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Administração Financeira e Orçamentária
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Administração Financeira e Orçamentária
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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Trata-se de uma das várias leis que compõem e organizam o orçamento público. Muitas
vezes, o examinador pergunta e propõe como assertiva correta a seguinte questão: a lei de res-
ponsabilidade fiscal é a norma que vem a disciplinar as finanças públicas.
Qual é o objetivo desta lei? Ela buscará a responsabilidade na gestão fiscal, buscando o
equilíbrio com os gastos que são realizados pelos gestores com o dinheiro público. Tal preceito,
fica bastante claro pela simples leitura da lei, quando assim ela determina:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em
que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas pú-
blicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas
com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em
Restos a Pagar.
Igualmente é importante referir que tal norma não busca sancionar a pessoa física do
gestor, mas sim o seu ato, sua instituição, o próprio ente e/ou o órgão que ele pertence.
Logo, é correto afirmar que a lei de responsabilidade fiscal pressupõe um conjunto de
ações planejadas e transparentes, que visa prevenir riscos, corrigir desvio com o grande objetivo
de equilibrar as contas públicas.
Para muitos doutrinadores, a referida Lei Complementar acabou por disciplinar os artigos
163 até 169 da Constituição Federal, tipificando condutas que deverão ser adotadas pelos ges-
tores, com a ideia do que pode ou não ser feito com o dinheiro público.
Ademais tal regulamentação tornou-se extremamente necessária eis que os gastos pú-
blicos tornaram-se cada vez mais frequentes, muitas vezes sendo muito superiores aos valores
arrecadados pelos gestores. Logo, como forma de compatibilizar tais receitas e despesas, tor-
nou-se necessário endividar e/ou empobrecer os cofres públicos, tudo isto com ideia de gerar
um equilíbrio, pelo menos formal, nas contas públicas (receita igual despesa).
Também nunca é demais salientar que existem despesas correntes (primárias) e aquelas
decorrentes de capital, que servem para pagar os juros de dívidas já contraídas pelo gestores
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Por fim, é importante ressaltar que a apuração da receita corrente líquida ocorrerá da
seguinte forma: “A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no
mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades”.
Muito embora existam as programações necessárias, principalmente na LDO e na LOA,
será necessário que os gestores públicos, de forma transparente, trabalhem com uma ideia men-
sal de fluxo de caixa, tudo isto para corrigir eventuais equívocos e riscos.
E tal demonstrativo mensal faz nascer o princípio da programação ratificado pelo artigo
8º da Lei de Responsabilidade Fiscal. Reza o referido artigo que:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a
lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o
Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utiliza-
dos exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício
diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
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Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pes-
soal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensi-
onistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de
membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natu-
reza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.
§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substitui-
ção de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas
de Pessoal".
§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em refe-
rência com as dos 11 (onze) imediatamente anteriores, adotando-se o regime de compe-
tência, independentemente de empenho.
§ 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta
do servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento
ao disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal
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Assim, trouxe a lei de responsabilidade fiscal limitações para o gastos com pessoal, tudo
isto para que se tente evitar o acúmulo de servidores que não atenderiam os preceitos funda-
mentais.
Lembra-se ainda que os gastos com indenização igualmente não serão considerados
gastos com pessoal.
Por fim, não serão considerados como despesa com pessoal o que disposto no artigo
19º, §1º da LRF:
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder
os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computa-
das as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração
a que se refere o § 2º do art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com
recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição
e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única
ou fundo previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela custeada por re-
cursos provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;
c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do regime de previdência,
na forma definida pelo órgão do Poder Executivo federal responsável pela orientação, pela
supervisão e pelo acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos ser-
vidores públicos.
§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art.
20.
§ 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, é vedada a dedução
da parcela custeada com recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro dos
regimes de previdência.
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