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SENAC – DF
CURSO TECNÓLOGO EM GESTÃO DE RH
APOSTILA DA DISCIPLINA
Elaborada por:
Profa. Dra. Vanessa Guimarães
vanessa.guimaraes@df.senac.br
Brasília, 2023
Elaborado pela Profa. Vanessa F. Guimarães, 74p., 2023
p.
UNIDADE 1: Plano de carreira, cargos e salários: aspectos legais- isonomia salarial, acúmulo e desvio de função ...................... 03
TEXTO 1 - Administração de Carreiras, Cargos e Salários: definições, partes e aspectos legais (isonomia salarial, acúmulo e
desvio de função) ....................................................................................................................................................................... 04
Leitura complementar: Artigo: “5 fatos sobre acúmulo de função e desvio de função” ........................................................... 07
Leitura complementar: Vendedor recebe indenização por “desvio” de função ......................................................................... 10
ISONOMIA SALARIAL: Tudo que você precisa saber ................................................................................................................... 11
Questões de concursos sobre Isonomia Salarial ......................................................................................................................... 14
UNIDADE 2: Descrição de cargo: objetivos, coleta de dados e documento. Enriquecimento do cargo ........................................ 15
TEXTO 2 - Análise e Descrição de Cargo ...................................................................................................................................... 16
Códigos numéricos dos cargos - Tabela Completa da CBO ........................................................................................................ 20
Revisão de uma descrição de cargo ............................................................................................................................................ 22
Formulário de Entrevista de Análise e Descrição de Cargo ......................................................................................................... 23
Descrição de cargo do Açougueiro ............................................................................................................................................... 26
DESCRIÇÃO DE CARGO (em branco) ........................................................................................................................................... 27
Exercícios sobre descrição de cargo ........................................................................................................................................... 29
UNIDADE 3: Avaliação e Classificação de Cargos ........................................................................................................................ 30
TEXTO 3 - Avaliação e Classificação de Cargos .......................................................................................................................... 31
Questões: AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS ............................................................................................................... 37
UNIDADE 4: Pesquisa e Estruturação salarial ........................................................................................................................... 38
TEXTO 4 - Pesquisa e Estruturação salarial ................................................................................................................................. 39
Exercício Tabela Salarial ............................................................................................................................................................. 43
Estudo de caso: Greve dos metroviários do GDF ....................................................................................................................... 48
LEITURA COMPLEMENTAR: Direcionamento para o uso do Plano de Carreiras, Cargos e Salários ........................................... 64
Código de ética do profissional de carreiras e remuneração .................................................................................................... 65
Cases de soluções em Carreiras, Cargos e Salários .................................................................................................................... 69
Glossário....................................................................................................................................................................................... 72
COMPETÊNCIA DESENVOLVIDA:
1. Diferenciar os conceitos de administração de carreiras, cargos e salários; políticas de cargos e
salários; plano de carreira, cargos e salários; isonomia salarial; desvio de função e acúmulo de
função.
Um dos pontos mais importantes para uma adequada gestão de carreiras, cargos e
salários é a existência de um Plano de Cargos e Salários, consistente e voltado para a dinâmica,
estratégia e eficiência dos negócios da organização.
Segundo Leme (2015) o Plano de Carreiras, Cargos e Salários é importante para garantir
o equilíbrio interno e externo (mercado) de salários, favorece a atração e retenção de pessoas
qualificadas além de proteger a empresa de passivos trabalhistas por conta do desequilíbrio
interno dos salários, divergência que pode trazer problemas na gestão de pessoas com
solicitações de equiparação salarial.
3 - Em que situações as empresas decidem atualizar seu Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS)
ou até mesmo elaborar um PCCS totalmente renovado?
Na situação (3), quando a empresa quer se expandir, instituir novos departamentos, adquirir
novas unidades ou criar cargos, as informações estabelecidas em um PCCS podem orientar melhor
esse processo de crescimento organizacional.
Na Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT (BRASIL, 2007), o art. 461 descreve sobre o
princípio da Isonomia Salarial, em que os trabalhos iguais merecem remunerações iguais, ou seja, os
empregados que executam a mesma função, com a mesma perfeição técnica e produtividade aos
seus colegas de trabalho, tem direito a equiparação salarial.
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo
de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de
tempo na função não seja superior a dois anos. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou
de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de
homologação ou registro em órgão público. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e
por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental
atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins
de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972)
§ 5º - A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo
ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 6º - Na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o
pagamento das diferenças salariais devidas ao empregado discriminado não afasta seu
direito de ação de indenização por danos morais, consideradas as especificidades do caso
concreto. (Redação dada pela Lei nº 14.611, de 2023)
§ 7º - Sem prejuízo do disposto no § 6º, no caso de infração ao previsto neste artigo, a
multa de que trata o art. 510 desta Consolidação corresponderá a 10 (dez) vezes o valor
do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado, elevada ao dobro,
no caso de reincidência, sem prejuízo das demais cominações legais. (Incluído pela Lei nº
14.611, de 2023)
Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712674/artigo-461-do-decreto-lei-n-
5452-de-01-de-maio-de-1943 acessado em 31/07/2023.
Segundo Pantaleão (2011) para evitar a isonomia (ou equiparação salarial, não basta ter
cargos com nomes diferentes, é preciso que as funções e as responsabilidades sejam distintas.
Referências:
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 34 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
LEME, R. I. A. A real importância de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, 2015. Disponível em:
http://www.lemeconsultoria.com.br/a-real-importancia-de-um-plano-de-cargos-carreiras-e-salarios/ ,
acessado em 03 ago 2016.
PANTALEÃO, S. F. Administração de cargos e salários: método prático para implantação do plano, [S.I.]. 2011.
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1
* Quadro de carreira é o conjunto de cargos que disciplinam a hierarquia e as atribuições dos empregados na organização da
empresa. Nele descrevem-se, também, os critérios a serem utilizados na promoção dos empregados, com observância aos princípios
da antiguidade e do merecimento observados a seguir: a) antiguidade - tempo de serviço: critério objetivo, alheio à vontade do
empregador; b) merecimento; fator subjetivo, vinculado à vontade do empregador.
Para cada atribuição do trabalhador deve haver uma contraprestação correspondente e tanto as
atividades como o salário devem constar no contrato de trabalho. Assim, as atribuições do
empregado e seu salário devem estar de acordo com o cargo para o qual foi contratado.
Portanto, se lhe forem designadas atividades distintas, que exijam outra qualificação técnica, estará
caracterizado o desvio de função, ou se ainda houver acúmulo de funções, e o empregador deverá
pagar um aumento salarial.
O dever de provar o desvio de função ou acúmulo de função é do empregado, segundo artigo 818 da
CLT e artigo 333 do CPC. Isso quer dizer que, numa ação judicial, cabe ao funcionário comprovar que
exerceu função distinta daquela para a qual foi contratado.
Se o empregado presta serviços estranhos ao contrato juntamente com atividades inerentes à função
efetiva, também deve provar os fatos por meio de provas e testemunhas perante o Juízo.
Se o empregador exigir atividade que não esteja especificada no contrato de trabalho, mas que está
relacionada, por sua natureza, ao cargo por ele ocupado, não caracteriza como desvio de função. O
desvio de função acontece quando o empregado passa a exercer outra função, com maior
responsabilidade e remuneração, mas permanece com os vencimentos inalterados.
Por outro lado, para que se configure acúmulo de função é necessário que haja distinção entre a
função inicial e a nova, e o exercício concomitante das duas. Geralmente isso ocorre quando algum
funcionário da empresa é dispensado, e suas atividades são repassadas a um empregado que exerce
outra função.
4 – Se o chefe exigir...
À princípio, o empregador não pode exigir uma tarefa que não seja própria do cargo ocupado pelo
empregado.
Por exemplo: se o empregado é contratado para ser motoqueiro, está especificado no contrato de
trabalho que ele deve exercer atividades como entregar e receber correspondências, cumprir
horários etc.
Por causa da sua função, tal trabalhador poderá ser responsável por realizar outras tarefas que não
estão discriminadas no contrato, mas que são compatíveis com a natureza da atividade, tal como
fazer a cobrança do cliente, sem que isso caracterize desvio de função.
Conforme expresso no artigo 468 da CLT, qualquer alteração no contrato de trabalho do empregado
deve ser feita com o seu conhecimento, ou seja, o empregador não pode, unilateralmente, efetuar
qualquer modificação prejudicial.
Além disso, o empregado poderá solicitar seu desligamento por falta grave do empregador, quando
este exigir serviços alheios ao contrato, conforme determina o artigo 483, alínea a, da CLT.
Fonte: http://chcadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/220545887/5-fatos-sobre-acumulo-de-funcao-e-desvio-
de-funcao, acessado em 12/04/2021.
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Leitura Complementar: “Vendedor recebe indenização por acúmulo de função”
Em sua sentença, a juíza explica a diferença entre os termos "acúmulo de funções" e "desvio de funções",
expressões que não se confundem, pois "enquanto o acúmulo caracteriza-se por um desequilíbrio entre
as funções inicialmente combinadas entre empregado e empregador, quando este passa a exigir
daquele, concomitantemente, outros afazeres alheios ao contrato, o desvio se evidencia quando o
empregado passa a executar atividades típicas de função diversa daquela para a qual foi contratado.
Dá-se a substituição dos afazeres do trabalhador, que passa a se responsabilizar por tarefas próprias
de outros cargos existentes da engrenagem empresarial”.
A reclamada negou os fatos narrados pelo vendedor, alegando que não havia necessidade de obrigá-lo a
limpar a loja, uma vez que mantinha uma pessoa encarregada de fazer a faxina, de 15 em 15 dias.
Entretanto, a magistrada considerou esse argumento muito frágil, pois é impossível imaginar que um
local movimentado, com constante entrada e saída de pessoas, pudesse ser limpo somente a cada 15
dias. Portanto, é lógico que a empresa tinha que providenciar a limpeza diária da loja, fato evidente
que levou a juíza a concluir que essa tarefa era atribuída ao reclamante.
Além disso, os depoimentos das testemunhas confirmaram que a empresa tinha o estranho hábito de
obrigar empregados a executarem funções para as quais não foram contratados, mediante a chantagem
dissimulada da dispensa por justa causa. Assim, em virtude da necessidade do emprego, o reclamante
se via obrigado a fazer a faxina diária ao invés de estar trabalhando em suas vendas. Com isso, ele
deixava de vender e sua produtividade diminuía. Conforme ponderou a magistrada, a realização de
atividades incompatíveis com a função de vendedor gerou restrições salariais, abuso e constrangimento
provocados pela conduta irregular da empresa que, em razão disso, deve ser responsabilizada.
Lembrou a juíza que não existe legislação específica para disciplinar a questão do acúmulo das funções
descritas no processo. Por isso, para fundamentar sua decisão, ela se baseou no artigo 8º, da Lei
3.207/57, aplicando-o ao caso por analogia (aplicação a caso não previsto em lei de norma jurídica que
disciplina situação semelhante). De acordo com esse dispositivo legal, quando o vendedor empregado
presta serviço de inspeção e fiscalização, será devido um acréscimo de 10% sobre sua remuneração
mensal. Na interpretação da magistrada, ao criar essa norma, o legislador teve a intenção de introduzir
um mecanismo de reparação diante do acréscimo de funções e, por consequência, de uma maior
responsabilidade exigida do trabalhador.
Por esses fundamentos, a juíza sentenciante condenou a reclamada ao pagamento de horas extras e
reflexos, de indenização por danos morais, fixada em R$3.000,00, além da diferença salarial, a título
de acúmulo de funções, no percentual de 10% sobre a remuneração mensal do trabalhador, por todo o
período contratual, com reflexos em 13ºs salários, férias + 1/3 e FGTS + 40%. FONTE: TRT-MG
Fonte: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/26771/vendedor-recebe-indenizacao-por-desvio-de-funcao, acessado em 12/04/2020.
Para entender como lidar com essa ou qualquer outra situação que leve a um processo de equiparação de
salários, é preciso entender quem são seus agentes ou os protagonistas.
Saber disso é importante porque nos ajuda a entender melhor as regras que são apresentadas pelo artigo 461
da CLT, sobretudo considerando as adições feitas ao texto da equiparação salarial com a Reforma Trabalhista
― lei n° 13.467.
“Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a
mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não
seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos”.
Observe que o texto dá ênfase ao tempo de serviço de cada trabalhador, ou seja, do paragonato e do
paradigma, e ao tempo que cada um deles tem na mesma função.
Suponhamos, então, que João esteja na empresa há dois anos e descobriu que Carlos, exercendo a mesma
função, ganha mais do que ele. Com isso, decidiu buscar a equiparação salarial. O empregador é obrigado a
conceder? Não necessariamente.
Se, ao olhar o tempo de cada trabalhador, o Departamento Pessoal constatar que Carlos está há sete anos na
empresa ― diferença maior do que quatro anos ―, a equiparação não é devida.
A atenção a este fato é importante por se tratar de algo recente, já que antes da Reforma o limite de quatro
anos não existia.
Em outra circunstância, digamos que Alice e Ludmila estão na mesma empresa há cinco anos. Alice foi
promovida a um cargo “X” três anos atrás e, somente este ano, Ludmila recebeu a mesma promoção.
A princípio, sabendo que as duas ocupam o mesmo cargo, o salário deveria ser o mesmo, mas não é
necessariamente assim.
Considerando que Alice está no cargo X há uma diferença de tempo superior a dois anos em comparação com
Ludmila, os salários podem ser diferentes.
“Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de
carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e
salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público”.
Com a Reforma Trabalhista, caso a empresa tenha definido um plano de cargos e salários ou um plano de
carreira bem estruturado, o empregador não precisa assegurar a equiparação salarial com base no texto legal.
Dessa forma, não há interferência da lei quanto a eventuais diferenças salariais nesses casos, exceto com
relação à promoção de funcionários.
É o parágrafo 3° que determina que “as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou
por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional”.
Sabendo de tudo isso, caso um funcionário mova um processo trabalhista pela não equiparação de seu salário,
o empregador pode apresentar o quadro de carreira ou a norma interna em sua defesa.
“O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão
competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial”.
Quando o paragonato, ou seja, o funcionário solicitar equiparação salarial com base em um colega que exerça
função ou ocupe cargo de igual valor, não pode eleger como paradigma um trabalhador readaptado em nova
função por alguma deficiência.
“A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando
vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem
em ação judicial própria”.
Antes da Reforma Trabalhista, a existência de um paradigma remoto podia levar a uma equiparação salarial
em cadeia. Atualmente, não é mais assim. Para que você entenda, vamos a um exemplo com três personagens:
Alfredo, Lúcia e Thiago.
Alfredo recebe um salário de R$2.750 e é contemporâneo de Lúcia. Isso significa que a diferença de tempo
entre eles na mesma função é menor do que dois anos. Assim, pelo texto do artigo 462 da CLT, Lúcia tem
direito à equiparação salarial.
Sabendo disso, Lúcia já solicitou o processo e conseguiu elevar o seu salário para R$2.750. Vendo isso, Thiago,
que é contemporâneo de Lúcia, mas não de Alfredo tenta fazer o mesmo, mas não consegue. Por quê?
Dizer que Thiago não é contemporâneo de Alfredo significa que a diferença de tempo entre eles na mesma
função é superior a dois anos. Como Alfredo foi referência para a mudança salarial de Lúcia, se tornou
paradigma remoto.
Até antes da Reforma, o paradigma remoto validava a alteração de salário de alguém na situação de Thiago.
Entretanto, desde novembro de 2017, o trabalhador só consegue a equiparação tomando por base um
paradigma contemporâneo ― no exemplo, Lúcia.
Mas, se Lúcia é paradigma direto de Thiago, ele consegue a equiparação salarial se basear a sua solicitação na
remuneração dela? A resposta é não. Isso porque o texto legal determina que a equiparação salarial fica
vedada “ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria”.
Em outras palavras, uma vez que Lúcia conseguiu equiparação em sua vantagem, o pedido de Thiago teria
origem em um paradigma contemporâneo de Lúcia e remoto seu. Algo que não implica na obrigatoriedade de
mudanças.
“No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento
das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
Ter atenção a todos os detalhes da legislação é importante para que a empresa não cometa injustiças.
Sabendo disso, é importante frisar que as diferenças salariais podem existir com base nas circunstâncias
exemplificadas e pela existência de um plano de cargos e salários.
Qualquer motivo que seja diferente dos determinados pelo artigo 461 da CLT ou pela convenção coletiva da
categoria pode resultar em punição à empresa.
Em nossa análise do texto legal, é necessário destacar também que o artigo 461 da CLT determina que o
pedido de equiparação salarial só é válido para trabalhadores que atuam “no mesmo estabelecimento
empresarial”.
Isso significa que se a empresa tem filiais A, B e C, um funcionário de A não pode se basear no salário de um
mesmo que exerça função de igual valor em B ou em C.
Os pedidos de equiparação devem tomar como base a realidade dentro de cada filial, ou seja, dentro de cada
estabelecimento empresarial.
É necessário fazer esse destaque porque, até antes da Reforma Trabalhista, o pedido de equiparação salarial
podia considerar funcionários de outras filiais que estivessem na mesma localidade.
O fato de que o trabalho deve ser prestado ao “mesmo empregador” também não pode passar batido.
Antes da Reforma, a equiparação salarial podia tomar por base um grupo econômico com empregadores
diferentes, mas isso já não é possível.
Estar atualizado quanto às alterações no texto da lei é o que garante ao DP evitar erros que prejudiquem os
trabalhadores e a empresa.
Ainda, é importante dar atenção ao fato de que o texto fala em “idêntica função”. Assim sendo, se em
comparação, dois funcionários têm atribuições iguais exceto por uma, o pedido de equiparação salarial deixa
de ser condizente.
Além disso, o “trabalho de igual valor” também deve ser considerado. O paragonato e o paradigma devem
estar no mesmo nível técnico, porque a avaliação para a concessão da equiparação avalia produtividade e
qualidade do serviço prestado.
Com tudo isso, vale ressaltar ainda que não importa se um funcionário tem a atribuição de júnior, pleno,
técnico ou especialista.
Caso, no dia a dia, desempenhe a mesma função de outro com titulação diferente, seguindo os requisitos da
lei, pode pleitear e conseguir a equiparação de salário.
Nos termos da CLT, para fins de equiparação salarial, considera-se de igual valor o trabalho feito em funções
idênticas, no mesmo estabelecimento empresarial, com igual produtividade e mesma perfeição técnica, entre
pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.
( ) Certo ( ) Errado
2 - 2012 • TRT 2R (SP) Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) Prova: TRT 2R (SP) • Juiz do Trabalho
A) Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço no emprego.
C) O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física poderá servir de paradigma para
fins de equiparação salarial, em face do princípio da isonomia.
D) Não é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, visto que o mesmo não pode ser avaliado por
sua perfeição técnica, diante da impossibilidade de esta ser aferida por critérios objetivos.
José Brasil foi contratado pela empresa “QWE” na data de 01/01/2020 para exercer a função de “segurança”.
Ocorre que, em certa ocasião, José Brasil tomou conhecimento de que seu colega de trabalho, Mario Portugal,
que trabalha na mesma empresa que ele desde a data de 01/01/2016, exercendo também a função de
“segurança”, recebe um salário superior ao dele. Inconformado com a situação, José Brasil ajuizou reclamação
trabalhista em face da empresa “QWE”, requerendo equiparação salarial com o paradigma Mario Portugal,
sustentando que ambos exercem idêntica função e realizam trabalhos de igual valor, com a mesma perfeição
técnica e de igual produtividade, mas recebem salários distintos. Tendo em vista o caso narrado e as
disposições da CLT, assinale a alternativa correta.
A) José Brasil tem direito à equiparação salarial, pois, segundo o princípio da isonomia, trabalho de igual valor
não pode possuir distinção salarial.
B) José Brasil tem direito à equiparação salarial, visto que cumpre todos os requisitos exigidos pela CLT.
C) José Brasil não tem direito à equiparação salarial, posto que a diferença de tempo de serviço na mesma
função entre ele e o paradigma é superior a dois anos.
D) José Brasil não tem direito à equiparação salarial, pois, para requerer esse direito, é necessário trabalhar
na empresa por, pelo menos, um ano completo.
COMPETÊNCIA DESENVOLVIDA
Elaborar uma descrição de cargo, descrevendo as funções, as tarefas e os
requisitos de um cargo.
Após implantado o Plano de Cargos e Salários, a empresa pode ir além e associar a ele
um Plano de Carreira, elaborando as possíveis trajetórias de carreira na organização, propondo
critérios de promoção horizontal e vertical e políticas de desenvolvimento profissional,
movimentação interna e outros.
Segundo Gil (2008) as organizações podem ser concebidas como sistemas de papéis.
Cada indivíduo que ocupa uma posição na organização é solicitado a desempenhar um conjunto
de atividades e a manter determinados comportamentos. Por essas razões as or ganizações
necessitam definir com clareza os papéis que cada um de seus membros desempenha. Para
isto tem-se o conceito de cargo, definido como um conjunto de funções presentes em
determinada estrutura organizacional. Por função entende-se um conjunto de tarefas ou
atribuições que são exercidas de maneira sistemática e repetidas por um indivíduo numa
organização. Tarefas ou atribuições é a menor unidade componente do trabalho em uma
empresa, incluindo as atividades individualizadas executadas por um ocupante de cargo.
Em geral, a descrição dos cargos e suas respectivas tarefas são apresentadas no site da
CBO – Classificação Brasileira de Ocupações. Para fazer a análise do cargo, o profissional de
Recursos Humanos pode contar com várias métodos de coleta de informações, entre elas:
• Questionário ou Formulário de Descrição de Cargo.
• Entrevistas com o ocupante do cargo.
• Observação no local de trabalho.
• Experiência prévia do analista.
Descrição Detalhada
• Elaboram e atualizam as regras e procedimentos apresentados no plano de carreiras, cargos e
salários.
• Elaboram e atualizam as descrições dos cargos presentes na empresa.
• Propõem métodos de avaliação e classificação de cargos.
• Realizam pesquisa salarial a fim de manter as remunerações presentes na organização atualizadas
com o mercado de trabalho.
• Organizam e gerenciam a tabela de faixas salariais dos cargos presentes em uma empresa.
• Definem e propõem formas de remunerações, benefícios e incentivos coerentes aos recursos
financeiros disponíveis na empresa.
• Propõem e gerenciam as possibilidades de carreira na empresa.
• Orientam os gerentes sobre o uso do Plano de Cargos e Salários no cotidiano da empresa.
REQUISITOS DO CARGO
1) Escolaridade Exigida
Superior Completo
2) Conhecimentos necessários
− Conhecimentos avançados sobre Administração de Carreiras, Cargos e Salários
− Conhecimentos básicos em estatística
− Uso do Excel: elaboração de tabelas e fórmulas matemáticas.
3) Experiência anterior
Experiência de 02 anos no exercício do cargo.
4) Complexidade das tarefas realizadas
Trabalho que envolve concentração e precisão nos cálculos salariais exigindo iniciativa e concentração
no trabalho.
5) Responsabilidade por Erros
O trabalho requer total atenção quanto às políticas de pagamento de salários e precisão nos cálculos
de salários e recolhimento de encargos sociais. Qualquer erro poderá acarretar prejuízos tanto para a
organização quanto para o empregado.
6) Responsabilidade por Informações Confidenciais
O ocupante do cargo possui acesso aos salários de todos os colaboradores, cujo sigilo deve ser absoluto,
pois a divulgação indevida pode causar desconforto interno.
7) Responsabilidade por Supervisão Exercida
O cargo de Analista de Cargos e Salários não possui subordinados nem responsabilidade de supervisão
de pessoal.
8) Riscos de acidentes
As tarefas realizadas pelo cargo não apresentam risco de acidente ao ocupante da função.
9) Condições de ambiente de trabalho
O local de trabalho apresenta temperatura e condições de trabalho adequadas, sem a necessidade de
atividades externas ou a movimentação de objetos pesados.
A falta de informações consistentes sobre o cargo e suas tarefas podem trazer muitos
problemas, como desvio de função, duplicidade de tarefas em cargos, confusão na distribuição
de funções e incumbências e dificuldade em definir os níveis e as responsabilidades
hierárquicas em um estrutura organizacional.
Ter essas informações bem estabelecidas em uma descrição de cargo auxilia em vários
outros processos importantes na Gestão de Pessoas de uma organização, tal como a realização
de processos de Recrutamento e Seleção (R&S) pois, orienta as atividades informando as
tarefas do cargo e as competências necessárias para o seu exercício.
Referências:
GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. S. Paulo: Atlas, 2008.
PANTALEÃO, S. F. Administração de cargos e salários: Método Prático para Implantação do Plano, [S.I.]. 2011.
A tabela abaixo está exibindo até o segundo nível da CBO. Para ver os subitens, detalhamento,
descrição sumária, formação e notas, clique na CBO desejada. São mais de 2400 ocupações e mais
de 7200 sinônimos disponíveis.
0 - MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS, POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES
• 30 - TÉCNICOS POLIVALENTES
• 31 - TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO DAS CIÊNCIAS FÍSICAS, QUÍMICAS, ENGENHARIA E AFINS
• 32 - TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, BIOQUÍMICAS, DA SAÚDE E
AFINS
• 33 - PROFESSORES LEIGOS E DE NÍVEL MÉDIO
• 34 - TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO EM SERVIÇOS DE TRANSPORTES
• 35 - TÉCNICOS DE NIVEL MÉDIO NAS CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
• 37 - TÉCNICOS EM NIVEL MÉDIO DOS SERVIÇOS CULTURAIS, DAS COMUNICAÇÕES E DOS
DESPORTOS
• 39 - OUTROS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO
• 41 - ESCRITURÁRIOS
• 42 - TRABALHADORES DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO
5 - TRABALHADORES DOS SERVIÇOS, VENDEDORES DO COMÉRCIO EM LOJAS E MERCADOS
Para informações oficiais consulte o MTE - Ministério do Trabalho e Emprego e IBGE | Política de Privacidade - Fonte:
https://www.ocupacoes.com.br/tabela-completa-da-cbo acessado em 07/07/2023.
RECEPCIONISTA - SECRETÁRIA
Identificação:
Cargo: Recepcionista-secretária
Departamento: Administrativo
Formação: Superior incompleto na área
Superior imediato: Gerente Administrativo
Subordinados: não possui
Descrição Sumária:
Descrição Detalhada:
Instruções
Este formulário visa coletar informações a respeito de um cargo. Você deverá utilizar esse roteiro
para entrevistar o ocupante do cargo a ser descrito. Atenção às seguintes regras:
a) As respostas referem-se às características do cargo e não do ocupante.
b) Não use siglas ou abreviaturas, se o fizer explique.
c) Busque responder a todas as perguntas. Se alguma delas não se aplicar ao seu cargo escreva “não
aplicável”.
Informações Gerais
EMPRESA:
Título do Cargo: CBO:
Unidade ou departamento:
Descrição do cargo
• Use esse formulário para entrevistar um colega que esteja trabalhando no momento.
• Descreva a seguir cada tarefa separadamente, explicando o que faz e como faz.
• Ordene as tarefas por ordem de ocorrência (cargos operacionais/administrativos) ou por
ordem de importância (cargos especialistas/gerenciais).
• Indique a frequência da tarefa na coluna à direita, utilize as expressões “diariamente”,
“semanalmente”, ‘quinzenalmente”, “mensalmente”, “trimestralmente” ou “anualmente”.
Tarefa 1:
8. Riscos de Acidente
Indique abaixo quais os prováveis riscos de acidente de trabalho na execução das tarefas, mesmo
seguindo as normas de segurança:
( ) Nenhuma probabilidade de acidente ( ) Pequena probabilidade de acidente
( ) Cortes, arranhões, contusões leves ( ) Cortes ou fraturas graves
( ) Queimaduras leves ou graves ( ) Perda de membros superiores
( ) Perda de membros inferiores ( ) Perda da audição
( ) Perda da visão ( ) Morte
9. Condições de trabalho
Indique abaixo quais as condições encontradas em seu ambiente de trabalho mesmo que seja em
parte de sua jornada de trabalho:
( ) Calor ( ) Fumaça
( ) Agentes biológicos ( ) Produtos químicos
( ) Poeira ( ) Frio
( ) Pressão atmosférica ( ) Graxa
( ) Exposição sol ou chuva ( ) Gases tóxicos
( ) Outros (Indique)
É necessário a utilização de equipamentos de segurança do trabalho? ( )Não ( )Sim - Quais?
1. Escolaridade Exigida
Escolaridade: 1º grau completo
2. Conhecimentos Necessários
✓ Desossa de carne (peças);
✓ Manuseio de instrumentos precisos (serra fita, máquina de moer);
✓ Operação de balança eletrônica, balança de tonelada e câmara fria;
✓ Atendimento a clientes.
3. Experiência Anterior
Experiência de 01 a 02 anos.
4. Complexidade das Tarefas Realizadas
Trabalho rotineiro, mas com certo grau de complexidade na solicitação dos tipos de carnes feita
pelos clientes externos.
5. Responsabilidade por Erros
Pode causar prejuízos financeiros na execução do trabalho (peso dos produtos) e de
equipamentos, pelo mau uso ou pela falta de manutenção preventiva.
6. Responsabilidade por Informações Confidenciais
Não tem acesso a informações confidenciais.
7. Responsabilidade por Supervisão Exercida
Recebe orientação realizada antes e após a execução das tarefas.
8. Risco de Acidentes
Está exposto a riscos como quedas, fraturas, esmagamentos, pancadas, cortes, perda de membros
e choques elétricos
9. Condições de Trabalho
Exposição prolongada aos elementos como ruídos, umidade e frio. Exposição ao odor
esporadicamente. Carrega, frequentemente, pesos de até 10 kg.
Descrição Detalhada
1. Escolaridade Exigida
2. Conhecimentos Necessários
3. Experiência Anterior
8. Risco de Acidentes
9. Condições de Trabalho
Assinaturas
____________________________ _________________________
Ocupante do Cargo Superior Imediato
Data ____/ ______/ _____
2) Questão de concurso - Ano: 2011 Prova: TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Analista Administrativo
A descrição de cargos e funções é a sistematização de todos os dados que compõem a análise de
cargos. É um dos documentos que complementa o Manual Organizacional. Assinale V ou F:
I – ( ) Tarefa: menor unidade componente do trabalho.
II - ( ) Função: conjunto de tarefas afins e complementares.
III - ( ) Cargo: conjunto de funções de natureza e requisitos iguais.
IV - ( ) Título: depende da tarefa e de quem irá executá-la.
COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS
Descrever as diferentes formas de avaliação e classificação de cargo.
Realizar a avaliação e a classificação dos cargos de uma empresa fictícia.
A parte de análise (ou especificação) de cargos, presente na fase anterior, será muito
importante nessa etapa de avaliação de cargos, uma vez que os requisitos como experiência,
responsabilidades ou riscos terá baixa, média ou alta exigência no desempenho do cargo
conforme o que foi especificado no instrumento de descrição de cargos.
Essa análise é importante pois, a etapa de avaliação de cargos serve para determinar a
importância relativa de um cargo em relação a outros dentro de uma estrutura organizacional.
Para isso, é indicado a formação de um comitê de avaliação, geralmente composto por
representantes dos colaboradores de uma empresa, especialistas na área e cons ultores
externos.
V. Silva (2005) afirma que o processo de avaliação de cargos requer atenção, sendo
recomendável ter um especialista, de preferência alguém de fora da empresa, para fazer o
papel de mediador no processo de avaliação de cargos. Isto assegura a correta avaliação dos
cargos, evitando que as preferências pessoais possam distorcer os resultados do trabalho em
favor dos gerentes mais “poderosos”. As formas de condução do processo de avaliação podem
contar com:
Nesse método qualitativo de avaliação de cargos, deve ser proposta uma hierarquia de
cargos, sem estabelecer o grau de diferença entre eles. Há apenas indicação de que um cargo
é mais ou menos importante para a organização do que outro.
Esse método é indicado para ser usado em empresas pequenas, por poder ser aplicado
de forma simples, rápida e com baixo custo.
Categorias Descrição
I - Trabalho não Realiza tarefas rotineiras, padronizadas e bem definidas. Aplicação de técnicas
Qualificado elementares.
Exige do(a) ocupante escolaridade ensino fundamental completo.
Não exige do(a) ocupante experiência anterior.
Supervisão constante.
Esse método é uma forma eficaz de avaliação e classificação de cargos e se mostra apto
para ser usado em empresas de diferentes portes. Se houver necessidade, durante a
implantação do PCS, esse quadro de classificação de cargos pode apresentar dentre as
categorias, sub classes. Por exemplo, em “III - Trabalho Qualificado”, poderia ser adicionado a
sub-classe “III -A” ligada a cargos de trabalho de natureza qualificada, mas que o ocupante está
no desempenho do mesmo a menos de 2 anos, e a a sub-classe “III -B” associado a profissionais
que realizam trabalhos qualificados e que estão desempenhando a função a mais de 2 anos.
Método quantitativo de avaliação de cargos em que são atribuídos pontos para cada
cargo presente na empresa. A pontuação de cargos pode variar de 100, para o cargo que realiza
tarefas mais simples em uma empresa (Ex.: Servente de limpeza), até, por exemplo, 1000
pontos, que representa cargos que realizam as tarefas mais complexas na empresa ou de maior
responsabilidade (Ex.: Presidente de uma organização).
É um método muito utilizado pelas empresas, nele os cargos são comparados através
de fatores de avaliação em suas partes componentes. Tópicos como “conhecimentos exigidos”
(instrução, escolaridade, cursos, especialização e experiência na área), “complexidade da
tarefa” (nível de iniciativa, negociação exigidos) e “responsabilidades” (por valores, por erros,
dados confidenciais, por equipamentos, por supervisão) são definidos e a eles atribuídos
pontos. Ao final, um valor total do cargo é obtido pela soma dos valores numéricos atribuídos.
Chiavenato (2004) propõe que esse método siga as seguintes etapas:
1 - Consulta as descrições de cargo: Analise as descrições dos cargos componentes na empresa para
melhor propor sua avaliação por pontos, a qual seja coerente aos requisitos dos cargos e à
complexidade das tarefas realizadas
2 - Escolha e definição dos fatores de avaliação conforme o negócio e estratégia da empresa: Defina
quais fatores são importantes para essa empresa, considerando que o negócio da “ABC
Contabilidade” se situa na área de prestação de serviços especializados na área contábil. Fatores
desnecessários podem ser retirados, bem como outros fatores poderão ser acrescentados.
Segundo Chiavenato (2004, p. 297) os fatores escolhidos deverão ter duas características:
universalidade (estarem presentes em todos os cargos a avaliar) e variabilidade (apresentarem
diferentes valores em cada cargo). Parafraseando Pontes (p. 195, 2010): “devem ser selecionados
para a avaliação os fatores que sejam comuns à maioria dos cargos de determinado grupo
ocupacional e que ao mesmo tempo demonstram as peculiaridades de cada um”.
6 - Atribuição de pontos aos graus dos fatores de avaliação: Após definir o quanto cada fator de
especificação vai contribuir para a avaliação final do cargo, os pontos deverão ser distribuídos entre
os graus dos fatores. Veja o exemplo do fator “escolaridade” que possui 10% de peso na avaliação
final de um cargo. Multiplique o peso do fator “escolaridade” por 100 para achar o mínimo de pontos
que será colocado na coluna A (“a1”), que corresponde a exigência de um grau mínimo naquele fato.
Neste caso 10% de 100 (valor mínimo de pontos que um cargo pode receber) é igual a 10 pontos (ver
a Tabela 1 a diante).
Encontrado o valor mínimo do fator “Escolaridade” encontre agora o valor máximo que esse aspecto
pode obter na avaliação de um cargo. Assim, encontre 10% de 1000 (valor máximo de pontos que
um cargo pode receber) e o valor 100 será encontrado e assim deve ser inserido no espaço
correspondente à incógnita “a5” que corresponde ao quinto termo desta P.A., na coluna no grau “E”.
an = qualquer termos da P.A. (n=posição do termo, ex. a5 significa o 5º termo desta P.A.)
a1 = 1º termo da P.A.
n = quantidade de graus dos fatores (A, B, C, D e E).
r = Razão da P.A. – Vai ser o intervalo entre o 1º e 2º termo e assim a diante.
Para encontrar os termos “a2 ”, “a3 ” e “a4” da P.A. que representamos valores dos graus do Fator
“Escolaridade”, deve ser aplicar a fórmula a n = a1 + (n -1 )r , sendo a n = 100 e n=5, e assim
encontrar a incógnita “r” – razão, intervalo fixo entre os termos da P.A.:
Encontrando a razão de 22, 5 agora basta somar “a 1” + r = “a2 ” → 10 + 22,5 = “a 2”; “a2 ”=32,5, e
assim por diante, com os termos “a3” e “a4 ”. Veja no Quadro 2 como fica a pontuação neste
fator.
7. Avaliação dos cargos por pontos: Por fim, com a tabela preenchida, deve ser calculada a
pontuação total do cargo, conforme pontos dos graus dos fatores definidos para o cargo. Para
ilustrar melhor esse método de avaliação por pontos, a tabela de pontuação de cargos,
presente no Quadro 2 apresenta dois exemplos de fatores, sua definição, se us graus e
respectivas pontuações:
Apesar do método de avaliação de cargo por pontos ser o mais comumente usado pelas
empresas, conforme afirma Chiavenato (2004), observa-se que atribuição de pontos específicos
para os cargos presentes em uma estrutura organizacional pode, de certa forma, “engessar” a
estrutura salarial e de atribuição de responsabilidades em uma organização. Sua atualização é
onerosa e pode especificar muito ou limitar as avaliações e tarefas de um cargo.
No âmbito atual das organizações, em que se busca a proposta de cargos mais flexíveis
e capazes de se ajustar a necessidade da organização e do mercado, acredita -se que o método
qualitativo de avaliação de cargos por categorias pode trazer uma forma de avaliação de cargos
mais abrangente às necessidades emergentes de adaptação que as organizações enfrentam nos
dias de hoje.
Uma vez atribuídos pontos ou uma hierarquização categórica aos cargos, segue-se para
a etapa de estabelecimento do grau de importância dos cargos dentro da empresa e o grau de
diferenciação dos mesmos. Silva (2005) propõe no Quadro 3 adiante, uma classificação de
cargos conforme as complexidades das tarefas estabelecidas:
Referências:
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 2 ed.: rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 529 p.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. S. Paulo: Atlas, 2008
PONTES, B. R. Administração de Cargos e Salários. São Paulo: LTr, 2013.
SILVA, V. Cargos e Salários sem mistério. [S.I.]. 2005.
1) Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO - Analista Judiciário - Psicologia - Disciplina: Gestão de Pessoas
A avaliação de cargos corresponde ao processo de
a) definição do valor relativo de cada cargo, com vistas ao estabelecimento de uma hierarquia de
importância entre eles e, consequentemente, de uma estrutura salarial nas organizações.
b) identificação, descrição e registro do conjunto de tarefas, atividades e responsabilidades que
constituem os cargos e as funções presentes na estrutura das organizações.
c) descrição das especificações exigidas dos ocupantes dos cargos nas organizações.
d) identificação e descrição dos fluxos de atividades de que os cargos fazem parte, bem como da
relação de interdependência entre eles.
e) definição da natureza intrínseca de cada cargo de acordo com os grupos ocupacionais que
constituem as organizações.
2) Prova CESPE – 2018 Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial – Psicologia
A respeito dos fundamentos da política de promoção, planos de carreira, avaliação de cargos e
salários e análise funcional, julgue o item subsequente.
Na avaliação de cargos e salários em uma organização, é preponderante considerar a complexidade
e as responsabilidades inerentes ao cargo. ( ) Certo ( ) Errado
2
Gabarito: 1)a; 2)Certo, 3)b; 4)d
Competências previstas:
Ao final desta Unidade o(a) aluno(a) deverá ser capaz de:
Descrever as etapas que compõem uma pesquisa salarial.
Propor uma tabela de faixas salariais, por meio do uso do Excel e da análise de indicadores
estatísticos.
As empresas precisam de uma referência de mercado como base para sua política de
remuneração. Mesmo que a empresa não tenha nenhuma intenção de “mexer” em salários no
curto prazo, ela precisa acompanhar a evolução do mercado.
A pesquisa salarial visa, portanto, fornecer subsídios para que a empresa possa tomar
a decisão de manter ou rever sua política de administração salarial. Tem o objetivo de apurar
e analisar as práticas de mercado adotadas por um "rol" de empresas recomendadas pela
empresa contratante, e que atuam na mesma região geoeconômica, de modo a permitir a
aferição dos salários dos principais cargos (ou cargos-chave) para a validação e elaboração de
instrumentos de administração salarial.
Em geral esses dados salariais são tabulados em uma planilha do Excel, e por meio de
indicadores estatísticos, é feita uma análise da consistência dos dados. Os salários que fazem parte
de uma realidade do mercado são mantidos nessa planilha, e os dados que não são fidedignos à essa
realidade são expurgados dessa análise.
Veja a seguir a definição das posições estatísticas e dos indicadores utilizados para análise e
crítica dos resultados da tabulação segundo Silva (2005):
- Desvio padrão: é uma medida da dispersão dos dados em relação à média; é utilizado como
referência para o expurgo de informações fora do padrão da amostra pesquisada.
- Média Aritmética: é a medida de tendência central baseada na soma dos valores de mercado,
dividida pelo número de informações de mercado.
- Média mais duas vezes o valor do desvio padrão: esta medida indica a faixa de valores que
podemos manter com segurança na tabulação. Salários mais altos do que esse valor devem ser
expurgados da tabulação
- Média menos duas vezes o valor do desvio padrão: esta medida indica a faixa de valores que
podemos manter com segurança na tabulação. Salários mais baixos do que esse valor devem
ser expurgados da tabulação
- Mediana: representa a linha divisória acima da qual estão 50% dos valores de mercado e
abaixo da qual estão os outros 50%.
Como mencionado, uma análise crítica visa a eliminar os dados salariais que estejam
inconsistentes em relação à amostra de cargos pesquisada. Os principais motivos para se expurgar
um valor da pesquisa são:
Referências
PONTES, B. R. Administração de cargos e salários – carreiras e remunerações. São Paulo: LTr, 2013.
SILVA, V. Cargos e Salários sem mistério. [S.I.]. 2005.
Considerando que foi feita uma pesquisa sobre o cargo Analista Jurídico e
os seguintes salários foram obtidos em reais (R$):
• Empresa A 4.800,00
• Empresa B 5.500,00
• Empresa C 4.700,00
• Empresa D 6.200,00
• Empresa E 5.000,00
Conforme essas informações você terá que realizar as seguintes tarefas no
Excel ou no Google Sheets, se preferir
1 - Fazer uma tabela em que na coluna A linha 1 (ou seja, a célula A1) seja inserido o nome da
empresa, e na coluna B linha 1 (ou seja célula B1) sejam inseridos os salários obtidos na pesquisa.
2 - Nas células A1 até A5 deverão ser inseridos os nomes das Empresas A até E, e os respectivos
salários deverão ser adicionados nas células B1 até B5.
Atenção, ao inserir os valores de salário na coluna B, não digite o “R$”. Como as células serão
configuradas como moeda, digitar o “R$” atrapalha os cálculos
Veja as figuras a seguir:
As células da Coluna B (onde serão digitados os salários) devem ser formatadas como “R$ português”.
Para isso, ir na barra de ferramentas em “Página Inicial – Número – Formato de número de
contabilização”.
Veja nas figuras a seguir:
No Excel:
No Google Sheets
No Google Sheets:
6 – Para calcular o Desvio Padrão (DP) dos salários pesquisados, na célula A7 digitar desvio padrão
e na coluna ao lado inserir o cálculo do DP dos salários que estão disponibilizados nas células B2 até
B6. Na barra superior inserir no Excel (Fx) =DESVPAD.A(B1:B5) no Google (Fx) = STDEV(B1:B5) . Ver
figuras a seguir:
Metroviários querem negociação e diz que paralisação será por tempo indeterminado
Em meio a denúncias graves envolvendo parte da frota de ônibus do Distrito Federal, o serviço
de transporte público sofre outro baque. Os metroviários anunciaram greve para a próxima segunda-
feira, por tempo indeterminado. A paralisação afeta cerca de 150 mil usuários por dia. A categoria
quer abrir negociações com o governo para que sejam cumpridas uma série de reivindicações.
A decisão de parar foi tomada durante uma assembleia realizada no domingo, na Praça do
Relógio, em Taguatinga. No entanto, a categoria volta a se reunir no próximo domingo. Caso a
direção do Metrô não acene com a intenção de negociar cerca de 70 cláusulas que fazem parte do
acordo coletivo dos metroviários, a greve estará automaticamente mantida para começar no próximo
dia 14.
Aumento
Entre as principais reivindicações dos metroviários está um reajuste salarial de 25%, além de
um abono especial temporário que deseja equiparar os vencimentos mensais em relação a outros
cargos dentro do GDF. “Precisamos dessa equiparação já que os salários estão defasados. Existem
carreiras dentro do metrô que não recebem aumentos há anos”, disse o diretor-geral do Sindmetrô-
DF.
RESPONDA:
1. Explique o que é acordo coletivo. Para que ele serve? Quem participa deste acordo?
3
Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/cidades/metroviarios-querem-negociacao-e-diz-que-paralisacao-sera-por-
tempo-indeterminado/
2) Conforme mostrado no Gráfico 1, tem algum salário da empresa Start que deve ser reajustado? Se
sim, explique qual cargo e por quê?
3) Avalie o Gráfico 2 e responda: essa empresa apresenta um equilíbrio externo da sua política salarial
com as médias salariais do mercado?
4) Conforme mostrado no Gráfico 2, Start tem a política salarial de pagar na média, acima ou abaixo
dos valores de mercado? Explique.
Gráfico 1: Curva
salarial minha
empresa Start:
Análise do Equilíbrio
Interno
Considere os quadrados
como sendo os salários da
empresa Start.
Gráfico 2: Análise do
equilíbrio externo da
política salarial da
empresa Start
Considere os quadrados
como sendo os salários da
empresa Start, e os
triângulos os salários
médios do mercado.
Percepção de justiça de procedimentos: Crença do empregado de que são justos os meios (regras,
políticas salariais) utilizados na determinação das recompensas e valores que receberá por sua
dedicação (Siqueira e Gomide Jr. 2008).
Para avaliar este fator a escala psicométrica utiliza expressões como: “A empresa onde eu trabalho
utiliza regras bem definidas, (...) possui regras que foram elaborados com base em padrões éticos.”
A aplicação de escalas pode ser feita de forma individual ou coletiva. Deve-se cuidar para que
os participantes tenham entendido as instruções adequadamente. De preferência, antes de aplicar a
escala, leia as instruções em voz alta, solicitando a colaboração do respondente e confirmando se
o(s) mesmo(s) entendeu(ram). Deve-se destacar também que as respostas e a identidade dos sujeitos
serão mantidas em sigilo, sendo que suas respostas não serão ou poderão ser utilizadas contra o
empregado.
Os aplicadores devem garantir que os respondentes estejam em um ambiente tranquilo,
permitindo a leitura das instruções e o preenchimento atencioso. Geralmente as escalas devem ser
aplicadas sem exigir identificação do participante, especialmente quando se trata de um diagnóstico
organizacional. Isto facilita a sinceridade e segurança do profissional ao responder as perguntas e
expressar suas opiniões.
Sobre a pesquisa:
Abaixo estão listadas onze frases relativas a aspectos do seu trabalho atual. Indique o quanto você
concorda ou discorda de cada um deles. Dê suas respostas, anotando nos parênteses, que
antecedem cada frase, o número de 1 a 7 que melhor representa a sua opinião:
Justiça distributiva
Justiça de procedimentos
2) A Estatística Descritiva busca tratar dados coletados por uma pesquisa salarial, por meio dos
indicadores estatísticos, posições ou cálculos utilizados para verificar a consistência dos dados. Sobre
isto, preencha a 2ª coluna conforme os conceitos apresentados na primeira.
a) ( ) Corresponde ao valor que serve como um separador, de modo que 25% dos salários
pesquisados estejam acima e 75% estejam abaixo desse valor.
b) ( ) É uma medida da dispersão dos dados em relação à média.
c) ( ) Indicador que se relaciona à soma de todos os valores da amostra divididos pelo número total
de dados.
d) ( ) É o indicador que serve como um separador, tal que 75% dos salários pesquisados estejam
acima e 25% estejam abaixo deste valor.
e) ( ) Indicador estatístico que representa a linha divisória acima da qual estão 50% dos valores da
amostra e abaixo da qual estão os outros 50%.
3) Ao analisar os dados de outra pesquisa salarial você percebeu que o salário médio, pago pela sua
empresa para os ocupantes do cargo de “Analista de TI Pleno” está próximo ao valor apresentado
pelo indicador estatístico nomeado 1º Quartil. O que isto significa?
I – Que o salário pago pela minha empresa está abaixo do valor médio pago pelo mercado.
II – Que a minha empresa paga um salário atraente para os profissionais desse cargo.
III – Que o salário de “Analista de TI Pleno” deveria receber um aumento salarial.
c) Apenas o item III.
Estão CORRETOS: d) Os itens II e III.
a) Apenas o item I. e) Os itens I e III.
b) Apenas o item II.
6) Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cairas - SP Prova: VUNESP - 2015 - Câmara
Municipal de Caieiras - SP - Assistente de Recursos Humanos
a) avaliação de desempenho.
b) pesquisa de salários praticados pelo mercado.
c) confronto entre o que o funcionário faz e o que deveria fazer.
d) pesquisa de satisfação dos funcionários da organização.
e) identificação das atividades dos funcionários confrontadas com as atividades dos funcionários da
concorrência.
7) Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Olímpia - SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de
Olímpia - SP - Analista de Recursos Humanos
A maioria das empresas da indústria de petróleo utiliza quatro fatores básicos para definir a
remuneração dos colaboradores: legal, sindical, político e equitativo. O fator equitativo é aquele que
define a remuneração em função do(a)
Gabarito:
1) Certo
2)
a) 5 – Terceiro Quartil
b) 3 – Desvio Padrão
c) 1 – Média
d) 4 - Primeiro Quartil
e) 2 – Mediana
3) e
4) b
5) a
6) b
7) d
8) c
Competências previstas:
Ao final desta Unidade o(a) aluno(a) deverá ser capaz de:
Diferenciar as formas de recompensas organizacionais e, suas vantagens e desvantagens.
Associar os tipos de recompensas organizacionais aos tipos de necessidade motivacionais no
trabalho, de Herzberg.
Sugerir um programa recompensas organizacionais e de plano de carreiras para uma empresa
conforme o seu tipo de negócio e o perfil de empregados
O Salário Nominal representa o valor em dinheiro fixado em contrato individual pelo cargo
ocupado.O Salário Real representa a quantidade de bens que o funcionário pode adquirir
com o volume de dinheiro que recebe mensalmente e corresponde ao poder aquisitivo.
Benefícios Sociais são vantagens e facilidades oferecidas pelas empresas aos seus
funcionários, como planos de assistência médica e vale-transporte. Constituem pagamentos
financeiros indiretos oferecidos aos funcionários.
Referências:
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 2 ed.: rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004
WOOD JR, T.; PICARELLI FILHO, V. Remuneração estratégica: a nova vantagem competitiva. São Paulo:
Atlas, 2006. 225.
As tendências da gestão de
carreira propõem uma gestão
compartilhada da carreira entre
empresa e pessoa, a definição de
critérios de ascensão profissional
desvinculados da estrutura
organizacional e dos títulos dos
cargos, transparência nos critérios
de ascensão, estímulo e apoio real
da empresa à participação das
pessoas na construção dos critérios
de ascensão, e opção de uma
estrutura de carreiras paralelas (ou
carreira em y), visando reconhecer
as contribuições individuais.
Figura 2: Tipos de carreiras
Referência:
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas
de recursos humanos - PRH: conceitos,
ferramentas e procedimentos. São
Paulo: Atlas, 2008. 267 p.
Grande parte das empresas funciona com estruturas definidas e com cargos gerenciais
limitados. Porém, essa rigidez pode ser prejudicial e ocasionar um desequilíbrio na organização. Isso
porque profissionais altamente especializados, mas sem perfil gerencial, podem se sentir
desprestigiados e desmotivados com essa estrutura. Para evitar isso, algumas empresas já começam
a adotar como estratégia de retenção desses especialistas, o planejamento de carreira em Y, também
chamada de gestão de carreiras paralelas, que possibilita a mobilidade de ascensão profissional tanto
na área técnica quanto na gerencial, sem sobreposição entre ambas. "Essa nova visão, por um lado,
incentiva as pessoas e cria condições para que planejem seu desenvolvimento profissional. Por outro,
permite às empresas conciliar as expectativas individuais às necessidades e estratégias empresariais,
evitando-se ao máximo a perda de capacidade técnica e gerencial", explica o presidente do 1º Fórum
Nacional de Departamentos Jurídicos, José Nilton de Alcântara.
Como adotá-la?
Para adotar essa nova linha funcional, Alcântara recomenda o mapeamento das áreas
estratégicas da empresa, especialmente aquelas que envolvem especialidades técnicas e de
conhecimento. "Feitas essas considerações iniciais, entendemos ser viável a utilização desse modelo
pelos departamentos jurídicos, pois se inserem perfeitamente nesse contexto apresentado. Para
isso, um plano adequado deve ser proposto à unidade de gestão de pessoal da empresa
demonstrando os gaps (exatidão do potencial e das aptidões técnicas necessárias) existentes entre
os perfis técnicos e gerenciais", afirma. Segundo ele disse, podem seguir essa metodologia áreas
jurídicas de valor estratégico para o negócio, como planejamento tributário, contratos específicos,
propriedade industrial, ambiental, direito marítimo e aeronáutico. Já as demais áreas devem seguir
a estrutura hierárquica da empresa.
Alcântara explica que a aplicação prática na carreira em Y deve ocorrer sob dois aspectos: no
primeiro, o profissional técnico deve determinar o rumo de sua trajetória na área de especialização,
buscando seu desenvolvimento por meio de uma formação educacional especializada e operacional.
Já o segundo consiste no monitoramento e na avaliação do desempenho do profissional em relação
às estratégias da empresa. Esse aspecto deve ser realizado pelo gestor da área jurídica juntamente
com a unidade de gestão de pessoas. Caso a avaliação não apresente resultados, o próprio gestor
deve negociar com o profissional uma forma de readaptar o modelo hierárquico da empresa. "Na
criação do plano de carreira da área técnica pode se criar cargos como analista, técnico e consultor
e, se necessário, níveis para esses cargos. As promoções podem ser alcançadas por meio da avaliação
de suas competências, expertises, formação acadêmica, maturidade e experiência, notoriedade na
área, além, é claro, do cumprimento de metas determinadas", ressalta Alcântara.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/carreira-em-y-mobilidade-de-
ascensao-estimula-desenvolvimento-profissional/25607/
O “Código de Ética Profissional” tem por objetivo fixar normas de conduta para as pessoas
físicas e jurídicas que exerçam as atividades profissionais na área de carreiras e remuneração.
VI - Sigilo profissional:
Considerações Finais
A gestão estratégica de cargos e salários é cada vez mais uma necessidade para empresas
de qualquer porte e faz toda a diferença na atração e retenção de talentos. Construir uma
sistemática eficaz e mantê-la funcionando tem sido um desafio para muitos profissionais de RH.
Segundo Pantaleão (2011) a década de 90 trouxe uma série de influências externas que
forçaram as organizações a produzir cada vez mais com cada vez menos para serem competitivas no
mercado globalizado. Para que isto ocorra, as empresas precisam manter um equilíbrio adequado
entre o tamanho de sua estrutura de cargos, e oferecer remunerações, gratificações e benefícios
que sejam atraentes e capazes de reter bons profissionais.
Se a empresa não dispuser de um PCCS formalizado, justo e atrativo, ela pode cometer
equívocos durante os processos seletivos (como definir um valor de salário de admissão maior ou
menor do que deveria), correr o risco de sofrer processos trabalhistas (como desvio de função ou
isonomia salarial) ou provocar sentimento de injustiça e frustração entre seus membros.
Sendo assim, o desafio dessa área é garantir relações igualitárias de trabalho, por meio de
uma forma de remuneração na qual capacita a organização a alcançar seus objetivos e que também
seja eficiente em satisfazer e motivar os funcionários que nela trabalham.
__________________
Referências
Apresente critérios de promoções que poderiam ser definidas para o cargo de “Secretária Executiva”
de uma multinacional, conforme as regras impostas no § 3º do artigo 461 da CLT. Sugira nos espaços
em branco da Tabela 3 adiante:
Escolaridade
requerida
Habilidades/
Competências
“_______________”
Sr. Carlos
Explique por que seu supervisor negou o aumento e qual solução seria viável para Pérola conquistar
a progressão salarial desejada.
Elabore uma resposta adequada a esta pergunta feita por um colega, e depois confira com a
professora quais foram as sugestões apresentadas por profissionais que pertencem a este grupo.
Amplitude da Faixa Salarial: É a distância percentual entre o início e o fim da Faixa Salarial.
Carreira em linha: sequência de posições alinhada numa única direção, não havendo alternativas.
Carreira em rede: oferece várias opções de funções para cada posição na empresa.
Carreira em Y: tipo de carreira em paralelo, em que permite às pessoas orientarem suas trajetórias
profissionais em duas direções, uma generalista ou relacionada à gestão (ou coordenação) de
pessoas, (como por exemplo Coordenador de RH) e a outra mais focada em tarefas especializadas
em um assunto (como por exemplo, Especialista em Recrutamento e Seleção).
Classe ocupacional: Designa um grupo de cargos com avaliação semelhante, que possuem a mesma
Faixa Salarial.
Classe Salarial: É o agrupamento dos cargos os quais correspondem a determinado nível salarial.
Empreendedorismo: Aquele que assume riscos e começa algo novo. Pessoa que inicia e/ou opera
um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e
inovando continuamente. (Chiavenato, 2008).
Equilíbrio externo da remuneração: equidade da remuneração dos cargos internos de uma empresa
com a remuneração dos cargos equivalentes em outras empresas estruturalmente similares.
Especificação de Cargos: É a descrição dos dados essenciais exigidos pelo cargo, o tipo e grau de
requisitos básicos, as responsabilidades e desafios exigidos para o cargo.
Estrutura de Cargos: É a divisão dos cargos levando em consideração a pontuação ou avaliação obtida
pelo cargo. Parte-se do cargo com menor pontuação para o de maior número de pontos recebidos.
Faixa Salarial: É a diferença em valor entre o salário maior e o menor de cada classe salarial atribuídas
a um determinado nível, visando à atração, o progresso e a retenção dos empregados.
Insalubridade: é um direito concedido a trabalhadores que são expostos a agentes nocivos à saúde.
Há três graus: mínimo, que dá adicional de 10%, médio (20%) e máximo (40%).
Organograma: pode ser definido como sendo uma representação gráfica da estrutura de
departamentos e de cargos presentes na empresa,
Pesquisa Salarial: É o levantamento e análise dos dados salariais e de benefícios praticados por
outras empresas que atuam na mesma área ou que possuem a mesma estrutura organizacional,
buscando a coerência externa na implantação ou manutenção de um plano de cargos e salários.
Remuneração total: É tudo o que compõe os rendimentos, seja em dinheiro ou não, como
contraprestação ao trabalho. O art. 457 da CLT menciona que “Compreendem-se na remuneração
do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.”
Salário Fixo: Soma das parcelas fixas de natureza salarial pagas mensalmente, tais como: salário,
ajuda para aluguel etc.
Salário Real: é o salário medido em termos de poder de compra (de bens e serviços) do salário
nominal, em um dado período.
Tarefa: É a unidade do trabalho que requer certa habilidade mental ou física para determinado fim.