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MINUTO DO DIREITO
Invalidação de Atos Administrativos:
Anulação, Revogação e Convalidação

Direito Administrativo
 Anulação, Revogação e Convalidação dos Atos
Administrativos
Tanto a revogação como a Anulação decorrem do Princípio Administrativo da
Auto Tutela e são formas de invalidação do ato administrativo.
Segundo o princípio da autotutela, a Administração Pública possui tem o poder
de controlar diretamente os seus atos, anulando-os ou revogando-os, ou seja,
não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos.
Conforme artigo 53 da Lei 9784/99 (regula o processo administrativo no âmbito
federal):

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

1) Revogação – Só pode ser realizada pela própria administração pública,

se trata da invalidação de um ato legal e eficaz. Então, por motivos de
conveniência e oportunidade a administração revoga o ato LEGAL.
Sendo assim, entende-se que a revogação atinge somente os atos
discricionários quando estes se tornam inoportunos ou inconvenientes.
A revogação possui efeitos Ex nunc, ou seja, não retroagem.
2) Anulação – É a invalidação de um ato ILEGAL, pode ser realizada tanto
pela Administração como pelo Judiciário.
Já a anulação atinge os atos vinculados, que somente podem ser retirados do
ordenamento jurídico por razões de ilegalidade.

Sendo assim temos:

Revoga – por motivo de conveniência e
oportunidade (atos legais);
Administração Pública

Anula – por motivo de ilegalidade (atos ilegais);

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A Administração Pública tem o poder-dever rever o ato administrativo ilegal, de
a fim de adequá-lo aos preceitos legais.

A anulação possui efeitos Ex tunc, ou seja, os efeitos retroagem ao momento em

que o ato foi praticado, salvo em relação ao terceiro do boa-fé.

Judiciário – Anula atos administrativos por motivo de ilegalidade.

Obs: O Judiciário não pode analisar a conveniência do ato administrativo.
✓ O direito da Administração de ANULAR os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários DECADENCIAL em
cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
✓ Já direito de revogar não tem limitação temporal

Conforme artigo 54 da Lei 9784/99:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que

decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

3) Convalidação é também uma forma de extinção do ato administrativo, e

se dá pela prática de um novo ato que corrige os defeitos do ato anterior.

✓ Segundo a doutrina, apenas atos anuláveis podem ser convalidados,

atos nulos não se convalidam.
✓ Os atos com vício de competência e forma poderão ser convalidados.

Conforme artigo 54 da Lei 9784/99:

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse

público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.

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 - Anulação;
Atos deverão ser motivados - Revogação;
Sempre que importar em: -Suspensão; ou
- Convalidação de ato administrativo.

Vejam o que diz o artigo 50 da Lei 9784/99:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato

administrativo.

Súmulas:

- Súmula 346 STF: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus
próprios atos.

- Súmula 473 STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

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Questão:

(Auditor Fiscal de Tributos – 2020) Acerca da revogação, anulação e

convalidação dos atos administrativos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) revogação é a supressão de um ato administrativo válido e discricionário

por motivo de interesse público superveniente, que o tornou inconveniente
ou inoportuno, possuindo efeitos “ex nunc”. Isso quer dizer que seus
efeitos retroagem.

b) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de

vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.

c) Nem todo ato administrativo é passível de revogação, a exemplo dos atos

vinculados.

d) A convalidação representa a possibilidade de “corrigir” ou “regularizar” um

ato administrativo, tem por objetivo manter os efeitos já produzidos pelo
ato e permitir que ele permaneça no mundo jurídico.

e) São convalidáveis os atos que tenham vício de competência e de forma,

nesta incluindo-se os aspectos formais dos procedimentos
administrativos.

A resposta certa é a alternativa A.