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INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO OKUKULANAUA

MATERIAL DE APOIO À
DISCIPLINA DE
PROJECTO TECNOLÓGICO

Ano Lectivo
2023/2024
ETAPAS DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO

1. ESCOLHA DO TEMA

Na escolha do tema, o estudante poderá tomar a iniciativa, seleccionando um


assuno ou problema de trabalho, de acordo com as suas preferências, evidenciadas
durante o curso.

Escolhido o tema, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a ciência actual
sabe sobre o mesmo, para não cair no erro de apresentar como novo o que já é
conhecido há tempos, de demonstrar o óbvio ou de preocupar-se em demasia com
detalhes sm grande importância, desnecessários ao estudo.

Este trabalho prévio abrange três aspectos:

a) Orientação geral sobre a matéria que vai ser desenvolvida;


b) Conhecimento da bibliografia pertinente;
c) Reunião, selecção e ordenação do material levantado.

O tema deve ter validade, importância/relevância e originalidade.

2. TÍTULO DO TRABALHO

O título sofre um processo de delimitação e especificação para torná-lo viável a


realização da pesquisa. O título sintetiza o conteúdo da pesquisa.

O título deve conter 3 elementos essenciais, nomeadamente:

a. População

População é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo


menos uma característica em comum. A delimitação do universo consiste em explicitar
que pessoas ou coisas, fenômenos, etc, serão pesquisados, enumerando suas
características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que
pertencem, comunidade onve vivem, etc.

b. Situação problemática

Refere-se ao problema que se deseja resolver ou contribuir para a sua melhoria.


c. Objecto de estudo

Refere-se ao que se vai utilizar para tentar melhorar, concertar ou eliminar um


problema. Deste também faz parte o campo de acção, que refere-se ao local onde se
vai realizar a pesquisa.

2.1. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser


limitada em relação:

a. Ao assunto: seleccionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito


extenso ou muito complexo;
b. A extensão: porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito onde o facto
se desenrola;
c. A uma série de factores: meios humanos, econômicos e de exiguidade de prazo
– que podem restringir o seu campo de acção.

3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Problema é uma dificuldade, teórica ou práctica, no conhecimento de alguma coisa


de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução.

Na formulação de um problema deve haver clareza, concisão e objectividade.

O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa


e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveís
relações entre si.

O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sob o aspecto
de sua valoração:

a. Viabilidade: pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa.


b. Relevância: deve ser capaz de trazer conhecimentos novos.
c. Novidade: estar adequado ao estado actual da evolução científica.
d. Exequibilidade: pode chegar a uma conclusão válida.
e. Oportunidade: atender a interesses particulares e gerais.
4. OBJECTIVOS DA PESQUISA
o Objectivo Geral

Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo
intréseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se
directamente à própria significação da tese proposta pelo projecto.

o Objectivos Específicos

Apresentam carácter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental,


permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações
particulares.
5. JUSTIFICATIVA DO TEMA

É o único ítem do projecto que apresenta respostas à questão «por quê?» De suma
importância, geralmente é o elemento que contribui mais directamente na aceitação da
pesquisa pela (s) pessoa (s) ou entidades que vão financiá-la. Consiste numa exposição
sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática
que tornam importante a realização da pesquisa.

É importante justificar um tema porque demonstra ao leitor a necessidade, a


relevância social e a importância da efectivação da pesquisa.

6. DEFINIÇÃO DE VARIÁVEIS

São aspectos ou características que têm propriedades de poder variar, ou seja,


aquilo que pode assumir difrentes valores ou aspectos. Essa variação deve ser
mensurada ou medida de forma quantitativa ou qualitativa.

6.1. VARIÁVEIS INDEPENDENTES E DEPENDENTES


o Variável independente, é aquela que influencia, determina ou afecta outra
variável; é factor determinante, condição ou causa para determinado resultado,
efeito ou consequência; é o factor manipulado (geralmente) pelo investigador,
na sua tentativa de assegurar a relação do factor com um fenômeno observado
ou a ser descoberto, para ver que influência exerce sobre um possível resultado.
o Variável dependente, consiste naqueles valores (fenômenos, factores) a serem
explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou
afectados pela variável independente; é o factor que aparece, desaparece ou
varia à medida que o investigador introduz, tira ou modifica a variável
independente.
Em uma pesquisa, a variável independente é o antecedente e a variável dependente
é o consequente. É essencial que exista uma relação entre elas.

7. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

As hipóteses correspondem às possíveis respostas ao problema de pesquisa


levantado.
Há várias maneiras de formular hipóteses, mas a mais comum é “Se x, então y”,
onde x e y são variáveis ligadas entre si pelas palavras “se” e “então”.
Podemos considerar que todo enunciado que tome a forma de “Se x, então y” é uma
hipótese – condição suficiente, mas não necessária, já que muitas hipóteses, em vez de
expressas de forma condicional, o são de maneira categórica.

8. METODOLOGIA

A metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se


chegar a um determinado fim. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a
metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto
de regras para ensino de ciência e arte.

Método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior


segurança e economia, permite alcançar o objectivo – conhecimentos válidos e
verdadeiros –traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do pesquisador.

Na metodologia de pesquisa, encontramos meios e técnicas utilizadas para atingir


os objectivos anteriormente apresentados e responde questões como: como, com
que/quem, onde, quando pesquisar.

Integra:
 Método ou abordagem;
 Procedimentos;
 Técnicas, indicando as características, a forma da sua aplicação, como se
pensa codificar os dados;
 População e Amostra (casos de população numerosa);
 Tratamento dos dados;

Quer, isto dizer, que nesta etapa você definirá, o tipo de pesquisa, a população
(universo da pesquisa), a técnica de amostragem, os instrumentos de colheita de
dados e a forma como pretende tabular e analisar os seus dados.

Métodos Científicos

A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos


intelectuais e técnicos” (GIL, 1999), p. 26) para que seus objectivos sejam
atingidos. Portanto, os métodos científicos.
Assim, método cientifico e o conjunto de processos ou operações mentais que se
devem empregar na investigação. E a linha de raciocínio adoptada no processo de
pesquisa. Os métodos que fornecem as bases logicas a investigação são: indutivo,
dedutivo, hipotético-dedutivo, dialéctico e fenomenológico.

8.1. PROJECTO DE PESQUISA

Projecto de pesquisa é um plano ou caminho para abordar certa realidade.

Para Martins e Theophilo (cit in Medeiros 2013), projecto de pesquisa e um texto


que define e mostra, com detalhes, o planeamento do caminho a ser seguido na
construção de um trabalho cientifico de pesquisa. É um planeamento que impõe ao
autor ordem e disciplina para a execução do trabalho de acordo com os prazos
estabelecidos.
8.1.1. O Anteprojecto de Investigação Cientifica

Anteprojecto é um documento escrito composto pela escrita de actividades


devidamente intencionadas e coordenadas devidamente dentro de objectivos precisos,
limites de tempo, recursos e orçamentos que constituem uma obra a realizar ainda na
sua fase de planeamento.
8.1.1.1. Importância do Anteprojecto

O anteprojecto é elaborado para ser útil ao longo da realização do trabalho, já


que se trata de um documento orientador para a concretização do trabalho final. Ele
representa o elemento organizativo da orientação de um trabalho indicando o que
fazer, como fazer, quando fazer, bem como vários outros aspectos a considerar de
recolha e tratamento de dados.
Logo: o anteprojecto deve explicar todos elementos que vão ser desenvolvidos
no trabalho PAP.
Assim sendo, quando se terminar a leitura do projecto, o leitor deve passar a
conhecer:
 O que o aluno pensa fazer;
 Como pensar fazer – lo;
 O que já existe feito sobre o assunto;
 Que contribuições o trabalho vai trazer;
 Que tipos de resultados são esperados;
 Que tempo vai ser necessário;
 Que recursos vão ser utilizados.

8.1.1.2. Regras para o processo de elaboração do anteprojecto

Na elaboração do anteprojecto seguem-se as seguintes regras:


1. O uso de linguagem impessoal, ou seja, aquela que indica distanciamento entre
objecto a ser pesquisado e o pesquisador.
Exemplo: proibido o uso de expressões como:
a) Eu acho que;
b) Minha pesquisa;
c) Nosso projecto.

É aconselhável o uso de expressões como:


a) Esta pesquisa;
b) Este trabalho;
c) O presente projecto.

2. Definir atempadamente o tipo de pesquisa a efectuar.


3. Citar sempre as fontes de pesquisa, bem como os respectivos autores;
4. Evite o uso de terminologia dos quais não tem domínio;
5. Revise o anteprojecto antes da sua entrega definitiva, se possível entregue o
anteprojecto a uma pessoa mais especializada para ajudar a determinar erros e
corrigi-los atempadamente.

8.1.1.3. Estrutura do anteprojecto

Parte pré-textual: são elementos que antecedem ao texto principal:


1. Capa
2. Contracapa ou Folha de rosto
3. Folha de aprovação
4. Dedicatória
5. Agradecimentos
6. Resumo
7. Resumo em língua inglesa
8. Lista de figuras
9. Lista de tabelas
10. Lista de símbolos e abreviaturas
11. Índice

Parte textual: é o próprio texto ou corpo do trabalho que inclui:

1. Introdução;
 Selecção do tema;
 Formulação do problema;
 Antecedentes do tema;
 Definições dos termos (palavras-chaves);
2. Objectivo geral;
3. Objectivos específicos (tarefas da investigação);
4. Justificativa da Escolha do Tema
5. Marco teórico (Fundamentação Teórica / Revisão da Literatura);
6. Metodologia
 Tipo de pesquisa
 Local de pesquisa
 Demonstração da população;
 Determinação da amostra;
 Formulação das Hipóteses;
 Variáveis;
 Determinação dos métodos técnicos e procedimentos a empregar
(Instrumentos de recolha de dados);
 Análise e discussão dos resultados;
 Cronograma de actividades;
7. Conclusão
8. Sugestões

Parte pós-textual: são elementos que precedem o corpo do trabalho:

1. Referências bibliográficas;
2. Apêndices;
3. Anexos.

Procedimentos para concepção do Projecto Final


1. Capa (obrigatório);
2. Folha de Rosto (obrigatório);
3. Folha de Aprovação (obrigatório);
4. Dedicatória (obrigatório);
5. Agradecimentos (obrigatório);
6. Resumo – Consiste na visão geral e sintética dos resultados obtidos no trabalho. Pois
ele é digitado em texto único sem parágrafos e deve conter no mínimo 200 palavras e
no máximo 250 palavras. Sem esquecer as palavras-chave da monografia, colocado no
fim do texto em resumo (obrigatório);
7. Resumo em língua inglesa (obrigatório);
8. Listas (figuras, tabelas, símbolos e abreviaturas) – consiste na descrição resumida e
simplificada de figuras, símbolos, tabelas, etc., que se encontram no trabalho
(obrigatório se tiver);
9. Sumário ou Índice – Apresentação dos capítulos, títulos e subtítulos das temáticas
que o trabalho trata (obrigatório);
10. Introdução – É o (capítulo I) do trabalho ou é a parte onde se apresenta de forma
clara e simples a justificativa, o problema, os objectivos, a ideia a defender, o objecto
de estudo e campo de acção, a metodologia, os resultados a esperar e a estruturação do
trabalho (obrigatório);
11. Fundamentação Teórica – É a parte que integra os (capítulos II e III), e dentro deles
encontramos os títulos e subtítulos. Normalmente o capítulo II apoia-se a
fundamentação teórica ou revisão bibliográfica (todo o material cientifico que
pesquisamos), e o capitulo III apresentação da realização pratica da maquete/protótipo
(obrigatório);
12. Conclusão – É a síntese de todo trabalho. Consiste na apresentação dos resultados
mais importantes, mas deve ter concordância com os objectivos estabelecidos
(obrigatório);
13. Sugestões (obrigatório);
14. Referências Bibliográficas – É apresentação das obras consultadas (livros, páginas
web, etc.), (obrigatório);
15. Anexos - São tabelas, gráficos, figuras, etc., que não são de autoria do autor e que não
são ineridos no desenvolvimento do trabalho (obrigatório se tiver).

8.1.2. TIPOS DE PESQUISA

A pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que


permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento.

É usada para estabelecer ou confirmar factos, reafirmar os resultados de trabalhos


anteriores, resolver problemas novos ou já existentes, apoiar teoremas e
desenvolvimento de novas teorias.

As pesquisas obedecem a seguinte classificação:

1. Quanto ao objectivo

Do ponto de vista dos seus objectivos, segundo (GIL, 1991) a pesquisa pode
ser:
Pesquisa Explicativa: visa identificar os factores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas
ciências naturais, requer o uso do método experimental. Assume, em geral, a forma
de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.

Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema


com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento
bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiencias praticas com o
problema pesquisado; analise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume,
em geral, as formas de pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.

Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada


população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o
uso de técnicas padronizadas de colectas de dados: questionário e observação
sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento.

2. Quanto a natureza
Quanto a Natureza da Pesquisa (Marconi e Lakatos, 2001) pode ser:
Pesquisa Básica: o processo de geração de conhecimentos novos para o
avanço da ciência, sem preocupação com aplicação pratica imediata.
Pesquisa Aplicada: a geração de conhecimentos visando aplicação pratica,
direccionados para a solução de problemas específicos.

3. Quanto ao procedimento

Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado,


constituídos principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com material
disponibilizado na Internet.
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não
receberam tratamento analítico.
Pesquisa Experimental: quando se determina um objecto de estudo,
seleccionam-se as variáveis que seriam capazes de influencia-los, definem as formas
de controlo e de observação dos efeitos que a variável produz no objecto.
Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação directa das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer.
Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

4. Quanto a abordagem

Abordagem Quantitativa: busca demonstrar valores numéricos e verificáveis


por outros. Muitas vezes, essa abordagem é considerada exclusiva das ciências exactas,
o que não é verdade.
As humanidades podem apresentar pesquisas quantitativas através, por
exemplo, de estatísticas de população ou outras alternativas de mensuração
semelhantes.
A pesquisa quantitativa em geral é considerada mais objectiva e depende da
matemática de alguma forma em sua linguagem.
Abordagem Qualitativa: é a alternativa, que vai buscar qualificar o resultado,
isto é, descrever as informações obtidas. Uma pesquisa qualitativa pode ser
perigosamente subjectiva.
A subjectividade é, aliás, inseparável dessa abordagem, mas pode ser controlada
caso o pesquisador tenha a consciência dessa relação.

8.1. POPULAÇÃO E AMOSTRA

População

Marconi e Lakatos (2010, p. 206), definem universo ou população, como sendo,


‘‘o conjunto de seres humanos ou inanimados que apresentam pelo menos uma
característica em comum. Sendo N o número total de elementos do universo ou
população’’.
Segundo Zassala (2012, p. 85), ‘‘deve ser indicada a população para a qual os
resultados poderão ser generalizados. Representa o grupo total do qual a amostra será
retirada’’.
Portanto, sucintamente, população ou universo da pesquisa, é a totalidade de
indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado
estudo.

Amostra

Ainda de acordo Marconi e Lakatos (2010, p. 206), conceituam amostra ‘‘uma


porção ou parcela, convenientemente seleccionada da população. É um subconjunto da
população. Sendo n o número de elementos da amostra’’.

Para Fernandes (2010, p. 62), defende que a amostra ‘‘consiste em escolher as


pessoas a interrogar por forma a assegurar que sejam tanto quanto possíveis
representativas do conjunto da população a estudar’’. Todavia os tipos de amostragens
são probabilísticos e não-probabilístico.

Técnicas de amostragem

Amostragem Probabilística
Amostragem probabilística, ou aleatórias, ou ao acaso, é “aquela em que
cada elemento da população tem uma chance de ser seleccionado para compor a
amostra” (Mattar, 2001).
Amostragem não probabilística
“Aquela em que a selecção dos elementos da população para compor a amostra
depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador no campo. Não há
nenhuma chance conhecida de que um elemento qualquer da população venha fazer
parte da amostra” (Mattar, 2001).

8.2. INSTRUMENTOS DE COLECTA DE DADOS


Colheita de dados

Nesta etapa você fará a pesquisa de campo propriamente dita. Para obter êxitos
neste processo, cerca de Cinco (5) qualidades, ou seja, princípios éticos são
fundamentais: a responsabilidade, a persistência (paciência), a importância (utilidade),
a pertinência (necessidade) e a humildade científica.

8.2.1. ENTREVISTA

A entrevista representa uma técnica de colecta de dados na qual o pesquisador tem


um contacto mais directo com a pessoa, no sentido de se inteirar de suas opiniões
acerca de um determinado assunto.

Os principais tipos de entrevistas são:

 Entrevista estruturada, que segue um roteiro de perguntas;


 Entrevista semiestruturada, que apesar de ter um roteiro, permite fazer
perguntas que não estão planeadas no mesmo;
 Entrevista não estruturada, que não segue um roteiro, parecendo mais uma
conversa espontânea.

8.2.2. OBSERVAÇÃO

A observação é a acção de olhar com atenção os fenómenos para os descrever,


estudar, explicar.

A Técnica da observação é um procedimento metodológico, utilizado em pesquisa


de cunho teórico-empírico (pesquisa de campo), que faz uso dos sentidos para obtenção
de determinados aspectos da realidade.

A principal finalidade da observação é colectar informações e dados sobre um


determinado fenómeno, evento ou objecto por meio da observação directa. Através da
observação, é possível obter uma compreensão mais profunda e detalhada do que está
sendo estudado.

Os principais tipos de observação são:

Observação participante, onde o pesquisador se envolve e participa enquanto


observa;
Observação não participante, o pesquisador é imparcial e não interfere no
ambiente pesquisado.
8.2.3. QUESTIONÁRIO

O questionário, segundo Gil (1999, p. 128), pode ser definido “como a técnica de
investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões
apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”.

Algumas etapas para fazer um questionário para uma pesquisa:

 Identificar o que você deseja descobrir com a pesquisa;


 Escolher as palavras correctas;
 Fazer apenas uma pergunta por vez;
 Elaborar perguntas abertas ou fechadas;
 É importante conhecer o público para fazer um questionário.

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