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1ª FREQUENCIA HMD 2018/2019

1. Em relação à hemodinâmica e cateterismo cardíaco, é verdade que:

a) A hemodinâmica é um estudo semi invasivo da dinâmica do sangue


b) O cateterismo cardíaco engloba um conjunto de técnicas recentes, com uma componente diagnóstica e terapêutica
c) A hemodinâmica engloba, para além do cálculo do débito cardíaco, a medição das pressões intracavitárias e calculo
das resistências arteriais e periféricas e pulmonares.
d) As pressões intracavitásias são medidas determinadas de forma não invasiva

2. Em relação às complicações do cateterismo cardíaco, é verdade que:

a) O cateterismo cardíaco é uma técnica relativamente segura


b) O uso de contraste iónico, uso de cateteres de perfil superior e a experiencia extensa dos operadores reduzem a
frequência das complicações
c) A perfuração da cavidade cardíaca é uma complicação minor por baixa taxa de ocorrência
d) O risco de hematoma é uma complicação possível no cateterismo cardíaco, que é independentemente do acesso
vascular escolhido

3. Em relação ao pré cateterismo, é verdade que:

a) O pré cateterismo resume-se à preparação psicológica e física do doente


b) A preparação física do doente engloba tricotomia inguinal bilateral e radial e jejum de pelo menos 6h
c) A receção dos paciente é feita na sala de hemodinâmica, local ode também é feita a sua preparação física, psíquica e
farmacológica
d) O paciente deve ser esclarecido sobre o exame (em que consiste, o seu objetivo e os seus riscos e benefícios), de
forma a obter o seu consentimento informado indispensável mesmo em situação de “lifesaving”

4. Em relação à farmacologia administrada no Cateterismo Cardíaco, é falso que:

a) O verapamil é administrado via arterial para redução do espasmo, mais frequente na artéria radial
b) A administração intravenosa de 3000 a 5000 UI Heparina, após colocação da bainha, é comum ao cateterismo
cardíaco por via femoral e radial
c) A anestesia local faz-se recorrendo a administração de licodaina
d) A hidrocortizona pode ser usada no caso de alergia prévia ao produto de contraste

5. Em relação ao cateterismo cardíaco via artéria radial, é verdade que:

a) O teste de Allen é sempre realizado quando se pondera artéria radial como via de acesso para o cateterismo cardíaco
direito
b) O teste de Allen com recurso ao oxímetro visa uma avaliação mais objetiva do fluxo radial
c) O acesso arterial radial, em gral, tem menor tempo de hospitalização, menor custo com internamento e mais
retenção urinaria quando comparado com o acesso arterial femoral
d) A falha na punção arterial é uma das principais desvantagens do acesso radial

6. Em relação ao dispositivos de encerramento vascular, é falso que:

a) São válidos quer na artéria femoral quer na radial


b) São particularmente uteis em doentes anti/hipocoagulados
c) Asseguram hemóstase completa e deambulação precoce
d) Não são necessários no sistema venoso
7. Em relação à hemóstase do acesso vascular, é verdade que:

a) O recurso ao angioseal, perclose e starclose permitem um levante precoce do doente, ao assegurarem uma
hemóstase completa da veia femoral
b) O angioseal, perclose e starclose encerram a parede interna do vaso
c) A compressão manual da artéria radial é feita, frequentemente, com recurso ao TR band
d) O femostop exerce pressão, regulada por esfigmomanómetro, sobre a artéria femoral

8. Em relação ao sistema de pressões, é verdade que:

a) A calibração é adaptada a cada paciente, correspondendo ao ponto zero ao nível da auricula direita
b) O transdutor associado converte sinal analógico em sinal elétrico
c) O polígrafo converte sinal elétrico em analógico
d) Nenhuma das anteriores

9. Em relação ao introdutor habitual usado no cateterismo cardíaco esquerdo, é verdade que:

a) Tem 6 French de diâmetro externo


b) Permite a introdução de cateteres > ou = a 6F de diâmetro interno
c) Difere consoante o acesso arterial escolhido (radial ou femoral)
d) Incorpora um dilatador que permanece na arteria pós punção, para facilitar entrada dos cateteres

10. Em relação à progressão do cateter pelo sistema vascular, é verdade que:

a) O cateter avança sempre antes do guia


b) O guia avança ate ao coração forçando a sua progressão sobre as malformações que possam existir
c) O cateter progride sobre um guia reto ou curvo até ao coração
d) Os cateteres progridem com a sua ponta pré formada “desfeita” pelo guia

11. Em relação á escala de pressão é verdade que:

a) A escolha da escala de pressão é idealmente de 200mmHg


b) A escolha da escala de pressão é feita de acordo com a onda de pressão a registar e os seus valores
normais/esperados
c) A escolha da escala de pressão é feita de acordo com a preferência pessoal do técnico CPL
d) É estabelecida automaticamente pelo polígrafo durante o registo das diferentes curvas de pressão, sendo possível a
sua alteração

12. As pressões não são amortizadas em qual(quais) da(s) seguinte(s) situação(ões)?

a) Cateter sujo por contraste e presença de bolhas de ar a coágulos no cateter


b) Cateter impactado nas paredes da camara cardíaca em avaliação
c) Linha arterial, pela conexão do cateter ao transdutor, muito elástica e longa
d) Nenhuma das anteriores

13. Na EAo é hemodinamicamente possível qual das seguintes situações?

a) Pressão sistólica VE elevada


b) Diminuição do volume telessistólico do VE
c) Diminuição do volume diastólico final e pressão telediastólica VE
d) Gradiente intraventricular e gradiente transvalvular aórtico aumentado
14. Na EM é hemodinamicamente possível qual das seguintes situações?

a) a pressão telediastólica do VE reduzida


b) a onda “a” está notavelmente marcada na curva de pressão do VE
c) a pressão sistólica e diastólica do VE aumentadas
d) pressões ventriculares inalteradas, se EM severa

15. Em relação à IM, é verdade que:

a) A quantificação se faz recorrendo à aortografia


b) A quantificação é feita com base na visualização da passagem de contraste para a auricula esquerda e o seu grau de
opacificação
c) Na IM moderada, a auricula esquerda é opacificada na totalidade e com maior intensidade que o VE
d) O gradiente intraventricular esta aumentado, tal como na cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

16. Em relação à ventriculografia, é verdade que:

a) O cateter pigtail é colocado no meio do VE, de forma a garantir uma opacificação homogénea de toda a cavidade
b) A colocação do cateter pigtail próximo dos músculos papilares pode provocar regurgitação
c) A colocação do cateter pigtail junto à válvula mitral pode provocar arritmias
d) A injeção de contraste é feita manualmente

17. Em relação à aortografia, é verdade que:

a) Consiste na injeção Manuel de produto de contraste na aorta


b) Método para avaliação de gradiente aórtico
c) Exclusiva para o estudo da válvula aórtica e da aorta ascendente
d) Permite excluir/confirmar estenose das artérias renais, como causa da HTA

18. É medida preventiva adotada no caso de doentes com insuficiência renal cronica, no contexto de doença
coronária:

a) Contra indicação absoluta para realização de cateterismo cardíaco por contraste ser depressor da função renal
b) Uso de menor quantidade de contraste na ventriculografia
c) Protocolo de hidratação apenas pós cateterismo
d) Protocolo idêntico a qualquer paciente sob pena de risco acrescido de complicações durante o cateterismo cardíaco

19. Em relação à coronariografia, é falso que:

a) É também designada de arteriografia coronária


b) O objetivo major é inferir se existe indicação para revascularização mecânica ou tratamento conservador da doença
arterial coronária
c) Realizada através da injeção automática sob alta pressão de grandes quantidades de contraste nos ostios das
coronárias, de forma a permitir a tua total opacificação
d) O médico pode obter informações sobre os possíveis locais anastomóticos para colocação de bypass coronário

20. Em relação ao procedimento da coronariografia é verdade que:


a) É feita de forma não seletiva, injetando contraste na aorta ascendente, com consequente opacificação das artérias
coronárias
b) Os cateteres mais frequentemente usados apresentam diâmetro externo de 6 polegadas
c) A escolha do diâmetro interno do introdutor determinará a medida French externa dos cateteres a usar à porteriori
d) A caracterização dos ostios das artérias coronárias é conseguida por manobras necessariamente intempestivas da
extremidade externa dos cateteres
21. Que critérios são usados na seleção dos cateteres para coronariografia?

a) Fisionomia do paciente e calibre da raíz da aorta


b) Origem e anatomia da árvore coronária
c) Gosto/experiencia do operador e disponibilidade do material
d) Todas as anteriores

22. Em relação à circulação coronária, é verdade que:

a) A artéria descendente anterior dá origem a artérias intramiocardicas, que irrigam o septo interventricular, designadas
diagonais
b) A artéria coronária direita progride ao longo do sulco aurículo-ventricular esquerdo, bifurcando ao nível da crux cordis
c) A artéria circulflexa dá origem a ramos obtusos marginais, em número variável, que percorrem o sulco interventricular
posterior
d) As veias coronárias acompanham as artérias coronárias no seu percurso epicárdico

23. Quanto à irrigação do sistema de condução (nó AV e sinusal), é verdade que:

a) É sempre feita pela artéria coronária direita


b) O ramo do nó sinusal origina-se da artéria coronária direita nos casos de dominância direita, ou da artéria circunflexa
nos casos de dominância esquerda
c) Numa pequena minoria dos casos, o nó sinusal é irrigado pela artéria do conus, com origel diretamente na aorta ou na
arteria coronária direita
d) O nó AV é irrigado por um ramo da artéria retroventricular, com origem na artéria circunflexa, nos casos de
dominância esquerda

24. Em relação às incidências radiológicas, na coronariografia, é verdade que:

a) A sua denominação varia com a alteração da posição do gerador em relação ao paciente


b) São realizadas no menor numero possível, com a preocupação máxima de reduzir o tempo de procedimento e
consequentemente a exposição do doente e da equipa multidisciplinar à radiação
c) Na incidência cranial, o paciente é orientado a colocar o(s) braço(s) atrás das cabeça com o objetivo de que a sua
sombra fluroscópica não interfira na avaliação da arvore coronária
d) Nas imagens caudais o intensificador está posicionado posteriormente ao paciente

25. A doença arterial coronária classifica-se em:

a) Difusa, se comprimento superior a 20mm, sem segmento normal entremeado


b) Excêntrica e regular, quanto à distribuição no vaso
c) Pouco significativa, se responde à ação dos vasodilatadores
d) Crítica se grau de estenose superior a 70-75%

26. Em relação À classificação morfológica das estenoses coronárias segundo a ACC/AHA, é verdade que:

a) Uma lesão com alto grau de calcificado e com 30% de estenose é considerada lesão tipo A, por ter maior taxa de
sucesso associada à angioplastia
b) Uma lesão com alto grau de calcificação e 90% de estenose é considerada lesão tipo C, por ter alto grau de obstrução
e assim alto risco durante a angioplastia
c) Uma lesão tipo B1 com 80% de estenose tem maior risco do que uma lesão tipo B2 com 50% de estenose
d) A lesão tipo A, com qualquer grau de estenose, tem melhor prognóstico do que uma lesão muito calcificada e
localizada num segmento arterial de grande angulação
27. Em relação às complicações da coronariografia, é verdade que:

a) A hipotensão transitória é uma complicação major pelo risco de evolução para choque cardiogénico
b) A morte é complicação minor pela sua baixa frequência
c) Variam de paciente para paciente e d de operador para operador
d) São independentes da condição de base do doente, pela ponderação prévia do risco beneficio

28. Em relação às limitações da coronariografia, é falso que:

a) A dilatação compensadora, muitas vezes não percetível, subestima a lesão


b) A lesão é subestimada se o segmento proximal à lesão apresentar alterações discretas na íntima, muitas vezes não
visíveis
c) O IVUS e o FFR são técnicas adjuvantes da angiografia coronária, oferecendo ambas complemento morfológico na
avaliação da lesão aterosclerótica
d) As lesos excêntricas são mais difíceis de avaliar angiograficamente, do que lesões concêntricas

29. Na avaliação da medida da reserva do fluxo fraccionada (FFR) em lesão aterosclerótica pós colocação de stent, é
verdade que:

a) É esperado valor normal de FFR, indicando significado funcional mínimo da lesão residual final
b) É esperado valo de FFR < 0,75, indicando a ausência de significado funcional da lesão residual final
c) É esperado valor reduzido de FFR, indicando significado funcional da lesão residual final
d) É esperado valor de 100%

30. Considere os traçados da figura seguinte, que ilustram variações de pressão no coração esquerdo

30.1. Em relação às curvas representadas, é verdade que:


a) A curva a cheio corresponde à pressão da aorta
b) A cuva a ponteado corresponde a uma situação de hipotensão sistémica
c) As curvas de pressão representadas correspondem a um doente normotenso
d) As variações de pressão foram registadas de forma não invasiva

30.2. Em relação à numeração indicada junto às curvas, é verdade que:


a) A válvula mitral abre no ponto 2, porque a pressão no VE é superada pela pressão na AE
b) A válvula mitral abre no ponto 7, iniciando-se neste ponto a fase de enchimento lento do VE
c) A válvula aórtica abre em 4 e fecha em 6, correspondendo este período à onda dícrota
d) A diástole ventricular termina no ponto 2, pós contração auricular

30.3. Em relação às fases isovolumétricas, numeradas na figura, é falso que:


a) A sístole isovolométrica acontece de 2 a 4
b) A diástole isovolumetrica acontece de 6 a 7
c) Isovolumetria refere-se à manutenção da pressão intracavitária em determinado período do ciclo
cardíaco
d) Não existe uma verdadeira diástole isovolumétrica no caso de insuficiência aórtica
30.4. Em relação à fase de ejeção ventricular, numerada na figura, é verdade que:
a) Acontece entre 2 e 7
b) Acontece entre 2 e 6
c) Acontece entre 4 e 7
d) Acontece entre 4 e 6

31. Considerando a imagem seguinte, que representa o registo das pressões intracavitárias durante um
caterismo cardíaco, é verdade que:

a) A curva de pressão representa os acontecimentos mecânicos dentro do ventrículo esquerdo


b) O valor sistólico de pressão é aproximadamente de 130mmHg e o valor médio de 90mmHg
c) A escada de 200 usada não é adequada para estudo desta curva de pressão
d) A pressão telediastólica está elevada

32. Considerando a imagem seguinte, que representa o registo das pressões intracavitárias durante um
cateterismo cardíaco, é verdade que:

a) As curvas de pressão representam os acontecimentos mecânicos dentro do VE, que acontecem pré
alterações elétricas
b) O valor sistólico de pressão é de aproximadamente de 165mmHg e o valor telediastólico de
aproximadamente 0mmHg
c) A curva de pressão com valores menores deverá ser excluída da avaliação dos valores de pressão média por
corresponder a extrassistólica supraventricular
d) O final da onda “a” é identificado pela linha vertical que interceta o pico do QRS do ECG com a onda de
pressão
33. Considerando a imagem seguinte, qual das opções descritas é verdadeira?

a) A técnica do cateterismo cardíaco representada é a angiografia coronária


b) O cateter usado para a realização desta técnica é o JR4
c) Com esta técnica de imagem é possível avaliar a presença de insuficiência aórtica e proceder à sua
quantificação
d) O acesso arterial usado for o radial, por estar associado a menor taxa de complicações vasculares

34. Considerando as imagens seguintes, qual das opções descritas é verdadeira?

a) A aortografia representada nas imagens engloba o procedimento de cateterismo cardíaco


esquerdo do diagnóstico
b) A fração de ejeção ventricular esquerda está diminuída
c) Através desta técnica é possível avaliar a presença de Iao e estimar a sua severidade
d) Extrassistolia ventricular frequente dificulta a avaliação da função VE

35. Considerando a imagem seguinte, a legendagem correta corresponde a:


a) 1 – TC (tronco comum); 2 – DA proximal; 3 – CX; 4 – diagonal; 5 – 1ª OM
b) 1 – TC; 2 – DA proximal; 3 – CX; 4 – diagonal; 5 – ramo intermedio
c) 1 – TC (tronco comum); 2 – DA proximal; 3 – CD; 4 – diagonal; 5 – 1ª OM
d) 1 – TC (tronco comum); 2 – DA proximal; 3 – CX; 4 – 1ª OM; 5 – diagonal
36. Considere as imagens seguintes, correspondentes à coronariografia de um paciente com SCAEST

36.1. As imagens revelam:


a) Dominância direita da circulação coronária, já que a artéria descendente anterior está ocluída
b) Doença coronária de 3 vasos, por oclusão total da principal artéria do coraçao
c) Artéria descendente anterior com oclusão total e fluxo TIMI 0
d) Artéria descendente anterior com 100% de oclusão e fluxo RENTROP 3

36.2. Em relação à ventriculografia deste paciente, o cenário menos provável é:


a) Motilidade segmentar normal
b) Acinésia da parede anterior
c) Insuficiência mitral de novo, por isquemia aguda dos músculos papilares
d) Fração de ejeção ventricular esquerda preservada

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