1) Com relação à intubação em sequência rápida, assinale a
alternativa correta.
A) A sequência rápida de intubação somente dever ser usada
em situações de emergência, pois pode levar a sérias
complicações se usada em situações eletivas.
B) Como se trata de um procedimento de emergência não
requer pré-oxigenação do paciente.
C) É caracterizada pela administração simultânea de agentes
sedativos e bloqueadores neuromusculares com o objetivo de
facilitar a intubação em situações de emergência.
D) Qualquer bloqueador neuromuscular pode ser usado neste
procedimento.
2) Paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC), admitido no pronto atendimento com tosse, febre,
dispneia e hipoxemia com saturação periférica de oxigênio de
85%. Como conduta imediata, ventilação mecânica não invasiva
foi instituída. Sobre esta conduta, qual afirmativa esta correta?
A) Esta conduta não está correta, pois paciente apresenta
hipoxemia grave, devendo ser prontamente instituída ventilação
mecânica invasiva.
B) Mesmo na presença de contraindicações, a ventilação não
invasiva deve ser instituída pois afeta profundamente o
prognóstico desta patologia.
C) A conduta está correta, porém deve-se observar melhora nos
primeiros 30 minutos. Caso não ocorra melhora o paciente
devera ser intubado.
D) A ventilação mecânica não invasiva tem altas taxas de
sucesso (80 – 90%) neste cenário clínico, levando á diminuição
da mortalidade e redução da necessidade de intubação.
3)Paciente sexo feminino, 72 anos, hipertensa e diabética, deu
entrada no pronto-socorro com quadro de desvio de rima labial
para direita e hemiparesia à esquerda, que começou há 2 horas
da admissão. Os sinais vitais da entrada eram PA: 175 × 105
mmHg, FC: 82 bpm, FR: 14 ipm, SatO2: 95% em ar ambiente.
Paciente realizou tomografia de crânio conforme imagem abaixo.
O diagnóstico provável e a melhor conduta são:
A. Acidente vascular cerebral hemorrágico. Trombólise química,
se não houver contraindicações.
B. Acidente vascular cerebral hemorrágico. Craniectomia
descompressiva.
C. Acidente vascular cerebral isquêmico. Trombólise química, se
não houver contraindicações.
D. Acidente vascular cerebral isquêmico. Transferência para UTI
e depois trombólise química.
4) Mulher, 22 anos, é internada em unidade de emergência com
quadro de polidipsia, poliúria e adinamia há 4 dias. Nos últimos
dois dias ficou mais prostrada e passou a apresentar náuseas e
vômitos. O exame físico da chegada mostra: paciente
desidratada, sonolenta, apresenta respiração de Kussmaul e
hálito cetótico. Exames complementares: Dextro = 420 mg/dL;
cetonúria positiva; pH sérico = 7,16; bicarbonato sérico = 12.
Durante o tratamento correto dessa paciente, as complicações
mais esperadas e potencialmente graves são:
A. Amaurose, hiperglicemia refratária e oligúria.
B. Hipoglicemia, hipocalemia e edema cerebral.
C. Neuropatia periférica, infecção e hipotireoidismo.
D. Hiponatremia, plaquetopenia e rabdomiólise.
5) Sobre os cuidados ao paciente grande queimado, assinale a
alternativa correta.
A) Áreas de queimaduras de segundo grau não se aprofundam
nos primeiros dias de internação.
B) Com relação à terapia nutricional, habitualmente usa-se a
fórmula de Curreri, assim especificada: Formula de Curreri =
(peso x 25) + (20 x % superfície corpórea queimada).
C) Pacientes com superfície corpórea queimada maior do que
15% e que estão se alimentando via oral, devem ser submetidos
a passagem de sonda enteral para complementação da dieta.
D) Queimadura circunferencial em extremidades é uma
indicação clara de que o paciente precisa ser internado em uma
unidade de queimados.
6) A hemorragia digestiva alta (HDA), é uma condição frequente
e relacionada a alta morbidade e custos hospitalares. Qual das
afirmativas abaixo, acerca desta patologia, está correta?
A) As úlceras de estresse ou lesões de mucosa gastrointestinal
relacionadas ao estresse são erosões da mucosa que acometem
normalmente o antro gástrico.
B) A gravidade do sangramento é menor nos pacientes com
úlcera duodenal.
C) O sangramento secundário à lesão de Dieulafoy em geral não
apresenta recorrência e é facilmente diagnosticado por
endoscopia digestiva alta.
D) Infecção pelo Helicobacter pylori está associada à recorrência
de sangramento em pacientes com úlcera duodenal.
7) Em relação aos exames de imagem na avaliação do trauma
abdominal fechado, qual alternativa esta correta?
A) Lesão de retroperitônio e diafragma são facilmente
visualizadas pela ultrassonografia.
B) Em pacientes instáveis hemodinamicamente, a
ultrassonografia para detecção de líquido na cavidade abdominal
não tem valor.
C) A tomografia computadorizada tem boa sensibilidade para
detectar lesão de intestino e de ductos pancreáticos.
D) A ultrassonografia é um exame rápido e prático, porém não
se pode excluir lesão intra-abdominal com base em exame
aparentemente normal.
8) Sobre o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo, qual a
alternativa correta?
A) Após o diagnóstico clínico, a toracocentese descompressiva
deve ser realizada imediatamente.
B) O pneumotórax hipertensivo ocorre quando o espaço pleural
virtual passa a ter pressão negativa pelo aumento rápido de ar
coletado na cavidade pleural.
C) O diagnóstico clínico é, muitas vezes, limitado, sendo
necessária radiografia de tórax para tomada de decisão.
D) O radiograma de tórax tem sensibilidade próxima de 100%
9) Faz parte dos cuidados ao paciente politraumatizado:
A) evitar profilaxia para tromboembolismo venoso com heparina
de baixo peso molecular pelo risco de sangramentos.
B) monitorizar os níveis de lactato, apenas naqueles que
desenvolvem sepse grave.
C) não usar rotineiramente profilaxia para úlcera de estresse,
mesmo naqueles com coagulopatia e em ventilação mecânica.
D) a profilaxia do tétano, principalmente nos pacientes com
lesões profundas localizadas nas extremidades.

10) Paciente feminino,55 anos, portadora de obesidade,

Qual o diagnóstico mais provável e qual medida deve ser evitada
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, deu entrada no
nesse atendimento inicial?
pronto socorro com queixa de edema importante de MID. A
A) Infarto agudo do miocárdio com acometimento do ventrículo
mesma, refere que dormiu com a perna “normal” e acordou com
esquerdo e choque cardiogênico. Deve-se evitar administração
ela inchada. Qual hipótese diagnóstica mais plausível?
de volume nesta fase, com risco de edema agudo de pulmão.
A) Erisipela
B) Síndrome coronariana aguda com acometimento multiarterial.
B) Trauma local
Deve-se evitar o emprego de clopidrogrel devido a alta
C) Trombose venosa profunda
probabilidade cirúrgica de revascularização miocárdica.
D) Linfedema crônico
C) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do
seguimento ST e provável acometimento do ventrículo direito.
11) Uma paciente de 62 anos, hipertensa há 20 anos, é atendida
Deve-se evitar a administração de nitrato e morfina perante a
no pronto atendimento com dispneia em repouso. O quadro piorou
instabilidade.
pela manhã, ao acordar, mas a paciente relata que há uma
D) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do
semana tem tido dificuldade em realizar as tarefas habituais e tem
seguimento ST e acometimento do ventrículo esquerdo extenso
dormido com mais travesseiros na cama. Ao exame, a paciente
e provável insuficiência mitral aguda. Deve-se evitar
apresenta-se acordada, quente, enchimento capilar adequado,
administração de fluidos.
com ritmo cardíaco irregular e ausculta pulmonar com crepitações
grosseiras até terço médio. A pressão arterial está em 150/110
13) Em relação à questão anterior, após 5 minutos do
mmHg, a frequência cardíaca em 74 bpm, a respiratória em 36
eletrocardiograma inicial, enquanto entrevistava o familiar do
irpm e a oximetria de pulso 84% (ar ambiente). A equipe de
paciente, o acompanhante nota que o paciente apresentou perda
enfermagem inicia monitorização cardíaca, suplementação de
da consciência e o monitor cardíaco da sala de emergência
oxigênio e obtém um acesso venoso periférico. Um
registrava o traçado a seguir, sem pulso palpável.
eletrocardiograma é obtido:

Entre as opções abaixo, a conduta inicial mais apropriada é:

A) iniciar ventilação não invasiva com suplementação de oxigênio
associada a furosemida endovenosa e avaliação para drogas
vasoativas.
B) suplementar oxigênio e realizar cardioversão elétrica bifásica
sincronizada com 150 J com posterior associação de amiodarona.
C) suplementar oxigênio e iniciar infusão de amiodarona 300mg
em 30 minutos, seguidos de manutenção em 24 horas.
D) suplementar oxigênio, realizar desfibrilação cardíaca com
choque bifásico de 200J com posterior associação de ventilação
não invasiva.
12) Paciente 40 anos, sem antecedentes patológicos, admitido
com história de dor torácica intensa início há 1 hora, com náuseas
e sudorese. Pressão arterial 70/40mmHg; frequência cardíaca
104bpm; Ausculta cardíaca regular sem sopros. Ausculta
pulmonar sem estertores. Tempo de enchimento capilar 5seg.
Qual o diagnóstico e qual a sua conduta imediata?
A) Trata-se de taquicardia ventricular monomórfica. Mandatória a
cardioversão elétrica sincronizada imediata.
B) Trata-se de fibrilação ventricular. Deve-se proceder a
desfibrilação ventricular imediata, seguida das demais manobras
de ressuscitação cardiopulmonar.
C) Trata-se de taquicardia ventricular polimórfica. Deve-se
proceder a cardioversão elétrica sincronizada imediata.
D) Trata-se de fibrilação ventricular. Deve-se iniciar as manobras
de ressuscitação cardiopulmonar e após 2 minutos proceder a
desfibrilação
14)Mulher de 72 anos, internada no 1o pós-operatório de
hemorroidectomia eletiva, apresenta mal-estar súbito e parada
cardiorespiratória. O ritmo inicial identificado no desfibrilador foi
fibrilação ventricular. Após 2 ciclos de ressuscitação
cardiopulmonar, 1 dose de epinefrina, e 2 choques no
desfibrilador, permanece sem pulso na checagem, em fibrilação
ventricular. Qual medicamento é o mais apropriado para
administração em seguida?
A) Amiodarona 300 mg por injeção IV.
B) Epinefrina 1mg por injeção IV.
C) Magnésio 3 g por injeção IV diluído em 10 mL de água
destilada.
D) Atropina 1mg por injeção IV.
15) Senhora de 68 anos, hipertensa, obesa, diabética,
dislipidêmica, apresenta dor torácica e dispneia aos esforços de
longa data. Há cinco dias, foi internada devido a infecção urinária.
Hoje de madrugada, por volta das 4:00h, enfermagem aciona
equipe de plantão na Emergência para prestar atendimento a
essa paciente, que se apresenta com intensa falta de ar e
elevação da pressão arterial (PA). Você é um dos médicos da
equipe, e ao chegar ao leito da referida paciente, a encontra
taquipneica, agitada, com PA de 190x120mmHg, estertores
bolhosos até 2/3 inferiores de ambos os hemitórax e logo conclui
que está diante de um caso de edema agudo de pulmão
hipertensivo. Considerando que não há material para
monitorização adequada na enfermaria, você toma as seguintes
atitudes recomendadas:
A) mantem a paciente na enfermaria, inicia oxigenioterapia,
prescreve um captopril sublingual e solicita fisioterapia
respiratória
B) transfere para a Emergência, instala acesso venoso profundo,
cateter de pressão arterial invasiva e inicia inotrópico
C) transfere para a Emergência, inicia vasodilatador endovenoso
(nitroglicerina), furosemida endovenosa e ventilação não invasiva
(VNI)
D) mantem a paciente na enfermaria e inicia vasodilatador
endovenoso (nitroglicerina) e diurético endovenoso
16) Um paciente é admitido com história de dor torácica há uma
hora, levado por familiares. Eletrocardiograma revela
infradesnível de segmento ST em parede anterior. Ao exame,
encontra-se cianótico, extremidades frias, ausculta torácica com
estertores bolhosos bilaterais, PA 80x40mmHg, FC 100bpm. O
paciente recebe diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM)
Killip IV. Além do
tratamento direcionado ao IAM, a droga fundamental nesse caso
é justificando a prescrição de AAS 100 mg/dia
A) vasopressina
B) nitroglicerina
C) alteplase
D) dobutamina
17) Manoel, 64 anos, hipertenso, diabético, ex-tabagista, infarto
do miocárdio há dois anos, chega ao pronto-socorrro com queixa
de dispneia progressiva e inchaço nas pernas. Alega já estar
assim há alguns meses, mas há duas semanas, após resfriado,
piorou consideravelmente e a falta de ar em repouso o fez
procurar a Emergência. Ao exame, PA 140x90mmHg, FC 88bpm,
turgência jugular patológica, estertores bolhosos difusos, edema
3+/4+, com cacifo e extremidades aquecidas. O tratamento para
essa insuficiência cardíaca descompensada consiste em:
A) inotrópico e diurético
B) vasodilatador e diurético
C) amina vasoativa e diurético
D) inotrópico e vasodilatador
18) A avaliação de síncope na Emergência se inicia através de
anamnese e exame físico apurados, somados a
eletrocardiograma (ECG) e exames laboratoriais básicos. Em boa
parcela dos casos obtém-se o diagnóstico, fundamental para a
decisão de internar ou conceder alta hospitalar precoce. Nesse
contexto, assinale abaixo uma situação em que o paciente pode
ser liberado para casa em poucas horas:
A) adulto com dispneia súbita, dor pleurítica, COVID-19 recente,
hipotensão arterial e edema de membro inferior
B) adolescente com síncope durante futebol, sopro sistólico, pai
e irmão portadores de cardiomiopatia hipertrófica
C) idoso com pressão arterial e frequência cardíaca normais,
ECG com bloqueio atrioventricular total
D) mulher jovem, síncope na fila do banco após tontura e visão
turva, relato de desmaios desde adolescência
19) No caso de Emergência Hipertensiva em um paciente com
dissecção aórtica aguda, o anti-hipertensivo endovenoso de
escolha para início de tratamento é
A) nitroprussiato de sódio
B) bloqueador de canal de cálcio
C) betabloqueador
D) hidralazina
20) Na emergência, você está avaliando um rapaz de 24 anos,
com cefaleia de forte intensidade em região frontal a direita. Ele
se encontra inquieto, diz que quer bater o cabeça na parede para
passar a dor. Já teve episódios iguais no passado, há pelo menos
4 anos, que duram cerca de 30-40 minutos, várias vezes no
mesmo dia. Diz que pode ser desencadeado quando bebe muito
ou fica sem dormir. Exame físico: PA 140x90 mmHg, FC: 105bpm,
FR: 20 irpm, Tax 37c e HGT 78 mg/dl. As únicas alterações no
exame são a hiperemia conjuntival a direita, ptose palpebral e
rinorréia a direita. Sobre o caso:
a) O tratamento abortivo da dor é com O2 a 100%
b) Trata-se de uma cefaleia secundária, necessitando de exame
complementar.
c) O quadro clínico requer tratamento profilático com Amitriptilina
d) A hipótese mais provável é acidente isquêmico transitório,
21) Você está de plantão no Pronto-Socorro Adulto do HUV e o
SAMU traz um homem de 63 anos com quadro dispnéia, tosse,
febre e desorientação temporoespacial. Segundo relato da equipe
do SAMU, os sintomas de dispnéia, tosse e febre tiveram início
há 4 dias, quando o paciente procurou atendimento médico neste
Pronto Socorro diagnosticado como Pneumonia Adquirida na
Comunidade, prescritos ATB terapia via oral para uso domiciliar e
o paciente foi então liberado para sua residência. Porém, os
sintomas pioraram ao longo da semana e na noite passada
paciente passou a apresentar quadro de desorientação temporo-
espacial associado a anúria.
O paciente foi então levado para a Sala Vermelha, monitorizado,
obtido dois acessos venosos periféricos calibrosos, colhidos
exames laboratoriais de rotina.
Paciente em regular estado geral, sonolento, despertável ao
chamado verbal, interagindo pouco com o examinador,
desorientado, obedecendo a comandos simples, Glasgow de
13/15 (AO: 3; RV: 4; RM: 6), taquipneico em ar ambiente, com
leve esforço respiratório. Pupilas isocóricas, fotorreagentes, nuca
livre, perfusão capilar periférica preservada.
Sinais Vitais: PA: 90 x 60 mmHg FC: 118 bpm FR: 32
irpm SATO2: 91% ar ambiente. TAX: 37.8°C
O diagnóstico mais provável e as condutas mais assertivas
seriam:
a) Acidente Vascular Encefálico. Reposição volêmica com
solução cristalóide; ECG de 12 derivações; Iniciar Dobutamina IV
em BIC; colher gasometria arterial; Iniciar oxigenioterapia e
solicitar Tomografia de Crânio sem contraste.
b) Síndrome Cerebral Perdedora de Sal. Reposição volêmica
com soro glicosado 5%; ECG de 12 derivações; Iniciar
Noradrenalina IV em BIC; Colher gasometria arterial; Calcular a
PaO2 ideal para o paciente; Fornecer oxigenioterapia se houver
indicação e solicitar USG de Rins e Vias urinárias.
c) Choque séptico. Reposição volêmica com solução cristalóide;
ECG de 12 derivações; Iniciar Dobutamina IV em BIC e
Antibioticoterapia venosa de amplo espectro; Colher gasometria
arterial; Fornecer oxigenioterapia e solicitar Tomografia
Computadorizada de Tórax sem contraste após estabilização
clínica.
d) Sepse de foco Pulmonar. Reposição volêmica com solução
cristalóide, ECG de 12 derivações, iniciar Noradrenalina IV em
BIC, Antibioticoterapia venosa de amplo espectro após coleta de
culturas, gasometria arterial, calcular a PaO2 ideal e fornecer
oxigenioterapia se houver indicação, solicitar Tomografia
Computadorizada de Tórax sem contraste após estabilização
clínica.
22) Jovem de 24 anos, sexo feminino admitida no Pronto-Socorro
Adulto do HUV sonolenta, taquicárdica e taquipneica. Segundo
relato da mãe, a paciente vem apresentando há oito dias quadro
de adinamia, poliúria e sede excessiva. Na noite anterior à
admissão no Pronto Socorro, paciente apresentou náuseas,
vômitos e dor abdominal difusa. Paciente foi então levada para a
Sala Vermelha, monitorizada, pegos acessos venosos periféricos
calibrosos, colhidos exames laboratoriais de rotina.
Sinais Vitais: PA: 90 x 50 mmHg FC: 112 bpm FR: 22
irpm SatO2: 95% TAX: 36.4 °C
HGT: 350 mg/dL;
Gasometria arterial: pH: 7.01; HCO3-: 12 mEq/L; PCO2: 26
mmHg; PaO2: 90 mmHg;
Sódio: 130 mEq/L (VR 135 a 145mEq/L);
Potássio: 3,0 mEq/L (VR: 3,5 a 5,0 mEq/L);
Cloro: 105 mEq/L (VR: 98 a 107 mmol/L);
Hemoglobina: 13,2g/dL (VR: 12 a 16 g/dL);
Hematócrito: 51% (VR: 38 a 50%);
Leucograma: 16.000 cels/μg (VR: 11.000 a 16.000 cels/μg);
EAS: corpos cetônicos 3+/4+
Uréia: 38 mg/dL (VR: 10 a 50 mg/dL);
Creatinina: 0,8mg/dL (VR 0,7 a 1,2 mg/dL).
Diante da possível hipótese diagnóstica, assinale a afirmativa
correta:
a) O diagnóstico é feito através de exame de imagem, sendo
necessária a realização de Tomografia Computadorizada de
Abdome com contraste e solicitar avaliação da equipe de Cirurgia
Geral de plantão.
b) Diante da gravidade do quadro clínico, é necessária a
realização de Intubação Orotraqueal imediata (sendo o método de
Sequência Rápida de Intubação o mais indicado neste caso),
acoplar a paciente á Ventilação Mecânica e solicitar vaga na
Unidade de Terapia Intensiva.
c) É fundamental a monitorização da paciente; realização de
reposição volêmica com solução salina 0,9% (15 a 20mL/Kg de
peso) na primeira hora; iniciar da Insulino terapia IV
imediatamente; Reposição intravenosa de Bicarbonato de sódio
8,4% para prevenir agravamento do quadro assim como solicitar
vaga na Unidade de Terapia Intensiva.
d) A hipoglicemia e a hipocalemia são complicações esperadas
após a instituição do tratamento com Insulina, sendo necessária
a verificação horária da glicemia capilar até a normalização do
quadro assim como é necessária a correção dos distúrbios
hidroeletrolíticos que surgirem.
23) Na presença de insuficiência respiratória aguda (IRpA) em
pacientes com exacerbação da asma decorrente de infeção viral
e inconscientes, sobre a conduta a ser adotada, assinale a
alternativa correta.
a) Deve ser iniciado β2 agonista em spray, com espaçador.
b) É preciso intubar o paciente, acoplá-lo à Ventilação Mecânica
e solicitar vaga na Unidade de Terapia Intensiva.
c) Deve ser administrada adrenalina.
d) Não é preciso se preocupar com a SatO2 do paciente.
24) Você assume o plantão no Pronto-Socorro do HUV hoje pela
manhã e encontra o paciente M.S.L, 67 anos, sexo masculino,
portador de HAS e Diabete mellitus tipo 2 (DM2) de controle
irregular, insuficiência cardíaca e osteoartrose, internado na sala
amarela do Pronto-Socorro Adulto do HUV aguardando vaga na
Enfermaria masculina de Clínica Médica há 8 dias. Durante o
exame físico, paciente queixa-se de dor lombar que piora ao
movimento. Refere também nictúria, esforço miccional,
acordando 5 vezes à noite há mais de 1 ano. Apresentou
episódios de náuseas e vômitos nas últimas 48 horas.
Você checa os exames laboratoriais solicitados na na madrugada
anterior pelo plantonista noturno, e os exames evidenciam: Uréia:
178mg/dL, Cr: 4,45mg/dL e K: 5,8mEq/L.
Assinale a alternativa correta com relação à causa mais comum
de IRA hospitalar:
a) A causa mais comum de Injúria Renal Aguda hospitalar é a
obstrução extrarrenal ocasionada por cálculos, coágulos, fibrose
retroperitoneal, tumores ou compressão extrínseca.
b) A Injúria Renal Aguda pré-renal é a ocorrência mais comum
em ambiente hospitalar.
c) A Necrose Tubular Aguda é a causa mais comum de IRA
hospitalar, e pode ser causada por isquemia, agentes nefrotóxicos
ou por uma combinação de ambos.
d) A obstrução intrarrenal é a causa da maioria dos casos de IRA
em ambiente hospitalar.
25) A Ventilação Não-Invasiva (VNI) consiste em suporte
ventilatório com pressão positiva por meio de uma máscara facial
ou algum outro dispositivo que não envolva uma via aérea
invasiva endotraqueal. Dentre as indicações da Ventilação Não-
Invasiva (VNI), podemos citar:
a) Queimaduras faciais.
b) Instabilidade hemodinâmica.
c) Rebaixamento do nível de consciência.
d) Exacerbação do Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
26) Qual das seguintes alternativas apresenta apenas bactérias
presentes nas infecções associadas às exacerbações da Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica?
a) Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
b) Escherichia coli e Clostridium tetani.
c) Streptococcus pneumoniae e Legionella spp.
d) Moraxella catarrhalis e Vibrio cholerae.
27) De acordo com o guideline para o tratamento da fase aguda
do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico da AHA/ASA, a
trombólise IV e a trombectomia mecânica podem ser realizadas,
respectivamente:
a) Até 3 horas e 72 horas após o início dos sintomas.
b) Até 4,5 horas e 48 horas após o início dos sintomas.
c) Até 4,5 horas e 24 horas após o início dos sintomas.
d) Até 9 horas e 16 horas após o início dos sintomas.
28) Sobre o tratamento de Infecção do Trato Urinário em
mulheres idosas, assinale a alternativa correta:
a) O tratamento da infecção em mulheres idosas é distinto
daquele instituído para mulheres jovens e adultas pois os
medicamentos utilizados são outros e sua escolha deve levar em
consideração o antibiograma.
b) A avaliação da resposta ao tratamento deve-se basear na
melhora clínica do paciente, sem a necessidade da repetição de
exames laboratoriais.
c) Segundo estudos recentes, o uso da nitrofurantoína deve ser
evitado em pacientes com clearance de creatinina acima de 40.
d) O uso de Fluoroquinolonas deve ser estimulado, pois, após os
65 anos de idade, há uma diminuição da resistência a essa classe
de antibióticos.
29) Homem de 67 anos apresenta disúria, polaciúria há 7 dias e
dor lombar direita e febre há 5 dias. Ao exame físico, punho-
percussão lombar positiva à direita e toque retal com próstata de
tamanho normal e indolor. Nega episódios semelhantes
previamente.
Qual alternativa apresenta a melhor conduta diante do caso
clínico?
a) Em virtude dos sintomas característicos de cistite, não há a
necessidade de solicitar exames complementares.
b) Em virtude dos sintomas característicos de pielonefrite, não
há a necessidade de solicitar exames laboratoriais, porém indica-
se a realização de exame de imagem do aparelho urinário.
c) Em virtude dos sintomas característicos de pielonefrite, há a
necessidade de solicitar exames laboratoriais, porém não se
indica a realização de exame de imagem do aparelho urinário.
d) Em virtude dos sintomas característicos de pielonefrite, há a
necessidade de solicitar exames laboratoriais e indica-se a
realização de exame de imagem do aparelho urinário.
30) No quadro clínico da Síncope atendida no Pronto-Socorro,
sabe-se que:
a) Anamnese e exame físico raramente auxiliam no diagnóstico,
uma vez que a maioria dos pacientes já chega com a consciência
recuperada ao Pronto-Socorro.
b) No ambiente de Pronto-Socorro, de alta velocidade no
atendimento, a pesquisa por idade do paciente, antecedentes
familiares e evidências de cardiopatia estrutural é obrigatória.
c) A utilidade do eletrocardiograma é significativa apenas se
realizado durante o episódio de síncope, uma vez que as
alterações eletrocardiográficas, quando presentes, são fugazes.
d) A presença de pródromos aponta quase conclusivamente
para causas não sincopais de perda temporária de consciência,
como nos quadros epilépticos.
31) Paciente J.H.M, sexo masculino, de 55 anos, hipertenso,
diabético e obeso; sem história clínica de doença arterial
coronária (recente investigação com teste ergométrico e
cineangiocoronariografia devido à dor precordial atípica, ambos
os exames com resultado negativo para doença coronária); pouco
aderente ao uso dos anti-hipertensivos. Há cerca de 2 horas,
iniciou sensação de palpitações e discreta tontura. Foi admitido
no Pronto-Socorro Adulto do HUV apresentando quadro de
tontura, sensação de desmaio. Apresenta-se consciente, sem
déficits localizatórios motores, queixando-se de mal-estar.
PA: 80 x 40 mmHg FC: 155 bpm FR: 21 irpm
SatO2: 97% em ar ambiente
Ausculta cardíaca e palpação do pulso demonstram ritmo
cardíaco irregular em 2 tempos e sem sopros.
Ausculta pulmonar apresenta murmúrio vesicular sem ruídos
adventícios.
O ECG demonstrou presença de fibrilação atrial aguda e o
emergencista considerou realizar a Cardioversão Elétrica dada a
condição de instabilidade do paciente.
Considerando a necessidade de analgesia e de sedação
procedimental, o emergencista fez opção pela cetamina. Essa
opção seria uma boa escolha para um quadro de Cardioversão
Elétrica em um paciente com instabilidade hemodinâmica?
a) Não, pois se trata de fármaco que aumenta a instabilidade
hemodinâmica e é cardiodepressor.
b) Não, pois promove apenas sedação.
c) Sim, pois promove apenas analgesia.
d) Sim, pois não acentua a instabilidade hemodinâmica do
paciente.
32) Com relação à oxigenação adequada no tratamento de
pacientes com dispneia, é correto afirmar que:
a) Independentemente do quadro clínico do paciente, é
contraindicada a utilização de dispositivos de alto fluxo de
oxigênio.
b) A forma ideal de suplementação de oxigênio é a feita por meio
de máscaras com reservatório de oxigênio.
c) A FiO2 empregada na suplementação de oxigênio deve ser a
menor possível que resulte em adequada saturação de
hemoglobina, com consequente oxigenação arterial.
d) A suplementação de oxigênio ideal é aquela na qual a SaO2
está entre 80-85%.
33) Uma paciente de 72 anos de idade, portadora de enfisema
pulmonar, admitida no Pronto Socorro do HUV queixando-se de
dor na panturrilha esquerda e edema de membros inferiores, após
uma viagem de avião. Evoluiu com dispneia súbita, dor torácica,
taquicardia e discretos estertores crepitantes na base direita.
Qual a hipótese diagnóstica principal?
a) Tromboembolismo pulmonar agudo.
b) Pneumotórax secundário.
c) Descompensação da DPOC por pneumonia bacteriana.
d) Síndrome coronariana aguda.
34) Paciente de 30 anos, vítima de acidente automobilístico,
admitida no Pronto-Socorro do HUV trazida pelos Bombeiros
apresentando dor torácica em aperto, tosse seca e dispneia. Ao
exame clínico: taquipneia, sudorese fria, PA de 80/60mmHg,
hipertimpanismo e murmúrio vesicular abolido em hemitórax
direito.
a) Embolia gordurosa e tratamento clínico.
b) Hemotórax e drenagem tubular.
c) Contusão pulmonar e oxigenoterapia.
d) Pneumotórax e drenagem tubular com selo d’água.
35) Entre os produtos que provocam síndrome colinérgica,
podemos citar:
a) Pesticidas organofosforados, pesticidas carbamatos, agentes
nervosos organofosforados.
b) Ácidos hidroclorídrico, sulfúrico e nítrico e bases como
hidróxido de amônia, hidróxido de potássio e de sódio.
c) Propano, gasolina, tolueno, clorofórmio.
d) Dióxido de carbono, metano, butano e propano.
36) Um paciente chega à emergência do HUV com história de ter
sido picado por uma cobra há cerca de 90 minutos. Ele refere dor
local e não sabe dizer de qual tipo de cobra o picou. Observam-
se 2 pequenos orifícios, com discreto sangramento, edema,
equimose e pequenas bolhas. O paciente realiza um teste de
tempo de coagulação, com resultado de 15 minutos (o normal é
até 10 minutos).
Sobre a melhor conduta nesse caso, assinale a alternativa
correta.
a) Dispensar o paciente após receitar medicamentos para a dor.
b) Aguardar um pouco mais, para definir se o acidente é
botrópico ou crotálico.
c) Fazer o soro para o acidente botrópico, crotálico e elapídico
imediatamente.
d) Fazer a soroterapia para o acidente botrópico.

37) O status epiléptico é uma emergência médica que requer

tratamento imediato. Este tratamento visa o controle das crises
clinicas e eletrocardiográficas. Qual a afirmativa correta sobre os
medicamentos utilizados no tratamento desta condição?
A) Fenitoína tem meia vida longa quando usada em dose
adequada, ou seja, 20 mg/kg.
B) Os agentes de primeira escolha são fenitoína, carbamazepina
e tiopental.
C) Lorazepam, diazepam e midazolam são igualmente efetivos
no controle das crises, portanto não há medicação preferencial.
D) Fenobarbital deve ser usado somente nos casos de crises
recorrentes após o uso de diazepam.

38) Sobre os pacientes com hemorragia subaracnóide (HSA),

assinale a alternativa correta.
A) A quantidade de sangue na tomografia de crânio inicial não
altera o prognóstico neurológico.
B) Os aneurismas devem ser clipados tardiamente devido ao
risco de ressangramento.
C) A nimodipina intravenosa deverá ser iniciada em todos os
pacientes e mantida nos primeiros 21 dias.
D) A hidrocefalia é uma complicação comum da HSA.

39) Os achados na radiografia de tórax de uma região

hipertransparente, periférica, avascular, limitada a direita pela
parede torácica e a esquerda pela pleura visceral sugerem o
diagnóstico de:
A) Derrame pleural
B) Pneumotórax
C) Atelectasia
D) Cavidade

40) Um estudante de medicina da entrada no pronto socorro com

dor lombar esquerda de grande intensidade irradiada
anteriormente em direção à bolsa escrotal, acompanhado de
náuseas e vômitos, refere ainda muita disúria e polaciúria. Você
faz o diagnóstico de litíase urinária e solicita exames. Baseado na
história clínica qual a provável localização do cálculo?
A) rim
B) ureter superior
C) ureter médio
D) ureter inferior