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Disciplina: Direito Administrativo

Professor(a): Flavia Cristina


Aula: 13 | Data 08/05/2021
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


(continuação):
 Princípio da autotutela – cuida de um controle interno.
A Administração Pública, de ofício, revogará atos que considerar inconvenientes ou inoportunos. Esta revogação
produz efeitos ex nunc (não retroage).
A Administração Pública anula ou invalida atos ilegais. Os efeitos da anulação são ex tunc (retroagem).
Art.54, da Lei 9784/99- prazo de decadência de 5 anos, salvo se houve má-fé.
Art.53, da Lei 9784/99- anulação dos atos ilegais e revogação por motivos de conveniência e oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

Controle externo:
Art.71 – o controle externo, a cargo do Legislativo, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas.
O Judiciário, quando provocado, pode anular atos ilegais. Esta anulação produz efeitos ex tunc.
Neste controle externo, o Judiciário não pode apreciar as razões de conveniência e oportunidade. Assim, não
pode apreciar o mérito administrativo.

Atos vinculados:
Ato vinculado é aquele em que o agente público não tem margem de liberdade para fazer o juízo de conveniência
e oportunidade.
É aquele em que, presentes os requisitos legais, o ato deve ser praticado.
Exemplo: licença para construir é ato vinculado.

Atos discricionários:
Ato discricionário é aquele que a Administração Pública tem margem de liberdade, exercendo juízo de
conveniência e oportunidade.
Não há discricionariedade ilimitada.
A discricionariedade não se confunde com a arbitrariedade (conduta ilegal).

Magistratura do Trabalho e MPT (fim de semana)


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Exemplo: autorização de uso de bem público é ato discricionário.
A revogação só pode recair sobre atos discricionários.
O ato vinculado é aquele em que o agente público não pode avaliar conveniência e oportunidade.
Se o ato é ilegal, seja ele vinculado ou discricionário, ele será anulado.
Elementos do ato Ato vinculado Ato discricionário
administrativo
COMPETÊNCIA/SUJEITO VINCULADO VINCULADO
MOTIVO VINCULADO DISCRICIONÁRIO
FORMA VINCULADO VINCULADO
FINALIDADE VINCULADO VINCULADO
OBJETO VINCULADO DISCRICIONÁRIO

Ler súmula 473 do STF.

“Art. 53, Lei 9784/99. A Administração deve anular seus próprios


atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Art. 54, Lei 9784/99. O direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de
autoridade administrativa que importe impugnação à validade do
ato.

Art. 71, CF/88. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
público;

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos
termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela
União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões,
sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao
Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de
noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo
anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e
anualmente, relatório de suas atividades.

Súmula 473 do STF:


A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;

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ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.”

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