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ORTOPEDIA
- ATLS
1. (ENARE 2021) Paciente em escala de coma de Glasgow nível 12, com abertura
ocular aos estímulos verbais e obedecendo a ordens em resposta motora, deve
apresentar qual das seguintes respostas verbais?
A) Palavras inapropriadas
B) Orientada e apropriada
C) Sons incompreensíveis
D) Ausente
E) Confusa
Gabarito: A
Comentário:
Gabarito: D
Comentário:
Em um acidente antes de qualquer coisa, é necessário avaliar a cena para afastar
possíveis causas de risco. A segurança do socorrista e da equipe deve ser preservada.
Deve-se sinalizar a rodovia da cena, afastar possíveis fios de alta tensão. Após garantir
a segurança da cena, é indicado o protocolo de atendimento segundo a ATLS
aplicando o ABCDE.
- PHTL
Gabarito: E
Comentário: No método START, as vítimas são classificadas pelo estado de gravidade
e cada categoria utiliza uma cor para fácil identificação no momento de evacuação e
transporte da cena.
● Vítimas vermelhas (prioridade 1): Lesões tratáveis com risco iminente à vida.
Dificuldade de respiração, sangramento não controlável, diminuição do nível de
consciência, sinais de choque, queimaduras graves.
● Vítimas amarelas (prioridade 2): Lesões graves, sem risco iminente à vida.
Queimaduras sem problemas de vias aéreas, fraturas ósseas sem choque
hemorrágico.
● Vítimas verdes (prioridade 3): Lesões de partes moles mínimas, sem risco de
vida ou de incapacitação.
● Vítimas cinzas (prioridade zero): Pacientes mortos ou apresentando lesões
irreversíveis. Traumatismo da cabeça com perda de massa cefálica,
esmagamento de tronco e incineração.
8. (EAGS- SAÚDE 2017) Considerando o método START (Triagem Simples e
Tratamento Rápido), correlacione as colunas de acordo com a prioridade da triagem
pré-hospitalar.
1 – Cor vermelha
2 – Cor amarela
3 – Cor verde
a) 3 – 2 – 1 – 1 – 3
b) 3 – 1 – 2 – 1 – 2
c) 1 – 1 – 3 – 2 – 3
d) 1 – 3 – 2 – 3 – 1
Gabarito: C
Comentário: Vide questão anterior
PHTLS
10. (SURCE 2021) Um jovem motociclista de 19 anos se envolve em uma colisão com
um ônibus no cruzamento que fica a cerca de 20 minutos do Hospital de Emergência
Terciário de referência às vítimas de trauma. Ele usava corretamente o capacete e
estava confuso, agitado, expressando muita dor, com pele pálida, fria e úmida na cena.
O que chama atenção é uma grave lesão de amputação traumática da perna esquerda
ao nível do joelho com muito sangue no asfalto. Populares aplicaram um torniquete
improvisado pouco tempo depois e chamaram o SAMU 192. De acordo com a nona
edição do Prehospital Trauma Life Support (PHTLS), qual a primeira ação da equipe de
Suporte Avançado de Vida do SAMU 192 na avaliação primária do atendimento inicial
à essa vítima?
a) Colocar curativo compressivo.
b) Iniciar analgesia endovenosa com opioides.
c) Confirmar se o torniquete foi aplicado corretamente.
d) Verificar a permeabilidade da via aérea e controle cervical.
Gabarito: C
Comentário:
a) O curativo compressivo costuma ser ineficaz nos casos de amputação
traumática. Nos casos em que há sangramento de extremidades, sem
possibilidade de controle através de compressão, devemos considerar a
aplicação de um torniquete. Vale lembrar que o uso dessa estratégia por tempo
prolongado pode levar à isquemia irreversível de parte do membro.
b) A administração de medicações analgésicas não é prioritária frente às medidas
preconizadas para avaliação primária (XABCDE).
c) Como vimos, essa deve ser a primeira medida, conforme o protocolo de
atendimento do PHTS 9ª edição.
d) O controle de cervical e patência de vias aéreas deve ser feito após o controle
dos focos de hemorragia exsanguinantes.
11. (INTO - 2022) Colisão de automóvel de passeio x traseira de caminhão numa via
movimentada (velocidade máxima 70km/h), um médico socorrista decide parar para
ajudar. Ao chegar à cena do acidente, nota que o motorista do automóvel apresenta
pulso central, não abre os olhos ao chamado, balbucia palavras inapropriadas e retira o
membro ao estímulo doloroso, além de apresentar movimento paradoxal do tórax. A
conduta inicial deve ser:
a) Intubar paciente já que apresenta Glasgow < 8
b) Administrar O2 suplementar pela presença de tórax instável
c) Sinalizar a via de tráfego
d) Colocar colar cervical e realizar intubação nasofaríngea
e) Puncionar dois acessos venosos calibrosos periféricos e iniciar cristalóide
GABARITO LETRA C
COMENTÁRIO: Antes de tudo, é necessário e importante avaliar a cena para afastar
possíveis causas de risco. A segurança do socorrista e da equipe deve ser preservada.
Deve-se sinalizar a rodovia da cena e afastar possíveis fios de alta tensão. Após
garantir a segurança da cena, podemos nos aproximar para o manejo do paciente e
realizar a avaliação primária, logo, todas as outras medidas estão incorretas para a
cena da questão.
Gabarito: letra C
Comentário: Alternativa “c” correta: a janela de oportunidade é, justamente, o período
em que há a redução do risco da SIRS associado a uma imunossupressão ainda leve a
moderada. Alternativa “a”: contradiz a abordagem estadiada da cirurgia de controle de
dano. Alternativa “b”: a abordagem deve ocorrer com o declínio dos níveis séricos de
fatores pró-inflamatórios. Alternativa “d”: o controle de dano ortopédico consiste em
uma abordagem multidisciplinar. Alternativa “e”: inicialmente, o termo surgiu
relacionado aos traumas abdominais, mas atualmente se expande para o tratamento
de lesões torácicas, ortopédicas e mesmo no trauma vascular de extremidades.
Gabarito: letra A
Comentário: Alternativa “a” correta: o ISS confere pontos de um a seis para 5 regiões:
crânio e cervical; tórax; abdome; extremidades e pelve; e partes moles. Os pontos são
proporcionais à gravidade da lesão, variando de um (leve) a seis (lesão intratável/fatal).
O ISS é calculado através da soma do quadrado dos pontos dados às três regiões com
pontuação maior, e varia de um a 75 pontos. Qualquer região com pontuação seis
torna o ISS automaticamente 75, independentemente das outras lesões, por ser fatal.
Alternativa “b”: não há alteração de pontos por região do corpo. Alternativa “c”:
pontuação quatro equivale a grave com risco à vida. Alternativa “d”: O ISS é calculado
através da soma do quadrado dos pontos dados às três regiões com pontuação maior.
15. (SUS-SP 2020) A fratura de bacia com instabilidade hemodinâmica deve ser
tratada inicialmente com:
A) cinta ou enfaixamento pélvico
B) fixação externa
C) arteriografia, sempre que disponível
D) tamponamento pélvico pré-perineal
E) calça pneumática
GABARITO: A Comentário: a primeira medida tomada em pacientes com fraturas da
bacia e instabilidade hemodinâmica é a passagem do lençol pélvico.Alternativa B -
incorreta A fixação externa é usada para tratar fratura de pelve mas não é a primeira
medida a ser realizada porque deve ser feita em centro cirúrgico pela equipe de
ortopedia.Alternativa C - incorreta A arteriografia nos traz informações sobre a lesão
mas não realizar o enfaixamento pélvico antes pode ser fatal! Alternativa D - incorreta
O tamponamento pélvico pré-peritoneal é uma das opções que usamos nos casos de
pelve instável, mas é mais complexo e demorado que a cinta pélvica.Alternativa E -
incorreta A calça pneumática ajuda no retorno venoso dos membros inferiores, mas
não serve para o nosso paciente, pois o sangue está sendo perdido para o espaço
pélvico.
16. (SCML 2021) Considerando que as hemorragias volumosas após fraturas pélvicas
são causadas, mais frequentemente, por lesões de qual das estruturas indicadas a
seguir?
A) artérias glúteas superiores
B) artérias ilíacas internas
C) plexo venoso pélvico
D) artérias pudendas internas
E) artérias ilíacas externas
GABARITO: C
Lesão do plexo venoso pélvico decorrente de estiramento de ligamentos do complexo
sacroilíaco posterior associada a fraturas pélvicas é a principal causa de hemorragias
volumosas no trauma pélvico. Alternativas A, B, D e E - Incorretas: Podem ser
responsáveis pela persistência do sangramento pélvico após medidas iniciais de
ressuscitação e contenção do sangramento, porém não apresentam os vasos mais
frequentemente acometidos nos casos de fraturas pélvicas.
17. (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, RS, 2010) Qual a complicação
imediata mais grave das fraturas?
A) Choque hipovolêmico
B) Lesão nervosa
C) Embolia gordurosa
D) Infecção
E) Comprometimento da circulação do membro fraturado por compressão arterial
Gabarito: A
Alternativa A: Correta, o choque hipovolemico que ocorre em especial em fraturas de
bacia e de ossos longos, como o fêmur, pode levar o paciente à morte rapidamente,
sendo, assim, a complicação imediata mais grave das fraturas
Alternativa B: Incorreta, uma lesão nervosa, do ponto de vista imediato, não apresenta
qualquer risco ao paciente. Mesmo que seja uma lesão do nervo ciático, por exemplo,
não trará qualquer risco de morte ao paciente
Alternativa C: Incorreta, a embolia gordurosa é uma complicação potencialmente fatal.
Entretanto, ela pode levar até 72 horas para ocorrer, não apresentando, assim, um
risco de morte imediato.
Alternativa D: Incorreta, do ponto de vista imediato, a infecção como complicação de
fratura apresenta pouco ou nenhum risco ao paciente.
Alternativa E: Incorreta, de imediato, o comprometimento da circulação de um membro
não traz sérios riscos ao paciente. Porém, conforme a área de tecido comprimida e o
tempo de isquemia, após a reperfusão o paciente pode apresentar a síndrome de
reperfusão – que pode ser extremamente grave. É devido a essa síndrome que
raramente fazemos reimplantes de braços amputados na altura do ombro, ou de
membros inferiores.
18. (TARO, 2018) Sobre fratura exposta, o fechamento primário da lesão de pele deve
ser realizado em paciente com ISS (Injury Severity Score)
a) menor que 20, com diabetes melitus.
b) menor que 20, sem diabetes melitus.
c) maior que 25, com diabetes melitus.
d) maior que 25, sem diabetes melitus.
Gabarito B
Comentário: O fechamento primários de feridas leva em conta alguns fatores como a
gravidade da lesão e as condições do paciente. Um ISS de 20 é considerado um
trauma moderado. Para ser considerado o fechamento de e ser analisado também
algumas indicações e contra indicações, como grau de limpeza, presença de déficit
vascular, diabetes mellitus dependente de drogas/ distúrbios do tecido
conectivo/vasculite periférica, entre outros. Um ISS acima 25 é considerado grave, com
provável comprometimento além da fratura exposta. Portanto a alternativa correta é a
letra B, pois apresenta um ISS moderado/intermediário e sem diabetes Mellitus.
- Fratura exposta
19. (ENARE 2023) Um paciente, 20 anos, teve uma fratura exposta de tíbia grau I de
Gustillo-Anderson. Qual seria a forma mais correta de realizar o primeiro atendimento
hospitalar desse paciente?
A. Profilaxia com Cefalotina e vacina antitetânica seguida de lavagem e
desbridamento cirúrgico / redução da fratura.
B. Profilaxia com Ceftriaxona e vacina antitetânica seguida de lavagem e
desbridamento cirúrgico.
C. Iniciar antibiótico de forma terapêutica com Ciprofloxacino, realizar vacina
antirrábica e seguir com lavagem e redução local da fratura.
D. Redução da fratura após analgesia, lavagem e antibioticoterapia profilática com
Vancomicina durante a indução anestésica.
E. Analgesia, profilaxia com vacina antitetânica e Ciprofloxacino e redução
imediata da fratura seguidas de lavagem e desbridamento cirúrgico.
Gabarito: A
Comentário:
A) Correta, sem ressalvas.
B) Incorreta, pois não é indicada ceftriaxona para Gustillo 1.
C) Incorreta, pois não é indicado ciprofloxacino, nem vacina antirrábica.
D) Incorreta, pois não é indicada vancomicina.
E) Incorreta, pois não é indicado ciprofloxacino. Ademais, a redução da fratura só deve
ser feita após a lavagem.
Comentário:
I- Correta. A tíbia é um dos ossos que mais apresentam fratura exposta pelo parco
envelope de partes moles.
II- Correta. Deve-se sempre considerar o pior fator como o definidor de gravidade.
III- Incorreta. Basta a cefalosporina na lesão grau I. O aminoglicosídeo só deve ser
agregado a partir do grau II (Brasil) ou III (ATLS/Rockwood).
IV- Correta.
V- Incorreta. Leva em consideração também contaminação, lesão óssea e de partes
moles.
23. (HPM - MG 2021) O trauma continua sendo uma causa proeminente de morte e
incapacidade em todo o mundo. Em geral, a quantidade de energia absorvida pelo
paciente politraumatizado corresponde à extensão das lesões musculoesqueléticas. As
fraturas expostas requerem cuidado cirúrgico precoce para tratamento adequado, de
forma a minimizar complicações e sequelas. Com relação às fraturas expostas, analise
as assertivas abaixo:
I - Fratura exposta é aquela na qual o osso fraturado ultrapassa os limites da
pele, sendo obrigatória a visualização direta de osso exposto para esta
caracterização.
II - De acordo com a classificação de Gustillo-Anderson, as fraturas do tipo IIIC
são aquelas em que há lesão vascular associada, com necessidade de reparo.
III - A lavagem precoce e o desbridamento são os princípios fundamentais do
tratamento, acompanhado de antibióticos e profilaxia anti-tetânica.
IV - A fixação externa está proscrita no tratamento de fraturas expostas devido
ao elevado risco de síndrome compartimental aguda. Estão CORRETAS as
assertivas:
a) II e III apenas
b) I, II e III, apenas
c) I e IV, apenas
d) III, apenas
Gabarito: A
Comentários:
24. (HC 2013) Um motociclista sofreu fratura exposta de fêmur. O membro está pálido
e com cianose dos dedos. Não se palpa pulso distal. Assinale a conduta mais
apropriada:
a) Arteriografia imediata com passagem de endoprótese, seguida de fixação de
fratura
b) Revascularização imediata com safena ipsilateral
c) Fixação da fratura, seguida de arteriografia se o pulso se mantiver ausente
d) Ultrassonografia de partes moles para avaliar possível síndrome compartimental
Gabarito: C
Comentários: A partir da fixação da fratura, pode-se limitar o compartimento e
identificar uma possível síndrome compartimental, norteando melhor a conduta e o uso
da arteriografia, não há como revascularizar imediatamente sem saber que
compartimento está afetado e a ultrassom não seria a melhor conduta em um paciente
estável. A arteriografia será útil, no entanto, a fixação deveria ser feito inicialmente, não
após o exame.
- TRM
25. (HMMG 2021) Qual dos indicados, abaixo, está associado ao déficit sensitivo por
lesão medular?
A) Parestesia
B) Disfonia
C) Desvio de língua
D) Desvio de rima
Gabarito A
Déficit sensitivo por lesão medular é visto clinicamente por parestesiasSalve salve
família, tudo bem com vocês? Questãozinha do HMMG-SP de 2021 trazendo um tema
nem sempre frequente nas provas de residência, sendo abordado de forma simples,
direta e fácil, concordam?Qual, dos indicados abaixo, está associado ao déficit
sensitivo por lesão medular? Parestesias, visto que essas são decorrentes da
interrupção do estímulo sensitivo por lesão de raízes nervosas ou das fibras aferentes
do corno posterior da medula, responsáveis pela formação de fibras nervosas
responsáveis pela inervação de determinada região de pele de acordo com o nível
medular acometido.Bora avaliar as alternativas?Alternativa B - Incorreta: Disfonia
ocorre por lesão dos nervos laríngeos recorrentes, ramos do nervo vago.Alternativa A -
Correta: Conforme explicação acima.Alternativa C - Incorreta: Desvio de língua está
associada diretamente à lesão de nervo motor, principalmente de lesão do XII par de
nervo craniano: nervo hipoglosso.Alternativa D - Incorreta: Desvio de rima ocorre por
lesão de raiz motora de nervo facial, se lesão periférica, ou de trato corticonuclear, se
lesão central.*Algo a mais:* parestesias podem ser manifestar de formas variadas, já
que se tratam de distúrbios de somestesia primária, ou seja, da sensibilidade.
Sensação de formigamento, hipoestesia, hiperestesia e anestesia também são formas
clínicas de apresentação.Portanto, a alternativa correta é a letra A
Gabarito: letra A
28. (USP-RP, 2021) Paciente de 25 anos foi trazido à sala de urgência após ter sido
vítima de espancamento há cerca de 8 horas. Sua avaliação inicial confirmou
diagnóstico de traumatismo raquimedular cervical, sem outras lesões traumáticas.
Após 2 horas de internação, passou a apresentar quadro clínico compatível com
insuficiência respiratória. Qual a conduta?
a) Intubação orotraqueal ou nasotraqueal
c) Traqueostomia de emergência
Gabarito: letra A
Alternativa D – Incorreta: A ventilação não invasiva será insuficiente, uma vez que a
paralisia frênica desenvolvida no caso, impede que o diafragma realize incursões
respiratórias.
- DDQ
29. (FMABC 2012) Na displasia do desenvolvimento de quadril, qual manobra é usada
para verificar se o quadril é luxável?
A) Barlow.
B) Biglow.
C) Ortolani.
D) Perkins.
Gabarito: A
Comentário:
Alternativa “a” correta: Barlow é o teste que tenta luxar o quadril.
Alternativa “b” incorreta: não existe teste de Biglow para quadril infantil.
Alternativa “c” incorreta: o teste de Ortolani reduz um quadril luxado.
Alternativa “d” incorreta: Perkins é uma das linhas radiográficas que se traça para
avaliar a posição do quadril.
Gabarito: A
Comentário:
Alternativa “a” correta: a radiografia se torna progressivamente mais útil a partir dos
três meses de idade, quando as cabeças se tornam mais visíveis. Antes disso, o
exame ideal é a ultrassonografia.
Alternativa “b” incorreta: parto vaginal, multiparidade, sexo masculino e etnia oriental
não são fatores de risco.
32. (2022 REVALIDA - USP SP) Assinale a alternativa que contém um fator de risco
para o desenvolvimento de displasia do quadril.
A) Sexo Feminino
B) Polidrâmnio.
C) Malformação fetal fetal como pé torto congênito
Comentário: Gabarito A. Fator de risco sexo feminino.
A) em pacientes obesos.
B) em pacientes maiores de 16 anos de idade.
C) no quadril direito dos meninos.
D) na raça branca.
Comentário:
A) em pacientes obesos.
Alternativa “a” correta: exatamente. Há uma associação muito importante com a
obesidade. Nos Estados Unidos, conforme a obesidade pediátrica triplicou, também
triplicou a incidência de epifisiólise.
a) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de três a oito anos, com pico em
torno dos seis anos. Está estabelecido que a sinovite transitória é a causa da
doença de Legg-Calvé-Perthes.
b) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. Em relação a trauma e à sinovite transitória, a literatura
sugere, majoritariamente, que o trauma seria a causa da sinovite.
c) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. A dor costuma ser crônica ou crônica agudizada, compondo
diagnóstico diferencial com epifisiólise femoral proximal.
d) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de oito a doze anos, com pico em
torno dos dez anos. É fundamental a artrocentese para o diagnóstico diferencial
com quadro infeccioso.
e) A maioria dos casos ocorre na faixa etária de três a oito anos, com pico em
torno dos seis anos. A sinovite transitória é considerada a causa mais comum
de dor no quadril e de claudicação não traumática na infância.
Gabarito: E
COMENTÁRIO:
Incorreta A, a sinovite transitória não é a causa da doença de Legg-Calvé-Perthes e
sim um diagnóstico diferencial. A doença de Legg-Calvé-Perthes enquadra-se entre as
osteocondrites (inflamações do núcleo de crescimento), afetando o quadril. É uma
doença autolimitada, em que ocorre uma necrose da cabeça do fêmur, com resolução
espontânea. A doença de Legg-Calvé-Perthes é uma doença insidiosa, causa mais
claudicação do que dor, a criança apresenta restrição de rotação, flexão e abdução do
quadril.
Incorreta B, indicou a faixa etária incorreta e a sinovite é causada por uma infecção
prévia e não por trauma.
incorreta C,indicou a faixa etária incorreta e a dor não é crônica e sim aguda.
38. (UFG-HCG 2020) A sinovite transitória de quadril caracteriza-se por quadro agudo
de dor, afetando, aos poucos, um lado dos quadris da criança sadia. O tratamento
dessa afecção é:
a) estritamente sintomático.
b) por tração esquelética.
Alternativa “b” incorreta: a tração esquelética não traria qualquer benefício. Ela é
indicada principalmente em fraturas-luxações do acetábulo e fraturas diafisárias do
fêmur, ambas como imobilização provisória.
Alternativa “c” incorreta: a artrotomia está indicada para a limpeza na pioartrite.
Alternativa “d” incorreta: injeção de corticoide não traz benefícios e não deve ser feita.
Gabarito: D
40. Bernardo , 2 anos, é levado ao pediatra por estar "mancando" há um dia. Mãe
relata quadro de otite há uma semana e nega trauma direto ou quedas recentes. Ao
exame físico: ativo, hidratado, eupneico e afebril. AR e ACV sem alterações
importantes. Boa mobilidade do joelho direito, com rotação interna limitada por dor no
quadril no mesmo lado. Radiografias de perna e quadril direitos: normais. A hipótese
diagnóstica é:
a) doença de Sercer
b)Sinovite transitória.
c) Displasia do desenvolvimento do quadril.
d) Doença de Osgood-Schlatter.
Gabarito: B
A) errado A doença de server é uma inflamação da placa de crescimento do osso
do calcanhar (calcâneo) na criança em fase de crescimento
B) verdadeiro A sinovite transitória do quadril ocorre quando uma articulação da
região inflama devido a alguns fatores como traumatismo, sobrecarga ou após
um quadro viral. A ocorrência é mais comum em crianças entre dois e oito
anos.A causa principal da sinovite transitória é a migração de um vírus da
circulação sanguínea para a articulação. Por este motivo, o quadro pode vir
depois de um episódio de gripe, resfriado, sinusite ou infecção no ouvido.Os
primeiros sintomas que a criança pode sentir são dores no quadril, na perna e
no joelho, além de andar mancando algumas vezes. Na medida do possível, os
pais não precisam ficar preocupados, já que a inflamação, na maioria dos casos,
cura-se sozinha, sem a necessidade de um tratamento específico.
C) Errado A displasia de desenvolvimento do quadril é um defeito congênito em
que os ossos do quadril se desenvolveram incorretamente.
D) Errado A Doença de Osgood-Schlatter é uma condição benigna que afeta
adolescentes, sobretudo no surto de crescimento, tendo como principal sintoma
a dor abaixo do joelho, após atividade física.
- Osgood schlater
41. (VUNESP - São Paulo/SP - 2002) A osteocondrite da tuberosidade tibial é também
conhecida como:
(A) Doença de Osgood-Schlatter.
(B) síndrome do desfiladeiro torácico.
(C) fibromialgia.
(D) doença de Sinding–Larsen-Johansen.
(E) osteoartrose de joelho.
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
B - Desfiladeiro torácico não tem correlação com a tíbia
C - Fibromialgia idem
E - Osteoartrose de joelho também não tem correlação com a tíbia
A maior dúvida seria entre A e D, visto que ambas se tratam de osteocondrites, a
diferença é o local. Enquanto na alternativa D estamos falando do polo distal da patela,
na A estamos falando justamente da tuberosidade tibial, tornando-a a alternativa
correta.
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
I. Essa afirmação é verdadeira. O treinamento específico pode acentuar desequilíbrios
musculares preexistentes, aumentando o risco de lesões musculares.
II. Programas de fortalecimento e reeducação muscular em adolescentes devem
respeitar um
número maior de repetições e uma menor carga durante o exercício, evitando a
hipertrofia e possíveis lesões musculares e objetivando o ganho de força e resistência.
No entanto, não traz benefícios relacionados a modalidades específicas, já que estas
precisam ser desenvolvidas através de um treinamento esportivo específico,
respeitando a maturação e o desenvolvimento motor e cognitivo, a fim de obter maior
precisão de movimentos, o que justifica a incoerência na afirmativa II, tornando-a
incorreta.
III. Essa afirmação é verdadeira. A doença de Osgood-Schlatter é uma condição que
afeta a tuberosidade da tíbia e está associada a atividades que envolvem saltos e
corridas, especialmente em adolescentes durante períodos de crescimento rápido.
IV. Essa afirmação é incorreta. A plasticidade muscular em jovens pode ser benéfica,
mas o treinamento intenso de força deve ser equilibrado, e apenas o alongamento não
anula completamente os efeitos deletérios do treinamento excessivo. A combinação
adequada de força, flexibilidade e treinamento funcional é crucial.
- Síndrome de Sever
43. (FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE)
Analise o fragmentado a seguir. “ _________ é uma apofisite de tração na _________
do tendão do calcâneo, sendo uma causa comum de dor no _________ de crianças
atleticamente ativas.”
Assinale a opção que apresenta os termos que completam corretamente o fragmento
acima:
a) Doença de Sever – inserção – calcanhar.
b) Doença de Iselin – dilatação – tornozelo.
c) Síndrome de Osgood-Schalatte – estrutura – calcanhar.
d) Hálux Valgo – ligação – tornozelo.
e) Neuroma de Morton – atrofia – pé.
GABARITO: LETRA A
COMENTÁRIO: • Doença de Sever – é a necrose asséptica da apófise do calcâneo,
onde se insere o sistema aquíleo-plantar formado pelo tríceps sural e a fáscia plantar.
É mais freqüente nos meninos,a faixa etária dos 5 aos 10 anos. O paciente apresenta
leve edema no calcanhar, com dor espontânea e à palpação do núcleo posterior do
calcâneo. A marcha é claudicante, e a dor se agrava com a atividade física. No
tratamento, o uso de palmilha com elevação do salto e do arco longitudinal, associado
à restrição das atividades físicas e desportivas, costuma ser suficiente para regredirem
os sintomas. Com a remissão da sintomatologia, devem ser instituídos exercícios de
alongamento do tríceps sural e da fáscia plantar, para evitar recidivas. Nos casos
rebeldes, deve-se colocar uma bota gessada por 4 a 8 semanas, para o controle da
dor.
Gabarito: LETRA D
46. (Processo Seletivo Unificado para ingresso nos Programas de Residência Médica
da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás – 2024). Qual é a principal causa de dor
no calcanhar em crianças pré-adolescentes?
A) Doença de Sever
B) Anemia falciforme
C) Artrite reumatoide
D) Tendinite anquilosante
Gabarito: A
Comentário: A doença acomete principalmente crianças entre 7 e 12 anos de idade,
em sua maioria do sexo masculino (proporção de 6:1) e está relacionada com o
aumento da atividade esportiva de impacto, como o futebol, basquete, handebol e o
vôlei. É a causa mais comum de dor no calcanhar em crianças e é frequentemente
associada a um episódio de crescimento rápido. Na artrite reumatoide as articulações
comprometidas são principalmente de punhos e mãos e afeta principalmente adultos.
Na anemia falciforme a dor no calcanhar não é comum. Na tendinite anquilosante
apesar do paciente poder cursar com dor no calcanhar devido o processo inflamatório,
é mais comum entre as idades de 20 e 40 anos.
- PTC
47. (INSTITUTO AOCP - 2021 - Prefeitura de João Pessoa - PB - Médico - Ortopedia)
Sobre o pé torto congênito, é correto afirmar que:
a) provoca deformidade em cavo, aduto, valgo e equino.
b) provoca deformidade em cavo, aduto, varo e equino.
c) provoca deformidade em plano, aduto e valgo.
d) provoca deformidade em cavo, aduto e valgo.
e) Não existe tratamento até os dias atuais para essa doença.
GABARITO: B
COMENTÁRIO: O PTC é caracterizado pelo eqüino do retropé, varo (ou inversão) da
articulação subtalar, cavo (flexão plantar do antepé em relação ao retropé) e aduto (do
antepé em relação ao mediopé).
resposta e resolução:
resposta: C
Alternativa “b” correta: a tenotomia feita é do tendão de Aquiles para tratamento da
deformidade em equino.
- Artrite séptica
51. (UnB/CESPE – SES/DF - 2009) Os achados de artrocentese compatíveis com o
diagnóstico de artrite séptica incluem:
I líquido sinovial transparente.
II relação glicose sérica/glicose no líquido sinovial igual a 1,5.
III presença de 150.000 leucócitos/microlitro.
IV 95% de polimorfonucleares.
V grandes gotículas de gordura.
52. (PR - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS -2017)
A artrite séptica é uma infecção de potencial gravidade que, se não diagnosticada e
tratada de forma precoce e adequada, pode evoluir com complicações graves;
apresenta alta morbidade e deve ser considerada uma emergência clínica. (RN: recém
nascido). Em relação a artrite séptica na infância, assinale a alternativa CORRETA:
A) Choro na troca das fraldas em crianças pequenas pode ser o 1º sinal para o
diagnóstico de quadril séptico.
B) Cerca de 80% dos casos em todas as faixas etárias são causados por bactérias
anaeróbicas Gram-negativas.
C) Em 90% dos casos, o envolvimento é poliarticular, principalmente em joelhos,
quadril e cotovelo.
D) Há predomínio do sexo feminino, na proporção 2:1, com exceção da artrite
gonocócica no adolescente.
E) Acomete todas as idades, porém encontramos com maior frequência em > 3
anos, sendo rara em RN.
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Alternativa a Correta: O choro durante a troca de fraldas pode ser um sinal de irritação
e dor nas articulações, o que pode ser um sintoma inicial de artrite séptica no quadril.
Alternativa b incorreta: Na verdade, a maioria dos casos de artrite séptica é causada
por bactérias Gram-positivas, como o Staphylococcus aureus. Bactérias anaeróbicas
Gram-negativas não são uma causa comum desse tipo de infecção.
Alternativa c incorreta: A artrite séptica geralmente envolve uma única articulação. O
envolvimento poliarticular é menos comum. Além disso, as articulações mais
frequentemente afetadas são joelhos, quadris e ombros, não cotovelos.
Alternativa d incorreta: A artrite séptica tem uma leve predileção pelo sexo masculino
em algumas faixas etárias, especialmente em crianças e adultos jovens. Não há
predominância feminina.
Alternativa e incorreta: A artrite séptica pode ocorrer em todas as idades, incluindo
recém-nascidos (RN). Na verdade, em recém-nascidos, a artrite séptica é considerada
uma emergência médica, como mencionado na pergunta inicial. Portanto, não é rara
em RN.
DOENÇA DE LEGG-CALVE-PERTHES
55. (Hospital de Olhos Aparecida - 2021) Baseado na doença de Legg-Calvé-Perthes,
que é caracterizada pela necrose avascular da cabeça do fêmur, em qual idade, em
geral, a doença acomete as crianças?
A) 2 e 5 anos.
B) 4 e 9 anos.
C) 7 e 12 anos.
D) 10 e 15 anos.
Gabarito: B
COMENTÁRIOS:
Incorreta a alternativa A: é interessante notar que existe uma doença chamada
Displasia de Meyer, que ocorre até os 4 anos de idade. Ela é exatamente igual à
doença de Perthes, porém com prognóstico positivo em 100% dos casos.
Correta a alternativa B: está e a idade de pico da doença de Perthes
Incorretas as alternativas C e D: quanto mais próximo da maturidade,mais rara a
doença de Perthes; ao mesmo tempo,mais ela é mais grave.
- ATLS
59. SES-GO (2018)
Paciente, vítima de queda de três metros de altura, dá entrada em unidade de
emergência com palidez cutâneomucosa, dor abdominal, frequência cardíaca de 130
batimentos por minuto, pressão de pulso em 2 mmHg, com confusão mental. Segundo
a acompanhante, pesa 100 kg. Que medida diagnóstica está indicada?
a) Ultrassonografia portátil
b) Tomografia computadorizada
c) Ressonância magnética
d) Radiografia de abdome
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
60. HCG (2018)
Paciente de 26 anos, do sexo masculino, vítima de acidente automobilístico, sem uso
de cinto de segurança, deu entrada no pronto-socorro apresentando lesões graves em
globo ocular e em face esquerda, com exposição de seio maxilar e amputação nasal. A
conduta imediata, neste caso, é:
a) Segmento do atendimento padrão do ATLS
b) Lavagem exaustiva das lesões no centro cirúrgico para reduzir as chances de
infecção
c) Sutura na sala de emergência, após sedação do paciente
d) Contato com as equipes de cirurgia plástica e oftalmologia e aguardar a conduta
dos respectivos profissionais
GABARITO: A
COMENTÁRIO
REUMATOLOGIA
- Tendinites e bursites
61. (Concurso CRIS - SP - 2020) Sabe-se que a tendinite é a inflamação de um
tendão, que frequentemente se desenvolve após degeneração. O termo que define o
inchaço e inflamação dos tendões ou bainha dos tendões que movem o polegar para
fora é:
A) Síndrome de Quervain
B) Bursite subacromial
C) Síndrome de Sjögren
D) Lesão do manguito rotador
Comentário: Alternativa A - Síndrome de Quervain. É caracterizada pela inflamação
dos tendões que se encontram na região dorsal do punho, responsáveis por mover o
polegar para fora. Os sintomas incluem dor, inchaço e dificuldade para realizar
movimentos com a mão. Letra B incorreta, pois se trata de uma inflamação que
ocorre na bolsa que serve de lubrificação entre as estruturas do ombro. Alternativa C
incorreta: A Síndrome de Sjögren é uma doença autoimune crônica que que afeta as
glândulas produtoras de lágrimas e saliva, causando secura dos olhos e da boca.
Por fim, a alternativa D está incorreta, pois afeta a região do ombro.
62. (UFC, CE, 2010) FEDM, 60 anos de idade vai ao posto de saúde queixando-se
de dores no ombro. Após o exame clínico, o médico suspeita que possa tratar-se de
uma bursite no ombro. Das opções abaixo, qual tem associação de forma mais
frequente à bursite no ombro?
A) Bolsa subdeltoidea
B) Cápsula da articulação glenoumeral
C) Bolsa do músculo gastrocnêmio
D) Cápsula da articulação acromioclavicular
E) Bolsa subacromial
Alternativa correta: E Questão única de bursite do ombro. Dentre as bursas do
ombro, para você não esquecer, o acometimento é por ordem alfabética, sendo mais
frequente, assim, a subacromial e depois a subdeltoidea. Lembre também que, no
ombro, a culpa é sempre do acrômio: ele causa impacto e lesa o supraespinhal.
Incorreta a alternativa “A”: É a segunda mais acometida no ombro. Incorreta a
alternativa “B”: Não existe bursa da cápsula glenoumeral; contudo, a cápsula pode
gerar a capsulite adesiva, patologia associada à imobilização prolongada do ombro.
Incorreta a alternativa “C”: O gastrocnêmio localiza-se na perna. Incorreta a alternativa
“D”: Não existe bursa da cápsula acromioclavicular. Correta a alternativa “E” A bursa
subacromial é a que mais se associa a bursites do ombro.
Gabarito: letra A
Comentário: Os tendões que comumente originam a tendinite do ombro são chamados
de tendões do manguito rotador, formado pelos seguintes tendões: do supra espinhal
(o mais acometido), seguido do infra espinhal, subescapular e redondo menor
(raramente acometido). Esse tendão é frequentemente lesionado em atividades que
envolvem movimentos repetitivos com o braço acima da cabeça, como arremessos e
levantamentos de peso.
65. (UESPI 2019) Paciente, 65 anos, feminina, obesa, com quadro de dor crônica em
quadril D e região lateral da coxa D. Apresentava dificuldade de marcha, subir escadas
e dor, ao deitar-se sobre o lado acometido. Ao realizar exame físico, foi evidenciado
dor à palpação de região lateral de quadril D, teste de Patrick, Lasegue e Trendeleburg
negativos. Das alternativas abaixo, qual o diagnóstico mais adequado para essa
paciente?
A) Bursite Trocantérica.
B) Lombociatalgia.
C) Lombalgia mecânica comum.
D) Lombalgia inflamatória.
E) Tendinopatia de glúteo médio.
Gabarito: A
Comentário:
Alternativa “a” correta: a bursite trocantérica é o quadro mais provável. Seu tratamento
é basicamente conservador, com analgésicos, anti-inflamatórios, bolsas de gelo,
repouso e fisioterapia.
Alternativa “b” incorreta: a lombociatalgia apresentaria Laségue positivo, dor lombar
com irradiação por um dermátomo e sintomas neuropáticos.
Alternativa “c” incorreta: não há qualquer característica que leve a pensar em lombalgia
mecânica, especialmente porque a paciente não refere dor lombar.
Alternativa “d” incorreta: a lombalgia inflamatória é uma dor noturna, com rigidez
matinal e melhora com atividades. A paciente não apresenta qualquer uma destas
características.
Alternativa “e” incorreta: a tendinopatia do glúteo médio teria sintomas parecidos, mas
uma dor mais posterior do que lateral e dor ao se deitar em cima do glúteo, e não de
lado; o teste a ser realizado é de abdução do quadril com o paciente em decúbito
lateral, ocorrendo dor.
66. (FUBOG 2018) A Capsulite Adesiva (CA), também conhecida como “ombro
congelado ” ou bursite obliterativa, caracteriza-se por dor e limitação importante dos
movimentos ativos e passivos do ombro para todos os planos. Sendo características
epidemiológicas dessa doença em relação à concomitância com a Hiperglicemia os
seguintes aspectos, EXCETO:
A) Nos diabéticos é frequentemente bilateral e em idades mais avançadas.
B) Sua prevalência é três a cinco vezes maior nos portadores de DM do que na
população geral.
C) Pode ocorrer simultaneamente à síndrome da dor complexa regional do tipo 1,
caracterizando a síndrome ombro-mão.
D) Além disso, 20 a 30% dos pacientes não diabéticos com CA apresentam
intolerância à glicose.
Gabarito: A
Comentário:
O que o examinador quer saber com esta pergunta?
O examinador exige que o candidato conheça não só a capsulite adesiva, como a sua
relação com a diabetes melito.
O que você precisa saber para responder esta pergunta?
Capsulite adesiva
Trata-se de uma reação inflamatória crônica, autolimitada, com proliferação de
fibroblastos e produção excessiva de colágeno tipo I e III.
Seus fatores de risco são: diabetes melito (aumenta o risco em 5 vezes); sexo feminino
(2,3 vezes mais comum); maior de 49 anos; discopatia cervical; imobilização
prolongada; hipertireoidismo; infarto ou derrame; doenças autoimunes; trauma. Trinta
por cento são bilaterais.
Apresenta três fases:
Fase 1: dor que progride por semanas a um mês, pior à noite.
Fase 2: rigidez, de 4 a 12 semanas.
Fase 3: descongelamento; leva semanas a meses, com melhora progressiva, sem
recuperar 100% na maioria dos casos.
Gabarito: Letra E
Gabarito: Letra E
- Cervicalgia e lombalgia
69. FUMARC 2023 - Casos de lombalgia aguda, em sua maioria, apresentam melhora
sintomática ou resolução espontânea em algumas semanas.
Com relação ao tratamento na fase aguda, segundo dados da atenção primária
baseada em evidências, é mais CORRETO afirmar:
A )Complementarmente ao tratamento medicamentoso, está indicada acupuntura e
massoterapia na fase aguda.
B) O uso de corticoides sistêmicos para o manejo da dor lombar aguda está
recomendado quando de sinais inflamatórios, situação na qual não se prescreve
relaxantes musculares.
C) O uso de relaxantes musculares durante um curto período de tempo pode
apresentar um benefício modesto para alívio da dor e promove melhora global na
percepção do paciente.
D )Recomenda-se realização de ressonância magnética para diagnóstico específico da
dor quando primeiro episódio de lombalgia.
Gabarito: Letra C
a) ERRADO. Apesar da abordagem complementar apresentar bons resultados, o uso
de medicamentos ainda é a primeira linha de tratamento durante os episódios de
lombalgia aguda.
b) ERRADO. Os relaxantes musculares, quando bem indicados, podem ser utilizados
mesmo na presença de sinais inflamatórios.
c) CERTO. Esses medicamentos podem ajudar a relaxar os músculos tensos e reduzir
a sensação de dor.
d) ERRADO. A maioria dos casos de lombalgia aguda podem ser diagnosticados e
tratados com base na avaliação clínica e na história do paciente, não sendo
necessários exames complementares. Os exames de imagem serão utilizados caso
haja dúvida no diagnóstico ou piora clínica, para uma avaliação mais completa.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: Apenas 26% das lombalgias evoluem para sub agudização ou
cronificação, logo a maioria dos pacientes convivem com a fase aguda, que evolui para
cura em até 4 semanas.
B)a minoria dos pacientes com lombalgia aguda exibe sintomas puramente mecânicos.
Alternativa “b” incorreta: a grande maioria dos pacientes com lombalgia aguda
apresenta apenas sintomas mecânicos.
C)são indicadas radiografias simples da coluna vertebral para avaliação inicial de todos
os pacientes com lombalgia aguda.
Alternativa “c” incorreta: a indicação de radiografias é baseada nos sinais de alarme.
D)os pacientes com lombalgia aguda devem permanecer em repouso absoluto durante
uma semana.
Alternativa “c” incorreta: o repouso não deve ultrapassar 2 dias, ou ocorrerá piora da
dor.
Gabarito: E
Comentário:
a) ERRADO. A paciente também não relata sintomas relacionados à rigidez ou
alterações articulares, descartando esse diagnóstico.
b) ERRADO. A distonia cervical é caracterizada por contrações musculares
involuntárias no pescoço, resultando em movimentos anormais ou posturas torcidas. A
paciente do caso não apresenta relatos de contraturas involuntárias, tornado esse
diagnóstico menos provável.
c) ERRADO. Por ser uma patologia que irá provocar compressão sobre a medula e os
nervos, geralmente irá causar sintomas como dor, parestesias, fraqueza e dor que vai
irradiar para as extremidades. Assim como a alternativa anterior, a paciente não relata
a presença de nenhum desses sintomas, apenas com quadro álgico.
d) ERRADO. Apesar a cervicalgia não é indicativo da presença de hérnia de disco, já
que a patologia possui dores irradiadas para membros superiores, parestesias e
fraqueza muscular associada.
e) CERTO. No caso apresentado, a paciente relata dor de início recente, sem sintomas
sugestivos de compressão nervosa e com o teste de Spurling causando apenas
desconforto. Com isso, podemos descartar compressão radicular e outras condições
associadas, sendo mais provável a presença de uma cervicalgia mecânica.
- Artrite reumatoide
76. (HOSPITAL ESTADUAL DR JAYME DOS SANTOS NEVES - ES - 2017) Paciente,
75 anos de idade, encontra-se em avaliação por acometimento sistêmico da artrite
reumatoide. Assinale a alternativa que NÃO apresenta manifestação extra-articular da
artrite reumatoide:
a) Colonoscopia com nódulos colônicos.
b) Eletroneuromiografia com mononeurite múltipla.
c) Radiografia de tórax com infiltrado intersticial.
d) Ecocardiograma com derrame pericárdico.
e) Lesões de pele compatíveis com pioderma gangrenoso.
Gabarito: A
Comentário: Pericardite e doença intersticial pulmonar são frequentes na AR, embora
sejam subdiagnosticadas na maioria dos casos (alternativas C e D, corretas). Já a
mononeurite múltipla e lesões cutâneas neutrofílicas, como o pioderma gangrenoso,
dificilmente passam despercebidas, mas são incomuns (alternativas B e E, corretas). A
AR não está diretamente associada ao acometimento de trato gastrointestinal. Assim, a
alternativa a ser marcada é a A.
78. (PSU- AL 2022) Mulher, 50 anos de idade, procura atendimento ambulatorial por
dores em articulações das mãos. As dores foram iniciadas há 8 meses e são
acompanhadas de rigidez matinal. De antecedentes, refere hipotireoidismo, em uso de
levotiroxina. Ao exame físico, sinais vitais e ausculta sem alterações. Notam-se edema
e dor à movimentação passiva das articulações interfalangianas proximais em ambas
as mãos, inclusive dos polegares, além de punhos. Realizado fator reumatoide,
reagente. Frente ao caso, A fisiopatologia mais importante do diagnóstico mais
provável envolve:
A) Sinovite crônica
B) Entesite crônica
C) Osteíte crônica
D) Capsulite crônica
Gabarito: A
Comentário: É nítida a clínica de nossa paciente, típica de artrite reumatoide. Este
padrão articular poupando as interfalangianas distais falam muito a favor deste
diagnóstico. E em uma análise histopatológica, o que é evidenciado é justamente o
acometimento das sinóvias (articulações diartróticas) de evolução crônica, com
presença de granulomas (muito falado pelo professor em sala), com centro necrótico
contendo linfócitos, células plasmáticas e fibroblastos, rodeado de macrofagos.
- ARTRITE REUMATOIDE
82. PUC - PR (2022)
Sobre o tratamento da Artrite Reumatoide, assinale a alternativa CORRETA, de acordo
com os consensos mais atuais:
a) A terapia com leflunomida é recomendada para pacientes virgens de tratamento
e com baixa atividade da doença
b) A terapia com Metotrexate é recomendada em relação ao tratamento com
Hidroxicloroquina ou Sulfassalazina em pacientes virgens de tratamento com
atividade de doença moderada e alta
c) Quando optado pelo início de terapia com metotrexate, devemos escolher a via
subcutânea devido a sua melhor tolerância e melhor resultado terapêutico em
relação à via oral
d) Para pacientes portadores de artrite reumatoide e insuficiência cardíaca
avançada, a droga de escolha é o Influximab
GABARITO: B
COMENTÁRIO
83. HPP - 2022
Uma paciente de 50 anos, tabagista, procura o consultório médico com queixa de dor
nas articulações do punho e da mão. Refere que a dor é pior pela manhã, com rigidez
que dura mais que 1 hora. Ao exame físico é observado deformidade articular em
mãos, com edema no punho esquerdo, na 3ª e 4ª articulação metacarpo falangeana
direita e na 4ª articulação interfalangeana proximal esquerda. Os exames de
laboratório revelam: VHS 80mm; Fator reumatoide reagente; FAN 1:8 padrão
pontilhado fino; Sobre o acometimento extra articular dessa condição, assinale a
afirmativa CORRETA.
a) O derrame pleural geralmente é assintomático e cursa com níveis baixos de
glicose e pH.
b) O derrame pericárdico é extremamente raro, mas quando ocorre leva a um
quadro crítico com acometimento miocárdico associado
c) A manifestação extra-articular mais comum é a enteropatia
d) A presença de nódulos em sistema nervoso central é a manifestação
neurológica mais comum
GABARITO: A
COMENTÁRIO
84. (UFJ-Clinica Médica 2023) Mulher, 42 anos, branca, com início há cerca de 15
meses de poliartrite simétrica não migratória, de articulações interfalangeanas
proximais, punhos e tornozelos com rigidez matinal superior a 60 minutos, VHS
elevado, FAN 1/80 nuclear pontilhado fino denso e radiografias das articulações com
descalcificações ósseas periarticulares. Qual é o provável diagnóstico?
A)Osteoartrite, uma vez que acomete interfalangeanas proximais e punhos.
B)Febre reumática, pela característica de poliartralgia simétrica.
C)Artrite por microcristais, uma vez que tem evolução insidiosa.
D)Lúpus eritematoso sistêmico, uma vez que possui presença de FAN.
E)Artrite reumatoide, pelo padrão de acometimento articular e evolução
clínica.
Gabarito: E
Comentário: Artrite Reumatoide devido a Epidemiologia, e Sintomatologia de
Poliartrite Simetrica não migratória de acometimento proximal. Associado ao
VHS Elevado e FAN 1/80.
85. (SCMCG 2022) Diante do caso clínico, qual o diagnóstico mais provável e qual
exame deve ser solicitado. Mulher, 30 anos, com queixa de poliartrite bilateral e
simétrica de mãos, punhos, cotovelos e joelhos há 3 meses; emagrecimento de 8
kg; febre baixa e prostração. Apresentou também dor e vermelhidão em olho
direito, sendo diagnosticado esclerite. Ao exame laboratorial, tinha VHS 75mmHg
e PCR 30mg/L.
A) Lúpus eritematoso sistêmico, FAN e antiDNA.
B) Espondilite anquilosante e HLAB27.
C) Polimialgia reumática e VHS.
D) Artrite reumatoide, FR e antiCCP.
E) Febre reumática e ASLO.
Gabarito: D
Alternativa A - Incorreta, Poliartrite do lúpus, apesar de acometer com frequência as
articulações do nosso caso, é assimétrica. A esclerite pode ser uma manifestação
ocular, mas é menos frequente que a vasculite retiniana, neurite óptica e
ceratoconjuntivite seca. Além disso, como essa é uma das multissistêmicas,
esperaríamos uma apresentação multissistêmica, esperaríamos uma apresentação
mais rica.
Alternativa B - Incorreta, O diagnóstico de espondilite anquilosante implica,
invariavelmente, a presença de lombalgia crônica de rítmo inflamatóri, sendo
improvável nesse caso.
Alternativa C - Incorreta, a poliartralgia reumáticase manifesta na forma de rigidez e dor
cervical, em ombros e quadris, caracteristicamente em pacientes maiores de 50 anos.
Alternativa D - Correta, O diagnóstico mais provável para a nossa paciente é artrite
reumatoide e a propedêutica é feita com o fator reumatóide e o anti-CCP ou ACPA, que
tem especificidade de até 95% para os casos de AR.
Alternativa E - Incorreta, a poliatrartite da febre reumática aguda é migratória e
predomina em membros inferiores. Esperaríamos outros sintomas (cardite, coreia)
característicos da febre reumática.
86. (USP-RP, 2022) C.D.S, mulher, 52 anos, há três anos tem o diagnóstico de artrite
reumatoide, cujo tratamento não atingiu remissão da inflamação articular, a despeito do
uso de diversos esquemas terapêuticos. Ao exame: hipotrofia de musculatura
intrínseca das mãos, com edema de punhos, desvio ulnar dos quirodáctilos e
hiperextensão de interfalangeanas proximais das mãos. Na radiografia das mãos, qual
é a alteração esperada nas articulações acometidas?
A) Calcificação periarticular.
B) Esclerose óssea subcondral.
C) Erosões ósseas justa-articulares.
D) Osteófitos marginais.
Gabarito: C
Alternativa A – Incorreta: O achado de calcificação periarticular é mais presente em
doenças como esclerose sistêmica e dermatomiosite.Alternativa
B – Incorreta: A esclerose óssea subcondral, apesar de não ser um achado específico
da osteoartrite, é frequentemente encontrada nesses pacientes.Alternativa
C – Correta: A alteração esperada nas articulações de pacientes com deformidade da
artrite reumatoide são as erosões ósseas justa-articulares que refletem a progressão
da doença.Alternativa
D – Incorreta: A presença de osteófitos é um achado radiológico mais presente na
osteoartrite, assim como a esclerose óssea subcondral e redução do espaço articular.
- LES
87. (HEDA 2022) Em relação ao Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é correto afirmar:
a) O diagnóstico de LES pode ser feito com razoável probabilidade, se pelo menos
5 dos 11 critérios de Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico estiverem
presentes
b) É comum estabelecer o diagnóstico de LES preenchendo 5 critérios da tabela
de Classificação do LES, mesmo com o FAN (fator antinúcleo) negativo
c) As taxas de sobrevivência de dez anos estão em torno de 50%. Em um
percentual pequeno dos pacientes, a doença segue um curso recidivante e
remitente
d) Situações de gravidade no LES como glomerulonefrite, anemia hemolítica,
miocardite, hemorragia alveolar, envolvimento do sistema nervoso central e
trombocitopenia grave requerem tratamento com corticosteróides em altas
doses por longos períodos, de meses
e) Nos últimos anos, a aterosclerose acelerada associada à inflamação crônica
tornou-se uma das principais causas de morte
Gabarito: E
Comentário: Alternativas a) e b): Segundo os critérios mais atualizados, para
diagnosticar um paciente com LES ele precisa OBRIGATORIAMENTE ter o FAN
positivo, associado a pelo menos 10 pontos. Cada item de cada domínio pontua de
forma diferente, então o que vale é o somatório dos pontos e não a presença de “n”
critérios.
Alternativa C: o curso recidivante e remitente acomete uma quantidade significativa
dos pacientes, não pequena. Alternativa D: nesses casos citados, os corticosteróides
devem ser utilizados em altas doses em um CURTO período de tempo.
88. (CERMAN 2022) B.V.S., 20 anos de idade, evoluindo há 3 meses com artralgia
inflamatória e artrite não-erosiva em interfalangeanas e punhos, presença de rash
malar associado a fotossensibilidade e úlceras orais. Tem anticorpo antinuclear (FAN)
1:160 nuclear homogêneo. Não apresenta comprometimento de outros órgãos no
momento. Diante deste quadro, NÃO está indicado o uso de:
a) Hidroxicloroquina
b) Ciclofosfamida
c) Prednisona
d) Metotrexato
Gabarito: B
Comentários: Ciclofosfamida é um imunossupressor poupador de corticóide reservado
para as manifestações mais severas do lúpus (como em caso de nefrite lúpica classe
IV). Em um caso tão brando da doença, não é indicado já fazer uso desse
medicamento. Alternativa a): Hidroxicloroquina é indicada em todas as fases da
doença, principalmente para controlar a artralgia. Alternativa c): Corticóides costumam
ser boas pedidas para o tratamento de LES, especialmente em caso de artrite
refratária à hidroxicloroquina e aos anti-inflamatórios. Alternativa d): Metotrexato é2022
HCG
89. ( 2022 HCG ) Qual exame é o mais específico para diagnóstico de lúpus
eritematoso sistêmico?
A) Anti-Sm.
B) Anti-La.
C) FAN.
D) Anti-RNP. a pedida em caso de artrite refratária ao corticoide.
90. (2022 HNSC) Em relação ao Lúpus Eritematoso Sistêmico, o marcador útil para o
diagnóstico, acompanhamento e prognóstico da doença, estando presente em 60 a
80% dos pacientes com o diagnóstico da doença e com relação com comprometimento
renal é:
A) Anti-DNA.
B) Anti-SSA.
C) Anti-SSB.
D) Anti-SM.
91. (SCMRP) Mulher, 26 anos, refere dor, edema e rigidez matinal, maior que uma
hora, em mãos, punhos, ombros e joelhos, há aproximadamente dois meses. Relata
ainda sono não reparador, fadiga e alguns episódios de elevação da temperatura axilar,
entre 37,0 e 37,8 o C. Exame físico: bom estado geral, temperatura axilar = 37,5 °C;
presença de edema, calor e dor em cotovelos, punhos, segunda a quarta articulações
metacarpofalangeanas bilateralmente, joelhos e tornozelos; pontos dolorosos (tender
points): 14/18. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável.
A) Fibromialgia
B) Espondiloartrite não axial
C) Artrite séptica
D) Depressão maior
E) Lúpus Eritematoso Sistêmico
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
Alternativa A - Incorreta: Como dito acima, para o diagnóstico de fibromialgia
precisaríamos da presença dos sintomas há pelo menos 3 meses
Alternativa B - Incorreta: Chamada espondiloartrite periférica, refere-se a um grupo de
doenças com algumas características clínicas, como principalmente: artrite periférica,
entesite e / ou dactilite. O diagnóstico é feito com o achado dessa clínica e após excluir
outras possibilidades diagnósticas. Nossa paciente possui outros comemorativos além
da artrite que não nos faz pensar em um espondilartrite periférica como primeira opção
Alternativa C - Incorreta: A artrite séptica pode ser do tipo gonocócica e
não-gonocócica, o quadro clínico da primeira se inicia com uma poliartralgia/poliartrite
associada à dermatite, seguida pela monoartrite. Já a segunda começa diretamente
com a monoartrite (joelho, quadril, tornozelo e punho são as mais atingidas) e sinais
sistêmicos. Nossa paciente não parece atender muito a esse quadro
Alternativa D - Incorreta: A depressão maior se caracteriza por humor deprimido ou
diminuição do prazer e mais 4 outros sintomas como perda de peso, fadiga, insônia,
sentimento de inutilidade, entre outros, por pelo menos 2 semanas. Nossa paciente
não relatou seu estado de humor ou prazer, não podendo ser feito esse diagnóstico no
momento
Alternativa E - Correta: Até por exclusão acabaríamos ficando com o LES como
diagnóstico mais provável para nossa paciente, devendo ser solicitado exames
laboratoriais para confirmação do quadro
92. (SMS-PR) O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que acomete
diversos órgãos e sistemas e em alguns casos, pode ter um prognóstico reservado,
dependendo da agressividade da doença. Para seu diagnóstico, são utilizados alguns
critérios, sendo um deles a presença de alguns possíveis anticorpos. Cada um desses
anticorpos se relaciona de forma mais importante com um padrão de evolução da
doença ou de acometimento de alguns órgãos. Com relação aos anticorpos que podem
estar presentes no lúpus, relacione o anticorpo com a evolução ou acometimento a que
está mais frequentemente relacionado:
A. Anti-DNA
B. Anti-Sm
C. Anti-Ro
D. Anticorpo anticardiolipina
E. Anti-histona.
( ) anticorpo mais específico para lúpus.
( ) comum no lúpus induzido por drogas.
( ) associação com acometimento renal (nefrite lúpica).
( ) associação com bloqueio atrioventricular total (BAVT) congênito.
( ) associação com a síndrome antifosfolipídica.
GABARITO LETRA E
COMENTÁRIO:
93. (IAMSPE 2021) - Uma paciente gestante com vinte semanas apresentou exame
anti-Ro positivo (repetido e confirmado). com base nessa situação hipotética, é correto
afirmar que a conduta mais adequada será:
a) realizar ecocardiografia fetal imediatamente
b) realizar ecocardiograma fetal se a gestante apresentar evidência de atividade de
doença reumatológica
c) realizar a anticoagulação plena
d) acompanhar clinicamente a gestante, pois o risco de bloqueio cardíaco
congênito está relacionado ao anticorpo antinucleossomo
e) administrar dexametasona imediatamente, pelo risco de bloqueio cardíaco
congênito
GAB - A
COMENTÁRIO:
O anti-Ro, também chamado de Anti-SSA ou Anti-SS-A é um autoanticorpo presente
em doenças como síndrome de Sjögre (até 90%), lúpus eritematoso sistêmico e artrite
reumatoide. Sua preseça na gestação está associada a maior risco de lúpus neonatal,
aborto e parto prematuro. Assim o ecocardiograma se faz necessário para o
diagnóstico de bloqueio cardíaco e outras más formações que podem ser ocasionadas
pelo quadro. A) certa. B) A simples presença do Anti-Ro já necessita da realização do
ecocardiograma. C) Não está indicado. D) O risco de bloqueio cardíaco está associado
ao Anti-Ro. E) Dexametasona não está indicada
GAB: D
COMENTÁRIO
A) INCORRETA - Não são comuns. Aparecem em apenas 10%
B) INCORRETA - A pericardite que é a mais frequente manifestação cardiaca
C) INCORRETA - A neurite periférica/craniana é um dos possíveis critérios
diagnósticos neurológicos
D) CORRETA - Neurite óptica e retrobulbar, vasculite retiniana, e/ou coroide são
considerados graves e de mau prognósticos - pode ocorrer perda visual súbita,
deslocamentos retinianos serosos e atrofia óptica
95. (USP-SP) Uma gestante de 32 anos de idade, secundigesta e primípara, vem para
a primeira consulta de pré-natal com 8 semanas e 2 dias de gestação. Está
preocupada pois tem lúpus eritematoso sistêmico com acometimento cutâneo, articular
e hematológico. Refere última crise há 7 meses e está em uso de hidroxicloroquina 400
mg e prednisona 10 mg por dia. Qual é a orientação com relação ao uso de
hidroxicloroquina e prednisona na fase inicial da gestação?
A) Deve manter ambas as medicações
B) Deve suspender hidroxicloroquina
C) Deve suspender os dois medicamentos
D) Deve suspender a prednisona
Gabarito: A
Comentário:
Segundo a FEBRASGO, o tratamento imunossupressor em mulheres grávidas com
lúpus em remissão não deve ser alterado. As drogas mais utilizadas são os
glicocorticoides e a hidroxicloroquina, que devem ser mantidos.
Alternativa A - Correta: Exatamente! A hidroxicloroquina e a prednisona devem ser
mantidos! Lembrando que a prednisona pode ser utilizada porque ela não ultrapassa a
barreira placentária. Portanto, o gabarito é alternativa A.
Alternativas B, C e D - Incorretas.
- Polimiosite
97. (CERMAM - AM – 2011) Paciente feminino, 20 anos, apresentando fraqueza
muscular proximal, astenia e mialgia profundas, com histopatologia de biópsia
muscular com infiltrado linfomonocitário endomisial, necrose de fibras musculares, tem
diagnóstico mais provável de:
A ) Polimiosite.
B ) Dermatopolimiosite.
C ) Fibromialgia.
D ) Hipotireoidismo.
E ) Osteoartrite.
Gabarito: A
Comentário: o quadro clínico aqui foi bem genérico, temos uma paciente com fraqueza
muscular, astenia e mialgia. Porém a banca fornece um dado interessante! Traz a
biópsia muscular da paciente mostrando infiltrado linfomonocitário endomisial, necrose
de fibras musculares, além disso, Temos infiltrado linfocítico endomisial com células T
CD8+ e macrófagos na miofibrila, infiltrado inflamatório heterogêneo, aqui a
vasculatura é poupada relativamente. A alternativa “B” está incorreta, o achado da
biópsia aqui mostra infiltrado linfocítico perifascicular/perivascular, atrofia perifascicular
é bem marcante nesta doença, pode haver deposição de complemento em capilares
endomisiais, podem estar presentes linfócitos T CD4+. A alternativa “C” está incorreta,
fibromialgia é caracterizada por distúrbios do sono, fadiga, dor generalizada no corpo,
porém aqui temos um achado muito específico que exclui o diagnóstico, que seria a
biópsia muscular alterada. A alternativa “D” está incorreta, pessoal, o hipotireoidismo
assim como outros distúrbios da tireoide entra como diagnóstico diferencial, uma vez
que podem realmente causar quadros de miopatia, porém a questão não deixar dúvida
quando coloca a biópsia muscular com infiltrado inflamatório endomisial e necrose de
fibras musculares. A alternativa “E” está incorreta, osteoartrite não cursa com miosite e
muito menos com alteração de biópsia de fibra muscular. O quadro clínico é de dor
articular de características mecânicas.
98. (SP - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – HIAE- 2012). Com relação a
polimiosite-dermatomiosite a manifestação clínica mais comum é:
A) Dor muscular difusa que evolui com fraqueza generalizada, geralmente
simétrica
B) Fraqueza muscular distal, com evolução proximal rápida e assimétrica
C) Fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva
D) Dor e fraqueza muscular assimétrica de instalação aguda
E) Fraqueza muscular distal, difusa e de instalação rápida
Gabarito: C
Comentário: A dermatomiosite e a polimiosite são miopatias autoimunes sistêmicas
que cursam, tipicamente, com acometimento inflamatório da musculatura estriada,
cursando com fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva. A alternativa “a”
está incorreta porque a polimiosite e dermatomiosite não costumam causar dor
muscular e a fraqueza presente nessas miopatias é tipicamente de preodomínio
proximal. A alternativa “B” está incorreta porque a fraqueza típica dessas miopatias é
proximal, simétrica, de início insidioso e progressiva. Isso não significa que músculos
distais não sejam afetados, predominam os sintomas decorrentes do envolvimento de
musculatura proximal. A alternativa “D” está incorreta porque, conforme já dito nas
alternativas anteriores, dor não é comum e a fraqueza é de predomínio proximal e de
instalação insidiosa. A alternativa “E” está incorreta porque a fraqueza característica
dessas miopatias tem características totalmente opostas às descritas, conforme
discutido anteriormente.
99. (HMAR 2018) As miopatias inflamatórias são um grupo heterogêneo de doenças
que se caracterizam por fraqueza muscular proximal e elevação sérica de enzimas
originadas da musculatura esquelética. Sendo INCORRETO que:
a) são reconhecidos cinco subtipos de doença: polimiosite primária idiopática (PM),
dermatomiosite primária idiopática (DM), PM ou DM associada à neoplasia, PM
ou DM juvenil e PM ou DM associada a outras doenças do colágeno.
b) na PM/DM, a principal manifestação é a fraqueza proximal e simétrica de
cinturas escapular e pélvica e de musculatura cervical.
c) dependendo do grau da perda de força, o paciente pode manifestar desde
fadiga e intolerância ao exercício até marcha cambaleante e dificuldade para
subir escadas.
d) a evolução tende a ser gradual e progressiva. A grande maioria dos pacientes
podem apresentar mialgia associada.
gabarito comentado:
A alternativa “a” está correta, pessoal, a banca deu como certa esta alternativa, mas
iremos fazer um adendo. Atualmente o termo correto para designar este grupo de doenças
seria miopatias autoimunes sistêmicas e podemos incluir a polimiosite, dermatomiosite,
síndrome antissintetase, miosite por corpúsculo de inclusão e miopatia necrosante
imunomediada. Além disso o termo miopatia inflamatória seria inadequado, porque não iria
abranger a forma necrosante imunomediada.
A alternativa “b” está correta, aqui o que não podemos esquecer é deste padrão proximal e
simétrico na polimiosite e dermatomiosite, enquanto na miopatia por corpúsculo de inclusão
podemos ter um padrão mais distal e assimétrico de acometimento de fraqueza.
A alternativa “c” está correta, dependendo da gravidade pode inclusive apresentar disfagia,
disfonia e evolução para insuficiência respiratória.
A alternativa “d” está incorreta, pois a evolução geralmente é aguda ou subaguda e a
progressão leva de semanas a meses, com exceção da miopatia por corpúsculo de
inclusão que evolui muito lentamente ao longo de anos.
gabarito comentado:
Questão simples que versa sobre fatores de mau prognóstico nas miopatias
inflamatórias. Vamos à lista destes fatores:
● Idade tardia na ocasião do diagnóstico;
● Acometimento cardíaco;
● Acometimento pulmonar;
● História pessoal ou familiar de neoplasia;
● Paciente acamado;
● Fraqueza proximal e distal dos membros;
● Presença de anticorpos antissintetase;
● Presença de vasculite cutânea;
● Presença de calcinose;
● Disfagia grave;
gabarito letra d
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
B. Incorreta. Colchicina, tetraciclina e infliximabe não são comumente associados a
miopatias que mimetizam polimiosites.
C. Incorreta. Corticoides e metotrexato podem ser usados no tratamento de algumas
condições reumatológicas, incluindo polimiosite, mas não costumam desencadear
miopatias.
D. Incorreta. Quinolona, heparina e ciclofosfamida não são geralmente associadas ao
desencadeamento de miopatias que mimetizam polimiosites.
E. Incorreta. AZT (zidovudina), clofibrato e cloroquina não são frequentemente
associados a miopatias mimetizando polimiosites.
Portanto, a opção correta é a A, que inclui medicamentos como a sinvastatina, que têm
sido associados a miopatias.
DERMATOMIOSITE
103. (USP-RP - SP - 2017)
B.S.S., menino, 6 anos de idade, apresenta-se com história de perda de força muscular
simétrica e proximal há 4 semanas. Há 2 semanas, apareceram lesões
maculopapulares eritematosas em superfícies extensoras das articulações
metacarpofalangeanas. Qual o diagnóstico provável?
A ) Distrofia muscular de Becker.
B ) Dermatomiosite juvenil.
C ) Polimiosite.
D ) Distrofia muscular de Duchenne.
Gabarito: letra B
COMENTÁRIO:
As lesões descritas são características da dermatomiosite que são as pápulas de
gottron (lesões eritematosas maculopapulares nas superfícies extensoras das
articulações metacarpofalangeanas). Resposta correta é a letra B.
108. (HMDI 2020) A alternativa que não corresponde aos sinais ou sintomas presentes
na dermatopolimiosite é:
A) Fraqueza muscular assimétrica e distal
B) Heliotropo
C) Pápulas de Gottron
D) Rash malar
Gabarito A
Saber que a dermatomiosite se apresenta com fraqueza muscular proximal e simétrica,
podendo-se achar pápulas de gottron, heliotropo e achados cutâneos. Pessoal,
questão conceitual sobre dermatomiosite que se torna fácil para quem sabe! Vamos lá
aprender...A dermatomiosite é uma miopatia inflamatória idiopática que se apresenta
com fraqueza muscular proximal, simétrica e progressiva. Além de desenvolver
achados cutâneos que podem aparecer isoladamente e persistir após o
tratamento.Podem ficar felizes porque é uma doença com achados patognomônicos!
Estes são as pápulas de Gottron e erupção do heliotrópio, além de poderem vir
associadas a áreas pruriginosas de eritema violáceo em couro cabeludo, face, tronco e
extremidades superiores.
A alternativa “a” está correta, o anti Jo 1 está presente em 30% dos casos miopatias
inflamatórias e faz correlação com doença pulmonar intersticial, artrite, fenômeno de
Raynaud, relacionado a FAN positivo em padrão citoplasmático em 50% a 80% dos
casos. O anti Mi2 ocorre em 20% das dermatomiosite e está relacionado a quadro de
doença cutânea fulminante, porém com boa resposta ao tratamento e menor risco de
malignidade
.A alternativa “b” está incorreta, exames específicos de esclerose sistêmica, em
miopatias não são positivos estes anticorpos, a não ser que seja overlap com
esclerodermia.
A alternativa “c” está incorreta, anti Sm e anti DNA são anticorpos relacionados ao
LES, sendo o anti Sm bastante específico para o diagnóstico e o anti DNA sensível.
A alternativa “d” está correta, anti RNP está relacionado à doença mista do tecido
conjuntivo e fator reumatoide não apresenta especificidade para miopatias.
COMENTÁRIO:
Alternativa D: Achados de lúpus, esclerose sistêmica e polimiosite, associados a um
FAN pontilhado grosso com anti-RNP positivo. Tais achados são clássicos de DMTC e
indicaria este diagnóstico em detrimento dos outros.
112. (UESPI 2022) DCV, 34 anos, branca, com febre, astenia e emagrecimento há 8
meses. Nesse período esteve em tratamento com neurologista para crises agudas de
dor intensa na região lateral da face direita. Refere fenômeno de Raynaud há cerca de
1 ano, tosse seca e dispneia há 2 meses, com piora progressiva. Ao exame, edema de
quirodáctilos, estertores crepitantes em bases pulmonares bilateralmente e força
proximal simétrica grau3 em membros superiores e inferiores. Exames
complementares: FAN 1:640 nuclear pontilhado grosso, VHS 77mm (VR < 15), CPK
568 U/L (N: < 180). Qual o diagnóstico mais provável?
a) Miosite por corpúsculo de inclusão
b) Lúpus Eritematoso Sistêmico
c) Esclerose sistêmica
d) Doença mista do tecido conjuntivo
e) Polimiosite
Gabarito: D
Comentário: Para o diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é quase
obrigatória a presença do anticorpo Anti-RNP. Na verdade, essa informação está nas
entrelinhas, visto que o Anti-RNP é um dos tipos de padrão nuclear pontilhado grosso,
junto ao anti-Sm.A DMTC é uma doença autoimune rara que envolve sintomas e
achados clínicos de várias doenças autoimunes do tecido conjuntivo, incluindo lupus
eritematoso sistêmico, esclerodermia e polimiosite. A presença de edema de
quirodáctilos, fenômeno de Raynaud, fraqueza muscular, elevação do FAN com padrão
pontilhado grosso e elevação da CPK são achados da doença.Vamos ver as outras
alternativas, que são excluídas por pequenos detalhes:A) Miosite por Corpúsculo de
inclusão.O padrão de fraqueza apresentado é distal.B) Lúpus eritematoso
sistêmico.LES não costuma cursar com fraqueza muscular e elevação de CPK, e
faltam sintomas mais característicos como o eritema malar ou nefrite lúpica.C)
Esclerose sistêmica.Não cursa com fraqueza muscular e o padrão mais comum de
acometimento pulmonar é de fibrose, que não apresentaria estertores crepitantes.E)
Polimiosite.Embora o padrão de perda de força também seja proximal, a disfagia é um
sintoma importante, e os anticorpos característicos são anti-jo e antisintetase.
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Incorreta a alternativa D, porque, de fato, a DMTC acomete mais frequentemente
mulheres, mas é considerada uma doença do tecido conjuntivo rara e menos frequente
que as demais, como LES e esclerose sistêmica.
Incorreta a alternativa B, porque o marco laboratorial da DMTC, e critério obrigatório
para seu diagnóstico, é a presença do anti-RNP. O anti-dsDNA (DNA dupla hélice) é
um autoanticorpo altamente específico de LES, não esperado na DMTC.
Incorreta a alternativa C: porque o prognóstico da DMTC varia de acordo com as
manifestações clínicas apresentadas pelo paciente e pode se comportar como uma
doença leve e estável, mas também como uma condição extremamente grave e
ameaçadora à vida. Atualmente, a principal causa de óbito em pacientes com DMTC é
a hipertensão pulmonar.
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Correta a alternativa A. veja como a banca cobrou alguns achados da (Síndrome de
Sjögren;) SS. O mais clássico foi o achado de sensação de areia nos olhos,
representando a secura ocular, além de vermelhidão ocular, que pode ocorrer devido à
irritação da secura. Tosse seca também pode estar presente por xerotraqueia e, por
fim, a banca termina com anemia megaloblástica, que ocorre por deficiência de
vitamina B12 devido à atrofia da mucosa gástrica que os pacientes com SS
apresentam.
Incorreta a alternativa B. Não é acometimento comum da SS, sendo mais comum na
doença mista do tecido conjuntivo.
Incorreta a alternativa C. O único achado compatível seria a anemia com VCM
aumentado, mas não seriam prováveis os demais sintomas.
Incorreta a alternativa D: Determina síndrome do olho vermelho geralmente
relacionada a um agente de contato, não justificaria os demais sintomas do nosso
paciente.
A) Anti-RNP-U1.
B) Anti-Ro/SS-A.
C) Anti-La/SS-B.
D) Anti-CCP (anticorpos contra peptídeos citrulinados cíclicos).
Gabarito: A
COMENTÁRIO:
Correta a alternativa A: A alternativa “a” está correta porque o anti-RNP é critério
obrigatório para o diagnóstico de DMTC e está presente em 100% dos pacientes,
gerando um padrão de FAN nuclear pontilhado grosso.
Incorreta a alternativa B: A alternativa “b”está incorreta porque o anti-Ro ou anti-SSA é
um autoanticorpo associado, classicamente, à síndrome de Sjögren, mas também
presente em diversas outras colagenoses, como no LES, mas sem relação com a
DMTC.
Incorreta a alternativa C: A alternativa “c” está incorreta porque o anti-La ou anti-SSB,
assim como o anti-Ro, é um anticorpo muito associado à síndrome de Sjögren,
presente também em outras colagenoses, mas sem relação com a DMTC.
Incorreta a alternativa D: A alternativa “d” está incorreta porque o anti-CCP é um
autoanticorpo muito específico de artrite reumatoide e sem relação com a DMTC.
119. (HC/HFPR -2022) Qual das doenças reumatológicas abaixo apresenta maior
associação com o fenômeno de Raynaud?
A) Artrite reumatoide.
B) Dermatomiosite.
C) Esclerose sistêmica.
D) Lúpus eritematoso sistêmico.
E) Síndrome de Sjögren.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
Alternativa A - Correta: Como visto acima, a primeira manifestação clínica na esclerose
sistêmica é o fenômeno de Raynaud, que ocorre em mais de 90% dos pacientes e
constitui um achado bastante importante para o diagnóstico precoce da doença.
Alternativa B - Incorreta: Como visto acima, o fenômeno de Raynaud pode estar
associado à dermatomiosite, mas apresenta maior associação com esclerose
sistêmica. Aqui, devemos lembrar das pápulas e sinal de Gottron (patognomônicos da
doença).
Alternativa C - Incorreta: O fenômeno de Raynaud pode estar associado à artrite
reumatoide (AR), mas apresenta maior associação com esclerose sistêmica. Os
sintomas mais comuns da AR são os da artrite em qualquer articulação do corpo,
sobretudo mãos e punhos.
Alternativa D - Incorreta: O fenômeno de Raynaud pode estar associado ao LES, mas
apresenta maior associação com esclerose sistêmica. As manifestações clínicas mais
frequentes são lesões de pele (80% dos casos). Lembrem-se da lesão em asa de
borboleta.
Alternativa E - Incorreta: Como visto acima, o fenômeno de Raynaud pode estar
associado ao Sjögren, mas apresenta maior associação com esclerose sistêmica.
Lembrem que é uma doença autoimune que se caracteriza principalmente pela
manifestação de olhos e boca secos (sicca, ou síndrome sicca).Portanto, o gabarito é a
letra A.
120. (UFMG)
A respeito de cervicalgia ou lombalgia, é INCORRETO afirmar que:
A) a maioria dos pacientes com cervicalgia ou lombalgia aguda tem doenças
musculares ou degenerativas as quais requerem tratamento específico.
B) dor referida na região lombar, de origem pélvica ou abdominal, não é afetada
pela posição da coluna.
C) cervicalgia ou lombalgia de natureza musculoesquelética tipicamente surge
após exercício não habitual; pode ocasionalmente ocorrer espontaneamente, com
frequência pela manhã ao despertar.
D) cervicalgia ou lombalgia de origem radicular tem distribuição no dermátomo
correspondente, mas pode ser sentida nos músculos inervados pela raiz afetada.
RESPOSTA: A
B -> correta A dor referida de órgãos internos para a região lombar tende a ser mais
profunda e latejante, e é difícil de apontar o local exato. Geralmente, não há piora com
o movimento, diferente da dor por doença musculoesquelética.
C -> correta A maioria dos pacientes apresenta a causa musculoesquelética para o
aparecimento dos sintomas, como uma contratura muscular e alteração de ligamento.
D -> correta As alterações sensitivas associadas à compressão radicular são a
irradiação da dor para o membro superior num dermátomo definido. Freqüentemente, o
doente refere parestesias no mesmo território. Ocasionalmente encontra-se
hipoestesia no território acometido.
121. (UFMG)
No que diz respeito à avaliação clínica da dor lombar é correto afirmar:
a) O enfoque é descartar doença sistêmica subjacente;
b) Identificar comprometimento neurológico que requeira avaliação cirúrgica;
c) Considerar a existência de fatores psicológicos ou sociais que possam
amplificar ou prolongar a dor;
d) a, b e c estão corretas.
RESPOSTA: D
A avaliação clínica da dor lombar deve enfocar três aspectos principais: – descartar
doença sistêmica subjacente; – identificar comprometimento neurológico que requeira
avaliação cirúrgica; – considerar a existência de fatores psicológicos ou sociais que
possam amplificar ou prolongar a dor.
Para a maioria dos pacientes, essas questões poderão ser respondidas após
anamnese e exame físico detalhados. Devido ao curso geralmente benigno da
lombalgia e ao fato de ser raramente atribuível a qualquer lesão anatômica específica,
efetuar uma busca exaustiva da causa em todos os pacientes seria frustrante e
dispendioso.
Na ausência de sinais de alerta, a abordagem diagnóstica inicial deve ser sempre
conservadora, dispensando a solicitação de exames complementares. A investigação
precoce com exames de imagem deve ser restringida aos pacientes com maior
probabilidade de doenças graves e raras.