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CONCEITO
A diferença essencial entre ato jurídico e ato administrativo reside em que o ato
administrativo tem finalidade pública. Ato administrativo é uma espécie de ato jurídico.
COMPETÊNCIA
FINALIDADE
F0RMA dica: COM FI FOR MOB
MOTIVO
OBJETO
COMPETÊNCIA
É o poder atribuído ao agente (agente é aquele que pratica o ato) para o desempenho
específico de suas funções.
Ao estudarmos o gênero abuso de poder vimos que uma de suas espécies, o excesso de poder,
ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência.
FINALIDADE
É o objetivo de interesse público a atingir. A finalidade do ato é aquela que a lei indica explícita
ou implicitamente. Os atos serão nulos quando satisfizerem pretensões descoincidentes do
interesse público.
Ao estudarmos o gênero abuso de poder vimos que a alteração da finalidade caracteriza desvio
de poder, conhecido também por desvio de finalidade.
FORMA
É o revestimento exteriorizador do ato. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-
se livremente, a da Administração exige forma legal.
A forma normal é a escrita. Excepcionalmente existem:
(1) forma verbal: instruções momentâneas de um superior hierárquico;
(2) sinais convencionais: sinalização de trânsito.
MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que determina ou autoriza a realização do ato
administrativo. Pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao critério do administrador.
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OBJETO
É o conteúdo do ato. Todo ato administrativo produz um efeito jurídico, ou seja, tem por objeto
a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas, coisas ou
atividades sujeitas à ação do Poder Público. Ex.: No ato de demissão do servidor o objeto é a
quebra da relação funcional do servidor com a Administração.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
A lei 9.784, de 29.01.99 dispõe que:
(art. 53).
"A Administração deve anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios de legalidade, e pode revogá-
los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos"
(art. 54)
"O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé"
JURISPRUDÊNCIA:
Súmula 473 do STF :
“A Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial”.
PRINCIPAIS LIÇÕES:
O Judiciário com relação aos atos administrativos praticados pela Administração pode:
ANULAR quando ILEGAIS.
Assim:
Revogação - é supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz realizada pela
Administração - e somente por ela - por não mais lhe convir sua existência.
Anulação - invalidação de um ato ilegítimo e ilegal, realizada pela Administração ou pelo
Judiciário.
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Conclusão: a administração controla seus próprios atos em toda plenitude, isto é, sob aspectos
de legalidade, e de mérito (oportunidade e conveniência), ou seja, exerce a autotutela.
O controle judicial sobre o ato administrativos se restringe ao exame dos aspectos de legalidade.
EFEITOS DECORRENTES:
A revogação gera efeitos - EX NUNC - ou seja, a partir da sua declaração. Não retroage.
A anulação gera efeitos EX TUNC (retroage à data de início dos efeitos do ato).
"Os atos que apresentem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros " (art. 55).
Assim:
Só é admissível o instituto da convalidação para a doutrina dualista, que aceita possa os
atos administrativos ser nulos ou anuláveis.
ATOS VINCULADOS - são aqueles nos quais a lei estabelece os requisitos e condições de
sua realização. As imposições legais absorvem quase por completo a liberdade do
administrador, pois a ação, para ser válida, fica restrita aos pressupostos estabelecidos
pela norma legal.
ATOS DISCRICIONÁRIOS - são aqueles que a administração pode praticar com a liberdade
de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua oportunidade e do modo de sua
realização.
Ao praticar o ato administrativo vinculado a autoridade está presa à lei em todos os seus
elementos – COMFIFORMOB - Ao praticar o ato discricionário a autoridade é livre - dentro das
opções que a própria lei prevê - quanto a escolha da conveniência e da oportunidade.
Não se confunda ato discricionário com ato arbitrário.
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Quanto as espécies devem os atos ser agrupados de um lado sob o aspecto formal e de outro
lado sob o aspecto material (ou seu conteúdo). A terminologia utilizada diverge bastante entre
os autores.
Admissão – É o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta a alguém a inclusão
em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço público.
Ex: ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o desfrute dos serviços
de uma biblioteca pública como inscrito entre seus usuários. O ato de admissão não pode ser
negado aos que preencham as condições normativas requeridas.
Aprovação – é o ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração faculta a prática de ato
jurídico (aprovação prévia) ou manifesta sua concordância com ato jurídico já praticado
(aprovação a posteriori).
CLASSIFICAÇÃO:
O ato unilateral está presente tão somente a vontade da administração pública.
O ato bilateral (contrato administrativo) envolve a vontade da administração pública e de um
particular (ou órgão administrativo).
No que se refere à autoexecutoriedade, cabe alertar que o seu reconhecimento tornou-se mais
restrito a partir da promulgação da CF de 1988, que, em seu art. 5.º, LV, assegura o contraditório
e a ampla defesa inclusive nos processos administrativos. Porém, quando o interesse público
estiver em situação de perigo iminente, a autoexecutoriedade deve ser reconhecida.
QUANTO ÀS PRERROGATIVAS:
atos de império - praticados pela administração com todas as prerrogativas e privilégios de
autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular independentemente de
autorização judicial, sendo regidos por um direito especial exorbitante do direito comum, porque
os particulares não podem praticar os atos semelhantes, a não ser por delegação do poder
público”. São regidos pelo direito público.
atos de gestão - são os que a administração pratica sem o uso de poderes comandantes.
Nesses atos, a administração atua sem os privilégios decorrentes da sua condição, sujeitando-
se, como os particulares, às regras do direito privado. São regidos pelo direito privado.
QUANTO À EXEQUIBILIDADE
Perfeito - é o ato que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou
todo o seu ciclo de formação.
Imperfeito - é o que não está apto a produzir efeitos jurídicos, porque não completou seu ciclo
de formação.
Pendente é o que depende de uma condição ou termo para a produção de seus efeitos.
Consumado é aquele que já exauriu seus efeitos e assim já se tornou definitivo, não podendo
mais ser impugnado.
Licença
Ato administrativo negocial unilateral, vinculado e definitivo, pelo qual a administração pública
concede ao particular, que preencher certos requisitos, o exercício de uma atividade.
Uma vez preenchidos todos os requisitos, seu titular terá direito subjetivo à obtenção da licença.
Ex. licença para construir.
Permissão
O ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a
administração pública faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa
de bem público.
Por ser discricionário, o ato pode ser revogado a qualquer tempo, não gerando direito adquirido
para o permissionário.
Ex. permissão de uso de bem público e as permissões de transporte coletivo.
Aprovação
É o ato negocial e unilateral que irá promover o controle do mérito e da legalidade do ato
administrativo. Esse controle poderá ser feito pela administração pública antes ou depois da
expedição do ato, analisando-se, de forma discricionária, os aspectos de conveniência e
oportunidade e, de forma vinculada, a legalidade do ato.
Homologação
É o ato administrativo unilateral, vinculado e de controle, realizado a posterior, onde a
administração pública reconhece a legalidade do ato ou do procedimento, para, a partir de então,
conferir-lhe eficácia.
Ex. licitação.
Parecer
É o ato pelo qual os órgãos consultivos da administração emitem uma opinião sobre assuntos
técnicos ou jurídicos de sua competência. Trata-se de ato enunciativo.
Admissão
É o ato administrativo unilateral e vinculado pela qual a administração pública reconhece ao
administrado que preencha os requisitos predeterminados pela lei o direito à prestação de um
determinado serviço público. Por exemplo, matrícula em escola pública.
Visto
É o simples ato unilateral e vinculado, no qual o chefe de um órgão ou seção controla
internamente outro ato da própria administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade
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➢ invalidação (ou anulação para alguns doutrinadores) - que é o desfazimento do ato por
razões de ilegalidade, podendo ser proferida de ofício pela administração pública ou de forma
provocada pelo interessado por meio do Judiciário (ação civil pública, ação individual, ação
popular, mandado de segurança etc.);
➢ caducidade - quando uma norma jurídica nova torna inadmissível a situação antes permitida
pelo direito e concretizada pelo ato precedente;
➢ contraposição - quando os efeitos do ato posterior são contrários aos efeitos dos atos
anteriores.
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Sobre a diferença entre a anulação e a revogação, é muito importante conhecer a Súmula 473
do STF:
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial”.