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GD&T: DimensionamenTo

e Tolerâncias
GeoméTricas
Uma abordagem prática sobre o que é e como medir.
1. Sobre o autor.
2. Objetivos e estratégias.
3. GD&T: De onde veio? Para que serve?
4. Referências, graus de liberdade e a medição no espaço.
5. Como entender e medir os erros previstos pelo GD&T?
I. Erros de forma:
a) Retilineidade;
b) Planicidade;
c) Circularidade;
d) Cilindricidade;
II. Erros de orientação:
a) Angularidade;
b) Perpendicularidade;
c) Paralelismo;
III. Erros de localização:
a) Posição real;
b) Concentricidade;

Roteiro de Trabalho c) Simetria;


IV. Erros de batimento:
a) Ramificação dos tipos de batimentos;
b) Batimento simples e batimento total;
GD&T: c)
d)
Batimento radial;
Batimento axial;

DimensionamenTo V. Erros de perfil:


I. Perfil de linha qualquer;

e Tolerâncias II. Perfil de superfície qualquer;

GeoméTricas
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Olá, meu nome é Lucas Araújo, sou nascido em Bragança Paulista, interior de São Paulo em
agosto de 1992.

Atualmente, atuo como metrologista em uma empresa do ramo automotivo na cidade de


Atibaia. Atuo em laboratórios de metrologia desde 2010, já tendo trabalhado com produtos
de diversos segmentos, como: automotivo, aeroespacial, saúde, materiais bélicos,
componentes para máquinas operatrizes e muitos outros.

Estudei mecatrônica durante o período entre 2011 e 2014, atualmente, estudo gestão da
qualidade.

Tive a oportunidade trabalhar não apenas com as rotinas de um laboratório de metrologia,


como também com o desenvolvimento de pessoas, além disso, fui responsável pelo
desenvolvimento de alguns processos dentro da qualidade assegurada (não apenas
metrologia), tive experiência de trabalho internacional (no Canadá, país que adoro, rsrs), e
realizo trabalho de consultoria para laboratórios de metrologia desde 2016.

Sobre o Autor Gostaria de lhe agradecer por dedicar uma parcela de seu tempo acompanhando este
material, e para retribuir sua atenção e dedicação, farei todo o possível para trazer o máximo

GD&T: de conteúdo pertinente para lhe ajudar em seu desenvolvimento em GD&T, tornemo-nos
fluentes neste idioma tão rico e importante para o mundo industrial.

DimensionamenTo Coloco-me a disposição para discutir qualquer material exposto neste documento, ou ainda,

e Tolerâncias qualquer outro assinto do qual precise de suporte, ou queira trocar conhecimentos.

GeoméTricas DESEJO UMA ÓTIMA LEITURA!!

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O propósito deste material é auxiliar não apenas profissionais do mundo
da metrologia, mas também qualquer pessoa com interesse em
aprofundar seus conhecimentos quanto ao GD&T.

A proposta é abordar o tema de maneira leve e direta, utilizando de


exemplos simples para que a aprendizagem seja tranquila e agradável.

Meus contatos estão disponíveis neste material, por isso, sinta-se livre
para me contatar caso tenha qualquer comentário, dúvida adicional, ou
mesmo o desejo de participar de um treinamento mais completo quanto
ao assunto apresentado ou qualquer outro assunto relacionado a
Metrologia.

Objetivos e Estratégias
GD&T:
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e Tolerâncias
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Antes de sair falando sobre normas, simbologias, erros, cálculos, ou
qualquer outra coisa, é importante entender qual o propósito do GD&T,
isso facilitará nossa conversa no decorrer de nosso tempo juntos.

O GD&T já é uma ferramenta bem antiga, teve seu início durante a


segunda guerra mundial. De lá pra cá bastante coisa evoluiu, e existe
uma longa história....

Mas como não temos a intensão de transformar esta conversa em um


monólogo chato, por enquanto, para dar um pontapé inicial, iremos
entender duas questões:

GD&T: De onde veio? Para que serve?


Um Pouco de História
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e Tolerâncias
GeoméTricas
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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
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GD&T: De onde veio? Para que serve?

Durante a segunda guerra mundial, Stanley Parker, engenheiro britânico que trabalhava na marinha inglesa, responsável pela
produção de torpedos, se deparava com um grave problema nas mãos. Naquela época, sua produção não era capaz de atender a
demanda que recebia.

Enquanto avaliava a situação, Parker percebeu que o problema não era realmente a produção, os componentes dos torpedos era
produzidos com velocidade adequada, no entanto, aproximadamente dois terços do que era produzido era rejeitado
(corretamente) durante o controle de qualidade.

Intrigado com esta situação, Stanley realizou testes de montagem com o material rejeitado, e ficou muito surpreso ao perceber
que mais de 50% do volume reprovado atendeu perfeitamente as necessidades de montagem.

Visto que o controle de qualidade estava sendo executado corretamente, mas o índice de falso alarme (reprova de produtos
bons, vide: Manual de MSA 4ª Edição da AIAG), era altíssimo, ficou claro para Stanley que havia algo de errado no projeto dos
componentes.

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Parker dedicou buscou entender quais as falhas em seus projetos, e entendeu que o conceito de tolerâncias de localização
utilizado era inadequado, a partir de seus estudos nasce o primeiro dos erros previstos pelo GD&T, a posição real ou posição
verdadeira. Mais a frente voltaremos a falar das descobertas de Parker e sobre os erros previstos pelo GD&T, mas por agora o
importante é:

O GD&T nasceu para trazer os conceitos de montabilidade e aplicação para os projetos e laboratórios de metrologia.

Por isso...:

O GD&T traz um sistema de tolerâncias mais adequado, portanto, pode baratear os processos produtivos e ainda evitar
o refugo de produtos bons (como no caso de Parker)

Então, agora que o gelo foi quebrado, e nossos motores estão funcionando, é hora de aprendermos efetivamente, como é que o
GD&T funciona!!!

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É isso mesmo, logo de cara e já aparece um papo desses: “Medição no
Espaço”.....

Mas pode ficar tranquilo e guardar seu traje espacial, este é um conceito
muito mais simples do que pode parecer, se você já mediu algo em sua
vida, então você já o utilizou.

É preciso entender que: todas as medições previstas pelo GD&T ou pelo


CD&T (sistema de tolerâncias cartesiano, falaremos mais dele adiante),
é baseado em uma medição de distâncias. Para entender este conceito,
observe o exemplo disponível na próxima página.

Medição no Espaço
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Pense na medição de um diâmetro, podemos resolver isso com a simples distância entre dois pontos alinhados à 180° que tocam
a tangente de um circulo:

Caso a intensão seja avaliar o diâmetro médio deste circulo, basta repetir a medição de distância diversas vezes e calcular sua
média:
∑ 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖
𝑛
Para avaliar o menor circulo sobrescrito ou o maior circulo inscrito deste diâmetro, devemos comparar a distância de cada
ponto avaliado contra um ponto de centro comum. E assim por diante, o seja, não importa qual característica estejamos
interessados em avaliar, enquanto falamos de GD&T ou CD&T estaremos falando sobre distâncias.

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Mas por que é importante saber que estamos medindo distâncias???

Porque isso facilita muito o entendimento de visão espacial, ou tridimensional que utilizaremos daqui para frente.

Existe uma regra muito importante quando falamos sobre distâncias: Distâncias são a medida entre um ponto e uma
referência (guarde este conceito).

Por exemplo: não faz sentido perguntar qual a distância para a cidade de Campinas no estado de São Paulo, se não foi dado um
ponto de partida (referência). A mesma coisa acontece quando falamos de medição. As referências de medição – “DATUMS” –
são tão importantes.

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O próximo exemplo irá ajudar no entendimento de Datums:

A imagem ao lado é o modelo tridimensional de uma peça simples,


uma arruela quadrada.

Perceba que existem três linhas de referência alinhadas ao modelo:


• Linha Azul: representando o eixo Z (altura);
• Linha Vermelha: representando o eixo X (largura);
• Linha Verde: representando o eixo Y (profundidade).
A partir destas referências é possível determinar um SISTEMA DE
COORDENADAS.

Assim, podemos dizer que o furo central da peça ao lado está


localizado nas coordenadas (10;10), ou seja: coordenada 10mm
com relação ao eixo X e coordenada 10mm com relação ao eixo Y.

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Para trabalhar com as medições no espaço, devemos realizar
alinhamentos, que pode ser entendido como apoiar as superfícies
de uma peça contra eixos de referência.

Quando executamos qualquer medição de distância, estamos


respeitando este princípio.

Por exemplo: um paquímetro universal conta com uma superfície


de medição fixa (referenciamento), e uma móvel (medição), então,
quando apoiamos a peça medida contra a superfície fixa do
instrumento estamos travando um sistema de coordenadas para esta
medição.
Medição
O mesmo acontece com qualquer outro equipamento de medição
de distâncias.
Referenciamento

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No GD&T, nossas referências são tratadas como Datums de
medição, eles servirão para travar os graus de liberdade de uma
peça para que ela seja medida de maneira adequada. Graus de Liberdade

Existem 6 graus de liberdade, 3 de translação (movimentos


retilíneos paralelos aos eixos X, Y ou Z), e 3 de rotação
(movimentos giratórios sobre os eixos X, Y ou Z), conforme
imagem ao lado.

Com estes 6 graus de liberdade é possível realizar qualquer


movimento no espaço, mas para garantir uma medição adequada,
é fundamental que estes movimentos sejam limitados,
TRAVADOS, é ai que entram os Datums.

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Dependendo do tipo de característica controlada, será necessário travar Pino A Pino B
um numero específico de Datums, podendo variar de nenhum, até 3
referências.

Para facilitar o entendimento dos graus de liberdade e dos Datums,


podemos usar o seguinte exemplo:

Imagine o processo de montagem dos componentes ilustrados ao lado,


podemos dizer que este processo acontecerá em três etapas: Placa B

1º Apoiar a “Placa B” sobre a “Placa A”;


2º Inserir o “Pino A”;
3º Inserir o “Pino B”.

Quando seguimos este processo, estamos respeitando Datums e


Placa A
travando graus de liberdade. Veja a seguir...

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No primeiro passo, estamos travando o Datum Primário, este é Pino A Pino B
responsável pelo travamento de 3 graus de liberdade (dois de rotação e
um de translação)

Sem separar as duas placas, não é possível rotacionar a “Placa B” com


relação a “Placa A” tanto no sobre o eixo X (1º grau de liberdade),
quanto no eixo Y (2º grau de liberdade). Visto que as placas estarão
encostadas, a distância entre elas será zero, o que referência o Eixo Z
(3º grau de liberdade). Placa B

O Datum Primário sempre terá este efeito, sempre será um reflexo do


efeito de “apoiar” a uma superfície contra uma referência. Neste
exemplo, o elemento “apoiado” é a superfície inferior da “Placa B”, e
o elemento de referência é a superfície superior da “Placa A”.
Placa A

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Na segunda etapa, realizamos o travamento de dois graus de liberdade, Pino A Pino B
ambos de translação, esse é o efeito do que chamamos de Datum
Secundário.

Para inserir o “Pino A” é necessário que os componentes: “Placa A” e


“Placa B” continuem apoiados, por isso, todos os graus de liberdade
travados anteriormente serão mantidos. Adicionalmente, será travado o
movimento linear paralelo aos eixos X (4º grau de liberdade), e Y (5º
grau de liberdade). Placa B

Perceba que a partir deste momento, o único movimento possível entre


os componentes, é o giro da “Placa A” e da “Placa B” sobre o eixo Z.

Placa A

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Por último, será inserido o “Pino B” o que garantirá o Datum Terçario, Pino A Pino B
a partir deste momento, nosso conjunto estará completamente travado.

Para inserir o “Pino B” é necessário que os componentes: “Placa A” e


“Placa B” continuem apoiados e o “Pino A” deve permanecer inserido,
por isso, todos os graus de liberdade travados anteriormente serão
mantidos. Adicionalmente, será travado o movimento de rotação sobre o
eixo Z (6º grau de liberdade).
Placa B
Este é o raciocínio que devem ser levado em conta quando utilizamos o
GD&T, desta forma, todas as características serão controladas de
maneira fiel a montagem e função do produto.

Placa A

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Agora que já conversamos sobre os graus de liberdade e sobre os
Datums, podemos finalmente começar a tratar o GD&T.

Todos os Assuntos apresentados serão baseados na norma ASME Y14.5-


2018.

Para facilitar nosso trabalho, os erros do GD&T serão abordados em


grupos, assim, ficará mais fácil identificar quais são as diferenças e
similaridades de cada erro ou grupo de erros.

Entendendo o GD&T
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Quadro de tolerâncias:

Para facilitar o entendimento dos assuntos tratados a seguir, é importante entender como os erros previstos pelo GD&T serão
apresentados, por isso, vamos resolver qualquer dúvida com a imagem a seguir:
Aqui serão indicadas todas as
Aqui será indicada a
informações pertinentes a
simbologia da
tolerância das características
característica
medidas.
medida.

Este é o campo dedicado aos


Datums.

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Erros de Forma

Características gerais: Todos os erros de forma compartilham os seguintes aspectos:

• Todos os erros de forma não possuem referências, isso acontece por que nestes casos as superfícies serão avaliadas contra
um padrão perfeito (logo você entenderá melhor como isso funciona);
• Todos os erros de forma avaliam superfícies geométricas;

Erros deste grupo:

• Retitude ou Retilíneidade;
• Planeza ou Planicidade;
• Circularidade;
• Cilindricidade.

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Retitude ou Retilineidade:

Consiste na comparação de uma linha medida sobre uma superfície ou um eixo contra uma linha perfeita, ou seja, o objetivo
aqui é mensurar o desvio de uma linha. Este erro pode ser exibido das seguintes formas:

Retirado de: https://www.gdandtbasics.com/asme-y14-5-gdt-standard/ em 15/09/2020

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A medição deve ser feita coletando pontos


A retilineidade é representada A tolerância neste caso é apresentada
sobre a superfície indicada, criando uma
pelo símbolo apresentado no por duas linhas paralelas centralizadas
linha reta a qual deve cobrir toda a extensão
primeiro campo do exemplo na linha média dos dados coletados. A
do elemento avaliado.
acima (zona de simbologia). largura entre estas linhas será igual a
tolerância informada no segundo campo
Para isso podem ser utilizados os diversos
Neste caso, a linha de chamada do do quadro de tolerâncias geométricas
equipamentos, como: Relógio Comparador;
quadro de tolerância geométrica (zona de tolerâncias).
Máquina Tridimensional; Circularímetro;
indica a superfície do elemento. Perfilômetro; Projetor de Perfil, entre outros.
Neste caso, não é permitido o uso
de nenhum bônus de tolerância.

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

Neste casso, a tolerância será


Neste caso, a tolerância Será necessário identificar o centro do apresentada por um cilindro
geométrica é apresentada como elemento avaliado em várias (ao menos 3) centralizado na linha média dos centros
uma tolerância secundária da cota seções do cilindro avaliado, esta coleta avaliados.
Ø 10 ± 0,050. normalmente é feita medindo-se círculos em
diferentes profundidades. Caso não seja permitido o uso de bônus
Isso significa que a linha avaliada de tolerância, o diâmetro deste cilindro
não será mais a superfície, mas Normalmente são utilizados equipamentos, será igual a tolerância apresentada no
sim o eixo central da peça. como: Máquina Tridimensional; quadro de tolerâncias (0,030mm). No
Circularímetro; entre outros equipamentos caso de uso de bônus, esta tolerância
Nesta condição é aconselhável o com capacidade de medição tridimensional. poderá receber a expectativa de folga
uso de bônus de tolerância, deste componente, que neste exemplo,
indicado pelo símbolo pode chegar até 0,1mm (este conceito
será abordado separadamente em um
tópico específico.

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Planeza ou Planicidade:

Consiste na comparação de um plano medido sobre uma superfície ou um plano simétrico contra um plano perfeito, ou seja, o
objetivo aqui é mensurar o desvio de um plano. Este erro pode ser exibido das seguintes formas:

Retirado de: https://www.gdandtbasics.com/asme-y14-5-gdt-standard/ em 15/09/2020

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A medição deve ser feita coletando pontos


A planicidade é representada pelo A tolerância neste caso é apresentada
sobre a superfície indicada, criando um
símbolo apresentado no primeiro por dois planos paralelos centralizados
plano que deve cobrir toda a extensão do
campo do exemplo acima (zona no plano médio dos dados coletados. A
elemento avaliado.
de simbologia). largura entre estes planos será igual a
tolerância informada no segundo campo
Para isso podem ser utilizados os diversos
Neste caso, a linha de chamada do do quadro de tolerâncias geométricas
equipamentos, como: Relógio Comparador;
quadro de tolerância geométrica (zona de tolerâncias).
Relógio Apalpador; Máquina
indica a superfície do elemento. Tridimensional; Circularímetro, entre
outros.
Neste caso, não é permitido o uso
de nenhum bônus de tolerância.

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A tolerância será apresentada de


Neste caso, a tolerância Será necessário identificar o centro do maneira semelhante ao caso anterior de
geométrica é apresentada sobre a elemento avaliado, para isso devem ser planicidade, serão criados dois planos
largura da peça medida. medidos dois planos (um em cada superfície paralelos, centralizados no plano
da peça). simétrico médio.
Isso significa que o plano avaliado
não será mais a superfície, mas Normalmente são utilizados equipamentos, Quanto a condição de bônus de
sim o plano simétrico central da como: Máquina Tridimensional; tolerância, a lógica de calculo é
peça. Circularímetro; entre outros equipamentos exatamente a mesma utilizada na
com capacidade de medição tridimensional. retilineidade. Este conceito será
Nesta condição é aconselhável o
abordado futuramente.
uso de bônus de tolerância,
indicado pelo símbolo

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Circularidade:

Desta vez, será realizada a avaliação do quão perfeito é um circulo medido, para este caso não faz sentido a apresentação da
tolerância é a seguinte:

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GeoméTricas
Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A circularidade é representada A coleta de pontos de medição deve ser feita A tolerância neste caso é apresentada
pelo símbolo apresentado no em uma única secção da superfície medida, por dois círculos concêntricos alinhados
primeiro campo do exemplo formando uma fatia do cilindro indicado com o ponto central do circulo médio
acima (zona de simbologia). (circulo). calculado a partir do dados coletados. A
diferença entre os raios destes círculos
Neste caso, a linha de chamada do É comum a utilização de instrumentos de será igual a tolerância informada no
quadro de tolerância geométrica medição como: Relógio Comparador; segundo campo do quadro de
indica a superfície do elemento. Relógio Apalpador; Máquina tolerâncias geométricas (zona de
Tridimensional; Circularímetro; Projetor de tolerâncias).
Para a circularidade, não é Perfil; Tridimensional Ótica, entre outros.
utilizado bônus de tolerância.

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Cilindricidade:

A cilindricidade é muito semelhante a circularidade abordada anteriormente, a diferença é que neste caso, será adicionada um
profundidade, ou seja, será formado um cilindro medido, e não apenas um circulo:

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A cilindricidade é representada A coleta de pontos de medição deve ser feita A tolerância neste caso é apresentada
pelo símbolo apresentado no ao longo de toda superfície medida, por dois cilindros concêntricos
primeiro campo do exemplo formando um cilindro. alinhados com o ponto central do
acima (zona de simbologia). cilindro médio calculado a partir do
É comum a utilização de instrumentos de dados coletados. A diferença entre os
Neste caso, a linha de chamada do medição como: Relógio Comparador; raios destes cilindros será igual a
quadro de tolerância geométrica Relógio Apalpador; Máquina tolerância informada no segundo campo
indica a superfície do elemento. Tridimensional; Circularímetro, entre do quadro de tolerâncias geométricas
outros. (zona de tolerâncias).
Para a cilindricidade, não é
utilizado bônus de tolerância

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Erros de Orientação

Características gerais: Avaliam, em milímetros, o efeito de desvios angulares.

Erros deste grupo:

• Angularidade;
• Paralelismo;
• Perpendicularidade.

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Angularidade:

A angularidade avalia o impacto de um desvio angular entre duas superfícies, contra um padrão definido.

Para a definição deste padrão deve ser utilizada uma cota básica, a qual será indicada dentro de um retângulo.

As cotas básicas demonstram qual a condição de uma peça perfeita, elas nunca são medidas diretamente, mas serão base de
informação para outras características previstas pelo GD&T.

Retirado de: https://www.gdandtbasics.com/asme-y14-5-gdt-standard/ em 15/09/2020

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A coleta de pontos de medição deve ser feita


A angularidade é representada ao longo de toda superfície medida, de A tolerância neste caso é apresentada
pelo símbolo apresentado no maneira muito parecida com a planicidade. por dois planos paralelos alinhados
primeiro campo do exemplo conforme o ângulo indicado pela cota
acima (zona de simbologia). Independentemente se o meio de medição básica (no exemplo acima, 60°), o offset
escolhido for convencional ou entre estes planos será igual a tolerância
Neste caso, a linha de chamada do computadorizado, é fundamental garantir 3 informada no segundo campo do quadro
quadro de tolerância geométrica fatores: de tolerâncias geométricas (zona de
indica a superfície do elemento. 1. Respeito da superfície de referência tolerâncias).
(Datum Primário);
2. Respeito do ângulo básico de medição
(cota básica);
3. Respeito ao tamanho do elemento
medido.

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Paralelismo:

Existe apenas uma diferença quando comparamos o Paralelismo com a Angularidade, o ângulo de referência, enquanto a
Angularidade depende de uma cota básica indicando qual o ângulo ideal entre a face de referência (Datum) e a face medida, no
caso do paralelismo o ângulo de básico será igual a 0º (ou 180°).

Outra definição aceita, é que o paralelismo é a variação observada em diversas distâncias entre pontos medidos na superfície
avaliada contra a referência (Datum).

Retirado de: https://www.gdandtbasics.com/asme-y14-5-gdt-standard/ em 15/09/2020

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Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A coleta de pontos de medição deve ser feita


O paralelismo é representado pelo ao longo de toda superfície medida, de A tolerância neste caso é apresentada
símbolo apresentado no primeiro maneira muito parecida com a planicidade. por dois planos paralelos alinhados
campo do exemplo acima (zona centralizados no plano médio calculado
de simbologia). Independentemente se o meio de medição a partir dos pontos coletados. O offset
escolhido for convencional ou entre estes planos será igual a tolerância
Neste caso, a linha de chamada do computadorizado, é fundamental garantir 2 informada no segundo campo do quadro
quadro de tolerância geométrica fatores: de tolerâncias geométricas (zona de
indica a superfície do elemento. 1. Respeito da superfície de referência tolerâncias).
(Datum Primário);
2. Respeito ao tamanho do elemento
medido.

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Perpendicularidade:

Este também é um conceito muito parecido com os demais erros de orientação. Neste caso o ângulo de referência também é
fixo (assim como no caso do paralelismo), desta vez utilizaremos como básico 90°.

Outra particularidade da perpendicularidade, é que ela também pode ser aplicada em eixos.

Até a revisão de 2009 da ASME Y14,5, o Paralelismo também podia ser aplicado em eixos. Apesar de não abordarmos
diretamente este tema neste documento, os conceitos desta aplicação é muito parecida com o que será apresentado para a
perpendicularidade nas páginas seguintes.

Retirado de: https://www.gdandtbasics.com/asme-y14-5-gdt-standard/ em 15/09/2020

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GeoméTricas
Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

A Perpendicularidade é A medição deve ser feita coletando pontos


A tolerância neste caso é apresentada
representada pelo símbolo sobre a superfície indicada, criando um
por dois planos paralelos centralizados
apresentado no primeiro campo plano que deve cobrir toda a extensão do
no plano médio dos dados coletados. A
do exemplo acima (zona de elemento avaliado.
largura entre estes planos será igual a
simbologia). tolerância informada no segundo campo
Para isso podem ser utilizados os diversos
do quadro de tolerâncias geométricas
Neste caso, a linha de chamada do equipamentos, como: Relógio Comparador;
(zona de tolerâncias).
quadro de tolerância geométrica Relógio Apalpador; Máquina
indica a superfície do elemento. Tridimensional, entre outros.

Neste caso, não é permitido o uso


de nenhum bônus de tolerância.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Quando apresentado E a tolerância funciona
Deve ser medido assim:
assim: desta forma:

Aqui, a indicação de Será necessário identificar o centro do Neste caso, a tolerância será
perpendicularidade acontece elemento avaliado, para isso devem ser apresentada como um cilindro,
como uma característica medidos círculos em diferentes alturas do centralizado com relação ao eixo médio
complementar ao diâmetro do furo. do cilindro medido. O diâmetro deste
furo. cilindro de tolerância é igual a
Normalmente são utilizados equipamentos, tolerância indicada no quadro de
Neste caso o elemento avaliado como: Máquina Tridimensional; tolerâncias.
será o eixo central do furo. Circularímetro; entre outros equipamentos
com capacidade de medição tridimensional. Abordaremos o conceito de bônus de
Aqui é aconselhável o uso de tolerância futuramente.
bônus de tolerância, indicado pelo
símbolo

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Erros de Localização

Características gerais: São responsáveis pela avaliação de posição de elementos.

Erros deste grupo:

• Posição Real ou Posição Verdadeira;


• Concentricidade;
• Simetria.

NOTA: Os erros de Concentricidade e Simetria já não são mais válidos, ambos atualmente são controlados como posição real,
isso aconteceu porque estes dois erros poderiam ser entendidos como casos específicos de posição real. De qualquer forma,
apresentaremos estes conceitos para garantir seu entendimento.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Posição Real ou Posição Verdadeira:

Este é o conceito mais antigo do GD&T, ele serve para avaliar o quão deslocado um elemento está de sua posição ideal, para
isso é importante conhecer quais são as coordenadas Básicas deste elemento. Para entender melhor este conceito e seus
benefícios, observe a figura abaixo:

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Neste exemplo temos uma peça com um furo com suas coordenadas nos eixos X e Y indicadas, então, consideremos que para
cada coordenada existe um tolerância de ± 0,50mm. Desta forma, o centro deste furo poderia variar dentro de um quadrado de
1,0mm:

Se o centro do furo
estiver em qualquer
lugar dentro deste
quadrado, esta será
uma peça funcional.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Como você pode perceber, a distância da diagonal do quadrado permite
uma variação maior do que o ± 0,5mm. Isso acontecer porque:

𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑋 + 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑌

𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑙 = 1 + 1 = 1,41𝑚𝑚
Este foi o aspecto percebido por Stanley Parker enquanto avaliava,
porque peças reprovadas por seu controle de qualidade ainda eram
funcionais.

Continuando este raciocínio, outra dúvida surge: porque não podemos


utilizar a tolerância aceita na diagonal em todas as direções?

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Perceba que quando consideramos um circulo de tolerância, ao invés de
um quadrado (como proposto pelo CD&T), a área de tolerância se torna
consideravelmente maior:

Área do Quadrado:
𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 ∴ 1 = 1𝑚𝑚²
Área do Circulo:
𝜋 𝑟 ∴ 𝜋 1,41 = 𝜋 0,5 = 1,57𝑚𝑚²
Diferença entre as tolerâncias:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 − Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜
100
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜

1,57 − 1 0,57
100 = 100 = 57%
1 1
A área do circulo de tolerância trazido pelo GD&T é 57% maior do que
a área do quadro de tolerância do CD&T.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
OK, mas como identificar o valor de posição real?

Para entender como funciona a posição real, utilizaremos novamente o


exemplo ao lado.

Imagine que as coordenadas do furo indicado foram medidas e os


valores encontrados foram os seguintes:

Coordenada “X” = 29,985mm


Coordenada “Y” = 25,024mm

Portanto, podemos calcular a posição real da seguinte forma:

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GeoméTricas
O valor de posição real é justamente o diâmetro do circulo criado a partir do raio de desvio de localização de um elemento
medido. Vamos facilitar o entendimento assim:

O elemento
está aqui

Desvio em Y

Erro de Posição Real


Desvio em X

O elemento
deveria
estar aqui.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Portanto, o calculo de posição real deve ser executado da seguinte forma:

𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑋 + 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑌

𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑋 𝐵á𝑠𝑖𝑐𝑎 − 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑋 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑌 𝐵á𝑠𝑖𝑐𝑎 − 𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑌 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙
Trazendo para o nosso exemplo:
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 30,000 − 29,985 + 25,000 − 25,024
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 0,015 + −0,024
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 0,000225 + 0,000576
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 0,000801
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2 0,0283
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟔𝟔𝒎𝒎

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Concentricidade:

Quando falamos sobre concentricidade todas as regras e conceitos abordados na posição real ainda são válidos, no entanto,
visto que a concentricidade trata do desvio entre centros de dois elementos (concêntricos), não são utilizadas cotas básicas
como referência para coordenadas.

Com a revisão da ASME Y14,5:2018, a concentricidade deixou de existir, agora, para controlar este desvio também é utilizada
a posição real.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Simetria:

A simetria é muito semelhante a concentricidade, no entanto, desta vez avalia-se a posição de um elemento simétrico com
relação a outros dois elementos, veja o exemplo:

Com a revisão da ASME Y14,5:2018, a simetria deixou de existir, agora, para controlar este desvio também é utilizada a
posição real.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Erros de Batimento

Características gerais: Estas são tolerâncias compostas, ou seja, seus resultados serão afetados por erros de forma, orientação
e locação do elemento medido.

Erros deste grupo:

• Batimento circular radial;


• Batimento circular axial/lateral;
• Batimento total radial;
• Batimento total axial/lateral.

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GeoméTricas
Como são divididos os erros de batimento?

Circulo de Medição Cilindro de Medição

Medido Contra o Batimento Circular


Batimento Total Radial
Diâmetro Radial

Batimento Circular Batimento Total


Medido Contra a Face
Axial/Lateral Axial/Lateral

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Batimentos Medidos Com Circulo de Medição (Batimentos Circulares)

Isso quer dizer que o medidor (equipamento de medição) realizará a coleta de dados em um único circulo, neste caso a
indicação em desenho será a seguinte:

No exemplo ao lado, podem ser realizadas medições em diversos círculos (fatias)


do cilindro indicado, no entanto, a avaliação de batimento deve ser realizada de
maneira individual.

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GeoméTricas
Batimentos Medidos Com Cilindro de Medição (Batimentos Totais)

Isso quer dizer que o medidor (equipamento de medição) realizará a coleta de dados durante todo o cilindro avaliado, neste
caso a indicação em desenho será a seguinte:

Desta vez a tolerância de batimento será aplicada durante toda a extensão do


cilindro medido, conforme indicado abaixo:

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Batimentos Medidos Contra um Circulo (Batimento Radial)

O medidor (instrumento de medição), realizará a coleta de dados tocando a tangente do diâmetro avaliado. O nome radial é em
função do alinhamento da coleta de dados com relação ao raio do eixo avaliado. É importante lembrar, que o batimento radial
pode ser circular ou total, conforme descrito anteriormente. A indicação será a seguinte:

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Batimentos Medidos Contra uma Face (Batimento Axial, ou Lateral)

O medidor (instrumento de medição), realizará a coleta de dados tocando sobre a superfície da extremidade do eixo avaliado.
O nome axial é em função do alinhamento da coleta de dados com relação ao eixo avaliado. É importante lembrar, que aqui
também podem ser aplicados tanto o circular quanto o total, conforme descrito anteriormente. A indicação será a seguinte:

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GeoméTricas
Erros de Perfil

Características gerais: Estes erros são destinados a avaliação de perfis complexos, são muito parecidos com os erros de
forma, no entanto neste caso, são dependentes de perfis ou superfícies padrão (normalmente medidos a partir de comparação
matemática).

Erros deste grupo:

• Perfil de Linha Qualquer;


• Perfil de Superfície Qualquer.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Perfil de Linha Qualquer

Este erro serve para a comparação de qualquer perfil bidimensional, para este caso, é necessário que exista um perfil padrão, o
qual será utilizado como base para comparação dos pontos medidos.

É importante salientar que aqui, os erros serão avaliados como a amplitude entre o maior desvio positivo e negativo (mais
material e menos material) observado.

A tolerância é demonstradas por dois offsets do perfil padrão assim como


Indicado abaixo.

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GD&T: DimensionamenTo e Tolerâncias
GeoméTricas
Perfil de Superfície Qualquer

Exatamente igual ao Perfil de Linha Qualquer, porém, desta vez será adicionado um terceiro eixo, representando a
profundidade do perfil avaliado.

A tolerância também continua sendo apresentada por offsets do perfil padrão.

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obriGaDo!!!

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