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Receitas Extra-Orcamentárias
Ingressos extraorçamentários: quando representam apenas entradas compensatórias,
ou seja, são recursos financeiros de caráter temporário e não integram a LOA. Nesse caso, o
Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas
restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: depósitos em caução, fianças,
emissão de moeda e outras entradas compensatórias.
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Direito Financeiro – Prof. MSc. Paulo Mendes
Abordar o tema orçamento público, nos vem em mente seus principais elementos: as
receitas e as despesas. Assim, para obter uma melhor compreensão sobre as questões
relacionadas a este tema, é relevante conhecer melhor cada um desses elementos.
São exemplos mais significativos das receitas derivadas os tributos que se encontram
estabelecidos na Constituição Federal nos termos do art. 145:
Efetivas
São aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos não foram precedidos
de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes. Por
isso, aumentam a situação líquida patrimonial. Exemplos: Receita Tributária, Receita
Patrimonial, Receita de Serviços, etc.
Não-Efetivas
São aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de
registro de reconhecimento do direito. Por isso, não alteram a situação líquida patrimonial.
Exemplos: alienação de bens, operações de crédito, amortização de empréstimo concedido no
passado, cobrança de dívida ativa, etc.
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Receitas Ordinárias
Apresentam certa regularidade na sua arrecadação, sendo normatizadas pela
Constituição ou por leis específicas. Exemplos: arrecadação de impostos, transferências
recebidas do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, etc.
Receitas Extraordinárias
São aquelas que representam ingressos acidentais, transitórios e, as vezes, até de
caráter excepcional, como os impostos por motivo de guerra, heranças, etc.
Próprias
Quando seu ingresso é promovido pela própria entidade, diretamente, ou através de
agentes arrecadadores autorizados. Exemplo: tributos, aluguéis, rendimentos de aplicações
financeiras, multas e juros de mora, alienação de bens, etc.
De Transferências
Quando a sua arrecadação se processa através de outras entidades, em virtude de
dispositivos constitucionais ou legais, ou ainda, mediante celebração de acordos ou
convênios. Exemplo: cota-parte de Tributos Federais aos Estados e Municípios (FPE e FPM ),
Cota-Parte de Tributos Estaduais aos Municípios (ICMS e IPV A), convênios, etc.
Financiamentos
São as operações de crédito realizadas com destinação específica, vinculadas à
comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os financiamentos para implantação de
parques industriais, aquisição de bens de consumo durável, obras de saneamento básico, etc.
A separação entre receitas tributárias e receitas de contribuições remonta à época em que as últimas não tinham
natureza tributária. Atualmente, as contribuições possuem natureza tributária (a quinta espécie de tributo). Persiste,
no entanto, nos documentos financeiros a distinção. (ALDEMÁRIO ARAÚJO)
Outro exemplo:
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Dividem-se em:
Resumo:
O esquema demonstra como os ingressos de valores nos cofres públicos são classificados,
tendo como destaque nesse momento as classificações da origem identificadas à direita da
figura acima, o quadro a seguir resume as informações de cada classificação da origem:
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ESPÉCIES DE TRÍBUTOS
2.2.3.
Exigências pecuniárias desprovidas de natureza tributária. Em que pese as
divergências doutrinárias, a ordem jurídica brasileira admite a existência de
exigências pecuniárias compulsórias desprovidas de natureza tributária. Eis alguns
exemplos: FGTS, DPVAT e parcela de solo criado.
Art. 2º., inciso IV. Define o que se entende por receita corrente líquida (conceito
central na mecânica das finanças públicas).
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em
metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de
combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida
ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Receitas e a LRF
Antes da LRF: Predominância das despesas em relação às receitas.
Depois da LRF:
Metas de resultado primário;
Obrigatoriedade de estimar as receitas
Obrigatoriedade de ter uma metodologia e de demonstrar o modelo de
projeção
Obrigatoriedade de considerar a variação de preços, o crescimento
econômico e alterações de legislação
Demonstrar os três últimos exercícios e os próximos dois
Análise de impacto em caso de subsídio ou renúncia
Definição de limites de endividamento com punições em caso de
descumprimento
Acompanhamento bimestral da execução orçamentária
Reestimativa pelo PL somente em caso de erro ou omissão
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA: Estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que
evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de
recursos. Os estágios da receita orçamentária são os seguintes:
Previsão Estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA,
resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias.
Metodologia de Projeção das Receitas Orçamentárias A metodologia de projeção de receitas
orçamentárias adotada pelo Governo Federal está baseada na série histórica de arrecadação das
mesmas ao longo dos anos ou meses anteriores (base de cálculo), corrigida por parâmetros de preço
(efeito preço), de quantidade (efeito quantidade) e de alguma mudança de aplicação de alíquota em
sua base de cálculo (efeito legislação).
Esta metodologia busca traduzir matematicamente o comportamento da arrecadação de uma
determinada receita ao longo dos meses e anos anteriores e refleti-la para os meses ou anos
seguintes, utilizando-se de modelos matemáticos.
A projeção das receitas é fundamental na determinação das despesas, pois é a base para a fixação
destas na Lei Orçamentária Anual, na execução do orçamento e para a determinação das
necessidades de financiamento do Governo. Além disso, é primordial sua análise na concessão de
créditos suplementares por excesso de arrecadação.
Lançamento: Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142, é o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor
a aplicação da penalidade cabível. Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao
registro contábil do direito a receber da fazenda pública em contrapartida a uma variação ativa, em
contas do sistema patrimonial, o que representa o registro da receita por competência.
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Algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento, conforme se depreende pelo art. 52 da Lei
nº 4.320/64: “São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.”
Arrecadação: É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou
bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro.
Recolhimento: É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável
pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da
Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.