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Administração Financeira e Orçamentária

Prof. Guilherme Pedrozo

DIREITO CIVIL

GABRIELLA SPENCER

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Administração Financeira e Orçamentária
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Administração Financeira e
Orçamentária
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LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LC101/00...................................................... 3

1. Definição............................................................................................................................. 3

...........................................................................................................................................................................

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

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LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LC101/00

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@concursoceisc

1. Definição

Trata-se de uma das várias leis que compõem e organizam o orçamento público. Muitas
vezes, em provas de concursos, o examinador pergunta e propõe como assertiva correta a
seguinte questão: a lei de responsabilidade fiscal é a norma que vem a disciplinar as finanças
públicas.
Qual é o objetivo desta lei? Ela buscará a responsabilidade na gestão fiscal, buscando o
equilíbrio com os gastos que são realizados pelos gestores com o dinheiro público. Tal preceito,
fica bastante claro pela simples leitura da lei, quando assim ela determina:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente,
em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração
de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.

Igualmente é importante referir que tal norma não busca sancionar a pessoa física do
gestor, mas sim o seu ato, sua instituição, o próprio ente e/ou o órgão que ele pertence.
Logo, é correto afirmar que a lei de responsabilidade fiscal pressupõe um conjunto de
ações planejadas e transparentes, que visa prevenir riscos, corrigir desvio com o grande objetivo
de equilibrar as contas públicas.
Para muitos doutrinadores, a referida Lei Complementar acabou por disciplinar os artigos
163 até 169 da Constituição Federal, tipificando condutas que deverão ser adotadas pelos
gestores, com a ideia do que pode ou não ser feito com o dinheiro público.
Ademais tal regulamentação tornou-se extremamente necessária eis que os gastos
públicos tornaram-se cada vez mais frequentes, muitas vezes sendo muito superiores aos
valores arrecadados pelos gestores. Logo, como forma de compatibilizar tais receitas e
despesas, tornou-se necessário endividar e/ou empobrecer os cofres públicos, tudo isto com
ideia de gerar um equilíbrio, pelo menos formal, nas contas públicas (receita igual despesa).

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Também nunca é demais salientar que existem despesas correntes (primárias) e aquelas
decorrentes de capital, que servem para pagar os juros de dívidas já contraídas pelo gestores
anteriores. Estas despesas chamamos de despesas financeiras.
Entretanto, têm-se observado que as despesas primárias notadamente são maiores que
as receitas primárias, ou seja, os gestores públicos tem realizados gastos que superam e muito
suas arrecadações. Assim, para gerar uma formalidade financeira, acabam por contrair dívidas
e/ou vendendo patrimônio.
Mas afinal de contas a lei de responsabilidade fiscal foi criada para impedir à realização
de despesas e financiamentos para estas? A resposta é negativa, desde que se mantenha o
equilíbrio e controle das mesmas.

Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Candelária - RS Prova: FUNDATEC -


2021 - Prefeitura de Candelária - RS - Contador
Conforme a Lei Complementar nº 101/2000, sobre responsabilidade na gestão fiscal, analise as
seguintes assertivas:
I. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
II. Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem
e para os dois seguintes.
III. A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.

Quem estará sujeita a LRF?


Estarão submetidos a lei de responsabilidade fiscal todos os entes, poderes, ou seja, em
geral, toda administração pública direta e/ou indireta.
Ademais, vale a atenção dos concurseiros é a seguinte questão: empresas estatais
estarão submetidas também a lei de responsabilidade fiscal? A resposta será depende, eis que

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as estatais dependentes do setor público e que tenham o seu capital (maior parte do capital
votante) majoritário público, estarão submetidos a lei de responsabilidade fiscal.
Também a empresa estatal dependente é a empresa controlada que recebe do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação
acionária.
Já as empresas estatais independentes (só relação negocial), estas não estarão
vinculadas a lei de responsabilidade fiscal.
Art. 1º - LC 101/00
§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder
Judiciário e o Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes;
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas
do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do
Município.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou
de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação
acionária;

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Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Vacaria - RS Prova: FUNDATEC - 2021
- Prefeitura de Vacaria - RS - Contador
De acordo com a Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as
seguintes assertivas:
I. Para os efeitos desta lei, entende-se como empresa controlada: sociedade cuja maioria do
capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.
II. Empresa estatal dependente é a empresa controlada que recebe do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
III. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução no
último ano e da projeção para o ano seguinte.
Quais estão corretas?
(A) Apenas II.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: Câmara de Candelária - RS Prova: FUNDATEC - 2021
- Câmara de Candelária - RS - Contador
A Lei Complementar nº 101/2000 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal. Analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou
F, se falsas.
( ) Empresa controlada é a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da federação.
( ) Empresa estatal dependente é a empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
( ) Ente da Federação é a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
(A) V – F – V.
(B) V – V – V.
(C) F – V – V.
(D) F – F – V.
(E) F – F – F.

Receita Corrente Líquida


A lei de responsabilidade fiscal irá limitar gastos com base na previsão de arrecadação
prevista na PLOA, ou seja, a arrecadação é utilizada como referência para a limitação de gastos,
visando o equilíbrio das contas públicas.

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Mas afinal de contas, qual será a base referencial para definir os limites para com os
gastos públicos? A base será a receita corrente líquida (RCL).
A receita corrente líquida consubstancia-se nas receitas correntes com o desconto das
deduções previstas na LRF. Ademais é importante ressaltar que as receitas de capital não farão
parte na conta da receita corrente líquida.
Logo a receita corrente líquida é a soma das receitas correntes de forma bruta, diluídas
(subtraídas) das deduções legais. Lembrando que cada ente terá suas deduções possíveis, na
forma da LRF. Sobre o tema, reza o artigo 2º da norma:
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II
do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos
em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto
pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados
do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas
de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.

Por fim, é importante ressaltar que a apuração da receita corrente líquida ocorrerá da seguinte
forma:
§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Princípio da Programação
Muito embora existam as programações necessárias, principalmente na LDO e na LOA,
será necessário que os gestores públicos, de forma transparente, trabalhem com uma ideia
mensal de fluxo de caixa, tudo isto para corrigir eventuais equívocos e riscos.
E tal demonstrativo mensal faz nascer o princípio da programação ratificado pelo artigo 8º
da Lei de Responsabilidade Fiscal. Reza o referido artigo que:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei
de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder
Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso
daquele em que ocorrer o ingresso.

Entretanto, deste princípio duas perguntas são frequentes em provas de concurso:

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a) A limitação de gastos e/ou movimentação financeira será realizada de forma mensal?


Não, eis que na forma do artigo 9º da LRF se verificado, ao final de um bimestre, que
a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o
Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

b) Precisará de lei próprio de iniciativa do Poder Executivo o envio deste demonstrativo


mensal? Não, tal ato poderá ocorrer por simples decreto.

Ano: 2022 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Guaraciaba - SC Prova: AMEOSC - 2022
- Prefeitura de Guaraciaba - SC - Assistente Técnico Contábil
Em consonância com a Lei 101 de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas
a responsabilidade na gestão fiscal, é CORRETO afirmar que o relatório resumido da execução
orçamentária, previsto pela Constituição Federal de 1988, abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, após o encerramento de cada bimestre, em até:
(A) Trinta dias.
(B) Dez dias.
(C) Quinze dias.
(D) Vinte e cinco dias.

Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Analista Judiciário -
Contador
O acompanhamento das metas de arrecadação disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) com o intuito de promover, se necessário, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias:
(A) deverá ser realizado bimestralmente;
(B) deverá ser realizado quadrimestralmente;
(C) é de competência do chefe do Poder Executivo;
(D) deverá ser realizado pelo respectivo tribunal de contas;
(E) se aplica a todas as despesas autorizadas no orçamento.

Ano: 2021 Banca: SELECON Órgão: Câmara de Cuiabá - MT Prova: SELECON - 2021 -
Câmara de Cuiabá - MT - Analista Legislativo
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, se verificado, ao final de um bimestre, que a
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes,
limitação de:
(A) empenho
(B) eficiência
(C) trabalho
(D) gasto

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Classificação das Fontes e Destinação de Recursos


Para melhor análise e interpretação do orçamento público, compreende a lei de
responsabilidade fiscal que os demonstrativos orçamentários deverão ser classificados, ou seja,
deverá ocorrer classificação orçamentária.
A classificação orçamentária terá por propósito clarear as fontes de financiamento com as
despesas fixadas no orçamento. Logo, esta classificação estará expressa em códigos e irá
indicar a destinação dos recursos para realização de despesas.
Importante ressaltar que tal classificação será obrigatória.
A referida classificação orçamentária será dividida portanto por fonte de recursos e será
dividida em cincos grupos.
Despesas Públicas
Toda ação que vise a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que
acarrete aumento da despesa deverá cumprir os requisitos dispostos no artigo 16 da LRF, quais
sejam:
a) estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes;

b) declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária


e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e
com a lei de diretrizes orçamentárias.
E, se não cumpridos os requisitos disposto em lei, Serão consideradas não autorizadas,
irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação na
forma do artigo 15 da LRF.
Já no que tange a despesa com pessoal, é importante a leitura do artigo 18 da LRF:
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com
pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.
§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição
de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de
Pessoal".
§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos 11 (onze) imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência, independentemente de empenho.
§ 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta
do servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao
disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal

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Assim, trouxe a lei de responsabilidade fiscal limitações para o gastos com pessoal, tudo
isto para que se tente evitar o acúmulo de servidores que não atenderiam os preceitos
fundamentais.
Lembra-se ainda que os gastos com indenização igualmente não serão considerados
gastos com pessoal.
Por fim, não serão considerados como despesa com pessoal o que disposto no artigo 19º,
§1º da LRF:
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder
os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas
as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a
que se refere o § 2º do art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com
recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição
e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única
ou fundo previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela custeada por
recursos provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;
c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do regime de previdência,
na forma definida pelo órgão do Poder Executivo federal responsável pela orientação, pela
supervisão e pelo acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos
servidores públicos.
§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art.
20.
§ 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, é vedada a dedução
da parcela custeada com recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro dos
regimes de previdência.

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