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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Prof. Rafael Ravazolo
Sumário
1. Liderança ................................................................................................................................. 4
1.1. Poderes, habilidades e papéis dos líderes ............................................................................ 5
1.2. Evolução das teorias – visão geral........................................................................................ 7
1.3. Teoria dos traços de personalidade ...................................................................................... 8
1.4. Teorias comportamentais (dos estilos de liderança) ............................................................. 9
1.5. Teorias contingenciais ........................................................................................................ 13
1.6. Visão contemporânea – a nova liderança ........................................................................... 22
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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1. Liderança
Os líderes vão além da autoridade formal. Seu poder advém da capacidade de motivar,
entusiasmar e comprometer as pessoas a desempenhar tarefas além daquelas formalmente de-
finidas. Portanto, um administrador que planeja, organiza e controla pessoas e recursos pode
não ser um bom líder. Da mesma forma, um líder pode não ter um cargo formal de chefia.
“Todo bom chefe deve ser um líder, porém, nem todo chefe é um líder e nem todo
líder é um chefe.”
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Para não ser confundida com manipulação, uma liderança autêntica deve ter como funda-
mentos a ética e a confiança.
A liderança não é uma qualidade singular inata. Algumas vezes o líder emerge natu-
ralmente, outras ele é escolhido devido à necessidade de liderança em um grupo. Ao mesmo
tempo, as características que levam uma pessoa a ser aceita como líder em um grupo são limi-
tadas a este grupo.
A liderança, portanto, é um fenômeno tipicamente social, um tipo de influência entre pes-
soas, realizada por meio de um processo de comunicação, que ocorre em determinada situação
e busca alcançar objetivos específicos. Neste contexto, liderança envolve relações, comuni-
cação e metas.
Segundo McGregor, a liderança é um processo social complexo, no qual interagem quatro
variáveis ou componentes:
1. as motivações dos liderados – ela é legitimada pelo atendimento das expectativas
do grupo de liderados;
2. a tarefa ou missão – o que liga o líder aos seguidores é uma tarefa ou missão.
Sem missão, não há liderança; apenas influência ou popularidade;
3. o líder – pessoa com certos traços de personalidade, motivações e habilidades;
4. a conjuntura – contexto, meio organizacional no qual ocorre a relação líder-lidera-
dos. Esse meio influencia o comportamento do líder e dos liderados e define o mo-
delo de liderança a ser seguido (ex: ser líder em uma organização militar X ser líder
de uma equipe esportiva).
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Para um supervisor de primeira linha e para os grupos autogeridos de trabalho, que estão
diretamente ligados às tarefas operacionais, a habilidade técnica é muito mais importante. Con-
forme se sobe na hierarquia, a importância da competência técnica diminui, enquanto a habili-
dade conceitual torna-se mais necessária.
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Papéis - Mintzberg
Henry Mintzberg criou uma classificação dos dez papéis dos gestores, dividindo-os em
três categorias: Interpessoais (relacionamento), de Informação e de Decisão.
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eficaz do grupo. Algumas funções têm natureza técnica (relacionadas às tarefas) e outras têm
natureza social (ligadas a relacionamento, mediação de conflitos, comunicação, motivação).
Abordagem Contingencial (Situacional): estudos identificaram que os comportamentos
que levam uma pessoa a ser aceita como líder em um grupo podem não ser válidos em outros
grupos, ou seja, não há comportamentos universalmente eficazes porque há fatores do contexto
de cada grupo que impactam a liderança. Assim surgiu a perspectiva contingencial. Ela sustenta
que, para ser eficaz, o estilo de liderança deve se adequar às características da situação. O
verdadeiro líder é capaz de se ajustar a um grupo particular de pessoas sob condições variadas.
Entre os fatores situacionais mais utilizados para descrever um contexto estão: a personalidade,
os valores, a experiência e as expectativas do líder; a maturidade, a responsabilidade, a perso-
nalidade e as expectativas dos subordinados; as exigências e o grau de estruturação da tarefa;
a cultura e as políticas organizacionais; as condições ambientais (turbulência do ambiente ex-
terno, pressão do tempo etc.); as expectativas dos superiores hierárquicos e dos pares.
Diversos grupos de pesquisadores tentaram comprovar essa teoria fazendo uso de duas
abordagens metodológicas: 1) comparação dos traços de líderes com os de indivíduos comuns;
2) comparação dos traços de líderes eficazes com os de líderes ineficazes. Ambas as aborda-
gens fracassaram em associar traços de personalidade específicos com os líderes eficazes. Es-
tudos mais recentes mostraram que os traços pessoais poderiam prever o surgimento da lide-
rança, mas não indicariam qual tipo de líder é eficaz ou ineficaz.
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Newstrom afirma que cada estilo tem seus benefícios e limitações e que um líder geral-
mente usa os três estilos durante um certo período, porém um estilo tende a ser o dominante.
• Autoritário (autocrático): centralizam em si o poder e a tomada de decisões. Os
funcionários apenas fazem o que lhe for solicitado, pois não possuem autonomia.
• coercitivo: tipicamente negativa, baseada na punição e no medo.
• benevolente: autoritário, porém, em vez de apelar para punições utiliza
recompensas.
• Consultivo: aborda os funcionários e pede contribuições antes de tomar
decisões, mas escolhe se utiliza ou ignora essas informações e conselhos
recebidos. Ele procura a opinião e ouve as preocupações e questões de seus
seguidores, mas toma a decisão final usando as opiniões reunidas como exercício
de coleta de informações.
• Participativo: é o mais democrático e descentraliza a autoridade. Há delegação,
as decisões participativas não são unilaterais. Os funcionários são estimulados a
expressar ideias, apresentar sugestões e agir. As decisões são geralmente
tomadas pelo grupo.
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Esses três elementos – líder, seguidores e situação – são variáveis que se afetam
mutuamente na determinação do comportamento de liderança adequado.
Os principais estudos dessa perspectiva contingencial serão vistos a seguir.
Teoria Situacional - Hersey & Blanchard
Esse modelo enfatiza as características dos funcionários como critério para determinar o
comportamento de liderança apropriado. A principal variável situacional é o nível de prontidão
dos subordinados para executar uma tarefa, chamado de grau de maturidade ou de pron-
tidão.
A maturidade/prontidão é definida como a disposição de aceitar responsabilidade e
a capacidade/experiência relacionada ao trabalho. Ela é classificada em 4 níveis:
• M1 = Subordinado incapaz e indisposto;
• M2 = Subordinado incapaz e disposto;
• M3 = Subordinado capaz e indisposto;
• M4 = Subordinado capaz e disposto.
Hersey & Blanchard fazem relação entre o nível de maturidade do funcionário e o estilo
de ação necessário por parte do líder. Eles definiram 4 estilos ou formas de liderança:
• E1 = determinar (diretivo, comando, dizer o que fazer);
• E2 = vender (persuadir);
• E3 = participar (compartilhar);
• E4 = delegar.
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A maturidade baixa (M1) deve ser gerenciada por meio do uso forte da autoridade e do
foco nas tarefas, com pouca ênfase no relacionamento (dar ordens, ser diretivo - E1).
M2 é disposto, mas inexperiente, por isso necessita de um líder persuasivo que ofereça
apoio emocional (E2).
M3 tem competência, mas pouco interesse em assumir responsabilidades (geralmente
devido a insegurança ou desmotivação), por isso, o líder orienta-se fortemente para o relaciona-
mento e compartilha as decisões (E3).
Um liderado altamente maduro (M4), não necessita de comportamento forte de tarefa,
tampouco de relacionamento, pois este tipo de funcionário possui competência e motivação para
assumir responsabilidades. Para ele, o ideal é delegar responsabilidades (E4).
Teoria da Contingência - Fiedler
O desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de
interagir do líder com seus subordinados e o grau em que a situação dá controle e poder
de influência ao líder.
Basicamente, o estilo deve combinar com o grau em que uma situação é favorável ou
desfavorável ao líder. Para isso, são consideradas 3 variáveis situacionais:
1. Relações entre líder e liderados: qualidade da relação - o grau de segurança,
confiança e respeito que os subordinados têm por seu líder. Se os sentimentos dos
seguidores forem positivos, a situação é favorável; caso contrário, é desfavorável.
2. Estrutura da tarefa: grau de estruturação das tarefas, de especificação de proce-
dimentos e normas e de definição de metas.
Tarefas estruturadas = situação favorável.
3. Poder da posição: grau de autoridade formal do líder (poder de punir, recompen-
sar, disciplinar, contratar, demitir qualquer integrante do grupo)
Grande poder = situação favorável.
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4 estilos de liderança:
• líder Diretivo: dá a direção, especifica as tarefas e define as metas.
• líder Compreensivo (apoiador): é amigável e preocupado com as necessidades
dos funcionários.
• líder Participativo: é democrático, consulta os funcionários e descentraliza a to-
mada de decisão.
• líder Realizador: desafia os subordinados com objetivos ambiciosos.
A teoria relaciona os quatro tipos de comportamentos dos líderes com dois fatores contin-
genciais. Antes de adotar uma atitude, o líder deve avaliar qual a realidade da situação.
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Fatores Contingenciais
Ambientais:
- Estrutura da Tarefa
- Sistema Formal de
Comportamento do líder: Autoridade
- Apoiador - Grupo de trabalho Resultados:
- Diretivo - Desempenho
- Participativo - Satisfação
Fatores Contingenciais do
- Orientado para conquistas Subordinado:
- Centro de Controle
- Experiência
- Capacidade Percebida
Exemplos:
• Um estilo diretivo de liderança é adequado a pessoas que respeitam a autoridade,
mas é desnecessário se as tarefas são bem estruturadas.
• Um estilo compreensivo é adequado se o sistema de autoridade é insatisfatório,
mas é pouco relevante se o grupo de trabalho proporciona apoio social a seus
membros.
• Um estilo participativo de liderança é mais adequado para pessoas que têm lócus
de controle interno e que se acham hábeis e capazes.
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Teoria 3D - Reddin
Os modelos bidimensionais não vinham explicando adequadamente o processo de lide-
rança. Alguns pesquisadores, então, passaram a acrescentar uma terceira dimensão, ou variável
de análise do comportamento. A teoria de Reddin, ou da Eficácia Gerencial, tem esse nome
justamente por acrescentar uma 3ª dimensão, a Eficácia.
Segundo o autor, a principal função do administrador é ser eficaz (ou seja, atingir os re-
sultados). O administrador deve ser eficaz em uma variedade de situações e a sua eficácia poder
ser medida na proporção em que ele é capaz de transformar o seu estilo de maneira apropriada,
em situação de mudança.
As três habilidades gerencias básicas são:
• Sensitividade situacional - diagnosticar as situações e as forças que jogam na situ-
ação.
• Flexibilidade de estilo - se adequar às forças em jogo, devidamente analisadas e
diagnosticadas.
• Destreza de gerência situacional - gestão situacional, ou seja, a capacidade de
modificar a situação que deve ser modificada.
O modelo de Reddin parte dos dois elementos (Orientação para Tarefa e Orientação para
Relacionamentos) para definir quatro estilos gerenciais básicos:
• Relacionado: se orienta exclusivamente para as relações que estabelece entre as
pessoas;
• Dedicado: dá ênfase às tarefas a serem realizadas;
• Separado: tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-relações,
quanto à realização das tarefas.
• Integrado: consegue conjugar, de forma concomitante, uma atuação eficaz tanto
voltada para a relação entre as pessoas quanto para a realização das tarefas.
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Não há um estilo ideal. Cada situação requer uma estratégia própria. O gerente deve mo-
dificar seu estilo em conformidade com a exigência da situação, de forma a ser eficaz. Percebe-
se, portanto, que a Teoria 3D não dá uma direção (não propõe um estilo ideal), ela apenas res-
salta que o gerente deve buscar a eficácia.
Os quatro estilos básicos têm um equivalente mais eficaz e outro menos eficaz, dando
lugar a oito estilos gerenciais.
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com os subordinados como uma transação, na qual ele define metas em troca de recompensas
individuais (materiais ou psicológicas).
São bons para situações estáveis, com foco no curto prazo.
Líder Transformacional: inspira os seguidores a transcenderem seus interesses indivi-
duais em prol da organização. Age influenciando, inspirando, estimulando e considerando indivi-
dualmente as pessoas. Não depende de recompensas materiais e tangíveis para motivar os su-
bordinados, focalizando outras dimensões, como a visão, os valores partilhados e as ideias. É
um agente de inovações e mudanças, com foco no longo prazo.
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se colocarem em vulnerabilidade em relação às ações dele, pois acreditam que seus direitos e
interesses não serão prejudicados.
Evidências apontam três características dos líderes que geram confiança: integridade,
benevolência e capacidade.
• Integridade - honestidade e à sinceridade.
• Benevolência - atenção, apoio, considera de verdade os interesses dos outros,
mesmo que estes não estejam necessariamente alinhados com os seus.
• Capacidade - conhecimentos e habilidades técnicos e interpessoais.
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8) FCC – TRF 11ª Região (AM e RR) – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017
Os estudos sobre liderança desenvolvidos pela Universidade de Ohio nos anos de 1940, buscaram identificar di-
mensões independentes do comportamento do líder, descrevendo duas categorias de liderança, que são:
A) diretiva e colaborativa.
B) democrática e autocrática.
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C) autocentrada e cooperativa.
D) ênfase nas pessoas e ênfase na produção.
E) estrutura de iniciação e consideração.
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17) FCC – TRF 24ª Região (MS) – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017
Os estudos sobre liderança contemplam as denominadas Teorias Situacionais, entre as quais o Modelo de Fiedler,
segundo o qual
a) a liderança deve ser baseada na troca, cabendo ao líder participativo o atendimento das necessidades dos su-
bordinados.
b) a eficácia da liderança depende da adequação do estilo do líder com o grau de maturidade dos subordinados.
c) a liderança deve ser diretiva, cabendo ao líder deixar claro o que espera dos subordinados, propondo ações claras
e objetivas.
d) a eficácia gerencial está atrelada à manipulação correta da situação e não ao estilo ou personalidade do líder.
e) o desempenho eficaz do grupo depende da combinação adequada entre o estilo de liderança do líder com os
subordinados e o grau em que a situação dá o controle e a influência para o líder.
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A) delegador;
B) normativo;
C) orientado para a tarefa;
D) orientado para o relacionamento;
E) orientado para o comprometimento.
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C) participativo;
D) orientado para resultados;
E) delegador.
24) FCC – DPE-AM – Assistente Técnico de Defensoria – Assistente Técnico Administrativo – 2018
O modelo situacional proposto por Fiedler para explicar a liderança e sua relação com a eficácia dos liderados foi
reconceituado, no final da década de 1980, em conjunto com Joe Garcia, gerando a Teoria do Recurso Cognitivo,
apresentando, como uma de suas conclusões:
A) A racionalidade é o fator determinante a ser induzido pelo líder, independentemente do grau de tensão da situa-
ção.
B) Nas situações de alta tensão, existe uma relação positiva entre experiência no trabalho e desempenho.
C) O estresse atua favoravelmente no desempenho, devendo ser fomentado, de forma moderada, pelo líder diretivo.
D) O líder cognitivo é tido como o mais eficaz, pois identifica e utiliza as melhores habilidades de cada liderado.
E) A liderança diretiva somente é útil em grupos heterogêneos e deve ser substituída pela cognitiva sempre que
viável.
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13 – C 14 – E 15 – E 16 – D 17 – E 18 – A
19 – C 20 – D 21 – E 22 – D 23 – C 24 – D
25 – E 26 – C 27 – E 28 – C 29 – D 30 – C
31 – A 32 – E 33 – E 34 – C 35 – E
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