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Disciplina: 3ª Fase Prova Prática

Professor(a): Augusto Grieco


Aula: 14| Data: 12/03/2021
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

AÇÃO ANULATÓRIA

AÇÃO ANULATÓRIA

Trata-se de uma ação de conhecimento, que tem como objeto a declaração de nulidade ou a anulação de cláusula
de acordo coletivo, convenção coletiva ou de qualquer norma coletiva autônoma que regulamente as relações
individuais e coletivas de trabalho e que possa, entre suas disposições cláusulas violadoras dos direitos
fundamentais e das liberdades sindicais individuais e coletivas dos trabalhadores.

CLT – art.8° – traz uma suposta limitação à atuação jurisdicional do Poder Judiciário.

Ler notas técnicas do MPT nos estudos feitos sobre a Reforma Trabalhista.
No processo do trabalho há outras espécies de ação anulatória, como a ação anulatória de ato judicial, de autos
de infração lavrados pela fiscalização do trabalho etc.

Ação anulatória – é uma ação com pretensão de desconstituir norma coletiva que viole liberdades individuais ou
coletivas ou direitos indisponíveis dos trabalhadores (art.83, inciso IV, da LC 75/93- Lei Orgânica do Ministério
Público da União).

A causa de pedir remota da ação anulatória – consta do art.83, inciso IV da LC 75/93: violação das liberdades
individuais ou coletivas ou os direitos indisponíveis dos trabalhadores.

Art.114, inciso III da CF/88 – base para fundamentação da ação anulatória.

Legitimidade passiva: partes que firmaram o instrumento coletivo.

Legitimidade ativa: 2 correntes:


a) legitimidade concorrente- há entendimento de que não é exclusiva do MPT;
b) legitimidade exclusiva- seria exclusiva do órgão ministerial.

Competência material: Justiça do Trabalho (art.114, inciso III).

Competência hierárquica ou funcional – 2 correntes:


- TRT ou do TST, a depender da abrangência da norma coletiva;
- Por falta de previsão legal, seria da vara do trabalho.
- Entendimento predominante no âmbito do TST: competência originária dos órgãos originários (TRT ou TST).
Art.77 do Regimento Interno do TST.
- Rever princípio da intervenção mínima na autonomia coletiva.
- Ler o art.611-A, §§2° a 5° da CLT.

“Art. 8º, CLT - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho,


na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o

Prática Ministério Público do Trabalho


CARREIRAS JURÍDICAS
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caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros
princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe
ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo
Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do
Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem
criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos
elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no
art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e
balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na
autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017) (Vigência)

Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de


trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta
minutos para jornadas superiores a seis horas; (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no
13.189, de 19 de novembro de 2015; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição
pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se
enquadram como funções de confiança; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
VI - regulamento empresarial; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas
pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

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XI - troca do dia de feriado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
XII - enquadramento do grau de insalubridade; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença
prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente
concedidos em programas de incentivo; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§1º No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de
trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3o do art.
8o desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 2º A inexistência de expressa indicação de contrapartidas
recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não
ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio
jurídico. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a
convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever
a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o
prazo de vigência do instrumento coletivo. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de
convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, quando
houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente
anulada, sem repetição do indébito. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes
necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto a
anulação de cláusulas desses instrumentos. (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)

Art. 85, LC 75/93. São órgãos do Ministério Público do Trabalho:


I - o Procurador-Geral do Trabalho;
II - o Colégio de Procuradores do Trabalho;
III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;
IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do
Trabalho;
V - a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;
VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
VII - os Procuradores Regionais do Trabalho;
VIII - os Procuradores do Trabalho.

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Art. 77, Regimento Interno do TST. À Seção Especializada em
Dissídios Coletivos compete:
I - originariamente:
a) julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de
sua competência, ou rever suas próprias sentenças normativas, nos
casos previstos em lei;
b) homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;
c) julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;
d) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças
normativas;
e) julgar os agravos internos contra decisões não definitivas,
proferidas pelo Presidente do Tribunal, ou por qualquer dos
Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
f) julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do
Trabalho em processos de dissídio coletivo;
g) processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou
incidentes nos processos de dissídio coletivo;
h) processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito
exceder a jurisdição de Tribunal Regional do Trabalho;
i) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua
competência e à garantia da autoridade de suas decisões.
II - em última instância, julgar:
a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas
pelos Tribunais Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de
natureza econômica ou jurídica;
b) os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos
Tribunais Regionais do Trabalho em ações rescisórias, reclamações e
mandados de segurança pertinentes a dissídios coletivos e em ações
anulatórias de acordos e convenções coletivas;
c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime
proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência
originária, salvo se a decisão embargada estiver em consonância com
precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou com
súmula de sua jurisprudência predominante;
d) os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória
de recurso ordinário nos processos de sua competência.”

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