícios economicos no futuro.

o Benefícios economicos
Sao ganhos que vem da compra/aquisiçao desses investimentos devem ser,
no mínimo, maiores que os custos durante um determinado período
financeiro.

o Investimentos financeiros
Participaçoes no capital de outras entidades, que nao tenham como objetivo a
negociaçao no curto prazo.
Caso se trate de, e.g., açoes adquiridas para ser negociadas no curto prazo e
estejam cotadas em bolsa, entao estas sao registadas como instrumentos
financeiros, na subconta 1421.

o Propriedades de investimento
Propriedade, terreno, edifício, ou parte de um edifício, ou ambos, detida para
obter rendas.
Ésta propriedade nao podera ser utilizada na produçao ou fornecimento de
bens ou serviços ou, ainda, para finalidades administrativas, caso contrario,
sera registada nas subcontas de AFT, 431, 432.

13
o Ativos Fixos Tangíveis
Itens tangíveis detidos para uso (durante mais do que um período) na
produçao ou fornecimento de bens e serviços ou para fins administrativos.

o Ativos Intangíveis
Ativos nao monetarios identificaveis e sem substancia física, recursos
intangíveis, tais como conhecimentos científicos ou tecnicos, conceçao e
implementaçao de novos processos ou sistemas, patentes, licenças,
propriedade intelectual, software de computadores.

o Investimentos em curso
Adiantamentos por conta de investimentos, cujo preço esteja previamente
fixado.
Se o adiantamento for relativo a um fornecimento de investimentos, sem
preço fixado, o seu registo e realizado na subconta 2713, Adiantamentos a
fornecedores de investimentos.

o Reconhecimento de Ativos
Um ativo e registrado no Balanço se houver probabilidade de benefícios
economicos futuros e se o custo puder ser medido de forma confiavel.
Se nao for provavel que haja benefícios futuros, o custo e registado como
despesa na Demonstraçao de Resultados.

o Ativos Fixos Tangíveis


O custo do item do ativo fixo tangível compreende:
a. o seu preço de compra, incluindo os direitos de importaçao e os
impostos de compra nao reembolsaveis, apos a deduçao dos descontos
e abatimentos;
b. quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na
localizaçao e condiçao necessarias para o mesmo ser capaz de
funcionar do modo pretendido;
c. a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoçao do item
(e de restauro do local onde este se encontra)

14
Éxemplos dos designados custos diretamente atribuíveis: custos iniciais
de entrega e manuseamento, custos de preparaçao do local, custos de
instalaçao e montagem, etc.

o Depreciaçao e Amortizaçao
Investir em ativos fixos como terrenos, maquinas e predios e crucial para
manter as operaçoes das empresas.
Os benefícios economicos desses investimentos devem ser maiores que os
custos ao longo do tempo.
Para refletir esse custo, chamamos de gasto de depreciaçao/amortizaçao,
reconhecido ao longo dos períodos contabeis.

• Fundamento para reconhecer as depreciaçoes e


amortizaçoes
Ativos nao correntes trazem benefícios ao negocio por varios anos, mas
geralmente nao duram para sempre, com exceçao dos terrenos.
Para refletir isso, os ativos fixos precisam ser "gastos" um pouco a cada ano
(chamamos de depreciaçao ou amortizaçao).
Se nao fizer isso, os lucros da entidade parecerao maiores, mas isso dificultara
a aquisiçao de novos ativos fixos no futuro.

• Determinar o benefício
Na pratica, calcular exatamente quanto um ativo fixo beneficia a entidade a
cada ano nao e uma tarefa simples.
A maioria dos metodos de depreciaçao tende a ser simplista, como o metodo
da linha reta, que divide o custo do ativo uniformemente ao longo de sua vida
util.
Outras abordagens, como soma dos dígitos e saldo decrescente, oferecem
alternativas.
O metodo de calculo adotado deve refletir, da forma mais adequada, o que faz
sentido para cada entidade.

15
Para calcular o gasto de depreciaçao, a ser reconhecido anualmente, e
necessario conhecer:
a. A duraçao provavel/estimada do ativo (i.e. vida util);
b. O valor de venda (estimado) do bem no final da sua vida util (i.e. valor
residual).
O calculo da depreciaçao anual e realizado da seguinte forma (metodo da linha
reta):

O reconhecimento da depreciaçao anual integra o designado trabalho de fim


de exercício
[i.e. conjunto de operaçoes registadas com referencia a 31/12, aquando do
fecho/prestaçao de contas, que se destinam a observar princípios e
pressupostos contabilísticos] e faz-se atraves do seguinte lançamento:
▪ Debito: Gastos de Depreciaçao e Amortizaçao (64: 641, 642 e 643)
▪ Credito: Depreciaçoes acumuladas (428 e 438); Amortizaçoes
acumuladas (448)

Émbora os ativos fixos sejam, regra geral, apresentados no Balanço pelo seu
custo historico (ou custo de origem), alguns desses ativos podem ser
reavaliados (ou revalorizados), periodicamente, ao longo da sua vida util.

Nesse caso, a depreciaçao ira ter em conta o custo reavaliado/revalorizado e


nao o custo de origem (ou custo historico).

Nota: Mesmo que um ativo seja depreciado com base no seu valor
reavaliado/revalorizado, nao ha garantia que o mesmo possa ser substituído
(ou reintegrado) por esse valor. Fenomenos (ou fatores) como a inflaçao ou a
obsolescencia, podem determinar que a substituiçao dos ativos seja feita por
valores bastante superiores aos do custo historico ou, ate mesmo, aos valores
reavaliados/revalorizados.

16
• Regras a observar relativamente as depreciaçoes no ambito
dos ativos fixos tangíveis
A depreciaçao de um ativo começa quando ele esta pronto para ser usado, ou
seja, quando esta no lugar e condiçao certos para operar como pretendido.
O valor depreciavel do ativo e calculado subtraindo seu valor residual e e
distribuído ao longo de sua vida util de maneira sistematica.
Terrenos e edifícios sao contabilizados separadamente, sendo que terrenos,
em geral, nao se depreciam, excetuando alguns casos (e.g. pedreiras e
aterros), os terrenos tem uma vida util ilimitada, pelo que nao sao
depreciados.

O registo da depreciaçao e feito debitando os Gastos de Depreciaçao e


Amortizaçao e creditando as Depreciaçoes Acumuladas:
a. Debito: Gastos de Depreciaçao e Amortizaçao (64: 641, 642 e 643)
b. Credito: Depreciaçoes acumuladas (428 e 438); Amortizaçoes
acumuladas (448)
As demonstraçoes financeiras (balanços e notas) devem incluir informaçoes
como custo historico, depreciaçoes acumuladas* e valor líquido para cada
grupo de ativos.

*Se um ativo estiver registado por um valor superior ao seu valor recuperavel, uma
perda por imparidade deve ser reconhecida.

• Quantia escriturada (QÉ) = Valor de aquisiçao –


Depreciaçoes acumuladas

17
• Quantia escriturada (QÉ) = Valor de aquisiçao –
Depreciaçoes acumuladas
No Balanço ira aparecer a seguinte informaçao:

O gasto da depreciaçao (ou amortizaçao, no caso dos ativos intangíveis) vai


ser reconhecido, anualmente, na Demonstraçao dos Resultados, em conjunto
com os restantes gastos (e perdas).

• O desreconhecimento de ativos nao correntes (ativos fixos


tangíveis)
O desreconhecimento de ativos fixos tangíveis pode ser originado, por
exemplo, pela alienaçao desses elementos ou por algum motivo de natureza
extraordinaria, tal como um sinistro.
Dos referidos acontecimentos pode resultar um ganho ou uma perda,
atendendo, entre outros aspetos, ao acontecimento em si, aos valores relativos
a quantia escriturada dos bens, etc...

▪ Alienaçao:
a. se se verificar um ganho
b. se se verificar uma perda

▪ Sinistro:
a. se se verificar um ganho
b. se se verificar uma perda

18
Quando um ativo nao e mais util, o lançamento para remove -lo envolve
creditar a conta do ativo, debitar a conta de depreciaçoes acumuladas e
debitar uma conta relacionada aos ganhos ou perdas (dependendo se houve
lucro ou prejuízo com a remoçao).
Se um ativo nao gera benefícios economicos antes do fim de sua vida util, ele
e retirado, e o lançamento envolve credito na conta do ativo, debito nas
depreciaçoes acumuladas e debito em uma conta específica para gastos de
remoçao.

Éxemplo: o lançamento de desreconhecimento de um activo fixo tangível, cuja


vida util tenha terminado e, portanto, esteja totalmente depreciado, sera o
seguinte:

19
Quadro Síntese de Contas/Código de Contas (SNC)

• Classe 1 Meios Financeiros Líquidos


Classe 2 Contas a Receber e a Pagar
Classe 3 Inventarios (e activos biologicos)
Classe 4 Investimentos
Classe 5 Capital, Reservas e Resultados Transitados
Classe 6 Gastos
Classe 7 Rendimentos
Classe 8 Resultados

• Classe 1 Meios Financeiros Líquidos


11 Caixa
12 Depositos a Ordem
13 Outros Depositos Bancarios
14 Outros Instrumentos Financeiros

• Classe 2 Contas a Receber e a Pagar


21 Clientes
22 Fornecedores
23 Pessoal
24 Éstado É Outros Éntes Publicos
25 Financiamentos Obtidos
26 Acionistas/Socios
27 Outras Contas a Receber e a Pagar
28 Diferimentos
29 Provisoes

20
• Classe 3 Inventários (e activos biológicos)
31 Compras
32 Mercadorias
33 Materias-Primas, Subsidiarias e de Consumo
34 Produtos Acabados e Intermedios
35 Subprodutos, Desperdícios, Resíduos e Refugos
36 Produtos e Trabalhos em Curso
37 Activos Biologicos
38 Reclass. e Regularizaçao de Inventarios e Activos Biologicos
39 Adiantamentos Por Conta de Compras

• Classe 4 Investimentos
41 Investimentos Financeiros
42 Propriedades de Investimento
43 Activos Fixos Tangíveis
44 Activos Intangíveis
45 Investimentos em Curso
46 Activos Nao Correntes Detidos para Venda

• Classe 5 Capital, Reservas e Resultados Transitados


51 Capital Subscrito
52 Açoes/Quotas Proprias
53 Outros Instrumentos de Capital Proprio
54 Premios de Émissao
55 Reservas
56 Resultados Transitados
57 Ajustamentos em Activos Financeiros
58 Éxcedentes de Revalorizaçao de AFT e AI
59 Outras Variaçoes no Capital Proprio

21
• Classe 6 Gastos
61 Custo das Mercadorias Vendidas e das Materias Consumidas
62 Fornecimentos e Serviços Éxternos
63 Gastos Com o Pessoal
64 Gastos de Depreciaçao e de Amortizaçao
65 Perdas por Imparidade
66 Perdas por Reduçao de Justo Valor
67 Provisoes do Período
68 Outros Gastos
69 Gastos de Financiamento

• Classe 7 Rendimentos
71 Vendas
72 Prestaçoes de Serviços
73 Variaçoes nos Inventarios da Produçao
74 Trabalhos para a Propria Éntidade
75 Subsídios a Éxploraçao
76 Reversoes
77 Ganhos por Aumentos de Justo Valor
78 Outros Rendimentos
79 Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares

• Classe 8 Resultados
81 Resultado Líquido do Período

22
EXERCÍCIOS:
1 e 2:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/25575/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcios1%20e%202_resolu%C3%A7%C3%A3o.pd
f
3:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/27879/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%203.pdf
4:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/30388/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%204%20resolu%C3%A7%C3%A3o.pdf
5:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/31348/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%205_.pdf
6:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/33146/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%206.pdf
7:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/33147/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%207_resolu%C3%A7%C3%A3o.pdf
8:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/33487/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%208_resolu%C3%A7%C3%A3o.pdf
9:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/33144/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%209_.pdf
10:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/33151/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%2010.pdf
11:
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/34262/mod_resourc
e/content/0/Éxerc%C3%ADcio%2011.pdf

23
ANEXOS:
VÉR: Compras e Vendas de mercadorias.pdf
https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/31420/mod_resourc
e/content/0/Compras%20e%20Vendas%20de%20mercadorias.pdf

VÉR: Codigo de Contas.pdf


https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/27877/mod_resourc
e/content/0/C%C3%B3digo%20de%20Contas.pdf

VÉR: Fornecimentos e Serviços Éxternos.pdf


https://online.iscap.ipp.pt/ano202324/pluginfile.php/34316/mod_resourc
e/content/0/Fornecimentos%20e%20Servi%C3%A7os%20Éxternos.pdf

24

Você também pode gostar