Você está na página 1de 24

hospital oftalmológico de sorocaba

concurso de residência médica 2024

001. Prova objetiva

oftalmologia
otorrinolaringologia

� Você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 100 questões objetivas.
� Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.
� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum
problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição desse caderno.
� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
� Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.
� A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas.
� Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridas 2 horas do início da prova.
� Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua
prova, assinando termo respectivo.
� Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno.
� Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

Aguarde a ordem do fiscal para abrir este caderno.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

Confidencial até o momento da aplicação.


Cirurgia Geral 03. O manejo da via aérea (VA) é um grande desafio para os
profissionais da emergência, sendo o primeiro e funda-
mental passo no atendimento às vítimas de trauma. Com
relação a esse tema, pode-se afirmar corretamente que
01. Com relação ao desenvolvimento de tromboembolismo
venoso profundo (TVP) em pacientes vítimas de trauma, (A) se o paciente é capaz de se comunicar verbalmente,
assinale a alternativa correta. é pouco provável que uma obstrução de vias aéreas
represente um risco imediato.
(A) Lesões da medula espinhal e múltiplas transfusões
não são consideradas fatores de risco para TVP. (B) na intubação orotraqueal das vítimas de trauma, o
colar cervical não deve ser aberto, pois este é essen-
(B) O filtro Greenfield original de aço inoxidável é o trata-
cial para restringir os movimentos da coluna cervical.
mento de escolha para a abordagem terapêutica da
trombose venosa profunda de veia cava superior de (C) Se não for intubado, o oxigênio deve ser adminis-
localização paraórtica. trado a um paciente traumatizado por um dispositivo
de cateter nasal para obtenção de oxigenação ideal.
(C) O risco de desenvolvimento de tromboembolismo
venoso em pacientes vítimas de trauma é alto, com (D) A permeabilidade das vias aéreas assegura uma
uma incidência de TVP sem profilaxia de até 50%, ventilação adequada aos pacientes traumatizados,
e incidência de embolia pulmonar (EP) de até 30%. permitindo trocas gasosas adequadas.
(D) Aproximadamente 80% dos pacientes com trombose (E) Lesões traqueais ou brônquicas devem ser identifi-
venosa têm manifestações clínicas presentes, tais cadas durante a avaliação secundária, por meio de
como o sinal de Homans e Rutheford. exames específicos.
(E) O atual método de escolha no diagnóstico da TVP é
a dosagem de fibrinogênio e D-dímero.
04. Nos pacientes traumatizados, deve-se idealmente reco-
nhecer um estado de choque durante a avaliação primá-
ria; para tanto, é importante estar familiarizado com a di-
02. O manejo pré-operatório de qualquer paciente cirúrgico faz
ferenciação clínica das causas de choque. Com relação a
parte de uma lista de cuidados que se estendem da con-
ese tema, pode-se afirmar corretamente que
sulta inicial ao cirurgião até a recuperação final do paciente.
Considerando esse tema, atualmente, aceita-se que: (A) um valor normal de hematócrito descarta uma perda
sanguínea significativa, e perdas sanguíneas maci-
(A) a tricotomia deve ser realizada 24 horas antes do
ças produzem decréscimos significativos nos valores
procedimento cirúrgico e abranger todo o segmento
iniciais de concentração de hemoglobina.
da ferida operatória (ex. tricotomia abdominal com-
pleta nas videolaparoscopias). (B) valores de deficit de base e/ou lactato na gasometria
arterial não são úteis para determinar a presença e a
(B) o eletrocardiograma deve ser solicitado a todos os
gravidade do choque hemorrágico.
pacientes que serão submetidos a anestesia geral,
para melhor avaliação cardiológica pré-operatória. (C) o tamponamento cardíaco no trauma é mais frequen-
temente associado ao trauma contuso do tórax por
(C) as radiografias de tórax são realizadas na rotina pré-
acidentes automobilísticos.
-operatória das cirurgias abdominais de andar supe-
rior do abdome, a fim de prevenção de atelectasia. (D) no diagnóstico do pneumotórax hipertensivo, a con-
firmação radiológica se faz necessária na avaliação
(D) a utilização de ácido acetilsalicílico no pré-operatório
primária para justificar a toracocentese de alívio.
deve ser mantida nos pacientes com risco para do-
ença arterial coronariana moderado a alto, exceto (E) mecanismos compensatórios podem prevenir a que-
quando o risco de uma hemorragia resultante defini- da mensurável na pressão sistólica até que uma per-
tivamente ultrapassar a probabilidade de um evento da de 30% da volemia do paciente tenha ocorrido.
aterotrombótico.

(E) os pacientes devem ser encorajados a parar de fu-


05. A causa mais comum de pneumotórax hipertensivo,
mar pelo menos um dia antes da cirurgia, idealmente
atualmente,
com suporte programático, por meio de programas
de aconselhamento formais. (A) são as fraturas vertebrais com grande desvio da co-
luna torácica.

(B) é a ventilação mecânica com pressão positiva em


pacientes com lesão da pleura visceral.

(C) é a iatrogenia após tentativas mal direcionadas de


inserção de cateter venoso central por via subclávia.

(D) são os ferimentos transfixantes por arma branca ou


de fogo da cavidade torácica.

(E) é o barotrauma devido a intercorrências aeroespaciais.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 2 Confidencial até o momento da aplicação.


06. Um exemplo de lesão abdominal em “alça de balde” ca- 08. A discussão da associação entre o tempo de evolução da
racteriza-se por qual das alternativas a seguir? apendicite aguda e o tratamento cirúrgico e suas conse-
quências em desfecho clínico parte da premissa de que
(A) Lesões causadas por explosão decorrentes de ar-
a doença evolui de uma fase inflamatória para necrose
mas do tipo escopeta ou espingarda.
e posterior perfuração, de acordo com a fisiopatologia
(B) Rotura do ceco por obstrução aguda em alça fecha- clássica descrita para a mesma. Diante desses fatos,
da. atualmente, recomenda-se que o procedimento cirúrgico
(apendicectomia) pode ser adiado por algumas horas,
(C) Laceração do diafragma por acionamento do airbag. desde que sejam obedecidas algumas orientações:
(D) Lesão extensa do mesentério do intestino delgado (A) Paciente estável hemodinamicamente, sem sinais
por mecanismo de desaceleração. de disfunções orgânicas ou resposta inflamatória
(E) Lesão intrabdominal em decorrência de ferimento exacerbada/tempo de história menor que 72 horas/
transfixante por arma branca em víscera parenqui- tomografia computadorizada (TC) que não apresen-
matosa. te os seguintes achados: presença de fluido perito-
neal, perfuração e fecalito.

(B) Paciente afebril, com sinais de uma única disfunção


07. Qualquer ferimento que atinja a transição toracoabdomi- orgânica/tempo de história menor que 5 dias/tomo-
nal, seja por projétil de arma de fogo ou por arma branca, grafia computadorizada (TC) que não apresente abs-
apresenta grande probabilidade de ter atingido o diafrag- cesso intracavitário < 2,0 cm.
ma e comprometer ainda outras vísceras que estão próxi-
mas. A zona de transição toracoabdominal apresenta os (C) Paciente com idade abaixo de 30 anos, sem sinais de
seguintes limites: disfunções orgânicas ou resposta inflamatória exacer-
bada/tempo de história menor que 24 horas/tomogra-
(A) Limite superior – linha imaginária que passa pelo se- fia computadorizada (TC) que confirme o diagnóstico
gundo espaço intercostal na face anterior do tórax/li- com presença de abscesso periapendicular < 10 mm.
mite inferior – linha imaginária que passa pela quarta
vértebra lombar. (D) Paciente com idade abaixo de 50 anos, com uma
única disfunção orgânica/tempo de história menor
(B) Limite superior – linha imaginária que passa pela que uma semana/tomografia computadorizada (TC)
linha hemiclavicular na face anterior do tórax/limite que não apresente abscessos intracavitários.
inferior – linha imaginária que passa pelo rebordo
costal direito. (E) Paciente afebril, sem sinais de disfunções orgânicas
ou resposta inflamatória exacerbada/tempo de his-
(C) Limite superior – linha imaginária que passa pelo tória menor que 5 dias/tomografia computadorizada
quarto espaço intercostal na face anterior do tórax/ (TC) que apresente os seguintes achados: presença
limite inferior – linha imaginária que passa pela se- de fluido periapendicular e fecalito.
gunda vértebra lombar.

(D) Limite superior – linha imaginária que passa pela


linha hemiclavicular na face anterior do tórax/limite 09. Com relação à pancreatite aguda, assinale a alternativa
inferior – linha imaginária que passa pelo rebordo correta.
costal esquerdo. (A) A maioria das pancreatites (85%) apresenta-se na
(E) Limite superior – linha imaginária que passa pelo forma moderada/grave, com sepses e disfunções or-
processo xifoide na face anterior do tórax/limite in- gânicas severas.
ferior – linha imaginária que passa pela primeira vér- (B) A necrose pancreática, que representa 15-20% dos
tebra lombar. casos, evolui com disfunção orgânica em até 40%.

(C) O pseudocisto é considerado o pior fator prognósti-


co da necrose pancreática, e geralmente ocorre com
dois a três dias de evolução da doença.

(D) A presença de gás na tomografia computadorizada


(TC) é sinal sugestivo de infecção, e é encontrado
em 90% dos casos.

(E) Indicar precocemente a drenagem ou qualquer tipo


de intervenção na necrose pancreática é a conduta
adotada nos últimos 20 anos; o que se preconiza é
realizar os procedimentos com pelo menos 5 dias de
evolução, fase denominada de necrose pancreática
delimitada (walled off necrosis).

Confidencial até o momento da aplicação. 3 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


10. Com relação às hérnias da parede abdominal, assinale a 12. Homem, 68 anos, com queixa de dor lombar há três me-
alternativa correta. ses e diagnóstico recente de Diabetes Mellitus, foi sub-
metido a uma tomografia de abdome que demonstrou
(A) A ideia atual é de que as hérnias são, em sua maio-
lesão sólida heterogênea em cabeça de pâncreas de 2,0
ria, um distúrbio do metabolismo do colágeno; um
cm e dilatação do ducto pancreático principal (0,7 cm)
dos principais fatores, nesse caso, é a relação entre
sem outros achados. Complementada a avaliação com
o colágeno dos tipos II e IV.
tomografia de tórax sem evidência de lesões e avaliação
(B) Define-se hérnia umbilical como um defeito fascial de risco cirúrgico ASA II.
na linha alba entre o processo xifoide e o umbigo; O provável diagnóstico e a conduta correta são:
são raras em crianças e adolescentes e, na maioria
dos casos, reduz-se espontaneamente. (A) IPMN (neoplasia mucinosa intraductal papilar ou
intraductal papillary mucinous neoplasm) de ducto
(C) A maioria das hérnias epigástricas (provavelmente principal / observação e ressecção, se houver estig-
75%) é sintomática, frequente em neonatos e crian- mas de alto risco.
ças, e as hérnias assintomáticas em crianças com me-
nos de 10 anos não se resolvem espontaneamente. (B) Adenocarcinoma ductal de pâncreas / gastroduode-
nopancreatectomia.
(D) A hérnia abdominal externa é a forma mais comum
de hérnia, cujos tipos mais frequentes são: inguinal (C) Neoplasia cística serosa / observação e ressecção,
(75%), umbilical (15%) e femoral (8,5%). se houver sintomas.
(E) A hérnia femoral constitui o segundo tipo mais co- (D) Neoplasia papilar mucinosa intra ductal / observação
mum de hérnia primária, representando aproximada- e ressecção, se houver estigmas de alto risco.
mente 70% dos casos de hérnia em mulheres e 30%
nos homens; o estrangulamento apresenta-se como (E) Pancreatite cefálica / tratamento de suporte clínico,
uma rara manifestação inicial (5% das ocorrências). hormonal e com imunobiológicos.

11. Para um paciente com dor aguda no quadrante inferior di- 13. Homem, 53 anos, procura o Pronto-Socorro com queixa
reito do abdome, a história clínica e o exame físico bem de evacuações pretas (semelhantes a borra de café) e
realizados são fundamentais, mas podem ser conflitantes muito fétidas, há cerca de 3 horas. Refere que teve epi-
para a elaboração das hipóteses diagnósticas e, sob o pon- sódio semelhante há um ano, quando foi diagnosticado
to de vista prático, os exames de imagem são solicitados sangramento por varizes de esôfago e cirrose hepática
para corroborar o diagnóstico clínico e documentar a indi- pelo vírus C, CHILD-PUGH B. Refere estar em uso de
cação cirúrgica. As setas das imagens da tomografia com- betabloqueador (propranolol) desde então. Na admis-
putadorizada de abdome a seguir demonstram tratar-se de: são, apresentava-se lúcido, orientado, FC: 100 bpm, PA
100 x 70 mmHg e tempo de enchimento capilar maior
de 3 segundos. Após estabilização hemodinâmica, foi
submetido a endoscopia digestiva alta com achado de
varizes de esôfago de médio calibre em terço distal com
sangramento ativo. Com relação ao caso descrito, assi-
nale a alternativa correta.

(A) O fator principal da fisiopatologia da hipertensão por-


tal do paciente é a diminuição da resistência hepáti-
ca ao fluxo sanguíneo.

(B) O uso de betabloqueadores não seletivos não aju-


dou a diminuir o risco de hemorragia por varizes e
não deveria ter sido indicado.

(C) A reserva da função hepática do paciente (classifi-


cado como Child-Pugh B) não teve relação com o
prognóstico na hemorragia digestiva alta por varizes.

(D) Podem ser considerados como preditores da ruptura


das varizes do paciente o calibre dos vasos e a sua
reserva de função hepática.
(Fernando Alves Moreira. Guia de diagnóstico por imagem: o passo a passo (E) No caso do paciente, a melhor abordagem terapêu-
que todo médico deve saber/Fernando Alves Moreira, Almir Galvão Vieira
tica endoscópica na tentativa de coibir a hemorragia
Bitencourt, Lanamar de Almeida. - 1a ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017)
ativa deverá ser por uso de agentes esclerosantes.
(A) colecistite aguda.
(B) pancreatite aguda.
(C) íleo biliar.
(D) neoplasia obstrutiva de íleo.
(E) apendicite aguda.
BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 4 Confidencial até o momento da aplicação.
14. Alguns pacientes vítimas de trauma cranioencefálico podem apresentar hipertensão intracraniana, e dentre estes, pode-se
identificar, corretamente, a presença da tríade de Cushing, que se caracteriza pelos seguintes achados:

(A) hipertensão arterial sistêmica, bradicardia e alterações do ritmo respiratório.

(B) hipotensão arterial sistêmica, taquicardia e taquipneia.

(C) hipertensão arterial sistêmica, taquicardia e hipoxemia.

(D) papiledema, rebaixamento do nível de consciência e vômitos em jato.

(E) cefaleia, hipotermia e alterações do ritmo respiratório.

15. Mulher, 41 anos, portadora de colelitíase assintomática, refere aparecimento há um dia de dor abdominal em região de
epigástrio e hipocôndrio direito, acompanhada de náuseas, vômitos, icterícia, colúria e acolia fecal, seguida de febre e
calafrios. Exame físico: REG, IMC: 34 kg/m2, descorada +/4+, desidratada ++/4+, ictérica ++/4+, eupneica, FC: 88 bpm,
FR: 20 irpm, PA: 120 x 85 mmhg, temperatura 38, 6°C. Ap. cardiorrespiratório: taquicardia sinusal. Abdome: globoso,
levemente distendido, RHA pouco diminuídos, hepatimetria 14 cm, indolor à palpação. Sinal de Murphy negativo, DB ne-
gativa. Foram solicitados exames laboratoriais (Imagem1) e uma ultrassonografia que mostra fígado pouco aumentado,
homogêneo, dilatação difusa da via biliar até colédoco distal, em que a visualização do fator obstrutivo não é possível pela
interposição gasosa. Solicitada, então, uma colangiorressonância magnética para melhor avaliação (Imagem 2).

Imagem 1 Imagem 2

EXAME RESULTADO VALORES NORMAIS


17.200 (80%
Leucócitos 3.600 a 11.000 /mm2
neutrófilos)
Hb 14 12,0 a 16,0 g/dL

Plaquetas 350.000 140.000 A 400.000 mm2

Ureia 58 17,9 - 56,0 mg/dL

creatinina 1,2 0,72 - 1,25 mg/dL Vesícula biliar


colédoco

Bb total 8 02, - 1,2 mg/dL

Bb direta 6 0,0 - 0,5 mg/dL

Bb indireta 2 0,1 - 0.0 mg/dL

TGO 54 5- 34 mg/dL

TGP 60 0 - 55 mg/dL

GGT 500 40-50 U/L

Fosfatase alcalina 900 40-150 U/L (Arquivo Pessoal; imagens usadas com autorização)

Amilase 100 25 A 125 U/L

Lipase 50 7.80 a 77.98 U/L

PCR 50 REAGENTE = OU > 5,1mg/L

Em face do exposto, assinale a alternativa que contempla, corretamente, o diagnóstico da paciente e a opção terapêutica
mais recomendada.

(A) Icterícia obstrutiva devido a processos inflamatórios crônicos periampulares / colecistostomia, cateter transpapilar e
analgesia.

(B) Icterícia hepatocelular em razão da Síndrome de Mirizzi IV / colecistectomia videolaparoscópica, biópsia hepática e
anastomose biliodigestiva.

(C) Icterícia colestática em razão de coledocolitíase e colangite aguda / manter a paciente em jejum, introduzir antibiotico-
terapia e indicar descompressão da via biliar pela colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE).

(D) Icterícia hepatocelular por neoplasia periampular / jejum, analgesia, biópsia pancreática e complementação diagnós-
tica com colangiografia transparieto hepática.

(E) Colecistite crônica calculosa + hepatite transinfecciosa / jejum, hidratação, antibioticoterapia e colecistectomia eletiva
após 2 meses por videolaparoscopia.

Confidencial até o momento da aplicação. 5 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


16. Atualmente, a tomografia computadorizada (TC) com 18. O conhecimento da anatomia do baço é essencial para
contraste é considerada o melhor exame para avaliar o o(a) cirurgião(ã), a fim de que se executem técnicas cirúr-
pâncreas na presença de pancreatite aguda, a fim de gicas adequadas e sejam evitadas complicações. Diante
corroborar o seu diagnóstico e/ou detectar a presença do exposto, assinalea alternativa correta.
de complicações na evolução da doença. Dentro desse
(A) Geralmente o baço apresenta uma artéria polar infe-
contexto, a imagem a seguir corresponde a:
rior, que às vezes se comunica com as artérias gás-
tricas curtas, superiores e média, e artérias terminais
superiores e uma artéria polar superior.

(B) A artéria esplênica, um ramo do tronco mesentérico,


é um vaso tortuoso que emite múltiplos ramos para o
pâncreas e cursa ao longo de sua face anterior.

(C) A veia esplênica deixa o hilo esplênico, desloca‑se


anteriormente ao pâncreas, unindo‑se com ramos
pancreáticos e, muitas vezes, a veia mesentérica
(Townsend Jr., C. M.; Beauchamp, R.D.; B. Evers, M. And Mattox, K.L. inferior, para finalmente receber a veia mesentérica
Sabiston. Tratado de Cirurgia. 20a Edição, Ed. Elsevier, 2019) superior, desembocando na veia cava.
(A) necrose pancreática extensa de cabeça e cauda. (D) Os vasos curtos localizam-se na pequena curvatura
gástrica, sendo este fator importante nas gastrecto-
(B) abscessos peripancreáticos.
mias, a fim de se evitar a desvascularização esplênica.
(C) abscessos intrapancreáticos.
(E) O tipo magistral da anatomia da artéria esplênica
(D) cistoadenomas pancreáticos. ocorre em 30% dos indivíduos se comparado com o
tipo distribuído (70%).
(E) pseudocisto de cauda de pâncreas.

19. Há mais de 50 anos, a Sociedade Americana de Aneste-


17. Em um paciente apresentando suspeita de um tipo espe- siologia, apoiada na avaliação clínica pré-operatória, es-
cífico de abdome agudo, pode-se realizar, corretamente, tabeleceu uma classificação do estado físico do doente,
durante o exame físico do abdome, a pesquisa do sinal que tem implicações em relação ao ato operatório e que
de Jobert, que consiste em: ainda hoje é intensamente utilizada. Posteriormente, foi
(A) dor intensa à palpação bimanual do fígado com o incluída a classificação de ASA 6, representada por pa-
paciente em decúbito dorsal horizontal, sugerindo cientes com qual das características a seguir?
abscesso hepático. (A) Criança recém-nascida portadora de malformação
(B) perda da macicez do fígado na percussão abdominal e cardíaca grave.
ressonância uniforme, sugerindo a presença de ar livre (B) Gestante em parada cardíaca candidata a cesárea
na cavidade abdominal no abdome agudo perfurativo. pos mortem.
(C) descompressão brusca do abdome positiva no qua- (C) Presença de morte cerebral e candidato a doação
drante superior direito do abdome, sugerindo cole- de órgãos.
cistite aguda.
(D) Mínima chance de sobrevivência; operação como úl-
(D) dor intensa à percussão da loja hepática acompanha- timo recurso.
da de febre e vômitos, sugerindo colangite aguda.
(E) Doença sistêmica incapacitante com risco de morte
(E) dor na fossa ilíaca direita e descompressão brusca com ou sem operação.
positiva no ponto de Mc Burney, sugerindo apendi-
cite aguda.
20. A principal apresentação de urgência do câncer colorretal
é:

(A) obstrução.

(B) perfuração.

(C) enterorragia.

(D) hematoquezia.

(E) icterícia obstrutiva.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 6 Confidencial até o momento da aplicação.


Clínica Médica 24. Mulher de 19 anos refere presença de nódulo tireoidiano
identificado ao acaso após a realização de tomografia de
tórax. A paciente não possui queixas e o nódulo não é
21. Sobre o tratamento de emergências hipertensivas, é cor- palpável em exame físico. Em exames laboratoriais, valor
reto afirmar que: de TSH 0,01 mUI/L.
Para investigação adequada, neste momento, deve-se
(A) na hemorragia subaracnóidea, antes do tratamento
solicitar
do aneurisma, é razoável manter a pressão arterial
sistólica em valores inferiores a 160-180 mmHg. (A) dosagem de TRAB.
(B) dosagem de tireoglobulina.
(B) na dissecção de aorta, deve-se optar por controle
pressórico intensivo, primariamente com nitroprus- (C) dosagem de anti-tireoglobulina.
siato de sódio.
(D) cintilografia com iodo 131.
(C) no AVC isquêmico, ao optar-se por trombólise, deve-se (E) punção aspirativa por agulha fina do nódulo.
manter a pressão arterial sistólica inferior a 220 mmHg.

(D) na encefalopatia hipertensiva, o alvo é a redução 25. Homem de 47 anos refere tosse e expectoração ama-
de 30 a 50% da pressão arterial na primeira hora de relada há 5 dias. Relata que há 3 dias apresenta febre
atendimento. diária e que há 2 dias iniciou dispneia aos moderados es-
forços. Possui hipertensão arterial sistêmica e tabagismo
(E) diante do uso abusivo de cocaína, a opção inicial 10 anos-maço de comorbidades. Usa losartana 100 mg
para controle pressórico deve ser o uso de betablo- por dia. Não possui história de internação hospitalar. Ao
queadores. exame físico, apresenta-se consciente e orientado, febril
(temperatura axilar de 38,3 °C), frequência respiratória
de 23 irpm, frequência cardíaca de 102 bpm, pressão ar-
terial 145 x 98 mmHg, saturação arterial de 96% em ar
22. Homem de 32 anos refere episódios de palpitação as- ambiente, ausculta respiratória com estertores crepitan-
sociados a dispneia há 1 semana. Relata que estes epi- tes em região inferior de hemitórax direito, com demais
sódios iniciaram após período de libação alcoólica. No dados do exame físico normais. Em exames laborato-
momento, encontra-se assintomático. Exame físico den- riais, apresenta hemoglobina 14 g/dL, hematócrito 42%,
tro da normalidade. Eletrocardiograma mostra presença creatinina 0,8 mg/dL, ureia 52 mg/dL, sódio 138 mEq/L,
de fibrilação atrial. Realiza ecocardiograma transtorácico glicemia 134 mg/dL e pH de 7,39 em gasometria arterial.
sem alterações. Refere ausência de comorbidades ou Radiografia de tórax com imagem de consolidação em
uso de medicamentos. Diante dos achados, optou pela base pulmonar direita.
estratégia de controle de ritmo.
Diante do caso clínico apresentado, o tratamento instituí-
A conduta mais adequada, no momento, é do deve ser realizado preferencialmente de forma

(A) iniciar propafenona via oral. (A) ambulatorial com azitromicina, apenas.
(B) ambulatorial com doxiciclina, apenas.
(B) iniciar amiodarona via intravenosa.
(C) ambulatorial com ceftriaxona e azitromicina.
(C) Realizar cardioversão elétrica sincronizada. (D) hospitalar com ceftriaxona e azitromicina.

(D) Iniciar rivaroxabana via oral. (E) hospitalar com ceftriaxona, apenas.

(E) Iniciar AAS via oral.


26. Mulher de 60 anos apresenta queixa de dispneia súbita
há 3 horas associada a tosse seca esporádica. Como co-
morbidades, possui apenas neoplasia de mama em tra-
23. É indicado o uso de fentanil na fase de pré-intubação da tamento atualmente. Ao exame físico, encontra-se com
técnica de intubação por sequência rápida em caso de pressão arterial 118 x 62 mmHg, frequência respiratória
20 irpm, frequência cardíaca 104 bpm, saturação periféri-
(A) hipotensão arterial. ca de oxigênio 86% em ar ambiente, com demais dados
do exame físico normais. Radiografia de tórax encontra-
(B) hipertensão intracraniana. -se sem alterações.
Após confirmação da principal hipótese diagnóstica, o
(C) obesidade.
exame a ser solicitado para estratificação de risco é
(D) idade avançada. (A) D-dímero.
(B) cintilografia de tórax de ventilação-perfusão.
(E) hipoxemia.
(C) ecocardiograma transtorácico.
(D) ultrassonografia com doppler dos membros inferiores.
(E) tomografia de tórax sem contraste.
Confidencial até o momento da aplicação. 7 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia
27. Homem de 57 anos refere dificuldade de movimentar os 30. Mulher de 60 anos trazida por familiares que referem há 5
membros superior e inferior direitos percebida ao des- anos início de sintomas de isolamento social e apatia. Há 2
pertar às 6 horas, procurando o pronto-socorro imedia- anos apresentou piora dos sintomas, além de delírios per-
tamente após e chegando às 8 horas (2 horas depois do secutórios e alucinações visuais, sem alterações da memó-
despertar). O último momento em que foi visto assintomá- ria. Há 3 meses houve redução do vocabulário, repetindo
tico foi na noite anterior, antes de dormir. Ao exame físico, as palavras quando questionada e evoluiu com dependên-
encontra-se com fraqueza muscular em dimídio direito. cia para atividades instrumentais e básicas de vida diária.
Para seleção adequada do paciente para trombólise, O diagnóstico mais provável é
deve-se solicitar (A) doença de Alzheimer.

(A) tomografia computadorizada de crânio. (B) demência vascular.


(C) hidrocefalia de pressão normal.
(B) angio-TC de artérias intracranianas e cervicais.
(D) demência por corpos de Lewy.
(C) ressonância magnética de encéfalo (sequências (E) demência frontotemporal.
DWI e FLAIR).
31. Quanto à prevenção de quedas em idosos, é correto
(D) angio-RNM de artérias intracranianas e cervicais.
afirmar que
(E) ultrassom doppler de artérias carótidas e vertebrais. (A) hipertensão arterial sistêmica e diabete melito cons-
tituem fatores de risco modificáveis, pois o controle
intensivo dessas comorbidades leva à redução signi-
ficativa de quedas.
28. Homem de 19 anos, portador de anemia falciforme, refere
dor torácica, dispneia e febre. Ao exame físico, apresenta (B) antiarrítmicos e psicotrópicos são considerados fato-
saturação periférica de 93% em ar ambiente e temperatu- res de proteção, sendo capazes de prevenir quedas.
ra de 38,6 °C. Radiografia de tórax aponta para presença (C) suspender a restrição de sódio, usar meias elásticas
de infiltrado pulmonar em lobo médio à direita. Exames e uso de fludrocortisona podem ser usados no trata-
laboratoriais mostram Hb de 8,5 g/dL. A conduta adequa- mento de hipotensão postural.
da neste momento, além de hidratação e analgesia, é
(D) a reposição de vitamina D para idosos em geral, na
dose de 1 000 a 2 000 UI/dia, previne quedas e a per-
(A) antibioticoterapia empírica com ceftriaxona e azitro-
da de massa muscular em idosos.
micina e concentrado de hemácias.
(E) idosos institucionalizados possuem menor risco de
(B) antibioticoterapia empírica com ceftriaxona, azitromi- quedas que idosos saudáveis, visto terem, de modo
cina e metronidazol e concentrado de hemácias. geral, maior suporte de apoio.

(C) hidroxiureia e concentrado de hemácias.


32. Homem de 24 anos com confusão mental e rebaixamento
do nível de consciência. Exame físico dentro da normali-
(D) antibioticoterapia empírica com ceftriaxona e azitro-
dade. Exames laboratoriais com sódio sérico 121 mEq/L,
micina e hidroxiureia.
sódio urinário 19 mEq/L e osmolaridade urinária 87 mOsm/L.
A principal hipótese diagnóstica é
(E) antibioticoterapia empírica com ceftriaxona, azitromi-
cina e metronidazol e hidroxiureia. (A) hipotireoidismo primário.
(B) insuficiência adrenal primária.
(C) insuficiência adrenal secundária.
29. Homem de 55 anos refere, nos últimos seis meses, perda
de 12% do peso corporal, além de episódios febris oca- (D) síndrome da secreção inapropriada de hormônio
sionais com resolução espontânea. Apresentava linfono- antidiurético.
domegalia em cadeia submandibular e axilar ao exame (E) polidipsia primária.
físico. Em tomografia de tórax, apresentou linfonodome-
galias em cadeias mediastinais. Ausência de linfonodo- 33. Em relação ao uso de inibidores de SGLT2 na doença
megalias em abdome ou pelve. Biópsia confirma a hipó- renal crônica, é correto afirmar que
tese de linfoma de Hodgkin.
(A) devem ser usados somente quando associado ao
De acordo com o estadiamento Ann Arbor, o acomenti- diabetes mellitus.
mento do paciente pode ser classificado como
(B) devem ser usados nos estágios III, IV e V da doença
(A) IIA. renal crônica.
(C) têm como principal efeito protetor seu papel como
(B) IIIA.
hipoglicemiante.
(C) IVA. (D) têm como principal efeito protetor a redução na pres-
são intraglomerular.
(D) IIB.
(E) atuam bloqueando a reabsorção de glicose e potás-
(E) IIIB. sio nos túbulos renais.
BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 8 Confidencial até o momento da aplicação.
34. Homem de 34 anos apresenta queixa de disfagia e odi- 37. Mulher de 62 anos encontra-se em internação na UTI
nofagia há 1 mês, com piora progressiva. Comorbida- com ventilação mecânica invasiva em um modo conven-
des: infecção pelo HIV, com última medida de CD4 de cional. Uma das curvas do ventilador é apresentada a
195 células/mm3. Ao exame físico, apresenta placas seguir.
orais brancas coalescentes em língua e mucosa oral,
possíveis de retirada com uma espátula, sem demais
Fluxo (L/min)
achados fora da normalidade. Diante do caso clínico,
deve-se, preferencialmente,

(A) solicitar endoscopia digestiva alta para investigação


etiológica do quadro disfágico.
30
(B) iniciar tratamento empírico com fluconazol via oral.

(C) iniciar tratamento empírico com nistatina tópica.

(D) iniciar tratamento empírico com aciclovir via oral. 0 1 2 3 Tempo (s)

(E) coleta amostra de biópsia para definir o agente


etiológico.

35. Em relação à encefalopatia hepática, é correto afirmar que:

(A) a encefalopatia hepática grau IV na cirrose hepáti- De acordo com essa curva, qual afirmativa é correta so-
ca está associada à presença de edema cerebral e bre a estratégia ventilatória da paciente?
hipertensão intracraniana, com possibilidade de her-
(A) A ciclagem desse modo ventilatório ocorre a volume.
niação uncal.
(B) A ciclagem desse modo ventilatório ocorre a fluxo.
(B) deve-se orientar restrição proteica para o tratamento
dos graus III e IV, principalmente de aminoácidos de (C) Paciente apresenta auto-PEEP.
cadeia aromática. (D) A relação I:E é de 1:3.

(C) a hemorragia digestiva alta é um de seus principais (E) Esse modo ventilatório é limitado à pressão.
precipitantes, estando associada ao aumento do
aporte de aminoácidos no trato gastrointestinal.
38. De acordo com a diretriz da Sociedade Brasileira de Dia-
(D) a lactulose é uma das opções terapêuticas disponí- betes de 2023, constitui estratificador de alto risco para
veis, sendo seus principais efeitos colaterais resul- manejo da hipercolesterolemia:
tantes dos efeitos sistêmicos decorrentes da absor-
(A) obesidade grau III.
ção intestinal.
(B) neuropatia sensitivo-motora periférica.
(E) a primeira opção terapêutica é o uso de antibióticos
orais, que pode ser feito em monoterapia e cuja prin- (C) hipertrigliceridemia.
cipal escolha é o metronidazol. (D) escore de cálcio coronário < 10 U.

(E) retinopatia diabética não proliferativa leve.


36. Mulher de 48 anos apresenta sintomas de pirose e regur-
gitação há 10 anos, fazendo uso irregular de antiácidos.
39. Homem de 36 anos queixa-se de dor testicular há 48 ho-
Em endoscopia digestiva alta, observado deslocamento
ras. Relata, de modo associado, que há 2 meses apre-
da junção escamocolunar de 3 cm em relação à junção
senta perda de peso involuntária de 6 kg, parestesias em
gastroesofágica. Em biópsia, detectada presença de me-
mãos e pés e livedo reticular. Ao exame físico, apresenta
taplasia intestinal com displasia de alto grau. A conduta
pressão arterial de 140 x 95 mmHg, sem demais acha-
recomendada é
dos anormais. Diante da suspeita de vasculite sistêmica,
o exame que deve ser solicitado para contribuir com o
(A) monitorização endoscópica a cada 3 anos.
diagnóstico, em caso de achados positivos, é
(B) monitorização endoscópica semestral. (A) proteinúria de 24 horas.

(C) ressecção endoscópica da mucosa. (B) angio-TC de tórax.

(C) avaliação de dismorfismo eritrocitário na urina.


(D) cirurgia antirrefluxo.
(D) dosagem de crioglobulinas.
(E) esofagectomia.
(E) angiografia abdominal.

Confidencial até o momento da aplicação. 9 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


40. Mulher de 29 anos refere fadiga há 6 meses. Durante Leia o caso a seguir para responder às questões de números
o mesmo período, relata presença de dor, edema e eri- 42 e 43.
tema em articulações metacarpofalangeanas bilateral-
mente, além de eritema em região malar bilateralmente, B.N.F., 53 anos de idade, GII PI (1N 1C) A0, alega perda uri-
que poupa o sulco nasolabial com duração em torno de nária quando tosse, espirra, corre e pula. Ao exame gineco-
2 semanas e melhora após. Refere, ainda, presença de lógico: cistocele grau I. Nega urgência miccional ou noctúria.
úlceras em mucosa oral com duração de 3 a 4 dias, de Urocultura negativa.
forma recorrente, e febre ocasional há 1 ano, de forma
Paciente submetida a teste urodinâmico que revelou VLPP
intermitente, com duração de 2 a 3 dias, chegando a
(menor pressão vesical na qual se observa perda de urina)
38,3 °C. Nega outras queixas. Sem antecedentes pré-
< 60 cmH2O.
vios ou uso de medicamentos. Ao exame físico, apre-
senta artrite em 2a e 3a metacarpofalangianas bilateral-
mente, além de 2 úlceras orais dolorosas em mucosa 42. Assinale a alternativa que apresenta o provável diagnóstico.
oral, sem demais achados anormais.
(A) Hiperatividade do detrusor.
Considerando-se os critérios classificatórios de lúpus eri-
tematoso sistêmico (LES) ACR-EULAR 2019 para reali- (B) Incontinência urinária de esforço.
zar o diagnóstico, é correto afirmar que
(C) Incontinência urinária mista.
(A) a febre, apesar de ser sintoma frequente nos qua-
(D) Dissinergia períneo-detrusor.
dros de LES, não contribui para o diagnóstico, vista
sua baixa especificidade. (E) Infecção urinária baixa.

(B) diante dos achados cutâneos apresentados, apenas


o lúpus cutâneo agudo será contabilizado para reali- 43. Assinale a alternativa que indica o tratamento adequado
zação do diagnóstico. para essa paciente.

(C) para realização do diagnóstico, os critérios laborato- (A) Cirurgia de Burch.


riais devem estar presentes, seja o consumo do com-
plemento ou a presença de anticorpos específicos. (B) Sling.

(C) Oxibutinina.
(D) o valor de proteinúria é contabilizado de modo pro-
gressivo para o diagnóstico, ou seja, quanto maior (D) Duloxetina.
o valor da proteinúria, maior a pontuação que o pa-
ciente receberá. (E) Macrodantina.

(E) anemia de doença crônica pode contribuir para o


diagnóstico, estando dentro do domínio de sinais e Leia o caso a seguir para responder às questões de números
sintomas constitucionais. 44 e 45.

Mulher de 37 anos mantém relacionamento homossexual há 1


ano. Procura médico da família queixando-se de ausência de
Obstetrícia e Ginecologia menstruação há 6 meses. Refere ciclos menstruais irregulares
há 1 ano. Ao exame físico, ausência de sinais de hiperandro-
genismo. IMC 24 kg/m². Nulípara, nega uso de medicações
41. Mulher de 50 anos, sem comorbidades, exames de ma- ou drogas. Sem desejo reprodutivo. Vem já com exames labo-
mografia e ultrassom transvaginal sem alterações, pro- ratoriais recentes: FSH 40 mUI/mL; LH 23mUI/mL; prolactina
cura seu ginecologista por atraso menstrual há 6 meses. 19 ng/mL, TSH 4,0 mcUI/mL. Ao toque vaginal: colo uterino im-
Alega, nos últimos meses, ondas de calor, irritabilidade, pérvio, consistência nasal, fundo uterino intrapélvico. Anexos
falha de memória, fadiga e esquecimento. Nega anticon- não palpáveis. Ultrassom transvaginal: sem alterações.
cepção. Esposo vasectomizado. Nega cirurgias prévias.
Assinale a alternativa que apresenta o tratamento mais
adequado para essa paciente. 44. Sobre o caso clínico, assinale a alternativa que represen-
ta o diagnóstico provável.
(A) Fitoterapia. (A) Gestação incipiente.
(B) Terapia com dispositivo intrauterino de progesterona. (B) Hiperprolactinemia.

(C) Terapia estrogênica via oral. (C) Hipotireoidismo.

(D) Terapia estroprogestativa. (D) Insuficiência ovarina precoce.

(E) Síndrome dos ovários policísticos.


(E) Antidepressivo.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 10 Confidencial até o momento da aplicação.


45. Sobre o diagnóstico do caso clínico, assinale a alternati- 48. Os níveis de prolactina podem estar elevados por diver-
va correta. sos fatores, dentre eles, pelo uso de medicamentos. Assi-
nale a alternativa que apresenta o medicamento relacio-
(A) Trata-se de um caso de hipogonadismo hipogona- nado ao aumento da prolactina.
dotrófico.
(A) Ácido acetilsalicílico.
(B) Trata-se de um caso de hipogonadismo hipergona-
(B) Ginkgo biloba.
dotrófico.
(C) Ibuprofeno.
(C) A paciente teria indicação de terapia com estrogênio
isolado. (D) IECA (inibidor da enzima conversora de angiotensina).

(D) A paciente teria indicação de introdução de levotiroxina. (E) Alprazolam.

(E) A paciente teria indicação de pílula anticoncepcional


hormonal oral. 49. O câncer de colo uterino ocupa o sétimo lugar no ranking
mundial, sendo o quarto tipo mais comum na população
feminina. Assinale a alternativa que apresenta fator(es)
de risco para o cancêr de colo uterino.
46. Com relação aos critérios de elegibilidade da OMS para
(A) Uso de tamoxifeno.
métodos contraceptivos hormonais, assinale a alternativa
que traz a informação correta. (B) Menarca precoce.

(A) Anticoncepcionais hormonais combinados orais são (C) Menopausa tardia.


contraindicados em pacientes diabéticas. (D) Mutação do BRCA 1 e 2.

(B) DIU de levonorgestrel pode ser usado em pacientes (E) HPV e tabagismo.
diabéticas e em pacientes com história de trombose
venosa profunda prévia.
50. A definição clássica de puberdade anormal, seja precoce
(C) Anticoncepcionais combinados orais são contraindi- ou tardia, baseia-se no início dos sinais clínicos em uma
cados em pacientes com dislipidemia isolada. idade que varia de 2,5 a 3 desvios padrões da média da
população. Assinale a alternativa que apresenta uma das
(D) Anticoncepcionais orais são contraindicados em pa- características definidas pela Academia Americana de
cientes tabagistas com idade < 35 anos. Pediatria e pelo Colégio Americano de Obstetras e Gine-
cologistas para a caracterização de meninas em puber-
(E) Para pacientes obesas é preferível uso de método dade tardia.
combinado (estrogênio mais progesterona).
(A) Menarca ocorrendo antes da telarca.

(B) Ausência de telarca aos 13 anos de idade.

47. Reconhecer as diversas etiologias das úlceras genitais (C) Ausência de menarca aos 14 anos de idade.
e abordá-las de forma sindrômica é de extrema impor-
(D) Ausência de menarca em até 1 ano após a telarca.
tância para a saúde e para o sucesso de tratamento do
paciente. Sobre o diagnóstico e tratamento das úlceras (E) Ausência de menarca em até 3 anos após a pubarca.
genitais, assinale a alternativa correta.

(A) Se as lesões forem dolorosas e tiverem mais de 4 51. Paciente primigesta, IG 32 semanas, chega à UPA com
semanas de evolução, deve-se tratar somente para queixa de cefaleia occipital e náuseas. Apresenta PA de
sífilis e cancroide. 160 x 110 mmHg. BCF 140 bpm. Sem queixas obstétri-
cas. Exame laboratorial de pré-natal com resultado de
(B) Se as lesões forem dolorosas e tiverem menos de 4 relação: proteína na urina/creatinina na urina de 0,3.
semanas de evolução, deve-se realizar tratamento
Assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta.
somente para sífilis.
(A) Medicar com nifedipina VO e encaminhar ao pronto-
(C) Se as lesões forem dolorosas e tiverem menos de 4 -socorro obstétrico.
semanas de evolução, deve-se realizar o tratamento
apenas para cancroide. (B) Encaminhar, de imediato, ao pronto-socorro obstétrico.

(C) Iniciar hidralazina IV na UPA e encaminhar para sul-


(D) Se as lesões forem não dolorosas e tiverem menos
fatação no pronto-socorro obstétrico.
de 4 semanas de evolução, deve-se realizar o trata-
mento apenas para herpes e cancroide. (D) Iniciar MgSO4 prontamente na UPA e encaminhar ao
pronto-socorro obstétrico após estabilização.
(E) Se houver evidências de lesões vesiculosas ativas,
deve ser feito tratamento para herpes. (E) Encaminhar ao pronto-socorro para interrupção da
gestação com urgência.

Confidencial até o momento da aplicação. 11 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


Leia o caso a seguir para responder às questões de números 55. A abordagem da dor abdominal aguda na gravidez não
52 e 53. difere daquela proposta para pacientes não gestantes,
exceto pela inclusão de diagnósticos diferenciais pró-
prios da condição, mas está acrescida de muitos distra-
M.B.A., 29 anos, GII PI 1N A0, vem à primeira consulta de
tores. A avaliação diagnóstica pode estar dificultada de-
pré-natal com IG de 9 semanas. Nega comorbidades. Du-
vido às alterações fisiológicas anatômicas da gestação
rante a aferição de pressão arterial, com manguito adequa-
e à mudança na dinâmica do aparecimento dos sinais e
do, verificou-se PA de 144 x 92 mmHg. Ainda, trouxe exame
sintomas das doenças.
laboratorial, realizado com IG de 8 semanas, demonstrando
glicemia de jejum de 92 mg/dL. Sobre a colecistite aguda na gravidez, assinale a alter-
nativa correta.

52. Com relação à pressão arterial, assinale a alternativa que (A) O tratamento cirúrgico da colelitíase deve ser sem-
apresenta a conduta correta. pre postergado pra o período pós-natal, mesmo na
vigência de colecistite aguda.
(A) Encaminhar ao pronto-socorro para medicação.
(B) A ecografia transvaginal é o exame de escolha para
(B) Orientar aferição de PA em casa e, no retorno, ava- o diagnóstico.
liar medicação.
(C) Os exames de função hepática podem ser utilizados
(C) Medicar com metildopa e solicitar exames para para avaliar complicações, sendo importantes para
pré-eclâmpsia. avaliação prognóstica do quadro.

(D) Medicar com IECA e prescrever metildopa via am- (D) A gestação diminui a ocorrência de colelitíase e de
bulatorial. colecistite aguda.
(E) Sinal de dor somente à descompressão brusca indi-
(E) Medicar com hidralazina VO e amlodipino via am-
ca ausência de peritonite.
bulatorial.

56. R.G.B., 32 anos, GIII PII 2C A0, IG 30 semanas, sem co-


53. Com relação ao resultado de glicemia de jejum, assinale
morbidades, deu entrada no pronto-socorro com queixa
a alternativa que apresenta o diagnóstico e/ou conduta
de dor em hipogástrio de início súbito há cerca de 30 mi-
corretos.
nutos. Nega sangramento vaginal. Ao exame físico: hipo-
(A) Trata-se de diabetes gestacional. corada 2+/4, PA 90 x 60 mmHg, FC 100 bpm. Abdome:
dor à descompressão brusca positiva, dinâmica uterina
(B) Trata-se de diabetes pré-gestacional.
ausente, BCF: 110 bpm. Ao toque vaginal: colo impérvio,
(C) Repetir glicemia de jejum no terceiro trimestre de grosso e posterior.
gestação. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais
(D) Solicitar TTGO com idade gestacional entre 24-28 provável.
semanas. (A) Descolamento prematuro de placenta.
(E) Solicitar hemoglobina glicada para complementação (B) Placenta prévia.
diagnóstica.
(C) Pródromos de trabalho de parto.
(D) Trabalho de parto em fase ativa.
54. As alterações fisiológicas relacionadas à gestação ocor-
(E) Rotura uterina.
rem em praticamente todos os sistemas e são causadas
por fatores hormonais e mecânicos. Sobre essas modifi-
cações extremamente significativas da gestação, assina-
57. R.B.S., 34 anos, GIII PII 2C A0, IG 34 semanas, deu en-
le a alternativa correta.
trada no pronto-socorro com queixa de perda de líquido
(A) Expansão volêmica e adaptação hemodinâmica- há 1 hora. Ao exame: PA 120 x 70 mmHg, BCF: 130 bpm,
-circulatória adjacente, com diminuição da PA e da dinâmica uterina ausente. TV colo 2 cm, grosso e poste-
frequência cardíaca. rior. Especular: saída de líquido claro sem grumos pelo
orifício externo do colo uterino.
(B) Expansão volêmica e adaptação hemodinâmica-cir- Assinale a alternativa que representa a conduta correta.
culatória adjacente com elevação da pressão arterial
e da frequência cardíaca. (A) Parto cesariano.

(C) O crescimento uterino não afeta outros órgãos e es- (B) Solicitar exames laboratoriais e corticoide para matu-
truturas adjacentes. ração pulmonar fetal.

(D) O alto nível de progesterona materna durante a gra- (C) Indução do trabalho de parto com ocitocina EV.
videz aumenta o tônus do esfíncter esofágico inferior. (D) Misoprostol para preparo de colo uterino.
(E) O apêndice pode deslocar-se superiormente, fazen- (E) Sulfato de magnésio EV, corticoide IM e parto cesa-
do com que os sinais de sua inflamação possam ser riano após 4h.
percebidos fora de seu lócus habitual.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 12 Confidencial até o momento da aplicação.


Leia o caso a seguir para responder às questões de números Pediatria
58 e 59.

61. Adolescente do sexo masculino, com 13 anos de ida-


R.B.S., 24 anos, nulípara dá entrada no pronto-socorro com
de procura o médico, pois está preocupado com seu
dor abdominal de início súbito. Refere sangramento vaginal
crescimento e desenvolvimento físico. Durante o seu
em pequena quantidade há cerca de 1 semana. Beta HCG do
exame antropométrico, observa-se que a sua estatura
mesmo dia com resultado de 3 000 mUI/mL e de 2 dias antes
está 1,6 desvios-padrão abaixo da mediana para a ida-
de 2 500 mUI/mL. Estável hemodinamicamente. Ao exame
de, e seu índice de massa corpórea está 1,5 desvios-
físico, abdome: dor à descompressão brusca negativa, dor
-padrão acima da mediana. Durante a avaliação de sua
à palpação profunda de hipogástrio. Ao toque vaginal bima-
maturidade, observa-se que está no estágio G2 de Tan-
nual: colo amolecido, impérvio, fundo uterino intrapélvico. Ao
ner. Sua mãe menstruou aos 14 anos de idade. Não
ultrassom transvaginal: identificada massa em região anexial
há nenhuma alteração no exame físico restante. Esse
E, medindo 3 cm, heterogênea, volume uterino de 80 cc, Eco
adolescente tem
endometrial de 16 mm com mínima quantidade de líquido li-
vre em cavidade pélvica. Ovários sem alterações.
(A) atraso puberal e baixa estatura.

(B) estatura adequada e sobrepeso.


58. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais
provável.
(C) atraso puberal e obesidade.
(A) Abortamento em curso.
(D) baixa estatura e sobrepeso.
(B) Aborto retido.
(C) Gestação ectópica íntegra. (E) estatura adequada e eutrofia.
(D) Gestação ectópica rota.
(E) Mola hidatiforme.
62. Os indicadores de cobertura vacinal na população pediá-
trica são muito preocupantes no Brasil. Assinale a afirma-
59. Após a suspeita diagnóstica, assinale a alternativa que tiva correta sobre as contraindicações dos imunizantes
apresenta o tratamento mais adequado. disponíveis no Programa Nacional de Imunizações.
(A) Laparotomia exploradora de urgência.
(A) Uso de 5 dias de prednisolona, na dose de 1mg/kg,
(B) Metotrexato IM. para uma crise de sibilância em um bebê não con-
traindica a administração da vacina para sarampo-
(C) Conduta expectante com controle de beta HCG.
-caxumba e rubéola.
(D) Curetagem uterina com cureta fenestrada.
(B) Febre maior que 38,5 °C contraindica nova dose de
(E) AMIU (aspiração manual intrauterina).
vacina com componente pertussis celular que deve
ser substituída pela vacina acelular.
60. A.S.F; 26 anos, GII PI 1N A0, IG (idade gestacional) de
(C) Vacina contra rotavírus é contraindicada em bebês
12 semanas, por ultrassom precoce, vem à consulta de
com refluxo gastroesofágico.
retorno do pré-natal com exames laboratoriais: glicemia
de jejum de 90 mg/dL, TS ABO Rh: B positivo, sorologias:
(D) Vacina contra gripe é contraindicada em crianças
Toxoplasmose: IgG e IgM reagentes. Solicitado teste de
com alergia a ovo.
avidez para IgG: avidez alta.
Com relação ao caso clínico, assinale a alternativa cor- (E) Vacina contra o meningococo é contraindicada para
reta. crianças com deficiência de complemento.
(A) Deve-se iniciar terapia com Espiramicina.
(B) O diagnóstico de toxoplasmose aguda materna pode
ser confirmado.
(C) O tratamento com esquema tríplice (Espiramicina,
Sulfadiazina e ácido folínico) deve ser iniciado.
(D) A infecção ocorreu há > 16 semanas, não necessi-
tando de tratamento.
(E) Deve-se investigar infecção fetal por PCR de líquido
amniótico, por meio da amniocentese.

Confidencial até o momento da aplicação. 13 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


63. Um lactente de 3 meses de idade, nascido de uma mãe 65. Após orientação de uma primípara sobre a técnica ade-
que fez pré-natal adequadamente, a termo, com peso quada do aleitamento materno, o médico espera encontrar,
de nascimento de 2 990 g, com clampeamento tardio do mais comumente, ao avaliar o bebê sendo amamentado,
cordão, sem intercorrências na maternidade, está rece-
bendo leite materno exclusivo. Sobre a conduta atual na (A) bochechas encovadas durante a mamada.
suplementação de ferro orientada pela Sociedade Brasi-
leira de Pediatria, assinale a afirmativa correta. (B) barulhos e estalidos durante os primeiros minutos de
sucção.
(A) Nesse momento deve-se iniciar suplementação pro-
filática de ferro, até os 2 anos de idade. (C) boca pouco aberta com pega exclusiva mamilar, com
(B) Deve-se introduzir suplementação profilática de ferro área areolar bem exposta acima e abaixo da boca
aos 4 meses de idade, universalmente para todos da criança.
lactentes.
(D) mão materna apoiando a mama com dedo médio e
(C) Deve-se introduzir suplementação profilática de ferro indicador sobre a aréola, impedindo essa região de
aos 6 meses de idade, se mantiver a amamentação encostar no nariz do bebê.
natural.
(E) boca bem aberta com lábio inferior virado para fora
(D) Deve-se introduzir suplementação profilática de ferro (evertido).
no momento em que o desmame completo ocorrer
e a criança não está mais recebendo nada do leite
materno.

(E) Essa criança, se não apresentar nenhuma intercor- 66. Durante um plantão noturno em uma enfermaria pedi-
rência clínica, não tem indicação de receber ferro átrica, ocorre uma parada cardiorrespiratória (PCR) de
profilático enquanto for lactente. um lactente, com 14 meses de idade, consequência da
deterioração clínica de um quadro de bronquiolite. O
pediatra e o enfermeiro iniciam as manobras de res-
64. Durante a realização da avaliação do desenvolvimento suscitação com compressões cardíacas e ventilações
de um lactente, o médico utiliza, como referência, os mar- com bolsa e máscara em uma relação de 30 compres-
cos apresentados pelo Ministério da Saúde da Caderneta sões para 2 ventilações. Não obtendo sucesso, a crian-
da Criança. Trata-se de um bebê com 2 meses de idade, ça foi rapidamente entubada e as compressões foram
nascido prematuramente (34 semanas), que permane- mantidas em uma frequência de 120 a 140 movimentos
ceu na maternidade até seu décimo primeiro dia de vida. por minuto, e as ventilações em uma frequência de 1 a
Não teve nenhuma intercorrência no período periparto. cada 3 a 5 segundos, não sincronizadas. As compres-
Ao checar a caderneta da criança, o médico observa que sões torácicas tinham profundidade de cerca de 2 cm
as 4 habilidades esperadas para o primeiro mês de vida (1/4 do diâmetro do tórax). Após a chegada do monitor
estão presentes: postura em flexão, observa rosto, reage (cerca de 5 minutos de PCR), o pediatra constata o rit-
ao som e eleva temporariamente a cabeça em decúbito mo de assistolia e instrui a equipe para manter mais
ventral. Entretanto, das 4 habilidades esperadas entre 1 dois minutos de reanimação cardiopulmonar, para, en-
e 2 meses (sorrir quando estimulada, abrir as mãos, emi- tão, administrar uma dose de epinefrina. Não houve
tir sons e movimentar os quatro membros), ela somente sucesso na reanimação. Durante o debriefing com a
apresenta uma habilidade. Em relação a esse quadro clí- equipe, identificam-se as falhas do processo de reani-
nico, o médico mação. Assinale a alternativa com a ação correta, de
acordo com as orientações atuais, realizada durante o
(A) deve considerar um atraso significativo do desenvol- atendimento à PCR desse lactente.
vimento e encaminhar para avaliação especializada.
(A) Início imediato da reanimação com 30 compressões
(B) deve considerar a idade corrigida para a prematuri-
para cada 2 ventilações.
dade e manter o acompanhamento clínico de rotina
dessa criança.
(B) Frequência das compressões torácicas após a in-
(C) deve considerar que o atraso decorre da internação tubação.
prolongada e apenas manter o acompanhamento clí-
nico de rotina dessa criança. (C) Frequência da ventilação após a intubação.

(D) deve solicitar uma tomografia computadorizada de (D) Não sincronização entre compressões e ventilações
crânio e encaminhar à serviço de referência em se- após a intubação.
quelas de prematuridade.
(E) Tempo para a administração da epinefrina.
(E) deve-se desconsiderar os marcos apresentados na
Caderneta da Criança que somente são aplicados a
crianças nascidas a termo.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 14 Confidencial até o momento da aplicação.


67. Escolar com 7 anos de idade engasgou com pedaço de 69. Escolar, sexo masculino, com 6 anos de idade, foi picado
pirulito, em uma festa. Está consciente, tossindo exausti- por um animal enquanto brincava no jardim de sua casa
vamente e há som audível da respiração. Os olhos estão com seu irmão mais velho, no dia anterior. Ambos relata-
“arregalados”. Qual a conduta imediata? ram que foi uma aranha a responsável. O local de picada
foi a mão direita e os pais relatam que a queixa inicial foi
(A) Deitar criança no chão e iniciar reanimação cardio- apenas discreta dor que melhorou com aplicação de gelo.
pulmonar. Entretanto, hoje criança amanheceu com uma bolha no
local da picada e piora da dor, descrita com “arde como
(B) Varredura digital às cegas para tentativa de retirar fogo”. A aranha não foi capturada. No exame físico a crian-
corpo estranho. ça também está pálida e febril, com 38,0 °C. Qual o tipo de
acidente mais provável e a conduta mais correta?
(C) Tapas nas costas alternadamente com compressões
torácicas para desobstruir. (A) Loxoscélico; debridamento imediato, pois a lesão pode
evoluir para necrose.
(D) Rápidas compressões em região epigástrica.
(B) Phonêutrico; antibioticoterapia tópica na lesão.
(E) Estimular que a criança continue tossindo e chamar (C) Loxoscélico; analgésicos e antitérmicos e alta para
ajuda. casa.

(D) Phonêutrico; soroterapia devido às manifestações


sistêmicas.
68. Pré-escolar, sexo masculino, com 3 anos e 10 meses, (E) Loxoscélico; exames laboratoriais para avaliação de
teve quadro autolimitado de infecção de vias aéreas su- hemólise.
periores (coriza, dor de garanta e febre) com duração
de 4 dias. Na ocasião, realizou pesquisa de Sars-Cov-2,
vírus sincicial respiratório e influenza, através de painel
viral, com resultado negativo para esses agentes. Após 70. Lactente do sexo feminino, com 8 meses de idade, tem
melhora do quadro respiratório, em cerca de 48 horas, quadro de tosse há aproximadamente 72 horas, tendo
iniciou quadro de petéquias e equimoses em membros apresentado, nas últimas horas, “respiração mais rápida”
inferiores e região de nádegas. As lesões não são prurigi- e cansaço. Nega febre. A mãe está administrando ape-
nosas. Há queixa de dor em membros e pouca limitação nas inalações com solução fisiológica. Foi uma criança
durante movimentação de tornozelos e joelhos. Queixa- nascida a termo, não tem doenças de base e está rece-
-se também de dor abdominal ao redor do umbigo, de bendo leite materno exclusivo e a mãe está com dificul-
leve intensidade. A pressão arterial é normal. O hemo- dade e medo de amamentar diante do cansaço da filha.
grama completo, coagulograma e nível sérico de ureia Ao exame físico: ativa, hidratada, com temperatura de
e creatinina estão normais. A dosagem de ASLO está in- 37,6 °C, frequência respiratória de 50 irpm e frequência
disponível no serviço e o exame de urina revela discreta cardíaca de 120 bpm. Há sibilos disseminados e roncos
hematíruia (+/4+) e proteinúria (+/4+). Qual diagnóstico esparsos e tiragem intercostal bilateralmente. A satura-
mais provável? ção é de 89% em ar ambiente. O fígado é palpável no
rebordo costal direito. Não há nenhuma outra alteração
(A) Glomerulonefrite pós estreptocócica. no exame clínico. Qual é a conduta mais correta para a
abordagem inicial desse caso?
(B) Síndrome hemolítico-urêmica.
(A) Inaloterapia com beta-2 agonista de ação curta.
(C) Vasculite por IgA.
(B) Inaloterapia com beta-2 agonista de ação longa.
(D) Lúpus eritematoso sistêmico.
(C) Antibioticoterapia.
(E) Púrpura trombocitopênica imune.
(D) Oxigenioterapia.

(E) Corticoterapia parenteral.

Confidencial até o momento da aplicação. 15 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


71. Durante o acompanhamento do parto de uma gestante 73. Lactente, sexo masculino, com 2 meses e 20 dias, é trazi-
sabidamente hipertensa, que fez o pré-natal com uso de do ao ambulatório de Pediatria para consulta de puericul-
medicação e bom controle dos níveis pressóricos, com tura. A mãe refere que há um mês a criança iniciou com
39 semanas de gestação, identifica-se que o líquido am- coriza mucossanguinolenta e irritabilidade com choro fácil.
niótico tem aspecto meconial. O recém-nascido, está Nasceu com 2 200 g, com comprimento de 48 cm e perí-
chorando ativamente e tem frequência cardíaca de cerca metro cefálico de 35 cm. Ao exame físico verifica-se dor à
de 110 bpm. Qual a conduta correta? mobilização de braço esquerdo com choro intenso, coriza
mucossanguinolenta bilateral com erosões em lábio supe-
(A) Aguardar no mínimo um minuto para realizar o clam- rior; há palidez cutâneo-mucosa ++/4+ e fígado a 3,5 cm do
peamento do cordão. rebordo costal direito e 3,5 cm do apêndice xifoide. O baço
está a 3 cm do rebordo costal esquerdo. Considerando a
(B) Levar ao berço de reanimação imediatamente para principal hipótese diagnóstica, quais são, respectivamente,
fazer a intubação e visualização direta da orofaringe o exame a ser solicitado e o resultado mais provável?
e traqueia, para aspiração.
(A) Tomografia computadorizada do crânio; velamento
(C) Introduzir a criança em saco plástico e colocação de dos seios da face.
touca para evitar a perda de calor. (B) Tomografia computadorizada do crânio; calcifica-
ções cranianas corticais.
(D) Realizar ventilação com pressão positiva até estabi-
lização da frequência cardíaca acima de 120 bpm. (C) Tomografia computadorizada do crânio; microcefalia
e suturas cranianas parcialmente fechadas.
(E) Utilizar a nota de Apgar para determinar o início da (D) Radiografia de ossos longos; lesões osteolíticas em
reanimação e as próximas manobras necessárias. epífises e espessamento periostal.
(E) Fundoscopia; catarata congênita.

72. Recém-nascido termo, sexo masculino, com peso ade-


quado para idade gestacional, está no alojamento con- 74. Adolescente, sexo masculino, com 13 anos de idade tem
junto em aleitamento materno. Com cerca de 15 horas febre acima de 38,5 °C há 5 dias, com odinofagia e dor
de vida, mãe demonstra preocupações de que a criança abdominal. Ao exame físico, apresenta-se em bom estado
está “com fome”, mas está mamando “pouco”. A mãe é geral, com presença de adenomegalia cervical posterior
primigesta. No exame físico está ictérica zona 3 de Kram- bilateral móvel e de consistência elástica, com linfonodos
mer. Mãe O+, RN B+, Coombs direto negativo. Qual afir- de 2,5 e exsudato branco-acinzentado em amígdalas bi-
mativa correta sobre esse caso clínico? lateralmente. O fígado apresenta-se palpável a 2 cm do
rebordo costal direito e o baço palpável a 4 cm de rebordo
(A) O diagnóstico mais provável é de icterícia fisiológica costal esquerdo. Qual a principal hipótese diagnóstica?
pelo baixo aporte de leite materno. (A) Difteria.

(B) A possibilidade de icterícia patológica por incompa- (B) Herpangina.


tibilidade sanguínea está descartada pelo resultado (C) Amigdalite estreptocócica.
do teste de Coombs.
(D) Infecção pelo Epstein-Barr vírus.
(C) Espera-se essa icterícia fisiológica pela destruição (E) Febre faringoconjuntival.
maior de hemácias e não se deve iniciar fototerapia
ainda nesse momento.
75. Febre é uma situação muito comum em Pediatria. Entre-
(D) Trata-se de uma icterícia patológica por incompatibi- tanto, uma série de mitos e condutas errôneas são divul-
lidade sanguínea. gadas entre os pais. Assinale a informação correta a ser
oferecida aos pais sobre o manejo da febre em lactentes.
(E) Trata-se de uma icterícia pelo leite materno, deven-
do-se suspender o leite humano por 24 a 48 horas e (A) Diante de valores altos de febre, pode-se intercalar
substituí-lo por fórmula infantil. dois antitérmicos, como dipirona e paracetamol, man-
tendo-se entre eles, intervalo de pelo menos 3 horas.

(B) A dose padrão de dipirona para lactentes é de 1 gota


por quilograma de peso.

(C) Os métodos físicos são preferíveis aos antitérmicos,


em lactentes com menos de 6 meses de idade.

(D) De forma geral, não se indica administração prévia


de antitérmicos antes das vacinas, existindo exce-
ções como para a vacina contra o meningococo B.

(E) Ibuprofeno, na dose de 15 a 20 mg/kg de peso, tem


apenas ação antitérmica, sem os efeitos adversos da
dose anti-inflamatória.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 16 Confidencial até o momento da aplicação.


76. Lactente, sexo masculino, com 14 meses de idade, com 79. Assinale, dentre os parasitas abaixo relacionados, um
aproximadamente 10 kg (segundo referência da mãe), helminto que se localiza preferencialmente em intestino
apresenta quadro de diarreia aguda há 3 dias, com vô- delgado, faz ciclo pulmonar durante o seu desenvolvi-
mitos e sem febre. De acordo com as atuais recomenda- mento, costuma infestar o ser humano através da pele e
ções do Ministério da Saúde, assinale a afirmativa cor- pode cursar sem sintomas na criança.
reta sobre o manejo dessa condição pelo médico, num
pronto-atendimento. (A) Ascaris lumbricoides.

(A) Não mais se recomenda a administração de zinco (B) Necator americanus.


em crianças dessa idade.

(B) Se a criança tem uma desidratação grave secundá- (C) Ancylostoma caninum.
ria à diarreia aguda, a prescrição inicial da fluidotera-
(D) Enterobius vermicularis.
pia seria de 300 ml de Ringer-lactato em 30 minutos.

(C) Contraindica-se a administração do antiemético on- (E) Trichuris trichiura.


dansentron em casos de vômitos frequentes que
comprometem a hidratação da criança.
80. Pré-escolar, sexo masculino, com 6 anos, é trazido à con-
(D) Se a criança está desidratada, mas não está grave, sulta por sua mãe, que afirma que o “pai da criança esta-
a solução de reidratação oral deve ser hipotônica. ria mexendo na região genital do filho”. Relata que está
(E) Perda aguda de peso não deve ser considerada na separada há 2 anos e que, há 6 meses percebeu altera-
classificação do estado de desidratação da criança, ções de comportamento do filho, como dificuldades para
por ser um dado não confiável do exame clínico. dormir, irritabilidade, enurese e excesso de manipulação
do pênis. Recentemente, ao repreender o filho, ele disse
que “meu pai me ensinou a fazer isso”. Qual a conduta
77. Infecções de repetição são comuns na infância, particular- mais correta?
mente em crianças menores, quando começam frequentar
a creche e a escolinha. Entretanto, estudos demonstram (A) Redigir um atestado para mãe sugerindo a hipótese
que, em algumas situações, o médico deve suspeitar de de maus tratos para ela enviar ao juiz para revisão
um erro inato da imunidade. Assinale a alternativa que guarda compartilhada.
apresenta um sinal de alerta para imunodeficiência.
(B) Encaminhar para uma avaliação psicológica para de-
(A) Duas pneumonias no último ano. tecção de falso relato e/ou alienação parental.
(B) Duas otites no último ano.
(C) Encaminhamento para delegacia mais próxima, com
(C) Duas amigdalites no último ano. solicitação de exame de corpo de delito.

(D) Três infecções urinárias em crianças menores de (D) Comunicação ao Conselho Tutelar mais próximo de
5 anos. onde a criança mora.
(E) Um quadro de disenteria em lactente menor de
(E) Marcar retorno próximo, para ampliar anamnese e
2 anos.
identificar pormenores da história que ainda não são
conhecidos.
78. Pré-escolar apresenta-se com quadro de anafilaxia após
ingestão de alimento suspeito em um restaurante de co-
mida oriental. Sobre o diagnóstico e manejo do quadro
clínico de anafilaxia, assinale a afirmativa correta.

(A) Atualmente, hipotensão deve ser um achado obriga-


tório para o diagnóstico de anafilaxia.

(B) Adenalina deve ser administrada, tão logo esteja dis-


ponível, por via subcutânea.

(C) A dose de adrenalina a ser administrada é de 0,01


mg/kg, respeitando-se dose máxima de 0,5 mg.

(D) Um anti-histamínico, por via parenteral, deve ser a


droga de escolha a ser administrada em um paciente
que apresenta urticária disseminada e angioedema
significativo.

(E) Pacientes com instabilidade circulatória devem ser


mantidos deitados, com cabeça mais elevada que o
tronco e membros inferiores mais baixos que o cor-
po, evitando-se a posição de Trendelemburg.

Confidencial até o momento da aplicação. 17 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


Medicina Preventiva e Social, 82. Mulher, 45 anos, comparece em consulta ambulatorial
Medicina de Família e Comunidade, com queixa de dor no corpo há 7 meses, contínua, acom-
Saúde Coletiva panhada de fadiga, indisposição e desânimo. Ganhou cer-
ca de 5 kg no último ano. Nega febre, náuseas, vômitos
ou diarreia. Tem apresentando muita sonolência diurna e
má qualidade do sono à noite, que não é reparador. Nega
81. Criança de três anos, sexo feminino, trazida à Unidade Bá-
etilismo, tabagismo e uso de drogas. Sedentária, vem re-
sica de Saúde (UBS) pela avó, que conta história de obs-
duzindo as atividades que realizava em casa, como lavar
trução e secreção nasal há 6 dias. Ontem à noite a criança
e passar roupa e limpar a casa, devido à dor. Além disso,
iniciou febre de 39,0ºC, e hoje acordou prostrada, com tos-
perdeu o emprego (o que atribui à sua desatenção, por
se produtiva e redução do apetite. Desenvolvimento neu-
noites mal dormidas). Apresenta choro fácil e instabilidade
ropsicomotor normal para a idade, vacinação em dia, pre-
emocional nos últimos meses. Sem queixas cardiovascu-
viamente hígida, sem comorbidades. Ao exame físico está
lares ou respiratórias. Exame Físico: em regular estado
hipoativa, febril (38,7ºC), corada, hidratada, eupneica, sem
geral, devido à dor, descorada +/4+, sem outros achados
alterações à ausculta pulmonar, à ausculta cardíaca e ao
anormais. A intensidade da dor na Escala Visual Analógica
exame abdominal. À oroscopia, hiperemia de faringe com
(EVA) é 8. A hipótese de fibromialgia foi levantada e foram
drenagem de secreção posterior. Rinoscopia com visuali-
descartadas outras patologias associadas que pudessem
zação de crostas amareladas no vestíbulo nasal bilateral.
explicar o quadro.
Otoscopia: membrana timpânica com hiperemia radial e
brilho preservado. Em relação ao tratamento da fibromialgia para esta pa-
ciente, neste momento, é indicado:
A conduta mais indicada para o caso é
(A) solicitar apenas repouso e relaxamento, com o obje-
(A) internação para melhor investigação.
tivo de poupar a musculatura acometida. No momen-
(B) lavagem nasal com soro fisiológico e nafazolina nasal. to, não se indicam medidas farmacológicas.

(C) descongestionante oral, antitérmico oral e lavagem (B) iniciar intervenções não farmacológicas, incluindo
nasal. grupos educacionais, relaxamento, hipnoterapia,
acupuntura e psicoterapia, não sendo indicadas me-
(D) anti-histamínico oral e lavagem nasal com soro didas farmacológicas.
fisiológico.
(C) iniciar medidas não farmacológicas de adaptações er-
(E) antibioticoterapia oral e lavagem nasal com soro gonômicas às atividades funcionais no domicílio, rela-
fisiológico. xamento e técnicas de repouso, não sendo indicadas
intervenções farmacológicas e atividade física.
(D) orientar medidas não farmacológicas, como ativida-
de física aeróbica e psicoterapia, além de medidas
farmacológicas, incluindo o uso de antidepressivos
tricíclicos ou inibidores de recaptação da serotonina.
(E) iniciar medidas farmacológicas, incluindo antide-
pressivos tricíclicos e anti-inflamatórios não hormo-
nais, e medidas não farmacológicas, como acupun-
tura, higiene do sono, manipulação quiroprática e
psicoterapia.

83. No território de uma determinada Unidade Básica de Saú-


de (UBS), vivem muitas famílias de imigrantes bolivianos.
O serviço organizou, assim, uma campanha de prevenção
da dengue com cartazes e avisos na própria UBS, além
da distribuição de folhetos explicativos traduzidos para o
espanhol com a finalidade de garantir o entendimento por
esta população. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem
seus “atributos principais” – Acesso, Longitudinalidade,
Coordenação do Cuidado e Integralidade – como forma
de responder às necessidades de saúde da população,
mas contempla também os “atributos derivados”, dentre
os quais aquele presente na ação descrita é:
(A) orientação setorial.
(B) competência cultural.
(C) orientação territorial.
(D) competência familiar.
(E) competência educacional.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 18 Confidencial até o momento da aplicação.


84. O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) tem como 86. Mulher, 48 anos de idade, natural e procedente de Mon-
objetivo estabelecer uma relação médico-pessoa de quali- tes Claros (MG), trabalha como lavadeira e passadeira
dade, facilitando a abordagem integral da saúde, apoiando de roupas. Em consulta na Unidade de Saúde da Fa-
a criação conjunta de um plano de cuidados para o paciente. mília (USF), relata quadro de dormência e “alfinetadas”
Isso permite a inclusão de estratégias de promoção da saú- na palma da mão esquerda que surgiram há cerca de 5
de e prevenção de doenças, além de propor intervenções meses. Nega traumas na região acometida ou quedas. A
práticas adaptadas às necessidades individuais da pessoa, paciente é canhota, e os sintomas pioram quando realiza
considerando seu contexto e circunstâncias de vida únicas. atividades manuais. Algumas vezes ela deixa cair obje-
Em relação ao MCCP no contexto dos serviços de Atenção tos e não é raro acordar de madrugada com sensação
Primária à Saúde (APS), identifique a afirmação correta. de formigamento e dor na mão afetada. Ao exame físico,
apresenta perda de sensibilidade tátil dolorosa do 1o ao
(A) Médico e paciente devem conversar abertamente
3o dedo da mão esquerda, sem atrofia muscular e com
sobre os problemas de saúde e refletir sobre suas
preservação da força. Os reflexos tendíneos dos mem-
repercussões. O processo de cuidado deve, por fim,
bros superiores encontram-se simétricos, com sinal de
ser determinado pelo médico, pois ele detém todo o
Phalen e sinal de Tinel presentes à esquerda. Sem outras
saber técnico.
alterações ao exame físico.
(B) Perguntas diretas são preferíveis às abertas, visan- A hipótese diagnóstica mais provável é:
do uma consulta direcionada. Considerando que
cada pessoa é única, é importante buscar empatia, (A) radiculopatia cervical.
por isso, deve-se evitar tocar em assuntos sensíveis
(B) polineuropatia periférica.
e difíceis para o paciente.
(C) neuropatia do nervo ulnar.
(C) O médico deve iniciar a consulta com perguntas
abertas, demonstrando interesse. Utilizar o autoco- (D) síndrome do túnel do carpo.
nhecimento, entender seus limites, dominar emo-
ções. O contato visual é essencial, sobretudo nos (E) síndrome do desfiladeiro torácico.
primeiros instantes da consulta.

(D) O médico, por cuidar de membros de uma família, 87. Embora as discussões sobre telemedicina e telessaúde
se torna parte do complexo de relacionamentos fa- ocorram no Brasil há mais de 20 anos, a pandemia de
miliares e sofre constante influência das emoções COVID-19 impulsionou estas práticas, que vieram para
vivenciadas. Para proteger sua saúde mental, o pro- ficar. A resolução CFM no 2.314/2022 definiu a telemedi-
fissional deve evitar a troca de afetos. cina como o exercício da medicina mediado por Tecnolo-
gias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs),
(E) O médico deve detalhar e sumarizar a conversa com para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção
o paciente, não deixando pontos subentendidos. Es- de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.
miuçar, mesmo que por vezes isso possa parecer um
pouco invasivo. Saber usar o tempo, considerando Considerando o teor dessa Resolução, especificamente
que consultas longas são mais recomendadas. em seu artigo 13, no caso de emissão à distância de relató-
rio, atestado ou prescrição médica, deverá constar obriga-
toriamente em prontuário:
85. Tracoma é uma conjuntivite crônica causada pela bactéria
(A) a identificação do médico, incluindo seu nome com-
Chlamydia trachomatis. Sendo a principal causa de ceguei-
pleto, formação, número do CRM, endereço residen-
ra evitável no mundo, caracteriza-se por exacerbações pro-
cial e especialidade.
gressivas e remissões. Os sintomas iniciais são hiperemia
da conjuntiva, edema palpebral, fotofobia e lacrimejamento. (B) que a consulta emitida por modalidade de teleme-
Mais tarde, ocorrem neovascularização da córnea e cica- dicina dispensa a necessidade do atendimento pre-
trização de conjuntiva, córnea e pálpebras. O diagnóstico sencial do paciente assistido à distância.
costuma ser clínico, e o tratamento é feito com antibióticos
tópicos e sistêmicos. Para o tratamento sistêmico, exceto (C) a assinatura com certificação digital do médico no pa-
para crianças com menos de 6 meses de idade e gestantes drão da infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
durante o primeiro trimestre, recomenda-se: (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito.

(A) Azitromicina – 20 mg/kg (máximo de 1 g), via oral, (D) a identificação e os dados do paciente (endereço e
em dose única. local informado do atendimento) e o registro de data
e hora da consulta, além da assinatura do paciente
(B) Eritromicina – 20 mg/kg (máximo de 1 g), via oral, em por meio digital.
dose única.
(E) que o médico não se responsabiliza pela seguran-
(C) Azitromicina – 500 mg, via oral, duas vezes ao dia, ça das informações dos pacientes por ele atendidos,
por 14 dias. haja vista que a consulta remota prevê alguns casos
de violação da segurança digital.
(D) Eritromicina – 500 mg, via oral, três vezes ao dia, por
10 dias.

(E) Doxiciclina – 500 mg, via oral, duas vezes ao dia, por
14 dias.

Confidencial até o momento da aplicação. 19 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


88. “Sorocaba registra mais de três mil casos de dengue em 90. A Portaria GM/MS no 217, de 1o de março de 2023, alte-
cinco meses, quase 300% a mais que no ano anterior. rou o Anexo 1 do Anexo V da Portaria de Consolidação
Segundo a Prefeitura de Sorocaba, a cidade confirmou GM/MS no 4, de 28 de setembro de 2017, para substituir
3.941 casos e duas mortes pela doença. Em 2022, foram o agravo “Acidente de trabalho: grave, fatal e em crian-
992 casos confirmados no mesmo período.” ças e adolescentes” por “Acidente de Trabalho” na Lista
(https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2023/06/06/sorocaba-registra- Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agra-
-mais-de-tres-mil-casos-de-dengue-em-cinco-meses-quase-300percent-a-mais- vos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde
-que-no-ano-anterior.ghtml, TV TEM. 06.06.2023). públicos e privados em todo o território nacional. Além
do “Acidente de Trabalho”, outros “Acidentes” que devem
Assinale a alternativa correta a respeito da notificação ser notificados, em conformidade com essa Portaria, são:
compulsória da dengue.
(A) acidente de trabalho fatal e acidente de trânsito.
(A) É de notificação imediata, na suspeita de óbito de
dengue. (B) acidente de trabalho grave e acidente com aeronave
civil.
(B) É de notificação imediata, para casos suspeitos de
dengue. (C) acidente de trabalho com exposição a material bioló-
gico e acidente doméstico.
(C) É de notificação semanal, para óbitos confirmados
de dengue. (D) acidente em crianças e acidente com material sus-
(D) É de notificação semanal, na suspeita de caso ou peito de disseminação intencional.
óbito de dengue. (E) acidente por animal peçonhento e acidente por ani-
(E) É de notificação imediata, na confirmação de caso mal potencialmente transmissor da raiva.
grave de dengue.

91. Homem, 33 anos de idade, procedente de Mairiporã (SP),


89. No início de 2018, a Vigilância Epidemiológica (VE) do Es- procura um pronto atendimento na cidade de São Paulo,
tado de São Paulo (ESP) identificou um aumento do núme- acompanhado de sua esposa, referindo que há 3 dias
ro de casos de conjuntivite nesse estado, quando também vem apresentando febre, cefaleia e mal-estar, além de
houve rumores, na imprensa, de uma epidemia de conjun- estar ficando “amarelado”. Há cerca de duas horas sentiu
tivite viral na região Nordeste do Brasil. O evento epidêmico dor de estômago de forte intensidade e vomitou sangue
foi confirmado pelo diagrama de controle de conjuntivite da- vivo. Ao exame físico: em regular estado geral, conscien-
quele ano, conforme demonstrado na figura a seguir. te, lúcido, eupneico, desidratado +/4+, ictérico +++/4+, fe-
(Informe Epidemiológico Tracoma e Conjuntivites bril (temperatura: 39ºC), pressão arterial: 100 x 60 mmHg
Série Histórica 2010 – 2020. Centro de Vigilância Epidemiológica e frequência cardíaca: 100 bpm. A esposa, de 32 anos,
“Prof. Alexandre Vranjac”. Adaptado) saudável, refere que moram em um sítio, com uma filha
Diagrama de controle dos casos notificados de surtos de conjuntivites, de 4 anos de idade também saudável; a irmã do pacien-
ESP, 2008-2018* – (exceto 2011*). te, de 28 anos, que foi submetida a um transplante renal
90,00
média Isup Iinf 2018
há 2 meses; e o pai do paciente, de 59 anos de idade,
que é hipertenso. O paciente trabalha como pedreiro em
C. Incidência de conjuntivites (x100.000)

80,00

70,00
um empreendimento imobiliário, próximo a uma região de
60,00
mata fechada em Mairiporã, e seu pai o acompanha no
trabalho esporadicamente. Ao ser questionado, relatou a
50,00
presença de macacos mortos na região.
40,00

30,00 Diante do exposto, o médico assistente fez a hipótese


20,00 diagnóstica de febre amarela e procedeu à internação do
10,00 paciente. Considerando que a esposa, o pai e a irmã do
0,00 paciente desconhecem sua situação vacinal, e a filha de
-10,00
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
4 anos tomou uma dose da vacina aos 9 meses de idade,
Mês de notificação
a indicação correta em relação à vacina de febre amarela
Fonte: Sistema de vigilância epidemiológica/CVE/SES/SP. *Dados atualizados para a família é:
em julho de 2022, sujeitos à revisão.
Nota: lsup = limite superior; linf = limite inferior. (A) nenhum familiar do caso deve ser vacinado.

Conforme a ferramenta “diagrama de controle”, elabora- (B) a vacina (uma dose) deve ser dada apenas à esposa
da para fins de monitoramento da conjuntivite, esta con- do paciente.
dição deve ser considerada epidêmica quando a curva (C) todos os familiares do caso devem ser vacinados
mensal ultrapassar: com uma dose da vacina.
(A) o limite inferior do nível endêmico.
(D) a filha, a esposa e o pai devem tomar uma dose da
(B) o limite superior do nível endêmico. vacina, mas não a irmã, que possui contraindicação.
(C) a média acrescida de 3,0 desvios-padrão. (E) a vacina está indicada para a esposa (uma dose) e
(D) o maior pico mensal do limite endêmico inferior. o pai do paciente e é contraindicada para a irmã e a
filha.
(E) a média histórica dos casos mensais nos anos an-
teriores.
BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 20 Confidencial até o momento da aplicação.
92. De acordo com a Portaria no 2.528, de 19 de outubro de 93. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde
2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pes- (OMS, 2023), os esforços contra o uso do tabaco têm
soa Idosa (PNSPI), considera-se idoso frágil ou em situ- surtido efeito, e o número de tabagistas vem caindo em
ação de fragilidade aquele que vive em instituições de todo o mundo, passando de 22,8% da população global,
longa permanência para idosos (ILPI), encontra-se aca- em 2007, para 17,0% em 2021. Mesmo assim, o taba-
mado, esteve hospitalizado recentemente por qualquer gismo ainda é umas das principais causas evitáveis de
razão, encontra-se com pelo menos uma incapacidade morte, provocando cerca de 8,7 milhões de óbitos anual-
funcional básica, vive situações de violência doméstica mente. Baseadas em evidências e pensadas para países
ou apresente doenças sabidamente causadoras de inca- com todos os níveis de renda, as medidas MPOWER são
pacidade funcional, a saber: ações com bons índices de custo-efetividade adotadas
pelos países para combater o consumo de tabaco e seus
(A) acidente vascular encefálico, síndromes demenciais
efeitos nocivos entre a população. São elas:
e outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neo-
plasia terminal e amputações de membros. (A) estimular a troca do cigarro comum por cigarros ele-
trônicos; instituir núcleos de controle do tabagismo em
(B) etilismo, insuficiência renal crônica, ataque isquêmi-
todos os estados e municípios do Brasil; aumentar em
co transitório, antecedente de angioplastia e infarto
20% os impostos sobre o tabaco; oferecer apoio para
agudo do miocárdio.
a cessação do tabagismo; e implementar a abordagem
(C) doença pulmonar obstrutiva crônica, acidente vascu- breve, mínima, básica na cessação do tabagismo.
lar encefálico, doença de Chagas crônica e doenças
(B) monitorar o uso do tabaco e implementar políticas
autoimunes.
de prevenção; proteger as pessoas contra o tabagis-
(D) câncer em estágio avançado, cirrose hepática, ce- mo; oferecer apoio para a cessação do tabagismo;
gueira, depressão grave, osteoporose e outras do- alertar a população sobre os riscos do consumo de
enças reumáticas. tabaco; aplicar proibições à publicidade, à promoção
e ao patrocínio ligados ao tabaco; e aumentar os im-
(E) diabetes mellitus, insuficiência cardíaca grave, hiper- postos sobre o tabaco.
tensão arterial, doença de Parkinson e doença de
Alzheimer. (C) reduzir a quantidade de tabacarias por habitantes;
proibir a venda de narguilés até 2030; aumentar em
30% os impostos sobre o tabaco; promover ações
de educação em saúde e de combate ao tabagis-
mo junto a pré-escolares e adolescentes; e oferecer
apoio para a cessação do tabagismo, sobretudo em
adolescentes e adultos jovens.

(D) instituir portarias com obrigatoriedade de combate ao


tabagismo pelos municípios e estados; proteger as
crianças contra o fumo passivo; oferecer apoio para
a cessação do tabagismo; alertar a população sobre
os riscos do consumo de tabaco; aumentar os custos
da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco; e
aumentar em 30% os impostos sobre o tabaco.

(E) estimular a troca do cigarro comum por cigarros ele-


trônicos; ampliar as teleconsultas com pneumologis-
tas para a cessação do tabagismo; ampliar os canais
de atendimento à saúde dos tabagistas; implementar
ações de educação e promoção de saúde nas esco-
las, com enfoque no tema do tabagismo; estimular a
prática de atividade física junto às demais medidas
para a cessação do tabagismo.

Confidencial até o momento da aplicação. 21 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


94. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o 96. Considere as seguintes medidas e ações de saúde:
órgão regulador do setor de saúde suplementar. É uma
1. Rastreamento de câncer de mama;
autarquia constituída sob regime especial, vinculada ao
Ministério da Saúde, com autonomia administrativa, fi- 2. Evitar danos relacionados a intervenções médicas;
nanceira e funcional. Atualmente, atuam no país cerca
3. Vacinação;
de 700 operadoras médico-hospitalares e 245 operado-
ras exclusivamente odontológicas, que ofertam serviços 4. Reabilitação motora de um paciente com sequelas de
a cerca de 25,2% da população brasileira. acidente de trânsito.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da ANS no 531, Essas medidas representam, respectivamente, exemplos
de 02 de maio de 2022, classifica as operadoras segmen- dos seguintes níveis de prevenção:
tadas nas seguintes modalidades: (A) primordial, primária, terciária e secundária.
(A) médico-hospitalar; odontológica; segmento misto; (B) primária, quaternária, secundária e terciária.
conveniada plena; ou medicina filantrópica.
(C) secundária, terciária, primária e quaternária.
(B) administradora de benefícios; prestadora; assistên-
cia médica; assistência odontológica; ou autogestão. (D) secundária, quaternária, primária e terciária.

(C) cooperativa médica; cooperativa odontológica; me- (E) secundária, primária, quaternária e terciária.
dicina de grupo; odontologia de grupo; ou filantropia.
(D) coletiva empresarial; coletiva não identificada; coletiva 97. Dados hipotéticos de um estudo observacional, que ava-
por adesão; seguradora; ou cooperativa de saúde. liou fatores de risco para a ocorrência de diabetes mellitus,
(E) administradora de benefícios; cooperativa de saú- encontraram um risco relativo (RR) igual a 0,55 ao se com-
de; seguradora; odontologia de grupo; ou segmento pararem expostos com não expostos. A exposição consi-
terciário. derada foi realizar atividade física regular. O intervalo de
confiança de 95% (IC95%) variou de 0,38 a 1,20.
Com base nos dados descritos, é correto afirmar que:
95. Na figura a seguir, é possível verificar a queda do número
de mortes por Aids, sobretudo a partir do ano de 1995, (A) o risco de doença foi 55% maior entre os expostos
bem como o aumento da prevalência da doença entre os (p < 0,05).
anos de 1985 e 2004, nos Estados Unidos. (B) os expostos apresentaram proteção de 55%, com
significância estatística.
Número de casos, mortes e prevalência da Aids
nos Estados Unidos, de 1985 a 2004. (C) houve uma redução de 45% no risco entre os expostos,
90
Implementação da 450 sem significância estatística.
80
definição em 1993 400
(D) não houve diferença estatisticamente significativa
Casos e mortes (em milhares)

70 350
entre os grupos de intervenção e placebo.
Prevalência (em milhares)

60 300
(E) as intervenções promoveram uma queda de 95% no
50 250
risco para os expostos, com significância estatística.
40 200

30 150

20 100 98. Um ensaio clínico controlado, randomizado e duplo cego,


10 50 avaliou um novo medicamento quimioterápico para a
0 0
prevenção da recidiva de um tumor. Após 24 meses de
1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 seguimento, ao analisar os resultados, os pesquisadores
Ano do diagnóstico ou morte observaram uma recidiva de 15% do tumor no grupo que
utilizou o novo medicamento e de 35% no grupo controle
SIDA Mortes Prevalência (quimioterápico tradicional). Foi calculada a medida de
associação, que obteve o seguinte intervalo de confiança
(Hoffmann, Christopher J. MedicinaNET, 2013. Adaptado)
de 95% (IC95%): 0,35 - 0,63.
É correto afirmar que a prevalência do HIV/Aids pode ter
Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
aumentado em decorrência de:
(A) A eficácia do novo quimioterápico na prevenção da
(A) redução da letalidade e aumento do número de curas.
recidiva do tumor foi de 42,8%.
(B) aumento da incidência e aumento do número de óbitos.
(B) Com o uso do novo quimioterápico, a redução abso-
(C) aumento da imigração de doentes e aumento da le- luta do risco de recidiva do tumor foi de 20,0%.
talidade.
(C) O risco relativo para a recidiva do tumor foi de 0,43%,
(D) aumento da emigração de doentes e incremento da ou seja, 43 vezes maior no grupo de controle.
mortalidade.
(D) Em comparação ao quimioterápico tradicional, o
(E) descoberta de terapias que aumentam a sobrevida e novo teve um pior desempenho na recidiva do tumor.
redução da letalidade.
(E) O risco relativo de recidiva do tumor do novo quimio-
terápico em relação ao tradicional resultou em 0,57.

BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia 22 Confidencial até o momento da aplicação.


99. Em visita realizada por uma equipe de profissionais de saú-
de, durante uma semana, ao município de Januária (MG),
todos os adultos residentes de um pequeno povoado e das
fazendas vizinhas foram examinados. Entre os resultados
obtidos, estão os seguintes: de 100 pessoas com sorologia
positiva para Leishmaniose, 8 foram confirmadas pelo exa-
me clínico; enquanto que, em 100 outros indivíduos com
sorologia negativa para Leishmaniose, 10 foram falsos po-
sitivos no exame clínico.
Assinale a alternativa correta quanto aos indicadores de
validade do exame clínico, considerando-se a sorologia
como o exame padrão-ouro.

(A) A probabilidade pré-teste foi de 44,4%.

(B) A acurácia do exame clínico foi de 100,0%.

(C) A sensibilidade do exame clínico foi de 50,0%.

(D) O valor preditivo positivo do exame clínico foi de 8,0%.

(E) A especificidade do exame clínico foi de 90,0%.

100. Homem, 63 anos de idade, portador de diabetes melli-


tus tipo 2 (DM2) há cerca de 20 anos, com tratamento
irregular na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro
onde mora. Há 3 anos passou a apresentar sintomas de
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) classe III, tendo
sido internado duas vezes por esse motivo. Há 2 anos foi
diagnosticado com câncer de próstata, realizando trata-
mento e acompanhamento regulares. Hoje compareceu
à Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) com quadro
de fibrilação ventricular, tendo falecido 40 minutos após
a entrada neste serviço.
Na declaração de óbito (DO) do paciente deve constar,
como causa básica:

(A) diabetes mellitus.

(B) fibrilação ventricular.

(C) aterosclerose coronária.

(D) neoplasia maligna de próstata.

(E) insuficiência cardíaca congestiva.

Confidencial até o momento da aplicação. 23 BOSO2301/001-Oftalmotologia-Otorrinolaringologia


Confidencial até o momento da aplicação.

Você também pode gostar