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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!

Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!

Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação!

Com carinho,

Equipe Ceisc. ♥

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Prof. Luiz Henrique Dutra

Sumário

1. Princípios, Fontes, Direito Constitucional do Trabalho ............................................................. 4

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em agosto de 2023.

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1. Princípios, Fontes, Direito Constitucional do Trabalho

Prof. Luiz Henrique Dutra


@prof.luiz.henrique

1.1 Fontes
• Fontes autônomas: Produzidas pelas partes.
Ex.: Acordo coletivo, convenção coletiva, regimento interno, contrato de trabalho, etc..

• Fontes heterônomas: Produzidas por terceiros.


Ex.: CF, CLT, Normas Internacionais, sentenças, etc...

1.2 Princípios
1.2.1 Princípio da Proteção
Esse princípio é alcançado a partir de três variáveis.
I. Princípio da aplicação da fonte jurídica mais benéfica;
Súmula 202 do TST – Gratificação mais benéfica, existindo a contratual e por instrumento
normativo.

II. Princípio da manutenção da condição mais benéfica;


Súmula 288 do TST – Complementação dos Proventos de aposentadoria.
I – Norma do empregador, vale as regras da admissão do empregado.
II – Havendo dois planos, a escolha de um leva a renúncia de outro.

Súmula 51 do TST - Opção por novo regulamento.

III. Princípio da avaliação in dubio pro operário;

1.2.2 Princípio Da Indisponibilidade De Direitos;


Art. 9º da CLT – Todos os atos que visam desvirtuar a lei são inválidos.

Renúncia: Empregado abre mão dos direitos:

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1. Estabilidade do Dirigente Sindical – art. 500 da CLT


2. Renúncia aviso-prévio – Súmula 276 TST –

Transação: Ato bilateral de vontade entre as partes.


1. Art. 625-E da CLT – Acordo na Comissão de Conciliação Prévia.
2. Art. 855-B da CLT – Acordo entre as partes

1.2.3 Princípio da continuidade da relação de emprego;

A ideia é sempre pela manutenção do vínculo empregatício, a rescisão é a exceção.


Súmula 212 do TST – Ônus da prova do término do CT.

1.2.4 Princípio da primazia da realidade;


Prevalece a verdade dos fatos e não os documentos.
Súmula 338 do TST – Cartões pontos uniformes.

1.2.5 Princípio da não-discriminação;


É vedado qualquer forma de discriminação no direito do trabalho.
Art. 442-A da CLT – Não pode exigir experiência superior a 6 meses.
Art. 461 da CLT – Igualdade de salário.
Informativo n. 25 do TST – Impossibilidade de exclusão de cesta básica para empregado
em experiência.

1.3 Aplicação Das Norma Jurídicas


O art. 7 da CLT, indica quando deve ser aplicada a CLT:
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando for em cada caso,
expressamente determinado em contrário, não se aplicam:
a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam
serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;
b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções direta-
mente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos
métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se
classifiquem como industriais ou comerciais;
c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos respectivos
extranumerários em serviço nas próprias repartições;
d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de pro-
teção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários públicos.

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e) aos empregados das empresas de propriedade da União Federal, quando por esta ou
pelos Estados administradas, salvo em se tratando daquelas cuja propriedade ou admi-
nistração resultem de circunstâncias transitórias.
f) às atividades de direção e assessoramento nos órgãos, institutos e fundações dos par-
tidos, assim definidas em normas internas de organização partidária.

Já o art. 8 da CLT, traz regras específica para aplicação de fontes subsidiárias ao direito
do trabalho.
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do tra-
balho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do
Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legal-
mente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho
analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico,
respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade
coletiva.

Por fim, o art. 9 da CLT, informa que qualquer tentativa de fraudar a legislara trabalhista,
será considerada nula.
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

1.4 Direito Constitucional do Trabalho


Os art. 7 da CF e seguintes, trazem os direitos fundamentais dos trabalhadores, conforme
segue abaixo:
Art. 7º da CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos ter-
mos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Ver Lei 7.998/90


III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Ver Lei 8.036/90, em especial arts. 15, 18 e 20.


IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas ne-
cessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

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Ver art. 611-A, §3ºda CLT.


VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposenta-
doria;

Ver Lei 4.749/65 e Lei 4.090/62.


IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Ver art. 73 da CLT.


X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcional-
mente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Ver Súmula m. 451 do TST e Lei 10.101-00.


XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos ter-
mos da lei;

Ver Lei 4.266/63


XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

Ver art. 58 a 62 da CLT.


XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reveza-
mento, salvo negociação coletiva;

Ver Súmula n. 423 do TST e OJ n. 420 e 275 da SDI-1 do TST.


XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Ver art. 385 e 67 da CLT.


XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento
à do normal;

Ver art. 59, §1º da CLT.


XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;

Ver arts. 129 a 145 da CLT.


XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento
e vinte dias;

Ver art. 392 a 392-C da CLT.


XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

Ver art. 10 §1º da ADCT.


XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;

Ver art. 372 a 401 da CLT.


XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;

Ver art. 489 a 491 da CLT.


XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

Ver art. 154 a 200 da CLT.

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XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei;

Ver arts. 189 a 197 da CLT.


XXIV - aposentadoria;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

Ver arts. 611 a 625 da CLT.


XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a inde-
nização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescri-
cional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho;

Ver art. 11 e 11-A da CLT.


XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Ver art. 461 da CLT.


XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;

Ver art. 461 da CLT.


XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os pro-
fissionais respectivos;

Ver art. 461 da CLT


XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos;

Ver art. 402 a 440 da CLT


XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e
o trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decor-
rentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX,
XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

O art. 8 da CF elenca de maneira específica os direitos fundamentais dos trabalhadores


voltados ao direito coletivo do trabalho.
Art. 8º da CF/88 - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, represen-
tativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida
pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de
um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da cate-
goria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

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IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,


será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindi-
cal respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

Ver arts. 578 e 579 da CLT e S. V. n. 40 do STF.


V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura
a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Ver Súmula n. 369 do TST.


Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais
e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º da CF/88 - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defen-
der.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Ver Lei 7.783/89.

Art. 10 da CF/88 - É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos


colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários
sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11 da CF/88 - Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a elei-


ção de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendi-
mento direto com os empregadores.

Ver arts. 510-A a 510-D da CLT.

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