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DIREITO INDIVIDUAL DO

TRABALHO
PROFA. JULYANNE PAES BARRET TO
JULYANNE@ MET RO P OLI TAN A.E D U. BR
WWW.PAES BAR RE T TOA DVO CA C IA .C OM . B R
A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
 TERRITORIALIDADE: as leis trabalhistas vigoram em um determinado
território ou espaço geográfico.

•Quem tem competência para legislar em matéria de Direito do Trabalho?


• Art. 22, I, CF/88: Compete privativamente a União.

 INCONSTITUCIONALIDADE: Não pode uma legislação ser criada pelo


município ou estado em matéria de Direito do Trabalho com a finalidade de criar
normas ou modificar direitos em matéria dos Celetistas.
A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
 Parágrafo único do art. 22 da CF: “Lei Complementar poderá
autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas da matérias
de Direito do Trabalho”.
Ex: Lei Complementar n. 103 de 14 de julho de 2000:
•Autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituir o piso salarial
a que se refere o inciso V do art. 7° da Constituição Federal, por
aplicação do disposto no parágrafo único do seu art. 22.

 Cada Estado pode produzir norma específica do piso salarial.


A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
 NO TEMPO: A retroatividade da lei é exceção e
respeitará o ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa
julgada.
 Decreto-lei 4657/42 - Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro. A lei serve-se a fatos futuros em regra.
• Irretroatividade: a lei nova não se aplica aos
contratos de trabalho já terminados.
• Efeito imediato: quando um ato jurídico, num
contrato em curso, não tiver ainda sido praticado, o
será segundo as regras da lei nova.
A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
 NO ESPAÇO: Trata-se da vigência ou não das leis de um país fora de
seu território.
 Como já vimos, em regra o Direito do Trabalho segue o princípio da
territorialidade, onde as relações de trabalho de nacionais ou
estrangeiros no Brasil devem respeitar as leis brasileiras.
• Exceção: Decreto-Lei n. 691 de 18 de julho de 1969 - Dispõe sobre
a não aplicação, aos contratos de técnicos estrangeiros, com
estipulação de pagamento de salários em moeda estrangeira, de
diversas disposições da legislação trabalhista.
A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
 Lex loci executionis significa "a lei do lugar onde a obrigação é executada“.

 Código de Bustamante – art. 198 do Decreto n. 18.871 de 1929 - Promulga a


Convenção de direito internacional privado, de Havana.
•Competência internacional;
•Princípio da territorialidade;
•Empregado brasileiro contratado no exterior

 A Lei n. 7.064/82 regula as situações dos trabalhadores contratados no Brasil


ou transferidos por seus empregadores para prestar serviço no exterior.
A LEI TRABALHISTA NO ESPAÇO E TEMPO
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do
empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da
observância da legislação do local da execução dos serviços
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho,
naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando
mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas
e em relação a cada matéria.
 Teoria do Conglobamento Mitigado: prevê a aplicação das fontes por
institutos, escolhendo, dentre as normas, os institutos mais favoráveis ao
empregado.
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 Princípios são um conjunto de normas ou padrões de conduta a
serem seguidos por uma pessoa ou instituição.
 Segundo Claudio Bonatto Moraes (1988, p.28): Princípios que regem a
ordem jurídica podem ser vistos como meios de melhor compreensão e
aplicabilidade do Direito dentro das relações jurídicas.
•Função Normativa: os princípios integram o ordenamento jurídico, ou seja, são
fontes supletivas, que atuam quando há lacunas ou omissões na lei (art. 4º
LINDB/art. 8º CLT)
•Função Interpretativa: os princípios servem como orientador aos interpretes e
aplicadores das normas, quanto ao seu real alcance e sentido.
•Função Informadora: são fontes de inspiração ao legislador e de fundamento
para novas disposições normativas.
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO: garante proteção à parte hipossuficiente da relação de
trabalho, ou seja, ao trabalhador. Para tanto, ela se subdivide em outros três
subprincípios: norma mais favorável, condição mais benéfica e In dubio pro misero.
A. PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL: garantido que, independente de lei
específica, será sempre aplicada a norma mais favorável ao empregado;
B. PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA: Cláusula mais vantajosa. Havendo dois
regulamentos dentro da mesma empresa, fica a cargo do trabalhador escolher em
qual irá se encaixar. Súmula 51 do TST as cláusulas que revoguem ou alterem
vantagens só serão admitidas aos trabalhadores admitidos após a modificação. ;
C. PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO: Quando houver dúvida em relação à
interpretação de uma norma ou quanto à validade de uma decisão, deve-se
sempre pender para o lado hipossuficiente.
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE: garante que os fatos reais
prevalecem sobre os ajustes formais. Disposto no art.º 9 da CLT, este é um
princípio de grande importância, pois visa coibir a coação dentro do ambiente
de trabalho. A realidade vale mais do que os documentos;
 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE (SÚMULA 212/ TST): garante que todo contrato
de trabalho deve ter prazo indeterminado, ou seja, ele só cessa quando existe
um motivo expresso em lei para que isso ocorra;
 PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA: São vedadas
alterações contratuais que resultem em prejuízo ao trabalhador. A este princípio
se aplica uma exceção, de acordo com o art.º 7 da Constituição Federal,
prevendo redução de salário por meio de negociação coletiva (aquela realizada
por sindicatos);
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
 PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL Esse princípio protege a contraprestação
máxima da prática laboral, ou seja, o salário.
• Art. 468 da CLT, que veta qualquer mudança que não seja benéfica ao
trabalhador, ou o Art. 8º, §1 da Convenção n. 95 da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), que visa proibir descontos salariais, exceto aqueles
permitidos na legislação de cada país.
PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS: É vedado ao trabalhador renunciar
qualquer direito disposto em lei. Você não pode abrir mão do seu FGTS, por exemplo,
ou de suas férias.
•Exceções que a lei e os Tribunais admitem certa renúncia: Ex: Acordos lavrados em
audiência perante o Juiz (art. 846 CLT); Pedido de demissão de estável feito
através de Sindicato (art. 500 CLT).

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