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Economia Aplicada

Informação científica
A informação científica é certificada mediante revisão por pares - Peer review:

o Consiste numa avaliação dos trabalhos científicos por parte de revisores,


especialistas da área científica.
o Mecanismo formal de certificação da qualidade através do qual os manuscritos
são sujeitos ao escrutínio de outros, cujos comentários e feedback em geral são
utilizados para melhorá-los e tomar decisões sobre a seleção para publicação.

Artigo científico
o É o principal meio usado para a comunicação formal da ciência.
o Permite aos investigadores comunicar aos seus pares os resultados de uma
investigação.

Tipos de artigo científico


o Artigo científico: o autor descreve pela primeira vez o estudo e os resultados de
um trabalho de investigação
o Artigo de revisão: são avaliações críticas em que o autor organiza, integra e
avalia estudos publicados anteriormente.
Como identificar um artigo científico?

o Editora: editora académica, da universidade, de uma organização de


investigação, de um corpo profissional ou outra autoridade reconhecida
o Afiliações e qualificações do autor: as credenciais do autor estão incluídas no
artigo, normalmente na primeira ou última página. O autor ocupa um cargo em
uma universidade ou em uma organização reconhecida e relevante para a
disciplina?
o Resumo: incluído na primeira página
o Aparência e estrutura: podem incluir tabelas, figuras e gráficos, mas pouca
ilustração ou publicidade. O corpo do documento é dividido em seções como:
Introdução; Revisão da literatura; Metodologia; Resultados; Discussão;
Conclusão; Referências bibliográficas.
o Referências bibliográficas: devem incluir citações e uma lista de referências
bibliográficas.

Fontes de Informação
o Bases de dados de informação científica (multidisciplinares – Scopus ou Web of
Science - ou temáticas - Business source complete - economia e gestão): reúnem
revistas de diferentes editores e constituem-se como um ponto de acesso global
a grande parte da literatura científica publicada
o Repositórios: sistemas de informação com conteúdos científicos e académicos
disponíveis em acesso aberto, normalmente associados a uma instituição
o Agregadores: agregam num único ponto de pesquisa várias bases de dados e
outras plataformas

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Metodologia

Corresponde à forma pela qual abordamos e efetuamos funções e atividades. Fornece os


princípios para organizar, planear, conceber e conduzir a investigação. É um estudo da
abordagem geral para investigar um dado tema.
Metodologia diferente de Métodos

Métodos: técnicas específicas, ferramentas, ou procedimentos aplicados para atingir um


determinado objetivo. Ex: inquéritos, coleta de dados, etc.

Metodologia de investigação em economia: abordagem da investigação


Metodologia económica: abordagem geral ao raciocínio económico e conceitos
económicos
Quanto aos procedimentos técnicos de pesquisa:
o Pesquisa Bibliográfica
o Pesquisa Documental
o Pesquisa Experimental
o Pesquisa Estatística
o Outras

Exemplos de “má” metodologia:


o Problemas de pesquisa não claramente definidos
o Objetivos não claramente definidos
o Falta de conhecimento de trabalhos anteriores
o Conceptualização incompleta do problema
o Investigação confusa significa problemas de continuação

Dois objetivos centrais da metodologia de estudo em economia


1) Visão geral da base conceitual e filosófica da metodologia de investigação em
Economia
2) Orientações do processo de planeamento, conceção e realização de projetos de
investigação

Investigação

A Investigação é a abordagem sistemática para obter e confirmar conhecimento novo e


válido, é um processo criativo:

o Obtenção: formulação, procura/pesquisa, criação de novo conhecimento ou


informação
o Confirmação: determinação da validade e confiança desse conhecimento
É uma procura de explicação para acontecimentos, fenómenos, relações e causas. Um
processo planeado e gerido - gerar informação credível, criativo e circular - leva sempre a
mais questões.

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Toda a investigação bem efetuada e conduzida tem potencial aplicação.
O insucesso das aplicações pode dever-se a:

o Utilizadores não treinados ou com pouca experiência nos métodos específicos de


investigação e raciocínio económico
o Os investigadores muitas vezes não providenciam interpretações adequadas e
orientações sobre as aplicações da investigação

Investigação Pública: bem público. Pode ser mais rigoroso e objetivo porque está sujeito
a um escrutínio/exame mais rigoroso.

Investigação Privada: deve ser também rigorosa. Pode ser questionada como enviesada
ou tendenciosa, pois é feita por uma empresa a um produto, por exemplo.

Investigação Básica: para determinar ou estabelecer factos fundamentais, relações dentro


de uma disciplina ou área de estudo.
Investigação Aplicada: realizada especificamente com a finalidade de obter informação
para ajudar a resolver um problema particular.
A distinção entre ambas é a aplicação, na medida em que a investigação básica tem pouca
aplicação ao mundo real, mas deve ser feita para guiar a investigação aplicada.
Investigação disciplinar: baseia-se em teorias, relações fundamentais, procedimentos
analíticos e técnicas, providencia as bases para a investigação aplicada, multidisciplinar,
circular, mais “durável”.

Investigação subject-mater: tende a seguir um determinado assunto dentro de uma dada


disciplina e envolve aplicações diretas da economia em questões contemporâneas. É
relevante em economia, pois envolve aplicações diretas da economia em questões
contemporâneas.

A investigação de resolução de problemas é holística - usa toda a informação relevante


para resolver o problema específico. Muitas vezes resulta em recomendações sobre
decisões ou ações. É menos duradoura do que a investigação disciplinar.
Investigação Descritiva: centra-se na tentativa de determinar, descrever ou identificar
algo, por vezes, sinteticamente, impulsionando o conhecimento ou informação juntos.
Investigação Analítica: centra-se na tentativa de fundamentar porque ocorre algo.

Investigação Exploratória: estudo de caso.


Investigação Confirmatória

A investigação NÃO É Descoberta acidental:


o Descoberta acidental pode ocorrer num processo estruturado de Investigação
o Normalmente toma a forma de um fenómeno não previamente anunciado
o Pode levar a um processo estruturado de investigação para verificar e compreender
a observação

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…nem pesquisar resultados de investigação publicada em bibliotecas (ou na internet).
Etapas básicas do processo de Investigação

1) Processo é iniciado com uma pergunta ou com problema


2) Formulação de metas e objetivos para lidar com a pergunta
3) Planeamento da pesquisa é desenvolvido para atingir objetivos
4) Os resultados são gerados pela condução da investigação
5) Interpretação e análise dos resultados
As várias etapas de investigação permitem aplicar a teoria económica no sentido de uma
melhor compreensão e resolução dos problemas e preocupações do mundo real, aplicando
a informação disponível, dados e recursos, através dos métodos adequados para analisar
e avaliar a aplicação de teoria económica e o raciocínio económico, reconhecendo, ao
mesmo tempo, as limitações de sua aplicação.
“Criatividade pode fornecer a diferença entre a investigação satisfatória e a excelente.”

Ladd, 1987
Investigação e Ciência são mutualmente interdependentes:

o Ciência é acumulada, conhecimento confiável, é sistemática


o Investigação é um processo através do qual a ciência é desenvolvida e testada para
validade
Atos do procedimento de investigação:

1) Rutura: romper com os preconceitos e as falsas evidências, que apenas dão a ilusão
de compreendermos algo
2) Construção: suporte da rutura um sistema conceptual organizado e suscetível de
exprimir a lógica que o investigador supor ser a base do fenómeno. A partir desta
teoria é, então, possível erguer as proposições explicativas do fenómeno a estudar
e prever qual o plano de pesquisa a definir, as operações a aplicar e as
consequências que se devem esperar na observação
3) Verificação: uma proposição apenas pode ser considerada confiável (científica) se
pode ser verificada pelos factos que encerra
Etapas básicas do processo de investigação:

1) Pergunta de partida: o processo é iniciado com uma pergunta ou problema.


2) Exploração (revisão de literatura): são formularas metas e objetivos para lidar com a
questão ou problema de investigação. Qualquer trabalho intelectual deve ultrapassar
as interpretações estabelecidas, de modo a criar conhecimento (esclarecedor e
fiável).
3) Problemática: desenho/planeamento da pesquisa.
4) Construção do modelo de análise: os resultados são gerados pela condução da
investigação.
5) Observação: interpretação e análise dos dados.
6) Análise das informações
7) Conclusões: resposta à questão, resumindo os resultados obtidos

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Critérios de uma boa pergunta de partida:
o Qualidades de clareza
o Qualidades de exequibilidade
o Qualidades de pertinência

Critérios de escolha das leituras:


o Ligação à questão de partida
o Dimensão razoável
o Privilegiar textos de interpretação e análise, e não apenas de descrição
o Incluir abordagens diversificadas do fenómeno em estudo
o Fonte fidedigna

Tipos de conhecimento:
o Conhecimento positivo
o Conhecimento normativo: prescritivo ou de valores

Meios primários de obter conhecimento: sentidos, experiência, intuição, divulgação,


mediação e raciocínio.

Confiabilidade do Conhecimento:
o Comprovado por evidência:
• Evidência Quantitativa: dados
• Razão Baseada na Lógica: dedutiva e indutiva
o Demonstrar ou reproduzir o processo de produzir a evidência

Lógica dedutiva: raciocínio a partir de premissas gerais para resultados ou conclusões


específicas. Estabelecem-se um conjunto de suposições sobre as condições, motivações
e comportamentos e, logicamente, trabalhar através de variáveis e parâmetros que
desejamos explicar ou prever. A teoria económica é amplamente baseada em lógica
dedutiva.
Lógica Indutiva: raciocínio a partir de premissas específicas para resultados ou conclusões
gerais. É um processo empírico de chegar a uma conclusão ou chegar a novos princípios
a partir de dados conhecidos e experiência, observando as realidades objetivas. A
explicação mais aplicável de indução da economia é a inferência estatística.
A objetividade é a pedra angular da ciência e do conhecimento confiável. No entanto,
nenhum cientista é completamente objetivo. Deve ser evidenciado um esforço para a
neutralidade científica, evitando valores pessoais que influenciam a investigação
Testes de confiabilidade:

o Teste de Coerência Lógica


o Teste de Correspondência
o Teste de Clareza
o Teste de Funcionalidade (workability)

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Previsão científica envolve teoria usada em conjunto com os conhecimento empírico e
experiência; envolve a interação dos seguintes termos:

o Facto: uma observação verificável


o Teoria: relações lógicas entre os factos
o Hipótese: uma proposição testável, resultado ainda não avaliado
Factos

o Observações que estabelecemos através dos sentidos ou de medição


o Os factos são positivos (diretamente observável ou mensurável) e independentes do
julgamento pessoal
o Não são necessariamente “permanentes”
o Não são usados para previsão
o Factos e valores são distintos, mas pode haver factos sobre valores
Teorias

o Teorias estabelecem relações, usando a lógica dedutiva e factos como blocos de


construção
o A teoria não é especulação infundada, como na frase popular “que pode ser verdade
na teoria, mas …” Isso é errado!
o Teorias são utilizadas para fins de previsão e fins explicativos
o As teorias são testadas pela sua lógica interna
o São abstrações, simplificações e/ou generalizações
Funções da Teoria em Investigação Económica:

o Orientação: enquadramento para estabelecer um problema/questão


o Classificação: meios que facilitam a compreensão de conceitos complexos
o Conceptualização: visualização de como algo funciona ou sugerindo causas e
efeitos
o Sumarização: generalização empírica e relações generalizadas
o Preocupação de precisão: ajudar a relacionar os factos e conceitos
o Previsão de factos ou de identificação de hipóteses
o Identificação de lacunas no conhecimento
Hipóteses: um resultado que ainda não foi avaliado ou testado. É uma afirmação provisória
de uma relação entre os fatores ou eventos que está sujeita à verificação ou rejeição.

Hipótese Quantitativas: sujeitas a testes de hipóteses


Hipóteses Qualitativas:
o Hipóteses mantidas: são assumidas como verdade para os fins de um estudo
o Hipóteses diagnósticas: proposições sobre a causa de um problema
o Hipóteses corretivas: as soluções propostas para os problemas

Economia: Problemática e objeto de estudo

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Economia é a ciência que estuda o comportamento humano como uma relação entre fins e
meios com usos alternativos. É o estudo de como os indivíduos e as sociedades escolhem
usar os recursos escassos para satisfazer necessidades. A economia é uma ciência social,
porque é uma disciplina que estuda a produção, troca e consumo de bens e serviços em
sociedade.
O objeto da economia corresponde ao estudo dos fenómenos que envolvem escassez. Tem
como objetivo último melhorar o bem-estar da sociedade.
Problemática é o conjunto de problemas postos por um domínio do pensamento ou da ação.

Interdisciplinaridade: A economia, para estudar problemas económicos, recorre a outras


disciplinas.

Método Cientifico-Matemático:
o Observação de factos económicos
o Formulação de hipóteses
o Realização de testes
o Interpretação e Síntese

Método Empírico: É evolutivo e dinâmico


Uma teoria é uma constatação geral de causa e efeito, ação e reação. As teorias envolvem
modelos e os modelos envolvem variáveis.
Um modelo é uma descrição simplificada de relações entre duas ou mais variáveis, com a
capacidade de captar os elementos essenciais de uma situação e permitir analisá-los de
forma lógica. Um modelo é uma constatação formal de uma teoria.

A economia aplica o seu corpo de conhecimento a diferentes níveis de abordagens:


Economia Normativa: analisa os resultados do comportamento económico,
estabelecendo regras para a atuação sobre variáveis económicas de acordo com os juízos
de valor pessoais e subjetivos. Emite juízos de valor.

Economia Positiva: descreve, analisa e relaciona objetivamente factos e fenómenos


económicos, procurando regras e leis que os expliquem e que permitam o estabelecimento
de relações causa-efeito entre as variáveis económicas. Estuda o comportamento
económico sem fazer julgamentos. Descreve o que existe é como funciona. Engloba:

o Economia Descritiva: envolve a compilação de dados que descrevem fenómenos e


factos.
o Teoria económica: envolve a construção de modelos de comportamento. Uma teoria
é uma constatação ou um conjunto de constatações sobre causa e efeito, ação e
reação.

Economia Empírica: recolha e utilização de dados para testar teorias económicas.


Revisão de Literatura

A revisão de literatura envolve processos de pesquisa, localização, análise crítica, resumo


e interpretação da investigação sobre um determinado tema publicada em revistas

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científicas, atas de conferências/congressos, teses e dissertações, livros, ou em outros
recursos.

o Análise e síntese da investigação publicada numa área ou tema


o Visa proporcionar um contexto e uma justificação para que a investigação se leve a
cabo e identificar informação relevante e validada.
o Estado da arte

Fundamentação teórica a adotar para tratar o tema e o problema de pesquisa. Resulta do


processo de recolha de informação e análise do que já foi publicado (cientificamente) sobre
o tema e/ou problema de pesquisa escolhidos e quais os seus autores. Pela análise da
literatura publicada pode traçar-se um quadro teórico para a estruturação conceptual que
sustente o desenvolvimento da investigação. Deverá elucidar o tema, proporcionar melhor
definição do problema de pesquisa e contribuir para a análise e discussão crítica de leis,
proposições, princípios, resultados de pesquisas/investigações. Assim esta deve incluir:

o descrição da relação do problema no enquadramento teórico;


o especificação do problema com investigações anteriores;
o apresentação de questões /hipóteses alternativas.
Passos essenciais:

1. Definir o assunto e os termos a pesquisar e investigar


Depois de determinada a questão da pesquisa:
• Identificar os tópicos de assunto ou ideias associadas
• Selecionar os termos de pesquisa
• Definir limites geográficos ou cronológicos
• Traduzir os termos para língua inglesa
Como?

• Usar vocabulário controlado sempre que necessário


• Descobrir termos na literatura publicada
Ter em conta: sinónimos, abreviaturas e variantes linguísticas
2. Selecionar as fontes de acordo com o tipo de informação
3. Traçar o perfil e a estratégia de pesquisa: operadores:
• Uso dos operados booleanos: AND, OR, NOT
• Uso das aspas para termos compostos
• Utilizar o * para truncatura
4. Recolher e analisar a informação - funcionalidades das bases de dados:
• Refinar a lista de resultados
• Descobrir informação
• Explorar a opção “related records”
• Subscrição de alertas via email
Propósito: facultar ao investigador a compreensão da literatura acerca da investigação
proposta.

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Objetivos:
o Revisão teórica: enquadrar o problema de pesquisa dentro de um quadro de
referência teórica para explicá-lo. Normalmente ocorre quando o problema em
estudo é gerado/explicado por uma teoria em particular, ou por várias. Compreende,
entre outros, os artigos seminais.
o Determinação “estado da arte”: procura mostrar através da literatura já publicada o
que já sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os
principais entraves teóricos ou metodológicos.
o Revisão histórica: pesquisa sobre a evolução de um conceito, tema, abordagem ou
outros aspetos fazendo a inserção dessa evolução num quadro teórico de referência
que explique os fatores determinantes e as implicações das mudanças/evolução.
o Revisão empírica: procura explicar como o problema tem sido investigado
metodologicamente, expondo: Quais os procedimentos normalmente aplicados no
estudo desse problema? Que fatores afetam os resultados? Que propostas têm sido
feitas para explicá-los ou controlá-los? Que procedimentos têm sido utilizados para
analisar os resultados?
O tema é o assunto a abordar/desenvolver.

Em função da imensa informação existente, a pesquisa deve ser dirigida de forma a


concentrar os seus esforços na revisão de literatura poupar tempo e ser eficiente
no processo de pesquisa.
Para evitar dispersão e perda de tempo no processo de leitura de textos, é importante o
investigador focar-se nos aspetos que abordam o tema. Isto é, elaborar um esquema
provisório da revisão de literatura, que servirá de guia no processo de leituras e na recolha
de informação.
Fases iniciais:

o Definição do que será abordado na revisão de literatura e elaboração de um


esquema com os aspetos a abordar que servirá de guia para organização do
processo de leitura.
o Identificação das leituras: fazer um levantamento bibliográfico para informação do
que já foi publicado sobre o tema e sobre os aspetos que constam no sumário dos
tópicos.
o Meios de recolha de informação: resumos, grelha de leitura, fichas de leitura
As leituras devem ser selecionadas com base em alguns critérios como: ligação à questão
de partida, dimensão razoável, textos com interpretação e análise, abordagens
diversificadas, fonte fidedigna
As Fichas de Leitura reúnem as informações necessárias e úteis à elaboração do texto de
revisão.
Tipos de fichas:
o dados bibliográficos: com dados gerais sobre a obra lida;

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o citações: com a reprodução literal entre aspas e a indicação da página da parte dos
textos lidos de interesse específico para a redação dos tópicos e itens da revisão;

As fichas de leitura devem incluir:


o Resumo: resumo indicativo do conteúdo do texto; consiste em destacar as suas
principais ideias e articulações, de modo a surgir a unidade do pensamento
o Esboço: apresentando as principais ideias do autor lido, de forma esquematizada
com a indicação da página;
o Comentário ou análise: com a interpretação e a crítica pessoal do pesquisador com
referência às ideias expressas pelo autor do texto.
As Fichas permitem: identificação das obras lidas, análise de seu conteúdo, anotações de
citações, elaboração de críticas e localização das informações lidas que foram
consideradas importantes. Facilitam a classificação, a análise, a interpretação e a crítica
das informações recolhidas das leituras.

Grelha de Leitura: dividir uma folha de papel em duas colunas: 2/3 à esquerda e 1/3 à
direita. A coluna da esquerda contém a ideia-chave de cada parágrafo ou secção. A coluna
da direita contém os tópicos da estrutura do texto.
Critérios a considerar na redação do texto: objetividade, clareza, consistência, linguagem
impessoal e uso do vocabulário específico da ciência onde se insere.
Recomendações:

o o texto deve ter começo, meio e fim,


o fio condutor entre os vários aspetos abordados,
o texto introdutório explicando o objetivo da revisão de literatura;
o revisão de literatura não é fazer colagem de citações bibliográficas;
o criar elos entre as citações;
o apresentar as visões a favor e as contrárias;
o citações de acordo com APA ou NP405.

Leitura crítica (aumenta com a prática):


o Diferentes textos são lidos com diferentes propósitos
o Existem diferentes tipos de textos
o Uns de acesso aberto outros não => um custo diferente
o Uns contêm unicamente um conteúdo, outros vários
Da leitura recetiva para a leitura produtiva, leva a conhecimento gerado.
Sentido da investigação publicada:

1) Compreensão de formato- formato específico


2) Avaliação do argumento- leitura crítica
Em economia existem 3 tipos de trabalhos académicos:

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1) Pesquisa do trabalho de outros: artigo completo de revisão de literatura sobre 1
tópico objetivo
2) Estudos teóricos: criam ou alteram uma teoria, discutem as suas implicações, não
contém testes empíricos
3) Estudos empíricos:
• Introdução: definir tópico geral, questão de investigação e explicar motivação
da investigação
• Análise do problema: relatório da investigação económica e aplicação de
análise económica à questão de investigação
• Teste empírico da análise: explica como a análise proposta é testada
• Conclusão: explica o conhecimento aprendido pela investigação
Argumento: definido com uma afirmação sustentada pela lógica ou pela evidência
empírica.

Modelo Económico: descrição simplificada de relações entre duas ou mais variáveis, com
capacidade de captar os elementos essenciais de uma situação e permitir a sua análise de
forma lógica.

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