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Grupo:
Fabrício Leonardi | Larissa Bragagnolo | Letícia Tressino
Telma Maria Gonçalves Menicucci
por outro lado, elas próprias podem ser vistas como tendo os mesmos efeitos de
estruturas institucionais, na medida em que colocam constrangimentos ao
comportamento dos atores políticos
A importância de uma análise institucionalista das políticas
públicas
O artigo propõe uma interpretação para a configuração institucional dual da assistência à saúde
no Brasil, caracterizada pela coexistência de um segmento público e outro privado: "inovação
limitada".
Assim, a experiência com uma assistência segmentada tem efeitos cognitivos ao prover
modelos de interpretação da realidade, justificando a preferência pela assistência privada
(lógica de mercado). O setor público, por outro lado, tem baixo suporte e como consequência
de seu desenho institucional e mau desempenho, reforçando opções segmentadas (a noção
de cuidado como direito de cidadania fica fragilizada).
Essa teoria teria dificuldades para explicar inovações, todavia, o novo nunca parte do
zero, então sempre há resquícios de continuidade mesmo na mudança.
Conclusões
As medidas tomadas para a ampliação da assistência à saúde de caráter público no Brasil
encorajaram a expansão de redes de produção e gestão da assistência à saúde privadas, propiciando
o surgimento da medicina de grupo, as cooperativas médicas e os sistemas de autogestão vinculados
a empresas que administram planos de saúde para seus empregados.
Em consequência dos efeitos do legado das políticas prévias, o movimento da Reforma Sanitária
produziu na Constituição de 1988 um processo de inovação limitada, caracterizado tanto por uma
ruptura em termos jurídico-formais do padrão de cidadania regulada e segmentada como por
elementos de continuidade. Essa duplicidade se expressa no próprio texto constitucional, se
concretiza pelo aprofundamento das características do modelo híbrido da assistência e se consolida
com a regulação da assistência privada no final dos anos 90.
Importante: retirada dos direitos sociais num contexto neoliberal da década de 90.
De forma prospectiva não há elementos que permitam acirrar uma nova abertura da agenda como foi
nos anos 90. Isso pode advir de outros processos de crise, internas e externas (exemplo covid).
Inércia institucional