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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXACTAS E TECNOLÓGICAS


LICENCIATURA EM FÍSICA APLICADA

ESTRUTURA DE PROJECTO DE PESQUISA

1º 2º e 3º Grupo

Universidade Púnguè

Chimoio
2023
1º 2º e 3º Grupo

Estrutura de projecto de pesquisa

Projecto de pesquisa a ser apresentado


ao Departamento de Ciências Exactas e
Tecnológicas, no Curso de Licenciatura em
Física Aplicada, para fins avaliativos, sob
orientação do Docente: José Abel Malate

Universidade Púnguè

Chimoio
2023
INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho iremos abordar sobre os conceitos de tema, problema, justificativa,
hipótese, objectivo e metodologia. A pesquisa deve ser focada sobre um problema relacionado ao
tema, ou seja, uma questão associada ao tema com importância real, e que ainda não tenha sido
devidamente respondida pela literatura existente. O problema de pesquisa é uma pergunta que
deve ser redigida de forma clara, precisa e objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa.
Geralmente, a elaboração clara do problema é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal
(CERVO & BERVIAN, 2002). Para a realização de um trabalho de conclusão de curso (TCC), a
metodologia é a parte em que é feita uma descrição minuciosa e rigorosa do objecto de estudo,
bem como das técnicas utilizadas nas actividades de pesquisa.

Objectivo geral

 Definir os conceitos tema, problema, justificativa, hipótese, objectivo e metodologia

Objectivo específico

 Conhecer a elaboração de um projecto de pesquisa


 Desenvolver metodologia na elaboração de um projecto de pesquisa
 Identificar todos os itens na elaboração de um projecto de pesquisa

Metodologias

Para tornar possível a realização deste presente trabalho recorreu se as seguintes metodologias:
pesquisas e leituras de bibliografias de varias obras que abordam sobre o conteúdo em estudo, de
acordo com as referencia apresentadas na bibliografia.
Projecto de pesquisa
O projecto é um documento através do qual se articula e se organiza uma proposta de pesquisa e
que se elabora, conforme DESLANDES (1996), orientado pelos seguintes aspectos:

 Definição de um conjunto de recortes na realidade social.


 Cartografia das escolhas para abordar a realidade, ou seja,
 O que pesquisar;
 Por que pesquisar;
 Como pesquisar

Finalidades do projecto
As finalidades do projecto de pesquisa, na perspectiva proposta por DESLANDES (1996), são as
seguintes:

 Mapear o caminho a ser seguido durante a investigação;


 Orientar o pesquisador durante o percurso de investigação;
 Comunicar os propósitos da pesquisa para a comunidade científica;

TEMA

Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Sua escolha deve levar em conta
possibilidades, aptidões e tendências de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto com seu
orientador).
Tema é uma ideia ou conceito, com carácter universal, normalmente definido por um nome
abstracto (o amor, a saudade, o ciúme, etc.), desenvolvido num discurso. Sua escolha deve levar
em conta possibilidades, aptidões e tendências de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto com
seu orientador) Espera-se que o grau de conhecimento sobre o assunto possa ser aumentado em
função da pesquisa.

A pesquisa deve ser focada sobre um problema relacionado ao tema, ou seja, uma questão
associada ao tema com importância real, e que ainda não tenha sido devidamente respondida pela
literatura existente. O problema deve orientar a pesquisa, que tem como objectivo contribuir
para o seu esclarecimento.

Problema de pesquisa
Na acepção científica problema e questão não resolvida e é objecto de discussão, em qualquer
domínio de conhecimento (GIL, 1999, P.49).

Problema, para KERLINGER (1980, p. 35) e uma questão que mostra uma necessidade de
discussão, investigação, decisão e solução.

Simplificando problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo processo de
pesquisa ira girar em torno de uma solução.

Ex.: será que propaganda da bebida na TV induz ao hábito de beber?

Qual a origem dos africanos?

A formulação de um problema tem relação com as indagações:

 Como são as coisas?


 Quais as suas causas?
 Quais as suas consequências?

O que vou pesquisar?

Inicialmente deve-se escolher o tema, para tanto, o pesquisador deverá observar:


 Afetividade em relação ao tema (gosto pelo assunto a ser tratado)
 Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa e entrega do

Relatório

 Disponibilidade de orientador para acompanhar a projeto


 Limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema
 A importância do tema escolhido
 Material de consulta e dados necessários ao pesquisador

A formulação de um problema tem relação com as indagações:

 Como são as coisas?


 Quais as suas causas?
 Quais as suas consequências?

A escolha de um problema de pesquisa


Muitos fatores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Radio (2000), o
pesquisador nesse momento deve fazer as seguintes perguntas:

 O problema é original?
 O problema é relevante?
 Ainda que seja interessante è adequado para mim?
 Tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
 Existe recursos financeiro que viabilizarão a execução do projeto?
 Terei tempo suficiente para investigar tal questão?

O problema sinaliza o foco que você dará a pesquisa. Geralmente você considera na sua
escolha a deste foco:

 A relevância do problema: o problema será relevante em tornos científicos quando


propiciar conhecimentos novos a área de estudo, e em termos práticos, a relevância
refere-se aos benefícios que sua solução trará para a humanidade, pais, área de
conhecimento, etc.
 A oportunidade de pesquisa: você escolhe determinado problema considerando a
possibilidade de obter prestígios ou financiamento.

Delimitação do tema

A escolha do tema é o primeiro passo em um trabalho científico e um dos mais difíceis. Isso
porque existem muitos temas para a pesquisa e a escolha pode ser decisiva para a carreira
profissional. Assim, “o tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores
definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo” (CERVO & BERVIAN,
2002, p. 81).

Segundo Selltiz et al. (1965, p. 33-34), o tema geral de estudo também “[...]pode ser sugerido por
alguma vantagem prática ou interesse científico ou intelectual em benefício dos conhecimentos
sobre certa situação particular”.

Para Lakatos & Marconi (1992), o tema deve ser especializado para que possa ser tratado em
profundidade. No entanto, as autoras alertam para os perigos da excessiva especialização, que
impede a síntese do trabalho, a correlação entre as ciências e pode dar uma visão unilateral do
tema.

Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 82), a tendência mais comum é a escolha de temas que, por
sua extensão e complexidade, impeçam estudos em profundidade. Assim, após a escolha do
tema, é necessário delimitá-lo.

Estes autores afirmam que “delimitar o tema é seleccionar um tópico ou parte a ser focalizada”.
A delimitação do tema pode ser feita pela sua decomposição em partes. Essa decomposição
possibilita definir a compreensão dos termos, o que implica na explicação dos conceitos.

Ela também poder ser feita por meio da definição das circunstâncias, de tempo e de espaço.
Além disso, o pesquisador pode definir sob que ponto de vista irá focalizá-lo. “Um mesmo tema
pode receber diversos tratamentos, tais como psicológicos sociológico, histórico, filosófico,
estatístico, etc.” (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 83)

JUSTIFICATIVA
Justificar significa:

 Expor motivos, razões;


 Enumerar e descrever estes motivos e razões;
 Explicar o Por quê deste trabalho;
 Convencer da importância;
 Conseguir o apoio necessário;
 Mostrar as motivações para o trabalho, sejam sociais, ambientais, culturais, técnicas,
económicas, etc.;
 “Vender” o trabalho, no sentido de convencer o leitor de que há fortes razões, motivos,
para ser desenvolvido;

Fazer uma justificativa significa argumentar, esclarecer, fundamentar porque o trabalho é


importante, tanto para a comunidade escolar, quanto para a sociedade, ou até mesmo para um
indivíduo. É um convencimento sobre o valor do projecto a ser desenvolvido. É um dos pontos
que mais pesa na selecção de trabalhos para concorrer a bolsas ou financiamentos.

Alguns pontos podem ser abordados na justificativa:

 Qual a importância do tema do ponto de vista geral;


 Esclarecer de forma mais detalhada o problema que o projecto vai contribuir para
resolver;
 Mostrar possíveis relações do projecto com outros já desenvolvidos na área;

Indicar quais os benefícios que poderão ser alcançados com a execução do projecto. Deve-se
atentar para o fato de que não deve haver respostas ou conclusões ao problema proposto.

Por que esta pesquisa é importante? (justificativa)

A justificativa trata da relevância, do porquê de tal pesquisa ser realizada. Justifica-se aqui a
escolha do tema, a delimitação feita e a relação que o aluno possui com ele. Procura-se
demonstrar a legitimidade, a pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em lidar com o
referido tema. Deve-se fazer o mesmo em relação ao problema e à hipótese, mostrando a
relevância científica do tema. Deve-se desenvolver, então, nesta parte, a justificativa para o tema,
para o problema e para a hipótese, nos termos em que foram formulados na fase de elaboração do
projeto de pesquisa.

A justificativa compreende a apresentação de forma clara e objectiva das razões de ordem


teórica e ou prática que fundamentam a pesquisa. Justificam-se a escolha do tema, a delimitação
realizada e a relação que o pesquisador possui com ele. “Procura-se aqui demonstrar a
legitimidade, a pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em lidar com o referido tema”
(CERVO & BERVIAN, 2002, p. 127).

Para Lakatos & Marconi (1992), é a parte do trabalho que apresenta respostas à questão do
porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para conseguir financiamento para a
pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.

Deve enfatizar Assim, quando se analisam as razões de ordem teórica ou o estágio de


desenvolvimento da teoria, o objectivo não é explicar o referencial que será adoptado, mas
apenas ressaltar a importância da pesquisa no campo teórico. Por esse motivo não apresenta
citações de outros autores. O importante é o conhecimento científico do pesquisador, somado à
criatividade e à capacidade de convencimento (LAKATOS & MARCONI, 1992).

Na justificativa deve-se indicar:

 Relevância da pesquisa: prática e intelectual;


 Contribuições para compreensão ou solução do problema que poderá advir com a
realização de tal pesquisa;
 Estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema proposto, como vem sendo tratado na
literatura.

PROBLEMA

“Problema é uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para a
qual se deve encontrar uma solução”. A primeira etapa de uma pesquisa é a formulação do
problema, que deve ser na forma de perguntas (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 84).
Segundo Lakatos & Marconi (1992), para ser considerado apropriado, o problema deve ser
analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabilidade, relevância, novidade,
exequibilidade e oportunidade

Cervos & Bervian (2002, p.85) complementam colocando que “desde Einstein, acredita-se que é
mais importante para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar
soluções”.

O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e
objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa. Geralmente, a elaboração clara do problema é
fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal (CERVO & BERVIAN, 2002).

“Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e


operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objectivo da
formulação do problema é torná-lo individualizado, específico, inconfundível” (RUDIO, 1980, p.
75).

HIPÓTESE

Hipóteses são suposições colocada como resposta plausíveis e provisórias para o problema de
pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmada ou retiradas com o
desenvolvimento da pesquisa, um mesmo problema pode ter muitas hipóteses que são soluções
possíveis para a sua resolução.’

Hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para determinar sua validade. Para
Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece.
Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto, ser testada para
a verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na expectativa de que
possa ser comprovado. Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser
investigado. A origem das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos fatos, nos
resultados de outras pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição (GIL, 1999).

As hipóteses irão orientar o planeamento dos procedimentos metodológicos necessários a


execução da sua pesquisa. O processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências
que comprovem, sustem ou refutem a afirmativa feita na hipótese. O papel fundamental das
hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Podem ser verdadeiras ou falsas, mas,
sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica - que é o propósito da pesquisa
científica. Entretanto, para Gil (1999), o modelo de explicação causal não é adequado às ciências
sociais, em virtude do grande número e da complexidade das variáveis que interferem na
produção desses fenómenos.

A hipótese define até aonde você quer chegar e, por isso, será directriz de todo o processo de
investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto.
As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas na pesquisa.

 Quando analisados os instrumentos adoptados para colecta de dados e possível


reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que conduzem a pesquisa (GIL, 1991).
 Para Luna (1997), a formulação de hipótese e quase inevitável, para quem e estudioso da
área que pesquisa. Geralmente, com base em análise do conhecimento disponível, o
pesquisador acaba apostando naquilo que pode surgir como resultados de sua pesquisa.
Uma vez formulando o problema, e proposta uma resposta suposta provável e provisória
(hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do problema.

Por essa razão, os filósofos da ciência propõem modelos menos rígidos para a construção de
hipóteses. De modo geral, as hipóteses elaboradas nas ciências sociais não são rigorosamente
causais, apenas indicam a existência de algum tipo de relação entre variáveis.

Entretanto, Lakatos & Marconi (2001) nos alertam que a hipótese de trabalho usada nos estudos
de carácter exploratório ou descritivo, onde é dispensável sua explicitação formal – é necessária
para que a pesquisa apresente resultados úteis, ou seja, atinja níveis de interpretação mais altos.

Características das hipóteses


Muitos autores já determinaram as características ou critério necessários para a validade das
hipóteses Lakatos e Marconi (1991) listaram 11 característica já indicadas na literatura. São elas:

 Consistência lógica: o enunciado das hipóteses não pode ter contradições e deve ter
compatibilidade com corpo de conhecimentos científico;
 Verificabilidade: devem ser passiveis de verificação;
 Simplicidade: devem ser parcimonioso evitando enunciado complexos;
 Relevância: devem ter poder preditivo e ̸ ou explicativos;
 Apoio teórico: devem ser baseada em teoria para ter maior probabilidade de apresentar
genuína contribuição ao conhecimento científico;
 Especificidade: devem indicar as operações e previsões a que elas devem ser expostas;
 Plausibilidade e clareza: devem propor algo admissível e que o enunciado possibilite o
seu entendimento.
 Profundidade, fertilidade e originalidade: devem especificar os mecanismos aos quais
obedecem para alcançar níveis mais profundo da realidade, favorecer o maior número de
deduções e expressar uma solução nova para o problema.

Classificação das hipóteses


O problema, sendo uma dificuldade sentida, compreendida e definida necessita de uma resposta
provável, suposta e provisória, que e a hipótese. Para lakatos e Marconi (1991, p.104) a principal
resposta e denominada de hipótese básica e esta pode ser complementada por outras
denominadas de hipóteses secundárias.

Hipótese básica
É a afirmação escolhida por você como a principal resposta ao problema proposto.

A hipótese básica pode adquirir diferentes formas tais como:

 Afirma em dada situação, a presença ou ausência de certos fenómenos;


 Se refere a natureza ou característica de dados fenómenos, em uma situação especifica;
 Aponta a existência ou não de determinadas relações entre fenómenos.

Hipótese secundária
São afirmações complementares e significam outras possibilidades de resposta para o problema.
Podem:

 Acabar em detalhes oque a hipótese básica afirma em geral;


 Englobar aspectos não-especificados na hipótese básica;
 Indicar relações deduzidas da primeira.
Formulação de hipótese
O processo de formulação de hipótese e de natureza criativa e requer experiencia na área. Gil
(1991) analisou a literatura referente a descoberta científica e concluiu que na formulação de
hipótese podem se usar as seguintes fontes:

 Observação
 Resultados de outras pesquisas
 Teorias
 Intuição

OBJECTIVOS

Para Marconi & Lakatos (2002, p.24) “toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.” Definir objectivos de pesquisa é um
requisito para desenvolver uma pesquisa científica.

Por meio dos objectivos, indicam-se a pretensão com o desenvolvimento da pesquisa e quais os
resultados que se buscam alcançar. “A especificação do objectivo de uma pesquisa responde às
questões para que? E para quem?” (LAKATOS & MARCONI, 1992, p. 102).

Segundo Cervo & Bervian (2002), os objectivos definem a natureza do trabalho, o tipo de
problema, o material a colectar, etc.

O objectivo de uma pesquisa tem a intenção de esclarecer aquilo que o pesquisador pretende
desenvolver, desde os caminhos teóricos até os resultados a serem alcançados. Dessa forma, o
percurso investigativo torna-se mais fácil.

O que pretendo desenvolver? (objectivos)

Deve-se esclarecer o que se pretende atingir com a realização do trabalho de pesquisa, com a
implementação do projecto. Pode ser apresentado em Objectivos Gerais e objectivos Específicos.
Objectivo Geral
Define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigação

 É baseado na questão norteadora da pesquisa.


 É mais amplo, entretanto, deve ser formulado em uma única frase.
 Dá a direcção que a pesquisa tomará em seu percurso.
 Para formulá-lo deve perguntar: Para quê pretendo pesquisar?

Objectivo geral Corresponde a finalidade maior que a pesquisa quer atingir. Deve expressar o
que se quer alcançar ao final do projecto. (CRUZ; RIBEIRO, 2004)

O objectivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele está
relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou das ideias estudadas
(LAKATOS & MARCONI, 1992).

Exemplos de objectivo geral

Problema: Quais os motivos da evasão escolar no colégio “fulano de tal”?

Problema: Qual o impacto da idealização do retrato da mulher na mídia sobre a auto-imagem


feminina?

Objectivo Geral: compreender impacto da idealização do retrato da mulher na mídia sobre a


auto-imagem feminina.

Problema: Como se constituiu as Políticas Públicas de Turismo do Estado do Amapá no período


entre 2003 a 2007?

Objectivo Geral: Analisar as Políticas Públicas de Turismo do Estado do Amapá no período


entre 2003 a 2007?

Objetivos Específicos

 São assuntos complementares da questão, fazendo assim, o desdobramento do objetivo


geral.
 É mais delimitado, é o caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo geral, ou seja,
caracteriza as etapas ou fases de uma pesquisa.
 O pesquisador deve perguntar: O que farei para desenvolver a pesquisa?

Objetivos Específicos definem etapas do trabalho a serem realizadas para que se alcance o
objectivo geral. Podem ser: exploratórios, descritivos e explicativos. Assim, deve-se sempre
utilizar verbos no infinitivo para iniciar os objectivos:

 Exploratórios (conhecer, identificar, levantar, descobrir)


 Descritivos (caracterizar, descrever, traçar, determinar)
 Explicativos (analisar, avaliar, verificar, explicar)

Objectivos específicos Corresponde às acções que se propõe a executarem dentro de um


determinado período de tempo. Apresentam carácter mais concreto. Tem função intermediária e
instrumental, indicando o caminho para se atingir o objectivo geral. (LAKATOS; MARCONI,
1991).

Inicia-se com o verbo no infinitivo. Exemplo: conhecer, identificar, descobrir, caracterizar,


descrever, analisar, avaliar, verificar, investigar, etc.

METODOLOGIA

Metodologia
Método e o caminho para chegar a um fim.

Na definição de LAVILLE (1999) a metodologia “representa mais do que uma descrição formal
dos métodos e técnicas e indica a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico”.

A metodologia específica como os objetivos estabelecidos serão alcançados. As partes


constitutivas da metodologia: a amostragem e as formas de coleta, de organização e de análise
dos dados.

(COMO FAZER? COM QUÊ? QUANDO? O QUE? COM QUEM? ONDE?)

A metodologia da pesquisa num planejamento deve ser entendida como o conjunto detalhado e
seqüencial de métodos e técnicas científicas a serem executados ao longo da pesquisa, de tal
modo que se consiga atingir os objetivos inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos
critérios de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informação .
(BARRETO; HONORATO, 1998).

A metodologia compreende ainda na indicação de como será feita a análise do material


pesquisado ou do tipo de análise que será efetuada: seletiva, crítica ou reflexiva, descritiva,
analítica etc. Na pesquisa documental ou de campo é necessário ainda delimitação e descrição
(se necessário) dos instrumentos e fontes escolhidos para a coleta de dados: entrevistas,
formulários, questionários etc. A indicação do procedimento para a coleta de dados, que deverá
acompanhar o tipo de pesquisa selecionado, isto é:

a) para pesquisa experimental; indicar o procedimento de testagem;

b) para a pesquisa descritiva: indicar o procedimento da observação: entrevista, questionário,


análise documental, entre outros.

METODOLOGIA CIENTÍFICA

É a disciplina que trata do método científico. É a estrutura das diferentes ciências, e se baseia na
análise sistemática dos fenômenos e na organização dos princípios e processos racionais e
experimentais. Permite, por meio da investigação científica, a aquisição do conhecimento
científico.

METODOLOGIA DE ENSINO

A metodologia de ensino substituiu a expressão "didática". Ganhou uma conotação pejorativa


devido ao caráter formal e abstrato dos seus esquemas, que não estão bem inseridos em uma
verdadeira ação pedagógica. Assim, a metodologia de ensino é a parte da pedagogia que se
ocupa diretamente da organização da aprendizagem dos alunos e do seu controle.

METODOLOGIA E TCC

Para a realização de um trabalho de conclusão de curso (TCC), a metodologia é a parte em que é


feita uma descrição minuciosa e rigorosa do objeto de estudo, bem como das técnicas utilizadas
nas atividades de pesquisa.
Definição da amostragem (Quem? Onde?)
 Escolha do espaço e do grupo de pesquisa;
 Parte representativa da população estudada selecionada a partir de um universo mais
amplo.

A amostra deve ser representativa em termos:

 Quantitativos: n.º de indivíduos;


 Qualitativos: qualidades dos indivíduos em termos dos vínculos com o tema/problema a
ser investigado.

Coleta de dados: (Quais os dados?)


 Definição das técnicas para pesquisa de campo:
 Entrevistas;
 Observações;
 História de vida, dentre outras.
 Definição das fontes bibliográficas: livros, artigos, anuários, censos demográficos, dentre
outras.

Organização e análise dos dados (Como são organizados e interpretados os dados?)


A organização dos dados em relação ao problema de investigação envolve:

 Estabelecimento de categorias: gosto, não gosto; favorável, desfavorável;


 Codificação: dados brutos transformados em símbolos;
 Tabulação: agrupar casos que estão em várias categorias de análise;
 A análise corresponde a: procura do sentido, interpretação do significado das respostas
e dos dados coletados.
CONCLUSÃO

Desta forma concluímos que Projecto de pesquisa è nada mais que o documento que descreve os
planos, fases e procedimentos de um processo de investigação científica a ser realizado. Neste
trabalho concluímos que tema é uma ideia ou conceito, com carácter universal, normalmente
definido por um nome abstracto.Problema uma questão que envolve intrinsecamente uma
dificuldade teórica ou prática, para aqual se deve encontrar uma solução. Fazer uma justificativa
significa argumentar, esclarecer, fundamentar. Hipótese é uma proposição que pode ser colocada
à prova para determinar sua validade. Por meio dos objetivos, indicam-se a pretensão com o
desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que se buscam alcançar,e pode ser
apresentado em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos. A metodologia compreende ainda na
indicação de como será feita a análise do material pesquisado ou do tipo de análise que será
efetuada.E ela também é dividida em metodologia cientifica,metodologia de ensino e
metodologia de TCC. Com tudo estes são ínteis fundamentais para a realização do trabalho.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

BARRETO, Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, Cezar de Freitas. Manual de sobrevivência na


selva acadêmica. Rio de Janeiro: Objeto Direto, 1998.

FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA. Curso de Economia - Matéria: Metodologia da


Pesquisa Cientifica Prof.º Alexandre Soriano aula 02 - Fonte: Prof. Cristiano Reis – PUC- Poço
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AAKER, D. A.; KUMAR, V.; DAY, G. S. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas, 2004.

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: Introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Editora
Loyola, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: numeração progressiva


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CHIZZOTTI, António. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1995.

GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,1991.

DESLANDES, S. F. O projeto de pesquisa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa


social:

teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1995.


LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da
pesquisa em Ciências humanas. Trad. Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. Porto Alegre:
Artmed; Belo

Horizonte: Editora UFMG, 1999.

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