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Nome do candidato
11. Para um paciente com dor aguda no quadrante inferior di- 13. Homem, 53 anos, procura o Pronto-Socorro com queixa
reito do abdome, a história clínica e o exame físico bem de evacuações pretas (semelhantes a borra de café) e
realizados são fundamentais, mas podem ser conflitantes muito fétidas, há cerca de 3 horas. Refere que teve epi-
para a elaboração das hipóteses diagnósticas e, sob o pon- sódio semelhante há um ano, quando foi diagnosticado
to de vista prático, os exames de imagem são solicitados sangramento por varizes de esôfago e cirrose hepática
para corroborar o diagnóstico clínico e documentar a indi- pelo vírus C, CHILD-PUGH B. Refere estar em uso de
cação cirúrgica. As setas das imagens da tomografia com- betabloqueador (propranolol) desde então. Na admis-
putadorizada de abdome a seguir demonstram tratar-se de: são, apresentava-se lúcido, orientado, FC: 100 bpm, PA
100 x 70 mmHg e tempo de enchimento capilar maior
de 3 segundos. Após estabilização hemodinâmica, foi
submetido a endoscopia digestiva alta com achado de
varizes de esôfago de médio calibre em terço distal com
sangramento ativo. Com relação ao caso descrito, assi-
nale a alternativa correta.
15. Mulher, 41 anos, portadora de colelitíase assintomática, refere aparecimento há um dia de dor abdominal em região de
epigástrio e hipocôndrio direito, acompanhada de náuseas, vômitos, icterícia, colúria e acolia fecal, seguida de febre e
calafrios. Exame físico: REG, IMC: 34 kg/m2, descorada +/4+, desidratada ++/4+, ictérica ++/4+, eupneica, FC: 88 bpm,
FR: 20 irpm, PA: 120 x 85 mmhg, temperatura 38, 6°C. Ap. cardiorrespiratório: taquicardia sinusal. Abdome: globoso,
levemente distendido, RHA pouco diminuídos, hepatimetria 14 cm, indolor à palpação. Sinal de Murphy negativo, DB ne-
gativa. Foram solicitados exames laboratoriais (Imagem1) e uma ultrassonografia que mostra fígado pouco aumentado,
homogêneo, dilatação difusa da via biliar até colédoco distal, em que a visualização do fator obstrutivo não é possível pela
interposição gasosa. Solicitada, então, uma colangiorressonância magnética para melhor avaliação (Imagem 2).
Imagem 1 Imagem 2
TGO 54 5- 34 mg/dL
TGP 60 0 - 55 mg/dL
Fosfatase alcalina 900 40-150 U/L (Arquivo Pessoal; imagens usadas com autorização)
Em face do exposto, assinale a alternativa que contempla, corretamente, o diagnóstico da paciente e a opção terapêutica
mais recomendada.
(A) Icterícia obstrutiva devido a processos inflamatórios crônicos periampulares / colecistostomia, cateter transpapilar e
analgesia.
(B) Icterícia hepatocelular em razão da Síndrome de Mirizzi IV / colecistectomia videolaparoscópica, biópsia hepática e
anastomose biliodigestiva.
(C) Icterícia colestática em razão de coledocolitíase e colangite aguda / manter a paciente em jejum, introduzir antibiotico-
terapia e indicar descompressão da via biliar pela colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).
(D) Icterícia hepatocelular por neoplasia periampular / jejum, analgesia, biópsia pancreática e complementação diagnós-
tica com colangiografia transparieto hepática.
(E) Colecistite crônica calculosa + hepatite transinfecciosa / jejum, hidratação, antibioticoterapia e colecistectomia eletiva
após 2 meses por videolaparoscopia.
(A) obstrução.
(B) perfuração.
(C) enterorragia.
(D) hematoquezia.
(D) na encefalopatia hipertensiva, o alvo é a redução 25. Homem de 47 anos refere tosse e expectoração ama-
de 30 a 50% da pressão arterial na primeira hora de relada há 5 dias. Relata que há 3 dias apresenta febre
atendimento. diária e que há 2 dias iniciou dispneia aos moderados es-
forços. Possui hipertensão arterial sistêmica e tabagismo
(E) diante do uso abusivo de cocaína, a opção inicial 10 anos-maço de comorbidades. Usa losartana 100 mg
para controle pressórico deve ser o uso de betablo- por dia. Não possui história de internação hospitalar. Ao
queadores. exame físico, apresenta-se consciente e orientado, febril
(temperatura axilar de 38,3 °C), frequência respiratória
de 23 irpm, frequência cardíaca de 102 bpm, pressão ar-
terial 145 x 98 mmHg, saturação arterial de 96% em ar
22. Homem de 32 anos refere episódios de palpitação as- ambiente, ausculta respiratória com estertores crepitan-
sociados a dispneia há 1 semana. Relata que estes epi- tes em região inferior de hemitórax direito, com demais
sódios iniciaram após período de libação alcoólica. No dados do exame físico normais. Em exames laborato-
momento, encontra-se assintomático. Exame físico den- riais, apresenta hemoglobina 14 g/dL, hematócrito 42%,
tro da normalidade. Eletrocardiograma mostra presença creatinina 0,8 mg/dL, ureia 52 mg/dL, sódio 138 mEq/L,
de fibrilação atrial. Realiza ecocardiograma transtorácico glicemia 134 mg/dL e pH de 7,39 em gasometria arterial.
sem alterações. Refere ausência de comorbidades ou Radiografia de tórax com imagem de consolidação em
uso de medicamentos. Diante dos achados, optou pela base pulmonar direita.
estratégia de controle de ritmo.
Diante do caso clínico apresentado, o tratamento instituí-
A conduta mais adequada, no momento, é do deve ser realizado preferencialmente de forma
(A) iniciar propafenona via oral. (A) ambulatorial com azitromicina, apenas.
(B) ambulatorial com doxiciclina, apenas.
(B) iniciar amiodarona via intravenosa.
(C) ambulatorial com ceftriaxona e azitromicina.
(C) Realizar cardioversão elétrica sincronizada. (D) hospitalar com ceftriaxona e azitromicina.
(D) Iniciar rivaroxabana via oral. (E) hospitalar com ceftriaxona, apenas.
(D) iniciar tratamento empírico com aciclovir via oral. 0 1 2 3 Tempo (s)
(A) a encefalopatia hepática grau IV na cirrose hepáti- De acordo com essa curva, qual afirmativa é correta so-
ca está associada à presença de edema cerebral e bre a estratégia ventilatória da paciente?
hipertensão intracraniana, com possibilidade de her-
(A) A ciclagem desse modo ventilatório ocorre a volume.
niação uncal.
(B) A ciclagem desse modo ventilatório ocorre a fluxo.
(B) deve-se orientar restrição proteica para o tratamento
dos graus III e IV, principalmente de aminoácidos de (C) Paciente apresenta auto-PEEP.
cadeia aromática. (D) A relação I:E é de 1:3.
(C) a hemorragia digestiva alta é um de seus principais (E) Esse modo ventilatório é limitado à pressão.
precipitantes, estando associada ao aumento do
aporte de aminoácidos no trato gastrointestinal.
38. De acordo com a diretriz da Sociedade Brasileira de Dia-
(D) a lactulose é uma das opções terapêuticas disponí- betes de 2023, constitui estratificador de alto risco para
veis, sendo seus principais efeitos colaterais resul- manejo da hipercolesterolemia:
tantes dos efeitos sistêmicos decorrentes da absor-
(A) obesidade grau III.
ção intestinal.
(B) neuropatia sensitivo-motora periférica.
(E) a primeira opção terapêutica é o uso de antibióticos
orais, que pode ser feito em monoterapia e cuja prin- (C) hipertrigliceridemia.
cipal escolha é o metronidazol. (D) escore de cálcio coronário < 10 U.
(C) Oxibutinina.
(D) o valor de proteinúria é contabilizado de modo pro-
gressivo para o diagnóstico, ou seja, quanto maior (D) Duloxetina.
o valor da proteinúria, maior a pontuação que o pa-
ciente receberá. (E) Macrodantina.
(B) DIU de levonorgestrel pode ser usado em pacientes (E) HPV e tabagismo.
diabéticas e em pacientes com história de trombose
venosa profunda prévia.
50. A definição clássica de puberdade anormal, seja precoce
(C) Anticoncepcionais combinados orais são contraindi- ou tardia, baseia-se no início dos sinais clínicos em uma
cados em pacientes com dislipidemia isolada. idade que varia de 2,5 a 3 desvios padrões da média da
população. Assinale a alternativa que apresenta uma das
(D) Anticoncepcionais orais são contraindicados em pa- características definidas pela Academia Americana de
cientes tabagistas com idade < 35 anos. Pediatria e pelo Colégio Americano de Obstetras e Gine-
cologistas para a caracterização de meninas em puber-
(E) Para pacientes obesas é preferível uso de método dade tardia.
combinado (estrogênio mais progesterona).
(A) Menarca ocorrendo antes da telarca.
47. Reconhecer as diversas etiologias das úlceras genitais (C) Ausência de menarca aos 14 anos de idade.
e abordá-las de forma sindrômica é de extrema impor-
(D) Ausência de menarca em até 1 ano após a telarca.
tância para a saúde e para o sucesso de tratamento do
paciente. Sobre o diagnóstico e tratamento das úlceras (E) Ausência de menarca em até 3 anos após a pubarca.
genitais, assinale a alternativa correta.
(A) Se as lesões forem dolorosas e tiverem mais de 4 51. Paciente primigesta, IG 32 semanas, chega à UPA com
semanas de evolução, deve-se tratar somente para queixa de cefaleia occipital e náuseas. Apresenta PA de
sífilis e cancroide. 160 x 110 mmHg. BCF 140 bpm. Sem queixas obstétri-
cas. Exame laboratorial de pré-natal com resultado de
(B) Se as lesões forem dolorosas e tiverem menos de 4 relação: proteína na urina/creatinina na urina de 0,3.
semanas de evolução, deve-se realizar tratamento
Assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta.
somente para sífilis.
(A) Medicar com nifedipina VO e encaminhar ao pronto-
(C) Se as lesões forem dolorosas e tiverem menos de 4 -socorro obstétrico.
semanas de evolução, deve-se realizar o tratamento
apenas para cancroide. (B) Encaminhar, de imediato, ao pronto-socorro obstétrico.
52. Com relação à pressão arterial, assinale a alternativa que (A) O tratamento cirúrgico da colelitíase deve ser sem-
apresenta a conduta correta. pre postergado pra o período pós-natal, mesmo na
vigência de colecistite aguda.
(A) Encaminhar ao pronto-socorro para medicação.
(B) A ecografia transvaginal é o exame de escolha para
(B) Orientar aferição de PA em casa e, no retorno, ava- o diagnóstico.
liar medicação.
(C) Os exames de função hepática podem ser utilizados
(C) Medicar com metildopa e solicitar exames para para avaliar complicações, sendo importantes para
pré-eclâmpsia. avaliação prognóstica do quadro.
(D) Medicar com IECA e prescrever metildopa via am- (D) A gestação diminui a ocorrência de colelitíase e de
bulatorial. colecistite aguda.
(E) Sinal de dor somente à descompressão brusca indi-
(E) Medicar com hidralazina VO e amlodipino via am-
ca ausência de peritonite.
bulatorial.
(C) O crescimento uterino não afeta outros órgãos e es- (B) Solicitar exames laboratoriais e corticoide para matu-
truturas adjacentes. ração pulmonar fetal.
(D) O alto nível de progesterona materna durante a gra- (C) Indução do trabalho de parto com ocitocina EV.
videz aumenta o tônus do esfíncter esofágico inferior. (D) Misoprostol para preparo de colo uterino.
(E) O apêndice pode deslocar-se superiormente, fazen- (E) Sulfato de magnésio EV, corticoide IM e parto cesa-
do com que os sinais de sua inflamação possam ser riano após 4h.
percebidos fora de seu lócus habitual.
(E) Essa criança, se não apresentar nenhuma intercor- 66. Durante um plantão noturno em uma enfermaria pedi-
rência clínica, não tem indicação de receber ferro átrica, ocorre uma parada cardiorrespiratória (PCR) de
profilático enquanto for lactente. um lactente, com 14 meses de idade, consequência da
deterioração clínica de um quadro de bronquiolite. O
pediatra e o enfermeiro iniciam as manobras de res-
64. Durante a realização da avaliação do desenvolvimento suscitação com compressões cardíacas e ventilações
de um lactente, o médico utiliza, como referência, os mar- com bolsa e máscara em uma relação de 30 compres-
cos apresentados pelo Ministério da Saúde da Caderneta sões para 2 ventilações. Não obtendo sucesso, a crian-
da Criança. Trata-se de um bebê com 2 meses de idade, ça foi rapidamente entubada e as compressões foram
nascido prematuramente (34 semanas), que permane- mantidas em uma frequência de 120 a 140 movimentos
ceu na maternidade até seu décimo primeiro dia de vida. por minuto, e as ventilações em uma frequência de 1 a
Não teve nenhuma intercorrência no período periparto. cada 3 a 5 segundos, não sincronizadas. As compres-
Ao checar a caderneta da criança, o médico observa que sões torácicas tinham profundidade de cerca de 2 cm
as 4 habilidades esperadas para o primeiro mês de vida (1/4 do diâmetro do tórax). Após a chegada do monitor
estão presentes: postura em flexão, observa rosto, reage (cerca de 5 minutos de PCR), o pediatra constata o rit-
ao som e eleva temporariamente a cabeça em decúbito mo de assistolia e instrui a equipe para manter mais
ventral. Entretanto, das 4 habilidades esperadas entre 1 dois minutos de reanimação cardiopulmonar, para, en-
e 2 meses (sorrir quando estimulada, abrir as mãos, emi- tão, administrar uma dose de epinefrina. Não houve
tir sons e movimentar os quatro membros), ela somente sucesso na reanimação. Durante o debriefing com a
apresenta uma habilidade. Em relação a esse quadro clí- equipe, identificam-se as falhas do processo de reani-
nico, o médico mação. Assinale a alternativa com a ação correta, de
acordo com as orientações atuais, realizada durante o
(A) deve considerar um atraso significativo do desenvol- atendimento à PCR desse lactente.
vimento e encaminhar para avaliação especializada.
(A) Início imediato da reanimação com 30 compressões
(B) deve considerar a idade corrigida para a prematuri-
para cada 2 ventilações.
dade e manter o acompanhamento clínico de rotina
dessa criança.
(B) Frequência das compressões torácicas após a in-
(C) deve considerar que o atraso decorre da internação tubação.
prolongada e apenas manter o acompanhamento clí-
nico de rotina dessa criança. (C) Frequência da ventilação após a intubação.
(D) deve solicitar uma tomografia computadorizada de (D) Não sincronização entre compressões e ventilações
crânio e encaminhar à serviço de referência em se- após a intubação.
quelas de prematuridade.
(E) Tempo para a administração da epinefrina.
(E) deve-se desconsiderar os marcos apresentados na
Caderneta da Criança que somente são aplicados a
crianças nascidas a termo.
(B) Se a criança tem uma desidratação grave secundá- (C) Ancylostoma caninum.
ria à diarreia aguda, a prescrição inicial da fluidotera-
(D) Enterobius vermicularis.
pia seria de 300 ml de Ringer-lactato em 30 minutos.
(D) Três infecções urinárias em crianças menores de (D) Comunicação ao Conselho Tutelar mais próximo de
5 anos. onde a criança mora.
(E) Um quadro de disenteria em lactente menor de
(E) Marcar retorno próximo, para ampliar anamnese e
2 anos.
identificar pormenores da história que ainda não são
conhecidos.
78. Pré-escolar apresenta-se com quadro de anafilaxia após
ingestão de alimento suspeito em um restaurante de co-
mida oriental. Sobre o diagnóstico e manejo do quadro
clínico de anafilaxia, assinale a afirmativa correta.
(C) descongestionante oral, antitérmico oral e lavagem (B) iniciar intervenções não farmacológicas, incluindo
nasal. grupos educacionais, relaxamento, hipnoterapia,
acupuntura e psicoterapia, não sendo indicadas me-
(D) anti-histamínico oral e lavagem nasal com soro didas farmacológicas.
fisiológico.
(C) iniciar medidas não farmacológicas de adaptações er-
(E) antibioticoterapia oral e lavagem nasal com soro gonômicas às atividades funcionais no domicílio, rela-
fisiológico. xamento e técnicas de repouso, não sendo indicadas
intervenções farmacológicas e atividade física.
(D) orientar medidas não farmacológicas, como ativida-
de física aeróbica e psicoterapia, além de medidas
farmacológicas, incluindo o uso de antidepressivos
tricíclicos ou inibidores de recaptação da serotonina.
(E) iniciar medidas farmacológicas, incluindo antide-
pressivos tricíclicos e anti-inflamatórios não hormo-
nais, e medidas não farmacológicas, como acupun-
tura, higiene do sono, manipulação quiroprática e
psicoterapia.
(D) O médico, por cuidar de membros de uma família, 87. Embora as discussões sobre telemedicina e telessaúde
se torna parte do complexo de relacionamentos fa- ocorram no Brasil há mais de 20 anos, a pandemia de
miliares e sofre constante influência das emoções COVID-19 impulsionou estas práticas, que vieram para
vivenciadas. Para proteger sua saúde mental, o pro- ficar. A resolução CFM no 2.314/2022 definiu a telemedi-
fissional deve evitar a troca de afetos. cina como o exercício da medicina mediado por Tecnolo-
gias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs),
(E) O médico deve detalhar e sumarizar a conversa com para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção
o paciente, não deixando pontos subentendidos. Es- de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.
miuçar, mesmo que por vezes isso possa parecer um
pouco invasivo. Saber usar o tempo, considerando Considerando o teor dessa Resolução, especificamente
que consultas longas são mais recomendadas. em seu artigo 13, no caso de emissão à distância de relató-
rio, atestado ou prescrição médica, deverá constar obriga-
toriamente em prontuário:
85. Tracoma é uma conjuntivite crônica causada pela bactéria
(A) a identificação do médico, incluindo seu nome com-
Chlamydia trachomatis. Sendo a principal causa de ceguei-
pleto, formação, número do CRM, endereço residen-
ra evitável no mundo, caracteriza-se por exacerbações pro-
cial e especialidade.
gressivas e remissões. Os sintomas iniciais são hiperemia
da conjuntiva, edema palpebral, fotofobia e lacrimejamento. (B) que a consulta emitida por modalidade de teleme-
Mais tarde, ocorrem neovascularização da córnea e cica- dicina dispensa a necessidade do atendimento pre-
trização de conjuntiva, córnea e pálpebras. O diagnóstico sencial do paciente assistido à distância.
costuma ser clínico, e o tratamento é feito com antibióticos
tópicos e sistêmicos. Para o tratamento sistêmico, exceto (C) a assinatura com certificação digital do médico no pa-
para crianças com menos de 6 meses de idade e gestantes drão da infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
durante o primeiro trimestre, recomenda-se: (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito.
(A) Azitromicina – 20 mg/kg (máximo de 1 g), via oral, (D) a identificação e os dados do paciente (endereço e
em dose única. local informado do atendimento) e o registro de data
e hora da consulta, além da assinatura do paciente
(B) Eritromicina – 20 mg/kg (máximo de 1 g), via oral, em por meio digital.
dose única.
(E) que o médico não se responsabiliza pela seguran-
(C) Azitromicina – 500 mg, via oral, duas vezes ao dia, ça das informações dos pacientes por ele atendidos,
por 14 dias. haja vista que a consulta remota prevê alguns casos
de violação da segurança digital.
(D) Eritromicina – 500 mg, via oral, três vezes ao dia, por
10 dias.
(E) Doxiciclina – 500 mg, via oral, duas vezes ao dia, por
14 dias.
80,00
70,00
um empreendimento imobiliário, próximo a uma região de
60,00
mata fechada em Mairiporã, e seu pai o acompanha no
trabalho esporadicamente. Ao ser questionado, relatou a
50,00
presença de macacos mortos na região.
40,00
Conforme a ferramenta “diagrama de controle”, elabora- (B) a vacina (uma dose) deve ser dada apenas à esposa
da para fins de monitoramento da conjuntivite, esta con- do paciente.
dição deve ser considerada epidêmica quando a curva (C) todos os familiares do caso devem ser vacinados
mensal ultrapassar: com uma dose da vacina.
(A) o limite inferior do nível endêmico.
(D) a filha, a esposa e o pai devem tomar uma dose da
(B) o limite superior do nível endêmico. vacina, mas não a irmã, que possui contraindicação.
(C) a média acrescida de 3,0 desvios-padrão. (E) a vacina está indicada para a esposa (uma dose) e
(D) o maior pico mensal do limite endêmico inferior. o pai do paciente e é contraindicada para a irmã e a
filha.
(E) a média histórica dos casos mensais nos anos an-
teriores.
BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 20 Confidencial até o momento da aplicação.
92. De acordo com a Portaria no 2.528, de 19 de outubro de 93. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde
2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pes- (OMS, 2023), os esforços contra o uso do tabaco têm
soa Idosa (PNSPI), considera-se idoso frágil ou em situ- surtido efeito, e o número de tabagistas vem caindo em
ação de fragilidade aquele que vive em instituições de todo o mundo, passando de 22,8% da população global,
longa permanência para idosos (ILPI), encontra-se aca- em 2007, para 17,0% em 2021. Mesmo assim, o taba-
mado, esteve hospitalizado recentemente por qualquer gismo ainda é umas das principais causas evitáveis de
razão, encontra-se com pelo menos uma incapacidade morte, provocando cerca de 8,7 milhões de óbitos anual-
funcional básica, vive situações de violência doméstica mente. Baseadas em evidências e pensadas para países
ou apresente doenças sabidamente causadoras de inca- com todos os níveis de renda, as medidas MPOWER são
pacidade funcional, a saber: ações com bons índices de custo-efetividade adotadas
pelos países para combater o consumo de tabaco e seus
(A) acidente vascular encefálico, síndromes demenciais
efeitos nocivos entre a população. São elas:
e outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neo-
plasia terminal e amputações de membros. (A) estimular a troca do cigarro comum por cigarros ele-
trônicos; instituir núcleos de controle do tabagismo em
(B) etilismo, insuficiência renal crônica, ataque isquêmi-
todos os estados e municípios do Brasil; aumentar em
co transitório, antecedente de angioplastia e infarto
20% os impostos sobre o tabaco; oferecer apoio para
agudo do miocárdio.
a cessação do tabagismo; e implementar a abordagem
(C) doença pulmonar obstrutiva crônica, acidente vascu- breve, mínima, básica na cessação do tabagismo.
lar encefálico, doença de Chagas crônica e doenças
(B) monitorar o uso do tabaco e implementar políticas
autoimunes.
de prevenção; proteger as pessoas contra o tabagis-
(D) câncer em estágio avançado, cirrose hepática, ce- mo; oferecer apoio para a cessação do tabagismo;
gueira, depressão grave, osteoporose e outras do- alertar a população sobre os riscos do consumo de
enças reumáticas. tabaco; aplicar proibições à publicidade, à promoção
e ao patrocínio ligados ao tabaco; e aumentar os im-
(E) diabetes mellitus, insuficiência cardíaca grave, hiper- postos sobre o tabaco.
tensão arterial, doença de Parkinson e doença de
Alzheimer. (C) reduzir a quantidade de tabacarias por habitantes;
proibir a venda de narguilés até 2030; aumentar em
30% os impostos sobre o tabaco; promover ações
de educação em saúde e de combate ao tabagis-
mo junto a pré-escolares e adolescentes; e oferecer
apoio para a cessação do tabagismo, sobretudo em
adolescentes e adultos jovens.
(C) cooperativa médica; cooperativa odontológica; me- (E) secundária, primária, quaternária e terciária.
dicina de grupo; odontologia de grupo; ou filantropia.
(D) coletiva empresarial; coletiva não identificada; coletiva 97. Dados hipotéticos de um estudo observacional, que ava-
por adesão; seguradora; ou cooperativa de saúde. liou fatores de risco para a ocorrência de diabetes mellitus,
(E) administradora de benefícios; cooperativa de saú- encontraram um risco relativo (RR) igual a 0,55 ao se com-
de; seguradora; odontologia de grupo; ou segmento pararem expostos com não expostos. A exposição consi-
terciário. derada foi realizar atividade física regular. O intervalo de
confiança de 95% (IC95%) variou de 0,38 a 1,20.
Com base nos dados descritos, é correto afirmar que:
95. Na figura a seguir, é possível verificar a queda do número
de mortes por Aids, sobretudo a partir do ano de 1995, (A) o risco de doença foi 55% maior entre os expostos
bem como o aumento da prevalência da doença entre os (p < 0,05).
anos de 1985 e 2004, nos Estados Unidos. (B) os expostos apresentaram proteção de 55%, com
significância estatística.
Número de casos, mortes e prevalência da Aids
nos Estados Unidos, de 1985 a 2004. (C) houve uma redução de 45% no risco entre os expostos,
90
Implementação da 450 sem significância estatística.
80
definição em 1993 400
(D) não houve diferença estatisticamente significativa
Casos e mortes (em milhares)
70 350
entre os grupos de intervenção e placebo.
Prevalência (em milhares)
60 300
(E) as intervenções promoveram uma queda de 95% no
50 250
risco para os expostos, com significância estatística.
40 200
30 150