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Direito do Trabalho
Prof. Fabrício Lima Silva
DIREITO DO TRABALHO
Direito do Trabalho
CONCEITO: Conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à
relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando
assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de
acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas. (Sérgio
Pinto Martins)
DIREITO DO TRABALHO
Circunstâncias
• Péssimas condições de trabalho
• Lógica civilista clássica: a prática de que ‘contrato faz lei entre as
partes’ colocava o trabalhador em posição inferior de barganha que,
em face da necessidade, acabava por aceitar todo e qualquer tipo de
cláusula contratual, submetendo-se às condições desumanas e
degradantes.
• Concentração da mão-de-obra nas cidades
• Surgimento de conflitos trabalhistas: ação do proletariado (vontade
coletiva dos trabalhadores)
DIREITO DO TRABALHO
E, com a alteração promovida pela Lei n. 13.467/17 (Reforma Trabalhista), houve a revogação do
referido parágrafo e criados três parágrafos:
• b. A teoria da acumulação, que por sua vez, defende a tese de aplicação dos dois instrumentos,
extraindo-se de cada qual as normas mais favoráveis ao obreiro, aplicando-se isoladamente ao
contrato de trabalho;
• c. E, a teoria do conglobamento mitigado, para a qual a norma mais favorável deve ser buscada
por meio da comparação das diversas regras sobre cada instituto ou matéria, respeitando-se o
critério de especialização.
DIREITO DO TRABALHO
Histórico:
Súmula alterada - redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 16.11.2009) - Res. 161/2009,
DEJT 23, 24 e 25.11.2009
Nº 277 Sentença normativa. Convenção ou acordo coletivos. Vigência. Repercussão nos
contratos de trabalho
I - As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordos
coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos
individuais de trabalho.
DIREITO DO TRABALHO
Texto da Reforma
Art. 614. .............................................................
.....................................................................................
§ 3o Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a
ultratividade
DIREITO DO TRABALHO
“Art. 7º, da C.F.: - São direitos dos trabalhadores (...) além de outros:
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou
acordo coletivo;
X – proteção do salário na forma da Lei, constituindo crime a sua
retenção dolosa”.
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5. Princípio da Indisponibilidade
• Mauricio Godinho distingue os direitos trabalhistas protegidos por indisponibilidade absoluta
dos protegidos por indisponibilidade relativa. Diz que a indisponibilidade absoluta respeita aos
direitos protegidos por uma tutela de interesse público, por traduzir um patamar civilizatório
mínimo, relacionado à dignidade da pessoa humana, ou quando se tratar de direito protegido
por norma de interesse abstrato da categoria (ex: assinatura de carteira de trabalho, salário-
mínimo, medicina e segurança do trabalho etc.).
5. Princípio da Indisponibilidade
• “Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência
ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de
obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da
categoria.
5. Princípio da Indisponibilidade
• Súmula nº 330 do TST
• QUITAÇÃO. VALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
• A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua
categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do
art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado
à parcela ou parcelas impugnadas.
• I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e,
consequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse
recibo.
• II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato
de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no
recibo de quitação.
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5. Princípio da Indisponibilidade
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE R E
VISTA. EFEITOS DA QUITAÇÃO DO TRCT. SÚMULA 330/TST. Nos termos
da Súmula 330 do TST, a quitação passada pelo empregado ao empregador,
com assistência de entidade sindical da categoria profissional, tem eficácia
liberatória apenas em relação às parcelas expressamente consignadas nos
recibos, dentro do limite dos valores efetivamente pagos. Dessa forma, a
eficácia liberatória se refere apenas aos valores consignados no TRCT, não
havendo impedimento para que o Reclamante pleiteie valores restantes que
entender devidos, ainda que em complemento dos títulos ali discriminados.
Agravo de instrumento desprovido.
Encontrado em: 2717840112002502 2717840-11.2002.5.02.0902 (TST)
Mauricio Godinho Delgado
DIREITO DO TRABALHO
5. Princípio da Indisponibilidade
5. Princípio da Indisponibilidade
• Quinta-feira, 30 de abril de 2015
• STF reconhece validade de cláusula de renúncia em plano de
dispensa incentivada
• Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu na sessão desta quinta-feira (30) que, nos casos de Planos de
Dispensa Incentivada – os chamados PDIs –, é válida a cláusula que dá
quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas decorrentes do
contrato de emprego, desde que este item conste de Acordo Coletivo
de Trabalho e dos demais instrumentos assinados pelo empregado. A
decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE)
590415, que teve repercussão geral reconhecida pelo STF.
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RELAÇÃO DE EMPREGO
EMPREGADOR
CLT, Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada
uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a
atuação conjunta das empresas dele integrantes.
Súmula Nº 129 do TST - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19,
20 e 21.11.2003 A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo
ajuste em contrário.
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EMPREGADO
Pessoalidade
Onerosidade
Subordinação
Em razão de o empregado estar subordinado
juridicamente ao empregador, ao mesmo, em regra,
surgem os seguintes direitos: de direção e comando da
empresa, cabendo-lhe determinar as condições para a
utilização e aplicação concreta da força de trabalho do
empregado, nos limites do contrato; de controle, que é o
de verificar o exato cumprimento da prestação do
trabalho; de aplicar penas disciplinares, em caso de
inadimplemento de obrigação contratual.
DIREITO DO TRABALHO
§ 1º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho o
fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços.
§ 2º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam
ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como
autônomo.
§ 3º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo contratante,
garantida a aplicação de cláusula de penalidade, caso prevista em contrato.
§ 4º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras
categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato
autônomo, desde que cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o
art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 5º Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício.
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