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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE

MESQUITA FILHO"
ASSESSORIA JURIDICA

OS ATOS ADMINISTRATIVOS E SUA REDAÇÃO

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PARTE I

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ATOS ADMINISTRATIVOS

1. CONCEITO E REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Segundo alguns autores, justamente porque não existe uma


definição legal do ato administrativo, não é de estranhar que haja divergências na sua
conceituação.

Observe-se que quando ocorre a pacificação doutrinária e


jurisprudencial em torno de um conceito, isto não significa, de modo algum, que tenha sido
encontrado o conceito "verdadeiro", o "certo". O que ocorre, na verdade, é a imposição ou
a maior difusão de um determinado conceito, seja em face do prestígio de quem o propôs,
seja por qualquer outra razão que haja contribuído para a adoção daquele "padrão",
daquele "modelo" representativo de um conjunto de elementos arrecadados nas indicações
do direito positivo.

Nesta ordem de idéias, encontramos diferentes definições de ato


administrativo, entre os mais renomados administrativistas, a seguir exemplificados, em
apertada síntese.

RAFAEL BIELSA: "é decisão, geral ou especial, de uma autoridade


administrativa em exercício de suas funções, e que se refere a direitos, deveres e
interesses das entidades administrativas e dos particulares, a respeito delas".

BANDEIRA DE MELLO: "é a declaração do Estado ou de quem lhe


faça as vezes, expedida em nível inferior à lei- a título de cumpri-Ia- sob regime de direito
público e sujeito a controle de legitimidade por órgão jurisdicional".

HELY LOPES MEIRELLES: "é toda manifestação unilateral de


vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenho por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações
aos administrados ou a si própria".

A Administração Pública realiza sua função executiva por meio de


atos jurídicos que recebem a denominação pessoal de atos administrativos. Tais atos, por
sua natureza, conteúdo e forma, se diferenciam dos que emanam do Legislativo (leis em
sentido estrito) e do judiciário (decisões judiciais), quando desempenham suas atribuições

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específicas de legislação e jurisdição.

A prática de atos administrativos cabe, em princípio e normalmente,


aos órgãos executivos, mas as autoridades judiciárias e as Mesas legislativas também os
praticam restritamente, quando ordenam os seus próprios serviços, dispõem sobre seus
servidores ou expedem instruções sobre matéria de sua privativa competência.

Além das autoridades públicas propriamente ditas, podem os


dirigentes de autarquias, os administradores de entidades paraestatais e os executores de
serviços delegados praticar atos que, por sua afetação pública, se equiparam aos atos
administrativos típicos.

Existem, contudo, condições para a existência do ato administrativo,


para que ele tenha validade no mundo jurídico:

1ª) a liceidade, ou seja, sua conformação com os preceitos da lei e


da moral;

2ª) ser praticado pela Administração, na qualidade de Poder


Público;

3ª) ter por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,


extinguir e declarar direitos ou impor obrigações.

Por outro lado, o ato administrativo exige cinco requisitos para a sua formação, requisitos
estes que constituem sua própria infra-estrutura. São eles:
1º) competência;

2º) finalidade;

3º) forma;

4º) motivo;

5º) objeto.

Competência

Entende-se por competência administrativa o poder atribuído ao


agente da Administração para o desempenho específico de suas funções.

Sendo um requisito de ordem pública, é intransferível e


improrrogável pela vontade dos interessados. A competência pode, entretanto, ser
delegada (a um inferior hierárquico) ou mesmo avocada (por um superior hierárquico),
desde que o permitam as normas reguladoras da Administração.

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Finalidade

É o objetivo, o interesse a atingir. Desde que a Administração


Pública só justifica sua existência para a realização do interesse coletivo, seus atos hão de
se dirigir sempre para um fim público, sendo nulos quando satisfizerem pretensões que não
se coadunem com o interesse coletivo.

A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indica, explícita


ou implicitamente. A alteração da finalidade expressa da norma legal, ou implícita no
ordenamento da Administração, caracteriza o desvio de poder, que dá ensejo à invalidação
do ato.

Forma

Todo ato administrativo é, em princípio, formal.

A inexistência de forma induz à inexistência do ato administrativo. A


forma normal do ato de administração é a escrita, embora existam atos consubstanciados
em ordens verbais e até mesmo em sinais convencionais. Porém, só se admite o ato
administrativo não escrito em casos de urgência, de transitoriedade de manifestação da
vontade administrativa ou de irrelevância do assunto para a Administração.

A revogação ou a modificação do ato administrativo deve obedecer


à mesma forma do ato originário, uma vez que o elemento formal é vinculado, tanto para a
sua formação, quanto para o seu desfazimento ou alteração.

A inobservância da forma vicia substancialmente o ato, tornando-o


passível de invalidação.

Motivo

É a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a


realização do ato administrativo. O motivo, como elemento integrante da perfeição do ato,
pode vir expresso em lei, como pode ser deixado ao critério do administrador. No primeiro
caso, será um elemento vinculado; no segundo, discricionário, quanto à sua existência e
valoração.

Em se tratando de motivo vinculado pela lei, o agente da


Administração, ao praticar o ato, fica na obrigação de justificar a existência do motivo, sem
o que o ato será inválido ou, pelo menos, passível de invalidação, por ausência de
motivação. Quando, porém, o motivo não for exigido para a perfeição do ato, fica o agente
com a faculdade discricionária de praticá-lo sem motivação.

Objeto

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É a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas
concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público.

Nos atos discricionários, o objeto fica na dependência da escolha do


Poder Público, constituindo essa liberdade opcional o mérito administrativo, que, segundo
Hely Lopes Meirelles, se consubstancia na valoração dos motivos e na escolha do objeto
do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir
sobre a conveniência, a oportunidade e a justiça do ato a realizar.

2 - ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

Não são unânimes as classificações até aqui realizadas pelo


administrativistas, que ainda não elegeram um critério comum para o enquadramento
científico ou, pelo menos, didático, dos atos administrativos.

Assim, citaremos a classificação mais freqüentemente encontrada.:

1- atos administrativos normativos;

2- atos administrativos ordinatórios;

3- atos administrativos de correspondência;

4- atos administrativos esclarecedores;

5- atos administrativos de assentamento;

6- atos administrativos declaratórios;

7 -requerimento;

8- atos administrativos negociais;

9- atos administrativos de pacto ou ajuste;

10- atos administrativos punitivos.

Vejamos, em poucas palavras, em que consiste cada um deles.

I - ATOS NORMATIVOS

São aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando


a correta aplicação da lei.

Tais atos, conquanto normalmente estabeleçam regras gerais e


abstratas de conduta, não são leis em sentido formal. São leis apenas em sentido material,
vale dizer, provimentos executivos com conteúdo de lei, com matéria de lei. Esses atos, por

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serem gerais e abstratos, têm a mesma normatividade da lei e a ela se equiparam para fins
de controle judicial.

São atos que expressam em minúcia o mandamento abstrato da lei


e o fazem com a mesma normatividade da regra legislativa, embora sejam manifestações
tipicamente administrativas. Incluem-se nessa categoria os seguintes atos administrativos:

a) Decretos: em sentido próprio e restrito, são atos administrativos


da competência exclusiva dos chefes do Executivo, destinados a prover situações gerais
ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou implícito pela
legislação.

Como ato administrativo que é, o decreto está sempre em situação


inferior à lei e, por isso mesmo, não pode contrariá-la, embora tenha a mesma
normatividade.

Dependendo do conteúdo, os decretos podem ser classificados em


gerais (que têm caráter normativo e traçam regras gerais, como por exemplo o decreto que
regulamenta uma lei) e individuais (que têm destinatários específicos, como por exemplo o
decreto de nomeação de um servidor público).

b) Regulamentos: são atos administrativos postos em vigência por


decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não
disciplinadas por lei.

O regulamento, embora não possa modificar a lei, tem a missão de


explicá-la e prover sobre minúcias não abrangidas pela norma geral editada pelo
Legislativo, não a podendo contrariar ou ir além do que ela permite.

Os regulamentos, destinando-se à atuação externa (normatividade


em relação aos particulares), devem ser publicados pelo mesmo modo por que o são as
leis, visto que a publicação é que fixa o início da obrigatoriedade dos atos do Poder Público
a serem atendidos pelos administrados.

c) Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação


interna, dado que se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de
corporações legislativas. Como ato regulamentar interno, o regimento só se dirige aos que
devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regulamentada, sem obrigar aos
particulares em geral.

O regimento geralmente é posto em vigência por resolução do


órgão diretivo do colegiado (Presidente ou Mesa) e pode dispensar publicação, desde que
se dê ciência de seu texto aos que estão sujeitos às duas disposições.

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d) Resoluções: são atos administrativos normativos expedidos
pelas altas autoridades do Executivo (Ministros, Secretários de Estado, Reitores) ou pelos
Presidentes de Tribunais e órgãos legislativos, para disciplinar matéria de sua competência
específica.

Seus efeitos podem ser internos ou externos, conforme o campo de


atuação da norma ou os destinatários da providência concreta.

Na UNESP, as Resoluções são baixadas pelo Reitor (Regimento


Geral da Universidade, artigo 24, inciso IX) e derivam de decisões do Conselho
Universitário ou do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária.

Em situações especiais, o Reitor pode adotar medidas que se


fizerem necessárias, incluindo-se aí baixar Resoluções, ad referendum do Conselho
Universitário (artigo 34, inciso XXII do Estatuto) e de qualquer outro colegiado a que
presida (artigo 24, inciso X do Regimento Geral). Assim, entre estas medidas, poderão ser
incluídas as Resoluções.

O mesmo se diga em relação aos Diretores de Unidades frente às


respectivas Congregações (Estatuto, artigo 43, inciso XII) e em relação aos Chefes de
Departamento, frente aos respectivos Conselhos de Departamento (Estatuto, artigo 48,
inciso IX).

Nestes casos, todavia, ensina a melhor doutrina que é de rigor que


o ato praticado por uma autoridade, ad referendum do órgão efetivamente competente para
editá-lo, seja submetido a este último, para o devido referendo, isto é, para sua
confirmação, na primeira oportunidade regular e ordinária que se apresentar. Se se tratar
de um órgão colegiado, este tomará conhecimento do teor do ato e dos motivos, isto é, da
situação especial que levou a autoridade a baixar ato que não era de sua competência. Se
o referendo for concedido, o ato tornar-se-á válido e plenamente eficaz.

Observe-se, neste passo, que, enquanto o Conselho Universitário


tem poderes normativo e deliberativo, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
Universitária e o Conselho de Administração e Desenvolvimento têm poderes deliberativo
e consultivo, porém não normativo.

Assim sendo, quando estes dois últimos colegiados mencionados


emitirem deliberações com caráter decisório, isto não significa que as mesmas devam,
necessariamente, ser objeto de Resolução, pois lhes falta o caráter normativo, que
somente o Conselho Universitário pode lhes emprestar. O que não significa que não
tenham validade e eficácia imediatas.

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Portanto, se o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
Universitária e o Conselho de Administração entenderem que suas decisões necessitam
assumir caráter normativo, deverão submetê-las ao Conselho Universitário.

Em resumo: tanto o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão


Universitária como o Conselho de Administração possuem poder deliberativo acerca de
determinadas matérias, sendo certo que tais deliberações entram em vigor
automaticamente, sem obrigatoriedade de se converterem em Resoluções. Porém, se isto
for necessário, por se tratar de matéria a ser, forçosamente, normatizada, haverá
necessidade de o assunto ir ter ao Conselho Universitário, pois palavra normativo está
intimamente relacionada a Resolução.

e) Deliberações: são atos administrativos decisórios (normativos ou


não, conforme o caso) emanados de órgãos colegiados.

As deliberações devem sempre obediência ao regulamento e ao


regimento que houver para a organização e funcionamento do colegiado.

É conveniente esclarecer que, no âmbito da Universidade,


deliberações são atos administrativos privativos de órgãos colegiados que, conforme o
Estatuto da UNESP, são o Conselho Universitário, o Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão Universitária e as Câmaras que a ele se vinculam, o Conselho de Administração
e Desenvolvimento, as Congregações e as Comissões que a ela se vinculam, os
Conselhos de Departamento, os Conselhos de Graduação e os Conselhos de Pós-
Graduação.

A rigor, todavia, pode-se dizer que a deliberação é ato


administrativo inerente às decisões tomadas por órgãos colegiados em geral, incluindo
nisto as comissões, permanentes ou provisórias.

II - ATOS ORDINATÓRIOS

São os que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a


conduta funcional de seus agentes.

Esses atos só atuam no âmbito interno das repartições e só


alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu.

Dentre os mais comuns, merecem exame os seguintes:

a) Portarias: são atos administrativos internos, pelos quais os


chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a
seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários. Por
portaria também se iniciam sindicâncias e processos administrativos disciplinares.
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As portarias podem ser numeradas ou não. São numeradas quando
forem normativas, isto é, quando expedem normas de caráter geral, que devem ser
cumpridas por todos os subordinados.

Quando se tratar de portarias referentes a assuntos pessoais dos


administrados, como por exemplo, nomeação, aposentadoria, designação, admissão etc.,
não necessitam numeração.

b) Instruções: são ordens escritas e gerais a respeito do modo e


da forma de execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico
com o objetivo de orientar os subalternos no desempenho das atribuições que lhe são
afetas e assegurar a unidade de ação no organismo administrativo.

c) Circulares ou ofícios circulares: são ordens escritas, de caráter


uniforme, expedidas a determinados servidores incumbidos de certo serviço ou do
desempenho de certas atribuições em circunstâncias especiais. Além de se classificarem
como atos ordinatórios, podem classificar-se, também, como atos de correspondência.

d) Ordens de serviço: são determinações especiais, dirigidas aos


responsáveis por obras ou serviços públicos, contendo imposições de caráter
administrativo ou especificações técnicas sobre o modo ou a forma de sua realização.

e) Despachos são decisões que as autoridades executivas (ou


legislativas e judiciárias, ao exercerem funções administrativas) proferem em papéis,
requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação.

O despacho é chamado normativo quando, muito embora proferido


em caso individual, a autoridade competente determina que se aplique aos casos idênticos,
passando a vigorar como norma interna da Administração, para as situações análogas
subseqüentes.

III - ATOS DE CORRESPONDÊNCIA

São os atos administrativos de caráter comunicativo, através dos


quais a Administração expõe, consulta ou solicita algum fato ou mesmo um outro ato. Uma
de suas principais características é possuírem destinatário declarado, que pode ser tanto
um agente da Administração, quanto um particular.

Entre eles, destacam-se:

a) Avisos ou comunicados: são fórmulas pelas quais as


autoridades se comunicam ente si, como também com outras autoridades categorizadas e
de prestígio na hierarquia administrativa, ou mesmo com o próprio funcionalismo e, em
alguns casos, com pessoas estranhas a ele.
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b) Carta: é o documento de que se utilizam alguns funcionários da
Administração para agradecerem a uma cortesia, fazerem uma solicitação ou um convite.

É empregada nas comunicações de caráter social, decorrentes do


cargo ou função públicos exercidos pelos seus ocupantes, embora seu uso esteja sendo
progressivamente substituído pelo oficio.

A Administração utiliza-se, normalmente, de cartas para manter


correspondência com candidatos aprovados em concurso; candidatos que recorrem de
atos administrativos decisórios; entidades de caráter particular, solicitando ou agradecendo
colaboração.

São partes importantes das cartas e ofícios:

a) cabeçalho, como os dizeres que identificam o expedidor;

b) epígrafe (título ou frase que serve de tema ao assunto);

c) número e ano (geralmente à esquerda) e data (geralmente à


direita);

d) destinatário (nome da pessoa ou entidade que receberá a carta,


com o respectivo endereço);

e) vocativo (tratamento inicial);

f) contexto (desenvolvimento do assunto);

g) despedida;

h) assinatura (abaixo da qual sempre deverá estar o nome do


assinante, acrescido do cargo ou função que exerce);

i) identificação: abreviaturas do nome do redator da carta e do


datilógrafo.

Observações:

Deve haver espaços convenientes entre:

-o cabeçalho e a data;

-a data e o destinatário;

-o destinatário e o vocativo;

-o vocativo e o inciso no contexto;

-a despedida e a assinatura;

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-o início do contexto deverá observar o alinhamento a partir dos dois
pontos do vocativo.

c) Ofícios circulares: são ordens escritas, de caráter uniforme,


expedidas a determinados servidores incumbidos de certo serviço ou do desempenho de
certas atribuições em circunstâncias especiais. Dependendo de seu conteúdo, podem ser
classificados, ainda, como atos ordinatórios.

As circulares são reproduzidas em vias, cópias ou exemplares de


igual teor, cada uma delas assinada ou autenticada. Seu principal objetivo está em dar
unidade de ação no organismo administrativo.

A circular é formada de:

a) cabeçalho;

b) epígrafe:

c) número e ano centralizados;

d) data à direita;

e) vocativo: apresentado em caráter genérico;

f) contexto;

g) despedida;

h) assinatura: seguindo orientação anterior;

i) identificação: seguindo orientação anterior.

Observações
Deve haver espaço conveniente entre:

-o cabeçalho e o número da circular;

-o número da circular e a data;

-a data e o vocativo;

-o vocativo e o início do contexto;

-a despedida e a assinatura;

d) Edital: é o documento que divulga atos deliberativos ou


correspondência não reservada. É privativo dos órgãos estatais. Através dele, a
Administração dá conhecimento ao público da abertura de concursos, licitações, notícias,
proclamas, intimações, publicações etc. Deve apresentar caráter impessoal, pois é a
Administração que está divulgando fatos, e não o ocupante de determinado cargo ou

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função públicos.

O edital é formado por:

a) cabeçalho;

b) data em que deverá ser publicado no Diário Oficial e nos jornais


mais importantes da localidade;

c) número do edital;

d) contexto;

e) data;

f) assinatura das pessoas responsáveis pela publicação, acrescida


dos respectivos cargos ou funções;

g) identificação: seguindo orientação anterior.

Observações:

Deve haver espaços suficientes entre:

-o cabeçalho e a data da publicação nos jornais;

-a mencionada data e o número do edital;

-o número do edital e o início do contexto;

-a data do edital e a assinatura do responsável pelo órgão que o


emite;

-a assinatura do responsável e as referendas dos superiores


hierárquicos, se forem necessárias;

Muitas vezes, em virtude do conteúdo muito extenso apresentado


por determinados editais, pode-se anexar instruções, que especificarão todas as
exigências feitas aos interessados.

e) Exposição de Motivos: é o documento que contém as


considerações preliminares e doutrinárias justificadoras de atos normativos (no caso da
Universidade, de Resoluções ou Portarias). Normalmente nela são expostas as
justificativas das normas a serem baixadas e o interesse público em sua edição.

Da exposição de motivos deverão constar:

a) resumo do assunto;

b) síntese das alegações, argumentos ou fundamentos oferecidos;

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c) apreciação do assunto, razões e esclarecimentos que o ilustrem;

d) transcrição da legislação citada;

e) demonstração do interesse público na edição das normas.

Para efeito de coordenação, a exposição de motivos deve ser


dividida em itens numerados, os quais, se necessário, poderão ser desdobrados em
alíneas.

A Exposição de Motivos se assemelha muito à chamada Indicação,


a significar que o órgão deliberou sobre o assunto, no sentido ali indicado.

A diferença está em que, enquanto a Exposição de Motivos


antecede sempre um ato normativo, podendo, inclusive, ser reproduzida quando da
publicação deste, a Indicação, além de poder ser menos formal, pode resultar, se
aprovada, em simples Deliberação do colegiado, sendo certo que, no caso de a referida
Deliberação vir a ser publicada, o mesmo não deverá acontecer com a Indicação que lhe
deu origem.

f) Memorando: é um dos mais simples documentos oficiais, através


do qual é feita a correspondência interna dos órgãos da Administração.

Tem as seguintes partes componentes:

a) cabeçalho, com os dizeres que identificam o expedidor;

b) epígrafe:

c) número e ano (geralmente à esquerda);

d) data (geralmente à direita);

e) vocativo: o tratamento inicial;

f) contexto: desenvolvimento do assunto;

g) despedida;

h) assinatura (seguindo orientação já apresentada);

i) identificação (seguindo orientação já apresentada).

Observações

1. O início do contexto terá seu alinhamento marcado a partir dos


dois pontos do vocativo;

2. Deve haver espaços convenientes entre:

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-o cabeçalho e o número do memorando;

-o número do memorando e a data;

-a data e o vocativo;

-o vocativo e o início do contexto;

-a despedida e a assinatura;

g) Ofício: é um dos documentos mais importantes na


Administração, pois é o instrumento de comunicação, determinação ou requisição, escrito
por uma autoridade a outra, ou a subalternos, sobre assunto de serviço.

Pode ser interno (destinado a dependência do mesmo órgão);


comum ou ostensivo (quando o assunto pode ser de conhecimento geral); sigiloso (quando
o assunto não deve ser divulgado, sendo chamado reservado, quando o sigilo é limitado,
confidencial, quando há informações de caráter pessoal, e secreto, quando exige sigilo
absoluto; e circular (quando o assunto deve ser levado ao conhecimento de vários
interessados).

O oficio-padrão compreende as seguintes partes:

a) cabeçalho: formado pelos dizeres que identificam o expedidor;

b) epígrafe (ou índice), com número e ano (geralmente à esquerda)


e data (geralmente à direita);

c) ementa: síntese do assunto (uso não obrigatório);

d) vocativo: tratamento inicial, seguido de dois pontos ou vírgula;

e) contexto: desenvolvimento do assunto;

f) despedida: encerramento do oficio (para superiores:


"Respeitosamente"; para iguais ou subalternos: “Cumprimentos" ou ”Atenciosamente".

g) assinatura (abaixo da assinatura deve constar, obrigatoriamente,


o nome, bem legível, de quem assina o documento, acompanhado de cargo ou função que
ocupa);

h) destinatário: o nome de quem vai receber o oficio, com o


respectivo cargo ou função;

i) identificação: abreviatura, primeiramente, do nome do redator do


oficio, e depois, do nome de quem o digitou.

A estética ocupa um lugar de grande destaque na feitura dos

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documentos oficiais, pois tais documentos são o exemplo mais visível do cuidado, esmero
e atualização da Administração. Assim, é necessário verificar que:

-não se usa papel duplo;

-as margens devem ser de: 3 cm a 4 cm à esquerda e 1 cm a 2 cm


à direita.

Deve haver espaços convenientes entre:

-o cabeçalho e o número do oficio;

-o número do oficio e a data;

-a data e o vocativo;

-a despedida e a assinatura;

-a assinatura e o destinatário;

-o vocativo não deve ultrapassar 2/3 do espaço para escrita (se


necessário, usar duas linhas);

-o início do contexto observa o alinhamento a partir dos dois pontos


do vocativo;

-a data deverá coincidir seu início com o do contexto ou coincidir


seu término com a margem direita;

-se for preciso usar mais de uma folha para completar o trabalho:
(a) a primeira palavra da folha seguinte será a repetição da última palavra da folha anterior;
(b) não se escreve nos verso das folhas; (c) todas as folhas devem ser rubricadas; e (d)
apenas na última folha põe-se a assinatura.

- a margem direita deve ser, sempre, uniforme e não se deve


completar uma linha com sinais como uma barra (/), por exemplo. Para evitar isto, você
poderá utilizar dois espaços, em lugar de apenas um, entre cada palavra dessa linha.

- desaconselha-se, também, a separação, no final de uma linha, de


palavras cuja sílaba a ser separada seja formada por uma única vogal, como por exemplo:
a-parecer; Tatu-í.

h) Representação: é o documento pelo qual todo e qualquer


servidor comunica-se com os seus superiores hierárquicos ou, em determinados casos,
com seus desiguais, a fim de apontar uma situação irregular existente.

i) Telegrama: é a comunicação feita através de mensagem objetiva


e concisa, expedida pelo telégrafo.

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j) Correio eletrônico: ou e-mail é um serviço disponível na Internet
que tem a função de controlar o envio e o recebimento de mensagens entre usuários.
Essas mensagens podem conter texto ou imagens, muitas vezes em arquivos a ela
anexados.

l) Fac simile: é um modo de comunicação que permite a


transmissão de mensagens fixas, com finalidade de sua reprodução de forma permanente.

m) Relatório: é a exposição escrita ou oral, porém sempre


minuciosa, de fatos relativos a uma determinada ocorrência ou situação, ou mesmo a
exposição prévia dos fundamentos de um parecer ou de uma sentença judicial.

IV - ATOS ESCLARECEDORES

São atos através dos quais se fornecem elementos esclarecedores,


sugestões ou opiniões sobre um determinado assunto do processo, que possam dar
fundamentos para a solução daquilo que constitui seu objeto. Destacam-se, nessa
categoria:

a) Informação: instrumento pelo qual se fornecem, por solicitação


ou por ordem, elementos necessários ao preparo de um parecer ou à feitura de um
despacho.

Para se apresentar uma informação bem cuidada, deve-se:

-ler o documento que a provoca, com a máxima atenção;

-se for necessário, procurar mais instruções para prepará-la;

-redigir a informação.

São partes da informação:

-o cabeçalho;

-o número do processo;

-o nome do interessado;

-o assunto;

-o número e o ano;

-o contexto, que apresentará: (a) introdução (em que se fará


referência ao assunto tratado); (b) apreciação do assunto (esclarecimentos ou informações
que o ilustrem e esclareçam, com os devidos fundamentos); e (c) conclusão (clara e
precisa).

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O fecho da informação apresentará:

-a denominação do órgão em que tenha exercício o responsável


pela informação, podendo ser usada abreviatura;

-a data;

-assinatura do responsável pela informação acompanhada do nome


por extenso e do cargo ou função que exerce.

Quando for necessário citar elementos constantes do processo,


deve-se colocar a indicação do número da respectiva página. Caso haja menção a
elementos constantes do processo anexo, deve-se mencionar também o número deste
último.

A pessoa que preparar a informação deverá:

-apresentar clareza, precisão e sobriedade na linguagem;

-mostrar concisão na elucidação do assunto;

-transcrever os dispositivos legais citados;

-autenticar quaisquer cópias, relações ou demais elementos


juntados para ilustração;

-numerar e rubricar, a tinta, as folhas acrescentadas ao processo,


nas quais, no canto superior direito, será repetido o número do processo e o número que
corresponder à folha acrescentada;

-renumerar e rubricar, a tinta, nos casos em que a juntada da


Informação vier a alterar a ordem primitiva do processo, cancelando-se expressamente a
numeração anterior.

Observações

- As folhas e espaços em branco que antecedem a Informação


poderão ser inutilizadas com um traço horizontal, e sob este, uma linha perpendicular, até o
fim da página, onde será aposta a rubrica do servidor que fez a inutilização;

- Qualquer entrelinha, emenda ou rasura, bem como cancelamento


de palavras, devem ser ressalvados pelo responsável pela Informação;

- A juntada, a separação de processos anexos ou o


desentranhamento de documentos de um processo dependerá de prévia autorização
expressa da autoridade máxima do setor onde se encontre o processo, na ocasião;

- Não se deve confundir a Informação com a Comunicação, pois

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enquanto a primeira é provocada, a segunda é espontânea;

- Informe e histórico são equivalentes, mas ambos não devem ser


confundidos com a Informação, pois informe (ou histórico) é a descrição de um fato, tal
como aconteceu, enquanto que a Informação é o resultado proveniente da análise dos
informes. Estes são, portanto, partes integrantes da informação;

- Os itens da informação poderão ser numerados;

- As quantias que forem citadas em algarismos deverão ser também


repetidas por extenso;

- Juntada e apensamento são atos que não se confundem. Havendo


processo anterior, do mesmo interessado, sobre o mesmo assunto, os papéis
supervenientes devem ser "juntados", incorporando-se àquele processo. Havendo qualquer
ponto de conexão entre processos, ainda que de interessados ou de assuntos diferentes,
devem eles ser "apensados", para conhecimento do relator de um deles, cumprindo a este,
se assim entender necessário, solicitar o apensamento de outros processos ou,
entendendo desnecessário o apensamento feito ex officío, solicitar o desapensamento.
Todas essas operações devem ser feitas, sempre, pelo Protocolo, pois demandam
indispensáveis anotações nos sistemas de controle de movimento de papéis e processos.

b) Cota

Esse é o nome atribuído às anotações que se fazem à margem de


documentos ou comentários ou observações que se fazem quando se preparam minutas!1
ou se quer apresentar determinados pormenores ou explicações. A Administração se serve
deste instrumento para encaminhar ou devolver processos, pareceres, informações etc.

c) Parecer

É a análise de um fato, é a opinião técnica sobre um ato. Serve de


base à decisão de um assunto, orientando-a ou facilitando-a.

Pode ser administrativo, quando se refere a casos burocráticos, e


técnico ou científico, quando se relaciona com matéria específica.

Compõe-se de:

-sigla ou órgão do redator e do datilógrafo;

-nome do interessado;

1
Minuta é o nome que recebe o esboço ou rascunho de qualquer comunicação escrita, quando esta deverá ser
examinada, comentada ou revisada por autoridade superiores, a fim de, posteriormente, ser preparado o
documento definitivo.

18
-n° do processo;

-assunto;

-ementa;

-n° do parecer e ano;

-relatório, que é a exposição do assunto, feita de um modo claro e


completo;

-parecer do relator: estudo feito pelo especialista no assunto, onde


se verifica se a matéria (no todo ou em parte) deve ser aceita ou recusada;

-parecer da comissão: onde se verificam as conclusões finais sobre


o assunto;

-parágrafos numerados, com exceção do primeiro (uso não


obrigatório);

-data;

-fecho, onde se acha a conclusão final e o encaminhamento do


processo à seção competente.

d) Voto

É o ato com que cada um dos membros de um órgão colegiado dá


seu pronunciamento a respeito de matéria submetida a deliberação do plenário, reunião ou
sessão.

V - ATOS DE ASSENTAMENTO

São atos administrativos que registram ocorrências ou fatos, tais


como:

a) Apostila: anotação feita em um escrito, que pode figurar, por


exemplo, à margem de um titulo de admissão, ou ainda, pode ser entendida como nota
suplementar a um documento oficial.

b) Ata: documento que registra, resumidamente, mas com clareza,


as ocorrências e resoluções das reuniões ou assembléias em geral e determinado por lei
que todas as sessões realizadas por comissões, congregações, corporações e
assembléias oficiais sejam registradas em atas.

A ata deve ser escrita ou lavrado em livro próprio, autenticado, cujas


páginas são numeradas e rubricadas pela mesma pessoa que redigiu o "termo de
abertura". No final do livro, deve ser feito o "termo de encerramento".

19
Caso isto não seja possível, a ata deverá ser lavradas em folhas
soltas, nas dimensões de 33 cm X 22 cm.

A pessoa que lavra a ata é o Secretário.

A ata não apresenta parágrafos, devendo ser escrita, seguidamente


e sem rasuras. Se houver qualquer engano, deve-se colocar a palavra "digo", entre
vírgulas, retificando-se a parte errada e continuando-se o registro da sessão.

Caso o erro seja verificado após a redação do documento, pode-se


acrescentar as palavras "em tempo", seguidas da necessária retificação.

Deve apresentar:

-a natureza da reunião;

-data, e hora da realização da sessão (por extenso);

-local da reunião: sala, andar, n° do prédio, rua c idade;

-nome de quem preside a reunião;

-enumeração das pessoas presentes (se houver instrumento de


convocação, como edital, carta, oficio, circular, deve-se citá-lo);

-tipo de reunião: se é sessão ordinária, ou extraordinária, ou ainda


se é para uma finalidade especial;

-texto: resumo dos fatos mais importantes da reunião;

-encerramento: exemplo: "A sessão foi encerrada às ...horas";

-assinatura, seguida da respectiva função que ocupa na sessão;

Observação

-Os números que surgem na reunião deverão ser grafados por


extenso;

c) Termo: é o registro de toda declaração, escrito e autenticado,


concisão essencial para a sua validade. O termo de posse, freqüente na Administração, é
indispensável à efetivação dos atos de nomeação. Se não for lavrado e assinado, o ato não
é perfeito e, portanto, não produz efeitos.

VI - ATOS DECLARATÓRIOS

São atos através dos quais se afirma, com a finalidade de


comprovação, o que consta de processo ou arquivo, ou mesmo o que somente é do
conhecimento de quem assina o ato. Entre eles, destacam-se:

20
a) Atestado: ato pelo qual a Administração comprova um fato ou
uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Não se confunde
o atestado com a certidão, porque esta reproduz atos constantes de seus arquivos, ao
passo que o atestado comprova um fato ou uma situação existente, mas não constante dos
livros, papéis ou documentos em poder da Administração.

b) Certidão: destina-se a comprovar atos ou fatos permanentes; o


atestado presta-se à comprovação de fatos ou situações transitórias, passíveis de
modificações freqüentes.

Certidões administrativas são cópias ou fotocópias fiéis e


autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontra
nas repartições públicas. Podem ser de inteiro teor ou resumidas, desde que expressem
fielmente o que se contém no original de onde forem extraídas.

c) Certificado: documento em que se certifica alguma coisa.


Apresenta:

-cabeçalho;

-data;

-assinatura dos responsáveis pela emissão do certificado;

d) Declaração: documento em que se manifesta uma opinião,


conceito, resolução ou observação. O declarante pode ser: pessoa jurídica ou pessoa
física, devendo se identificar claramente.

É aconselhável que se expresse a finalidade da declaração, pois


conforme o que se deseja obter, este documento apresentará maior ou menor grau de
complexidade.

Nas declarações em que forem necessárias testemunhas, estas


deverão apresentar qualificação completa.

A declaração apresenta:

-cabeçalho;

-título, onde se poderá colocar a espécie de declaração;

-contexto;

-data;

-assinatura do declarante;

-especificação e assinatura das testemunhas, caso sejam

21
necessárias.

e) Apostila: declaração que se faz, informando que algo foi


acrescentado a um documento anterior. Sendo assim, as apostilas, em grande parte,
aparecem com a palavra-chave “Declarando”.

VII - REQUERIMENTO

Instrumento próprio para solicitação, no qual o requerente é


subordinado real ou contingente. Deve ser dirigido sempre à autoridade competente para
decidir.

Como apresenta caráter de solicitação, além de se identificar de


modo preciso, o requerente deve esclarecer sucinta e claramente o que deseja.

Um requerimento deve apresentar as seguintes partes:

-o vocativo- formado pelo cargo exercido pela autoridade a quem o


requerimento é endereçado, com o respectivo tratamento que lhe é devido;

-o contexto- que pode ser subdividido em duas partes;

-os dizeres que identificam o requerente; e

-o solicitado;

-a data e a assinatura de quem requer;

Observação

Embora o uso moderno não aconselhe as formas tradicionais

Nestes Termos

Pede Deferimento.

por serem inteiramente desnecessárias, nada há que impeça a sua


utilização.

Aliás, esta fórmula "Pede Deferimento" poderá surgir, também,


abreviada: P.D., que é única abreviatura existente para tal frase. A forma "P. deferimento"
nada significa e não deve aparecer em qualquer documento escrito.

Note-se que, antes de chegar à autoridade indicada no vocativo, o


requerimento passará por todas aquelas às quais o requerente é subordinado. Somente
após recorrer todos os setores por que deve passar, é que o requerimento chegará às
mãos da autoridade máxima, que, examinando o que foi requerido e as demais
informações acrescentadas, julgará o pedido, deferindo-o ou não.

22
Quanto às demais categorias de atos administrativos (negociais, de
pacto ou ajuste, e punitivos), mencionaremos, apenas a título de ilustração, algumas
espécies de atos de cada categoria.

VIII – ATOS NEGOCIAIS


São todos aqueles atos que contém uma declaração de vontade da
Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade
ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.

Licença- Ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual o poder público, verificando que
o interessado atendeu todas as exigências legais, confere ao interessado consentimento
para o desempenho de certa atividade, como por exemplo, a construção de um edifício em
terreno próprio.

a) Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo


qual o poder público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço
ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou
predominante interesse, que a lei condiciona à aquiescência prévia da Administração, tais
como o uso especial de bem público, o porte de arma, o trânsito por determinados locais
etc.

b) Permissão: ato discricionário e precário pelo qual o poder


público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo ou o uso especial
de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas condições estabelecidas pela
Administração. A Lei nº 8.987/95 define a permissão como uma delegação, a título
precário, da prestação de serviços públicos.

c) Admissão: ato administrativo vinculado pelo qual o poder


público, verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe
determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse, como ocorre no
ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação.

d) Visto: ato administrativo que se limita à verificação da


legitimidade formal de outro ato. Pode ser, também, ato de ciência em relação a outro. Seja
como for, o visto é condição de eficácia do ato que o exige.

e) Homologação: ato administrativo vinculado, pelo qual a


administração pública reconhece a legalidade de uma ato jurídico já praticado. Realiza-se
sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de legalidade, distinguindo-se, assim, da
aprovação, que envolve apreciação discricionária.

23
f) Dispensa: ato administrativo que exime o particular do
cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei.

g) Renúncia: ato pelo qual o poder público extingue unilateralmente


um crédito ou direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a
Administração.

IX – ATOS DE PACTO OU AJUSTE


São acordos celebrados pela Administração, visando a consecução
de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas em lei.

a) convênios, acordos, termos de cooperação e assemelhados:


são acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas ou com
organizações particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos
partícipes.

Nos convênios, diferentemente dos contratos, os partícipes têm


interesses coincidentes, podendo haver, apenas, diferença na cooperação de cada um,
segundo suas possibilidades para consecução do objetivo comum, desejado por todos.

Os entes públicos participantes dos convênios são as pessoas


jurídicas de Direito Público que, no plano interno, são a União, os Estados-membros, o
Distrito Federal, os municípios e as autarquias;

No caso da UNESP, os dirigentes de suas Unidades Universitárias,


Complementares, Auxiliares e Diferenciadas não representam legalmente a Universidade,
razão pela qual somente o Reitor pode firmar convênios, por força do disposto no artigo 34,
inciso I do Estatuto (“Compete ao Reitor dirigir e administrar a Universidade e representá-la
em juízo ou fora dele”), combinado com o artigo 24, inciso XI do Regimento Geral (“Além
da competência expressa no artigo 34 do Estatuto, compete ainda ao Reitor firmar
convênios”). Com isto, somente o Reitor pode assumir compromissos em nome da
Universidade, inclusive repassar ou receber recursos humanos, recursos financeiros ou
serviços, a menos que delegue expressamente tais competências. Nestes casos, no
preâmbulo do convênio deverá constar a UNESP como partícipe (e não a Unidade),
explicando-se, a seguir, que, naquele ato, a UNESP está sendo representada pelo Diretor
da Unidade, conforme delegação expedida mediante despacho identificado por número e
data.

Os convênios sujeitam-se, no que couber, às disposições da Lei


Federal nº 8.666, de 21/06/93, conforme vem determinado em seu artigo 116.

24
Não é admissível a celebração de convênio com efeito retroativo,
regra essa acolhida pela jurisprudência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e
decorrente da aplicação conjugada do parágrafo único do artigo 60 e do artigo 116 da Lei
nº 8.666/93.

Ao celebrar convênios com municípios, deve-se verificar se há lei


municipal autorizadora e se estes observaram as respectivas leis orgânicas, pois cada
município deverá ter a sua, conforme dispõe o artigo 29 da Constituição Federal. No caso
de o município com o qual a UNESP pretender firmar um convênio não possuir ainda sua
própria lei orgânica, deverá ser aplicada a Lei Orgânica dos Municípios, baixada pelo
Decreto-lei Complementar nº 9/69, ainda em vigor para aqueles que não possuem
legislação própria. Tal legislação exige, por exemplo, no artigo 24, inciso XII, que o Prefeito
seja autorizado por lei a celebrar convênios com entidades públicas ou privadas. Exige
ainda, no artigo 121, incisos I e II, a aprovação, por parte do outro partícipe (no caso, a
UNESP), de prévio plano de aplicação, quando o convênio estabelecer a concessão de
auxílio ou empréstimo ao município.

Os textos deverão ser precedidos de ementa enunciativa do seu


objeto e divididos em cláusulas, sendo que estas deverão receber numeração ordinal
(primeira, segunda, terceira etc.).

As cláusulas desdobrar-se-ão em parágrafos (também numerados


ordinalmente), em incisos (estes numerados em algarismos romanos), ou em parágrafos e
incisos. Os parágrafos, por sua vez, desdobrar-se-ão em itens (algarismos arábicos) e os
incisos e os itens desdobrar-se-ão em alíneas (letras minúsculas).

Observe-se que todos os parágrafos deverão ser representados


pelo sinal §, salvo o parágrafo único, que será grafado por extenso.

Os instrumentos deverão distribuir a matéria da seguinte forma:

1) ementa, com indicação sucinta do objeto do convênio;

2) preâmbulo, com indicação:

- dos partícipes e sua qualificação jurídica;

- dos poderes dos signatários para firmar o convênio;

- no caso de convênio com município, o número da lei municipal


autorizadora e/ou qualquer outra exigência contida na respectiva lei orgânica ou na Lei
orgânica dos Municípios, conforme o caso;

3) as seguintes cláusulas:

25
- o objeto do convênio, descritos os elementos característicos com
exatidão e clareza, devendo inserir-se rigorosamente no campo de atuação da
Universidade e da Unidade interessada;

- as metas a serem atingidas com a execução do objeto do


convênio;

- o regime de execução do convênio ou as fases ou etapas de sua


execução, conforme o caso;

- o plano de aplicação dos recursos financeiros;

- o critério de reajustamento de valores;

- o modo de liberação dos auxílios e/ou subvenções;

- o valor e os recursos que atenderão às despesas, expressos os


elementos orçamentários e financeiros com precisão técnica;

- o cronograma de desembolso;

- o prazo de vigência, com previsão do início e do fim da execução


de seu objeto, ou da conclusão das etapas ou fases, quando for o caso;

- a possibilidade de prorrogação, mediante permissão das mesmas


autoridades que permitiram a celebração inicial e desde que não ultrapasse cinco anos;

- as obrigações comuns dos partícipes;

- as obrigações específicas da UNESP e de cada um dos


partícipes, sendo que, na hipótese de, entre as obrigações da UNESP, figurar a
transferência de bens a outro partícipe, a respectiva permissão ou cessão de uso deverá
ser providenciada paralelamente, na forma da legislação em vigor sobre o assunto;

- as responsabilidades dos partícipes e as penalidades


cominadas;

- as disposições sobre a propriedade industrial e/ou os direitos


intelectuais, quando necessário;

- os representantes dos partícipes, encarregados da fiscalização


da execução do convênio;

- a forma de prestação de contas, independentemente da


fiscalização externa, de competência do Tribunal de Contas;

26
- o modo de denúncia (por desinteresse unilateral ou consensual
na continuação do convênio) e de rescisão (por infração legal ou das obrigações
assumidas pelos partícipes) e a identificação de quem pode promovê-las;

- o foro da Capital de São Paulo, para dirimir os conflitos de


interesses decorrentes da execução do convênio, que não possam ser resolvidos
administrativamente.

Nos convênios em que a UNESP se comprometer a repassar ao


outro partícipe subvenções, auxílios ou qualquer outro tipo de recurso financeiro, deverá
ainda dar ciência do convênio à Assembléia Legislativa e liberar as parcelas em estrita
conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto se: (a) não tiver havido
comprovação, pelo partícipe que receber o auxílio da UNESP, da boa e regular aplicação
da parcela anteriormente recebida; (b) houver sido verificado o desvio de finalidade na
aplicação dos recursos cedidos pela UNESP, atrasos não justificados no cumprimento das
etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do
convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais
básicas; (c) o executor do convênio houver deixado de praticar as medidas saneadoras
apontadas pela UNESP ou pelo Tribunal de Contas.

Além disso, o instrumento de convênio deverá consignar a


aplicação obrigatória dos saldos de convênios, enquanto não utilizados, em cadernetas de
poupança de instituição financeira oficial, se a previsão de seu uso for igual ou superior a
um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado
aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se
em prazos menores que um mês.

A UNESP deverá, ainda, exigir, nestes casos (repasse de recursos),


que sejam computadas obrigatoriamente a crédito do convênio as receitas financeiras
auferidas com as aplicações mencionadas no parágrafo anterior, receitas estas que
deverão ser aplicadas no objeto do convênio, o que constará de demonstrativo específico,
que integrará as prestações de contas à UNESP;

Em caso de conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio,


será necessário prever a devolução à UNESP dos saldos financeiros remanescentes,
inclusive os provenientes das receitas obtidas com as aplicações financeiras realizadas, no
prazo de trinta dias a contar do evento, sob pena de a Universidade instaurar tomada de
contas especial do responsável.

27
b) Contratos – são instrumentos utilizados pela administração
pública para firmar, perante terceiros, principalmente particulares, o compromisso de
adquirir ou oferecer serviços, materiais e outras obrigações reciprocamente definidos,
sempre segundo as regras de direito público e com objeto que traduza interesse público.

X – ATOS PUNITIVOS
São penalidades disciplinares ou previstas em contratos, que a
Administração aplica em caso de transgressão das regras postas, pelos servidores ou
pelos parceiros contratuais.

a) Multa: é toda imposição pecuniária a que se sujeita o


administrado, a título de compensação pelo dano presumido causado pela infração. É de
natureza objetiva e se torna devida independentemente da ocorrência de culpa ou dolo do
infrator.

b) Interdição de atividade: ato pelo qual a Administração veda a


alguém a prática de atos sujeitos a seus controles ou que incidam sobre seus bens. A
interdição administrativa, como ato punitivo que é, deve ser precedida de processo regular
e do respectivo auto, que possibilite a defesa do interessado.

c) Destruição de coisas: ato sumário da Administração, pelo qual


se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao
consumo ou de uso proibido por lei. É ato típico de polícia administrativa, exigindo auto de
apreensão e destruição.

d) Afastamento (cargo e função): ato punitivo ou discricionário da


Administração, pelo qual se faz cessar o exercício de seus servidores, a título provisório ou
definitivo.

e) repreensão, suspensão e demissão: atos punitivos que a


Administração aplica a seus servidores, em virtude do cometimento de faltas disciplinares
devidamente apuradas em processo específico, assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

28
PARTE II

REDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

1. NORMAS PARA REDAÇÃO E PUBLICAÇÃO DAS PORTARIAS E


RESOLUÇÕES NORMATIVAS:

As normas técnicas de elaboração legislativa estão


regulamentadas, no Estado de São Paulo, pela Lei Complementar nº 863, de 29/12/1999,
com a redação dada pela Lei Complementar nº 944, de 26/12/2003.

Referida legislação dispõe sobre a elaboração, a redação e a


alteração dos atos normativos previstos no artigo 21 da Constituição do Estado de São
Paulo, a saber: emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, decretos
legislativos e resoluções.

Já a publicação dos atos normativos encontra-se regida pelo


Decreto nº 42.224, de 16/9/1997, alterado pelos Decretos nº 42.338/97 e nº 45,507/2000.

A) REDAÇÃO:

O artigo 1º da Lei Complementar nº 863/99 estabelece que “a


elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, decretos e demais atos
normativos estaduais previstos no artigo 21 da Constituição do Estado, bem como os atos
de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo, obedecerão ao disposto
nesta lei complementar”.

Portanto, sendo a UNESP um órgão do Pode Executivo estadual,


mais precisamente de sua administração indireta, não temos dúvida de que deverá seguir
as disposições fundamentais da referida lei complementar, evidentemente naquilo que
couber e que seja pertinente aos atos normativos que edita (resoluções e portarias), na
forma que segue:

Quanto à estruturação:

1. as portarias e resoluções serão numeradas em séries distintas,


sem renovação anual;

2. as portarias e resoluções terão numeração seqüencial em


continuidade às séries iniciadas em 2005;

29
3. as portarias e resoluções serão estruturadas em três partes:

a) parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa e a


fórmula de promulgação;

b) parte normativa, compreendendo o texto das normas


relacionadas com a matéria regulada;

c) parte final, compreendendo as disposições relativas às medidas


necessárias à implementação das normas e também as disposições transitórias, a cláusula
de vigência, a cláusula financeira e a cláusula de revogação, quando couberem;

4. a ementa deverá resumir, com clareza e precisão, o conteúdo do


ato e, se este alterar norma em vigor, deverá também fazer referência ao número e ao
objeto desta;

5. a fórmula de promulgação deverá indicar a autoridade ou o órgão


legiferante e descrever a ordem de execução, traduzida pelas formas verbais “aprova” ou
“resolve”;

6. quando houver dispositivo que fixe o dia da publicação como


termo inicial da vigência da portaria ou resolução, deverá ser utilizada a fórmula “... entra
em vigor na data de sua publicação.”;

7. a contagem do prazo para entrada em vigor das portarias e


resoluções que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua integral
consumação;

8. as portarias e resoluções que estabeleçam período de vacância


deverão utilizar a cláusula “esta portaria entra em vigor depois de decorridos (o número de)
dias de sua publicação oficial” ;

9. a cláusula de revogação, quando necessária, deverá enumerar,


expressamente, as portarias/resoluções ou disposições legais revogadas.

Quanto à articulação:

1. a unidade básica de articulação será o artigo, com numeração


ordinal até o nono e cardinal a partir do seguinte;

2. os artigos devem se desdobrar em parágrafos ou incisos;

3. os parágrafos devem ser representados pelo sinal gráfico §,


seguido de numeração ordinal e ponto até o nono, e cardinal e ponto a partir do seguinte,

30
utilizando-se, quando existir apenas um parágrafo, a expressão “parágrafo único”, por
extenso, e não “§ único” ;

4. os parágrafos devem desdobrar-se em itens;

5. os incisos devem ser representados por algarismos romanos,


seguidos de travessão e terminados por ponto e vírgula, salvo quanto ao último, que
termina com ponto final, a menos que se desdobre em alíneas, caso em que terminará com
dois pontos;

6. os itens devem ser representados por algarismos arábicos


seguidos de pontos e seu texto deve iniciar-se com letra minúscula e terminar com ponto e
vírgula, salvo o último, que se encerra com ponto final;

7. os incisos e itens devem desdobrar-se em alíneas,


representadas por letras minúsculas seguidas de parênteses: a); b); c) etc.;

8. o agrupamento de artigos constituirá a Seção, que poderá


desdobrar-se em Subseção, ambas identificadas por algarismos romanos, grafados e letras
maiúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;;

9. o agrupamento de Seções constituirá o Capítulo;

10. o agrupamento de Capítulos constituirá o Título;

11. o agrupamento de Títulos constituirá o Livre;

12. o agrupamento de Livros constituirá a Parte, podendo haver


Parte Geral e Parte Especial ou várias Partes subdivididas em partes expressas em
numeral ordinal, por extenso (Parte Primeira, Parte Segunda etc.);

13. os capítulos, títulos, livros e partes deverão ser grafados em


letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos;

14. as seções e subseções, os capítulos, os títulos, os livros e as


partes poderão também compreender agrupamentos em disposições preliminares, gerais
ou finais, e as que não tiverem caráter permanente constituirão as disposições transitórias,
com numeração própria, tudo de acordo com a natureza, a extensão e a complexidade da
matéria, com observância da unidade do critério adotado e a compatibilidade entre os
preceitos instituídos;

15. a Parte Geral é aquela que contém os princípios, as idéias


abstratas e gerais da matéria, objeto da portaria ou resolução;

16. as Disposições Preliminares, também conhecidas ou grafadas


com os nomes de Introdução ou Título Preliminar, são aquelas que se colocam à parte do

31
articulado normativo, enunciando esclarecimentos prévios à legislação adotada, relativos
aos objetivos da portaria ou resolução, aos princípios jurídicos, às formas de interpretação
e de aplicação que, por isso, não devem ser tratadas no próprio texto e devem ter
numeração própria;

17. as Disposições Gerais são sempre permanentes e, por isto, não


se confundem com as disposições preliminares. Podem ser adotadas seguindo ou
precedendo as diversas partes da norma, como o artigo, a seção e o capítulo. Nesses
casos, são colocados no final do texto Disposições Finais, pela impossibilidade de se
mencionar as Disposições Gerais como relativas a todo o texto legal ou normativo.

18. Algumas vezes, a portaria ou resolução deve referir-se a


determinados fenômenos que são descritos em planos, tabelas, fórmulas matemáticas,
gráficos, séries numéricas etc. Tais fenômenos são difíceis de explicar no texto da norma.
Daí a utilização de meio que descreva o fenômeno da maneira mais breve, clara e precisa,
qual seja, o anexo, colocado ao final da lei, com remissão a ele no articulado normativo.
Nestes casos, recomenda-se:

a) mencionar no texto da portaria ou resolução que se trata de um


anexo, para evitar que se encontre um quadro técnico no final da peça, cuja função a
cumprir seja desconhecida e não se saiba nem mesmo se está relacionado à lei;

b) Indicar no mesmo texto a que portaria ou resolução se refere o


anexo.

Em se tratando de mais de um anexo, estes devem ser numerados


e cada um deve ter um título.

19. quando o texto legislativo faz uma remissão a outro, isto é,


refere-se a outra ou outras disposições, de tal forma que o conteúdo destas últimas deva
considerar-se como parte da disposição que inclui a norma de remissão, subentende-se
que o texto ao qual se fez remissão está automaticamente incorporado à portaria ou
resolução que faz a remissão;

20. são Disposições Transitórias as que possuem um caráter de


pouca duração e tendem a desaparecer pelo próprio decurso do tempo ou pela
consumação do fato, em decorrência de situações jurídicas que exigem imediatas normas
reguladoras sobre assuntos e matérias que tendem a desaparecer com o tempo. Devem
ter numeração própria desde o art. 1º até o final.

21. não se confunde Disposições Transitórias com Disposições


Gerais porque estas têm caráter permanente, enquanto as disposições transitórias se

32
relacionam com regras que visam disciplinar situações jurídicas especiais e provisórias.
Desta forma, é incorreto o uso da expressão “Disposições Finais e Transitórias” ou ainda
“Disposições Gerais ou Transitórias”.

22. as Disposições Transitórias poderão agrupar-se em Subseções,


Seção, Capítulo, Título, Livro e Parte.

23. o texto normativo encerra-se com a data e a assinatura de


próprio punho e por extenso da autoridade competente para expedir o ato, sem a qual este
será inexistente.

24) a alteração dos textos normativos poderá ser considerável,


casos em que deve ser promovida através de reprodução integral em novo texto; parcial,
caso em que desaparecerão do direito positivo apenas os dispositivos revogados; e
pequena, caso em que a alteração se fará por meio da substituição de normas existentes
por outras ou por acréscimo de norma nova, observadas as seguintes regras:

a) a numeração dos dispositivos alterados não poderá ser


modificada;

b) mesmo em casos em que forem acrescidos dispositivos novos,


é vedada a renumeração;

c) os dispositivos revogados não poderão ter sua numeração


reaproveitada.

Quanto à redação:

As disposições normativas devem ser redigidas com clareza,


precisão e ordem lógica.

1. Para obtenção de clareza:

a) usar as palavras e expressões em seu sentido comum, salvo


quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a
nomenclatura própria da área em que se esteja legislando;

b) construir as orações na ordem direta, evitando o preciosismo,


neologismo e adjetivações dispensáveis;

c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto, dando


preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;

d) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os


abusos de caráter estilístico;

33
e) nas portarias e resoluções extensas, os primeiros artigos devem
ser utilizados para a definição do objeto da norma e para a limitação do seu domínio de
aplicação;

f) as letras maiúsculas devem ser empregadas somente quando


necessárias. Exemplo: Lei, quando se referir a uma determinada lei;

g) não se deve enunciar a mesma regra em mais de um lugar;

h) caso o sentido da frase permita, deve ser usado o singular, e não


o plural;

i) se a mesma idéia puder ser expressa corretamente em forma


positiva ou negativa, a forma positiva deve ser adotada. Assim, não se deve dizer: “Este
artigo não se aplica a indivíduos com menos de 60 anos”, mas “Este artigo só se aplica a
indivíduos que já completaram 60 anos”;

2. Para obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar


perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o
conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das


mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que possibilite duplo


sentido ao texto;

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na


maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observando o princípio


de que a primeira referência no texto seja feita por extenso ou seja acompanhada de
explicação de seu significado e, em seguida, entre parênteses, a sigla ou abreviatura;

f) grafar por extenso quaisquer referências feitas a números


percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a
compreensão do texto;

g) indicar expressamente o dispositivo objeto de remissão,


preterindo o uso de expressões “anterior”, “seguinte” ou equivalentes;

h) evitar o emprego de expressões esclarecedoras como: por


exemplo, vg. e outras, buscando a maior precisão possível na definição da idéia.

34
3. Para obtenção de ordem lógica:

a) reunir sob as categorias de agregação – subseção, seção,


capítulo, título e livro – apenas as disposições relacionadas com o objeto da portaria ou
resolução;

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou


princípio;

c) expressar através dos parágrafos os aspectos complementares à


norma anunciada no caput do artigo e às exceções à regra por este estabelecida

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos


incisos, itens e alíneas.

B) PUBLICAÇÃO:

A publicação de atos administrativos, no âmbito do Estado de São


Paulo, é matéria disciplinada pelo Decreto nº 42.224, de 16 de setembro de 1997, com a
redação dada pelo Decreto nº 42.338, de 14 de outubro de 1997, e pelo decreto nº 45.507,
de 4 de dezembro de 2000.

Para facilitar a observância das regras estipuladas nos referidos


decretos, a Imprensa Oficial do Estado fez publicar o Manual de Normas de Publicação, em
que são traçadas, inclusive, as diretrizes e orientações básicas destinadas à inserção de
matérias na Seção I - Poder Executivo, do Diário Oficial do Estado, a saber:

a) os atos administrativos serão impessoais e obedecerão à


denominação específica determinada nos artigos 1º e 2º do Decreto 42.224, de 16 de
setembro de 1997;

b) não será usado o vocábulo “ato” para designar manifestação de


autoridade;

c) os atos administrativos serão publicados apenas uma vez, salvo


aqueles que disponham de determinação legal em contrário;

d) os editais de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão


serão publicados conforme legislação própria (Decreto 40.339, de 24 de outubro de 1995, e
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993);

e) os contratos, convênios e ordens de serviço serão publicados em


resumo, conforme modelo divulgado pelo Manual;

35
f) serão suprimidos os vocábulos senhor, senhora, dona, senhorita,
douta, egrégia, colenda e outros, bem como os de tratamento a autoridades, tais como,
excelentíssimo, magnífico, digníssimo etc.;

g) a expressão “no uso de suas atribuições legais” só será admitida


nos decretos;

h) as referências a disposições legais que atribuem competência a


autoridade abaixo do Governador do Estado não serão publicadas;

i) os números e cifras serão grafados em algarismos romanos,


suprimindo-se a repetição por extenso;

j) as listagens de nomes deverão ser elaboradas em ordem


alfabética, para facilitar a leitura, e de maneira corrida, para melhor aproveitamento de
espaço em cada linha.

36
MODELOS

37
MODELO DE REGULAMENTO

PORTARIA UNESP Nº ..., DE ... DE ... DE ...

Regulamenta a Resolução UNESP nº


..., de ... de ... de ..., que
................................, e dá outras
providências.

O Reitor da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE


MESQUITA FILHO”, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo ... do
Estatuto da Universidade (ou do Regimento Geral da Universidade) e tendo em vista o
disposto no artigo ... da Resolução UNESP nº ..., de ... de ... de ..., que ................................
(mencionar o artigo da Resolução que remete sua regulamentação ou instruções
complementares à Portaria), expede a seguinte

PORTARIA:

Disposições Preliminares

Artigo 1º - ...

Artigo 2º - ...

Disposições Gerais

Artigo 3º - ...

Artigo 4º - ...

Disposições Transitórias

Artigo 1º - ...

Artigo 2º - ...

Artigo ... - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

(data, nome por extenso, função e assinatura).

(Processo nº .../...)

38
MODELO DE RESOLUÇÃO

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)
RESOLUÇÃO UNESP N° ..., DE ... DE ...

Dispõe sobre .........................e (se for o


caso) dá outras providências.

O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO


DE MESQUITA FILHO”, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso IX do
artigo 24 do Regimento Geral e tendo em vista o deliberado pelo Conselho Universitário em
sessão de ... de ... de ..., expede a seguinte:

RESOLUÇÃO:

Ou então:

O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO


DE MESQUITA FILHO”, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso IX do
artigo 24 do Regimento Geral, tendo em vista o deliberado pelo Conselho Universitário em
sessão de ... de ... de ... e

Considerando ...;

Considerando ...;

Considerando ...,

Expede a seguinte

RESOLUÇÃO:

Artigo 1º- ...

Artigo 2º ...

Artigo ... Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,


revogada a legislação em contrário, especialmente a Resolução UNESP nº ..., de ... de ...
de... (ou: revogados os artigos ... da Resolução UNESP nº ..., de ... de ... de ...)

(data, nome por extenso, função e assinatura)

(Processo nº .../...)

39
MODELO DE PORTARIA NUMERADA

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

PORTARIA (sigla do órgão) N° ..., DE ... DE ... DE ...

Dispõe sobre .............. e (se for o caso)


dá outras providências.

O Reitor da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE


MESQUITA FILHO” (ou O Diretor da Unidade/Instituto), no uso das atribuições legais que
lhe foram conferidas pelo artigo .... do Estatuto da UNESP (ou do Regimento Geral da
UNESP, ou do Regimento da Unidade, ou de qualquer outro diploma legal que fixe sua
competência para expedir o ato) e (se for o caso), tendo em vista o disposto no artigo...do
... (Estatuto, Regimento Geral, lei, decreto, resolução etc.), expede a seguinte

PORTARIA:

Artigo 1º- ....

Artigo 2º- ....

Artigo 3º-...

Artigo ... - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação,


(e se for o caso) revogada a Portaria ... nº ..., de ... de ... de ... (ou: revogados os artigos ...
da Portaria ... nº ..., de ... de ... de ...).

(data, nome por extenso, função e assinatura)

(Processo nº .../...)

40
MODELO DE PORTARIA SEM NÚMERO

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)
PORTARIA (sigla do órgão) DE ... DE ... DE ...

(ementa)

O Reitor da UNESP (ou o Diretor da Faculdade/Instituto ...), no uso


das atribuições legais que lhe foram conferidas pelo artigo .... do Estatuto da UNESP (ou
do Regimento da Unidade),declara suspenso o expediente no próximo dia ..., em virtude da
necessidade urgente de dedetização do prédio.

(data, nome por extenso, função e assinatura)

(Processo nº .../...)

41
MODELO DE DELIBERAÇÃO

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DE ... DE ... DE ...

Autoriza a alienação do imóvel que


especifica.

O Conselho Universitário (ou qualquer outro órgão colegiado da


estrutura administrativa da Universidade), no uso das atribuições que lhe foram conferidas
pelo artigo ... do Estatuto da UNESP (ou do Regimento da Unidade) e

Considerando...;

Considerando...;

Considerando...,

DELIBEROU aprovar a alienação do imóvel de propriedade da


Universidade, situado ......

(data, nome por extenso, função e assinatura do Secretário do


Colegiado)

42
MODELO DE DESPACHO NORMATIVO

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

DESPACHO NORMATIVO DE... DE ... DE ...

Estabelece os procedimentos a serem


adotados na fixação da escala de férias anuais
dos servidores da Reitoria.

O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO


DE MESQUITA FILHO” (ou: O Diretor da Faculdade/Instituto), no uso de suas atribuições
e

Considerando...;

Considerando...;

Considerando...,

DETERMINA que, a partir desta data (ou: a partir de ... de ... de ...),
as escalas de férias dos servidores da Reitoria sejam elaboradas conforme ......................

(data, nome por extenso, função e assinatura)

43
MODELO DE DESPACHO
(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em
minúsculas)

O Reitor da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE


MESQUITA FILHO”, no uso das atribuições legais que lhe foram conferidas pelo inciso XXI
do artigo 34 do Estatuto da UNESP, DELEGA competência ao Diretor da
Faculdade/Instituto de ................. para firmar convênio com ...................

(data, nome por extenso, função e assinatura)

44
MODELO DE “AVISO” OU “COMUNICADO”

Comunicamos aos servidores desta Reitoria/ Unidade que, em


virtude de feriado nacional do dia ... de ... do corrente ano, não haverá expediente no dia
seguinte, sexta-feira, devendo-se aguardar, oportunamente, divulgação da escala de
reposição.

(data, nome por extenso, função e assinatura)

45
MODELO DE OFÍCIO CIRCULAR

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

Ofício Circular nº .../... – (sigla do órgão expedidor)


Ref.: (discriminar o assunto de modo resumido)

São Paulo, ... de ... de ...

Senhor Diretor ,

Encaminho a Vossa Senhoria as Tabelas de Vencimentos e


Salários do Plano de Carreira, com vigência a partir de ... de ... de ...

Seguem, ainda, anexas, as Tabelas de Gratificação de


Representação, bem como as de diárias, com vigência a partir de ... de ... de ...,
reajustadas em ...%, tendo em vista o critério estabelecido pelo Conselho Universitário da
UNESP.

Sendo o que se apresenta no momento, aproveito a oportunidade


para reiterar-lhe meus protestos de consideração e apreço.

(data, nome por extenso, função e assinatura do expedidor)

Ilustríssimo Senhor
Prof. Dr. ...
MD. Diretor da Faculdade/Instituto de ...
(nome completo da Unidade)
(cidade e Estado sublinhados)
(siglas de quem redigiu o ofício, em letras maiúsculas, e de quem digitou, em minúsculas)

46
MODELO DE EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Senhores Conselheiros,

Considerando que o artigo 151 do Regimento Geral da


UNESP prevê a possibilidade de que a Universidade consigne em seu orçamento dotação
para os órgãos de representação estudantil, conforme critérios a serem fixados por este
Conselho Universitário, venho, na qualidade de membro integrante deste colegiado,
submeter à aprovação dos senhores Conselheiros a inclusa minuta de Resolução, que
consubstancia a fixação de critérios para a concessão de auxílio financeiro ao Diretório
Central dos Estudantes da UNESP “Helenira Rezende” e aos Diretórios e Centros
Acadêmicos dos cursos oferecidos pela UNESP.

Na oportunidade, justifico a proposição face à circunstância de


tratar-se de concessão que, embora facultativa, encontra-se regimentalmente prevista,
além do fato de que as diretorias dessas entidades estudantis têm reiteradamente
procurado tal tipo de auxílio.

Por outro lado, acrescento que a minuta em questão tomou


em conta sugestões da área competente da Pró-Reitoria de Extensão Universitária,
decorrentes da experiência adquirida em razão de procedimentos anteriores.

Nesta ordem de idéias, revelou-se indispensável , por


exemplo, a exigência de um prévio plano de aplicação dos recursos solicitados pela
entidade, devidamente aprovado pela Congregação, no caso dos Diretórios e Centros
Acadêmicos, e por este Conselho, no caso do Diretório Central (artigo ... da minuta). Ou
ainda o estabelecimento de procedimentos formais quanto à efetiva entrega do auxílio,
conforme se vê do artigo .... E finalmente, providências ainda mais importantes e até
consideradas indispensáveis , como as que vêm previstas nos artigos ..., ... e ..., no que
concerne, respectivamente, à não concessão de novos auxílios aos Diretórios cujas contas
anteriores não hajam sido aprovadas ou sequer prestadas, bem assim a necessidade de
livros de receitas e despesas, assim como registros patrimoniais em ordem e atualizados, e
até a caracterização das responsabilidades decorrentes de desobediência de tais normas.

Estas as considerações que entendo cabíveis, como


precedentes para a análise e a discussão da minuta propriamente dita, por este colegiado.

(data, nome por extenso e assinatura do Conselheiro propositor)

47
MODELO DE MEMORANDO

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

Memo nº .../...- (sigla do órgão expedidor)

São Paulo, ... de ... de ...

Ilustríssima Senhora
(nome do destinatário)
(órgão destinatário)

Solicito providências junto ao Serviço de Manutenção desta


Reitoria, no sentido de que sejam consertados, com a maior urgência possível, dois
arquivos integrantes do mobiliário desta Seção, tendo em vista que constituem peças
mobiliárias de uso constante, cujo mau funcionamento vem prejudicando o bom andamento
dos serviços.

Atenciosamente,

(nome por extenso, função e assinatura do remetente)

48
MODELO DE INFORMAÇÃO

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

Interessado ...

Processo nº ...

Assunto ...

Informação nº .../...- (sigla do órgão)

Às fls. ... deste processo, o servidor (nome completo, RG e função)


apresenta justificativa para suas faltas ao expediente de trabalho dos dias 9 e 10 do
corrente mês, juntando atestado pelo qual comprova que, nas referidas datas, submeteu-se
a provas parciais de avaliação, no Curso de Economia que freqüenta na Faculdade de
Ciências Econômicas da Universidade do Morro Grande.

Em face do exposto e tendo esta Seção dúvidas acerca da


possibilidade legal de que tal justificativa possa ser aceita pela autoridade competente,
sugerimos que seja ouvida a Assessoria Jurídica da Universidade sobre o assunto.

(data, nome por extenso, função e assinatura do autor)

49
MODELO DE PARECER

(sigla do órgão expedidor e sigla do autor em letras maiúsculas e sigla do digitador, em


minúsculas)

Interessado ...

Processo n° ...

Assunto ...

Ementa (súmula bastante sucinta do texto)

Parecer n° .../... – (sigla do órgão expedidor)

HISTÓRICO

APRECIAÇÃO (fundamentação)

CONCLUSÃO

(data, nome por extenso, função e assinatura do autor)

50
MODELO DE APOSTILA

A P O S T I L A

... (autoridade competente), no uso de suas atribuições legais,


APOSTILA este título para declarar que o cargo a que se refere, de (denominação e
referência), de conformidade com o disposto nos artigos ... e ... do Decreto nº ..., fica
enquadrado, a partir de ... de ... de ..., na Tabela ... da Parte ... do Quadro da Universidade.

(data, nome por extenso, função e assinatura do responsável)

51
MODELO DE ATA

A T A Nº .../...

ATA DA ... SESSÃO ORDINÁRIA (ou extraordinária) DO CONSELHO


UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE
MESQUITA FILHO” (ou: da Congregação, ou Conselho de Departamento/Curso da
Faculdade/Instituto), REALIZADA NO DIA .../.../...

Aos ... dias do mês de ... de ..., às ... horas, na sede da Reitoria da Universidade Estadual
Paulista, situada na Alameda Santos, 647 – 17º andar, reuniu-se o Conselho Universitário,
com a presença dos seguintes Conselheiros: ............................................. Justificaram sua
ausência à Secretaria Geral os Conselheiros: ..........................................
O Magnífico Reitor deu início à sessão cumprimentando a todos e comunicando aos
Conselheiros que ....................................................
EXPEDIENTE – Discussão e Votação da Ata Anterior: A Ata da ... Sessão Ordinária,
realizada no dia .../.../..., foi aprovada, com ... abstenções, sem emendas ou ressalvas. O
Conselheiro ... solicitou a inclusão, na Ordem do Dia, do Processo nº .../...-RUNESP,
referente ao ... A solicitação foi aceita e a deliberação correspondente encontra-se na
presente Ata, por ordem de assunto. -----------------------------------------------------------------------
ORDEM DO DIA (de acordo com a pauta previamente distribuída)
TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADE UNIVERSITÁRIA ------------------------------------------------
01 - UNESP – Proposta de transformação do Instituto ... (Unidade Complementar) em
Unidade Universitária. Despachos nºs .../... – Conselho Universitário/SG e .../.. –
CEPE/SG, Parecer nº .../... – CEPE, Informação nº .../... – CRH/PRAd, Informação sobre o
Impacto Orçamentário, Projeto Pedagógico. (Proc. nº 3176/50/01/1988 – RUNESP). Após
os esclarecimentos prestados pelo Diretor da Unidade e ampla discussão, o Conselho
deliberou aprovar, por unanimidade de votos, a proposta da Presidência, de retirar o
assunto de pauta, solicitando que o Instituto avalie a possibilidade de integrar-se a uma
Unidade Universitária. ------------------------------------------------------------------------------------------
REVISÃO/INTERPRETAÇÃO ESTATUTÁRIA --------------------------------------
02 - UNESP – Indicativo encaminhado ao CEPE, solicitando ao Conselho
Universitário reanálise da interpretação do artigo ... do Estatuto da UNESP, em face
do disposto nos artigos ... e ... da Constituição Federal e da legalidade da Resolução
UNESP nº .../..., que regulamenta ... Despachos Conselho Universitário/SG nºs .../... e
.../..., s/nº da Presidência do CEPE, Parecer s/nº AJ, Despacho s/nº CEPE/SG. (Proc. nº

52
.../... – RUNESP). O Conselho, após discussão, deliberou aprovar, por maioria absoluta,
sendo ... votos favoráveis e ... votos contrários, a não revisão da interpretação do artigo ...
do Estatuto da UNESP. Às ... horas e ... minutos foi encerrada a sessão, da qual foi
lavrada a presente Ata. São Paulo, ... de ... de ...

53
MODELO DE ATESTADO

ATESTADO

(nome completo, função e órgão) ATESTA, a pedido do interessado


e para os fins de direito, que (nome completo e RG) exerce a função de ... (nome da função
e, órgão em que está lotada), desde 10 de outubro de 2004, junto ao Departamento de ...
da Faculdade/Instituto.

(data, nome por extenso,, função e assinatura do expedidor)

54
MODELO DE CERTIDÃO

CERTIDÃO Nº .../... (sigla do órgão expedidor)

CERTIFICO, a pedido do interessado, para fim de intentar medida


judicial, que ... (nome completo e RG do requerente), candidato inscrito sob o nº ..., no
Concurso Público realizado pela Faculdade/Instituto para o preenchimento da função de
Auxiliar de Administração Geral, obteve as seguintes notas: Conhecimentos Gerais: 78,0
(setenta e oito) pontos; Conhecimentos Específicos: 78,0 (setenta e oito) pontos e
Datilografia: 80,0 (oitenta) pontos, perfazendo um total de 253 (duzentos e cinqüenta e
três) pontos, com o que foi considerado habilitado em segundo lugar no certame.

(data, nome por extenso, função e assinatura do expedidor)

55
MODELO DE CERTIFICADO

CERTIFICADO DE APROVEITAMENTO

CERTIFICO que ... (nome completo e RG) concluiu com a média


9,2 (nove inteiros e dois décimos) o Curso de Correspondência Oficial, oferecido pela
Divisão de Seleção e Aperfeiçoamento da Faculdade/Instituto ..., no período de ... a ... de
... de ...

(data, nome por extenso, função e assinatura do expedidor)

56
MODELO DE DECLARAÇÃO

D E C L A R O , para fim de exercer a função de ... nesta


Universidade, junto à Faculdade/Instituto ..., que não exerço qualquer outro cargo, função
ou emprego públicos.

(data, nome por extenso e RG do declarante)

57
MODELO DE REQUERIMENTO

Magnífico Reitor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

(espaço de, aproximadamente, dez centímetros, para despacho da autoridade)

(nome completo, RG, função, órgão de lotação, regime jurídico),


cursando o ... ano noturno do Curso de ... da Faculdade de ..., conforme comprovante
anexo, vem requerer, com fundamento no artigo ... do Decreto nº ..., de ... de ... de ..., a
concessão do chamado “horário de estudante”, das 8:00 h. às 12:00 h. e das 13:00 h. às
16:45 h.

(data, nome por extenso e assinatura do requerente)

Anexo: atestado de matrícula.

58
BIBLIOGRAFIA

Apostila sobre “Os Atos Administrativos e sua Redação”, elaborada pela Assessoria
Jurídica da UNESP, em 1980.

CARVALHO, Kildare Gonçalves – Ténica Legislativa. Ed. Del Rey, Belo Horizonte, 2003.

MELLO, Celso Antonio Bandeira de – Curso de Direito Administrativo. Malheiros, São


Paulo, 2001.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro.Malheiros, São Paulo, 2003.

Manual de Normas de Publicação. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1997.

59

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