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ENFERMAGEM CIRÚRGICA

PROFª ENFª LAÍS RODRIGUES VIEIRA


DISCIPLINA: CENTRO CIRÚRGICO E CME

INÍCIO:
17/03/2021
DATA PREVISTA PARA O TÉRMINO:
23/06/2021

4 2
+ 100
ATIVIDADES/ PROVAS (60)
TRABALHOS (10)

5 ATIVIDADES/
TRABALHOS (10)
CIRURGIA
CIRURGIA

A Cirurgia configura-se como parte do


processo terapêutico em que o
cirurgião realiza uma intervenção
manual ou instrumental no corpo do
paciente.
NA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
Ex.: um procedimento diagnóstico; como biópsia

INDICAÇÕES
DE
UMA NA CURA
Ex.: a excisão (remoção) de um tumor;
CIRURGIA

;
NO REPARO
EX.: reparação de múltiplas feridas;
R I S CO
C I R Ú RG I CO

O Risco Cirúrgico é uma avaliação do


estado clínico do paciente que deve ser
feita previamente a procedimentos
cirúrgicos ou determinados No risco cirúrgico são considerados:
procedimentos médicos, conforme
padrões pré-estabelecidos pelas
principais sociedades médicas.
• Estados de saúde do paciente;
O risco cirúrgico serve para avaliar o • Complexidade dos procedimentos;
risco antes mesmo de iniciar o
procedimento.
• Possível tempo de duração da cirurgia.
RISCO
CIRÚRGICO
Os riscos cirúrgicos que determina o porte da cirurgia e
é composto por:
• Raio-X de tórax
• ECG
• Exames de sangue (contagem de plaquetas, hemácias,
leucócitos e hematócrito, eletrólitos, função renal,
função hepática, glicose, Beta-HCG para mulheres,
tipagem sanguínea)
• Avaliação pela anestesiologia.
C L A S S I F I C A Ç Õ E S
O tratamento cirúrgico pode ser classificado de acordo com:

MOMENTO POTENCIAL DE
FINALIDADE
OPERATÓRIO CONTAMINAÇÃO

DURAÇÃO DA
PORTE
CIRURGIA
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM:
A FINALIDADE

PALIATIVA REABILITAÇÃO
RECONSTRUTIVA OU
Restaura o funcionamento ou
ESTÉTICA visa a melhorar as condições aparência de tecidos traumatizados
clínicas do paciente, contribuindo ou defeituosos.
tratamentos realizados com
para a qualidade de vida.
finalidade estética ou corretiva. Ex.: cirurgia de atroplastia total
Ex.: para avaliar a dor ou corrigir
Ex.: Mamoplastia; para corrigir uma dor incapacitante.
um problema;

DIAGNÓSTICA RADICAL
são aquelas em que ocorre a
se caracterizam pela extração de
retirada parcial ou total de um
fragmentos de tecidos para exame
órgão ou segmento corporal, como
microscópico com fins
nos casos de apendicectomia,
diagnósticos.
gastrectomia e mastectomia.
C L A S S I F I C A Ç Ã O
D E A C O R D O A determinação do momento propício à realização da cirurgia
C O M : depende da evolução do quadro clínico e da avaliação das
vantagens e desvantagens da espera em relação às condições do
O M O M E N T O paciente, como vemos no quadro a seguir:
O P E R A T Ó R I O
CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS (SEMPRE DEPENDE DO
CONTEXTO)
EMERGÊNCIA O cliente requer atenção imediata (sem demora); o agravo é Hemorragia significativa;
potencialmente fatal; NÃO PODE ADIAR Ferimento por arma branca ou arma de fogo

URGÊNCIA O paciente precisa de atenção mediata ( em 24 a 30 horas); Cálculos renais ou uretrais;

NECESSÁRIA O cliente precisa fazer a cirurgia, porém permite o planejamento da Catarata


mesma em algumas semanas.

ELETIVA O paciente deve ser operado; a não realização da cirurgia não é Hérnia simples;
irremediável;
OPCIONAL Decisão cabe ao cliente. Cirurgia plástica

Fonte: HINKLE; CHEEVER (2016)


CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM:
PORTE
As cirurgias ainda podem ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco cardiológico, ou seja,
a probabilidade de perda de fluidos e sangue durante sua realização.

GRANDE PORTE
Com grande probabilidade de
perda de fluído e sangue.
MÉDIO PORTE
PEQUENO PORTE
Com média probabilidade de perda
EX.: Cirurgias de emergência com de fluído e sangue. Com pequena probabilidade de
comprometimentos vasculares perda de fluído e sangue.
arteriais. EX.: Troca de prótese de quadril.
EX.: Mamoplastia de aumento.
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM:
A DURAÇÃO DA CIRURGIA
De acordo com a duração do ato cirúrgico, as cirurgias são classificadas em porte I, porte II, porte III e porte IV.
Geralmente, quanto maior a duração do procedimento, maior é o porte da cirurgia e maior o risco de o
paciente apresentar complicações no período pós-operatório.

PORTE III
PORTE I
têm duração de 4 a 6 horas.
até 2 horas de duração. Por exemplo: revascularização do
Por exemplo: curetagem uterina ; miocárdio, colocação de prótese
total de quadril, craniotomia.

PORTE II PORTE IV
são aquelas cuja duração ultrapassa
em média, de 2 a 4 horas.
6 horas.
Por exemplo: histerectomia.
Por exemplo, transplantes;
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM:
O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

CIRURGIAS LIMPAS

CIRURGIAS
POTENCIALMENTE
CONTAMINADAS
De acordo com a Portaria 2.616/98 MS, de 12
de maio de 1998, a classificação das cirurgias CIRURGIAS
deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo CONTAMINADAS
cirurgião.
CIRURGIAS
INFECTADAS
CIRURGIAS LIMPAS

são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de


descontaminação, sem penetração nos Tratos Digestório,
Respiratório ou Urinário na ausência de processo infeccioso
e inflamatório local, em condições ideais de sala de cirurgia

Nesses procedimentos, o risco de infecção gira entre 1,5 e


5,1%.

Por exemplo: cirurgias cardíacas, neurocirurgias.


CIRURGIAS
POTENCIALMENTE
CONTAMINADAS

são realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana


residente pouco numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, ou, ainda, quando ocorre penetração nos
tratos digestório, respiratório ou geniturinário, sem
contaminação significativa.

O índice de infecção é de 7,7 a 10,8%.

Por exemplo: histerectomia abdominal, colecistectomia,


gastrectomia, prostatectomia.
CIRURGIAS
CONTAMINADAS

são realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos


ou em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação é difícil ou impossível. Entram nesta categoria
também as cirurgias em que ocorreram falhas na técnica
operatória, na antissepsia e/ ou na degermação (ato de redução
ou remoção parcial dos microrganismos da pele, ou outros
tecidos por métodos quimio-mecânicos).

O risco de infecção fica entre 15,2 e 16,3%.

Por exemplo: cirurgias dentárias, apendicectomia.


CIRURGIAS
INFECTADAS

são realizadas em qualquer tecido ou órgão, na presença de


processo infeccioso com supuração local, tecido necrótico
ou corpo estranho.

O índice de infecção é de 28 a 40%.

Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com fezes, amputação


de pé diabético;
Perioperatório é o termo utilizado para descrever TODO o
período da cirurgia desde o momento em que o cirurgião
decide indicar a operação e comunica ao paciente, até que
este último retorne, depois da alta hospitalar, às atividades
diárias normais.
Em relação ao intervalo de tempo, o período perioperatório se divide em três fases:

FASE FASE FASE


PRÉ- OPERATÓRIA INTRAOPERATÓRIA PÓS-OPERATÓRIA
FASE
PRÉ- OPERATÓRIA

Engloba desde a tomada de


decisão sobre a intervenção
cirúrgica até quando o paciente é
transferido para a mesa da sala de
cirurgia.
FASE
INTRAOPERATÓRIA

Inicia na transferência do paciente


para a mesa da sala de cirurgia e
continua até que ele seja admitido
na unidade de cuidados pós
anestésicos.
FASE
PÓS-OPERATÓRIA
Começa na admissão do
paciente na unidade de cuidados
pós anestésicos e termina depois
da avaliação de acompanhamento
no ambiente clínico ou
domiciliar.
PERÍODOS CIRÚRGICOS
PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO Compreende do momento da indicação da cirurgia a um dia anterior ao
procedimento;

PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO Período de 24h antes do procedimento anestésico-cirúrgico até o encaminhamento


do paciente ao centro cirúrgico;
Principal momento de PREPAROS!
TRANSOPERATÓRIO Compreende desde o momento em que o paciente é recebido na unidade de centro
cirúrgico até sua saída da sala de operações;
INTRAOPERATÓRIO Começa no início do procedimento anestésico-cirúrgico e vai até o seu término.
Portanto, está inserido no período transoperatório.
RECUPERAÇÃO Compreende desde a chegada do paciente à SRPA até sua alta para a unidade de
PÓS-ANESTÉSICA origem;
PÓS -OPERATÓRIO IMEDIATO Compreende as primeiras 24h depois da intervenção anestésico-cirúrgica;

PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO Inicia-se depois das primeiras 24h que seguem à cirurgia e se estende até a alta do
paciente ou depois de seu retorno para casa (esta etapa varia de acordo com o
procedimento realizado).
TEMPOS CIRÚRGICOS
Tempos cirúrgicos:
DIÉRESE HEMOSTASIA
Dividir, cortar, separar

Processo pelo qual se


Separação dos planos
previne, detém ou impede o
anatômicos ou tecidos para
sangramento.
possibilitar a abordagem de
um órgão ou região.

Fonte: Enfermagem Ilustrada, 2020.


Tempos cirúrgicos:
EXERESE SÍNTESE
Cirurgia propriamente dita

Procedimento cirúrgico, em
consiste em aproximar
que ocorre remoção
bordas de uma lesão; é a
cirúrgica de um tecido ou
união dos tecidos;
órgão com mau
funcionamento ou doente.
Fonte: Enfermagem Ilustrada, 2020.
TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA

A linguagem padronizada é uma das formas


de garantir a eficácia da comunicação.

• fornecer, de forma verbal e escrita, uma definição do termo cirúrgico;


• descrever os diferentes tipos de cirurgia;
• facilitar o preparo de instrumentos e equipamentos apropriados para
cada tipo de procedimento cirúrgico;
• padronizar uma linguagem que seja de alcance do coletivo, de forma
que haja entendimento global do termo utilizado;
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por:

PREFIXO SUFIXO
Parte do corpo Indica o ato cirúrgico
relacionada a cirurgia realizado
• Oftalmo – olho;
• Rino – nariz;
• Bléfaro – pálpebra;
• Adeno –glândula;
• Gastro – estômago;
PREFIXO
Parte do corpo • Hepato – fígado;
relacionada a cirurgia • Cólon – intestino grosso;
• Ooforo – ovário;
• Orquio – testículo;
• Espleno – baço;
• Nefro – rim;
• Laparo – parede abdominal;
• Cole – vias biliares;
• Hístero – útero;
• Tomia – incisão, corte, abertura de parede ou órgão;

• Stomia – fazer uma nova boca, comunicar um órgão


tubular ou oco com o exterior;

• Ectomia – extirpar parcial ou totalmente um órgão;


SUFIXO
• Plastia – reparação plástica da forma ou função do
Indica o ato cirúrgico
segmento afetado;
realizado

• Rafia – sutura;

• Pexia – fixação de uma estrutura corpórea;

• Scopia – visualizar o interior de um órgão cavitário ou


cavidade com auxilio de aparelhos especiais.
PREFIXO SUFIXO
Parte do corpo + Indica o ato cirúrgico
relacionada a cirurgia realizado

RINO + PLASTIA → RINOPLASTIA

NARIZ

Reparação plástica
da forma ou função
do segmento afetado; Fonte: Imagem disponível na internet
De acordo com Carvalho e Bianchi (2016), as finalidades e os objetivos da UCC são:

→Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período perioperatório.

→ Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente à unidade, na melhor condição


possível de integridade.

→Proporcionar recursos humanos e materiais para que o procedimento anestésico-cirúrgico


seja realizado em condições técnicas e assépticas ideais.

→ Favorecer o ensino e servir como campo de estágio para a formação e o aprimoramento de


recursos humanos.

→ Desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o progresso científico e


tecnológico.
A Unidade de Centro Cirúrgico (UCC) consiste em um conjunto de elementos destinados à atividade
cirúrgica e à recuperação anestésica, localizado dentro de uma estrutura hospitalar.

Recuperação Anestésica Centro de Material e


Centro Cirúrgico (CC) (RA) ou Sala de Esterilização (CME)
propriamente dito- unidade
Recuperação Pós-
destinada ao desenvolvimento de Anestésica (SRPA) unidade destinada à recepção,
atividades cirúrgicas, bem como à expurgo, limpeza, descontaminação,
recuperação pós-anestésica e pós- ambiente destinado à prestação de preparo, esterilização, guarda e
operatória imediata. cuidados pós-anestésicos e ou pós- distribuição dos materiais utilizados
operatórios imediatos a pacientes nas diversas unidades de um
egressos das salas de cirurgia. estabelecimento de saúde.
Fonte: Imagem disponível na internet
ÁREAS IRRESTRITAS OU
NÃO RESTRITAS
O Centro Cirúrgico (CC) é dividido
em áreas específicas, por ser um
setor com maior risco de transmissão ÁREAS SEMIRRESTRITAS

de infecções, devido aos


procedimentos ali realizados.
ÁREAS RESTRITAS

Fonte: CARVALHO e BIANCHI, 2016; SOBECC, 2017.


ÁREAS IRRESTRITAS OU NÃO RESTRITAS

são aquelas onde circulação de pessoas é livre, de modo que NÃO


exigem cuidados especiais nem uso de uniforme privativo. Por
exemplo: elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários,
local de transferência de macas

Fonte: CARVALHO e BIANCHI, 2016; SOBECC, 2017.


ÁREAS SEMIRRESTRITAS
nesses locais o tráfego é limitado a pessoas do próprio setor ou
vestidas de forma adequada (roupa privativa, calçados adequados e
gorro são necessários), para não interferir nas rotinas de controle e
manutenção da assepsia da área restrita. Por exemplo: secretaria, copa,
salas de conforto e de guarda de equipamentos.

Fonte: CARVALHO e BIANCHI, 2016; SOBECC, 2017.


ÁREAS RESTRITAS

são as que têm limites bem definidos para a circulação de pessoal e de equipamentos, onde se deve
empregar rotinas próprias para controlar e manter a assepsia local. Além do uniforme privativo, é
necessário o uso de máscaras que cubram a boca e o nariz. Por exemplo: salas cirúrgicas; sala de
recuperação pós-anestésica; e corredores internos

Fonte: CARVALHO e BIANCHI, 2016; SOBECC, 2017.


Fonte: Imagens disponíveis na internet
ENFERMAGEM
NO
CENTRO CIRÚRGICO
O trabalho no Centro Cirúrgico é realizado por uma equipe multiprofissional, que envolve a enfermagem,
médicos cirurgiões e anestesistas, profissionais da limpeza e em alguns hospitais uma equipe administrativa.

Cada membro dessa equipe constituída por processo dinâmico e interacional prestam assistência ao paciente
enquanto permanecer no setor, sendo que cada um em sua função específica em busca de garantir assistência
de qualidade e a segurança do paciente.
Nesse contexto, a equipe de enfermagem, composta por Enfermeiros,
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem é parte essencial do CC, que
presta assistência ao paciente nos períodos pré, trans e pós-operatório, a
fim de promover recuperação e reabilitação de forma eficaz e segura .

O Enfermeiro era e ainda permanece responsável por gerenciar a


unidade com competência técnica e administrativa, além de estabelecer
condutas éticas a toda equipe, manter o ambiente seguro e educar tanto
o paciente como toda a equipe. Assim, trabalho do Enfermeiro
compreende quatro processos, que são: assistir, administrar, educar e
investigar. Dessa forma, algumas instituições mantém dois desses
profissionais, um assistencial e outro coordenador.
Ferreira (2017), descreve como principais atribuições do Técnico de Enfermagem no CC:

Prover a SO com materiais, equipamentos e instrumental cirúrgico adequado para cada cirurgia

Verificar a limpeza das paredes e pisos da SO. Verificar se há sujidade em equipamentos expostos e superfícies.

Verificar o funcionamento da iluminação da SO.

Checar o funcionamento dos gases medicinais e equipamentos.

Realizar manutenção da temperatura (providenciar manta térmica e adequar a temperatura do ar-condicionado).


Auxiliar a equipe na transferência do paciente da maca para a mesa cirúrgica.

Auxiliar no posicionamento do paciente para anestesia e cirurgia. Cuidado com drenos, sondas e cateteres.

Solicitar presença do enfermeiro sempre que for necessário e/ou Notificar ao enfermeiro possíveis intercorrências.
Registrar.

Preencher adequadamente os impressos relacionados ao procedimento cirúrgico (de acordo com cada instituição) e fixar
no prontuário.

Controlar materiais, compressas e gazes, em auxílio ao instrumentador cirúrgico, como fator de segurança do paciente.

Auxiliar a equipe cirúrgica durante a paramentação


Abrir todos os materiais estéreis a serem utilizados com técnica asséptica.

Encaminhar peças, exames e outros pedidos realizados no transcorrer da cirurgia.

Atender às solicitações da equipe cirúrgica durante todo o procedimento.

Desenvolver procedimentos técnicos, conforme orientação do enfermeiro.

Ajudar a transferência do paciente da mesa cirúrgica para a maca, não esquecendo dos cuidados com sondas e os
cateteres no transporte do paciente.

Encaminhar o paciente a RPA, e na ausência do enfermeiro informar as condições clínicas para o enfermeiro ou técnico de
enfermagem da RPA, por meio de passagem de plantão.
Desmontar a SO e encaminhar adequadamente cada material para seu destino, seja descarte reprocessamento ou
armazenamento.

Solicitar limpeza da SO conforme programação e rotina estabelecidas no setor.

Conservar o ambiente de trabalho limpo e em ordem.

Colaborar com o enfermeiro no treinamento de outros profissionais.


No Brasil, as recomendações práticas, a promoção e a
divulgação da enfermagem perioperatória acontecem
pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Centro
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização
(SOBECC).
Sistematização da Assistência de
Enfermagem Perioperatória (SAEP)

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em


2009, publicou a Resolução nº 358, que determina a
utilização do Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) em todas as instituições de
saúde (públicas e privadas), em que ocorre cuidado
profissional de enfermagem, que consiste em um
método que visa aprimorar o cuidado prestado pelo
enfermeiro ao paciente, buscando proporcionar uma
assistência segura e com qualidade, melhorando a
comunicação entre as equipes.
SAEP São cinco as etapas do SAEP, a saber:

• Visita pré-operatória de enfermagem.

• Planejamento de assistência perioperatória.


Diante disso, os enfermeiros que atuam no
• Implementação da assistência.
CC podem utilizar a Sistematização da
Assistência de Enfermagem Perioperatória
• Avaliação da assistência – visita pós-operatória de
(SAEP), com o propósito de promover
enfermagem.
assistência de qualidade ao paciente cirúrgico
de forma continuada, participativa,
• Reformulação da assistência a ser planejada, de
individualizada e documentada.
acordo com os resultados obtidos, procurando
resolver situações indesejáveis e prevenir ocorrência
de eventos adversos.
SAEP
A sistematização promove então a
continuidade da assistência, vinculando a
intervenção conjunta e contínua da equipe de
enfermagem que trabalha nas unidades de
internação, CC e Sala de Recuperação Pós-
Anestésica (SRPA).

Fonte: Imagem disponível na internet


OBRIGADA!
enflaisrodrigueslrv@gmail.com
REFERÊNCIAS

SMELTZER, S. C., BARE, B. G., HINKLE, J. L., CHEEVER, K. H. Brunner e Suddarth: Tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 2404p

CARVALHO, Rachel; BIANCHI, Estela R. F. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. Barueri, SP:
Manole, 2007.

SMELTZER,S.C.;BARE,B.G., Brunner/ Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Tratamento


pré-operatório. 10.ed.v.4 Rio de Janeiro: Guanabara,2006.

SOBECC - Práticas Recomendadas - SOBECC – 6™ Edição, Brasil, 2013.

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