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Já a pesquisa descritiva realiza um estudo detalhado através de técnicas de coleta, visando uma análise e
interpretação mais profunda destes dados; proporciona novas visões sobre uma realidade já conhecida.
Cabe ressaltar, por fim, que a pesquisa descritiva, combinada com a pesquisa exploratória, são as mais
realizadas pelos pesquisadores sociais da atualidade. Por isso, é preciso se atentar às fronteiras cognitivas e
metodológicas das fases de investigação, sabendo o momento de separar e combinar procedimentos.
Pesquisa Quantitativa: emprego da quantificação na coleta dos dados e na análise deles, por meio do
tratamento estatístico;
Pesquisa Qualitativa: é fundamentalmente interpretativa; consiste na coleta e análise dos dados
quantificados ou não; ela analisa e descreve o fenômeno em suas formas mais complexas;
Pesquisa Mista: articula as dimensões quantitativa e qualitativa.
3-Iniciar problemáticas e selecionar tópicos
Independente do tipo de investigação, iniciar uma pesquisa científica exige, primeiramente, uma seleção
especial do tema a ser explorado, pois só uma boa escolha é que irá proporcionar estímulo, dedicação, horas de
trabalho e cada vez mais horas de reflexão. A empolgação com a pesquisa pode variar muito ao longo desse
processo, mas quando temos afinidade com um campo do conhecimento, quando realmente estamos curiosos
para encontrar uma resposta ou mais questões, a motivação é maior. Por isso, escolher uma área que você sente
prazer em estudar vai fornecer ânimo extra para quando for necessário, por exemplo, fazer aquela coleta de
dados às 3 horas da madrugada de sábado ou passar aquela noite de sexta-feira trabalhando.
Identificar um tópico: O tópico é a ideia central a ser aprendida ou explorada em um estudo. Há várias formas
através das quais os pesquisadores obtêm algumas informações sobre o tópico quando estão começando sua
pesquisa. Nosso conselho é que o tópico seja escolhido pelo pesquisador e não por um orientador ou pelo
membro de um comitê.
Durante a seleção de um tópico de pesquisa, eis algumas das operações que a norteiam:
4-Delimitar problemas e focar em hipóteses
“Devemos,
antes de
tudo,
identificar e
definir um
problema,
construindo
um modelo
que nos
permita uma
aproximação
ao seu
estudo e
testá-lo”
(ALMEIDA;
FREIRE,
2003, p. 37).
Primeiros passos: A delimitação de um problema constitui a primeira fase na elaboração de qualquer projeto ou
de qualquer investigação. Por anteceder e dar origem à construção de um modelo explicativo, a definição do
problema é uma fase essencial e nela se inclui, designadamente, a definição das hipóteses e a operacionalização
das variáveis a considerar durante sua fase analítica.
O registo das ocorrências de um estudo científico necessita de formas para representar os acontecimentos e os
fenômenos de forma adequada, ou seja, de forma a considerar os valores associados a cada variável. Esses
valores enquadram-se em diferentes escalas de medida que consistem em modos de expressar a qualidade ou a
quantidade dos dados.
As variáveis podem ser: independentes, dependentes, moderadoras e parasitas: “A variável independente se
identifica com a dimensão ou a característica que o investigador manipula deliberadamente para conhecer o
impacto que produz noutra variável. As variáveis independentes permitem a sua manipulação, admitindo-se
que a forma como são manipuladas podem condicionar o comportamento dos sujeitos e, consequentemente, os
resultados no contexto do estudo. A variável dependente, por sua vez, pode ser influenciada quando se
manipula a variável independente. As variáveis moderadoras ou intervenientes são geralmente assumidas
como variáveis alheias ao estudo que podem influenciar os resultados, situam-se entre as variáveis
independentes e as variáveis dependentes, podendo atuar de forma interativa. Por fim, as variáveis estranhas
ou parasitas são variáveis associadas à variável independente, que não são consideradas na experiência, mas
que podem ter influência nos resultados esperados para a variável dependente.” (MORAIS, s/d, p. 17).
Provocação: Segundo Lukas e Santiago, entre os os próprios termos ciência e educação há uma espécie de
relação variável, visto que “el término ‘educativa’ puede suscitar una reflexión acerca de si la educación es una
ciencia o no. Indudablemente dependerá de lo que entendamos por ciencia.” (LUKAS; SANTIAGO, 2004, p. 15).
Definição de ciência: O termo ciência, do latim scientia, significa conhecimento, doutrina, erudição ou prática.
Progressivamente foi acrescentado o caráter sistemático ou organizado de tal conhecimento. E é na sua
sistematização que encontramos o âmago do método científico, já que nesse processo temos uma serie de
interrelações que visam atingir graus do conhecimento científico. Dentre os tipos de conhecimento científico,
podemos salientar as seguintes: objetivo, empírico e racional. A cada um desses modelos de conhecimento
científico derivam as estratégias investigativas assinaladas abaixo.
Modelos de investigação:
Investigação Descritiva – voltada para a predição e explicação através da testagem de teorias e hipóteses.
Investigação Correlacional – voltada para a compreensão e a predição dos fenômenos através da formulação
de hipóteses sobre as relações entre variáveis.
Investigação Experimental – voltada para a compreensão e descrição dos fenômenos globalmente
considerados.
Da ciência aos modelos de investigação: Na esteira do conhecimento científico, vários critérios podem ser
utilizados para elaborar investigações em Educação. Estão em causa a investigação básica ou investigação pura;
ou, ainda, movidas por alguma forma de conciliação de ambas as investigações mencionadas, por exemplo
naquilo que vem sendo chamado de “investigação-ação”, apresentando níveis intermediários e correlacionais.
Nessa altura caminhamos entre um grau mais indutivo (“pontos de continuidade ou pregnância de uma dada
realidade”) e um grau mais dedutivo, em que importa testar relações causais. (ALMEIDA; FREIRE, 2003).
Os modelos de investigação na Educação, dentre os modelos gerais já anotados, podem ser divididas em duas
perspectiva: a primeira definiríamos como empírico-analítico, e que aparece frequentemente associada com
outras expressões como investigação quantitativa, positivista e experimental. A segunda perspectiva, que
definiríamos por humanista-interpretativa, está mais associada à investigação qualitativa e naturalista. A
segunda perspectiva constitui-se em reação à primeira, assumindo-se como uma perspectiva marcadamente
anti-positivista. Esse confronto é importante para o estabelecimento da realidade educativa, que passa a ser
percebida com mais dinâmica fenomenológica, associando-se tanto à história individual quanto aos contextos.
Afirmação: O estudo da Educação não poderá ser feito sem o recurso à própria perspectiva dos sujeitos
participantes das situações. Por isso, “torna-se importante e necessário conhecer as crenças e os costumes, os
sistemas de comunicação e de relação, bem como as representações dos indivíduos e dos grupos sociais”
(ALMEIDA; FREIRE, 2003, p. 27). É justamente nesse ato de apropriação ideológica e simbólica que as hipóteses
e variáveis cognitivas se fazem importante e presentes na área educativa.
Apoio: Em um trecho bem esclarecedor, escrito por Cardona Moltó (2002) e citado por Lukas e Santiago, revela-
se que “La investigación en Educación se realiza bajo unas condiciones muy particulares. Los rígidos controles
de las situaciones de laboratorio no son posibles en educación. Por añadidura, la medición en investigación
educativa es, a menudo, indirecta e imprecisa, y la verificación de los hallazgos por replicación puede resultar
difícil. Por ello, en educación se suele tomar el método científico como un estándar al que se somete la
investigación para valorar si es adecuada, pero cabe esperar que alguno estudios no se adhieran rígidamente a
las características del método científico.” (LUKAS; SANTIAGO, 2004, p. 20).
Afirmação: Com esse esclarecimento de Moltó, aproximamos a Educação das hipóteses como estratégia de
investigação e análise, desdobrando-a em interpretações e compreensões dos processos educativos a partir do
universo dos sujeitos ativos que teorizam fenômenos e observam e descrevem dados. Eis a seguir um mapa
conceitual que pode organizar essa sistematização:
8-Referências
ALMEIDA, L.; FREIRE, T. Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilíbrios, 2003, pp. 18-
34.
LUKAS, J. F.; SANTIAGO, K.. Evaluación educativa. Madrid: Alianza Editorial, 2004.
MORAIS, Carlos. Descrição, análise e interpretação de informação quantitativa: Escalas de medida, estatística
descritiva e inferência estatística. Bragança: Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Bragança,
s/d.
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2. Fidalga Mbungululu disse: 22 de novembro de 2019 às 13:46
Muito obrigada pelo conteúdo ajudou-me b
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1. Kauê Almeida Ferraz dos Santos disse: 11 de março de 2022 às 10:46
Muito interessante esse assunto , gostei muito do conteúdo
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8. Rafael Lacerda mn nutrição disse: 25 de fevereiro de 2022 às 08:32
Eu particularmente achei bem interessante e educativo pois isso é bem. Inovador e fundamental para todos
os estudantes
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1. Lorena disse: 11 de março de 2022 às 10:50
Eu achei bem interessante, gostei bastante do assunto
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9. júlia de carvalho rodrigues disse: 11 de março de 2022 às 10:48
amei o conteúdo achei bem interessante, ajudou muito
Responder
10. Paolla Beatriz Muzetti Zanchetta Flausino disse: 11 de março de 2022 às 10:48
Achei muito interessante o assunto e visa muito com o aprendizado , adorei o assunto
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11. Jeniffer Alves De Matos Campos disse: 11 de março de 2022 às 10:48
Gostei muito do assunto, muito interessante
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12. Lorenah de Almeida Elias disse: 11 de março de 2022 às 10:51
O texto é bem interessante, e tira todas as dúvidas da pessoa
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13. Maria Julia wiziack antiga disse: 11 de março de 2022 às 10:51
um conteúdo muito interessante e legal de saber, adorei ler sobre e quero entender mas dele
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14. Maria Luisa Souza Martins disse: 11 de março de 2022 às 10:53
Gostei muito do assunto
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