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QUESTÕES PARA PROVA DO DEODATO

ORTOPEDIA
- ATLS
1. (ENARE 2021) Paciente em escala de coma de Glasgow nível 12, com abertura
ocular aos estímulos verbais e obedecendo a ordens em resposta motora, deve
apresentar qual das seguintes respostas verbais?
A) Palavras inapropriadas
B) Orientada e apropriada
C) Sons incompreensíveis
D) Ausente
E) Confusa

Gabarito: A

Comentário:

2. (HCG 2018) F.D.S, 26 anos, vítima de acidente automobilístico, sem uso de


cinto de segurança, deu entrada no pronto-socorro apresentando lesões graves
em globo ocular e em face esquerda, com exposição de seio maxilar e
amputação nasal. A conduta imediata, neste caso, é:
A) Lavagem exaustiva das lesões no centro cirúrgico para reduzir as chances de
infecção.
B) sutura da sala de emergência, após sedação do paciente
C) contato com as equipes de cirurgia plástica e oftalmologia e aguardar a
conduta dos respectivos profissionais.
D) seguimento do atendimento padrão do ATLS
Gabarito: D
Comentário: Antes de pensar em infecções de lesões ou suturas das mesmas, (que
não apresentam risco para o paciente de imediato) é crucial realizar a abordagem de
acordo com o ABCDE, ou seja, devemos primeiro nos preocupar com a perviedade de
vias aéreas. Em traumas faciais extensos, é sempre recomendada a intubação do
paciente, pois pode haver sangramento/edema que obstrua vias aéreas. Não devemos
esperar a orientação de outros médicos para condutas em pacientes politraumatizados,
pois pode ser que o paciente não sobreviva o tempo de espera! Devemos realizar a
sequência do ABCDE e, posteriormente, se necessário, pedir avaliação de
especialistas.

3. (SE/CESPE/2020) Diante de uma situação de atendimento inicial a paciente


politraumatizado, o primeiro passo do protocolo de atendimento, de acordo com
o ATLS (Advanced Trauma Life Support), é a
a) avaliação da função neurológica.
b) exposição imediata da vítima, cujas roupas devem ser cortadas com auxílio de
tesoura.
c) avaliação da circulação.
d) avaliação de vias aéreas.
e) avaliação da respiração.

Gabarito: D
Comentário:
Em um acidente antes de qualquer coisa, é necessário avaliar a cena para afastar
possíveis causas de risco. A segurança do socorrista e da equipe deve ser preservada.
Deve-se sinalizar a rodovia da cena, afastar possíveis fios de alta tensão. Após garantir
a segurança da cena, é indicado o protocolo de atendimento segundo a ATLS
aplicando o ABCDE.

A - (airway) Manutenção de via aérea com controle de coluna cervical


B - (breathing)Respiração e ventilação
C - (circulation) Circulação e controle de hemorragia
D - (disability) Avaliação Neurológica
E - (exposure) Exposição com controle do ambiente
Portanto o primeira medida segundo o protocolo é avaliação de vias aéreas.

4. (IBFC - 2016 - EBSERH) O Advanced Trauma Life Support (ATLS) segue os


princípios de atendimento inicial ao paciente politraumatizado, na seguinte
ordem: A,B,C, D e E. Com base na terceira etapa do ATLS (etapa C), assinale a
alternativa correta.
A)O choque hipovolêmico hemorrágico classe III é classificado por: perda de sangue
de 1500-2000 ml de sangue, hipotensão, taquipnéia e taquicardia
B)O choque hipovolêmico hemorrágico classe III é classificado por: perda de sangue
de 1500-2000 ml de sangue, hipertensão, bradipnéia e bradicardia
C)O choque hipovolêmico hemorrágico classe II é classificado por: perda de sangue de
751-1500 ml de sangue, hipertensão, taquipnéia e taquicardia
D)O choque hipovolêmico hemorrágico classe I é classificado por: perda de sangue de
751-1500 ml de sangue e normotensão
E)O choque hipovolêmico hemorrágico classe II é classificado por: perda de sangue de
1500-2000 ml de sangue, hipotensão, taquipnéia e taquicardia
Gabarito: A
Comentário:

5. (REFUNDAÇÃO JOÃO GOULART - FJG - RJ) De acordo com a classificação de


classes de choque hemorrágico proposta pelo ATLS, a redução da pressão
arterial ocorre a partir do seguinte percentual de perda sanguínea:
a) 20%
b) 10%
c) 30%
d) 40%
e) 50%
Gabarito: D
Comentário:
6. (HUBFS/HUJBB) Paciente de 56 anos é trazido pelo Samu ao pronto atendimento
de um hospital vítima de FAF com entrada em quarto espaço intercostal direito, no
momento dispneico, referindo dor no peito e dificuldade para respirar. Apresentava
turgência jugular e desvio da traqueia para a esquerda, FC= 122bpm, FR= 29 rpm, PA=
84x40mmhg. com base no quadro acima, o provável diagnóstico é:
1. pneumotórax hipertensivo
2. tamponamento cardíaco
3. hemotórax hipertensivo
4. contusão pulmonar
5. lesão de aorta torácica
Gabarito: A
Comentário: O pneumotórax hipertensivo ocorre quando o ar acumulado no espaço
pleural não consegue escapar, levando a um aumento da pressão dentro do tórax,
deslocando as estruturas mediastinais para o lado contralateral da lesão. O
pneumotórax hipertensivo é uma emergência médica que requer intervenção rápida
para aliviar a pressão excessiva no tórax e prevenir complicações graves.

- PHTL

7. (UNIFESP, 2016) O método START é utilizado para possibilitar o atendimento


e transporte rápido do paciente, por meio da alocação de recursos e
hierarquização de atendimentos. Baseado nisso, classifique as vítimas de um
acidente automobilístico envolvendo um carro de passeio e uma motocicleta:
I. Vítima do sexo feminino, aparentemente 30 anos, inconsciente, pulso ausente.
II. Vítima do sexo masculino, aparentando 20 anos de idade, está acordada,
apresenta leves escoriações pelos MMSS, Pressão Arterial: 120 X 80 mmHg,
Frequência Cardíaca: 85 bpm, Frequência Respiratória: 20 mpm.
III. Vítima do sexo feminino, aparentando 60 anos de idade, acordada, muito
confusa, apresenta lesão corto-contusa em região frontal esquerda, refere forte
dor abdominal, apresenta abdome globoso, distendido, doloroso à palpação
superficial, Pressão Arterial: 100 X 50 mmHg, Frequência Cardíaca: 150 bpm,
Frequência Respiratório: 32 mpm.
IV. Vítima do sexo masculino, aparentando 30 anos de idade, acordado,
responsivo, agitado, porém responde corretamente todas as informações,
apresenta escoriação em hemiface esquerda, fratura em MSD com pulso radial
presente, refere dor em hemitórax esquerdo, sem crepitações ósseas a
palpação de costela, Pressão Arterial: 110 X 80 mmHg, Frequência Cardíaca:
100 bpm, Frequência Respiratório: 28 mpm.

a) Verde, vermelho, preta e amarelo.


b) Verde, amarelo, preta e vermelha.
c) Preta, amarelo, vermelha e verde.
d) Preta, verde, amarelo, vermelha.
e) Preta, verde, vermelho, amarelo.

Gabarito: E
Comentário: No método START, as vítimas são classificadas pelo estado de gravidade
e cada categoria utiliza uma cor para fácil identificação no momento de evacuação e
transporte da cena.
● Vítimas vermelhas (prioridade 1): Lesões tratáveis com risco iminente à vida.
Dificuldade de respiração, sangramento não controlável, diminuição do nível de
consciência, sinais de choque, queimaduras graves.
● Vítimas amarelas (prioridade 2): Lesões graves, sem risco iminente à vida.
Queimaduras sem problemas de vias aéreas, fraturas ósseas sem choque
hemorrágico.
● Vítimas verdes (prioridade 3): Lesões de partes moles mínimas, sem risco de
vida ou de incapacitação.
● Vítimas cinzas (prioridade zero): Pacientes mortos ou apresentando lesões
irreversíveis. Traumatismo da cabeça com perda de massa cefálica,
esmagamento de tronco e incineração.
8. (EAGS- SAÚDE 2017) Considerando o método START (Triagem Simples e
Tratamento Rápido), correlacione as colunas de acordo com a prioridade da triagem
pré-hospitalar.

1 – Cor vermelha

2 – Cor amarela

3 – Cor verde

( ) vítima em parada cardiorrespiratória

( ) vítima com queimadura extensa

( ) vítima com dispneia leve

( ) vítima com hematêmese

( ) vítima com luxação

a) 3 – 2 – 1 – 1 – 3
b) 3 – 1 – 2 – 1 – 2
c) 1 – 1 – 3 – 2 – 3
d) 1 – 3 – 2 – 3 – 1
Gabarito: C
Comentário: Vide questão anterior

PHTLS

9. (SCMA-SP 2019) Você é chamado para um atendimento e é o primeiro a chegar no


local de um acidente entre dois autos, em uma via de movimento de alta velocidade.
Um dos veículos colidiu contra um poste de energia elétrica e há um fio de alta tensão
solto no local. Qual a primeira providência a ser tomada?
a) Atender primeiro o paciente mais grave.
b) Chamar a campainha elétrica.
c) Isolar e sinalizar a área.
d) Triar os feridos para o atendimento.
Gabarito: Letra C
Comentário:
Alternativa A - Incorreta: atender primeiro o paciente mais grave, com melhores
condições de sobrevivência, nos casos de acidentes com múltiplas vítimas, é uma
medida a ser feita após assegurar a segurança da cena e rapidamente triar os feridos
para o atendimento.
Alternativa B - Incorreta: a companhia elétrica deve ser acionada, mas a prioridade da
equipe do APH é evitar novos acidentes e retirar os feridos daquela área.
Alternativa C - Correta: isolar e sinalizar a área deve ser a primeira medida a ser
instituída em um caso como esse, garantindo a segurança da equipe e evitando novos
acidentes com outras pessoas que possam se aproximar da cena.
Alternativa D - Incorreta: a triagem dos feridos para o atendimento deve ser realizada
posteriormente.

10. (SURCE 2021) Um jovem motociclista de 19 anos se envolve em uma colisão com
um ônibus no cruzamento que fica a cerca de 20 minutos do Hospital de Emergência
Terciário de referência às vítimas de trauma. Ele usava corretamente o capacete e
estava confuso, agitado, expressando muita dor, com pele pálida, fria e úmida na cena.
O que chama atenção é uma grave lesão de amputação traumática da perna esquerda
ao nível do joelho com muito sangue no asfalto. Populares aplicaram um torniquete
improvisado pouco tempo depois e chamaram o SAMU 192. De acordo com a nona
edição do Prehospital Trauma Life Support (PHTLS), qual a primeira ação da equipe de
Suporte Avançado de Vida do SAMU 192 na avaliação primária do atendimento inicial
à essa vítima?
a) Colocar curativo compressivo.
b) Iniciar analgesia endovenosa com opioides.
c) Confirmar se o torniquete foi aplicado corretamente.
d) Verificar a permeabilidade da via aérea e controle cervical.
Gabarito: C
Comentário:
a) O curativo compressivo costuma ser ineficaz nos casos de amputação
traumática. Nos casos em que há sangramento de extremidades, sem
possibilidade de controle através de compressão, devemos considerar a
aplicação de um torniquete. Vale lembrar que o uso dessa estratégia por tempo
prolongado pode levar à isquemia irreversível de parte do membro.
b) A administração de medicações analgésicas não é prioritária frente às medidas
preconizadas para avaliação primária (XABCDE).
c) Como vimos, essa deve ser a primeira medida, conforme o protocolo de
atendimento do PHTS 9ª edição.
d) O controle de cervical e patência de vias aéreas deve ser feito após o controle
dos focos de hemorragia exsanguinantes.

11. (INTO - 2022) Colisão de automóvel de passeio x traseira de caminhão numa via
movimentada (velocidade máxima 70km/h), um médico socorrista decide parar para
ajudar. Ao chegar à cena do acidente, nota que o motorista do automóvel apresenta
pulso central, não abre os olhos ao chamado, balbucia palavras inapropriadas e retira o
membro ao estímulo doloroso, além de apresentar movimento paradoxal do tórax. A
conduta inicial deve ser:
a) Intubar paciente já que apresenta Glasgow < 8
b) Administrar O2 suplementar pela presença de tórax instável
c) Sinalizar a via de tráfego
d) Colocar colar cervical e realizar intubação nasofaríngea
e) Puncionar dois acessos venosos calibrosos periféricos e iniciar cristalóide

GABARITO LETRA C
COMENTÁRIO: Antes de tudo, é necessário e importante avaliar a cena para afastar
possíveis causas de risco. A segurança do socorrista e da equipe deve ser preservada.
Deve-se sinalizar a rodovia da cena e afastar possíveis fios de alta tensão. Após
garantir a segurança da cena, podemos nos aproximar para o manejo do paciente e
realizar a avaliação primária, logo, todas as outras medidas estão incorretas para a
cena da questão.

12. (UFPI - 2018) Quanto ao atendimento inicial do paciente traumatizado, na fase


pré-hospitalar, assinale a opção INCORRETA:
a) A reanimação com solução cristaloide isotônica deve ser iniciada apenas na
fase hospitalar do cuidado para pacientes em choque
b) Um dos objetivos primários do controle pré-hospitalar ao trauma é a
manutenção de controle de via aérea do paciente traumatizado
c) O padrão ouro para a manutenção das vias aéreas, em pacientes severamente
traumatizados, continua sendo a intubação orotraqueal
d) Recente experiência militar tem reintroduzido o uso de torniquetes para controle
pré-hospitalar de hemorragia de extremidades
e) Um dos conceitos mais importantes que aumentam, enormemente, a habilidade
de tratar pacientes traumatizados é tratar a maior ameaça a vida primeiro
GABARITO LETRA A
COMENTÁRIO:
Alternativa A - Incorreta: A reposição volêmica deve ser iniciada ainda no ambiente
pré-hospitalar, durante a abordagem de “C”. A orientação atual é pegar 2 acessos
periféricos calibrosos e iniciar a reposição com 1000ml de solução de cristaloide
isotônica aquecida.
As demais alternativas estão corretas.

- Paciente grave na orto


13. (VUNESP - EsFCEx - Área: Cirurgia Geral - 2023) O Conceito de cirurgia de
controle de danos (Damage Control Surgery) foi desenvolvido inicialmente por
cirurgiões do trauma que observaram que alguns pacientes com politraumatismos
graves foram mais bem tratados com uma abordagem cirúrgica estadiada, e não
definitiva, mudanças ao controle de lesões com risco de dano morte iminente e
postergando o tratamento definitivo de algumas lesões após indenização adequada
clínica do paciente em regime de terapia intensiva. Esse princípio tem sido utilizado no
trauma musculoesquelético, e atualmente, com os conhecimentos das fases da
síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), preconiza-se que

a) Alguns pacientes politraumatizados graves com lesões de ossos longos devem


ser submetidos ao tratamento cirúrgico definitivo precoce, a fim de evitar
complicações infecciosas.
b) Uma abordagem precoce desses pacientes em um momento de aumento dos
níveis séricos dos fatores pró-inflamatórios (cujo pico ocorre entre o primeiro e
terceiro dia do trauma) diminui o risco de desenvolvimento de disfunção de
órgãos e sistemas múltiplos (DMOS).
c) O melhor período para a cirurgia definitiva dessas lesões (janela de
oportunidade) é entre 5 e 14 dias, pois há um declínio dos mediadores
inflamatórios.
d) O controle de dano ortopédico consiste em uma abordagem unidisciplinar do
politraumatizado grave com lesões de ossos longos ou com fratura pélvica em
duas etapas: lavagem da fratura e osteossíntese definitiva.
e) Não se aplicam os conceitos de controle de danos no trauma
musculoesquelético, pois esses princípios valem somente para o trauma
abdominal e pélvico complexo.

Gabarito: letra C
Comentário: Alternativa “c” correta: a janela de oportunidade é, justamente, o período
em que há a redução do risco da SIRS associado a uma imunossupressão ainda leve a
moderada. Alternativa “a”: contradiz a abordagem estadiada da cirurgia de controle de
dano. Alternativa “b”: a abordagem deve ocorrer com o declínio dos níveis séricos de
fatores pró-inflamatórios. Alternativa “d”: o controle de dano ortopédico consiste em
uma abordagem multidisciplinar. Alternativa “e”: inicialmente, o termo surgiu
relacionado aos traumas abdominais, mas atualmente se expande para o tratamento
de lesões torácicas, ortopédicas e mesmo no trauma vascular de extremidades.

14. (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM - 2019) Em relação


ao índice ISS (lnjury Severity Score) de avaliação do politraumatizado podemos
afirmar:
a) Se em uma das regiões a pontuação for seis, já se considera ISS 75.
b) No ISS, os pontos dados às lesões do crânio recebem pontos em dobro.
c) A pontuação quatro de uma região significa lesão moderada.
d) Para o cálculo do ISS, faz-se a soma do quadrado de duas regiões.

Gabarito: letra A
Comentário: Alternativa “a” correta: o ISS confere pontos de um a seis para 5 regiões:
crânio e cervical; tórax; abdome; extremidades e pelve; e partes moles. Os pontos são
proporcionais à gravidade da lesão, variando de um (leve) a seis (lesão intratável/fatal).
O ISS é calculado através da soma do quadrado dos pontos dados às três regiões com
pontuação maior, e varia de um a 75 pontos. Qualquer região com pontuação seis
torna o ISS automaticamente 75, independentemente das outras lesões, por ser fatal.
Alternativa “b”: não há alteração de pontos por região do corpo. Alternativa “c”:
pontuação quatro equivale a grave com risco à vida. Alternativa “d”: O ISS é calculado
através da soma do quadrado dos pontos dados às três regiões com pontuação maior.

15. (SUS-SP 2020) A fratura de bacia com instabilidade hemodinâmica deve ser
tratada inicialmente com:
A) cinta ou enfaixamento pélvico
B) fixação externa
C) arteriografia, sempre que disponível
D) tamponamento pélvico pré-perineal
E) calça pneumática
GABARITO: A Comentário: a primeira medida tomada em pacientes com fraturas da
bacia e instabilidade hemodinâmica é a passagem do lençol pélvico.Alternativa B -
incorreta A fixação externa é usada para tratar fratura de pelve mas não é a primeira
medida a ser realizada porque deve ser feita em centro cirúrgico pela equipe de
ortopedia.Alternativa C - incorreta A arteriografia nos traz informações sobre a lesão
mas não realizar o enfaixamento pélvico antes pode ser fatal! Alternativa D - incorreta
O tamponamento pélvico pré-peritoneal é uma das opções que usamos nos casos de
pelve instável, mas é mais complexo e demorado que a cinta pélvica.Alternativa E -
incorreta A calça pneumática ajuda no retorno venoso dos membros inferiores, mas
não serve para o nosso paciente, pois o sangue está sendo perdido para o espaço
pélvico.

16. (SCML 2021) Considerando que as hemorragias volumosas após fraturas pélvicas
são causadas, mais frequentemente, por lesões de qual das estruturas indicadas a
seguir?
A) artérias glúteas superiores
B) artérias ilíacas internas
C) plexo venoso pélvico
D) artérias pudendas internas
E) artérias ilíacas externas
GABARITO: C
Lesão do plexo venoso pélvico decorrente de estiramento de ligamentos do complexo
sacroilíaco posterior associada a fraturas pélvicas é a principal causa de hemorragias
volumosas no trauma pélvico. Alternativas A, B, D e E - Incorretas: Podem ser
responsáveis pela persistência do sangramento pélvico após medidas iniciais de
ressuscitação e contenção do sangramento, porém não apresentam os vasos mais
frequentemente acometidos nos casos de fraturas pélvicas.

17. (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, RS, 2010) Qual a complicação
imediata mais grave das fraturas?
A) Choque hipovolêmico
B) Lesão nervosa
C) Embolia gordurosa
D) Infecção
E) Comprometimento da circulação do membro fraturado por compressão arterial

Gabarito: A
Alternativa A: Correta, o choque hipovolemico que ocorre em especial em fraturas de
bacia e de ossos longos, como o fêmur, pode levar o paciente à morte rapidamente,
sendo, assim, a complicação imediata mais grave das fraturas
Alternativa B: Incorreta, uma lesão nervosa, do ponto de vista imediato, não apresenta
qualquer risco ao paciente. Mesmo que seja uma lesão do nervo ciático, por exemplo,
não trará qualquer risco de morte ao paciente
Alternativa C: Incorreta, a embolia gordurosa é uma complicação potencialmente fatal.
Entretanto, ela pode levar até 72 horas para ocorrer, não apresentando, assim, um
risco de morte imediato.
Alternativa D: Incorreta, do ponto de vista imediato, a infecção como complicação de
fratura apresenta pouco ou nenhum risco ao paciente.
Alternativa E: Incorreta, de imediato, o comprometimento da circulação de um membro
não traz sérios riscos ao paciente. Porém, conforme a área de tecido comprimida e o
tempo de isquemia, após a reperfusão o paciente pode apresentar a síndrome de
reperfusão – que pode ser extremamente grave. É devido a essa síndrome que
raramente fazemos reimplantes de braços amputados na altura do ombro, ou de
membros inferiores.

18. (TARO, 2018) Sobre fratura exposta, o fechamento primário da lesão de pele deve
ser realizado em paciente com ISS (Injury Severity Score)
a) menor que 20, com diabetes melitus.
b) menor que 20, sem diabetes melitus.
c) maior que 25, com diabetes melitus.
d) maior que 25, sem diabetes melitus.

Gabarito B
Comentário: O fechamento primários de feridas leva em conta alguns fatores como a
gravidade da lesão e as condições do paciente. Um ISS de 20 é considerado um
trauma moderado. Para ser considerado o fechamento de e ser analisado também
algumas indicações e contra indicações, como grau de limpeza, presença de déficit
vascular, diabetes mellitus dependente de drogas/ distúrbios do tecido
conectivo/vasculite periférica, entre outros. Um ISS acima 25 é considerado grave, com
provável comprometimento além da fratura exposta. Portanto a alternativa correta é a
letra B, pois apresenta um ISS moderado/intermediário e sem diabetes Mellitus.

- Fratura exposta
19. (ENARE 2023) Um paciente, 20 anos, teve uma fratura exposta de tíbia grau I de
Gustillo-Anderson. Qual seria a forma mais correta de realizar o primeiro atendimento
hospitalar desse paciente?
A. Profilaxia com Cefalotina e vacina antitetânica seguida de lavagem e
desbridamento cirúrgico / redução da fratura.
B. Profilaxia com Ceftriaxona e vacina antitetânica seguida de lavagem e
desbridamento cirúrgico.
C. Iniciar antibiótico de forma terapêutica com Ciprofloxacino, realizar vacina
antirrábica e seguir com lavagem e redução local da fratura.
D. Redução da fratura após analgesia, lavagem e antibioticoterapia profilática com
Vancomicina durante a indução anestésica.
E. Analgesia, profilaxia com vacina antitetânica e Ciprofloxacino e redução
imediata da fratura seguidas de lavagem e desbridamento cirúrgico.
Gabarito: A

Comentário:
A) Correta, sem ressalvas.
B) Incorreta, pois não é indicada ceftriaxona para Gustillo 1.
C) Incorreta, pois não é indicado ciprofloxacino, nem vacina antirrábica.
D) Incorreta, pois não é indicada vancomicina.
E) Incorreta, pois não é indicado ciprofloxacino. Ademais, a redução da fratura só deve
ser feita após a lavagem.

20. (RJ - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BARRA MANSA - SCMBM 2015) Em


relação às fraturas expostas:
I- São comuns na tíbia devido à falta de cobertura muscular em toda a sua face
medial.
II- De acordo com a Classificação de Gustillo e Anderson, as fraturas expostas
da tíbia, com ferida da pele menor do que um centímetro, mas com radiografia
demonstrando fratura segmentar, são classificadas como Grau III.
III- Em fratura exposta Grau I (Gustillo e Anderson), deve-se iniciar esquema de
antibiótico com Cefalosporina de Primeira Geração e Aminoglicosídeo.
IV- Os objetivos do tratamento cirúrgico das fraturas expostas da tíbia consistem
em lavagem mecânica e cirúrgica, desbridamento dos tecidos desvitalizados e
estabilização da fratura.
V- A classificação de Gustillo e Anderson leva em consideração a extensão da
lesão de pele apenas.

Quais das afirmativas acima estão corretas?


A) Todas estão corretas.
B) I, II e III.
C) II, IV e V.
D) I, II, IV e V.
E) I, II e IV.
Gabarito: E

Comentário:
I- Correta. A tíbia é um dos ossos que mais apresentam fratura exposta pelo parco
envelope de partes moles.
II- Correta. Deve-se sempre considerar o pior fator como o definidor de gravidade.
III- Incorreta. Basta a cefalosporina na lesão grau I. O aminoglicosídeo só deve ser
agregado a partir do grau II (Brasil) ou III (ATLS/Rockwood).
IV- Correta.
V- Incorreta. Leva em consideração também contaminação, lesão óssea e de partes
moles.

21. (RESIDÊNCIA MÉDICA 2021 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO


ANTÔNIO PEDRO - RJ)
Todo paciente com fratura exposta deve:
a) Receber a limpeza imediata da ferida com soro fisiológico abundante.
b) Ser submetido a cirurgia em até seis horas.
c) Ser submetido a estabilização do esqueleto com um fixador externo.
d) Receber antibiótico venoso na primeira hora
e)Ter o segmento imobilizado com tala de gesso.
Gabarito: letra D
Comentário:
A fratura exposta difere em alguns conceitos com as outras fraturas. É uma
urgência ortopédica! As fraturas expostas são consideradas contaminadas em
diversos graus, por este motivo, é essencial o início do uso de antibióticos na
primeira hora. O ferimento deve ser limpo, idealmente no centro cirúrgico com
anestesia e utilização de grandes volumes de soro fisiológico ou outra solução
cristaloide (ex.: Ringer lactato). Um dos conceitos clássicos envolvendo as
fraturas expostas é a abordagem cirúrgica nas primeiras 6 horas, isto tem
mudado ao longo dos últimos anos na medida em que vários estudos têm
demonstrado resultados semelhantes com abordagens realizadas não tão
precocemente (12 a 24 horas). Após o início do antibiótico, desbridamento
cirúrgico e limpeza exaustiva do sítio de fratura deverá ser realizada a fixação. A
fixação dependerá do tipo e local da fratura, podendo ser realizada com fixador
externo, placas, parafusos, fios de Kirschner, ou até mesmo tala gessada.
Percebam que estas imobilizações são realizadas apenas depois da limpeza
cirúrgica..

22. (RESIDÊNCIA MÉDICA 2020 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL


DE SÃO PAULO - SP)
Homem, 20 anos de idade, vítima de acidente de moto ciclístico é trazido ao
pronto-socorro. Exame físico: via aérea pérvia, frequência respiratória = 16 irpm;
MV+ bilateral sem RA; FC = 90 bpm,
PA = 140 x 80 mmg; Glasgow 15 (pupilas normais). Apresenta dor,
deformidade anteromedial do terço médio da perna esquerda, com ferimento
corto-contuso de 5 cm, presença de detritos de terra junto ao ferimento, pulso
pedioso palpável e boa perfusão periférica. Assinale a alternativa CORRETA
quanto ao diagnóstico e conduta inicial.
a) Fratura exposta da tíbia (Gustilo-Anderson 1), antibioticoterapia, sutura do
ferimento e imobilização gessada.
b) Fratura exposta da tíbia (Gustilo-Anderson II), antibioticoterapia, sutura do
ferimento e tração cutânea ou esquelética e cirurgia eletiva.
c) Politraumatizado (Injury Severity Score 75), internação em UTI aos cuidados
da equipe de terapia intensiva.
d) Politraumatizado (Injury Severity Score 50), internação em enfermaria aos
cuidados da cirurgia geral e plástica.
e) Fratura exposta da tíbia (Gustilo-Anderson III), antibioticoterapia e tratamento
cirúrgico urgente.
Gabarito: E
Comentário:
A classificação de Gustilo-Anderson divide as fraturas expostas em três grupos
a partir das características das lesões de partes moles, da configuração da
fratura e do grau de contaminação. Veja: tipo I - ferida até 1 cm com lesão de
partes moles mínima; contaminação minima; fratura transversa/oblíqua curta;
tipo Il - ferida de 1-10 cm com lesão de partes moles moderada; esmagamento
minimo/moderado; contaminação moderada; fratura transversa ou oblíqua
curta/mínima cominuição; tipo III - ferida com mais de 10 cm e extensa lesão de
partes moles e/ou esmagamento; grande contaminação; trauma de alta energia
(IIA - adequada cobertura óssea com partes moles, apesar de lacerações e
retalhos presentes; IIIB - lesão extensa, não permitindo cobertura óssea,
necessitando de reconstituição cirúrgica; IIIC - lesão arterial que necessita
reparo cirúrgico). As seguintes situações são classificadas como grau III
independentemente do tamanho da ferida: projétil de arma de fogo de alta
energia, fratura segmentar, ambiente rural. Cuidado, pois muitos classificaram
essa lesão como grau ll por causa do tamanho da ferida, mas a presença de
detritos de terra denota um grau elevado de contaminação, isso é, melhor
classificada como grau III. Prescreveremos antibiótico (a primeira opção em
lesões grau III é um esquema contendo uma cefalosporina de primeira geração
+ aminoglicosídeo), além do tratamento cirúrgico.

23. (HPM - MG 2021) O trauma continua sendo uma causa proeminente de morte e
incapacidade em todo o mundo. Em geral, a quantidade de energia absorvida pelo
paciente politraumatizado corresponde à extensão das lesões musculoesqueléticas. As
fraturas expostas requerem cuidado cirúrgico precoce para tratamento adequado, de
forma a minimizar complicações e sequelas. Com relação às fraturas expostas, analise
as assertivas abaixo:
I - Fratura exposta é aquela na qual o osso fraturado ultrapassa os limites da
pele, sendo obrigatória a visualização direta de osso exposto para esta
caracterização.
II - De acordo com a classificação de Gustillo-Anderson, as fraturas do tipo IIIC
são aquelas em que há lesão vascular associada, com necessidade de reparo.
III - A lavagem precoce e o desbridamento são os princípios fundamentais do
tratamento, acompanhado de antibióticos e profilaxia anti-tetânica.
IV - A fixação externa está proscrita no tratamento de fraturas expostas devido
ao elevado risco de síndrome compartimental aguda. Estão CORRETAS as
assertivas:
a) II e III apenas
b) I, II e III, apenas
c) I e IV, apenas
d) III, apenas
Gabarito: A
Comentários:

I - Falso. Não é necessária a visualização externa do osso, fratura é considerada


exposta quando uma ferida sobrejacente produz comunicação entre o local da fratura e
o ambiente externo;
II - Verdadeira. É exatamente essa a classificação do Gustillo IIIC;
III - Verdadeira.
IV - Falsa. A estabilização externa é inclusive uma ótima ferramenta para estabilizar os
tecidos moles e permitir o tratamento temporário até a fixação definitiva

24. (HC 2013) Um motociclista sofreu fratura exposta de fêmur. O membro está pálido
e com cianose dos dedos. Não se palpa pulso distal. Assinale a conduta mais
apropriada:
a) Arteriografia imediata com passagem de endoprótese, seguida de fixação de
fratura
b) Revascularização imediata com safena ipsilateral
c) Fixação da fratura, seguida de arteriografia se o pulso se mantiver ausente
d) Ultrassonografia de partes moles para avaliar possível síndrome compartimental
Gabarito: C
Comentários: A partir da fixação da fratura, pode-se limitar o compartimento e
identificar uma possível síndrome compartimental, norteando melhor a conduta e o uso
da arteriografia, não há como revascularizar imediatamente sem saber que
compartimento está afetado e a ultrassom não seria a melhor conduta em um paciente
estável. A arteriografia será útil, no entanto, a fixação deveria ser feito inicialmente, não
após o exame.

- TRM
25. (HMMG 2021) Qual dos indicados, abaixo, está associado ao déficit sensitivo por
lesão medular?
A) Parestesia
B) Disfonia
C) Desvio de língua
D) Desvio de rima
Gabarito A
Déficit sensitivo por lesão medular é visto clinicamente por parestesiasSalve salve
família, tudo bem com vocês? Questãozinha do HMMG-SP de 2021 trazendo um tema
nem sempre frequente nas provas de residência, sendo abordado de forma simples,
direta e fácil, concordam?Qual, dos indicados abaixo, está associado ao déficit
sensitivo por lesão medular? Parestesias, visto que essas são decorrentes da
interrupção do estímulo sensitivo por lesão de raízes nervosas ou das fibras aferentes
do corno posterior da medula, responsáveis pela formação de fibras nervosas
responsáveis pela inervação de determinada região de pele de acordo com o nível
medular acometido.Bora avaliar as alternativas?Alternativa B - Incorreta: Disfonia
ocorre por lesão dos nervos laríngeos recorrentes, ramos do nervo vago.Alternativa A -
Correta: Conforme explicação acima.Alternativa C - Incorreta: Desvio de língua está
associada diretamente à lesão de nervo motor, principalmente de lesão do XII par de
nervo craniano: nervo hipoglosso.Alternativa D - Incorreta: Desvio de rima ocorre por
lesão de raiz motora de nervo facial, se lesão periférica, ou de trato corticonuclear, se
lesão central.*Algo a mais:* parestesias podem ser manifestar de formas variadas, já
que se tratam de distúrbios de somestesia primária, ou seja, da sensibilidade.
Sensação de formigamento, hipoestesia, hiperestesia e anestesia também são formas
clínicas de apresentação.Portanto, a alternativa correta é a letra A

26. (FJG 2020) Um paciente masculino sofreu um traumatismo raquimedular e durante


o exame físico é diagnósticada a sensibilidade no sentido céfalo-caudal até a cicatriz
umbilical. O dermátomo responsável pela sensibilidade nesse marco autonômico é:
A) T10
B) T9
C) T12
D) T11
Gabarito A
dermátomo responsável pela faixa da cicatriz umbilical corresponde ao segmento T10
da coluna vertebral.Essa é uma daquelas questões decorebas que algumas bancas
insistem em cobrar. Devemos saber que ao longo do corpo existem faixas anatômicas
relacionadas aos dermátomos, porém não é necessário decorar todos os dermátomos,
apenas aqueles marcos que apresentam certa relevância semiológica:- Mamilos – T4
- Processo Xífoide – T7
- Cicatriz umbilical – T10
- Região inguinal – T12-L1
- Períneo – S2-S3-S4Considerando que nosso paciente apresenta sensibilidade até a
cicatriz umbilical podemos supor que há uma lesão à nível de T10. Portanto, o gabarito
é a letra A.

27. (SUS-RR, 2018) Paciente chega ao P S após mergulho em água rasa. No


momento apresentando dispneia, ausência de sensibilidade térmica, tátil e dolorosa
dos ombros para baixo além de elevação das cúpulas frênicas ao RX de tórax. PAS -80
mmHg. O diagnóstico mais provável, é:

a) Trauma de coluna cervical

b) Trauma de coluna torácico

c) Traumatismo de base de crânio

d) Trauma torácico com hematoma cervical e compressão de raízes nervosas.

Gabarito: letra A

Comentário: Vítimas de trauma ou afogamento em locais rasos, deve-se sempre


suspeitar de lesão da coluna cervical. As lesões da coluna cervical podem resultar de
um ou de uma combinação dos seguintes mecanismos de lesão: carga axial, flexão,
extensão, rotação, lateral flexão e distração. Essas lesões podem ser classificadas em
lesões atlanto-occipitais, do atlas (C1), subluxação rotatória C1, fraturas do eixo (C2) e
de coluna cervical baixa (De C3 para baixo). O seguimento deve, assim como em
qualquer paciente vítima de trauma, começar com a garantia de via aérea. Na suspeita
de lesão cervical, deve-se realizar imobilização da região com colar cervical. É
importante lembrarmos que a ausência de manifestações neurológicas não exclui a
presença de lesão cervical. As principais causas de lesão da coluna cervical são:
acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo, quedas e mergulhos em águas
rasas. Agora, vamos dar uma olhada nas alternativas.

28. (USP-RP, 2021) Paciente de 25 anos foi trazido à sala de urgência após ter sido
vítima de espancamento há cerca de 8 horas. Sua avaliação inicial confirmou
diagnóstico de traumatismo raquimedular cervical, sem outras lesões traumáticas.
Após 2 horas de internação, passou a apresentar quadro clínico compatível com
insuficiência respiratória. Qual a conduta?
a) Intubação orotraqueal ou nasotraqueal

b) Somente criocotireoidostomia, intubação contraindicada

c) Traqueostomia de emergência

d) Ventilação não invasiva até realização de tratamento cirúrgico definitivo

Gabarito: letra A

Comentário: O trauma raquimedular em nível cervical pode evoluir com paralisia e


fadiga ventilatória, necessitando de intubação orotraqueal. Em um trauma raquimedular
alto, a nível das vértebras C3 a C5, pode ocorrer acometimento do nervo frênico,
responsável pela contratilidade do diafragma e incursões respiratórias. Por
consequência, pacientes com este tipo de lesão ficam dependentes da musculatura
respiratória acessória, que demanda muito mais gasto energético e não é tão eficaz
isoladamente, levando a falência respiratória progressiva.

Alternativa A – Correta: A melhor forma de garantir suporte ventilatório em paciente


evoluindo com fadiga respiratória devido a paralisia, é a intubação. Pode ser realizada
via orotraqueal ou nasotraqueal, uma vez que não são evidenciadas lesões em face.

Alternativa B – Incorreta: O traumatismo raquimedular por si não contraindica a


intubação orotraqueal.

Alternativa C – Incorreta: Não há indicação de traqueostomia, a questão não descreve


outras lesões traumáticas que impeçam a intubação.

Alternativa D – Incorreta: A ventilação não invasiva será insuficiente, uma vez que a
paralisia frênica desenvolvida no caso, impede que o diafragma realize incursões
respiratórias.

- DDQ
29. (FMABC 2012) Na displasia do desenvolvimento de quadril, qual manobra é usada
para verificar se o quadril é luxável?
A) Barlow.
B) Biglow.
C) Ortolani.
D) Perkins.

Gabarito: A

Comentário:
Alternativa “a” correta: Barlow é o teste que tenta luxar o quadril.

Alternativa “b” incorreta: não existe teste de Biglow para quadril infantil.
Alternativa “c” incorreta: o teste de Ortolani reduz um quadril luxado.

Alternativa “d” incorreta: Perkins é uma das linhas radiográficas que se traça para
avaliar a posição do quadril.

30. (UFG 2014) A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) descreve o amplo


espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento, desde a displasia até a
luxação, passando pelos diferentes graus de subluxação da articulação coxofemoral. O
diagnóstico é eminentemente clínico e deve ser realizado o mais precocemente
possível no recém- nascido,sendo:
A) A radiografia convencional de valor limitado na confirmação diagnóstica da DDQ nos
recém-nascidos, enquanto a ultrassonografia do quadril é o exame ideal.
B) O parto vaginal, a apresentação pélvica, a multiparidade, o sexo masculino, o
oligodrâmnio, a história familiar e a etnia oriental os principais fatores de risco que
devem ser levados em consideração.
C) A assimetria das pregas glúteas o melhor método clínico, depois da faixa etária
neonatal, porque ocorrem invariavelmente depois de um a seis meses de idade,
quando a manobra de Ortolani pode não positivar por ser mais difícil reduzir a luxação.
D) As manobras de Ortolani e Barlow o método mais eficaz para a suspeita clínica em
recém-nascidos e lactentes jovens, respectivamente.

Gabarito: A

Comentário:
Alternativa “a” correta: a radiografia se torna progressivamente mais útil a partir dos
três meses de idade, quando as cabeças se tornam mais visíveis. Antes disso, o
exame ideal é a ultrassonografia.

Alternativa “b” incorreta: parto vaginal, multiparidade, sexo masculino e etnia oriental
não são fatores de risco.

Alternativa “c” incorreta: embora seja verdade que o Ortolani se torne


progressivamente mais difícil até os três meses (e não seis), a assimetria de pregas
glúteas é um sinal insignificativo isoladamente e não deve ser levado em consideração,
por ser um achado da normalidade.

Alternativa “d” incorreta: ambos os testes são realizados em recém-nascidos, até os


três meses de idade. O Barlow promove uma luxação, enquanto Ortolani a reduz.
31. (2022 FESO) O diagnóstico de Displasia do desenvolvimento do Quadril deve ser
realizado através das manobras de:
A) Galleazzi e Barlow
B) Galleazzi e Thompson
C) Ortolani e Galleazzi
D) Ortolani e Barlow
E) Barlow e Thompson
Comentário: Gabarito D. Para darmos o diagnóstico, devemos avaliar estes critérios
de instabilidade do quadril, especificamente pelas manobras de Barlow e Ortolani.

32. (2022 REVALIDA - USP SP) Assinale a alternativa que contém um fator de risco
para o desenvolvimento de displasia do quadril.
A) Sexo Feminino
B) Polidrâmnio.
C) Malformação fetal fetal como pé torto congênito
Comentário: Gabarito A. Fator de risco sexo feminino.

33. A epifisiólise proximal do fêmur constitui alteração da relação anatômica normal


entre a cabeça e o colo femoral em pacientes com a linha de crescimento aberta. O
escorregamento acontece na camada hipertrófica da placa epifisária femoral proximal.
Essa afecção é mais comum (SES-GO 2021):

A) em pacientes obesos.
B) em pacientes maiores de 16 anos de idade.
C) no quadril direito dos meninos.
D) na raça branca.
Comentário:
A) em pacientes obesos.
Alternativa “a” correta: exatamente. Há uma associação muito importante com a
obesidade. Nos Estados Unidos, conforme a obesidade pediátrica triplicou, também
triplicou a incidência de epifisiólise.

B) em pacientes maiores de 16 anos de idade.


Alternativa “b” incorreta: mais comum entre 10 e 16 anos (após os 16 anos,
geralmente a fise proximal do fêmur já se fundiu, de forma que não dá para
escorregar).

C) no quadril direito dos meninos.


Alternativa “c” incorreta: mais comum em meninos, sim, mas do lado esquerdo.
D)na raça branca.
Alternativa “d” incorreta: é mais comum em negros.

34. Em se tratando de epifisiólise proximal do fêmur, o sinal de Drehman consiste na


rotação:(FGV 2019)

A) medial da coxa durante a flexão do quadril.


B) medial da coxa durante a extensão do quadril.
C) medial da coxa durante a abdução do quadril.
D) lateral da coxa durante a adução do quadril.
E) lateral da coxa durante a flexão do quadril.
Gabarito: Letra E
COMENTÁRIO:
O teste positivo produz o sinal de Drehmann que consiste no aparecimento da rotação
lateral durante a realização da flexão do quadril . Este sinal aparece nas fases
precoces da epifisiólise proximal do fêmur.

35. SC - HOSPITAL SÃO JOSÉ DE JOINVILLE - HSJJ - 2014


Em relação a epifisiólise, ou escorregamento epifisário proximal do fêmur, marcar C
para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA:

( ) O sinal de Trethowan é visto nos raios X de frente da bacia e corresponde a uma


área de esclerose semicircular no colo devido à sobreposição da imagem da epífise
escorregada.

( ) O desvio do colo do fêmur ocorre para superior e anterior.

( ) O objetivo principal do tratamento é a fusão precoce da fise, impedindo o


agravamento do quadro.
A) C - C - C.
B) C - E - C.
C) C - E - E.
D) E - E - E.
E) E - C - C.
Gabarito: letra E
Comentário: Epifisiólise do fêmur proximal:
Na epifisiólise, uma alteração na fise da cabeça do fêmur leva a uma fragilidade. Há
relação hormonal, grande influência do estirão puberal e relação direta com obesidade.
É uma doença rara que acomete adolescentes pré-púberes ou na puberdade (10 a 16
anos). É mais comum em meninos, de raça negra e do lado esquerdo. É bilateral em
20 a 30% dos casos.
O escorregamento que ocorre, na realidade, é do colo do fêmur, que se anterioriza e
ascende. A cabeça permanece locada no quadril e roda para posterior. Com isso, o
membro inferior geralmente fica encurtado, rodado externo, e há restrição de abdução
e rotação.
À radiografia de bacia em incidência anteroposterior, avaliamos a linha de Klein, que é
traçada na borda superior do colo do fêmur:

Quando a linha não cruza o terço superior da epífise


femoral, chamamos isso de Sinal de Trethowan, que indica epifisiólise.
O tratamento, resumidamente, envolve a fixação in situ com parafuso da cabeça em
seu lugar.
Discussão das afirmativas
I - O sinal de Trethowan é visto nos raios X de frente da bacia e corresponde a uma
área de esclerose semicircular no colo devido à sobreposição da imagem da epífise
escorregada. Errado.
Aqui, ele descreve o sinal do crescente de Steel, que parece, literalmente, uma lua
crescente.
II - O desvio do colo do fêmur ocorre para superior e anterior. Correto.
Lembre que a epífise fica no lugar, e o colo se move.
III - O objetivo principal do tratamento é a fusão precoce da fise, impedindo o
agravamento do quadro. Correto.
Lembre que o tratamento principal é a fixação in situ.
Portanto, a ordem correta é E-C-C.
36. (52º TEOT) A epifisiólise proximal do fêmur têm o sinal radiográfico de SCHAM que
representa uma alteração de densidade óssea localizada na região:
A) inferomedial do colo.
B) superolateral do colo.
C) inferomedial da cabeça.
D) superolateral da cabeça.
Gabarito: A
Comentário: https://www.youtube.com/watch?v=RvbuBcIGWVM&t=69s

- Sinovite transitória do quadril


37. (SCMSP-2023) Em relação à sinovite transitória do quadril na infância, assinale a
alternativa correta.

a) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de três a oito anos, com pico em
torno dos seis anos. Está estabelecido que a sinovite transitória é a causa da
doença de Legg-Calvé-Perthes.
b) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. Em relação a trauma e à sinovite transitória, a literatura
sugere, majoritariamente, que o trauma seria a causa da sinovite.
c) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. A dor costuma ser crônica ou crônica agudizada, compondo
diagnóstico diferencial com epifisiólise femoral proximal.

d) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. É fundamental a artrocentese para o diagnóstico diferencial
com quadro infeccioso.

e) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de três a oito anos, com pico em
torno dos seis anos. A sinovite transitória é considerada a causa mais comum
de dor no quadril e de claudicação não traumática na infância.
Gabarito: E
COMENTÁRIO:
Incorreta A, a sinovite transitória não é a causa da doença de Legg-Calvé-Perthes e
sim um diagnóstico diferencial. A doença de Legg-Calvé-Perthes enquadra-se entre as
osteocondrites (inflamações do núcleo de crescimento), afetando o quadril. É uma
doença autolimitada, em que ocorre uma necrose da cabeça do fêmur, com resolução
espontânea. A doença de Legg-Calvé-Perthes é uma doença insidiosa, causa mais
claudicação do que dor, a criança apresenta restrição de rotação, flexão e abdução do
quadril.
Incorreta B, indicou a faixa etária incorreta e a sinovite é causada por uma infecção
prévia e não por trauma.

incorreta C,indicou a faixa etária incorreta e a dor não é crônica e sim aguda.

Incorreta D, porque indicou a faixa etária incorreta e não é necessária a artrocentese


para o diagnóstico.
Correta E, porque indicou a faixa etária de maior prevalência e sua importância como
causa de claudicação na infância.

38. (UFG-HCG 2020) A sinovite transitória de quadril caracteriza-se por quadro agudo
de dor, afetando, aos poucos, um lado dos quadris da criança sadia. O tratamento
dessa afecção é:
a) estritamente sintomático.
b) por tração esquelética.

c) cirúrgico, por artrotomia.


d) conservador, com injeção intra-articular de corticosteroide.
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Alternativa “a” correta: o tratamento da sinovite é de suporte.

Alternativa “b” incorreta: a tração esquelética não traria qualquer benefício. Ela é
indicada principalmente em fraturas-luxações do acetábulo e fraturas diafisárias do
fêmur, ambas como imobilização provisória.
Alternativa “c” incorreta: a artrotomia está indicada para a limpeza na pioartrite.
Alternativa “d” incorreta: injeção de corticoide não traz benefícios e não deve ser feita.

39. (adaptada Instituto AOCP - Prefeitura de Vitória - Médico Ortopedista - 2019)


Danilo, 5 anos, teve o diagnóstico confirmado de sinovite transitória de quadril. De
acordo com seu quadro, assinale a alternativa correta.

A Os sintomas têm longa duração e a recuperação completa ocorre em


parte dos casos.

B A queixa principal é rubor e calor local de início prolongado sem melhora


no quadril da criança.

C O exame laboratorial específico para fechar diagnóstico de sinovite


transitória do quadril é VHS.

D É caracterizada por um quadro agudo de dor, afetando aos poucos um


dos quadris da criança sadia.

Gabarito: D

Comentário: A sinovite transitória de quadril é uma condição comum em


crianças saudáveis, caracterizada por um quadro agudo de dor que afeta
um dos quadris da criança. É uma condição transitória e autolimitada,
portanto, os sintomas geralmente desaparecem em algumas semanas sem
tratamento específico. A opção D é a resposta correta porque descreve
corretamente os sintomas dessa condição. As opções A, B e C estão
incorretas porque descrevem sintomas diferentes e informações incorretas
sobre a sinovite transitória de quadril. Portanto, a opção D é a resposta
correta para essa questão.Exames de sangue para excluir uma possível
infecção, raio-x e ultrassom são suficientes para confirmar ou excluir o
diagnóstico de sinovite transitória, na maioria das vezes.

40. Bernardo , 2 anos, é levado ao pediatra por estar "mancando" há um dia. Mãe
relata quadro de otite há uma semana e nega trauma direto ou quedas recentes. Ao
exame físico: ativo, hidratado, eupneico e afebril. AR e ACV sem alterações
importantes. Boa mobilidade do joelho direito, com rotação interna limitada por dor no
quadril no mesmo lado. Radiografias de perna e quadril direitos: normais. A hipótese
diagnóstica é:
a) doença de Sercer
b)Sinovite transitória.
c) Displasia do desenvolvimento do quadril.
d) Doença de Osgood-Schlatter.

Gabarito: B
A) errado A doença de server é uma inflamação da placa de crescimento do osso
do calcanhar (calcâneo) na criança em fase de crescimento
B) verdadeiro A sinovite transitória do quadril ocorre quando uma articulação da
região inflama devido a alguns fatores como traumatismo, sobrecarga ou após
um quadro viral. A ocorrência é mais comum em crianças entre dois e oito
anos.A causa principal da sinovite transitória é a migração de um vírus da
circulação sanguínea para a articulação. Por este motivo, o quadro pode vir
depois de um episódio de gripe, resfriado, sinusite ou infecção no ouvido.Os
primeiros sintomas que a criança pode sentir são dores no quadril, na perna e
no joelho, além de andar mancando algumas vezes. Na medida do possível, os
pais não precisam ficar preocupados, já que a inflamação, na maioria dos casos,
cura-se sozinha, sem a necessidade de um tratamento específico.
C) Errado A displasia de desenvolvimento do quadril é um defeito congênito em
que os ossos do quadril se desenvolveram incorretamente.
D) Errado A Doença de Osgood-Schlatter é uma condição benigna que afeta
adolescentes, sobretudo no surto de crescimento, tendo como principal sintoma
a dor abaixo do joelho, após atividade física.

- Osgood schlater
41. (VUNESP - São Paulo/SP - 2002) A osteocondrite da tuberosidade tibial é também
conhecida como:
(A) Doença de Osgood-Schlatter.
(B) síndrome do desfiladeiro torácico.
(C) fibromialgia.
(D) doença de Sinding–Larsen-Johansen.
(E) osteoartrose de joelho.

GABARITO: A
COMENTÁRIO:
B - Desfiladeiro torácico não tem correlação com a tíbia
C - Fibromialgia idem
E - Osteoartrose de joelho também não tem correlação com a tíbia
A maior dúvida seria entre A e D, visto que ambas se tratam de osteocondrites, a
diferença é o local. Enquanto na alternativa D estamos falando do polo distal da patela,
na A estamos falando justamente da tuberosidade tibial, tornando-a a alternativa
correta.

42. (ENADE - Fisioterapia - 2013) Sabe-se que a melhora do desempenho motor na


infância e na adolescência está fortemente associada aos processos de crescimento e
maturação, assim como depende de aspectos do crescimento físico e das idades
cronológica e biológica. Os indivíduos em estágios maturacionais mais avançados
apresentam massa corporal e estatura significativamente superiores em comparação
com os que estão em estágios mais tardios. Por isso, equipes e clubes que trabalham
com atletas profissionais têm submetido muitas crianças e muitos adolescentes, cada
vez mais precocemente, a exercícios intensos e duradouros, pois acreditam que, com
isso, haverá maior probabilidade de encontrarem novos talentos.
Considerando essas informações, avalie as afirmações a seguir.
I. O treinamento para uma modalidade esportiva específica pode favorecer um
desequilíbrio funcional pré-existente, prejudicando o desempenho e ocasionando
lesões musculares.
II. Programas de fortalecimento e reeducação muscular para crianças podem promover
melhora no desempenho na maioria das modalidades esportivas, por favorecer a
dinâmica e a precisão dos movimentos.
III. Treinamentos esportivos que exigem chutes, saltos e corridas podem ocasionar o
desenvolvimento da doença de Osgood-Schlatter.
IV. Considerando-se que indivíduos jovens apresentam maior plasticidade muscular, os
efeitos deletérios do treinamento intenso de força são anulados pela realização de
exercícios de alongamento.
É correto apenas o que se afirma em:
A. I e III.
B. I e II.
C. II e IV.
D. I, III e IV.
E. II, III e IV.

GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
I. Essa afirmação é verdadeira. O treinamento específico pode acentuar desequilíbrios
musculares preexistentes, aumentando o risco de lesões musculares.
II. Programas de fortalecimento e reeducação muscular em adolescentes devem
respeitar um
número maior de repetições e uma menor carga durante o exercício, evitando a
hipertrofia e possíveis lesões musculares e objetivando o ganho de força e resistência.
No entanto, não traz benefícios relacionados a modalidades específicas, já que estas
precisam ser desenvolvidas através de um treinamento esportivo específico,
respeitando a maturação e o desenvolvimento motor e cognitivo, a fim de obter maior
precisão de movimentos, o que justifica a incoerência na afirmativa II, tornando-a
incorreta.
III. Essa afirmação é verdadeira. A doença de Osgood-Schlatter é uma condição que
afeta a tuberosidade da tíbia e está associada a atividades que envolvem saltos e
corridas, especialmente em adolescentes durante períodos de crescimento rápido.
IV. Essa afirmação é incorreta. A plasticidade muscular em jovens pode ser benéfica,
mas o treinamento intenso de força deve ser equilibrado, e apenas o alongamento não
anula completamente os efeitos deletérios do treinamento excessivo. A combinação
adequada de força, flexibilidade e treinamento funcional é crucial.

- Síndrome de Sever
43. (FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE)
Analise o fragmentado a seguir. “ _________ é uma apofisite de tração na _________
do tendão do calcâneo, sendo uma causa comum de dor no _________ de crianças
atleticamente ativas.”
Assinale a opção que apresenta os termos que completam corretamente o fragmento
acima:
a) Doença de Sever – inserção – calcanhar.
b) Doença de Iselin – dilatação – tornozelo.
c) Síndrome de Osgood-Schalatte – estrutura – calcanhar.
d) Hálux Valgo – ligação – tornozelo.
e) Neuroma de Morton – atrofia – pé.
GABARITO: LETRA A
COMENTÁRIO: • Doença de Sever – é a necrose asséptica da apófise do calcâneo,
onde se insere o sistema aquíleo-plantar formado pelo tríceps sural e a fáscia plantar.
É mais freqüente nos meninos,a faixa etária dos 5 aos 10 anos. O paciente apresenta
leve edema no calcanhar, com dor espontânea e à palpação do núcleo posterior do
calcâneo. A marcha é claudicante, e a dor se agrava com a atividade física. No
tratamento, o uso de palmilha com elevação do salto e do arco longitudinal, associado
à restrição das atividades físicas e desportivas, costuma ser suficiente para regredirem
os sintomas. Com a remissão da sintomatologia, devem ser instituídos exercícios de
alongamento do tríceps sural e da fáscia plantar, para evitar recidivas. Nos casos
rebeldes, deve-se colocar uma bota gessada por 4 a 8 semanas, para o controle da
dor.

44. (Questão SC - HOSPITAL SÃO JOSÉ DE JOINVILLE - HSJJ - 2014)


Diante do tema apofisite do calcâneo, ou doença de Sever, marcar C para as
afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA:
( ) Ocorre mais comumente na faixa etária entre os nove e os 14 anos de idade, sendo
muito rara sua ocorrência antes disso.
( ) É mais frequente em meninos e, na maioria das vezes, é unilateral.
( ) O diagnóstico é dado pelo achado patognomônico de esclerose da apófise do
calcâneo no raio X de perfil.
a) C – C – C
b) C – E – C
c) E – C – C
d) E – E – E
e) C – E – E

Gabarito: LETRA D

COMENTÁRIO: Doença de Sever


É uma osteocondrite, ou seja, uma inflamação da fise de crescimento que ainda não
se fundiu totalmente, da tuberosidade posterior do calcâneo.
Acomete principalmente meninos, entre 5 e 12 anos, frequentemente bilateral, sendo
uma queixa muito comum de ambulatório. É a principal causa de dor do calcâneo nesta
faixa etária.
Apresenta-se como uma dor limitante no calcâneo, associada aos esforços físicos.
Classicamente ocorre em pacientes que iniciam prática de futebol com chuteiras,
trocam o sapato, o campo ou aumentam a intensidade dos treinos. Obesidade é,
também, outro fator associado.
O diagnóstico é dado pela radiografia em AP e Axial de calcâneo, com observação
de esclerose e fragmentação do núcleo de ossificação. O diagnóstico, no entanto, pode
ser difícil, pois a tuberosidade posterior pode apresentar mais de um núcleo de
ossificação, o que dificulta a definição de fragmentação.
O tratamento é sintomático, trocando a chuteira por tênis com amortecedor e
cross-training evitando atividades de impacto. A doença é autolimitada com a fusão da
tuberosidade.

45. (SELECON - Prefeitura de Campo Grande - Médico Ortopedista Pediátrico - 2019).


A osteocondrite de Sever é uma patologia comum em consultório ortopédico. Ela
ocorre no calcanhar de uma criança e está muito relacionada com atividade física. Para
se chegar ao diagnóstico, é fundamental:
A) exame clínico
B) radiografia axial do calcâneo
C) ressonância magnética do pé
D) tomografia computadorizada
Gabarito: A
Comentário: o diagnóstico da osteocondrite de Sever é realizado com base no histórico
e manifestações clínicas do paciente e um exame clínico do médico. Na avaliação
clínica, o principal sinal é a dor à palpação localizada na face plantar do calcanhar, as
alternativas B, C e D estão incorretas pois exame de imagem é utilizado para confirmar
o diagnóstico e avaliar a extensão da doença.

46. (Processo Seletivo Unificado para ingresso nos Programas de Residência Médica
da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás – 2024). Qual é a principal causa de dor
no calcanhar em crianças pré-adolescentes?
A) Doença de Sever
B) Anemia falciforme
C) Artrite reumatoide
D) Tendinite anquilosante
Gabarito: A
Comentário: A doença acomete principalmente crianças entre 7 e 12 anos de idade,
em sua maioria do sexo masculino (proporção de 6:1) e está relacionada com o
aumento da atividade esportiva de impacto, como o futebol, basquete, handebol e o
vôlei. É a causa mais comum de dor no calcanhar em crianças e é frequentemente
associada a um episódio de crescimento rápido. Na artrite reumatoide as articulações
comprometidas são principalmente de punhos e mãos e afeta principalmente adultos.
Na anemia falciforme a dor no calcanhar não é comum. Na tendinite anquilosante
apesar do paciente poder cursar com dor no calcanhar devido o processo inflamatório,
é mais comum entre as idades de 20 e 40 anos.

- PTC
47. (INSTITUTO AOCP - 2021 - Prefeitura de João Pessoa - PB - Médico - Ortopedia)
Sobre o pé torto congênito, é correto afirmar que:
a) provoca deformidade em cavo, aduto, valgo e equino.
b) provoca deformidade em cavo, aduto, varo e equino.
c) provoca deformidade em plano, aduto e valgo.
d) provoca deformidade em cavo, aduto e valgo.
e) Não existe tratamento até os dias atuais para essa doença.
GABARITO: B
COMENTÁRIO: O PTC é caracterizado pelo eqüino do retropé, varo (ou inversão) da
articulação subtalar, cavo (flexão plantar do antepé em relação ao retropé) e aduto (do
antepé em relação ao mediopé).

48. (VUNESP - 2012 - PM-SP - 2º Tenente - Médico Ortopedia e Traumatologia) Sobre


o pé torto congênito (PTC), tem-se como afirmação correta:
a) Dentre as deformidades do PTC, tem-se equinismo do retropé, cavo do antepé e
varismo do calcâneo.
b) No método de Ponseti, a tenotomia percutânea do tendão calcâneo tem
indicação a partir do 3.º mês até mais de 1 ano, quando não for obtida a
correção do equinismo.
c) A correção do cavo plantar é a última a ser abordada no método de Ponseti.
d) Dentre as complicações do tratamento do PTC, o pé em mata-borrão é devido a
dorsiflexão forçada antes de obtida a correção do antepé (quebra longitudinal).
e) Como procedimento de salvação, a melhor conduta é a talectomia, em que há
PTC idiopático, em crianças até 10 anos.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:

49. (FESO RJ 2022) É possível definir o pé torto congênito como:


A) Deformidade em equino, valgo, abduto do pé ao nascimento.
B) Deformidade de pé plano (pé chato) ao nascimento.
C) Qualquer deformidade combinada do retropé ao antepé ao nascimento.
D) Qualquer deformidade dos pés que ocasionem retardo no início da marcha.
E) Deformidade em postura de inversão não flexível do pé ao nascimento.

resposta e resolução:

Baita questão difícil! O pé torto congênito refere-se a uma deformidade complexa do


desenvolvimento do pé/tornozelo na qual um ou ambos os pés são excessivamente
flexionados plantares (letras B e E incorreta), com o antepé balançado medialmente e a
sola voltada para dentro (letra C incorreta). Geralmente, é descoberto no momento do parto
como anomalia isolada em recém-nascido normal. No exame físico, o antepé tende a
parecer mais largo e o calcanhar mais estreito do que o normal. Nestes casos, o pé é
virado para dentro e de lado e aponta para baixo. A má posição óssea e as contraturas
secundárias fazem com que o pé seja mantido nessa posição relativamente fixa, que é
resistente ao realinhamento (letra D correta). O pé torto, a panturrilha e a perna são um
pouco menores e mais curtos do que o membro normal. Os componentes de um pé torto
são frequentemente descritos pelo acrônimo CAVE, que significa: Cavus, Adduction, Varus,
Equinus. (letra A incorreta). Resposta: letra E.

50. (HC-UFG 2021) Como sabemos, o pé torto congênito é a deformidade ortopédica


congênita mais frequente. Há relatos que vêm desde os tempos remotos. Dentre as
opções de tratamento conservador, o método de Ponseti é correntemente utilizado,
notadamente nas duas últimas décadas. Faz parte desse tipo de tratamento a
tenotomia do;
A) Fibular curto.
B) extensor longo do hálux.
C) Aquiles.
D) tibial anterior.
resposta e resolução:

resposta: C
Alternativa “b” correta: a tenotomia feita é do tendão de Aquiles para tratamento da
deformidade em equino.

- Artrite séptica
51. (UnB/CESPE – SES/DF - 2009) Os achados de artrocentese compatíveis com o
diagnóstico de artrite séptica incluem:
I líquido sinovial transparente.
II relação glicose sérica/glicose no líquido sinovial igual a 1,5.
III presença de 150.000 leucócitos/microlitro.
IV 95% de polimorfonucleares.
V grandes gotículas de gordura.

Estão certos apenas os itens


A) III e IV.
B) I e V.
C) II e III.
D) I e II.
E) IV e V
Gabarito: A
COMENTÁRIO: Os achados de artrocentese compatíveis com o diagnóstico de artrite
séptica são descritos como:

● Líquido sinovial turvo ou purulento, logo a I está errada.


● Relação glicose sérica/glicose no líquido sinovial menor que 0,5, logo a II está
errada.
● Presença de mais de 50.000 leucócitos/microlitro.
● Presença de mais de 90% de polimorfonucleares.
● Não há relação com gotículas de gordura

Assim, a alternativa correta é letra A) III e IV.

52. (PR - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS -2017)
A artrite séptica é uma infecção de potencial gravidade que, se não diagnosticada e
tratada de forma precoce e adequada, pode evoluir com complicações graves;
apresenta alta morbidade e deve ser considerada uma emergência clínica. (RN: recém
nascido). Em relação a artrite séptica na infância, assinale a alternativa CORRETA:
A) Choro na troca das fraldas em crianças pequenas pode ser o 1º sinal para o
diagnóstico de quadril séptico.
B) Cerca de 80% dos casos em todas as faixas etárias são causados por bactérias
anaeróbicas Gram-negativas.
C) Em 90% dos casos, o envolvimento é poliarticular, principalmente em joelhos,
quadril e cotovelo.
D) Há predomínio do sexo feminino, na proporção 2:1, com exceção da artrite
gonocócica no adolescente.
E) Acomete todas as idades, porém encontramos com maior frequência em > 3
anos, sendo rara em RN.
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Alternativa a Correta: O choro durante a troca de fraldas pode ser um sinal de irritação
e dor nas articulações, o que pode ser um sintoma inicial de artrite séptica no quadril.
Alternativa b incorreta: Na verdade, a maioria dos casos de artrite séptica é causada
por bactérias Gram-positivas, como o Staphylococcus aureus. Bactérias anaeróbicas
Gram-negativas não são uma causa comum desse tipo de infecção.
Alternativa c incorreta: A artrite séptica geralmente envolve uma única articulação. O
envolvimento poliarticular é menos comum. Além disso, as articulações mais
frequentemente afetadas são joelhos, quadris e ombros, não cotovelos.
Alternativa d incorreta: A artrite séptica tem uma leve predileção pelo sexo masculino
em algumas faixas etárias, especialmente em crianças e adultos jovens. Não há
predominância feminina.
Alternativa e incorreta: A artrite séptica pode ocorrer em todas as idades, incluindo
recém-nascidos (RN). Na verdade, em recém-nascidos, a artrite séptica é considerada
uma emergência médica, como mencionado na pergunta inicial. Portanto, não é rara
em RN.

53. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ 2017) Artrite significa a evidência de


alteração inflamatória ou degenerativa da articulação. O patógeno mais
frequentemente causador de artrite não-gonocócica é:
A) S. aureus
B) E. coli
C) Estreptococo do grupo A e B
D) P. aeruginosa
E) Chlamydia
Comentário: Alternativa A - A principal causa geral de artrite séptica em adultos é o
Staphylococcus aureus. Lembre-se de que você só pensará em Neisseria
gonorrhoeae, caso a banca fale especificamente do subgrupo de adultos jovens.

54. (HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA 2020) Homem, 47 anos,


queixa-se de dor intensa e edema em tornozelo esquerdo, com dificuldade de
mobilização articular, há três dias. Nunca apresentou quadro similar e nega
traumatismo local. É tabagista, etilista, dislipidêmico, hipertenso e diabético. O exame
físico revela artrite em tornozelo esquerdo com derrame articular. Foi realizada punção
do líquido sinovial e o resultado foi: celularidade de 85 000 células, com 88% de
polimorfonucleares. Culturas e pesquisa de cristais em andamento. A(s) conduta(s)
adequada(s) é(são):
A) prescrever anti-inflamatório não hormonal e alopurinol.
B) iniciar prednisona associada ao alopurinol.
C) solicitar radiografia do tornozelo e aguardar cultura e pesquisa de cristais.
D) solicitar ultrassonografia do tornozelo para pesquisa de rotura de ligamentos.
E) iniciar antibioticoterapia empírica.
Comentário: Alternativa E - Estamos diante de uma artrite séptica. Temos um homem
com monoartrite de joelho, que realizou estudo do líquido sinovial no qual foi
encontrada celularidade de 85.000 células, com 88% de polimorfonucleares. Aqui,
muito provavelmente, estamos diante de S. aureus, principal etiologia da artrite séptica
em adultos. O tratamento é oxacilina ou vancomicina, a depender da sensibilidade do
patógeno! Porém, aqui, a banca só queria saber se o candidato indicaria
antibioticoterapia para o paciente, uma vez que tenha realizado o diagnóstico correto.

DOENÇA DE LEGG-CALVE-PERTHES
55. (Hospital de Olhos Aparecida - 2021) Baseado na doença de Legg-Calvé-Perthes,
que é caracterizada pela necrose avascular da cabeça do fêmur, em qual idade, em
geral, a doença acomete as crianças?
A) 2 e 5 anos.
B) 4 e 9 anos.
C) 7 e 12 anos.
D) 10 e 15 anos.
Gabarito: B
COMENTÁRIOS:
Incorreta a alternativa A: é interessante notar que existe uma doença chamada
Displasia de Meyer, que ocorre até os 4 anos de idade. Ela é exatamente igual à
doença de Perthes, porém com prognóstico positivo em 100% dos casos.
Correta a alternativa B: está e a idade de pico da doença de Perthes ​
Incorretas as alternativas C e D: quanto mais próximo da maturidade,mais rara a
doença de Perthes; ao mesmo tempo,mais ela é mais grave.

56. (Universidade do Rio Verde – 2019) Acerca da doença de Legg-Calvè-Perthes,


assinale a afirmativa INCORRETA:
A) A dor no quadril ou joelho é o sintoma predominante.
B) Acomete mais meninos que meninas.
C) Apresenta marcha com padrão de Trendelenburg.
D) É prevalente entre 03 a 09 anos.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
Alternativa “b” incorreta: está correto. É cinco vezes mais comum em meninos.
Alternativa “a” correta: o sintoma predominante na doença de Perthes é a claudicação,
ao contrário da epifisiólise, em que o predominante é a dor.
Alternativa “c” incorreta: sinal clássico de Perthes, ele indica uma fraqueza relativa do
glúteo médio no quadril afetado, que ocorre pela alteração do braço de alavanca do
quadril. Ao se retirar o pé do lado não acometido do chão, a pelve pende para este
lado, pois o glúteo médio do lado afetado não consegue mantê-la nivelada.
Alternativa “d” incorreta: Perthes ocorre entre os quatro e oito anos, mas pode
acometer crianças mais velhas, até a fusão do núcleo de crescimento da cabeça do
fêmur. Abaixo dos quatro anos, contudo, trata-se de outra patologia: Displasia de
Meyer, com curso exatamente igual ao de Perthes, porém de excelente prognóstico.
Desta forma, tecnicamente esta alternativa está errada e a questão deveria ter sido
anulada.

57. (HOA GO 2021)


Doença de Legg-Calvé-Perthes é caracterizada pela necrose avascular da cabeça do
fêmur. Ela acomete, em geral, crianças com idade entre:
a) 7 e 12 anos
b) 10 e 15 anos
c) 2 e 5 anos
d) 4 e 9 anos
RESPOSTA: D
Ocorre principalmente em crianças entre 4 e 8 anos, mas pode acometer até a
puberdade, sendo progressivamente mais rara e de pior prognóstico. Acomete mais
caucasianos e tem maior risco na obesidade, mas não um risco tão direto quando a
epifisiólise. É mais comum em meninos, cerca de cinco vezes. É a osteonecrose
asséptica da cabeça do fêmur, doença idiopática autolimitada.

58. (UNIFESO RJ 2011)

Em relação à doença de Legg-Calvé-Perthes, é correto afirmar que:

A É mais comum no sexo masculino, o lado esquerdo é o mais acometido, mas a


bilateralidade pode estar presente em 10% a 20% dos casos e em fases semelhantes
e simétricas da doença.
B Devido à irradiação da dor no território sensitivo do nervo obturatório, é comum a
criança referir dor na região lateral e posterior do joelho ipsilateral.
C São sinais de quadril em risco (mau prognóstico) a calcificação lateral à epífise, a
lise metaepifisária (lesão em “saca-bocado”), a rarefação com geoides metafisários
difusos, a horizontalização da placa de crescimento e a subluxação lateral da epífise
(também conhecida como sinal de Gage).
D O sinal de Caffey (lise subcondral) é uma linha hipotransparente logo abaixo da
superfície radiográfica da cabeça óssea femoral.
E Quanto menor a idade de início da doença, melhor prognóstico.
RESPOSTA: LETRA E
Alternativa “a” incorreta: as informações apresentadas são quase todas corretas. É
cinco vezes mais comum em meninos, o lado esquerdo realmente é o mais acometido;
bilateralidade pode estar presente em 10 a 15% (varia conforme a fonte), mas a
doença não é simétrica, quando bilateral. Alterações simétricas chamam a atenção
para displasias epifisárias.
Alternativa “b” incorreta: a dor é, de fato, pelo nervo obturatório; entretanto, ela se
irradia pela face anterior e medial da coxa.
Alternativa “c” incorreta: os sinais de quadril em risco são fatores prognósticos que
indicam a necessidade de intervenção cirúrgica. São cinco fatores, divididos em:
2 laterais: calcificação lateral; subluxação lateral da cabeça.
2 metafisários: cistos metafisários; sinal de Gage (V lateral metaepifisário).
1 fisário: horizontalização da fise.
Alternativa “d” incorreta: o sinal de Caffey é, na realidade, uma fratura subcondral da
cabeça femoral em reabsorção.
Alternativa “e” correta: de fato, quanto mais nova a criança, melhor o prognóstico. As
crianças até 8 anos, no geral, evoluem bem.

- ATLS
59. SES-GO (2018)
Paciente, vítima de queda de três metros de altura, dá entrada em unidade de
emergência com palidez cutâneomucosa, dor abdominal, frequência cardíaca de 130
batimentos por minuto, pressão de pulso em 2 mmHg, com confusão mental. Segundo
a acompanhante, pesa 100 kg. Que medida diagnóstica está indicada?
a) Ultrassonografia portátil
b) Tomografia computadorizada
c) Ressonância magnética
d) Radiografia de abdome
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
60. HCG (2018)
Paciente de 26 anos, do sexo masculino, vítima de acidente automobilístico, sem uso
de cinto de segurança, deu entrada no pronto-socorro apresentando lesões graves em
globo ocular e em face esquerda, com exposição de seio maxilar e amputação nasal. A
conduta imediata, neste caso, é:
a) Segmento do atendimento padrão do ATLS
b) Lavagem exaustiva das lesões no centro cirúrgico para reduzir as chances de
infecção
c) Sutura na sala de emergência, após sedação do paciente
d) Contato com as equipes de cirurgia plástica e oftalmologia e aguardar a conduta
dos respectivos profissionais
GABARITO: A
COMENTÁRIO
REUMATOLOGIA
- Tendinites e bursites
61. (Concurso CRIS - SP - 2020) Sabe-se que a tendinite é a inflamação de um
tendão, que frequentemente se desenvolve após degeneração. O termo que define o
inchaço e inflamação dos tendões ou bainha dos tendões que movem o polegar para
fora é:
A) Síndrome de Quervain
B) Bursite subacromial
C) Síndrome de Sjögren
D) Lesão do manguito rotador
Comentário: Alternativa A - Síndrome de Quervain. É caracterizada pela inflamação
dos tendões que se encontram na região dorsal do punho, responsáveis por mover o
polegar para fora. Os sintomas incluem dor, inchaço e dificuldade para realizar
movimentos com a mão. Letra B incorreta, pois se trata de uma inflamação que
ocorre na bolsa que serve de lubrificação entre as estruturas do ombro. Alternativa C
incorreta: A Síndrome de Sjögren é uma doença autoimune crônica que que afeta as
glândulas produtoras de lágrimas e saliva, causando secura dos olhos e da boca.
Por fim, a alternativa D está incorreta, pois afeta a região do ombro.

62. (UFC, CE, 2010) FEDM, 60 anos de idade vai ao posto de saúde queixando-se
de dores no ombro. Após o exame clínico, o médico suspeita que possa tratar-se de
uma bursite no ombro. Das opções abaixo, qual tem associação de forma mais
frequente à bursite no ombro?
A) Bolsa subdeltoidea
B) Cápsula da articulação glenoumeral
C) Bolsa do músculo gastrocnêmio
D) Cápsula da articulação acromioclavicular
E) Bolsa subacromial
Alternativa correta: E Questão única de bursite do ombro. Dentre as bursas do
ombro, para você não esquecer, o acometimento é por ordem alfabética, sendo mais
frequente, assim, a subacromial e depois a subdeltoidea. Lembre também que, no
ombro, a culpa é sempre do acrômio: ele causa impacto e lesa o supraespinhal.
Incorreta a alternativa “A”: É a segunda mais acometida no ombro. Incorreta a
alternativa “B”: Não existe bursa da cápsula glenoumeral; contudo, a cápsula pode
gerar a capsulite adesiva, patologia associada à imobilização prolongada do ombro.
Incorreta a alternativa “C”: O gastrocnêmio localiza-se na perna. Incorreta a alternativa
“D”: Não existe bursa da cápsula acromioclavicular. Correta a alternativa “E” A bursa
subacromial é a que mais se associa a bursites do ombro.

63. (FEPESE - 2019 - Prefeitura de Bombinhas - SC - Médico Ortopedista) A estrutura


anatômica mais frequentemente acometida no paciente com Tendinite do ombro é o:
a) Tendão do supraespinhoso.
b) Tendão do bíceps.
c) Tendão do infraespinhoso.
d) Tendão do redondo menor.
e) Tendão do subescapular.

Gabarito: letra A
Comentário: Os tendões que comumente originam a tendinite do ombro são chamados
de tendões do manguito rotador, formado pelos seguintes tendões: do supra espinhal
(o mais acometido), seguido do infra espinhal, subescapular e redondo menor
(raramente acometido). Esse tendão é frequentemente lesionado em atividades que
envolvem movimentos repetitivos com o braço acima da cabeça, como arremessos e
levantamentos de peso.

64. (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS - HC - 2017) A tendinite de Quervain é um


reumatismo de partes moles, comum em mulheres na idade de 30 a 50 anos,
caracterizada pelo acometimento dos tendões abdutor longo e extensor curto do
polegar. Nessa tendinite, o desvio forçado da mão fechada para o lado ulnar, utilizado
para reproduzir a dor no processo estiloide do rádio, é denominado de teste de:
a) Finkelstein.
b) Yergason.
c) Thompson.
d) Jobe.
Gabarito: letra A
Comentário: Alternativa “a” correta: a descrição apresentada é do teste de Finkelstein.
Alternativa “b” incorreta: este teste é realizado com ombro aduzido, o cotovelo fletido
em 90° e a mão pronada. O paciente deve realizar a supinação do antebraço contra
resistência, e o examinador deve palpar o cabo longo do bíceps na sua origem, na
região anterior do ombro. Em caso de dor, é diagnóstico de tendinite bicipital.
Alternativa “c” incorreta: o teste de Thompson é usado para avaliar a integridade do
tendão de Aquiles e é feito por meio da compressão da massa muscular do tríceps
sural. Alternativa “d” incorreta: o teste de Jobe é utilizado para avaliação do tendão do
supraespinhal e é feito por meio da elevação contra resistência do ombro no plano da
escápula, com os polegares apontando para baixo. O paciente deve apresentar falta de
força, para o teste ser considerado positivo, mas pode apresentar também dor.

65. (UESPI 2019) Paciente, 65 anos, feminina, obesa, com quadro de dor crônica em
quadril D e região lateral da coxa D. Apresentava dificuldade de marcha, subir escadas
e dor, ao deitar-se sobre o lado acometido. Ao realizar exame físico, foi evidenciado
dor à palpação de região lateral de quadril D, teste de Patrick, Lasegue e Trendeleburg
negativos. Das alternativas abaixo, qual o diagnóstico mais adequado para essa
paciente?

A) Bursite Trocantérica.
B) Lombociatalgia.
C) Lombalgia mecânica comum.
D) Lombalgia inflamatória.
E) Tendinopatia de glúteo médio.

Gabarito: A

Comentário:
Alternativa “a” correta: a bursite trocantérica é o quadro mais provável. Seu tratamento
é basicamente conservador, com analgésicos, anti-inflamatórios, bolsas de gelo,
repouso e fisioterapia.
Alternativa “b” incorreta: a lombociatalgia apresentaria Laségue positivo, dor lombar
com irradiação por um dermátomo e sintomas neuropáticos.
Alternativa “c” incorreta: não há qualquer característica que leve a pensar em lombalgia
mecânica, especialmente porque a paciente não refere dor lombar.
Alternativa “d” incorreta: a lombalgia inflamatória é uma dor noturna, com rigidez
matinal e melhora com atividades. A paciente não apresenta qualquer uma destas
características.
Alternativa “e” incorreta: a tendinopatia do glúteo médio teria sintomas parecidos, mas
uma dor mais posterior do que lateral e dor ao se deitar em cima do glúteo, e não de
lado; o teste a ser realizado é de abdução do quadril com o paciente em decúbito
lateral, ocorrendo dor.
66. (FUBOG 2018) A Capsulite Adesiva (CA), também conhecida como “ombro
congelado ” ou bursite obliterativa, caracteriza-se por dor e limitação importante dos
movimentos ativos e passivos do ombro para todos os planos. Sendo características
epidemiológicas dessa doença em relação à concomitância com a Hiperglicemia os
seguintes aspectos, EXCETO:
A) Nos diabéticos é frequentemente bilateral e em idades mais avançadas.
B) Sua prevalência é três a cinco vezes maior nos portadores de DM do que na
população geral.
C) Pode ocorrer simultaneamente à síndrome da dor complexa regional do tipo 1,
caracterizando a síndrome ombro-mão.
D) Além disso, 20 a 30% dos pacientes não diabéticos com CA apresentam
intolerância à glicose.

Gabarito: A

Comentário:
O que o examinador quer saber com esta pergunta?
O examinador exige que o candidato conheça não só a capsulite adesiva, como a sua
relação com a diabetes melito.
O que você precisa saber para responder esta pergunta?
Capsulite adesiva
Trata-se de uma reação inflamatória crônica, autolimitada, com proliferação de
fibroblastos e produção excessiva de colágeno tipo I e III.
Seus fatores de risco são: diabetes melito (aumenta o risco em 5 vezes); sexo feminino
(2,3 vezes mais comum); maior de 49 anos; discopatia cervical; imobilização
prolongada; hipertireoidismo; infarto ou derrame; doenças autoimunes; trauma. Trinta
por cento são bilaterais.
Apresenta três fases:
Fase 1: dor que progride por semanas a um mês, pior à noite.
Fase 2: rigidez, de 4 a 12 semanas.
Fase 3: descongelamento; leva semanas a meses, com melhora progressiva, sem
recuperar 100% na maioria dos casos.

Não há critérios diagnósticos específicos; uma RNM pode auxiliar no diagnóstico.


Tratada geralmente com fisioterapia ou manipulação sob sedação.

Discussão das alternativas


Atenção! Esta questão contém a palavra “EXCETO”. Deixe-a bem à mostra ao
responder à pergunta, pois a inversão de lógica aumenta a chance de erros!
Alternativa “a” correta: esta afirmação está incorreta. A doença afeta geralmente
pessoas mais velhas (acima dos 49 anos), mas é bilateral em menos de um terço, e a
DM não altera esta prevalência.
Alternativa “b” incorreta: esta afirmação está correta.
Alternativa “c” incorreta: esta afirmação está correta. Ambas possuem alguns fatores
comuns, como a DM, trauma e imobilização prolongada /
Alternativa “d” incorreta: esta afirmação está correta. Não se sabe, porém, qual a
relação deste achado.

67. (Instituto Excelência-2020- CRIS-SP-Médico-PSF) Tendinite é a inflamação de um


tendão, que frequentemente se desenvolve após degeneração. O termo que define o
inchaço e inflamação dos tendões ou bainha dos tendões que movem o polegar para
fora é:
A) Lesão do manguito rotador.
B) Bursite subacromial.
C) Bursite iliopectínea.
D) Tendinite anserina
E) Síndrome de Quervain.

Gabarito: Letra E

Comentário: A resposta correta é a alternativa E - Síndrome de Quervain. Essa


síndrome é caracterizada pela inflamação dos tendões que se encontram na região
dorsal do punho, responsáveis por mover o polegar para fora. Os sintomas incluem
dor, inchaço e dificuldade para realizar movimentos com a mão. Já a lesão do
manguito rotador e a bursite subacromial afetam a região do ombro e não a do punho.
A bursite iliopectínea por sua vez afeta a região anterior ao quadril. Por fim, a
alternativa D está incorreta, pois a tendinite anserina acomete a região do joelho
(também chamada de tendinite na pato de ganso).

68. (INSTITUTO AOCP – 2021 – Prefeitura de João Pessoa-PB-Médico-Reumatologia)


Dor em face medial de joelho, cerca de 5 cm abaixo da interlinha articular, é conhecida
como tendinite ou bursite anserina. Quais tendões se inserem na chamada “Pata de
Ganso”?

a) Grácil, semitendíneo e semimembranáceo.

b) Semitendíneo, sartório e adutor da coxa.


c) Grácil, tensor da fáscia lata e semitendíneo.

d) Tensor da fáscia lata, sartório e semitendíneo.

e) Grácil, semitendíneo e sartório.

Gabarito: Letra E

Comentário: Pata de ganso, do latim (pes anserinus) é um conjunto de tendões de


músculos da coxa que se inserem proximalmente na tíbia, na região superior da face
medial desse osso. É formada pelos tendões dos músculos: Sartório, Grácil e
Semitendíneo, que participam da rotação medial, ou interna do joelho. A denominação
“pata de ganso” é em virtude de a estrutura assemelhar-se à membrana natatória do
ganso. Essa musculatura tem a função primária de promover a flexão do joelho, tendo
influência secundária na rotação interna da tíbia, e protegendo contra o estresse em
rotação e em valgo.

- Cervicalgia e lombalgia

69. FUMARC 2023 - Casos de lombalgia aguda, em sua maioria, apresentam melhora
sintomática ou resolução espontânea em algumas semanas.
Com relação ao tratamento na fase aguda, segundo dados da atenção primária
baseada em evidências, é mais CORRETO afirmar:
A )Complementarmente ao tratamento medicamentoso, está indicada acupuntura e
massoterapia na fase aguda.
B) O uso de corticoides sistêmicos para o manejo da dor lombar aguda está
recomendado quando de sinais inflamatórios, situação na qual não se prescreve
relaxantes musculares.
C) O uso de relaxantes musculares durante um curto período de tempo pode
apresentar um benefício modesto para alívio da dor e promove melhora global na
percepção do paciente.
D )Recomenda-se realização de ressonância magnética para diagnóstico específico da
dor quando primeiro episódio de lombalgia.

Gabarito: Letra C
a) ERRADO. Apesar da abordagem complementar apresentar bons resultados, o uso
de medicamentos ainda é a primeira linha de tratamento durante os episódios de
lombalgia aguda.
b) ERRADO. Os relaxantes musculares, quando bem indicados, podem ser utilizados
mesmo na presença de sinais inflamatórios.
c) CERTO. Esses medicamentos podem ajudar a relaxar os músculos tensos e reduzir
a sensação de dor.
d) ERRADO. A maioria dos casos de lombalgia aguda podem ser diagnosticados e
tratados com base na avaliação clínica e na história do paciente, não sendo
necessários exames complementares. Os exames de imagem serão utilizados caso
haja dúvida no diagnóstico ou piora clínica, para uma avaliação mais completa.

70. (FMUSP 2020) Homem de 42 anos de idade com antecedente de hipertensão


arterial apresenta dor lombar crônica há cinco anos, após levantar peso no ambiente
de trabalho. No episódio inicial apresentou dor intensa e súbita associada à limitação
de movimentos que levou a afastamento do trabalho por um período de 10 dias. Voltou
a trabalhar, porém, manteve dor lombar continua, de intensidade leve a moderada com
irradiação para ambas as coxas de forma difusa e piora com esforços. Vários períodos
de afastamento laboral desde então, sempre com manutenção das queixas. Há 6
meses refere dor moderada a intensa com irradiação para ambos os membros
inferiores e grande limitação para atividades diárias sem qualquer melhora com uso de
anti-inflamatórios ou analgésicos. Faz uso eventual de tramadol, porém nega melhora
significativa. Nega febre ou perda de peso. O exame clínico é normal exceto por dor à
flexão e extensão lombar. O exame neurológico é normal. Paciente traz exame de
ressonância magnética realizado há 2 meses com desidratação discal L4-L5 e L5-S1.
Discretas protrusões discais nestes níveis sem conflito radicular.
Qual é a principal hipótese diagnóstica?
A) Hérnia discal.
B)Estenose do canal lombar.
C)Espondilite anquilosante.
D)Lombalgia mecânica comum.
Gabarito: D
Comentário:
A questão nos traz um homem com menos de 45 anos de idade e que possui
lombalgia.O primeiro passo é configurar a lombalgia: nesse caso ela é MECÂNICA,
piora aos esforços, o que nos afasta do diagnóstico de espondilite anquilosante. Essa
dor é CRÔNICA, irradia para as coxas SEM CONFIGURAR RADICULOPATIA (não
possui trajeto específico de raiz), portanto também nos afasta de Hérnia discal.
Paciente NÃO POSSUI RED FLAGS (sintomas constitucionais ou fatores de risco para
pensar em lombalgia secundária). Não consta CLAUDICAÇÃO NEUROGÊNICA,
achado clássico da estenose de canal, também a estenose de canal comumente
acomete indivíduos mais idosos e associa-se a coluna degenerativa (osteoartrite).
Portanto a resposta correta é a letra A: Lombalgia mecânica comum.
71. (OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Piratininga - SP - Médico de Saúde da Família
(20h)) A dor lombar é uma das principais queixas clínicas em ambulatórios médicos e
requer a aplicação de testes específicos para sua avaliação. Em relação aos testes
especiais frequentemente utilizados em ambulatórios, para avaliação da coluna lombar,
assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:
O teste de ____________________________________, também conhecido como
teste de Lasegue, é realizado com o paciente ________________ totalmente relaxado.
a) elevação do membro inferior estendido |em decúbito dorsal
b) flexão do membro inferior estendido| sentado
c) elevação do membro superior estendido | em decúbito dorsal
d) elevação do membro superior estendido | sentado
GABARITO: A
COMENTÁRIO: A resposta correta para essa questão é a alternativa B: "elevação do
membro inferior estendido | em decúbito dorsal". O teste citado na questão é o Teste
de Lasegue, muito utilizado na avaliação de pacientes com queixas de dor lombar. Este
teste é realizado com o paciente deitado em decúbito dorsal (ou seja, de costas) e
consiste na elevação do membro inferior estendido do paciente. Se o paciente
apresentar dor ou desconforto na lombar durante este movimento, é um indicativo de
que pode haver uma irritação ou compressão do nervo ciático, comum em condições
como a hérnia de disco. As outras alternativas estão incorretas pois descrevem o
procedimento de forma equivocada, sendo que o teste de Lasegue não envolve a
elevação do membro superior nem é realizado com o paciente sentado.

72. (FUNDATEC - 2023 - GHC-RS - Médico (Neurocirurgia - Cirurgia de Coluna)) Em


casos de lombalgia e radiculopatia lombar, é INCORRETO afirmar que:
a) Quando as radiografias da coluna lombar são indicadas, as vistas AP e lateral
geralmente são adequadas.
b) O repouso contribui para melhora na fase aguda
c) A cirurgia de urgência na hérnia discal lombar está indicada em casos de
sintomas de síndrome de cauda equina.
d) Estão indicados anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
e) Pouco menos de 20% dos pacientes com problemas de lombalgia melhorarão
dentro de um mês.

GABARITO: E
COMENTÁRIO: Apenas 26% das lombalgias evoluem para sub agudização ou
cronificação, logo a maioria dos pacientes convivem com a fase aguda, que evolui para
cura em até 4 semanas.

73. A dor lombar baixa, ou lombalgia, é a maior representante das síndromes


dolorosas da coluna vertebral, seguida da cervicalgia. O fator que favorece ou
corrobora para o aparecimento dessa condição clínica é (SES-GO 2022):
A) a falta de atividade física.
B) o índice de massa corporal menor que 30 kg/m².
C) o uso de bebidas alcoólicas.
D) o maior nível educacional do paciente.
Comentário:
A) a falta de atividade física.
Correta a alternativa A. Lembre-se do princípio: a principal causa de lombalgia é
mecânica, e o melhor tratamento é o fortalecimento do core abdominal associado a
atividade física. O sedentarismo leva a um enfraquecimento do core, ganho de peso e,
geralmente, dieta inadequada. Tudo isso leva a um aumento do risco de lombalgia.
B) o índice de massa corporal menor que 30 kg/m².
Incorreta a alternativa B. Justamente pelo contrário; sobrepeso e obesidade são fatores
de risco para lombalgia, enquanto um IMC mais baixo seria “protetor”.
C) o uso de bebidas alcoólicas.
Incorreta a alternativa C, pois não há associação ao uso de bebidas alcoólicas.
D) o maior nível educacional do paciente.
Incorreta a alternativa D. O nível educacional normalmente não é associado à
lombalgia. Contudo, caso o fosse, esperar-se-ia uma associação a um nível
educacional mais baixo, de forma indireta – quanto maior o nível educacional,
geralmente maior o nível socioeconômico e, com isso, menores as chances de o
paciente ser trabalhador braçal, ter uma dieta inadequada e ser sedentário.

74. Em relação à lombalgia é correto afirmar que (HSJBVR 2012):

A) A lombalgia aguda é definida como dor que dura menos de 6 meses.


B) A maioria dos pacientes com lombalgia aguda exibe sintomas puramente
mecânicos.
C) São indicadas radiografias simples da coluna vertebral para avaliação inicial de
todos os pacientes com lombalgia aguda.
D) Os pacientes com lombalgia aguda devem permanecer em repouso absoluto
durante uma semana.
E) História anterior de câncer é um fator de risco para causa grave de lombalgia.
Gabarito: E
Comentário:
A)a lombalgia aguda é definida como dor que dura menos de 6 meses.
Alternativa “a” incorreta: a lombalgia aguda é definida como aquela que dura menos do
que 3 meses.

B)a minoria dos pacientes com lombalgia aguda exibe sintomas puramente mecânicos.
Alternativa “b” incorreta: a grande maioria dos pacientes com lombalgia aguda
apresenta apenas sintomas mecânicos.
C)são indicadas radiografias simples da coluna vertebral para avaliação inicial de todos
os pacientes com lombalgia aguda.
Alternativa “c” incorreta: a indicação de radiografias é baseada nos sinais de alarme.

D)os pacientes com lombalgia aguda devem permanecer em repouso absoluto durante
uma semana.
Alternativa “c” incorreta: o repouso não deve ultrapassar 2 dias, ou ocorrerá piora da
dor.

E)história anterior de câncer é um fator de risco para causa grave de lombalgia.


Alternativa “e” correta: de fato, este é um grande fator de risco para metástases
ósseas, e todos os casos devem ser radiografados para investigação.

75. VUNESP E.S.M., 36 anos, sem comorbidades, trabalha como caixa de


supermercado, é atendida com queixa de cervicalgia recente. Não há parestesias ou
alterações motoras em extremidades. Ao realizar o teste de Spurling (teste de
compressão do pescoço), a manobra causa apenas desconforto no pescoço.
O diagnóstico mais provável é
A) osteoartrose.
B) distonia cervical.
C) estenose espinal.
D) hérnia de disco.
E) cervicalgia mecânica .

Gabarito: E
Comentário:
a) ERRADO. A paciente também não relata sintomas relacionados à rigidez ou
alterações articulares, descartando esse diagnóstico.
b) ERRADO. A distonia cervical é caracterizada por contrações musculares
involuntárias no pescoço, resultando em movimentos anormais ou posturas torcidas. A
paciente do caso não apresenta relatos de contraturas involuntárias, tornado esse
diagnóstico menos provável.
c) ERRADO. Por ser uma patologia que irá provocar compressão sobre a medula e os
nervos, geralmente irá causar sintomas como dor, parestesias, fraqueza e dor que vai
irradiar para as extremidades. Assim como a alternativa anterior, a paciente não relata
a presença de nenhum desses sintomas, apenas com quadro álgico.
d) ERRADO. Apesar a cervicalgia não é indicativo da presença de hérnia de disco, já
que a patologia possui dores irradiadas para membros superiores, parestesias e
fraqueza muscular associada.
e) CERTO. No caso apresentado, a paciente relata dor de início recente, sem sintomas
sugestivos de compressão nervosa e com o teste de Spurling causando apenas
desconforto. Com isso, podemos descartar compressão radicular e outras condições
associadas, sendo mais provável a presença de uma cervicalgia mecânica.

- Artrite reumatoide
76. (HOSPITAL ESTADUAL DR JAYME DOS SANTOS NEVES - ES - 2017) Paciente,
75 anos de idade, encontra-se em avaliação por acometimento sistêmico da artrite
reumatoide. Assinale a alternativa que NÃO apresenta manifestação extra-articular da
artrite reumatoide:
a) Colonoscopia com nódulos colônicos.
b) Eletroneuromiografia com mononeurite múltipla.
c) Radiografia de tórax com infiltrado intersticial.
d) Ecocardiograma com derrame pericárdico.
e) Lesões de pele compatíveis com pioderma gangrenoso.
Gabarito: A
Comentário: Pericardite e doença intersticial pulmonar são frequentes na AR, embora
sejam subdiagnosticadas na maioria dos casos (alternativas C e D, corretas). Já a
mononeurite múltipla e lesões cutâneas neutrofílicas, como o pioderma gangrenoso,
dificilmente passam despercebidas, mas são incomuns (alternativas B e E, corretas). A
AR não está diretamente associada ao acometimento de trato gastrointestinal. Assim, a
alternativa a ser marcada é a A.

77. (HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE BRASÍLIA 2020) Artrite Reumatoide sem


tratamento adequado apresenta um curso de doença progressivo, determinando
deformidades decorrentes da lassidão ou ruptura dos tendões e das erosões
articulares. Entre os achados tardios, podem-se identificar desvio e lesões diversas,
qual dos itens está ERRADO?
a. Deformidades em “pescoço de cisne” ou hipoextensão das articulações IFP.
b. Desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventania”.
c. Flexão das Interfalangianas Distais – IFD.
d. Deformidades em “botoeira”, flexão das IFP e hiperextensão das IFD
Gabarito: A
Comentário: AR poupa IFD. Algumas deformidades da AR estão associadas a lesões
tendíneas, e não apenas à artrite. A deformidade em pescoço de cisne é definida como
hiperextensão das IFPs e flexão das IFDs (alternativa C, correta), e não hipoextensão
como menciona a alternativa B. As alternativas A e D trazem definições corretas
quanto ao desvio ulnar e à deformidade em botoeira.

78. (PSU- AL 2022) Mulher, 50 anos de idade, procura atendimento ambulatorial por
dores em articulações das mãos. As dores foram iniciadas há 8 meses e são
acompanhadas de rigidez matinal. De antecedentes, refere hipotireoidismo, em uso de
levotiroxina. Ao exame físico, sinais vitais e ausculta sem alterações. Notam-se edema
e dor à movimentação passiva das articulações interfalangianas proximais em ambas
as mãos, inclusive dos polegares, além de punhos. Realizado fator reumatoide,
reagente. Frente ao caso, A fisiopatologia mais importante do diagnóstico mais
provável envolve:
A) Sinovite crônica
B) Entesite crônica
C) Osteíte crônica
D) Capsulite crônica
Gabarito: A
Comentário: É nítida a clínica de nossa paciente, típica de artrite reumatoide. Este
padrão articular poupando as interfalangianas distais falam muito a favor deste
diagnóstico. E em uma análise histopatológica, o que é evidenciado é justamente o
acometimento das sinóvias (articulações diartróticas) de evolução crônica, com
presença de granulomas (muito falado pelo professor em sala), com centro necrótico
contendo linfócitos, células plasmáticas e fibroblastos, rodeado de macrofagos.

79. (ENARE 2024) Durante atendimento de um paciente portador de artrite reumatoide,


ele demonstra bastante resistência para realizar o tratamento com medicações
injetáveis. Diante desse cenário, qual atitude é a mais adequada?
A) Ameaçar abandonar o acompanhamento, caso o paciente não aceite a
medicação indicada.
B) Oferecer apenas o tipo de tratamento que julgar melhor, não sendo
necessário utilizar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de
tratamento.
C) Prescrever o que há de melhor para o paciente, independentemente das
preferências individuais dele.
D)Respeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre seu tratamento,
salvo em risco iminente de morte.
E)Exagerar a gravidade do diagnóstico ou do prognóstico e complicar a
terapêutica, para que o paciente entenda que a medicação injetável é
extremamente necessária.
Gabarito: D
Comentário: É antiético que o profissional de saúde distorça informações quanto à
educação sobre doenças. Garantido que houve o pleno entendimento acerca do
diagnóstico, prognóstico e possíveis condutas, o desejo em não acordar com o plano
terapêutico é reservado ao paciente!

80. (ENARE 2022) Sobre a artrite reumatoide, é correto afirmar que:


A. Corticoide oral, como prednisona, é uma das drogas de primeira escolha.
B. 70 a 80% dos pacientes apresentam Fator Reumatoide (FR) positivo em algum
momento da vida.
C. Envolve exclusivamente estruturas articulares e periarticulares.
D. O acometimento da coluna lombar é comum.
E. A presença de Velocidade de Hemossedimentação Aumentada (VHS) tem valor
preditivo positivo alto para o diagnóstico.
Gabarito: B
Comentário:
A. Incorreta. Glicocorticoides e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são
considerados drogas sintomáticas no tratamento da AR e não impedem
progressão radiográfica da doença. Por isso, feito o diagnóstico, devemos iniciar
uma droga modificadora do curso da doença (DMARD), sendo o metotrexato a
primeira escolha.
B. Correta.
C. Incorreta. AR é uma doença sistêmica que acomete, primariamente a sinóvia,
mas que também cursa com manifestações extra-articulares, como nódulos
reumatoides, pleurite, doença intersticial pulmonar, episclerite, dentre várias
outras.
D. Incorreta. O único segmento da coluna vertebral acometido na AR é o cervical,
principalmente a articulação entre C1 e C2 (atlanto-axial).
E. Incorreta. Provas de atividade inflamatória, como PCR e VHS, se elevam
rapidamente na presença de um processo inflamatório, independentemente de
sua etiologia. Lembrando a definição de valor preditivo positivo como “a
probabilidade de um resultado positivo pertencer, de fato, a um indivíduo
doente”, fica fácil entender o erro desta alternativa, já que elevação de VHS é
comum a diversas condições e não apenas a AR.

81. (ENARE 2023) Em relação à artrite reumatoide, é correto afirmar que:


A. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) são considerados drogas
modificadoras de doença.
B. O diagnóstico deve ser confirmado pela dosagem do fator reumatoide.
C. A presença de marcadores agudos de inflamação (proteína C reativa ou
velocidade de hemossedimentação) adiciona 5 pontos aos critérios mais
recentes de diagnóstico.
D. O uso de corticosteroides intra-articulares está indicado na maioria dos casos.
E. O metotrexato é considerado droga de primeira escolha.
Gabarito: E
Comentário:
A. Incorreta. AINEs e glicocorticoides são drogas de ação sintomática e não
modificam o curso da doença.
B. Incorreta. O fator reumatoide não é específico da artrite reumatoide ou de
qualquer outra condição e está presente em pacientes com outras doenças
reumáticas, infecções, neoplasias e mesmo em indivíduos hígidos,
especialmente idosos. Na artrite reumatoide, está presente em 70 a 80% dos
casos; por isso, sua presença, isoladamente, não confirma o diagnóstico e a sua
ausência não o descarta.
C. Incorreta. PCR ou VHS anormais pontuam 1 nos critérios do EULAR de 2010.
D. Incorreta. O uso de corticoide intra-articular está indicado em casos específicos,
como em um paciente que apresenta bom controle de doença e mantém artrite
em uma única articulação.
E. Correta. Os DMARDs sintéticos são as drogas de primeira linha no tratamento
da artrite reumatoide e, dentre eles, o Metotrexato é a droga de escolha.

- ARTRITE REUMATOIDE
82. PUC - PR (2022)
Sobre o tratamento da Artrite Reumatoide, assinale a alternativa CORRETA, de acordo
com os consensos mais atuais:
a) A terapia com leflunomida é recomendada para pacientes virgens de tratamento
e com baixa atividade da doença
b) A terapia com Metotrexate é recomendada em relação ao tratamento com
Hidroxicloroquina ou Sulfassalazina em pacientes virgens de tratamento com
atividade de doença moderada e alta
c) Quando optado pelo início de terapia com metotrexate, devemos escolher a via
subcutânea devido a sua melhor tolerância e melhor resultado terapêutico em
relação à via oral
d) Para pacientes portadores de artrite reumatoide e insuficiência cardíaca
avançada, a droga de escolha é o Influximab
GABARITO: B
COMENTÁRIO
83. HPP - 2022
Uma paciente de 50 anos, tabagista, procura o consultório médico com queixa de dor
nas articulações do punho e da mão. Refere que a dor é pior pela manhã, com rigidez
que dura mais que 1 hora. Ao exame físico é observado deformidade articular em
mãos, com edema no punho esquerdo, na 3ª e 4ª articulação metacarpo falangeana
direita e na 4ª articulação interfalangeana proximal esquerda. Os exames de
laboratório revelam: VHS 80mm; Fator reumatoide reagente; FAN 1:8 padrão
pontilhado fino; Sobre o acometimento extra articular dessa condição, assinale a
afirmativa CORRETA.
a) O derrame pleural geralmente é assintomático e cursa com níveis baixos de
glicose e pH.
b) O derrame pericárdico é extremamente raro, mas quando ocorre leva a um
quadro crítico com acometimento miocárdico associado
c) A manifestação extra-articular mais comum é a enteropatia
d) A presença de nódulos em sistema nervoso central é a manifestação
neurológica mais comum
GABARITO: A
COMENTÁRIO
84. (UFJ-Clinica Médica 2023) Mulher, 42 anos, branca, com início há cerca de 15
meses de poliartrite simétrica não migratória, de articulações interfalangeanas
proximais, punhos e tornozelos com rigidez matinal superior a 60 minutos, VHS
elevado, FAN 1/80 nuclear pontilhado fino denso e radiografias das articulações com
descalcificações ósseas periarticulares. Qual é o provável diagnóstico?
A)Osteoartrite, uma vez que acomete interfalangeanas proximais e punhos.
B)Febre reumática, pela característica de poliartralgia simétrica.
C)Artrite por microcristais, uma vez que tem evolução insidiosa.
D)Lúpus eritematoso sistêmico, uma vez que possui presença de FAN.
E)Artrite reumatoide, pelo padrão de acometimento articular e evolução
clínica.
Gabarito: E
Comentário: Artrite Reumatoide devido a Epidemiologia, e Sintomatologia de
Poliartrite Simetrica não migratória de acometimento proximal. Associado ao
VHS Elevado e FAN 1/80.
85. (SCMCG 2022) Diante do caso clínico, qual o diagnóstico mais provável e qual
exame deve ser solicitado. Mulher, 30 anos, com queixa de poliartrite bilateral e
simétrica de mãos, punhos, cotovelos e joelhos há 3 meses; emagrecimento de 8
kg; febre baixa e prostração. Apresentou também dor e vermelhidão em olho
direito, sendo diagnosticado esclerite. Ao exame laboratorial, tinha VHS 75mmHg
e PCR 30mg/L.
A) Lúpus eritematoso sistêmico, FAN e antiDNA.
B) Espondilite anquilosante e HLAB27.
C) Polimialgia reumática e VHS.
D) Artrite reumatoide, FR e antiCCP.
E) Febre reumática e ASLO.
Gabarito: D
Alternativa A - Incorreta, Poliartrite do lúpus, apesar de acometer com frequência as
articulações do nosso caso, é assimétrica. A esclerite pode ser uma manifestação
ocular, mas é menos frequente que a vasculite retiniana, neurite óptica e
ceratoconjuntivite seca. Além disso, como essa é uma das multissistêmicas,
esperaríamos uma apresentação multissistêmica, esperaríamos uma apresentação
mais rica.
Alternativa B - Incorreta, O diagnóstico de espondilite anquilosante implica,
invariavelmente, a presença de lombalgia crônica de rítmo inflamatóri, sendo
improvável nesse caso.
Alternativa C - Incorreta, a poliartralgia reumáticase manifesta na forma de rigidez e dor
cervical, em ombros e quadris, caracteristicamente em pacientes maiores de 50 anos.
Alternativa D - Correta, O diagnóstico mais provável para a nossa paciente é artrite
reumatoide e a propedêutica é feita com o fator reumatóide e o anti-CCP ou ACPA, que
tem especificidade de até 95% para os casos de AR.
Alternativa E - Incorreta, a poliatrartite da febre reumática aguda é migratória e
predomina em membros inferiores. Esperaríamos outros sintomas (cardite, coreia)
característicos da febre reumática.

86. (USP-RP, 2022) C.D.S, mulher, 52 anos, há três anos tem o diagnóstico de artrite
reumatoide, cujo tratamento não atingiu remissão da inflamação articular, a despeito do
uso de diversos esquemas terapêuticos. Ao exame: hipotrofia de musculatura
intrínseca das mãos, com edema de punhos, desvio ulnar dos quirodáctilos e
hiperextensão de interfalangeanas proximais das mãos. Na radiografia das mãos, qual
é a alteração esperada nas articulações acometidas?
A) Calcificação periarticular.
B) Esclerose óssea subcondral.
C) Erosões ósseas justa-articulares.
D) Osteófitos marginais.
Gabarito: C
Alternativa A – Incorreta: O achado de calcificação periarticular é mais presente em
doenças como esclerose sistêmica e dermatomiosite.Alternativa
B – Incorreta: A esclerose óssea subcondral, apesar de não ser um achado específico
da osteoartrite, é frequentemente encontrada nesses pacientes.Alternativa
C – Correta: A alteração esperada nas articulações de pacientes com deformidade da
artrite reumatoide são as erosões ósseas justa-articulares que refletem a progressão
da doença.Alternativa
D – Incorreta: A presença de osteófitos é um achado radiológico mais presente na
osteoartrite, assim como a esclerose óssea subcondral e redução do espaço articular.

- LES
87. (HEDA 2022) Em relação ao Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é correto afirmar:
a) O diagnóstico de LES pode ser feito com razoável probabilidade, se pelo menos
5 dos 11 critérios de Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico estiverem
presentes
b) É comum estabelecer o diagnóstico de LES preenchendo 5 critérios da tabela
de Classificação do LES, mesmo com o FAN (fator antinúcleo) negativo
c) As taxas de sobrevivência de dez anos estão em torno de 50%. Em um
percentual pequeno dos pacientes, a doença segue um curso recidivante e
remitente
d) Situações de gravidade no LES como glomerulonefrite, anemia hemolítica,
miocardite, hemorragia alveolar, envolvimento do sistema nervoso central e
trombocitopenia grave requerem tratamento com corticosteróides em altas
doses por longos períodos, de meses
e) Nos últimos anos, a aterosclerose acelerada associada à inflamação crônica
tornou-se uma das principais causas de morte
Gabarito: E
Comentário: Alternativas a) e b): Segundo os critérios mais atualizados, para
diagnosticar um paciente com LES ele precisa OBRIGATORIAMENTE ter o FAN
positivo, associado a pelo menos 10 pontos. Cada item de cada domínio pontua de
forma diferente, então o que vale é o somatório dos pontos e não a presença de “n”
critérios.
Alternativa C: o curso recidivante e remitente acomete uma quantidade significativa
dos pacientes, não pequena. Alternativa D: nesses casos citados, os corticosteróides
devem ser utilizados em altas doses em um CURTO período de tempo.
88. (CERMAN 2022) B.V.S., 20 anos de idade, evoluindo há 3 meses com artralgia
inflamatória e artrite não-erosiva em interfalangeanas e punhos, presença de rash
malar associado a fotossensibilidade e úlceras orais. Tem anticorpo antinuclear (FAN)
1:160 nuclear homogêneo. Não apresenta comprometimento de outros órgãos no
momento. Diante deste quadro, NÃO está indicado o uso de:
a) Hidroxicloroquina
b) Ciclofosfamida
c) Prednisona
d) Metotrexato
Gabarito: B
Comentários: Ciclofosfamida é um imunossupressor poupador de corticóide reservado
para as manifestações mais severas do lúpus (como em caso de nefrite lúpica classe
IV). Em um caso tão brando da doença, não é indicado já fazer uso desse
medicamento. Alternativa a): Hidroxicloroquina é indicada em todas as fases da
doença, principalmente para controlar a artralgia. Alternativa c): Corticóides costumam
ser boas pedidas para o tratamento de LES, especialmente em caso de artrite
refratária à hidroxicloroquina e aos anti-inflamatórios. Alternativa d): Metotrexato é2022
HCG
89. ( 2022 HCG ) Qual exame é o mais específico para diagnóstico de lúpus
eritematoso sistêmico?
A) Anti-Sm.
B) Anti-La.
C) FAN.
D) Anti-RNP. a pedida em caso de artrite refratária ao corticoide.

Comentários: Gabarito A. Embora seja detectado em apenas 30% dos indivíduos, o


anti-Sm é o anticorpo mais específico do LES. Em segundo lugar, temos o anti-DNA,
encontrado em cerca de 70%. O anti-La (10-20%) e o anti-Ro (30%) podem indicar a
presença de síndrome de Sjögren associada. Além disso, ambos têm correlação
negativa com a nefrite. Já o anti-RNP (40%) se relaciona também com a doença mista
do tecido conjuntivo. Já o FAN, que não é um anticorpo específico, mas sim um teste
que serve para detectar outros autoanticorpos, é, atualmente, critério obrigatório para o
diagnóstico da doença, embora seja pouquíssimo específico. Resposta: anti-Sm

90. (2022 HNSC) Em relação ao Lúpus Eritematoso Sistêmico, o marcador útil para o
diagnóstico, acompanhamento e prognóstico da doença, estando presente em 60 a
80% dos pacientes com o diagnóstico da doença e com relação com comprometimento
renal é:

A) Anti-DNA.
B) Anti-SSA.
C) Anti-SSB.
D) Anti-SM.

Comentários: Gabarito A. O anti-DNA é o autoanticorpo classicamente relacionado ao


acometimento renal pelo lúpus; se faz presente em cerca de 70% dos casos. Além
disso, seus níveis acompanham a atividade de doença e é considerado o segundo
mais específico, ficando atrás do anti-Sm, encontrado em 30% dos indivíduos. O
anti-SSB (anti-La) e o anti-SSA (anti-Ro), detectados em 20 e 30% dos lúpicos,
respectivamente, também se fazem presentes na síndrome de Sjögren.

91. (SCMRP) Mulher, 26 anos, refere dor, edema e rigidez matinal, maior que uma
hora, em mãos, punhos, ombros e joelhos, há aproximadamente dois meses. Relata
ainda sono não reparador, fadiga e alguns episódios de elevação da temperatura axilar,
entre 37,0 e 37,8 o C. Exame físico: bom estado geral, temperatura axilar = 37,5 °C;
presença de edema, calor e dor em cotovelos, punhos, segunda a quarta articulações
metacarpofalangeanas bilateralmente, joelhos e tornozelos; pontos dolorosos (tender
points): 14/18. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável.

A) Fibromialgia
B) Espondiloartrite não axial
C) Artrite séptica
D) Depressão maior
E) Lúpus Eritematoso Sistêmico

GABARITO: E
COMENTÁRIO:
Alternativa A - Incorreta: Como dito acima, para o diagnóstico de fibromialgia
precisaríamos da presença dos sintomas há pelo menos 3 meses
Alternativa B - Incorreta: Chamada espondiloartrite periférica, refere-se a um grupo de
doenças com algumas características clínicas, como principalmente: artrite periférica,
entesite e / ou dactilite. O diagnóstico é feito com o achado dessa clínica e após excluir
outras possibilidades diagnósticas. Nossa paciente possui outros comemorativos além
da artrite que não nos faz pensar em um espondilartrite periférica como primeira opção
Alternativa C - Incorreta: A artrite séptica pode ser do tipo gonocócica e
não-gonocócica, o quadro clínico da primeira se inicia com uma poliartralgia/poliartrite
associada à dermatite, seguida pela monoartrite. Já a segunda começa diretamente
com a monoartrite (joelho, quadril, tornozelo e punho são as mais atingidas) e sinais
sistêmicos. Nossa paciente não parece atender muito a esse quadro
Alternativa D - Incorreta: A depressão maior se caracteriza por humor deprimido ou
diminuição do prazer e mais 4 outros sintomas como perda de peso, fadiga, insônia,
sentimento de inutilidade, entre outros, por pelo menos 2 semanas. Nossa paciente
não relatou seu estado de humor ou prazer, não podendo ser feito esse diagnóstico no
momento
Alternativa E - Correta: Até por exclusão acabaríamos ficando com o LES como
diagnóstico mais provável para nossa paciente, devendo ser solicitado exames
laboratoriais para confirmação do quadro

92. (SMS-PR) O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que acomete
diversos órgãos e sistemas e em alguns casos, pode ter um prognóstico reservado,
dependendo da agressividade da doença. Para seu diagnóstico, são utilizados alguns
critérios, sendo um deles a presença de alguns possíveis anticorpos. Cada um desses
anticorpos se relaciona de forma mais importante com um padrão de evolução da
doença ou de acometimento de alguns órgãos. Com relação aos anticorpos que podem
estar presentes no lúpus, relacione o anticorpo com a evolução ou acometimento a que
está mais frequentemente relacionado:
A. Anti-DNA
B. Anti-Sm
C. Anti-Ro
D. Anticorpo anticardiolipina
E. Anti-histona.
( ) anticorpo mais específico para lúpus.
( ) comum no lúpus induzido por drogas.
( ) associação com acometimento renal (nefrite lúpica).
( ) associação com bloqueio atrioventricular total (BAVT) congênito.
( ) associação com a síndrome antifosfolipídica.

A sequência que preenche corretamente as colunas é:


a) A - E - B - C - D
b) A - C - B - E - D
c) B - D - A - C - E
d) B - A - E - D - C
e) B - E - A - C - D

GABARITO LETRA E
COMENTÁRIO:

logo, a sequência mais adequada é a da letra E

93. (IAMSPE 2021) - Uma paciente gestante com vinte semanas apresentou exame
anti-Ro positivo (repetido e confirmado). com base nessa situação hipotética, é correto
afirmar que a conduta mais adequada será:
a) realizar ecocardiografia fetal imediatamente
b) realizar ecocardiograma fetal se a gestante apresentar evidência de atividade de
doença reumatológica
c) realizar a anticoagulação plena
d) acompanhar clinicamente a gestante, pois o risco de bloqueio cardíaco
congênito está relacionado ao anticorpo antinucleossomo
e) administrar dexametasona imediatamente, pelo risco de bloqueio cardíaco
congênito
GAB - A
COMENTÁRIO:
O anti-Ro, também chamado de Anti-SSA ou Anti-SS-A é um autoanticorpo presente
em doenças como síndrome de Sjögre (até 90%), lúpus eritematoso sistêmico e artrite
reumatoide. Sua preseça na gestação está associada a maior risco de lúpus neonatal,
aborto e parto prematuro. Assim o ecocardiograma se faz necessário para o
diagnóstico de bloqueio cardíaco e outras más formações que podem ser ocasionadas
pelo quadro. A) certa. B) A simples presença do Anti-Ro já necessita da realização do
ecocardiograma. C) Não está indicado. D) O risco de bloqueio cardíaco está associado
ao Anti-Ro. E) Dexametasona não está indicada

94. (AMRIGS 2019) O diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico é baseado em


critérios clínicos e autoanticorpos característicos. Em relação às manifestações
clínicas, assinale a alternativa correta:
a) as deformidades articulares se manifestam em mais de 70% dos casos
b) a manifestação cardíaca mais frequente é a miocardite
c) a neuropatia periférica não é critério diagnóstico
d) a neurite óptica pode evoluir para cegueira

GAB: D
COMENTÁRIO
A) INCORRETA - Não são comuns. Aparecem em apenas 10%
B) INCORRETA - A pericardite que é a mais frequente manifestação cardiaca
C) INCORRETA - A neurite periférica/craniana é um dos possíveis critérios
diagnósticos neurológicos
D) CORRETA - Neurite óptica e retrobulbar, vasculite retiniana, e/ou coroide são
considerados graves e de mau prognósticos - pode ocorrer perda visual súbita,
deslocamentos retinianos serosos e atrofia óptica

95. (USP-SP) Uma gestante de 32 anos de idade, secundigesta e primípara, vem para
a primeira consulta de pré-natal com 8 semanas e 2 dias de gestação. Está
preocupada pois tem lúpus eritematoso sistêmico com acometimento cutâneo, articular
e hematológico. Refere última crise há 7 meses e está em uso de hidroxicloroquina 400
mg e prednisona 10 mg por dia. Qual é a orientação com relação ao uso de
hidroxicloroquina e prednisona na fase inicial da gestação?
A) Deve manter ambas as medicações
B) Deve suspender hidroxicloroquina
C) Deve suspender os dois medicamentos
D) Deve suspender a prednisona
Gabarito: A
Comentário:
Segundo a FEBRASGO, o tratamento imunossupressor em mulheres grávidas com
lúpus em remissão não deve ser alterado. As drogas mais utilizadas são os
glicocorticoides e a hidroxicloroquina, que devem ser mantidos.
Alternativa A - Correta: Exatamente! A hidroxicloroquina e a prednisona devem ser
mantidos! Lembrando que a prednisona pode ser utilizada porque ela não ultrapassa a
barreira placentária. Portanto, o gabarito é alternativa A.
Alternativas B, C e D - Incorretas.

96. (UNAERP-2022) Adolescente com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico será


submetido a pulsoterapia com metilprednisolona. Deve receber albendazol, 400
mg/dia, por 3 dias, antes de instituída a terapia imunossupressora, para prevenir
complicações por
A) Necator americanus.
B) Ascaris lumbricoides.
C) Taenia solium.
D) Entamoeba coli.
E) Strongyloides stercoralis.
Gabarito: A
Comentário da questão:

Alternativa A - Correta: Isso. Como o paciente será submetido a um estado de


imunossupressão, é realizado anti-helmíntico profilático para prevenir infecção,
superinfecção ou complicações por estrongiloidíase, sendo o *Strongyloides
stercoralis* o mais associado a esses casos.
Alternativas B, C, D e E - Incorretas: Todos esses podem parasitar o sistema
gastrointestinal. No entanto, o que mais frequentemente acomete os pacientes e causa
complicações por superinfecção em estados de imunossupressão é a estrongiloidíase.

- Polimiosite
97. (CERMAM - AM – 2011) Paciente feminino, 20 anos, apresentando fraqueza
muscular proximal, astenia e mialgia profundas, com histopatologia de biópsia
muscular com infiltrado linfomonocitário endomisial, necrose de fibras musculares, tem
diagnóstico mais provável de:
A ) Polimiosite.
B ) Dermatopolimiosite.
C ) Fibromialgia.
D ) Hipotireoidismo.
E ) Osteoartrite.
Gabarito: A
Comentário: o quadro clínico aqui foi bem genérico, temos uma paciente com fraqueza
muscular, astenia e mialgia. Porém a banca fornece um dado interessante! Traz a
biópsia muscular da paciente mostrando infiltrado linfomonocitário endomisial, necrose
de fibras musculares, além disso, Temos infiltrado linfocítico endomisial com células T
CD8+ e macrófagos na miofibrila, infiltrado inflamatório heterogêneo, aqui a
vasculatura é poupada relativamente. A alternativa “B” está incorreta, o achado da
biópsia aqui mostra infiltrado linfocítico perifascicular/perivascular, atrofia perifascicular
é bem marcante nesta doença, pode haver deposição de complemento em capilares
endomisiais, podem estar presentes linfócitos T CD4+. A alternativa “C” está incorreta,
fibromialgia é caracterizada por distúrbios do sono, fadiga, dor generalizada no corpo,
porém aqui temos um achado muito específico que exclui o diagnóstico, que seria a
biópsia muscular alterada. A alternativa “D” está incorreta, pessoal, o hipotireoidismo
assim como outros distúrbios da tireoide entra como diagnóstico diferencial, uma vez
que podem realmente causar quadros de miopatia, porém a questão não deixar dúvida
quando coloca a biópsia muscular com infiltrado inflamatório endomisial e necrose de
fibras musculares. A alternativa “E” está incorreta, osteoartrite não cursa com miosite e
muito menos com alteração de biópsia de fibra muscular. O quadro clínico é de dor
articular de características mecânicas.

98. (SP - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – HIAE- 2012). Com relação a
polimiosite-dermatomiosite a manifestação clínica mais comum é:
A) Dor muscular difusa que evolui com fraqueza generalizada, geralmente
simétrica
B) Fraqueza muscular distal, com evolução proximal rápida e assimétrica
C) Fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva
D) Dor e fraqueza muscular assimétrica de instalação aguda
E) Fraqueza muscular distal, difusa e de instalação rápida
Gabarito: C
Comentário: A dermatomiosite e a polimiosite são miopatias autoimunes sistêmicas
que cursam, tipicamente, com acometimento inflamatório da musculatura estriada,
cursando com fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva. A alternativa “a”
está incorreta porque a polimiosite e dermatomiosite não costumam causar dor
muscular e a fraqueza presente nessas miopatias é tipicamente de preodomínio
proximal. A alternativa “B” está incorreta porque a fraqueza típica dessas miopatias é
proximal, simétrica, de início insidioso e progressiva. Isso não significa que músculos
distais não sejam afetados, predominam os sintomas decorrentes do envolvimento de
musculatura proximal. A alternativa “D” está incorreta porque, conforme já dito nas
alternativas anteriores, dor não é comum e a fraqueza é de predomínio proximal e de
instalação insidiosa. A alternativa “E” está incorreta porque a fraqueza característica
dessas miopatias tem características totalmente opostas às descritas, conforme
discutido anteriormente.
99. (HMAR 2018) As miopatias inflamatórias são um grupo heterogêneo de doenças
que se caracterizam por fraqueza muscular proximal e elevação sérica de enzimas
originadas da musculatura esquelética. Sendo INCORRETO que:
a) são reconhecidos cinco subtipos de doença: polimiosite primária idiopática (PM),
dermatomiosite primária idiopática (DM), PM ou DM associada à neoplasia, PM
ou DM juvenil e PM ou DM associada a outras doenças do colágeno.
b) na PM/DM, a principal manifestação é a fraqueza proximal e simétrica de
cinturas escapular e pélvica e de musculatura cervical.
c) dependendo do grau da perda de força, o paciente pode manifestar desde
fadiga e intolerância ao exercício até marcha cambaleante e dificuldade para
subir escadas.
d) a evolução tende a ser gradual e progressiva. A grande maioria dos pacientes
podem apresentar mialgia associada.

gabarito comentado:

A alternativa “a” está correta, pessoal, a banca deu como certa esta alternativa, mas
iremos fazer um adendo. Atualmente o termo correto para designar este grupo de doenças
seria miopatias autoimunes sistêmicas e podemos incluir a polimiosite, dermatomiosite,
síndrome antissintetase, miosite por corpúsculo de inclusão e miopatia necrosante
imunomediada. Além disso o termo miopatia inflamatória seria inadequado, porque não iria
abranger a forma necrosante imunomediada.
A alternativa “b” está correta, aqui o que não podemos esquecer é deste padrão proximal e
simétrico na polimiosite e dermatomiosite, enquanto na miopatia por corpúsculo de inclusão
podemos ter um padrão mais distal e assimétrico de acometimento de fraqueza.
A alternativa “c” está correta, dependendo da gravidade pode inclusive apresentar disfagia,
disfonia e evolução para insuficiência respiratória.
A alternativa “d” está incorreta, pois a evolução geralmente é aguda ou subaguda e a
progressão leva de semanas a meses, com exceção da miopatia por corpúsculo de
inclusão que evolui muito lentamente ao longo de anos.

100. (HU-UFPI 2018) Diante da ocasião do diagnóstico das miopatias inflamatórias, é


considerado fator de mau prognóstico:
a) Início precoce.
b) Presença do autoanticorpo anti-Mi2.
c) Mãos de mecânico.
d) Presença de vasculites cutâneas.
e) Pápulas de Gottron.

gabarito comentado:

Questão simples que versa sobre fatores de mau prognóstico nas miopatias
inflamatórias. Vamos à lista destes fatores:
● Idade tardia na ocasião do diagnóstico;
● Acometimento cardíaco;
● Acometimento pulmonar;
● História pessoal ou familiar de neoplasia;
● Paciente acamado;
● Fraqueza proximal e distal dos membros;
● Presença de anticorpos antissintetase;
● Presença de vasculite cutânea;
● Presença de calcinose;
● Disfagia grave;
gabarito letra d

101. (VUNESP - PM SP - 2012) Às miopatias, que mimetizam polimiosites, podem ser


desencadeadas por
A) atenolol, isoniazida e sinvastatina.
B) colchicina, tetraciclina e infliximabe.
C) corticoides, metotrexato e furosemida.
D) quinolona, heparina e ciclofosfamida.
E) AZT, clofibrato, cloroquina.

GABARITO: A
COMENTÁRIO:
B. Incorreta. Colchicina, tetraciclina e infliximabe não são comumente associados a
miopatias que mimetizam polimiosites.
C. Incorreta. Corticoides e metotrexato podem ser usados no tratamento de algumas
condições reumatológicas, incluindo polimiosite, mas não costumam desencadear
miopatias.
D. Incorreta. Quinolona, heparina e ciclofosfamida não são geralmente associadas ao
desencadeamento de miopatias que mimetizam polimiosites.
E. Incorreta. AZT (zidovudina), clofibrato e cloroquina não são frequentemente
associados a miopatias mimetizando polimiosites.
Portanto, a opção correta é a A, que inclui medicamentos como a sinvastatina, que têm
sido associados a miopatias.

102. (IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Médico


Reumatologista) Sobre as miopatias inflamatórias Dermatomiosite (DM) e Polimiosite
(PM), assinale a alternativa incorreta.

A) Ambas apresentam quadro clínico semelhante, insidioso, com perda de força


proximal, elevação de enzimas musculares e eletroneuromiografia alterada
B) A biópsia muscular apresenta achados semelhantes, tanto na DM, quanto na PM, e
o quadro cutâneo e o perfil de anticorpos diferem as duas doenças
C) A síndrome anti-sintetase é um subtipo grave das miopatias inflamatórias,
relacionado ao anti-Jo-1, e pode estar relacionada tanto à DM quanto à PM
D) Idosos devem ser investigados para neoplasia a partir do diagnóstico, sendo a DM
mais associada a neoplasias que a PM
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
A. Correta. Ambas DM e PM apresentam um quadro clínico semelhante, com perda de
força proximal, elevação de enzimas musculares e eletroneuromiografia alterada.
B. Incorreta. Na realidade, as biópsias musculares de pacientes com DM e PM podem
apresentar diferenças nos achados histopatológicos. Na Dermatomiosite (DM), os
principais achados histológicos incluem infiltrado inflamatório perivascular, atrofia de
fibras musculares e degeneração de fibras musculares com fagocitose de material
necrótico por macrófagos. Além disso, a DM pode apresentar alterações específicas da
pele.
Na Polimiosite (PM), os achados característicos incluem infiltrado inflamatório em
feixes musculares, com predomínio nos músculos proximais, e necrose de fibras
musculares. A PM geralmente não está associada a manifestações cutâneas típicas da
DM.
C. Correta. A síndrome anti-sintetase, relacionada ao anti-Jo-1, pode estar associada
tanto à DM quanto à PM e é considerada um subtipo grave das miopatias inflamatórias.
D. Correta. Idosos com DM e PM devem ser investigados para neoplasia, sendo a DM
mais associada a neoplasias do que a PM.

DERMATOMIOSITE
103. (USP-RP - SP - 2017)
B.S.S., menino, 6 anos de idade, apresenta-se com história de perda de força muscular
simétrica e proximal há 4 semanas. Há 2 semanas, apareceram lesões
maculopapulares eritematosas em superfícies extensoras das articulações
metacarpofalangeanas. Qual o diagnóstico provável?
A ) Distrofia muscular de Becker.
B ) Dermatomiosite juvenil.
C ) Polimiosite.
D ) Distrofia muscular de Duchenne.
Gabarito: letra B
COMENTÁRIO:
As lesões descritas são características da dermatomiosite que são as pápulas de
gottron (lesões eritematosas maculopapulares nas superfícies extensoras das
articulações metacarpofalangeanas). Resposta correta é a letra B.

104. (USP RP - 2017)


B.T.S., mulher de 32 anos de idade, apresenta há 3 meses as lesões a seguir:
heliotropo e sinal de Gottron. Queixa-se também de fraqueza muscular e disfagia. No
exame clínico, apresenta força muscular grau IV proximal em membros superiores e
inferiores, além das lesões apresentadas. O restante do exame clínico está sem
alterações. A principal hipótese diagnóstica é:
a) Esclerodermia.
b) Dermatomiosite.
c) Lúpus eritematoso sistêmico.
d) Granulomatose de Wegener.
Gabarito: Letra B
COMENTÁRIO:
Questão que nos traz uma paciente com presença de heliotropo e sinal de Gottron no
exame de imagem, fazendo com que nossa hipótese diagnóstica seja Dermatomiosite.
Alternativa correta, letra B.

105. (H.U. BETTINA FERRO DE SOUZA/JOÃO BARROS BARRETO - HUBFS/HUJBB


2019 PA) Assinale o(os) exame(s) que fornece(m) o diagnóstico de certeza de
dermatomiosite.
A) Biópsia muscular.
B) Exame histopatológico de pele.
C) Ressonância nuclear magnética.
D) Eletromiografia.
E) CPK & aldolase.
Comentário: Gabarito letra A - O resultado de certeza é obtido por meio da biópsia de
músculo, como já dissemos; não confunda com o histopatológico da pele. O
histopatológico de pele demonstra dermatite de interface, hiperqueratose, acantose,
atrofia epidérmica, infiltrado perivascular de linfócitos, edema dérmico e depósito de
mucina. Todas essas alterações também podem ser vistas no LES, por isso o
histopatológico não serve como exame de certeza. Já na biópsia teremos infiltrado
linfocítico perifascicular/perivascular; atrofia perifascicular (que é bem marcante nessa
doença); pode haver deposição de complemento em capilares endomisiais e podem
estar presentes linfócitos T CD4+. Nosso gabarito é a alternativa A. Todos os outros
exames podem auxiliar, como já vimos, porém não são capazes de fornecer o
diagnóstico de certeza.

106. HOSPITAL ESTADUAL DIRCEU ARCOVERDE -PI 2020) O sinal ou pápulas de


Gottron e poiquilodermia são sinais cutâneos de:
A) dermatomiosite.
B) lúpus eritematoso sistêmico.
C) tuberculose.
D) HIV.
E) cirrose hepática.
Comentário: Gabarito letra A - Os dois sinais mais clássicos e ditos patognomônicos
da doença são as pápulas de Gottron e o heliótropo.
107. (HCB-RO 2020) Das alternativas abaixo, qual apresenta critérios para diagnóstico
de dermatomiosite juvenil?
A) Fraqueza muscular distal e rash malarAumento de enzimas
B) Calcinose, vasculite abdominal
C) Miocardite, heliótripo
D) Aumento de enzimas (CPK, TGO, DHL, sinal de Gottroon)
Gabarito D
As manifestações clínicas da dermatopolimiosite juvenil. A dermatopolimiosite é uma
miopatia inflamatória idiopática. Ela tem como característica o desenvolvimento
inexplicado de um processo inflamatório não supurativo na musculatura esquelética,
que se manifesta clinicamente por fraqueza muscular.A doença predomina em
mulheres e apresenta uma distribuição bimodal, com o primeiro pico de incidência
entre 7-15 anos (principalmente dermatomiosite), e o segundo, entre 30-50
anos.Manifestações clínicas: a distribuição da fraqueza é simétrica e proximal,
acometendo músculos da cintura escapular e pélvica e progredindo para a musculatura
proximal dos membros.Além disso, os pacientes apresentam disfagia e disfonia. Um
dos tópicos mais cobrados pelas questões é o acometimento dermatológico, com
algumas manifestações típicas: pápulas de gottron, heliotropo, hemorragias das
cutículas, erupções eritematosas em face (rash malar envolvendo região nasolabial,
queixo e ponte nasal).Dessa forma, o gabarito é a letra D!

108. (HMDI 2020) A alternativa que não corresponde aos sinais ou sintomas presentes
na dermatopolimiosite é:
A) Fraqueza muscular assimétrica e distal
B) Heliotropo
C) Pápulas de Gottron
D) Rash malar
Gabarito A
Saber que a dermatomiosite se apresenta com fraqueza muscular proximal e simétrica,
podendo-se achar pápulas de gottron, heliotropo e achados cutâneos. Pessoal,
questão conceitual sobre dermatomiosite que se torna fácil para quem sabe! Vamos lá
aprender...A dermatomiosite é uma miopatia inflamatória idiopática que se apresenta
com fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva. Além de desenvolver
achados cutâneos que podem aparecer isoladamente e persistir após o
tratamento.Podem ficar felizes porque é uma doença com achados patognomônicos!
Estes são as pápulas de Gottron e erupção do heliotrópio, além de poderem vir
associadas a áreas pruriginosas de eritema violáceo em couro cabeludo, face, tronco e
extremidades superiores.

109. (RJ - FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS - FMP - UNIFASE


2011) Paciente de 32 anos, masculino, relata o aparecimento de fraqueza muscular
proximal, com diCculdade para subir escadas e elevar os braços, rash cutâneo
eritematovioláceo em região periorbital, além de manchas violáceas nas superfícies
extensoras das articulações metacarpofalangianas e interfalangianas proximais e
distais, com evolução há 2 meses, piora progressiva, seguida de disfagia, disfonia e
dispneia de repouso. Os exames que confirmam o diagnóstico neste caso são:

a. Fator antinuclear positivo; anticorpo anti-Jo-1; anticorpo anti-Mi-2.


b. Fator antinuclear positivo padrão salpicado; anticorpo anticentrômero, anticorpo
anti-SCL.C
c. Fator antinuclear positivo padrão periférico; anticorpo anti-DNA, anticorpo
anti-SM.

d. Fator antinuclear positivo; fator reumatoide positivo; anticorpo anti-RNP.

A alternativa “a” está correta, o anti Jo 1 está presente em 30% dos casos miopatias
inflamatórias e faz correlação com doença pulmonar intersticial, artrite, fenômeno de
Raynaud, relacionado a FAN positivo em padrão citoplasmático em 50% a 80% dos
casos. O anti Mi2 ocorre em 20% das dermatomiosite e está relacionado a quadro de
doença cutânea fulminante, porém com boa resposta ao tratamento e menor risco de
malignidade
.A alternativa “b” está incorreta, exames específicos de esclerose sistêmica, em
miopatias não são positivos estes anticorpos, a não ser que seja overlap com
esclerodermia.
A alternativa “c” está incorreta, anti Sm e anti DNA são anticorpos relacionados ao
LES, sendo o anti Sm bastante específico para o diagnóstico e o anti DNA sensível.
A alternativa “d” está correta, anti RNP está relacionado à doença mista do tecido
conjuntivo e fator reumatoide não apresenta especificidade para miopatias.

110. Paciente feminina de 48 anos, natural de Cascavel, apresenta previamente


quadro de HAS e DM tipo 2, atualmente bem controlada com enalapril e metformina.
Há 3 meses começou a apresentar astenia e artralgia de articulações das mãos,
associado à edema, eritema e descamação, moderadamente pruriginoso em face,
região do decote e membros superiores. Notamos também eritema violáceo em região
de pálpebras. Apresentava por fim lesões papulares em dorso de articulações
interfalangeanas e cotovelos, além de telangiectasias em unhas. Sobre a sua hipótese
diagnostica, é correto afirmar que:

a. especialmente em idades mais avançadas pode ter origem paraneoplásica.

b. é muito comum levar a acometimento mucoso.

c. provavelmente haverá melhora do quadro com a substituição dos fármacos de


uso contínuo.
d. costuma haver importante elevação de TGO e TGP neste caso.

e. o exame padrão-ouro para o diagnóstico desta patologia seria o histopatológico


de pele.

A alternativa “a” está correta, a associação com neoplasia ocorre na dermatomiosite,


apresenta risco aumentado cerca de 3 a 12X, as neoplasias associadas mais comuns
são: ovário, trato gastrointestinal, pulmão, mama e linfoma.

A alternativa “b” está incorreta porque o envolvimento de mucosas não é característico


dessa miopatia.

A alternativa “c” está incorreta porque a dermatomiosite não está associada a


medicamentos. É uma doença de caráter autoimune que pode ocorrer isoladamente ou
em associação a neoplasias.
A alternativa “d” está incorreta porque, conforme discutido acima, essa paciente não
apresenta queixas musculares, logo não esperamos elevação significativa de enzimas
musculares, como creatinofosfoquinase (CPK), aldolase e transaminases.
A alternativa “e” está incorreta porque, apesar do achado de dermatite de interface e
perivascular superficial ser sugestivo, este mesmo padrão não é patognomônico e
pode estar presente em outras condições, como lúpus eritematoso sistêmico.

- Doenças do tecido conjuntivo


111. (SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS 2018) Mulher de 49 anos,
apresenta poliartrite crônica, fenômeno de Raynaud, fotossensibilidade, esclerodactilia
e miosite. Os exames laboratoriais mostram: hemograma com anemia e leucopenia;
VHS aumentada; FAN = padrão nuclear pontilhado grosso (> 1/640); anti-DNA
negativo; anti-Sm/Ro/La = negativos; anti-RNP positivo e em títulos altos; C3 e C4
normais; EAS com leucocitúria, apenas. A principal hipótese diagnóstica para essa
paciente é:
A) lúpus eritematoso sistêmico.
B) esclerose sistêmica.
C) artrite reumatoide.
D) doença mista do tecido conjuntivo.

COMENTÁRIO:
Alternativa D: Achados de lúpus, esclerose sistêmica e polimiosite, associados a um
FAN pontilhado grosso com anti-RNP positivo. Tais achados são clássicos de DMTC e
indicaria este diagnóstico em detrimento dos outros.

112. (UESPI 2022) DCV, 34 anos, branca, com febre, astenia e emagrecimento há 8
meses. Nesse período esteve em tratamento com neurologista para crises agudas de
dor intensa na região lateral da face direita. Refere fenômeno de Raynaud há cerca de
1 ano, tosse seca e dispneia há 2 meses, com piora progressiva. Ao exame, edema de
quirodáctilos, estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente e força
proximal simétrica grau3 em membros superiores e inferiores. Exames
complementares: FAN 1:640 nuclear pontilhado grosso, VHS 77mm (VR < 15), CPK
568 U/L (N: < 180). Qual o diagnóstico mais provável?
a) Miosite por corpúsculo de inclusão
b) Lúpus Eritematoso Sistêmico
c) Esclerose sistêmica
d) Doença mista do tecido conjuntivo
e) Polimiosite
Gabarito: D
Comentário: Para o diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é quase
obrigatória a presença do anticorpo Anti-RNP. Na verdade, essa informação está nas
entrelinhas, visto que o Anti-RNP é um dos tipos de padrão nuclear pontilhado grosso,
junto ao anti-Sm.A DMTC é uma doença autoimune rara que envolve sintomas e
achados clínicos de várias doenças autoimunes do tecido conjuntivo, incluindo lupus
eritematoso sistêmico, esclerodermia e polimiosite. A presença de edema de
quirodáctilos, fenômeno de Raynaud, fraqueza muscular, elevação do FAN com padrão
pontilhado grosso e elevação da CPK são achados da doença.Vamos ver as outras
alternativas, que são excluídas por pequenos detalhes:A) Miosite por Corpúsculo de
inclusão.O padrão de fraqueza apresentado é distal.B) Lúpus eritematoso
sistêmico.LES não costuma cursar com fraqueza muscular e elevação de CPK, e
faltam sintomas mais característicos como o eritema malar ou nefrite lúpica.C)
Esclerose sistêmica.Não cursa com fraqueza muscular e o padrão mais comum de
acometimento pulmonar é de fibrose, que não apresentaria estertores crepitantes.E)
Polimiosite.Embora o padrão de perda de força também seja proximal, a disfagia é um
sintoma importante, e os anticorpos característicos são anti-jo e antisintetase.

113. (HCMT 2022) Considerando os autoanticorpos e marcadores reumáticos, o painel


que mais caracteriza a Doença Mista do Tecido Conjuntivo é:
A) Fator reumatoide positivo, anti SSA presente, anti SSB presente
B) FAN positivo, anti SM presente, anti RPN presente
C) FAN positivo, Fator reumatoide presente, anti RPN presente
D) FAN positivo, anti SCL presente, anti RNA polimerase I,II e III
Gabarito: C
Comentário: Saber que FAN positivo, fator reumatoide e anti-RNP são autoanticorpos
encontrados na doença mista do tecido conjuntivo. A doença mista do tecido conjuntivo
(DMTC) engloba uma mistura de doenças reumatológicas, como artrite reumatoide,
LES, esclerodermia e polimiosite.
É caracterizada por:- Alterações inespecíficas, como mal-estar geral, artralgias,
mialgias e febre baixa.- Uma pista específica de que esses sintomas são causados por
uma doença do tecido conjuntivo é a descoberta de um anticorpo antinuclear positivo
(FAN), associado ao fenômeno Raynaud.- Normalmente apresenta altos títulos de
anticorpo antinuclear circulante a um antígeno ribonucleoproteico (anti-RNP). Pode
apresentar também fator reumatoide (FR) positivo.*Algo a mais:* confira outros
marcadores e suas associações mais comuns.
- Fator reumatoide: pode estar presente em diversas condições, como na artrite
reumatoide, no LES etc.
- Anti-SM: anticorpo mais específico associado ao LES.
- Anti-SCL 70: normalmente associado à esclerose sistêmica.
- Anti-SSA (Ro) e anti-SSB (La): normalmente associado à síndrome de Sjogren.
- Anti RNA polimerase I, II, III: normalmente associados à esclerose sistêmica.

114. (HOSPITAL MATERNO-INFANTIL DR JESER AMARANTE FARIA SC 2013) Com


relação à síndrome de Sjögren, marque a incorreta:
A) Existem duas formas, se associadas ou não a doenças do tecido conjuntivo: a
primária e a secundária.
B) É mais frequente nas mulheres e quase ausente em crianças.
C) Caracteriza-se pela destruição de glândulas endócrinas por mecanismos imunes.
D) Vasculite, tireoidite de Hashimoto, poliartralgia, xerose, fadiga são manifestações
extraglandulares que podem estar presentes.
Gabarito: C
COMENTÁRIO:
Correta a alternativa A, porque a síndrome de Sjögren (SSj) pode ocorrer de forma
isolada (dita primária) ou associada a outras doenças do tecido conjuntivo, em especial
lúpus eritematoso sistêmico (LES) e artrite reumatoide (AR). De modo geral, em sua
forma secundária, costumamos encontrar apenas os sintomas secos, com as demais
manifestações sendo mais características da forma primária.
Correta a alternativa B, porque a SS é típica de mulheres dos 30 aos 50 anos, afetando
o sexo feminino em uma proporção de 13 casos para cada homem acometido. Além
disso, é rara na infância.
Incorreta a alternativa C, porque a SS é caracterizada por infiltração linfocitária,
levando à síndrome seca, por acometimento glandular exócrino.
Correta a alternativa D, pq esses são acometimentos sistêmicos e extraglandulares da
SS.

DOENÇAS DO TECIDO CONJUNTIVO


115. (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS – UEVA 2020) A doença mista do
tecido conjuntivo afirma-se que:

A) não há tratamento padrão, sendo adaptável conforme as manifestações clínicas


mais prevalentes.
B) a presença de anticorpos anti-RNP e anti-dsDNA são obrigatórios para a
confirmação diagnóstica.
C) inicialmente descrita como doença grave, hoje é doença de curso indolente e
prognóstico melhor.
D) a sua prevalência seja maior do que lúpus e esclerose sistêmica, acometendo
preferencialmente mulheres.

Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Incorreta a alternativa D, porque, de fato, a DMTC acomete mais frequentemente
mulheres, mas é considerada uma doença do tecido conjuntivo rara e menos frequente
que as demais, como LES e esclerose sistêmica.
Incorreta a alternativa B, porque o marco laboratorial da DMTC, e critério obrigatório
para seu diagnóstico, é a presença do anti-RNP. O anti-dsDNA (DNA dupla hélice) é
um autoanticorpo altamente específico de LES, não esperado na DMTC.
Incorreta a alternativa C: porque o prognóstico da DMTC varia de acordo com as
manifestações clínicas apresentadas pelo paciente e pode se comportar como uma
doença leve e estável, mas também como uma condição extremamente grave e
ameaçadora à vida. Atualmente, a principal causa de óbito em pacientes com DMTC é
a hipertensão pulmonar.

Correta a alternativa A, porque o tratamento da DMTC depende das manifestações


clínicas apresentadas e também de sua gravidade. Como dissemos, não há estudos
controlados para padronizar conduta para DMTC. Enquanto um paciente com
acometimento de pele e artrite se beneficia de glicocorticoide, hidroxicloroquina ou
metotrexato, outro que apresente fibrose pulmonar extensa terá indicação de
imunossupressão mais potente com ciclofosfamida, por exemplo.

116. (CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG TO - UNIRG 2019) Analise o caso clínico


abaixo, e assinale a principal hipótese diagnóstica
“Paciente de 25 anos com história de “sensação de areia nos olhos”, fotofobia, prurido
e vermelhidão ocular, além de tosse seca irritativa e sinusite recorrente. Ao analisar o
hemograma, apresenta anemia com VCM aumentado. “
A)Síndrome de Sjögren;
B) Disfunção do nervo trigêmeo
C) Alcoolismo;
D) Conjuntivite alérgica;

Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Correta a alternativa A. veja como a banca cobrou alguns achados da (Síndrome de
Sjögren;) SS. O mais clássico foi o achado de sensação de areia nos olhos,
representando a secura ocular, além de vermelhidão ocular, que pode ocorrer devido à
irritação da secura. Tosse seca também pode estar presente por xerotraqueia e, por
fim, a banca termina com anemia megaloblástica, que ocorre por deficiência de
vitamina B12 devido à atrofia da mucosa gástrica que os pacientes com SS
apresentam.
Incorreta a alternativa B. Não é acometimento comum da SS, sendo mais comum na
doença mista do tecido conjuntivo.
Incorreta a alternativa C. O único achado compatível seria a anemia com VCM
aumentado, mas não seriam prováveis os demais sintomas.
Incorreta a alternativa D: Determina síndrome do olho vermelho geralmente
relacionada a um agente de contato, não justificaria os demais sintomas do nosso
paciente.

117. (UNIVERSIDADE DO RIO VERDE 2019) A doença mista do tecido conjuntivo se


caracteriza pela combinação de achados clínicos do lúpus eritematoso sistêmico,
artrite reumatoide, polimiosite e esclerodermia. O anticorpo que caracteriza essa
doença é o:

A) Anti-RNP-U1.
B) Anti-Ro/SS-A.
C) Anti-La/SS-B.
D) Anti-CCP (anticorpos contra peptídeos citrulinados cíclicos).
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Correta a alternativa A: A alternativa “a” está correta porque o anti-RNP é critério
obrigatório para o diagnóstico de DMTC e está presente em 100% dos pacientes,
gerando um padrão de FAN nuclear pontilhado grosso.
Incorreta a alternativa B: A alternativa “b”está incorreta porque o anti-Ro ou anti-SSA é
um autoanticorpo associado, classicamente, à síndrome de Sjögren, mas também
presente em diversas outras colagenoses, como no LES, mas sem relação com a
DMTC.
Incorreta a alternativa C: A alternativa “c” está incorreta porque o anti-La ou anti-SSB,
assim como o anti-Ro, é um anticorpo muito associado à síndrome de Sjögren,
presente também em outras colagenoses, mas sem relação com a DMTC.
Incorreta a alternativa D: A alternativa “d” está incorreta porque o anti-CCP é um
autoanticorpo muito específico de artrite reumatoide e sem relação com a DMTC.

118. (FUBOG – 2022) Sarcoidose é uma doença granulomatosa sistêmica de etiologia


desconhecida que acomete virtualmente todos os sistemas orgânicos, sendo o
acometimento pulmonar o mais comum. Caracteriza-se histopatologicamente pela
presença de granulomas não caseosos nos órgãos envolvidos. Quanto ao diagnóstico
de sarcoidoses, é CORRETO afirmar:
A) O diagnóstico de sarcoidose se baseia nos achados clínicos e radiológicos
sugestivos e na demonstração histopatológica de granulomas estéreis.
B) O mero encontro de granulomas é específico da sarcoidose e, na ausência de
dados clínicos e radiológicos compatíveis, estabelece-se o diagnóstico de sarcoidose.
C) A detecção de granuloma sempre dispensa pesquisa de causas infecciosas, por
meio do uso de colorações específicas e culturas.
D) O encontro de micobactérias ou fungos confirma a hipótese diagnóstica de
sarcoidose.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
Alternativa A - Correta: Isso. Achados clínicos, nódulos pulmonares ou na região dos
linfonodos torácicos e biópsia mostrando granuloma sem agentes infecciosos
evidentes.
Alternativa B - Incorreta: Não. Como vimos acima, é um diagnóstico de exclusão,
portanto, devemos excluir outras doenças pulmonares antes, como TB, histoplasmose,
neoplasia, aspergilose.
Alternativa C - Incorreta: É importantíssimo verificar se há agentes infecciosos, pois
isso é o que embasa o nosso diagnóstico.
Alternativa D - Incorreta: Pelo contrário. Deve levantar suspeita de outra doença como
principal hipótese diagnóstica.Portanto, o gabarito é a letra A!

119. (HC/HFPR -2022) Qual das doenças reumatológicas abaixo apresenta maior
associação com o fenômeno de Raynaud?
A) Artrite reumatoide.
B) Dermatomiosite.
C) Esclerose sistêmica.
D) Lúpus eritematoso sistêmico.
E) Síndrome de Sjögren.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
Alternativa A - Correta: Como visto acima, a primeira manifestação clínica na esclerose
sistêmica é o fenômeno de Raynaud, que ocorre em mais de 90% dos pacientes e
constitui um achado bastante importante para o diagnóstico precoce da doença.
Alternativa B - Incorreta: Como visto acima, o fenômeno de Raynaud pode estar
associado à dermatomiosite, mas apresenta maior associação com esclerose
sistêmica. Aqui, devemos lembrar das pápulas e sinal de Gottron (patognomônicos da
doença).
Alternativa C - Incorreta: O fenômeno de Raynaud pode estar associado à artrite
reumatoide (AR), mas apresenta maior associação com esclerose sistêmica. Os
sintomas mais comuns da AR são os da artrite em qualquer articulação do corpo,
sobretudo mãos e punhos.
Alternativa D - Incorreta: O fenômeno de Raynaud pode estar associado ao LES, mas
apresenta maior associação com esclerose sistêmica. As manifestações clínicas mais
frequentes são lesões de pele (80% dos casos). Lembrem-se da lesão em asa de
borboleta.
Alternativa E - Incorreta: Como visto acima, o fenômeno de Raynaud pode estar
associado ao Sjögren, mas apresenta maior associação com esclerose sistêmica.
Lembrem que é uma doença autoimune que se caracteriza principalmente pela
manifestação de olhos e boca secos (sicca, ou síndrome sicca).Portanto, o gabarito é a
letra A.

120. (UFMG)
A respeito de cervicalgia ou lombalgia, é INCORRETO afirmar que:
A) a maioria dos pacientes com cervicalgia ou lombalgia aguda tem doenças
musculares ou degenerativas as quais requerem tratamento específico.
B) dor referida na região lombar, de origem pélvica ou abdominal, não é afetada
pela posição da coluna.
C) cervicalgia ou lombalgia de natureza musculoesquelética tipicamente surge
após exercício não habitual; pode ocasionalmente ocorrer espontaneamente, com
frequência pela manhã ao despertar.
D) cervicalgia ou lombalgia de origem radicular tem distribuição no dermátomo
correspondente, mas pode ser sentida nos músculos inervados pela raiz afetada.

RESPOSTA: A
B -> correta A dor referida de órgãos internos para a região lombar tende a ser mais
profunda e latejante, e é difícil de apontar o local exato. Geralmente, não há piora com
o movimento, diferente da dor por doença musculoesquelética.
C -> correta A maioria dos pacientes apresenta a causa musculoesquelética para o
aparecimento dos sintomas, como uma contratura muscular e alteração de ligamento.
D -> correta As alterações sensitivas associadas à compressão radicular são a
irradiação da dor para o membro superior num dermátomo definido. Freqüentemente, o
doente refere parestesias no mesmo território. Ocasionalmente encontra-se
hipoestesia no território acometido.

121. (UFMG)
No que diz respeito à avaliação clínica da dor lombar é correto afirmar:
a) O enfoque é descartar doença sistêmica subjacente;
b) Identificar comprometimento neurológico que requeira avaliação cirúrgica;
c) Considerar a existência de fatores psicológicos ou sociais que possam
amplificar ou prolongar a dor;
d) a, b e c estão corretas.

RESPOSTA: D
A avaliação clínica da dor lombar deve enfocar três aspectos principais: – descartar
doença sistêmica subjacente; – identificar comprometimento neurológico que requeira
avaliação cirúrgica; – considerar a existência de fatores psicológicos ou sociais que
possam amplificar ou prolongar a dor.
Para a maioria dos pacientes, essas questões poderão ser respondidas após
anamnese e exame físico detalhados. Devido ao curso geralmente benigno da
lombalgia e ao fato de ser raramente atribuível a qualquer lesão anatômica específica,
efetuar uma busca exaustiva da causa em todos os pacientes seria frustrante e
dispendioso.
Na ausência de sinais de alerta, a abordagem diagnóstica inicial deve ser sempre
conservadora, dispensando a solicitação de exames complementares. A investigação
precoce com exames de imagem deve ser restringida aos pacientes com maior
probabilidade de doenças graves e raras.

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