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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

GLEICY FAVACHO, RU 2173145, TURMA 2018/02

ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - EXTENSÃO

Cabo Frio
2021
GLEICY FAVACHO, RU 2173145, TURMA 2018/02

ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - EXTENSÃO

Relatório de estágio de ESTÁGIO


SUPERVISIONADO HÍBRIDO da
disciplina de Estágio Supervisionado
Diferentes contexto apresentado ao curso
de Bacharelado em Artes Visuais do
Centro Universitário Internacional
UNINTER.

Cabo Frio
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 03
2 DESENVOLVIMENTO 04
2.1 ESTADO DA ARTE ................................................................................. 13
2.2 CAMPO EXTERNO REMOTO – ANÁLISE IMAGÉTICA ........................ 14
2.3 MATERIAL: CRIAÇÃO E REFLEXÃO .................................................... 17
2.4 PRÁXIS E RELATÓRIO DE EVIDÊNCIAS ............................................. 18
2.4.1 Práxis ..................................................................................................... 18
2.4.2 Relatório de evidências ........................................................................ 22
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 30
REFERÊNCIAS....................................................................................... 31

1 INTRODUÇÃO

O projeto de extensão tem como principais objetivos: Disponibilizar para a


comunidade a oficina de Storyboard, introduzindo os participantes na leitura de
roteiro, aplicando o aprendizado em desenho e comparando a técnica com a
estrutura de quadrinhos. A intenção também é trazer uma conversa sobre como o
cinema e outras produções audiovisuais e animação (que utilizam o Storyboard), são
uma junção de múltiplas linguagens no mundo da arte.
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O projeto de extensão foi aplicado juntamente com o polo de apoio presencial


de Barra de São João, segundo distrito do município de Casimiro de Abreu/RJ, que
possui uma população estimada de 45.041 pessoas, de acordo com os dados do
IBGE. O município tem como principais atividades a agropecuária e o turismo
ecológico e rural, segundo o site do ConLeste (consórcio intermunicipal de
desenvolvimento do Leste Fluminense). Há na cidade grande interesse em resgatar
a história de Barra de São João visto que existe o Circuito Histórico e Cultural Barra
400, onde houve um passeio com estudantes em 2019 para conhecer a história de
Barra de São João que completou quatro séculos de fundação naquele ano (ação
que fez parte do projeto caminhos da história, realizado pala Secretaria Municipal de
Comunicação Social em parceria com o turismo e apoio da Guarda Municipal.  
Como o projeto de extensão traz a proposta de releitura através da linguagem
dos quadrinhos, da colagem e da pintura (a obra híbrida), o tema pode ser
importante para a cidade pois instrumentaliza os educadores para a prática docente,
sendo uma proposta de atividade em que os alunos podem fazer uma releitura dos
poemas de Casimiro de Abreu, poeta nascido no município que leva seu nome.
Casimiro foi um dos maiores poetas da segunda geração do Romantismo, tendo
como destaque o poema “Meus Oito Anos” e a casa onde passou sua infância é hoje
um museu dedicado à sua memória. O poeta também é patrono da cadeira número
6 da Academia Brasileira de Letras.
O Polo em Barra de São João é importante para a cidade por oferecer
diversos curso de Graduação e Pós Graduação, tendo o apoio dos funcionários que
prestam excelente atendimento, presencial ou remotamente. O curso de Artes
Visuais, por exemplo, tanto na licenciatura quanto no bacharelado, é uma opção
perfeita para quem é educador ou trabalha nas instituições culturais.
A escolha do formato de em extensão para o estágio se justifica por estarmos
em um momento onde se vive em uma pandemia, então foi feito de forma remota.
Esse curso é destinado para o público jovem e adulto, podendo ser professores ou
interessados nos assuntos abordados. A construção de uma nova obra utilizando
diversas linguagens, possibilita ao espectador a prática artística, além de um novo
olhar sobre as formas de arte utilizadas no processo, já que a releitura traz uma
nova interpretação sobre as obras abordadas.

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2 DESENVOLVIMENTO

O principal foco do projeto de extensão é ensinar a criar um Storyboard


aplicando o aprendizado de diversas disciplinas ao longo do curso de Bacharelado
em Artes Visuais, dentre elas, “Fotografia Digital e Quadrinhos”, de André Lopes
Scoville e Bruno Oliveira Alves e “Fundamentos da Linguagem Visual”, de Adriana
Vaz e Rossano Silva. No entanto, as bases mais utilizadas foram alguns artigos e
matérias pesquisadas a serem citadas ao longo do texto, além da revista “Curso
Prático de Desenho” (com o subtítulo: Storyboard - Desenho para Pré Produção de
cinema e TV) da editora Escala.
Dentro da oficina de Storyboard, foram aplicados os conhecimentos em
desenho, composição, enquadramento, perspectiva, luz e sombra, cor, além de
estimular a criatividade do aluno, que precisou unir todas essas técnicas para
produzir um trabalho nessa nova modalidade apresentada a eles.
Primeiro, falamos sobre o que era Storyboard e sobre a linguagem do cinema,
fundamental para que os participantes da oficina pudessem entender como funciona
essa prática e sua importância dentro de uma produção. Em seguida, tivemos uma
aula de introdução ao desenho, para que os participantes pudessem aprender a
soltar o traço a partir de linhas e formas básicas.
Nas aulas seguintes, tivemos aulas de composição e perspectiva de cenário e
personagens, com o objetivo de desenvolver a visão de cameraman, aprendendo
assim, o que poderia estar ou não dentro de quadro, levando em conta que o que
está no desenho de Storyboard irá ser trabalhado para ser visto em uma tela.
Por fim, mais duas aulas foram utilizadas para que o aluno pudesse ver na
prática o que foi ensinado ao longo da oficina, com dois exercícios de Storyboard,
sendo um deles feito do zero, a partir do trecho de um roteiro.
Sobre o que foi passado nas aulas, a começar pelo Storyboard (o que é e
qual sua função): Também chamado de esboço sequencial, é uma pré-visualização
do que está no roteiro, na forma de ilustrações em ordem cronológica, ou seja, um
roteiro visual. Informações baseadas em várias fontes, como a revista citada acima e
sites como “modelosdestoryboards.blogspot.com”).
Além da parte teórica, foram mostrados exemplos de Storyboard, comparando
a sequência de desenhos com os quadros nos filmes (imagens encontradas no site

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Pinterest), incluindo o Storyboard do filme “O Profissional” já que se tornou um filme


clássico e, por consequência, mais fácil de a maioria dos participantes se
familiarizarem.
Partindo para a linguagem do cinema, ainda na primeira aula, aprendemos
sobre os nomes mais falados em uma produção audiovisual (Curso Prático de
Desenho Storyboard n° 24' da editora Escala), afinal, o Storyboarder precisa ter
conhecimento de câmera para que seja possível um maior entendimento sobre o
assunto (Storyboard – Característica, utilização e análise de suas representações
gráficas – Luiz Ataíde Neto e Marcos Buccini, 2006).
Começando pelos tipos de corte ou transição de câmera: 
“Fade in” é quando temos uma tela escura e a imagem vem surgindo aos
poucos. Já “Fade out'' é quando o oposto ocorre. “Fusão”, como o nome já diz,
acontece quando uma nova imagem aparece se fundindo com a anterior. Em
seguida temos “Flow'', muito usada em sonhos, é uma imagem fluida sem
densidade, ou, desfocada, que costuma ser usada em imagens que evocam sonhos.
“A grande angular” é uma lente aumentada, que se usa para acentuar o impacto da
cena. “Plongèe” é a imagem vista de cima para baixo e, “Contra-Plongée”, de baixo
para cima. O “Travelling” é o movimento da câmera de baixo para cima ou vice-
versa (vertical), ou, da esquerda para a direita ou, no sentido oposto (horizontal).
“Zoom in” é o ajuste automático da lente zoom que permite a aproximação da
imagem de um objeto num cenário amplo em fração de segundos, sem perder o
foco. Já "Zoom out" é o movimento oposto, revelando o cenário que circunda a
imagem. Ainda temos “Freeze”, que é quando a imagem em movimento cessa
repentinamente, também chamado de “Congelamento”. “C.C.” é a correção de
câmera, quando há mudança de um enquadramento para outro sem corte. por fim, a
“Aproximação” onde, diferente do "Zoom in” a câmera se aproxima do objeto ou
pessoa sem movimentos bruscos.
Ainda falando sobre as nomenclaturas, conhecemos os planos, que mostram
o quanto do cenário e/ou personagens aparecem em quadro. “Pan”, “Panorâmica”
ou “Grande Plano Geral” (ou ainda “Vista Aérea”), é quando a vista de uma cena é
tão abrangente que se perdem os detalhes, já que o ponto de vista do observador é
bem distante. O “Plano Geral” já permite que os componentes do cenário sejam
vistos com razoável definição pelo observador. O “Plano Geral Médio” tem como

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função destacar parte dos componentes (o que é supérfluo fica de fora). Ainda
temos o Plano Americano, que mostra os personagens do joelho para cima, o “Plano
Médio”, que mostra o personagem da cintura para cima e o “Primeiro Plano”, do
tórax para cima. No “Plano Detalhe” a câmera evidencia, como diz o nome, um
detalhe. “Close Up”, a cabeça ocupa a maior parte do quadro. Finalmente temos o
“Big Close Up”, quando o rosto preenche o quadro inteiro.
Outros nomes de planos, cortes e outras técnicas não encontrados na revista,
mas muito usados no cinema também são: O “Plano de
Ambientação/Estabelecimento”, que possui a finalidade de apresentar o universo a
ser explorado, é um plano geral em movimento; o “Travelling/Tracking Shot”, que é
quando a câmera se desloca no espaço geralmente por meio de dolly (carrinho em
cima de um trilho); o “Plano Sequência” que se trata de um plano longo, sem cortes.
Esse plano confere teor realista às produções, contudo, se der errado, deve ser todo
refeito; o “Plano Holandês” utiliza a câmera inclinada para passar instabilidade
psíquica; o “Lapso de tempo” ou “Time-Lapse”, (o termo em inglês é mais utilizado,
mesmo aqui no Brasil) é usado para acelerar imagem, geralmente em ambientação
urbana; a “Câmera Tremida” é utilizada em cenas de ação, principalmente de luta
(How Movies Work, KAWIN, 1992).
Na segunda aula os participantes tiveram uma introdução ao desenho, para
que, aqueles que não tivessem ainda a prática, pudessem ter uma noção básica
antes de partir para os exercícios mais práticos. Começamos com um exercício de
aquecimento, movimentando a mão em círculos, depois fazendo alguns rabiscos
incertos no papel, alguns desenhos soltos sem referência, apenas para soltar os
traços e ficar mais fácil de desenhar. Em seguida, fomos desenhando algumas
formas geométricas (esferas, cilindros, quadrados, cones, etc.), que serviriam de
base para a construção de outros desenhos, como por exemplo: caixas, livros,
taças, canecas, etc.
Ainda na aula de número dois, aproveitamos o aprendizado das formas
básicas para criar objetos e compô-los em um cenário, como uma mesa de café da
manhã com garrafas, potes de manteiga, frutas, xícaras, vaso de flores e outros
itens, para dar uma ideia de composição. Com essas formas também foi ensinado
sobre luz e sombra, muito importante para a construção do Storyboard. Assim,

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quando, por exemplo, tiver um cenário com uma janela aberta, o desenho deverá
mostrar de onde vem a luz e onde entram as sombras, o que ajudará na fotografia.
A aula três teve como proposta desenvolver a visão de cameraman, ou seja,
saber o quanto do cenário ou dos personagens estará dentro de quadro (aquilo que
é captado pela câmera). Para isso, fizemos um exercício inspirado pela revista
"Curso Prático de Desenho Storyboard n° 24' da editora Escala”, com algumas
modificações. Foi utilizada uma base de plástico transparente liso em uma moldura
de cartolina e, diferente do que está na revista (que usa uma base acrílica e o
desenho é feito diretamente nela), essa moldura era apontada para algum lugar,
como a rua ou as casas vizinhas e era fotografado. Logo em seguida era desenhado
apenas a parte do cenário que estava dentro da moldura. O exercício foi feito
fotografando vários ângulos para treinar o olhar e aproveitar o que foi ensinado
sobre composição, com o auxílio das formas básicas, conforme foi falado na aula
anterior.
A quarta aula foi para aprendermos sobre perspectiva de cenário e
personagens. Começando pelo cenário, utilizamos formas geométricas como
quadrado e triângulo para representar uma casa, colocando-a de vários ângulos ao
acrescentar linhas e retângulo, assim mostrando a casa em várias direções para a
demonstração de perspectiva, que seria a visão do observador em relação à linha do
horizonte. Essa aula teve o auxílio do livro “Novo Curso de Desenho” de Mozart
Couto, também da editora Escala (2012). A perspectiva é determinada a partir de um
ou mais pontos de fuga que partem da linha do horizonte, o que define de que
ângulo é visto o objeto do cenário ou personagem, com o auxílio de linhas que
partem desses pontos. Começamos com o desenho de uma casa em várias
direções, depois, foram feitos desenhos de casas em fileira em uma rua vista de
lado, depois, duas fileiras de casas vistas da parte de baixo de uma rua.
Na segunda parte da quarta aula, os alunos aprenderam o desenho de
personagem, começando pela construção da figura humana, começando pela
cabeça, fazendo a junção de um círculo com uma forma retangular para o crânio que
seria dividido em linha para determinar a posição dos olhos, nariz e boca.
aprendendo a desenhar a cabeça, pudemos ver como colocá-la de frente, de lado,
vista de baixo ou de cima, enfim, de vários ângulos.

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Em seguida partimos para o desenho de corpo, onde, com o auxílio de formas


simples como o círculo e o trapézio, por exemplo, pudemos ter uma base para
construir a figura humana. Feito isso, utilizamos linhas de ação, para auxiliar no
gestual, já que no Storyboard precisamos desenhar os personagens em movimento,
não apenas uma imagem estática. Foram dados exemplos de personagens
saltando, lutando, correndo, sentados, em posições e ações diversas.
Finalmente, a partir da quinta aula começamos a realizar exercícios práticos
de Storyboard. A partir de um exercício retirado do site
“modelosdestoryboards.blogspot.com”. Tratava-se de um Storyboard com o título “O
Mistério da Pasta” com quadros em branco que iríamos completar imaginando as
sequências desse roteiro (que era inexistente, por isso, as cenas teriam de ser
inventadas). A informação que tínhamos, de acordo com os quadros já preenchidos,
era a que a história falava sobre um detetive que estava trabalhando em seu
escritório quando se depara com uma pasta misteriosa deixada em sua porta.

Além de desenhar as cenas, abaixo dos quadros haviam espaços onde são
descritos detalhes de cada um, como o tipo de corte ou transição, se a cena é
externa ou interna, se acontece durante o dia ou à noite, qual o ângulo da câmera,
etc. Às vezes é colocada também uma fala de um ou mais personagens em cena.
Por exemplo:

“Quadro 1: Interior. Dia. Escritório do detetive. Detetive sentado a ler o jornal.


Som: Pancadas na porta.” 
Às vezes é colocada também uma fala de um ou mais personagens em cena.
Não é necessário um texto grande com tantos detalhes, apenas o suficiente para
auxiliar o entendimento dessa etapa da pré-produção audiovisual.
O exercício foi excelente para exercer a criatividade, até porque, sem um
roteiro, precisamos inventar o que acontecia nos quadros em branco. Além disso, foi
fundamental para entender na prática como funciona o Storyboard, aplicando tudo o
que foi aprendido nas aulas anteriores.

Ainda na quinta aula, fizemos um outro exercício, retirado do mesmo site,


dessa vez com o título:” Aventura no Espaço”. A história, com alguns quadros já
prontos no Storyboard, parecia falar sobre um astronauta que interceptava um plano
de invasão alienígena. O título aparece no primeiro quadro, com um detalhe escrito:
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“Abertura em fusão”. Assim, o segundo quadro (o primeiro era o título), que já estava
no exercício, foi copiado em cima do título com uma opacidade mais baixa,
indicando que a imagem do título iria se fundir com a do primeiro quadro da cena
inicial.

No segundo quadro, onde havia o desenho de uma nave, foi colocado o


desenho de uma seta apontada para a direita. Mostrando que o objeto ou a câmera
seguiriam para aquela direção. As setas também são um recurso muito usado no
Storyboard, indicando movimento de câmera, objeto ou personagem de onde surge
e para que direção vai (Artigo em inglês “Schematic Storyboarding for Video
Visualization and Editing”, by: Dan B. Goldman, Brian Curless, David Salesin and
Steven M. Seitz).

O terceiro quadro também já estava pronto no exercício e foi aproveitado no


quarto quadro, onde foi utilizado o recurso de transição em fusão, mesclando a
imagem anterior que era a do astronauta (personagem principal da história) com a
figura da nave alienígena que surgiria na tela. Nesse mesmo quadro também foi
utilizado o recurso da seta, vindo da direita, indicando que a nave surgiria do canto
direito da visão de câmera.

Nesse exercício com a história do astronauta, temos um quadro pronto onde


embaixo está escrito entre os detalhes: “Luz amarela agressiva”. Isso indica que o
Storyboarder apresenta um plano de iluminação para a fotografia dessa cena. Sendo
assim, esse segundo exercício, além de reforçar o entendimento sobre quadros,
planos, cortes e ângulos de câmera, também possibilitou pensar sobre a fotografia e
recursos de iluminação.

Chegamos então na sexta aula, onde o objetivo era fazer um Storyboard do


zero, com todos os quadros em branco. O mesmo site utilizado nos exercícios
anteriores oferecia um template vazio para que se pudesse criar um novo
Storyboard. Foi utilizado então um roteiro da peça de teatro chamada “Entre o Céu e
o Inferno" (de Daniel Gravelli, 2008). A peça foi pensada como um roteiro de filme
para que pudesse se adequar ao exercício.

Tomando apenas a primeira parte do texto, que servia de abertura para a


história do personagem, ficamos com o momento em que James (nome do
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protagonista) ainda bebê encontra-se abandonado na lixeira e é descoberto pela


prostituta Sônia.

O primeiro quadro se inicia com o título, utilizando a sugestão que estava


escrita nessa parte do template, que era “abertura em fusão, partindo para o
segundo quadro, mostrando a praça em plano geral”, onde podemos ver o banco da
praça (cenário de todos os acontecimentos da história), um poste de um lado desse
banco e a lata de lixo do outro. No desenho, a praça está envolta em neblina e no
detalhe, além de escrito “Plano Geral”, também se lê: “Som: choro de criança”. A
visão é frontal.

O segundo quadro mostra o mesmo local, porém, em plano geral médio e


visto da diagonal, com a silhueta de Sônia surgindo da neblina e olhando para a lata
de lixo, já que no texto ela procura de onde vinha o choro.

Vamos para o terceiro quadro, com close no bebê (seria como se a câmera
filmasse de cima) que chora dentro da lata de lixo. Esse quadro se funde com o de
número quatro que está em primeiro plano, com um contra-plongèe de Sônia
encontrando James na lata de lixo.

Já no quinto quadro foi utilizado o plano detalhe em plongèe, mostrando a


mão de Sônia tocando no pano que envolve a criança. No detalhe também está
escrito a fala de Sônia: Meu Deus, quem fez isso com você? “Voltamos para o
contra-plongèe em plano médio com Sônia já com o bebê no colo e a fala: “Meu
Deus, quem teve coragem de fazer isso?”

Mais uma vez, temos o plano detalhe no sétimo quadro, com a mão de Sônia
encostada no pano que cobre a criança, porém, dessa vez, sentindo algo molhado. 
A criança havia urinado e estava sem fraldas. Corta para o oitavo e último quadro
em plano médio com Sônia vista de frente, erguendo um pouco a cabeça com
expressão de nojo e limpando a mão na própria roupa.

Como na aula também falamos de cortes, que é a passagem entre os planos,


achei interessante acrescentar alguns tipos de cortes usados, que são: “Standard
Cut/ Hard Cut/ Corte Seco”, que é o tipo mais comum nas edições por ser o corte
sem efeitos de transição; O “Jump Cut”, um tipo de corte seco (sem transição) que

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indica uma passagem de tempo pequena produzindo dois planos a partir de uma
tomada(take) de forma brusca. “Cutting on Action” é passagem de um plano para o
outro, onde o último plano coincide com a ação do primeiro. O corte é feito no
momento da ação, e é finalizada no outro plano. Muito utilizado em cenas em cenas
de luta.; “Cutaway” é o corte que interrompe um plano e insere um elemento que
antes não estava em cena. Um objeto que contribui tanto para a contextualização,
quanto para a dramaticidade narrativa não só pelo seu significado, mas pela
suspensão do desenrolar do primeiro plano; o “Cross Cut”, também chamado de
“edição paralela”, é usado para contar acontecimentos em lugares distintos ou
histórias paralelas sincronizadas; também temos o  “Match Cut”, corte que mostra
cenas diferentes, mas com imagens semelhantes e com aspecto de continuidade; o
“Smash Cut” é um corte repentino onde, geralmente, não haveria um corte.
Normalmente a passagem ocorre entre cenas com carga emotiva bem diferentes
entre si (tensão x tranquilidade). Suspende a carga emotiva e a dramaticidade, mas
cria-se uma expectativa e uma interrupção emocional no espectador; o “Invisible
Cut” produz a ilusão de que não há um corte e é feito focando um objeto escuro no
fim da primeira sequência e no início da próxima; o “J Cut” é quando o áudio do
segundo corte chega antes da sua imagem e o “L Cut” é quando áudio do primeiro
corte é prolongado para o segundo corte. (How Movies Work, KAWIN, 1992).

Assim, finalizamos a oficina com três exemplos de construção de Storyboard


nas duas últimas aulas. Dois desses exemplos semiprontos, para que fosse mais
fácil de o participante entender como funciona a dinâmica e, um modelo vazio para
que o aluno entendesse desde o início como traduzir o roteiro em imagens
sequenciais, que é o conceito de Storyboard. Devemos lembrar que essa é a última
etapa da pré-produção (o processo audiovisual é dividido em: pré-produção [story-
line, sinopse ou argumento, roteiro, Storyboard], produção [captação ou produção
das imagens] e pós-produção [montagem, edição e finalização] [Luiz Ataíde Neto e
Marcos Buccini, 2006]) e que irá ajudar a economizar tempo e dinheiro na produção,
já que através do Storyboard é possível ver o que funciona, e o que não funciona em
cena. Isso inclui enquadramento, iluminação, elementos do cenário, figurino, etc.

As aulas de desenho mencionadas no início foram para ajudar os


participantes dessa oficina a ter uma base para conseguir desenhar, mesmo não
sendo sempre necessário que os traços sejam perfeitos, já que o Storyboard deve

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ser um processo rápido, no entanto, deve ser compreendido por todos aqueles da
equipe que irão trabalhar a partir dele. Além disso, o conhecimento sobre
composição e perspectiva ajudam muito a pensar em planos e enquadramentos,
tanto no que diz respeito a cenários quanto a personagens.

Mesmo as aulas sendo gravadas e postadas no Youtube (devido a


impossibilidade de ser feita a transmissão ao vivo, por problemas técnicos), houve
uma boa interação com os participantes, que eram sempre avisados pelo grupo
criado no WhatsApp quando uma aula era postada e logo podiam fazer comentários.
Uma das coisas positivas foi que alguns dos alunos, por serem colegas da Uninter
em fase inicial, tinham que fazer um portfólio que consistia em criar uma animação
em stop motion, e essa oficina de Storyboard os ajudou nesse trabalho (de acordo
com comentários dos próprios participantes no grupo), que era uma pequena
produção audiovisual.

O stop motion (apenas um paralelo para explicar o trabalho desses


participantes) é uma animação feita quadro a quadro, “consiste em criar uma
simulação de movimento contínuo com objetos estáticos por meio da sequência de
uma série de imagens fixas sucessivas” (blog Doméstica, 4 de setembro de 2020).
Então o Storyboard acaba sendo fundamental aqui, como em qualquer produção, é
claro, mas no caso da animação, deve ser pensado de forma mais detalhada cada
quadro, tornando indispensável o trabalho do Storyboarder.

Além de gravar as aulas, foram mandados para os participantes da oficina os


templates com os exercícios demonstrados em vídeo, para que também pudessem
praticar em casa. Assim, puderam acompanhar além da teoria tanto as aulas de
desenho básico quanto as práticas de Storyboard. O objetivo era que todos
pudessem criar um Storyboard para melhor compreensão das aulas oferecidas na
oficina.

Foi interessante também, perceber durante a oficina, a abrangência da arte e


como várias formas da arte são interligadas, já que no Storyboard trabalhamos com
desenho, fotografia, uso de luz e cores, composição, perspectiva, etc.

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Além disso, mesmo sendo uma base para a etapa de produção audiovisual
(seja essa produção para televisão, cinema, animação, ou campanha publicitária), o
Storyboard não deixa de ser uma arte por si só, uma arte sequencial.

2.1 ESTADO DA ARTE

O Storyboard, como já foi falado nesse texto, é a última etapa da pré-


produção de um trabalho audiovisual, sendo esse processo “dividido em: pré-
produção (story-line, sinopse ou argumento, roteiro, Storyboard); produção
(captação ou produção das imagens); e pós-produção (montagem, edição e
finalização)” (NETO e BUCCINI, 2006). Essa etapa consiste em traduzir o roteiro em
imagens, por assim dizer, possibilitando a visualização de como devem ser os
enquadramentos, a fotografia, os planos, cenário, etc. 
“Assim, podemos afirmar que o processo de concepção do
Storyboard consiste, na representação visual das cenas que compõem um
filme, promovendo, antes de mais, um pensamento livre e a objetivação de
aspectos criativos (P. M. TEIXEIRA, R. GOMES, A. FERREIRA, J.P.
TEIXEIRA, e P. TAVARES, 2016) — aliás, nesta perspectiva, Jeunet revela
“... je ferme les yeux et je me retrouve dans un cinema: je vois la scène” (p.
25). Desde os finais dos anos 30, este processo de visualização ganhou
força através de autores como William Cameron Menzies (1896-1957) que,
através dos seus quadros, procurava desenvolver uma narrativa visual que
pudesse dar a conhecer a dinâmica dos cenários e o desenho dos figurinos
exigidos pela diligência da história.” 

O Storyboard pode ser muito interessante na educação, seja em escolas ou


em projetos a serem apresentados para a comunidade, já que pode se ensinar
através de pequenas produções, sejam curtas de cinema ou animação, ou então
uma campanha de conscientização (nesse caso se assemelha à produção
publicitária), e essas produções se tornam um excelente reforço educacional, pois “o
Storyboard nasce fundamentalmente da construção de uma narrativa, de
roteirização, da aprendizagem de contar uma história” (FISCHER, 2010). E se for um
aluno trabalhando nesse projeto ou até mesmo auxiliando, acrescenta ainda mais no
seu aprendizado, inclusive quando se trata de transformar o que se aprende nos
livros (de história, por exemplo) em um texto para filme, como já foi falado, assim o
assunto falado em sala de aula se torna mais interessante. 
Além disso, ao pensar em adaptar, um texto didático para um projeto
audiovisual, ajuda o aluno a olhar mais atentamente para esse texto para saber

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como interpretá-lo, se for cuidar também do roteiro, ou interpretar de forma visual o


roteiro feito por um colega, pois “cabe àquele que projeta mediante a criação do
Storyboard, inicialmente, compreender e apropriar-se dos elementos mais
importantes no desenvolvimento de um roteiro” (FISCHER, 2010). Desse modo,
justifica-se a importância do Storyboard no meio educacional e social, pois além de
ser um poderoso instrumento no auxílio da educação e habilidades artísticas (já que
se trabalha com o desenho, composição, perspectiva, arte sequencial, etc.), também
pode contribuir para trazer informação e cultura para a nossa sociedade. 

2.2 CAMPO EXTERNO REMOTO – ANÁLISE IMAGÉTICA

Sonhos, de Akira Kurosawa, é uma produção japonesa de 1990 que reúne


uma série de curtas metragens do diretor. Os títulos dos curtas são: "Um Raio de Sol
através da Chuva, O Jardim dos pessegueiros, A Nevasca, O Túnel, Corvos, Monte
Fuji Vermelho, O Demônio que Chora e, por último, A Aldeia dos Moinhos de Água.” 

O primeiro curta, “Um Raio de Sol através da Chuva”, mostra um menino que
não dá ouvidos ao conselho da mãe. É um dia de chuva com sol e a mãe da criança
lhe diz que ele não deve sair, pois é nesse tempo que as raposas saem para
acasalamento e não gostam de ser vistas. No entanto, o garoto desobedece e vai
espionar os animais através das árvores, tendo que lidar com as consequências ao
retornar para casa, onde sua mãe lhe entrega uma espécie de punhal que as
raposas deixaram para ele, esperando que tirasse a própria vida. Mas a mãe lhe
sugere que o menino vá até as raposas e implore perdão.

Em “O Jardim dos Pessegueiros”, um garoto é o único a ver uma menina


desconhecida em sua casa e vai atrás dela, indo parar em um local onde encontra
vários seres dizendo que nunca mais iriam à casa dele, pois a família havia cortado
todos os pessegueiros que haviam ali. O festival de bonecas, segundo eles, era
também o festival dos pessegueiros, sendo a boneca uma personificação dessa
árvore. Cortando os pessegueiros, a família cortava o vínculo com esses espíritos,
não podendo assim acontecer o festival de bonecas. A criança então chora e eles
fazem uma última apresentação para o garoto, para que ele pudesse ver os
pessegueiros florindo mais uma vez. 

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Em “A Nevasca”, um grupo de alpinistas parece sucumbir a uma tempestade


de neve, quando uma estranha mulher aparece e faz com que o gelo e a neve
pareçam quentes e confortáveis, assim eles não sentem a morte. Um deles,
contudo, resiste e consegue se livrar do fim iminente, salvando também aos seus
companheiros.
Em “O Túnel”, o capitão do exército caminha por um túnel quando um cão
aparece, latindo sem parar em sua direção. Ao fim da travessia, ele encontra o
fantasma de um soldado e, movido pela culpa, sente o dever de avisar a ele que
está morto e precisa voltar para a escuridão do túnel, tendo que fazer o mesmo
quando outros de seu pelotão aparecem, todos mortos.
“Corvos” mostra um pintor que observa encantado uma pintura de Vincent
Van Gogh no museu e acaba indo parar dentro da pintura como mágica,
conhecendo o próprio Van Gogh e as paisagens que inspiraram suas pinturas.
Em “Monte Fuji em Vermelho”, uma multidão se desespera ao ver que o
monte entra em erupção ao mesmo tempo em que ocorre um incêndio em uma
usina nuclear. O homem que causou essa tragédia escolhe o suicídio a ter que
encarar uma morte lenta causada pela radioatividade.
“O Demônio que Chora” conta a história de um viajante que encontra um
demônio com um único chifre, que lhe mostra o lugar destruído pela ação humana,
lamentando também ter sido um deles.

Finalmente, “A Aldeia dos Moinhos de Água” mostra um homem chegando a


uma aldeia que parece ter parado no tempo. Não usam eletricidade e vivem sem
pressa, recolhendo apenas o necessário que a natureza oferece. Os funerais são
celebrados com festa, pela vida que a pessoa teve.

O filme “Sonhos” é muito visual e reflexivo que foi baseado (segundo o canal
Entre Planos, no Youtube) em sonhos do próprio Kurosawa. As imagens possuem
cores muito vivas e contrastantes, chamando mais atenção que o próprio texto, mas
sem deixar de nos fazer refletir sobre as histórias.

A desconexão do roteiro no caso desse filme, é que nas histórias nem sempre
somos apresentados aos personagens, ou, ao contexto de cada capítulo. A maioria
dos curtas parece iniciar com a história já em andamento, onde vamos aos poucos

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tendo uma ideia do que pode ter acontecido. As ambientações são diversas,
mostrando cidades, florestas, campos, etc.

O filme parece ter um aspecto bastante psicológico, já que trata de sonhos,


mas também fala da relação entre homem e natureza.

As imagens por si só já são algo puramente artístico, pelas cores e


composição, já mostram uma relação com ar artes visuais. Quanto ao campo
cinematográfico, matéria também explorada nesse curso, é um filme que nos leva a
ver o cinema de uma outra forma, já que o enredo é diferente do que estamos
acostumados.

Algo interessante em relação ao diretor é que Akira Kurosawa pintava os


próprios Storyboards em óleo sobre tela, tendo o cuidado de indicar todos os
detalhes que queria apresentar visualmente em seus trabalhos (ÁVILA e
SAVERNINI, 2019, p.6). Kurosawa estudou artes e foi pintor, levando esse
conhecimento e habilidade artística para seus Storyboards, que eram por si só
verdadeiras obras de arte a serem traduzidas para a linguagem cinematográfica. 

Sendo assim, não só o filme, como também o próprio Akira Kurosawa são
temas que podem e devem ser explorados nos estudos de artes visuais e cinema.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

Documentário: 

 Filme: Sonhos

Título Original: 

Yume

 Ano: 1990 Cor: Colorido Idade recomendada: 14 anos

Palavras-chave: 

 Akira Kurosawa, Sonhos, Yume, Curtas, Cinema, Arte

Direção:  Produção: Hisao Kurosawa, Steven Spielberg, Mike Y. Inoue

Akira Kurosawa

Elenco Principal: Akira Terao, Toshie Negishi, Mitsunori Isaki, Yoshiata Zushi, Hisashi Igawa,

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Martin Scorsese, Chishu Ryu, Mitsuko Baisho, Toshihiko Nakano e Mieko Harada.

Informações de Produção: 

 O filme é baseado em sonhos do próprio diretor Akira Kurosawa, contado através de oito curtas
metragens.

Restrições: 

 Para maiores de 14 anos.

Sinopse: 

Sonhos é uma produção japonesa que apresenta uma série de oito curtas metragens do diretor
Akira Kurosawa. Um dos Segmentos mostra um menino espionando o casamento de raposas
através de uma árvore. Em outro, um jovem testemunha um momento mágico no jardim. Muitos
dos filmes estão interligados através de um tema ambiental.

Interdisciplinaridade com outras áreas: 

Storyboard, cinema, pintura.

Observações:

 O filme mostra aspectos psicológicos, lúdicos e traz muita reflexão sobre a relação do homem com
a natureza, o tempo, a vida e a morte.

2.3 MATERIAL: CRIAÇÃO E REFLEXÃO

O projeto de extensão “Oficina de Storyboard” pode ser uma ferramenta


incrível em um ambiente de ensino, pois é um trabalho onde se deve traduzir texto
em imagem, sendo necessário trabalhar a interpretação desse texto, além da parte
artística, pensando em composição, formas geométricas, desenho de figura humana
e cenários, uso de luz e cor.
O Storyboard não trabalha o texto da mesma forma que os quadrinhos, já que
não é o foco e sim, a imagem. Porém, a boa leitura do roteiro é importante e servirá
de grande ajuda em um projeto. Se for necessário fazer um vídeo para apresentar
algum trabalho, por exemplo, seja com atuação ou animação (stop motion tem sido
bastante usado no meio educativo), essa etapa do Storyboard será fundamental
para facilitar o andamento do projeto, já que a visualização daquilo que está no
roteiro evita perda de tempo e gastos desnecessários ao ver o que pode ou não
funcionar.
Na oficina que foi oferecida nesse estágio, o conhecimento sobre o
Storyboard foi passado aos poucos, para facilitar o entendimento dos participantes.

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Começando pelo que é o Storyboard e sua função, passando pela linguagem usada
no cinema (muito importante para o Storyboarder) e uma aula do básico de desenho,
perspectiva e composição.

Também fizemos um exercício para desenvolver a visão de cameraman


recortando um frame (moldura) com cartolina, para mostrar o que a câmera vai
captar e o que vai deixar de fora, além de aproximar, afastar, mudar de ângulo para
ver os diferentes tipos de planos e enquadramentos.

Chegando na etapa de se criar um Storyboard, foram utilizados dois templates


parcialmente preenchidos com uma história para que completássemos, criando os
planos, tipos de corte, enquadramento, etc. por último foi criado um Storyboard o
zero, a partir do trecho inicial de um roteiro.

As ferramentas utilizadas nessa oficina foram lápis e papel para as aulas de


desenho, o tablet para criação de Storyboard (tendo também a opção de fazer no
papel, de forma tradicional), além dos livros e revistas auxiliares.

2.4 PRÁXIS E RELATÓRIO DE EVIDÊNCIAS

O Storyboard é uma ferramenta de pré-produção audiovisual, podendo ser


utilizada na narrativa fílmica ou de animação. Sua execução é semelhante à criação
de quadrinhos, porém sem o uso do texto, pelo menos da mesma forma que nas
HQs. Ele é feito com base no roteiro, sendo a última etapa antes da produção de
fato (ÁVILA e SAVERNINI, 2019, p.2). 
A função do Storyboard é transformar o roteiro em imagens sequenciais, para
que haja uma narrativa lógica, no intuito de pré-visualizar o produto final (HART,
1999. p.4).

2.4.1 Práxis

O Storyboard é uma ferramenta muito importante em uma produção por


permitir a visualização do produto final. “É o documento que faz a transição entre a
palavra escrita, no roteiro, para a narrativa visual, na filmagem ou na produção
digital” (BRAGA e FERREIRA, 2018 p.1).

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“Este documento é essencialmente a representação visual das especificações


técnicas e artísticas, como posicionamento de personagens e elementos de cena,
iluminação, sonorização e movimentação de câmeras, por exemplo” (BRAGA e
FERREIRA, 2018 p.1). Ou seja, serve para auxiliar a equipe a visualizar o que está
no texto, facilitando o processo de criação e produção da obra, funcionando quase
como um ensaio.
O tipo de produção audiovisual que mais depende do Storyboard é a
animação, pois, sendo quadro a quadro, essa pré-visualização é essencial para que
o trabalho tenha a qualidade esperada em um prazo, na maioria das vezes,
pequeno. Erika Savernini e Raphael Domingos Ávila citam em seu artigo “Storyboard
e os complexos roteiros visuais de Akira Kurosawa”:
“Ao se tornar uma indústria, a produção de desenhos animados
alcançou grande escala, surgindo a necessidade da criação de métodos de
otimização do tempo de trabalho. O Storyboard começou a ser utilizado
justamente nesse sentido e, logo, se tornou obrigatório para as animações.
Uma vez que ensaiava toda a narrativa de um filme, ele se tornou uma
ferramenta essencial para os ilustradores visualizarem seu trabalho
previamente e evitarem erros (ÁVILA e SAVERNINI, 2019, p.3). “

O mesmo artigo fala sobre a importância ou não do detalhamento no


desenho. Geralmente, principalmente se tratando de live-action, não é necessário
que o desenhista seja tão habilidoso, mas, alguns diretores são mais exigentes com
o processo de criação e querem algo mais preciso, mesmo durante a pré produção.
É o caso de um dos clássicos do cinema, citado por Ávila e Savernini:

“a cena da banheira do filme Psicose (1960), uma das cenas mais


importantes da história do cinema, precisou ser planejada minuciosamente
em Storyboard. O encarregado da tarefa foi o ilustrador Saul Bass, famoso
pelas suas aberturas de filmes, como em Um corpo que cai (1958). Alfred
Hitchcock, o diretor de Psicose, era famoso pelo perfeccionismo e exigiu de
Bass diversas correções até chegar nas imagens que haviam em sua
mente. Como na animação, todos os key-frames da cena foram desenhados
em sequência e reproduzidos fielmente em tela. Essa pré-visualização foi o
que auxiliou também na criação da trilha sonora, em um dos mais
emblemáticos casamentos entre áudio e visual (ÁVILA e SAVERNINI, 2019,
p.6).”

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No artigo “O Storyboard como instrumento de projeto: reencontrando as


contribuições do audiovisual e da publicidade e seus contextos de uso no design”, o
autor cita o Storyboard como “...uma disposição de elementos visuais que
representam uma narrativa no tempo...” e que

“...herda uma característica de formatação das chamadas histórias


em quadrinhos (HQ) – destinadas ao consumo do leitor de publicações
como jornais e revistas – porém se transforma em um elemento de bastidor,
de cunho preparatório, visando à projetação de um produto audiovisual,
este, sim, destinado ao público. (FISCHER, 2010, p.56)”

Isso mostra que há essa semelhança entre quadrinhos e Storyboard, contudo,


o segundo segue por outro caminho pois, embora também siga uma sequência
narrativa e utilize uma linha de formatação bem parecida, a finalidade é diferente. As
histórias em quadrinhos são o produto final, com o texto e narrativa completa,
enquanto o Storyboard é um instrumento, ainda que de grande importância no
desenvolvimento de um projeto.
Essa semelhança entre quadrinhos e Storyboard foi um dos motivos principais
da pesquisa para esse projeto, pois, além da origem, mostra como as artes se
interligam como vimos ao longo desse texto. Não utilizamos apenas um tipo de
linguagem para a construção do Storyboard, já que ele reúne o desenho, a
linguagem cinematográfica e, às vezes, até mesmo a pintura.
O cinema em si trabalha com diversas linguagens e elas já são pensadas a
partir do Storyboard, já que é a partir dele que se vê o processo criativo do projeto
audiovisual.
No desenho de cada quadro desenho por exemplo, devemos pensar no
equilíbrio da composição, pensando não só na estética como também na
compreensão de determinada cena, e de como ela irá se encaixar na visão do
diretor. Podemos ver isso no livro “Fundamentos na Linguagem Visual”, mais
especificamente no tópico “O Equilíbrio e o Desequilíbrio: Organização das Formas
no Espaço”, que diz: “Para organizar as formas no espaço, precisamos estudar o
conceito de equilíbrio, pois ele é um dos princípios essenciais para criar uma
composição visual.” (SILVA e VAZ, 2016, p.81). Eles citam ainda Rudolph Arnhein,
dizendo que, “Segundo esse autor, a organização das formas no espaço deve
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transmitir a sensação visual de que todas as partes estão posicionadas de maneira


adequada e agradável para o espectador (público)” (SILVA e VAZ, 2016, p.82).
Esses trechos se encaixam bem no que diz respeito à composição de cenário,
com ou sem personagens, já que uma cena bem equilibrada ajuda a contar a
história, fazendo praticamente parte do texto. Se houver desequilíbrio, pode causar
confusão ou incômodo para quem estiver assistindo.
Outro elemento que também pode ser pensado no Storyboard é a cor. Muitos
diretores tem como uma espécie de assinatura determinada paleta ou tom específico
de cores em seus filmes. O Storyboard geralmente não é colorido, mas, pode-se
mencionar determinada cor nas anotações que seja importante para determinado
quadro ou cena. Essa cor pode revelar as emoções que o diretor quer mostrar no
filme, ou o clima presente no ar. Isso será visto na fotografia do filme. Isso porque,
segundo Silva e Vaz, “é uma figura de linguagem comum dizermos que as cores são
mais ‘alegres’ ou mais ‘tristes’: para a nossa cultura ocidental, é clara a associação
do amarelo à alegria, do vermelho escuro à violência e dos cinzas à melancolia”.
(SILVA e VAZ, 2016, p.145 e p.146).
O quarto capítulo do mesmo livro também fala sobre luz e sombra, que foi
outro assunto estudado na oficina de Storyboard. O profissional que trabalha nessa
área também irá pensar em como a iluminação irá funcionar para o filme e definir
isso no desenho dos Storyboards. Nas páginas 167, 168 e 169 aparecem exercícios
de luz e sombra que foram utilizados nessa oficina.

Esse mesmo capítulo também aborda a perspectiva e a ilusão de espaço,


outro ponto abordado na oficina. No Storyboard precisamos pensar em como
representar os cenários e os personagens em relação a eles, e colocar isso dentro
dos planos e enquadramentos especificados no roteiro (ou então sugerir outros).
Segundo os autores, com a perspectiva, podemos “representar um objeto que tem
três dimensões em uma superfície plana, com duas dimensões” (SILVA e VAZ,
2016, p.177). Desse modo, utilizamos uma superfície bidimensional, como o papel,
ou a tela de um computador ou tablet, para representar cenários, objetos e pessoas,
que são tridimensionais (no caso de live-action).

No Storyboard, sendo este uma arte sequencial, precisamos passar a ideia de


tempo e movimento. Como dizem os autores do mesmo livro mencionado no

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parágrafo anterior, “é por meio da dimensão de tempo que vamos pensar o


movimento, tanto no modo de apreciar como no de produzir uma imagem” (SILVA e
VAZ, 2016, p.215). Precisamos então passar a ideia de que houve uma ação, ainda
que curta, entre um quadro e outro, pois é preciso mostrar o dinamismo das cenas,
lembrando que o que está no papel será filmado ou animado.

Ainda no mesmo capítulo, eles dizem que “o movimento é realizado por uma
sequência de fases” (SILVA e VAZ, 2016, p.218), e essa sequência deve ser
mostrada no Storyboard. Não é necessário demonstrar cada fração de segundo,
claro, mas no caso da animação, isso deve ser um poco mais detalhado. Segundo
os autores, “a repetição de um elemento que se modifica num espaço bidimensional
também produz um ritmo” (SILVA e VAZ, 2016, p.228). Então, no Storyboard
podemos criar essa ideia de ritmo ou de movimento se repetimos algum objeto
modificando ligeiramente a posição do objeto ou personagem. Pode ser uma
mudança sutil ou não, irá depender do roteiro e do tipo de produção.

Assim, o modo como se trabalha o Storyboard não chega a ter um padrão,


isso irá variar de cada profissional, mas carregam as mesmas bases, como visto no
estudo de todos os artigos e dos livros abordados neste relatório. Compreendendo
essas bases cada participante pode criar seus próprios projetos sabendo como
funciona a arte do Storyboard e utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo do
curso de artes visuais para fazê-lo.

2.4.2 Relatório de evidências

Nome da ação: Oficina de Storyboard


Ementa: Introdução ao Storyboard, à linguagem cinematográfica e ao
desenho para aplicação prática do tema da oficina, fazendo exercícios de criação
Storyboard com os alunos logo após a parte teórica da oficina.
Período de realização: 19/04/2021 a 24/04/2021
Número de inscritos e participantes: 16 participantes
Lista de participação, conforme consta:
1- Alessandro Beck
2- Valdney Sampaio Barbosa 
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3-Laine costa
4- Patrícia Esteves 
5- Jessica Teodoro
6- Luana Martins
7- Karine Vigolo Saldanha
8 -Maike Moreira
9 - Vera Ritter
10 - Bruna Moreira
11 - Loraine Belini
12 - Monique Oliva
13. Luciana Bortoletto
14. Sílvio Alves
15.Rosemeire Luiza da Silva
16. Beatriz Lemos
 

Fotos da atividade e dos materiais.

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A seguir ficha de frequência obrigatória:

 
NOME DO ALUNO- Gleicy Favacho Rodrigues 
CURSO – Artes Visuais – Bacharelado 
ESTÁGIO – Diferentes Contextos 
HORAS- 12 horas 
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LISTA DE PRESENÇA PARA CERTIFICAÇÃO DE 12 HORAS 
NOME COMPLETO  E-MAIL 
1. Alessandro Beck alessandro.beck@live.com 

2. Valdney Sampaio Barbosa  valsampaio2008@gmail.com 

3. Laine Costa  geusilainesilva@gmail.com 

4. Patrícia Esteves  patricesteves@gmail.com 

5. Jéssica Teodoro  Jssica_teodoro@yahoo.com 

6. Luana Martins  luanacmartins12@gmail.com 

7. Karine Vigolo Saldanha  karinevigolo@gmail.com 

8. Maike Moreira  maikeartesvisuais@gmail.com 

9. Vera Ritter veramariarn@msn.com

10. Bruna Moreira  brunacxd@gmail.com 

11. Lorraine Belini lorrainebelini@hotmail.com

12. Monique Oliva  mac.oliva13@gmail.com 

13. Luciana Bortoletto lbortoletto.avoa@gmail.com 

14. Silvio Alves  silvio Costa.org@hotmail.com

15. Rosemeire Luiza da Silva meire-luiza@hotmail.com

16. Beatriz Lemos beatrizlemos98@hotmail.com

 
Anexe abaixo, os dados de repercussão de suas atividades nas mídias sociais. 
Você precisará fazer prints de telas em três momentos distintos para comprovar o número de
participantes. 
1. Momento 01: ao término da atividade 
2. Momento 02: dois dias após a realização da atividade 
3. Momento 03: cinco dias após a realização da atividade

Momento 1: 19/04/2021 a 24/04/2021

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Momento 2: 22/04/2021 a 27/04/2021

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Momento 3: 24/04/2021 a 03/04/2021

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização deste estágio, foi possível perceber que ao estudar o


Storyboard, nos deparamos com diversas linguagens. Obviamente a linguagem
cinematográfica (já que precisamos nos familiarizar para reproduzir os planos
enquadramentos, etc.), o desenho, com ele a composição, perspectiva, desenho de
objetos e figura humana. Nem sempre é necessário ser um perfeito desenhista, mas,
é fundamental que se tenha uma base, quanto mais habilidade artística melhor se
consegue captar a visão que se encontra no roteiro e facilita o processo criativo.
Essa oficina também é um incentivo ao estudo das artes visuais e o
conhecimento sobre Storyboard pode ser um grande aliado na criação de um
projeto. Também foi visto que se pode trabalhar em um projeto artístico com alunos
de uma escola ou curso ou oficina. Ou então em algum projeto cultural que precise
utilizar desse recurso.
Também foi possível, através das pesquisas feitas para essa oficina que as
artes são bastante interligadas, já que o Storyboarder deve pensar na fotografia, nas
cores, na linguagem cinematográfica, para decidir os planos, a composição de cada
cena e cenário, nas cores (em alguns casos).
Foi possível também ver como cada etapa é importante em uma produção
artística e como esse recurso, por si só, também vira uma obra de arte na mão de
alguns diretores.
O Storyboard é utilizado no cinema, na animação e até mesmo na
publicidade. Mesmo não sendo o produto final, tem sido visto com grande valor
nessas produções audiovisuais e pode servir como um guia até em projetos
pequenos.
Foi interessante ver também a sua semelhança com as histórias em
quadrinhos (as HQs), vindo da mesma origem como artes sequenciais, ainda que
com finalidades diferentes.
Vendo o Storyboard como uma base para o processo criativo podemos dizer
que esse recurso tem grande valor nas artes visuais.

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REFERÊNCIAS

1 ConLeste – http://conlest.com.br

2 IBGE – http://ibge.gov.br 

3 Modelos de Storyboard – http://moelosdestoryboar.blogstpot.com

SCOVILLE, André; OLIVEIRA, Bruno. Laboratório de Artes Visuais, Fotografia


Digital e quadrinhos. Curitiba: Editora Intersaberes, 2019. 

4 Teixeira, P. M., et al. "O Storyboard: Ensaio de um Narrativa Planificada."


International Conference on Illustration & Animation 4 (2016): 619-627.

5 SAINT-VINCENT, R.: Storyboard: du Dessin au Film. Paris, 2002.

6 FISCHER, Gustavo. O storyboard como instrumento de projeto: reencontrando as


contribuições do audiovisual e da publicidade e seus contextos de uso no design.
Strategic Design Research Journal, v. 3, n. 2, 2010.

7 KAWIN, Bruce. How Movies Work. Berkeley: University of California Press, 1992.

8 Canal Entre Planos: Sonhos – Quando a Imagem é mais importante que o


Enredo - https://www.youtube.com/watch?v=snce9DoQM1I

9 DE ÁVILA, Raphael Domingos; SAVERNINI, Erika. Storyboard e os complexos


roteiros visuais de Akira Kurosawa 1, 2019.

10 BRAGA, H.C., Pedro e FERREIRA, F, Ismar - SLAP: uma linguagem de


padrões utilizados em storyboards para geração semiautomática de
animações digitais, 2018.

11 FISCHER, Gustavo. O storyboard como instrumento de projeto: reencontrando


as contribuições do audiovisual e da publicidade e seus contextos de uso no design.
Strategic Design Research Journal, v. 3, n. 2, 2010.

12 VAZ, Adriana, SILVA, Rossano, Fundamentos da linguagem visual. Editora


Intersaberes, 2016.

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