Você está na página 1de 7

Slide 1

Investigação científica – introdução

Resolver problemas – Fenómenos do mundo real

Permite aquisição de conhecimento de forma ordenada e sistemática

Intimamente ligada á teoria – permite produzir e verificar teoria – Aumento de teoria – Novos
problemas para investigar

Slide 2

Métodos de aquisição de conhecimentos

Capacidade de adquirir conhecimentos de variadas formas – todas válidas de acordo com a


realidade e o contexto

Intuição: Conhecimento imediato, não recorre ao raciocínio; não funciona no vazio, é


necessário um perfil de conhecimentos assimilados. Pouco fiável na atividade científica, mas
pode ser um guia

Tradições e autoridade:

Baseadas nos costumes e tendências passadas. Certos valores enquanto conhecimento,


podem ser um travão ao pensamento científico.

Slide 3

Métodos de aquisição de conhecimentos

Experiencia Pessoal:

A partir de dados apreendidos pela própria experiencia há manifestação para a antecipação.

Não deve ser generalizado apenas pela experiencia pessoal. A tentativa e o erro não
constituem um método cientifico.

Raciocínio lógico:

Comina experiencia, faculdades intelectuais e processos de pensamento. Pode ser indutivo


(generalização a partir de observações especificas) ou dedutivo (postulados que levam á
generalização).

Investigação Científica:

O mais rigoroso , o mais credível, o mais aceitável. Baseia-se sempre no processo racional. Tem
um controlo “interno”, considerando que pode ser corrigido ao longo do tempo e gerar
questões do próprio conhecimento adquirido. Dotado de poder descritivo e explicativo dos
factos, acontecimentos e fenómenos.

Slide 4

Investigação cientifica – definição

Processo sistemático que permite examinar fenómenos e obter respostas

Alvo de várias tentativas de definição.


Kerlinger (1973): Sistemático, controlado, empirico e crítico que serve para confirmar
hipóteses. Não tem em consideração o esforço de formular hipóteses, apenas de as verificar.

Seaman (1987): Processo sistemático de colheita de dados observáveis e verificáveis, com vista
a descrever fenómenos. Recorre á descrição, explicação e predição.

Burns e Grove (1993):

Slide 5

Investigação cientifica – Importância

Produção de uma base cientifica para guiar a prática e assegurar a credibilidade da profissão.

Permite definir os parâmetros de uma profissão.

Um corpo profissional é credível quando os seus membros são reconhecidos como sendo
peritos num domínio particular de conhecimentos e de prática.

Slide 6

Investigação cientifica – Teoria e Prática

A teoria atribui uma significância aos conceitos, numa dada circunstância.

As teorias podem ser: descritivas; explicativas; preditivas.

Da prática emanam teorias que têm de ser “testadas”, e claramente do teste positivo de
teorias há melhoria de práticas

Slide 7

Investigação cientifica – Ciencias e filosofia

Ciência é a organização coerente de resultados de investigação; pode ser um resultado, um


descobrimento ou um processo.

Filosofia baseia-se nas crenças e nos valores resultado em diferentes perceções dos conceitos
chave.

Filosofia mais ligada a questões metafiscas e ciência mais ligada a questões de causalidade~

Slide 8

Métodos de investigação

Método Quantitativo:

Processo de colheita de dados observáveis e quantificáveis. Observação de factos,


acontecimentos, fenómenos. Resultados com um pequeno número de enviesamentos.

Método Qualitativo:

Preocupação base com a compreensão ampla do fenómeno como se apresenta. Observação,


descrição, interpretação e apreciação. O principal objetivo baseia-se na interpretação mais do
que a avaliação

Slide 9
Investigação fundamental e aplicada

Diferem na forma de aquisição e utilização do conhecimento

Investigação fundamental:

Visa a descoberta e o avanço de conhecimentos, não se ocupando com aplicações práticas


imediatas.

Decorrem em ambientes controlados

Investigação aplicada:

Principal objetivo é encontrar aplicações para os conhecimentos teóricos. O objeto de estudo é


sempre o problema, encontrar soluções imediatas e provocar mudanças.

A investigação aplicada pode ser uma extensão da investigação fundamental (em


determinados casos)

Slide 10

Investigação Científica – termos fundamentais

Observação:

Elemento central do processo de investigação. Associada a todas as etapas da investigação.


Pode partir de uma teoria em direção á observação ou vice-versa.

Conceito:

Elementos básicos que transmitem os pensamentos, as ideias e as noções abstratas. Base da


investigação

Construto:

Significado mais teórico do que empírico. Não pode ser observado, a menos que seja
materializado numa realidade tangível.

Variável:

Conceito colocado em ação.

Propriedade de Pessoas, objetos ou situações. Tem características inerentes de variação e de


atribuição de valores.

Slide 11

Investigação Científica – tipos de variáveis

Independentes:

É a manipulada num estudo experimental para medir o seu efeito na variável dependente

Dependentes:

Comportamento, resposta ou resultado observado devido á presenºa da variável


independente
Hipótese: Um ensino estruturado oferecido aos doentes indicados para cirurgia cardíaca
diminui a sua ansiedade

Independente:

Ensino estruturado

Dependente: Nível de ansiedade

Slide 12

Atributos:

São as características dos sujeitos num estudo. Habitualmente demográficas (idade, sexo,
escolaridade, rendimentos, etnia…). Pode ser fundamental em função das necessidades do
estudo

Estranhas:

Podem ter efeitos inesperados e modificar os resultados de uma investigação. Uma


distribuição aleatória da amostra pode diminuir o seu efeito. Há que ter sempre presente os
seus potenciais efeitos

Hipótese: Avaliar a pressão arterial média dos habitantes de uma cidade

Estranhas: Avaliação ser feita à porta de um centro de saúde em dia de consulta de


hipertensão

Slide 13

Fases e etapas do processo de Investigação

Fase conceptual:

1- Escolher e formular problema de investigação;


2- Rever literatura pertinente;
3- Elaborar quadro de referencia;
4- Enunciar objetivo, questões de investigação (hipóteses).

Fase Metodológica:

1- Escolher um desenho de investigação;


2- Definir a população e a amostra;
3- Definir variáveis
4- Escolher os métodos de colheita e análise de daos.

Fase Empírica:

1- Colher os dados;
2- Analisar os dados;
3- Interpretar os resultados;
4- Comunicar os resultados.

Slide 14

Etapas do processo de Investigação – fase conceptual


1- Escolher e formular um problema de investigação

Encontrar um domínio que interesse ao Investigador e se revista de importância para a área de


trabalho.

Fundamental um extenso e criterioso processo de revisão de literatura.

2- Rever a literatura pertinente

Compilar bibliografia de referência sobre o tema definido.

Ler o maior número de autores, correntes, teorias, de forma a que se adquira o máximo de
informação.

Permite perceber limitações e constrangimentos evitando-os

3- Elaborar um quadro de referência

Definição da perspetiva segundo a qual o problema será abordado

Orienta a formulação das questões de investigação

4- Enunciar o objetivo, as questões de investigação ou as hipóteses

Todos conceitos associados ao “porquê” da Investigação, mas com formulações diferentes.

O objetivo deve ser mais geral e as questões ou hipóteses apoiam-no.

O objetivo é um enunciado que indica claramente o que o Investigador pretende fazer no


decurso

Questões de investigação nos estudos exploratórios ou descritivos.

Hipóteses em estudos correlacionais e experimentais. Enunciados de relações presumidas


entre variáveis.

Hipótese: Se aumentarmos a dose de beta bloqueantes aumentamos a proteção contra novos


episódios de enfarte do miocárdio

Slide 15

Etapas do processo de Investigação – fase metodológica

1- Escolher um desenho de investigação

Desenho do plano lógico para obter respostas.

Permite planear todo o percurso que a Investigação irá ter.

Deve conter amostra, métodos de recolha, instrumentos, métodos de análise, cronograma…

2- Definir população e amostra

Caracterizar a população, estabelecendo critérios de inclusão/exclusão e tamanho.

Diferenciar população alvo (aquela que se pretende estudar e posteriormente generalizar) e


população acessível (aquela que está ao dispor do investigador).

Amostra é um subconjunto de elementos retirados da população – réplica em miniatura da


população – pode passar-se a designar-se “População do estudo”
3- Definir variáveis

As variáveis serão os pontos que vamos medir e observar conceitos (dependente,


independente…)

4- Escolher os métodos de colheita e análise de dados

Descrição dos métodos de colheita de dados – como vamos obter ou analisar o que se
pretende.

Possibilidade de recurso a diversos instrumentos: entrevistas, questionários, grelhas, escalas…

Importante a referência ao tratamento de dados.

Slide 16

Etapas do processo de Investigação – fase empírica

1- Colheita de dados

Recolha sistemática de informação, com auxilio do instrumento de medida definido.

Deve precisar-se a forma como se desenrola a colheita e as etapas preliminares que


conduziram ás autorizações (se aplicável).

2- Analisar os dados

Permite a produção de resultados que podem ser analisados pelo investigador

Analisados segundo o objeto de estudo – explorar, descrever, verificar, relações)

3- Interpretar os resultados

Após a sistematização dos resultados (tabelas, gráficos…) estes devem ser explicados á luz da
ciência, de trabalhos anteriores e do contexto atual.

Podem retirar-se conclusões, propor recomendações, novos estudos, novos procedimentos e


inclusivamente extrapolações (com as devidas limitações).

4- Comunicar os resultados

Toda a investigação tem pouca utilidade se não for comunicada.

Várias são as formas de comunicação (poster, comunicação oral, teses, relatórios, artigos
científicos…), devendo o investigador adaptar sempre a forma mais eficaz e conveniente.

Slide 17

Investigação qualitativa – caso particular

Certas etapas podem ser simultâneas ou interativas.

Considerando que o âmbito qualitativo pode ter contextos específicos (número de elementos
da amostra, métodos de recolha, análise dos resultados) por vezes o plano de trabalho pode
não ser tão “rígido” e efetuável.

Você também pode gostar