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Introducao

Objectivos
Objectivo Geral
Enfocar a produção de conhecimento, que se faz através da pesquisa, e sua necessária
vinculação à prática profissional.
Objectivos Especificos
Técnicas de Pesquisa em Administração

Processos de pesquisa

Aqui, faremos uma abordagem dos processos que estão relacionados aos conceitos e
factores que determinam a dinâmica que deve haver no acto de pesquisar.

Primeiramente sabermos basicamente o que é uma pesquisa, portanto, a pesquisa trará


condições favoráveis para elaborar conhecimentos que possam ajudar na transformação
da realidade. Assim sendo, algumas técnicas importantes possibilitam a formulação
mais precisa para se conhecer a realidade. Porém elas não devem ser colocadas como
ferramentas meramente formais e sim unidas a um bom referencial teórico que a
contextualize de forma mais ampla. Todos, nós sabemos que o processo de pesquisa
exige do pesquisador domínio de fundamentos teóricos, de um método de construção de
conhecimento, de procedimentos metodológicos coerentes com o objecto de
investigação e o exercício da criatividade.

Conhecimento

O conhecimento é um conjunto de informação armazenada por intermédio da


experiência ou da aprendizagem (a posteriori), o através da introspecção (a priori).

Características gerais do conhecimento

 O conhecimento humano é prático: “Antes de elevar-se ao nível teórico, todo


conhecimento começa pela experiência, pela prática. É pela prática que nos põe
em contacto com as realidades objectivas.”;
 O conhecimento humano é social: “Na vida social, descobrimos outros seres
semelhantes a nós; eles agem sobre nós, nós agimos sobre eles e com eles.”
Estabelecemos relações cada vez mais ricas e complexas ao desenvolvermos
nossa vida individual e conhecermos aos outros.
 O conhecimento humano tem carácter histórico. Todo conhecimento é
adquirido e conquistado: “o imenso labor do pensamento humano consiste num
esforço secular para passar da ignorância ao conhecimento.”

Pesquisa

 Pesquisa ou investigação, pode ser definida como actividade regular, que


pode ser definida como o conjunto de actividades orientadas e planeadas
pela busca de um conhecimento.
 Projecto é um plano para a realização de um acto e também pode significar
desígnio, intenção, esboço.
 Projecto de pesquisa é um documento elaborado pelo pesquisador, no qual
este apresenta as ideias centrais da pesquisa.

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Aplicações da pesquisa
É usada para estabelecer ou confirmar factos, reafirmar os resultados de
trabalhos anteriores, resolver problemas novos ou já existentes, apoiar teoremas
e desenvolvimento de novas teorias.

Tipos de pesquisa

1. Pesquisa Bibliográfica: o objectivo deste tipo de pesquisa é de conhecer e


analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado
assunto ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer
pesquisa. Pode-se usá-la para diversos fins como, por exemplo:
 Ampliar o grau de conhecimento em uma determinada área;
 Dominar o conhecimento disponível e utilizá-lo como instrumento auxiliar
para a construção e fundamentação das hipóteses;
 Descrever ou organizar o estado da arte.
2. Pesquisa Experimental: neste tipo de pesquisa o investigador analisa o
problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis factores,
as variáveis, que se referem ao fenómeno observado.
3. Pesquisa Descritiva não Experimental: este modelo de pesquisa estuda as
relações entre duas ou mais variáveis de um dado fenómeno sem manipulá-las.
A pesquisa experimental cria e produz uma situação em condições específicas
para analisar a relação entre variáveis à medida que essas variáveis se
manifestam espontaneamente em fatos, situações e nas condições que já existem.
4. Pesquisa Exploratória: seu objectivo fundamental é o de descrever ou
caracterizar a natureza das variáveis que se quer conhecer.
5. Pesquisa Empírica: a pesquisa empírica se dá por tentativa e erro, e é realizada
em qualquer ambiente. Empregam rigorosas técnicas de amostragem para
aumentar a possibilidade de generalização das descobertas realizadas com a
experiência. Tipos: a pesquisa empírica pode ser realizada no laboratório e no
campo.
6. Pesquisa de campo: a pesquisa de campo procede à observação de factos e
fenómenos exactamente como ocorrem realmente, à colecta de dados referentes
aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base
numa fundamentação teórica consistente, objectivando compreender e explicar o
problema pesquisado.
7. Pesquisa académica: a pesquisa académica é realizada no âmbito da academia
(universidade, faculdade ou outra instituição de ensino superior), conduzida por
pesquisadores que são docentes, estudantes universitários e pesquisadores
independentes.

Fluxograma da pesquisa

Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas


diferentes etapas.

Etapa de Preparação e de Delimitação do Problema

 Escolha do tema;
 Revisão da Literatura;
 Documentação;
 Crítica da documentação;
 Construção do referencial Teórico;
 Delimitação do problema;
 Construção das Hipóteses.

Etapa de Construção do Plano

 Problema e Justificativa;
 Objectivos;
 Referencial Teórico;
 Metodologia;
 População e Amostra;
 Instrumentos;
 Análise de Dados.

Etapa de Execução do Plano

 Treinamento dos Entrevistadores;


 Colecta de Dados;
 Avaliação das Hipóteses;

Etapa de Construção e Apresentação do Relatório

Construção do Esquema do Relatório: Problema, referencial teórico, resultado da


avaliação do teste das hipóteses e conclusões.

 Redacção: Sumário, introdução, corpo do trabalho, conclusão, referências


bibliográficas, bibliografia, tabelas, gráficos e anexos.
 Apresentação: Conforme as normas da ABNT / APA ESTRUTURA DOS
RELATÓRIOS DE PESQUISA CIENTÍFICA Um relatório de pesquisa
compreende as seguintes partes:
a) Elementos pré-textuais:
 Capa;
 Folha de Rosto: contém elementos essenciais à identificação do trabalho;
 Dedicatória: opcional, serve para indicar pessoas a que se oferece o
trabalho;
 Agradecimentos: serve para nomear pessoas as quais se deve gratidão,
em função a algum tipo de colaboração no trabalho;
 Lista de Tabelas, Gráficos e Quadros: quando houver deve-se lista-los.
b) Elementos Textuais:
 Introdução: seu objectivo é situar o leitor no contexto da pesquisa
considerando os seguintes aspectos:
 Problema
 Objectivo
 Justificativa
 Definições
 Metodologia
 Marco Teórico
 Hipóteses
 Dificuldades ou Limitações
 Desenvolvimento: é a demonstração lógica de todo o trabalho de
pesquisa;
 Conclusão: ela deve retomar o problema inicial, revendo as principais
contribuições que trouxe a pesquisa e apresentar o resultado final;
 Notas: servem para o autor apresentar indicações bibliográficas, fazer
observações, definições de conceito ou complementações ao texto;
 Citações: são menções, através de transcrição ou paráfrase, das
informações retiradas de outras fontes;
 Fontes Bibliográficas: é o conjunto de elementos que permitem a
identificação das fontes citadas no texto.
c) Elementos Pós-textuais:
 Apêndice: utilizado para colocar textos ou informações complementares
elaborados pelo autor;
 Anexo: documento não elaborado pelo autor, acrescentado para provar,
ilustrar ou fundamentar o texto.

Métodos Qualitativos e sua aplicação nas ciências sociais

Métodos Quantitativos e sua aplicação nas ciências sociais (escala de Likert)

Métodos e técnicas são definições que se complementam, mas que de forma alguma
podem ser consideradas sinônimos. Os métodos dizem respeito a uma forma de
abordagem, de observação e produção de conhecimento, ou seja, são um recurso que de!
nimos como quantitativo e qualitativo. As técnicas são modelos padronizados de coletar
e analisar dados que são escolhidos a partir da abordagem, tais como a aplicação de
questionários padronizados, execução de entrevistas em profundidade, a observação
participante, entre outras. Pode-se considerar que a principal distinção entre métodos
quantitativos e qualitativos diz respeito à natureza dos dados coletados e, consequentemente,
às possibilidades de análise desses dados.

O metodo quantitativo tem como principal característica a unicidade da forma de colecta e


tratamento dos dados. Para isso, necessita colectar um conjunto de informações comparáveis
e obtidas para um mesmo conjunto de unidades observáveis. Em geral, essas unidades são os
indivíduos, mas podem ser também instituições, empresas, cidades, entre outras, sempre a
depender do problema de pesquisa investigado. O que é crucial para a pesquisa quantitativa é
que tais unidades sejam comparáveis.

O segundo aspecto importante relaciona-se com os seus objetivos. Em geral, os estudos


quantitativos permitem lidar com predição (inferência estatística) e buscar identi!car
regularidades (per!l e tendências). Destaca-se, ainda, a vantagem de ser possível formular
generalizações a respeito de uma população a partir de uma amostra probabilística.

As fontes de dados

As pesquisas quantitativas podem ser realizadas a partir de duas fontes de dados:

 Primários: Consideramos dados primários os dados que o próprio pesquisador (ou


equipe de pesquisa) delineou para sua colecta a partir das suas próprias questões de
pesquisa. Nos estudos quantitativos são aplicados questionários estruturados. A
vantagem dos dados primários é que nesse tipo de colecta o pesquisador tem mais
liberdade para formular suas questões e desenvolver mais o questionário dentro de
seu tema de interesse. Entretanto, a utilização de dados primários em pesquisa
quantitativa prevê um investimento alto em termos de tempo, recursos financeiros,
pesquisadores habilitados para a realização de estudos quantitativos, pois será
necessário desenvolver e aplicar um survey. Ou seja, desenhar uma amostra
representativa da população a ser investigada, desenvolver questionários
padronizados, formar e treinar a equipe de entrevistadores, realizar pré-testes, tabular
questionários, veri!car e testar a consistência dos dados e montar e !nalizar o banco de
dados. Nas pesquisas acadêmicas, os surveys são bastante utilizados para mensurar
opiniões, valores, percepções e relatos de experiências dos indivíduos. Constituem a
principal abordagem quantitativa focada nos sujeitos. Para além do universo
acadêmico, os surveys são muito comuns em pesquisas eleitorais, avaliação de
serviços e produtos e em pesquisas de mercado.
 Secundários: As fontes secundárias de pesquisa são as mais utilizadas nas pesquisas
quantitativas. De forma geral, podem-se considerar como fontes secundárias registros
estatísticos, fontes documentais pessoais e documentos de comunicação em massa
coletados para os mais diversos !ns e que podem ser utilizados como fonte de
pesquisa quantitativa, ou seja, que possam ser adequados a uma matriz de dados. Os
dados secundários têm como vantagens a regularidade em termos de coleta, os custos
mais baixos para o pesquisador (uma vez que não precisará coletar dados) e, como se
trata de um conjunto de informações já coletadas para outros !ns, a possibilidade de
conjunto de informações ser isento de interesses e valores do pesquisador.
Entretanto, esse último aspecto pode constituir também uma desvantagem, pois o
desenho do levantamento não responde de maneira imediata aos interesses do
pesquisador, e a qualidade da coleta não pode ser controlada por ele.

O tratamento dos dados

Conforme apontado anteriormente, o aspecto crucial para o desenho de uma pesquisa


quantitativa é a comparabilidade dos dados. Galtung (1965), ao introduzir o tema da matriz de
dados, apresenta três princípios fundamentais e indissociáveis de uma matriz de dados que
são o cerne do desenho da abordagem quantitativa. Ao coletar dados para uma pesquisa
quantitativa o investigador deve ter em mente que irá construir uma matriz de dados, com o
seguinte formato e princípios.

1. Princípio da integridade: em uma matriz de dados não pode haver lacunas ou vazios
de informação. Para toda unidade de análise observada (O) deve haver valores
registrados (R). Esse valor empírico deve existir mesmo quando a resposta é “não
sabe” ou “não quis responder”.
2. Princípio da comparabilidade: em uma matriz de dados, para cada variável, as
alternativas de resposta estão sempre codi!cadas (determinadas), ou porque foram
colhidas de modo pré-codi!cado (fechadas) ou porque foram codi!cadas depois da
coleta (quando esta se deu de forma aberta). As alternativas de resposta são sempre
conhecidas e !nitas, não podendo haver respostas inválidas, isto é, fora das
alternativas codi!cadas ou determinadas (antes ou depois da coleta).
3. Princípio da classi!cação: todo e qualquer caso (O) deve poder ter a sua resposta
classi!cada em uma das alternativas de resposta que foram determinadas para cada
uma das variáveis que se quer analisar. As alternativas de resposta devem ser
exaustivas, permitindo classi!car as respostas manifestas por cada um dos casos
observados em todas as variáveis. Se as classi!cações que estruturam as respostas não
forem adequadas (exaustivas), não será possível comparar os casos. O último aspecto
importante no que diz respeito à construção da matriz de dados é a de!nição da
unidade de análise e dos tipos de variável, que em alguns casos podem ser escolhidas
quando elaboramos um questionário.

Questões abertas e perguntas fechadas

As perguntas podem ser abertas ou fechadas. No primeiro caso, o/a inquirido/a constrói a
resposta nas suas próprias palavras. No caso das perguntas fechadas, tem de optar entre as
alternativas apresentadas. Em certos casos, a mesma questão pode ser colocada em termos
abertos ou fechados. As entrevistas exploratórias e os prétestes servem, nalguns casos, para
identificar as alternativas de resposta mais comuns a questões abertas e “fechar” perguntas.
Noutras situações, na fase de análise criamse categorias a partir de respostas. Um questionário
pode ser totalmente composto de perguntas fechadas ou perguntas abertas, mas, na
esmagadora maioria dos casos, possui uma combinação de perguntas dos dois tipos.

Tipos de Perguntas Vantagens Desvantagens


Perguntas abertas Possibilidade de reconstruir Necessidade de
o sentido da resposta e interpretação de respostas;
relacionar dados; Codificação mais demorada;
Informação mais detalhada, Limitação da análise
mais completa e mais fiável; estatística possível;
Possibilidade de surgir Permeabilidade à
informação inesperada, interpretação pelo
maior liberdade exploratória codificador
Perguntas fechadas Permite a utilização de A informação, por vezes, não
técnicas estatísticas; esclarece totalmente;
Parametriza respostas, Resvala, por vezes, numa
reduzindo problemas de excessiva simplificação da
compreensão; realidade.

Reduz o tempo de Não permite, por vezes, que


preparação da base de o inquirido posa responder o
dados para exploração de que desejaria.
resultados

Um questionário composto por perguntas abertas é usado quando o investigador não possui
meios (tempo ou oportunidade) para realizar entrevistas, mas pretende obter informação
qualitativa sobre um fenómeno, quando ainda não existe muita literatura sobre o tema em
investigação ou quando, existindo, esta não permite identificar as variáveis mais relevantes,
recomendando um estudo preliminar. Um questionário composto por perguntas fechadas é
adequado quando a natureza das variáveis relevantes é bem conhecida e se pretende recolher
informação definida ou quando se pretende criar uma variável a partir de um conjunto de
perguntas (dedução das componentes do conceito).

Perguntas de escala e de escolha múltipla

Nas perguntas fechadas é necessário listar opções de resposta ou definir uma gradação que
permite posicionar respostas. Algumas escalas são nominais, outras ordinais e, menos usadas,
existem ainda escalas de intervalo e de rácio. As perguntas de escala ou “variáveis gradativas”
são frequentemente utilizadas. Usam-se na medição de características físicas (comprimento,
tempo de reação) e, nesse caso, resultam da aplicação direta de instrumentos padronizados,
ou visam a medição de características associadas ao comportamento humano (“satisfação com
um serviço”, “atitude face à escola”, “importância atribuída ao estudo”. No segundo caso, a
medição é concretizada pelo/a inquirido/a, que se torna instrumento de medida sobre o
objeto de estudo.

Existem dois princípios fundamentais que as escalas devem respeitar: a exaustividade, ou seja,
uma abrangência que permita representar todas as possibilidades de resposta (o que inclui
“não sabe/ não responde” e/ou “Outros”) e a exclusividade, ou seja, cada situação particular
ser representada numa única opção. As escalas de intervalo são pouco utilizadas no âmbito de
questionários das ciências sociais, e caracterizam-se por associar um valor numérico mais
elevado na escala a uma quantidade maior da variável medida, assumindo valores negativos e
não considerando o valor de zero como ausência como, por exemplo, na medição da
temperatura do ar. Já nas escalas de rácio, o valor “zero” não é arbitrário - é absoluto ou
“real”. É assim possível fazer inferências sobre um rácio de valores na escala. É vulgar tratar as
escalas de resposta do tipo “Escala de Likert” como escalas de intervalo, mas, na realidade, as
escalas de avaliação são somente escalas de ordem, disfarçadas de escalas de intervalo ou
rácio.

As escalas nominais consistem num conjunto de categorias de resposta qualitativamente


diferentes e mutuamente exclusivas. Sendo possível atribuir um código numérico a cada
resposta na fase de tratamento dos dados, estes valores não produzem uma realidade
ordenável e, portanto, não é legitimo apresentar medidas estatísticas como média ou desvio-
padrão sobre medidas de escala ordinal. É, no entanto, possível calcular a moda e produzir
análises univariadas e bivariadas com recurso ao SPSS (inferência estatística não paramétrica).

As escalas ordinais admitem a ordenação numérica das suas categorias (opções de resposta)
mas não a análise da magnitude de diferenças. Algumas questões solicitam uma ordenação de
itens, outras a atribuição de um valor numa escala face a cada item. Por exemplo a pergunta
“ordena de 1 a 5 a tua satisfação face a estes aspetos da tua escola, atribuindo o valor 5 ao
aspeto que consideras mais positivo e 1 ao mais negativo:” e a pergunta “de 1 a 5, sendo 1 o
menos satisfatório e 5 o mais satisfatório, indica quão satisfeito estás com os seguintes
aspetos relativos à tua escola” são ambas escalas ordinais, mas de diferente tipo, cada uma
permitindo operações estatísticas distintas. No geral, são de evitar perguntas do primeiro tipo,
pois verificam-se mais limitativas em termos de opções de tratamento de dados. As segundas
são habitualmente designadas por escalas de avaliação, ou escalas de Likert/ tipo Likert e
permitem a análise de percentis em geral e o coeficiente de correlação ordinal A distinção
entre variáveis nominais, ordinais e numéricas não é, na maioria dos casos, baseada em
qualquer propriedade intrínseca das próprias variáveis, mas uma distinção que depende da
decisão do investigador. Atualmente a distinção mais frequente é entre variáveis não métricas
(nominais e ordinais) e métricas. No caso das variáveis métricas é possível estabelecer
comparações quantitativas entre os valores por elas assumidos, o que não acontece com as
variáveis não métricas.

Escala de Likert

Quando a escala tem 5 itens designam-se por “escalas de Likert”, quando tem mais ou menos,
é uma “escala tipo Likert”. Likert propôs o método de construção de escalas em 1932,
sugerindo a utilização de afirmações e o posicionamento dos inquiridos numa escala de cinco
categorias de acordo com a sua concordância, de modo a permitir reservar um ponto médio na
escala – o três – para a posição de “indeciso”. A medida de atitude podia ser obtida pela soma
dos valores escolhidos, razão pela qual estas escalas são também conhecidas por “escalas
adicionadas”. Não existe um número de pontos ideal para a escala. Estas escalas, quando bem
construídas, permitem o tratamento como variáveis quantificáveis, mas é relevante para tal
garantir igual distância entre os diferentes pontos da escala (natureza gradativa da escala).

As escalas de Likert mais frequentemente utilizadas referem-se a:

Referencial Escala
Quantidade 1-Nada; 2-Um pouco; 3-Médio; 4-Muito; 5-
Bastante
Concordância 1-Discordo; 2- Discordo um pouco; 3-
Concordo; 4-Concordo em absoluto
Frequência 1-Nunca; 2-Raramente; 3-Às vezes; 4-
Frequentemente; 5- Sempre
Satisfação 1-Nada satisfeito; 2- Insatisfeito; 3-Satisfeito;
4- Muito satisfeito
Probabilidade 1-Nada provável 2- Pouco provável; 3.
Provável; 4- Muito provável; 5- Certo

Balanço Patrimonial

Balanço é um documento contabilístico onde se compara o activo com o passivo


evidenciando-se o capital próprio num determinado momento.

Num balanço, o Activo – o Passivo = Capital Próprio.

Equação do Balanço.

CP + P = A ou A = CP + P

Onde:

A = Activo

P = Passivo

CP = Capital Próprio.

Se esta equação não se verificar significa que o Balanço está errado e geralmente diz-se
que o Balaço não fecha.

Portanto, para que um Balanço seja considerado correcto é necessário para além de ser
elaborado tendo em conta os seus requisitos, que o total dos Activos seja igual ao total
do capital próprio e dos passivos.
Num Balanço, deve constar dados do ano em que está-se a elaborar e dados do ano
anterior, isso para permitir fazer a comparação dos dados e consequentemente analisar a
evolução da empresa.

Entretanto, se tratar-se de Balanço inicial, apresenta-se apenas dados do ano em que


está-se elaborar, porque no ano anterior foi um período que a empresa não existia.

Exemplo de Um Balanço.

Balanço da empresa Gabito,Lda em 30 de Dezembro de 2012.

Código
das contas ACTIVOS 2012 2011

Activos não Correntes


3 Investimentos de Capital
3.2 Activos Tangíveis
3.2.4 Equipamento de transporte 80.000,00 45.000,00
Activos Correntes
2 Inventários e Activos Biológicos
2.2 20.000,00 15.000,00
Mercadorias
4
Contas a receber
4.1
Clientes
9.000,00 20.000,00
4.1.1 Clientes c/c
1
1.2 Meios Financeiros 11.000,00 15.000,00
1.1 Bancos 5.000,00 5.000,00
Caixa

Total dos Activos 125.000,00 100.000,00

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS


5 Capital Próprio
5.1 Capital 55.000,00 55.000,00
8.8 Resultado Liquido do Período 10.000,00
Total do Capital próprio
65.000,00 55.000,00
PASSIVOS
4
Contas a Pagar
4.3 Passivos não Correntes
Empréstimos obtidos
4.3.1Emprestimos bancários 45.000,00 25.000,00
4.2 Passivos Correntes
Fornecedores
20.000,00
4.2.1. Fornecedores c/c 15.000,00
45.000,00
Total dos Passivos 60.000,00

Total do Capital próprio e dos Passivos 125.00,00 100.000,00

Requisitos do Balanço.

1. Exactidão – o que significa que todos os valores das contas devem ser os valores
reais dos elementos patrimoniais da empresa.

2. Integralidade – o que significa que o Balanço deve apresentar os valores de todas as


contas correspondentes a todos elementos patrimoniais da empresa sem omissão.

Finalidades do Balanço.

 Dar a conhecer aos interessados a situação patrimonial da empresa, para uma


correcta avaliação e tomada de decisão sobre o futuro da mesma;
 Dar uma imagem da origem dos fundos existentes na empresa e da aplicação dos
mesmos fundos.

Classificação do Balanço.

1. Quanto á Época ou momento da sua Elaboração.

 Balanço Inicial, é aquele que é elaborado no inicio da actividade económica, o


qual mostra o capital com que a empresa iniciou a sua actividade económica.
 Balanço Final é aquele que é elaborado no fim de um período económico, o
qual monstra o capital inicial e o resultado obtido pela empresa.

2. Quanto ao Conteúdo.

 Balanço Analítico, é aquele que apresenta as contas e cada conta as suas


respectivas subcontas.
 Balanço Sintético, é aquele que apresenta apenas as contas.
3. Quanto ao Género.

 Balanço do 1o género, é aquele em que o Activo é maior que o Passivo.

Esta situação é boa, porque os bens e os direitos que a empresa possui são suficientes
para cobrir as dívidas.

 Balanço do 2o género, é aquele em que o Activo é igual ao Passivo.

Esta situação é menos boa, porque os bens e os direitos que a empresa possui apenas
chegam para cobrir as dívidas.

 Balanço do 3º género, é aquele em que o Activo é menor que o Passivo.

Esta situação não é boa, porque os bens e os direitos que a empresa possui não são
suficientes para cobrir as dívidas.

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