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2021

2021
PROFESSOR JOSÉ UCHOA
LEGISLAÇÃO DA PMPI LEGISLAÇÃO DA PMPI
INSTA: @prof.uchoa PROFº JOSÉ UCHOA
Legislação da PMPI Legislação
LEGISLAÇÃO DA PMPI:

 LEI ESTADUAL Nº 3.808/81 Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Piauí.

 Decreto nº 3.548/80 Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Piauí.

 Lei Estadual nº 3.729/80 Conselho de Disciplina de Policiais Militares e Corpo de


Bombeiros do Estado do Piauí.

PMPI
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Legislação da PMPI Edital

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§1º- Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser
fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei
estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais
conferidas pelos respectivos governadores.
§2º- Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for
fixado em lei específica do respectivo ente estatal.

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
Art. 14...
...
§8º- O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I. se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II. se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Art. 40...
...
§9º- O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS
Art. 142 ...
...
§2º- Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§3º- Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
I. as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da
República (Governador do Estado) e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados,
sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos
uniformes das Forças Armadas (Polícia Militar);
II. o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c“ (cargos que podem ser acumulados, profissionais da saúde) , será
transferido para a reserva, nos termos dalei;

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
Art. 37 ...
...
XVI- é vedada a acumulação remunerda de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI(teto dos servidores públicos):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissional de saúde, com profissões regulamentadas;

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
III. o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37,
inciso XVI, alínea "c", (cargos que podem ser acumulados, profissionais da saúde) ficará agregado ao respectivo
quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade,
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei;
IV. ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V. o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos*;

 O TSE, através da Res. 21.608/04 entende que o pedido de registro de candidatura, apresentado pelo partido ou coligação,
devidamente autorizado pelo candidato e após a prévia escolha em convenção, supre a exigência da filiação partidária Portanto, a
filiação partidária contida no art. 14, § 3º, V, da CF não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo;

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
VI. o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível,
por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em
tempo de guerra;
VII. o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;
VIII. aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos
XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37,
inciso XVI, alínea "c"; (décimo terceiro; salário família; férias; licença à gestante; licença paternidade; assistência gratuita aos
filhos e dependentes em creches e pré-escolas; remuneração e subsídios; vedação à equiparação para aumento salarial; vedação a
cumulação de de acréscimo pecuniário para concessão de acréscimo ulterior; irredutibilidade de salários e subsídios).
IX. (Revogado)
X - a lei disporá (lei estadual específica) sobre o ingresso nas Forças Armadas (Polícias Militares), os limites de
idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e
de guerra.

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Legislação da PMPI PMs na CF/88
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I. polícia federal;
II.polícia rodoviária federal;
III- polícia ferroviária federal;
IV- polícias civis;
V- polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
...
§5º- Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública...
§6º- As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§7º- A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública,
de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
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Legislação da PMPI PMs na CE PI/89
Seção III
Dos Servidores Militares do Estado

Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, instituições organizadas com
base na hierarquia e disciplina, são militares do Estado.
§1º- As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes são asseguradas em plenitude
aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado, sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares. (LC Est. nº 68, de 22.06.2006, sobre promoção
de praças da Polícia Militar do Estado do Piauí)
§2º- As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado são
conferidas pelo Governador.
(LC Est. nº 68/06, Art. 17, §1º A promoção das praças da Polícia Militar do Estado do Piauí é da competência do Governador do
Estado, mediante proposta do Comandante Geral da Corporação. §2º O Governador poderá delegar ao Comandante-Geral a
competência para a promoção das praças.)

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Legislação da PMPI PMs na CE PI/89
§3º- O militar do Estado em atividade que aceitar cargo ou emprego público civil permanente será
transferido para a reserva, nos termos da lei.
§4º- O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer
nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não,
transferido para a inatividade.
§5º- Ao militar do Estado são vedadas a sindicalização e a greve.
§6º- O militar do Estado, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partido político.
§7º- O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de
guerra.
§8º- O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.

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Legislação da PMPI PMs na CE PI/89
§9º- Aplica-se aos militares do Estado o disposto no art. 57, § 9º desta Constituição (O tempo de
contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para
efeito de disponibilidade), e no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV, da
Constituição Federal.
§10- Lei estadual de iniciativa do Governador (Estatuto dos PMs/PI) disporá sobre o ingresso na Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do
militar do Estado para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras
situações especiais dos militares do Estado, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive
aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais.
§11- Aplicam-se aos militares do Estado, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14,
§ 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, cabendo a lei estadual específica
(Estatuto dos PMs/PI) dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal.
§12- Aos pensionistas dos militares do Estado, aplica-se o que for fixado em lei específica.

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Legislação da PMPI PMs na CE PI/89
Art. 156. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I. Polícia Civil;
II. Polícia Militar;
III. Corpo de Bombeiros Militar.
...
Art. 158. A segurança pública, organizada sob a forma de sistema, será coordenada, supervisionada e
controlada pela Secretaria de Estado correspondente, órgão encarregado da prestação dos serviços de
polícia em geral, no território do Estado.
§1º- A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se juntamente com a Polícia Civil, ao Governador do Estado.
§2º- O exercício da função policial é privativo do policial de carreira, recrutado, exclusivamente, nos
termos do art. 54, II, (a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração) e submetido a curso de formação
policial.
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Legislação da PMPI PMs na CE PI/89
Art. 161. À Polícia Militar cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública; ao Corpo
de Bombeiros Militar, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil.
Art. 162. Os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão exercidos, em
princípio, por oficial da ativa do último posto da própria corporação, nomeado por ato do Governador,
observada a formação profissional para o exercício do comando.
Parágrafo único. O Comando da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar podem ser exercidos,
excepcionalmente, por oficial do Exército cujo nome tenha prévia aprovação de seu Ministério.
Art. 163. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar estão vinculados, operacionalmente, ao
sistema de segurança pública do Estado, devendo seguir as políticas e diretrizes baixadas pela autoridade
competente, na execução das atribuições que lhes são próprias.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO PIAUÍ
(LEI ESTADUAL Nº 3.808, DE 16/07/1981)

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,


Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º- O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos
policiais-militares do Estado do Piauí.
Art. 2º- A Polícia Militar do Estado do Piauí, subordinada operacionalmente ao Secretário de Justiça e
Segurança Pública (atual Secretario da Segurança Pública), é uma instituição permanente, considerada força
auxiliar e reserva do Exército, com organização e atribuições definidas em Lei.
Art. 3º- Os integrantes da Polícia Militar, em razão da destinação constitucional da Corporação e em
decorrência das Leis vigentes, constituem uma categoria especial dos servidores públicos estaduais e são
denominados policiais-militares.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) NA ATIVA:
I. os policiais-militares de carreira;
II. os incluídos na Polícia Militar voluntariamente, durante os prazos a que se obrigam a servir;
III. os componentes da reserva remunerada quando convocados; e
IV. os alunos de órgãos de formação de policiais–militares da ativa.
b) NA INATIVIDADE:
I. na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Corporação e percebem remuneração do
Estado do Piauí, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação;
II. reformados, quando tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados,
definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do Estado do
Piauí.
§2º- Os policiais-militares de carreira são os que no desempenho voluntário e permanente do serviço
policial-militar, tem vitaliciedade assegurada.

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Legislação da PMPI Diferença entre Reserva e Reforma
 Vários são os requisitos e as causas para que um policial-militar da ativa atinja a Inatividade
(Reserva Remunerada ou a Reforma), porém o requisito geral é o atingimento do lapso temporal mínimo.
INATIVIDADE

RESERVA REMUNERADA REFORMA


(Arts. 88 a 93) (Arts. 94 a 104)

A PEDIDO EX-OFÍCIO

EX-OFÍCIO

EM CONDIÇÕES ESPECIAIS
(ATÉ 2019)
A grande diferença entre os dois institutos em análise é que um policial-militar que esteja na Reserva
Remunerada pode, em determinados casos retornar à ativa, caso solicitado por autoridade competente e
mediante aceitação voluntária, em quanto o Reformado não mais retornará a ativa.
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 4º- O SERVIÇO policial-militar consiste no exercício de atividade inerentes à Polícia Militar e
compreende todos os encargos na legislação específica e relacionados com a manutenção da ordem
pública no Estado do Piauí.(Composta por três elementos essenciais: Segurança Pública, Tranquilidade Pública e a Salubridade
Pública).
Art. 5º- A CARREIRA policial-militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada
às finalidades da Polícia Militar, denominada ATIVIDADE policial-militar.
§1º- A carreira policial-militar é privativa do pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na Polícia
Militar e obedece à sequência de graus hierárquicos.
§2º- É privativa de brasileiro NATO a carreira de Oficial da Polícia Militar. (Art. 12, §3º da CF/88  São
privativos de brasileiro nato os cargos: VI- de oficial das Forças Armadas)
Art. 6º- Os policiais-militares da RESERVA REMUNERADA poderão ser convocados para o serviço
ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do Estado, desde
que haja conveniência para o serviço. (Núcleo de Voluntários da Reserva Remunerada).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 7º- São equivalentes as expressões "NA ATIVA", “em serviço na ativa”, "em serviço", "em
atividade" ou "em atividade policial-militar" conferidas aos policiais-militares no desempenho de cargo,
comissão, encargos, incumbência ou missão, serviço ou atividade policial-militar ou considerada de
natureza policial-militar, nas organizações policiais-militares, bem como ou em outros órgãos do Estado do
Piauí ou na União, quando previsto em lei ou regulamento.
Art. 8º- A condição jurídica dos policiais-militares é definida pelos dispositivos constitucionais que lhe
forem aplicáveis, por este Estatuto e pela legislação que lhe outorgar direitos e prerrogativas e lhes impuser
deveres e obrigações.
Art. 9º- O disposto neste Estatuto aplica-se no que couber:
I– aos policiais-militares da reserva remunerada e reformados;
II– aos capelães policiais-militares.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
CAPITULO I
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR

Art. 10- O ingresso na Polícia Militar fica condicionado à aprovação em concurso público, que poderá
ser regionalizado, com exames de conhecimentos, exame psicológico, exame de saúde, exame de aptidão
física e investigação social. (Alterado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
§1º- Após todas as etapas do concurso, os candidatos a serem nomeados farão curso de formação
para ingresso. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
§2º- Os exames de conhecimentos, excetuados os exames práticos, serão classificatórios e
habilitatórios, e as demais fases do concurso público terão caráter apenas habilitatório. (Acrescentado pela LC n°
35, de 06.11.2003).
§3º- Às mulheres serão reservadas até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso público.
(Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
§4º- O candidato terá o direito de conhecer as razões de sua reprovação em quaisquer fases do
concurso, sendo-lhe permitida a apresentação de recursos. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§5º- Excetuadas as razões de reprovação no exame psicológico e na investigação social, cuja
publicidade será restrita ao candidato, os resultados de cada uma das fases do concurso serão publicados
no Diário Oficial do Estado. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
§6º- A habilitação em quaisquer das etapas do concurso público ou no curso de formação para
ingresso não poderá ser aproveitada para provimento de cargo distinto ou para outro concurso.
(Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
§7º Durante o PRAZO DE 3 (TRÊS) ANOS CONTADOS DA POSSE, não poderá o militar ser afastado da
atividade de policiamento ostensivo nem ser removido, redistribuído ou transferido, exceto nos casos de
comprovada necessidade, cabendo exclusivamente, ao Comandante Geral da Polícia Militar a formalização
dos respectivos atos. (Acrescentado pela Lei n° 5.552, de 26.03.2006).
§8º Não podem participar de comissão, banca de concurso, as pessoas que tiverem cônjuge,
companheiro, ou parente consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inscrito no
concurso público.(Acrescentado pela LC n° 35, de 23.03.2006).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 10-A. O exame de conhecimentos poderá consistir na realização de testes objetivos, dissertativos
ou práticos, compreendendo as matérias previstas no edital. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
Parágrafo único- Para obter aprovação nesta prova, o candidato deverá alcançar aproveitamento
mínimo de 60% (sessenta por cento) no geral e 50% (cinquenta por cento) em cada uma das matérias ou
ser julgado apto no teste prático.
Art. 10-B. O exame psicológico adotará critérios científicos objetivos, sendo vedada a realização de
entrevistas. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003).
Parágrafo único- O exame será realizado por meio de representante ou comissão de representantes da
instituição contratada para a realização do concurso ou por servidor ou comissão de servidores públicos
efetivos e estáveis, com habilitação em psicologia.
Art. 10-C. O exame de saúde compreenderá os exames médicos e odontológicos previstos no edital do
concurso público.(Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
Parágrafo único- O exame de saúde será realizado por meio de representante ou comissão composta de
representantes da instituição contratada para a realização do concurso ou por servidor ou comissão de
servidores efetivos e estáveis, com habilitação em medicina e odontologia”.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 10-D. O exame de aptidão física constará de provas atléticas, adequadas ao cargo, conforme
previsto no edital. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
Parágrafo único. O exame físico será realizado por meio de representante ou comissão composta de
representantes da instituição contratada para a realização do concurso ou por servidor ou comissão de
servidores efetivos e estáveis, com habilitação em educação física.
Art. 10-E. A investigação social consistirá na apuração, dentre outros requisitos previstos no edital do
concurso, na comprovação da ausência de antecedentes criminais, relativos a crimes cuja punibilidade
não esteja extinta e não tenha ocorrido a reabilitação, compreendendo processos na Justiça Comum, na
Justiça Federal, na Justiça Federal Militar e Justiça Eleitoral, certidão negativa de antecedente expedida pela
Polícia Federal, Polícia Civil e Auditoria Militar e certidão negativa de processo administrativo disciplinar no
âmbito da Corporação. (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
Parágrafo único. A Certidão de Antecedentes será expedida pelo órgão de distribuição das comarcas
onde o candidato haja residido nos últimos 5 (cinco) anos.

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Art. 10-F. O curso de formação para ingresso será realizado pela Academia de Polícia Militar do Estado
do Piauí, Batalhões, Companhias Militares ou outras entidades congêneres, (CEP) observada a seguinte
duração mínima: (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
I. Curso superior de Formação de Oficiais: mínimo de 2.400h/a (duas mil e quatrocentas horas-aulas);
(Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)
II. Curso de Formação de Praças (CFSD): mínimo de 600h/a (seiscentas horas-aulas). (Acrescentado pela LC n°
134, de 30.09.2009)
§1º- A MATRÍCULA DO CANDIDATO no curso de formação para ingresso no quadro de praças (CFSD)
ficará condicionada: (Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)
I. à aprovação nos exames do concurso;
II. ao resultado da investigação social, conforme deliberação da Comissão do Concurso;ter idade
mínima de dezoito anos e máxima de trinta e cinco anos no período de inscrição para o concurso;
(Alterado com a lei nº7.427 de 28/12/2020)
IV. à conclusão do curso de ensino médio.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º-A- A matrícula do candidato no curso de formação para ingresso nos quadros de oficiais ficará
condicionada: (Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)
I. à aprovação nos exames do concurso; (Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)
II. ao resultado da investigação social, conforme deliberação da Comissão do Concurso; (Acrescentado
pela LC n° 134, de 30.09.2009)
III. ter idade mínima de vinte e um anos e máxima de trinta e cinco anos no período da inscrição para o
concurso; (Alterado com a lei nº7.427 de 28/12/2020)
III. à conclusão de curso superior de graduação em bacharelado em Direito. (Acrescentado pela LC n° 134,
de 30.09.2009)
IV. o limite de idade de 35 (trinta e cinco) anos a que se refere o inciso III do §1º do art. 10-F não se aplica
aos policiais militares que já fazem parte da Corporação na condição de praças, os quais não se
submeterão a limite máximo de idade. (Alterado com a lei nº7.427 de 28/12/2020)
§1º-B- Poderá ser exigido conclusão de curso superior de graduação em apenas uma área especifica
do conhecimento para ingresso nos quadros de oficiais, conforme previsão no edital do concurso.
(Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)

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§ 1º-C- As cargas horárias dos cursos de adaptação para ingresso nos quadros de oficiais médicos,
dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, capelães e veterinários serão reguladas conforme dispuser norma
interna da Corporação. (Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)
§2º- Ao candidato inscrito em curso de formação para ingresso FICA ASSEGURADO UMA BOLSA no
valor previsto no Anexo Único desta Lei, assegurado o direito de opção entre a remuneração do cargo
ocupado e a bolsa para aqueles que forem policiais militares ou servidores públicos do Estado, bem como a
revisão da mesma, na data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos militares estaduais.
§3º- A aprovação no curso de formação para ingresso atenderá ao disposto no regulamento do Órgão
de ensino da Polícia Militar e constituirá requisito indispensável para a nomeação no cargo. (DEIP)
§4º- O candidato inscrito no curso de formação fica sujeito à contribuição previdenciária e ao fundo de
saúde.(Revogado. Ar.t 5º,XX CF/88– ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado).
§5º- O policial militar DEVERÁ RESSARCIR AO ERÁRIO ESTADUAL O VALOR PERCEBIDO A TÍTULO DE
BOLSA, se no momento da investidura não preencher os requisitos necessários ao desempenho do cargo
ou pedir exoneração antes de completar:
a) CINCO ANOS de exercício do cargo, se oficial;
b) DOIS ANOS de exercício do cargo, se praça.
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 11. Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino policial-militar destinados à formação de
oficiais e graduados, além das condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual, capacidade
física e idoneidade moral, é necessário que o candidato não exerça, nem tenha exercido atividade
prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional. (Lei Nº 7.170, De 14 De Dezembro De 1983. Define os crimes contra a
segurança nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá outras providências)
Parágrafo Único- O disposto neste Capítulo aplica-se, também aos candidatos ao ingresso nos Quadros
de Oficiais em que é exigido o diploma de estabelecimento de ensino superior reconhecido pelo Governo
Federal.
Art. 11-A. Para a investidura nos cargos da Polícia Militar, além de outros requisitos básicos previstos
em lei, serão também exigidos os seguintes: (Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
I. permissão para dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação na categoria discriminada no edital do
concurso;
II. altura mínima de 1,60 m (um metro e sessenta), para homens, e 1,55 (um metro e cinquenta e
cinco centímetros), para mulheres; (tal exigência pode ser revista no judiciário)

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
III- aprovação no curso de formação para ingresso.
Parágrafo único- A comprovação de possuir a altura mínima poderá ser exigida na data de inscrição
ou em outra data, conforme previsão no edital do concurso.” (Acrescentado pela LC n° 134, de 30.09.2009)

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
CAPITULO II
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 12. A HIERARQUIA E A DISCIPLINA são a base institucional da Polícia Militar. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§1º- A HIERARQUIA POLICIAL-MILITAR é a ordenação de autoridade em níveis diferentes, dentro da
estrutura da Polícia Militar. A ordenação se faz por posto ou graduações; dentro de um mesmo posto ou
de uma mesma graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O RESPEITO À HIERARQUIA
é substanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§2º- DISCIPLINA é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
§3º- A disciplina e o respeito à hierárquica devem ser mantidos em todas as circunstâncias DA VIDA,
entre policiais-militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.

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Hierarquia e Disciplina
A Hierarquia e a Disciplina são princípios basilares
da Polícia Militar do Piauí e de todas as instituições
militares do Brasil. Estes alicerces estão
constitucionalmente fixados e são os pilares dessas
organizações. Vejamos:

“CF/88. Art. 42. Os membros das Polícias Militares e


Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.”

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Art. 13. CÍRCULOS HIERÁRQUICOS são âmbitos de convivência entre policiais-militares da mesma
categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito da camaradagem em ambiente de estima e
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art. 14. Os círculos hierárquicos e escala hierárquica na Polícia Militar são fixados no quadro e
parágrafos seguintes:

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§1º- Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado.
§2º- Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido por ato do Comandante-Geral da Polícia
Militar do Piauí. (Revogado pela LC Est. nº 68/06 Art. 17, §1º A promoção das praças da Polícia Militar do Estado do Piauí é da
competência do Governador do Estado, mediante proposta do Comandante Geral da Corporação. §2º O Governador poderá delegar
ao Comandante-Geral a competência para a promoção das praças.)
§3º- Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos-Oficiais PM, são denominados Praças Especiais.
§4º- Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros e Qualificações são fixados,
separadamente, para cada caso, em Lei de fixação de Efetivo. (Lei Estadual nº 5.552 de 23 de março de 2006, Alterada
pela Lei Estadual nº 6.199 de 27 de março de 2012.)
§5º- Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou
graduação, deverá fazê-lo mencionando essa situação. (Ex.: Coronel RR ou Cel RR).
Art. 15. A precedência entre policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada
pela antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional em lei ou
regulamento.

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§1º- A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da
respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra
data.
§2º- No caso de ser igual a antiguidade referida no parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida:
a) entre policiais-militares do mesmo Quadro (os quadros foram unificados, Lei Estadual 6.792/2016, LOB), pela
posição nas respectivas escalas numéricas ou registros de que trata o artigo 17;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na graduação anterior, se, ainda assim, subsistir a
igualdade de antiguidade, recorrer-se-á sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, a data de
inclusão e à data de nascimento para definir a precedência e , neste último caso, o mais velho considerado
mais antigo;
c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais-militares, de acordo com o
regulamento de respectivo órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas letra "a" e "b".
§3º- Em igualdade de posto ou graduação, os policiais-militares da ativa têm precedência sobre os da
inatividade.

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§4º- Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os policiais-militares de carreira na
ativa e os da reserva remunerada que as tiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no
posto ou graduação.
Art. 16. A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:
I. Os Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamente superiores aos demais praças;
II. Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.
Art. 17. A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao seu pessoal da ativa e
da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as instruções baixadas pelo
Comandante da Corporação.
Art. 18. (Revogado pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).

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CAPÍTULO III
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES
Art. 19. Cargo policial-militar é aquele que só pode ser exercido por policiais-militares em serviço
ativo.
§1º- O cargo policial-militar a que se refere este artigo é o que se encontra especificado nos Quadros
de Organização ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.
§2º- A cada cargo policial-militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e
responsabilidade que se constituem em obrigações do respectivo titular.
§3º- As obrigações inerentes ao cargo policial-militar devem ser compatíveis com o correspondente
grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação peculiares.
Art. 20. Os cargos policiais-militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau
hierárquico e de qualificação exigidos para seu desempenho.
Parágrafo Único- O provimento do cargo policial-militar se faz por ato de nomeação, designação ou
determinação expressa de autoridade competente.

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Art. 21. O cargo policial-militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um policial-militar
tome posse ou desde que o momento em que o policial-militar exonerado, dispensado ou que tenha
recebido determinação expressa de autoridade competente, o deixe ou até que o outro policial-militar
tome posse, de acordo com as normas de provimento previstas no Parágrafo Único do art. 20.
Parágrafo Único- Consideram-se também vagos os cargos policiais-militares cujos ocupantes:
a) tenham falecido;
b) tenham sido considerados extraviados; e (Art. 84 do Estatuto)
c) tenham sido considerados desertores. (Art. 187 do CPM)
Art. 22. Função policial-militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo policial-militar.
Art. 23. Dentro de uma mesma organização policial-militar, a sequência de substituições bem como as
normas, atribuições e responsabilidades relativas, são estabelecidas na legislação específica, respeitadas a
precedência e qualificações exigidas para o cargo ou para o exercício da função.
Art. 24. O policial-militar ocupante do cargo provido em caráter efetivo ou interno, de acordo com o
Parágrafo Único do art. 20, faz jus às gratificações e a outros direitos correspondentes ao cargo, conforme
previsto em lei. (Lei Estadual nº 5.378/2004, Alterada pela Lei nº 5.755/08, 6.199/12 e a rescentemente auterada pela LOB, Lei
Estadual 6.792/2016).
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Art. 25. As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza não são
catalogadas como posições tituladas em Quadros de Organização ou dispositivo legal são cumpridas como
"Encargos", "Incumbência", "Comissão", "Serviços" ou "Atividade", policial-militar ou de natureza policial-
militar.
Parágrafo Único- Aplica-se, no que couber, ao Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou Atividade,
policial-militar ou de natureza policial-militar, o disposto neste Capítulo para Cargo Policial Militar. (Existem
outras legislações que trazem cargos que somente podem ser exercidas por PMs. Ex.: Decreto nº 88.777/83)

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TÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES
SEÇÃO I
DO VALOR POLICIAL-MILITAR

Art. 26. São manifestações essenciais do valor policial-militar:


I. o sentimento de servir à comunidade, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial-
militar e pelo integral devotamento à manutenção da ordem pública, mesmo com risco da própria vida;
II. o civismo e o culto das tradições históricas;
III. a fé na elevada missão da Polícia Militar;
IV. o espírito-de-corpo, orgulho do policial-militar pela organização onde serve;
V. o amor a profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida; e
VI. o aprimoramento técnico-profissional.
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SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR

Art. 27. O sentimento do dever, o pundonor policial-militar e decoro da classe impõe a cada um dos
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes
preceitos da ética policial-militar:
I. amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;
II. exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couber em decorrência do cargo;
III. respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV. cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
competentes;
V.ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI- zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também pelo dos subordinados;
VII- empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII- praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação;
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IX. ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X. abster-se de tratar, fora do Âmbito apropriado, de matéria sigilosa, relativa à Segurança Nacional;
XI. acatar as autoridades civis;
XII. cumprir seus deveres de cidadão;
XIII. proceder da maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV. observar as normas da boa educação;
XV. garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI. conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-militar;
XVII. abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII. abster-se, o policial-militar na inatividade, do uso das designações hierárquica, quando:
a) em atividade político-partidárias;
b) em atividades industrias;
c) em comerciais;

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d) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de assunto políticos ou policiais-
militares, excetuando-se os da natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício de funções de natureza não policial-militar, mesmo oficiais.
XIX- zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer aos preceitos da ética policial-militar.
Art. 28. Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto no parágrafo segundo, é vedado comerciar
ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como
acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
§1º- Os policiais-militares na reserva remunerada, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas
organizações policiais-militares e nas repartições públicas civis, dos interesses de organizações ou
empresas privadas de qualquer natureza.
§2º- Os policiais-militares da ativa podem exercer diretamente, a gestão de seus bens, desde que não
infrinjam o disposto no presente artigo.
§3º- No intuito de desenvolver a prática profissional dos integrantes do Quadro de Saúde (não existe mais
o quadro, porém existem as funções), é-lhes permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no meio civil,
desde que tal prática não prejudiquem o serviço.
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Art. 29. O Comandante-Geral da Polícia Militar poderá determinar aos policiais-militares da ativa que,
no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus
bens, sempre que houver razões relevantes que recomendem tal medida.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES

Art. 30. Os deveres policiais-militares emanam de vínculo racionais e morais que ligam o policial-
militar à comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem, essencialmente:
I. a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade à instituição à que pertence, mesmo
com sacrifício da própria vida;
II. o culto aos símbolos nacionais;
III. a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV. a disciplina e o respeito à hierarquia;
V. o rigoroso cumprimento das obrigações; e
VI. a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.
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Art. 31. Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante inclusão, matrícula ou nomeação,
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres
policiais-militares e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
Art. 32. O compromisso a que se refere o artigo anterior terá caráter solene e será prestado na
presença da tropa, tão logo o policial-militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o
perfeito entendimento de seus deveres como integrante da Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres:
"Ao ingressar na Polícia Militar do Piauí, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral,
cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente
ao serviço policial-militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o
risco de própria vida".
§1º- O compromisso do Aspirante-Oficial PM será prestado de acordo com o cerimonial constante do
regulamento da Academia de Policia Militar, onde for formado. Esse compromisso obedecerá aos seguintes
dizeres: "Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial da Polícia Militar, assumo o compromisso de cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao
serviço policial-militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o
risco da própria vida".
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§2º- Ao ser promovido ao primeiro posto, o Oficial PM prestará o compromisso de Oficial, em
solenidade especialmente programada, de acordo com os seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e
pela minha honra prometo cumprir os deveres do Oficial da Polícia Militar do Piauí e dedicar-me
inteiramente ao seu serviço".
SEÇÃO II
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO

Art. 33. Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o policial-militar é


investido legalmente, quando conduz homens ou dirige uma organização policial-militar. O Comando é
vinculado ao grau hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial-militar
se define e se caracteriza como chefe.
Parágrafo Único- Aplica-se à Direção e à Chefia da Organização Policial-Militar, no que couber, o
estabelecido para o Comando.
Art. 34. A subordinação não afeta, de modo algum a dignidade pessoal do policial-militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierárquica da Polícia Militar.

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Art. 35. O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício do Comando, da Chefia e da
Direção das Organizações Policiais-Militares.
Art. 36. Os subtenentes e sargentos auxiliam e completam as atividades dos Oficiais, quer no
adestramento da tropa e no emprego dos meios, quer na instrução e na administração, bem como no
comando de frações de tropa, mesmo agindo isoladamente, nas atividades de policiamento ostensivo
peculiares à Polícia Militar.
Parágrafo Único- No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos
subordinados os subtenentes e sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade
profissional e técnica incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das
regras do serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a
manutenção, da coesão e do moral das mesmas praças em todas as circunstâncias.
Art. 37. Os cabos e soldados são, essencialmente, os elementos de execução.
Art. 38. Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes
são pertinentes, exigindo-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional.
Art. 39. Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens
que emitir e pelos atos que praticar.
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CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES

Art. 40. A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá crime, contravenção
penal ou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação peculiares.
§1º- A violação dos preceitos da ética policial-militar é tão mais grave quando mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.
§2º- No concurso de crime militar e de contravenção penal ou transgressão disciplinar será aplicada
somente a pena relativa ao crime.
Art. 41. A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de exação
(regularidade, exatidão) no cumprimento dos mesmos acarreta para o policial-militar responsabilidade
funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação específica.
Parágrafo Único- A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, poderá
concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo ou pela incapacidade para o exercício das
funções policiais-militares a ele inerentes.

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Art. 42. O Policial-militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar
incapacidade no exercício das funções policiais-militares a ele inerentes, será afastado do cargo.
§1º- São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do
exercício da função:
a) o Governador do Estado do Piauí;
b) o Comandante-Geral da Polícia Militar; e
c) os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na conformidade da legislação ou
regulamentação da Corporação.
§2º- O policial-militar afastado do cargo, nas condições, mencionadas neste artigo, ficará privado do
exercício de qualquer função policial-militar, até a solução final do processo ou das providências legais
que couberem no caso.
Art. 43. São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores, quanto às de
caráter reivindicatória.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO I
DOS CRIMES MILITARES

Art. 44. Os Conselhos de Justiça, em 1ª instância são competentes para processar e julgar os policiais-
militares, nos crimes definidos em lei como militares. (DL nº 1.001/69 - CPM)
Art. 45. Aplicam-se aos policiais-militares, no que couber, as disposições estabelecidas no Código Penal
Militar.
SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

Art. 46. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPMPI) especificará e classificará as


transgressões e estabelecerá as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à
classificação do comportamento policial-militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
§1º- As penas disciplinares de detenção ou prisão não podem ultrapassar de trinta dias.
§2º- Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se também as disposições disciplinares previstas no estabelecimento
de ensino onde estiver matriculado.
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SEÇÃO III
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

Art. 47. O Oficial presumivelmente incapaz de permanecer como policial-militar da ativa será
submetido a Conselho de Justificação na forma da legislação específica (LE 3.728/80).
§1º- O Oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, PODERÁ ser afastado do exercício de suas
funções automaticamente ou a critério do Comandante-Geral da Polícia Militar, conforme estabelecido em
Lei específica.
§2º- Compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, julgar em única instância os processo
oriundos dos Conselhos de Justificação, na forma estabelecida em Lei específica.
§3º- O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos oficiais reformados e na reserva
remunerada.
Art. 48. O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as PRAÇAS COM ESTABILIDADE ASSEGURADA,
presumivelmente incapaz de permanecer como policiais-militares da ativa serão submetidos a Conselho de
Disciplina, na forma da legislação específica. (LE nº 3.729/80).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- O Aspirante-a-Oficial PM e as praças com estabilidade assegurada, ao serem submetidos a
Conselho de Disciplina, SERÃO afastados das atividades que estiverem exercendo.
§2º- Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar julgar processos oriundos do Conselho de
Disciplina convocados no âmbito da Corporação.
§3º- O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado às praças reformadas e na reserva
remunerada.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
X

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS–MLITARES

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS
Art. 49. São direitos dos policiais-militares:
I. garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela
inerentes, quando Oficial;
II. (Revogado pela Lei nº 5.210, de 19.09.2001)
III. nas condições e nas limitações imposta na legislação e regulamentação específica:
a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) anos ou mais anos de tempo de efetivo serviço;
b) uso das designações hierárquicas;
c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;
d) percepção de remuneração (subsídios, de acordo com a Lei Estadual 6.173/2012);
e) outros direitos previstos na lei específica que trata da remuneração dos policiais-militares do Estado
do Piauí;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
f) a constituição de pensão policial-militar;
g) a promoção;
h) a transferência para a reserva remunerada, a pedido, ou a reforma;
i) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças;
j) a demissão e o licenciamento voluntário;
l) o porte de arma, quando Oficial, em serviço ativo ou em inatividade, salvo aqueles em inatividade por
alienação mental ou condenação por crimes contra a Segurança Nacional ou por atividades que
desaconselham aquele porte; e
m) porte de arma, pelas praças, com as restrições impostas pela Polícia Militar.
Parágrafo Único- (Revogado pela Lei nº 5.210, de 19.09.2001)
Art. 50. O policial-militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou
representação, segundo legislação vigente na Corporação. (RDPMPI)
§1º- O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que
decorra da composição de Quadro de Acesso;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
b) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos.
§2º- O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.
§3º- O policial-militar da ativa que, nos casos cabíveis, se dirigir ao Poder Judiciário, deverá participar,
antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a qual estiver subordinado.
Art. 51. Os policiais-militares são alistáveis como eleitores na forma do que estabelece a Constituição
Federal.
Parágrafo Único- Os policiais militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:
a) o policial-militar que tiver MENOS de 05 (cinco) anos de efetivo serviço será, ao se candidatar a
cargo eletivo, excluído do serviço ativo, mediante demissão ou licenciamento "ex-ofício“; (CF/88 Art. 14, §8°, I-
se contar MENOS DE 10 (DEZ) ANOS de serviço, deverá afastar-se da atividade);
b) o policial-militar em atividade, com 05 (cinco) ou MAIS anos de efetivo serviço, ao se candidatar a
cargo eletivo, será afastado, temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para
tratar de interesse particular. Se eleito, será no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada,
percebendo a remuneração a que faz jus, em função de seu tempo de serviço. (CF/88 Art. 14,
§8°, II- se contar com 10 (DEZ) OU MAIS ANOS DE SERVIÇO, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 52. A remuneração dos policiais-militares compreendem vencimentos ou proventos, indenização e
outros direitos e é devida em base estabelecidas em lei peculiar. (Leis Estaduais nº 5.378/2004, 5.755/08, 6.173/12 e
6.199/12 – Lei de Subsídios).
§1º- Os policiais-militares na ativa percebem remuneração constituídas pelas seguintes parcelas: (obs.
Lei 6.173/12  de parcela única)
a) mensalmente:
I. vencimentos, compreendendo soldo e gratificações;
II. indenizações.
b) eventualmente, outras indenizações.
§2º- Os policiais-militares em inatividade percebem (subsídios, Art. 5° Lei 6.173/12):
a) mensalmente: proventos;
b) eventualmente: auxílio – invalidez.
§3º- Os policiais-militares receberão salário-família de conformidade com a lei que o rege.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 53. O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas em lei peculiar que trata da
remuneração dos policiais-militares, será concedido ao policial-militar, que, quando em serviço ativo, tenha
sido ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva e considerado inválido, total e
permanentemente, para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência. (no valor integral do
subsídio).
Art. 54. O soldo (subsídio) é irredutível e não será sujeito a penhora sequestro ou arresto, exceto nos
casos previstos em lei. (ex.: pensão alimentícia)
Art. 55. Para efeito de montepio (extinto pela Lei Complementar Nº 66 de 16/01/2006) e outros fundos, o valor do
soldo é igual para o policial-militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo grau
hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II, do artigo 49.(Revogado pela Lei nº 5.210, de 19/09/2001).
Art. 56. É proibido acumular remuneração de inatividade. (Obs.: Gratificação de Retorno à Atividade).
Parágrafo Único- O disposto neste artigo, não se aplica aos policiais-militares da reserva remunerada e
aos reformados, quanto ao exercício do mandado eletivo, quanto ao de função de magistério ou cargo em
comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.

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Art. 57. Os proventos da inatividade serão previstos sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos policiais-militares em serviço ativo, na
percentagem concedida. (Revogado pelo Art. 5° da lei 6.173/12).
Parágrafo Único- Ressalvados os casos, previstos em lei, os proventos de inatividade não poderão
exceder a remuneração percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou na graduação correspondente
aos dos seus proventos.
SEÇÃO II
DA PROMOÇÃO
Art. 58. O acesso na hierarquia policial-militar é seletiva, gradual e sucessivo e será feito mediante
promoções, de conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções de oficiais e de
praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os policiais-militares a que esses
dispositivos se referem. (LC nº 68/06, Praças, LE Nº 6.414/13, Oficiais).
§1º- O planejamento da carreira dos oficiais e praças, obedecidas as disposições da legislação e
regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do Comandante- Geral da Polícia Militar.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos policiais-
militares para o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior.
Art. 59. As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade e merecimento ou, ainda, por
bravura e post-mortem.
§1º- Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.
§2º- A promoção de policiais-militares feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo o
princípio de antiguidade, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se
houvesse sido promovido na época devida.
Art. 60. Não haverá promoção de policial-militar por ocasião de sua transferência para a reserva
remunerada ou por ocasião de sua reforma.
SEÇÃO III
DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO

Art. 61. Ao policial-militar será concedido obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de férias,
observado o plano elaborado pela sua Organização Policial-Militar.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a regulamentação da concessão das férias
anuais.
§2º- A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde,
por punição decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou para que estejam cumpridos
atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.
§3º- Somente em casos de interesse de Segurança Nacional, de manutenção da ordem, de extrema
necessidade do serviço ou de transferência para a inatividade, o Comandante-Geral poderá interromper
ou deixar de conceder na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se então o
fato em seus assentamentos.
§ 4º- Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte ou no caso de sua interrupção
pelos motivos previstos, o período de férias não gozado será computado dia-a-dia, pelo dobro, no
momento da passagem do policial-militar para inatividade e somente para esse fim. (Rev. Tac. pelo Art. 40,
§10°, da CF/88).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 62. Os policiais-militares têm direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento total do
serviço, obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
I- núpcias: 08 (oito) dias;
II- luto: 08 (oito) dias;
III- instalação: até 10 (dez) dias;
VI- trânsito: até 30 (trinta) dias.
Parágrafo Único- O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto será concedido, no primeiro
caso, se solicitado por anteposição, à data do evento e, no segundo caso, tão logo a autoridade a que
estiver subordinado o policial-militar tenha conhecimento do óbito.
Art. 63. As férias e os outros afastamentos mencionados nesta Seção são concedidos com a
remuneração prevista na legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos
efeitos legais.

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SEÇÃO VI
DAS LICENÇAS

Art. 64. Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida
ao policial-militar, obedecidas as disposições legais e regulamentares.
§1º- A licença poder ser:
a) especial;
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da família;
d) para tratamento de saúde própria.
§2º- A remuneração do policial-militar, quando no gozo de qualquer das licenças constantes do
parágrafo anterior, é regulada em legislação peculiar.
Art. 65. A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço, relativa a cada decênio de
tempo de efetivo serviço prestado, concedida ao policial-militar que a requerer, sem que implique em
qualquer restrição para a sua carreira.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- A licença especial tem a duração de 06 (seis) meses, a ser gozado de uma só vez, podendo ser
parcelada em 02 (dois) ou 03 (três) meses por ano civil, quando solicitado pelo interessado e julgado
conveniente pelo Comandante – Geral da Corporação.
§2º- O período de licença especial não interrompe a contagem do tempo de efetivo serviço.
§3º- Os períodos de licença especial não gozados pelo policial-militar são computados em dobro para
fins exclusivos da contagem de tempo para a passagem para a inatividade e, nesta situação, para todos os
efeitos legais. (Revogado Tacitamente pelo Art. 40, §10, da CF/88)
§4º- A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de
saúde e para que sejam cumpridos atos de serviços, bem como não anula o direito àquelas licenças.
§5º- Uma vez concedida a licença especial, o policial-militar será exonerado do cargo ou dispensado
do exercício das funções que exerce e ficará à disposição do órgão de pessoal da Polícia Militar.
§6º- A concessão da licença especial é regulada pelo Comandante-Geral da Polícia Militar, de acordo
com o interesse do serviço.
Art. 66. A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento total do serviço,
concedida ao policial-militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, que a requerer com aquela
finalidade.
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de
efetivo serviço.
§2º- A concessão de licença para tratar de interesse particular é regulada pelo Comandante-Geral da
Polícia Militar, de acordo com o interesse do serviço.
Art. 67. As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.
§1º- A interrupção da licença especial ou de licença para tratar de interesse particular poderá ocorrer:
a) em caso de mobilização e estado de guerra;
b) em caso de decretação de estado de sítio;
c) para cumprimento de sentença que importe em restrição de liberdade individual;
d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme for regulamentado pelo Comandante-Geral da
Polícia Militar; e
e) em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito policial-militar, a juízo da
autoridade que efetivar a pronúncia ou a indiciação.
§2º- A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para de cumprimento
de pena disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, será regulada na legislação da Polícia
Militar.
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SEÇÃO V
Da Jornada de Trabalho e do Regime de Trabalho
(Toda a Seção V foi acrescida pela Lei nº 6.467/13)

Art. 67-A. Fica estabelecida jornada de trabalho de 44(quarenta e quatro) horas semanais para os
militares do Estado do Piauí no efetivo exercício das atribuições próprias do cargo.
§1º- Decreto disporá sobre a escala de serviços, a jornada diária de trabalho, os períodos de
descanso e as folgas.
§2º- O militar do Estado, mesmo nos períodos de folga, poderá ser convocado para serviço em
situações de calamidade pública, de emergência, na ocorrência de desastres ou da prática de ações
criminosas que afetem gravemente a segurança ou a ordem pública.
§3º- As horas que excederem a jornada diária serão remuneradas por gratificação por operações
planejadas ou compensadas, na forma disciplinada no regulamento previsto no §1º deste artigo.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§4º- Não se aplica o §3º aos militares que exerçam cargo em comissão, percebam gratificações de
representação de gabinete ou outra gratificação pelo exercício do cargo, ainda que em exercício em outro
Poder.
Art. 67-B. O Regime de trabalho dos militares do Estado obedecerá aos seguintes princípios:
I. dedicação integral ao serviço do militar;
II. permanência e continuidade, quando à necessidade da prestação do serviço;
III. eficiência quanto à qualidade técnico-profissional dos serviços a serem prestados.

CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS

Art. 68. As prerrogativas dos policiais-militares são constituídas pelas honras, dignidade e distinção
devidas aos graus hierárquicos e cargos.
Parágrafo Único- São prerrogativas dos policiais-militares:
a) uso de títulos, uniforme, distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares da Polícia Militar,
correspondentes ao posto ou à graduação;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhe sejam asseguradas em leis ou regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização policial-militar, cujo
Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência sobre o preso ou detido; e
d) julgamento em foro especial, nos crimes militares.
Art. 69. Somente em caso de flagrante delito (Art. 302 CPP e Art. 244 do CPPM), o policial-militar poderá ser
preso por autoridade policial, (Ex.: Delegado de Polícia) ficando esta, obrigada a entregá-lo imediatamente à
autoridade policial-militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto policial durante o
tempo necessário à lavratura do flagrante.
§1º- Cabe ao Comandante-Geral da Polícia Militar a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial-
militar que não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer
policial-militar ou não lhe der o tratamento devido ao posto ou à sua graduação.
§2º- Se, durante o processo em julgamento no foro comum, houver perigo de vida para qualquer preso
policial-militar, o Comandante-Geral da Polícia Militar providenciará os entendimentos com a autoridade
judiciária (Ex.: juízes, MP) visando à guarda dos pretórios ou tribunais por força policial-militar.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 70. Os policiais-militares da ativa, no exercício de funções policiais-militares são dispensados do
serviço de júri na justiça civil e do serviço na justiça eleitoral.

SEÇÃO ÚNICA
DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR

Art. 71. Os uniformes da Polícia Militar, com seus distintivos, insígnias e emblemas são privativos dos
policiais-militares e representam o símbolo da autoridade policial-militar com as prerrogativas que lhe são
inerentes.
Parágrafo Único- Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes,
distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares, bem como seu uso por quem a eles não tiver direito.
(Art. 172 do CPM)
Art. 72. O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como modelos,
descrição, composição, peças, acessórios e outras disposições são estabelecidas na regulamentação
peculiar da Polícia Militar. (Decreto nº 11.973/05).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- É proibido ao policial-militar o uso de uniformes:
a) em reuniões, programas ou qualquer outra manifestação de caráter político-partidário;
b) na inatividade, salvo para comparecer a solenidade militar e policiais-militares, e, quando autorizado,
a cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou atos sociais solenes de caráter particular;
c) no estrangeiro, quando em atividade não relacionadas com a missão do policial-militar, salvo quando
expressamente determinado ou autorizado.
§2º- Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à
dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por decisão do
Comandante-Geral da Polícia Militar.
Art. 73. O policial-militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que usa e aos
distintivos, emblemas ou às insígnias que ostente.
Art. 74. É vedado ao qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniforme ou ostentar
distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
CAPÍTULO I
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
SEÇÃO I
DA AGREGAÇÃO

Art. 75. A agregação é a situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica, do seu quadro nela permanecendo sem número.
§1º- O policial-militar deve ser agregado quando:
a) (Revogada pela Lei nº 5.468, de 18 de julho de 2005)
b) aguardar transferência "ex-ofício" para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em
quaisquer dos requisitos que a motivam; e
c) for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo de:
I. ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de tratamento;
II. ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;
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III. haver ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamento de saúde própria;
IV. haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse particular;
V. haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos em licença para tratamento de saúde de pessoa da
família;
VI. ter sido considerado oficialmente extraviado;
VII. haver sido esgotado prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal Militar, se
oficial ou praça com estabilidade assegurada;
VIII. como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a fim de se ver
processar;
IX. se ver processar, após fiar exclusivamente à disposição da justiça comum;
X. haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos sujeito a processo no foro militar;
XI. ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a 06 (seis) meses, em sentença passada em
julgado, enquanto durar a execução ou até ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela
incompatível;
XII. ter passado à disposição da Secretaria do Governo ou de outros órgãos do Estado do Piauí, da
União, dos demais Estados ou dos Territórios e dos Municípios, para exercer função de natureza civil;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
XIII. ter sido nomeado para qualquer cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive da
administração indireta;
XIV. ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 05 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço (CF Art.
14, §8°, II- se contar MAIS DE 10(DEZ) ANOS DE SERVIÇO);
XV. ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função
prevista no Código Penal Militar.
§2º- O policial-militar agregado de conformidade com as alíneas "a" e "b" do § 1º, continua a ser
considerado, para todos os efeitos, em serviço ativo.
§3º- A agregação do policial-militar, a que se refere a alínea "a" e os itens XII e XIII da letra "c" do § 1º,
é contada a partir da data de posse do novo cargo até o regresso à Corporação ou transferência "ex- ofício"
para a reserva remunerada.
§4º- A agregação do policial-militar, a que se refere os itens I, III, IV, V e X, da alínea "c“ do § 1º, é
contada a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o respectivo evento.
§5º- A agregação do policial-militar, a que se referem a alínea "b" e item II, VI, VII, VIII, IX e XV, da
alínea "c" do § 1º, é contada a partir da data indicada no ato que torna público o respectivo evento.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§6º- A agregação do policial-militar, que se refere o item XIV da alínea "c" do § 1º, é contada a partir
da data do registro como candidato até sua diplomação ou seu regresso à Corporação, se não houver sido
eleito.
§7º- O policial-militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas relações
com outros policiais-militares e autoridades civis, salvo quando titular do cargo quer lhe dê precedência
funcional sobre outros policiais-militares mais graduados ou mais antigos.
§8º- Este artigo não será aplicado para os policiais-militares nomeados para o Gabinete Militar do
Governador do Estado.
Art. 76. O policial-militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e remuneração,, à
organização policial-militar que lhe for designada continuando a figurar no respectivo registro, sem
número, no lugar que até então ocupava, com a abreviatura "Ag" e anotações esclarecedoras de sua
situação.
Art. 77. A agregação se faz por ato do Governador do Estado do Piauí.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO II
DA REVERSÃO

Art. 78. Reversão é o ato pelo qual o policial-militar agregado retorna ao respectivo quadro tão logo
cesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na respectiva
escala numérica, na 1ª vaga que ocorrer.
Parágrafo Único- A qualquer tempo poderá ser determinada a reversão do policial-militar agregado,
exceto nos casos previstos nos incisos I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV e XV, da alínea "c" do § 1º do art. 75.
Art. 79. A reversão será efetuada mediante ato do Governador do Estado do Piauí.

SEÇÃO III
DO EXCEDENTE

Art. 80. Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial-militar que:
I- tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverte ao respectivo quadro, estando
este com seu efetivo completo;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
II. aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica após haver sido transferido de quadro,
estando o mesmo com seu efetivo completo; (Revogado pela LOB, Art. 16 e Art. 17 da Lei Estadual 6.792/2016).
III. é promovido por bravura, sem haver vaga;
IV. (Revogado pela Lei nº 5.461, de 30 de julho de 2005 e pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).
V. (Revogado pela Lei nº 5.461, de 30 de julho de 2005 e pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).
VI. tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao
respectivo Quadro, estando este com seu efetivo completo.
§1º- (Revogado pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).
§2º- (Revogado pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).
§3º- (Revogado pela Lei Complementar nº 68, de 23/03/2006).
§4º- (Revogado pela Lei nº 5.461, de 30 de julho de 2005).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO IV
DO AUSENTE E DO DESERTOR

Art. 81. É considerado AUSENTE o policial-militar que por mais de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas:
I. deixar de comparecer à sua Organização Policial Militar sem comunicar qualquer motivo de
impedimento; e
II. ausentar-se, sem licença, da Organização Policial-militar onde serve ou local onde deve permanecer.
Parágrafo Único- Decorrido o prazo mencionado neste artigo, serão observadas as formalidades
previstas em legislação específica.
Art. 82. O policial-militar é considerado desertor nos casos previstos na Legislação Penal Militar. (Art.
187 do CPM, mais de 08 dias)

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SEÇÃO V
DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 83. É considerado DESAPARECIDO o policial-militar da ativa que, no desempenho de qualquer


serviço, em viagem, em operações policiais-militares ou em caso de calamidade pública, tiver PARADEIRO
IGNORADO POR MAIS DE 08 (OITO) DIAS.
Parágrafo Único- A situação de desaparecimento só será considerado quando NÃO HOUVER INDÍCIO
DE DESERÇÃO.
Art. 84. O policial-militar que, na forma do artigo anterior, PERMANECER DESAPARECIDO POR MAIS DE
30 (TRINTA) DIAS, será oficialmente considerado EXTRAVIADO.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO V
DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 83. É considerado DESAPARECIDO o policial-militar da ativa que, no desempenho de qualquer


serviço, em viagem, em operações policiais-militares ou em caso de calamidade pública, tiver PARADEIRO
IGNORADO POR MAIS DE 08 (OITO) DIAS.
Parágrafo Único- A situação de desaparecimento só será considerado quando NÃO HOUVER INDÍCIO
DE DESERÇÃO.
Art. 84. O policial-militar que, na forma do artigo anterior, PERMANECER DESAPARECIDO POR MAIS DE
30 (TRINTA) DIAS, será oficialmente considerado EXTRAVIADO.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
CAPÍTULO II
DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO

Art. 85. O desligamento ou a exclusão do serviço ativo da Polícia Militar é feito em consequência de:
I- transferência para a reserva remunerada;
II. reforma;
III. demissão;
IV.perda de posto e patente;
V- licenciamento;
VI. exclusão a bem da disciplina;
VII. deserção;
VIII. falecimento; e
IX. extravio.
Parágrafo Único- O desligamento de serviço ativo só ocorrerá após a expedição de ato de autoridade
competente.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 86. A transferência para a reserva remunerada ou a reforma não isentam o policial-militar da
indenização dos prejuízos causados à Fazenda do Estado ou a terceiro, nem ao pagamento das pensões
decorrentes de sentença judicial.
Art. 87. O policial-militar da ativa, enquadrado em um dos itens I, II e V, do art. 85, ou demissionário a
pedido, continuará no exercício de suas funções até ser desligado da Organização Policial Militar em que
serve.
Parágrafo Único- O desligamento da Organização Policial-militar em que serve deverá ser feito após a
publicação em Diário Oficial ou Boletim da Corporação do ato correspondente, e não poderá exceder de
45 (quarenta e cinco) dias da data da primeira publicação oficial.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO I
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA

Art. 88. A passagem do policial-militar à situação de inatividade mediante transferência para a reserva
remunerada, se efetua:
I. a pedido;
II. em condições especiais; e (até 2019, de acordo com a lei Lei 6.414/13)
III. ex-ofício.
Art. 89. A transferência para a reserva remunerada, A PEDIDO, será concedida, mediante
requerimento, ao policial-militar que conte, no mínimo, 30 (TRINTA) ANOS DE SERVIÇOS.
§1º- No caso do policial-militar haver realizado qualquer curso ou estágio de duração superior a 06
(seis) meses, por conta do Estado do Piauí, NO EXTERIOR, sem haver decorrido 03 (três) anos de seu
término, a transferência par a reserva remunerada, só será concedida mediante indenização de todas as
despesas correspondentes à realização do referido curso ou estágio, inclusive as diferenças de
vencimentos.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- Não será concedida transferência para a reserva remunerada, a pedido, ao policial-militar que:
a) estiver respondendo inquérito ou processo em qualquer jurisdição; e
b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Art. 90. A transferência para a reserva remunerada, em condições especiais, será concedida, a pedido,
AO OFICIAL que conte ou venha a contar mais de 30 (trinta) anos de serviço e mais de 5 (cinco) anos NO
PENÚLTIMO POSTO DE SEU QUADRO. (Obs.: De acordo com o Art. 7°-A, c/c §3° da Lei 6.414/13, somente haverá esta
promoção até 2019)
§1º- O Oficial que preencher estas condições SERÁ PROMOVIDO AO POSTO IMEDIATO, independente
de calendário de promoções, NÃO OCUPARÁ VAGA E SERÁ AUTOMATICAMENTE, AGREGADO, ficando à
disposição do Gabinete do Comandante Geral.
§2º- O Oficial agregado nas condições do parágrafo anterior, assim permanecerá NO PRAZO DE 90
(NOVENTA) DIAS, findo o qual será TRANSFERIDO "EX-OFÍCIO" PARA A RESERVA REMUNERADA, se já não
o houver requerido.
§3º- A transferência para a reserva remunerada do Oficial enquadrado nas disposições deste artigo,
será efetivada com OS PROVENTOS DE SEU PRÓPRIO POSTO, AUMENTADO DE 20% (VINTE POR CENTO).

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Art. 91. A transferência "EX-OFÍCIO" para a reserva remunerada, verificar–se-á sempre que o policial-
militar incidir nos seguintes casos:
I. O OFICIAL OU A PRAÇA atingirem a IDADE-LIMITE DE 63 (SESSENTA E TRÊS) ANOS, e 66 (SESSENTA
E SEIS) ANOS PARA O CAPELÃO MILITAR. (Alterado com a lei nº7.427 de 28/12/2020)
II. ter ultrapassado ou vier a ultrapassar:
a) O OFICIAL SUPERIOR: 08 (oito) anos de permanência no posto, quando este for o último da hierárquica
de seu Quadro; (Revogado)
b) O OFICIAL INTERMEDIÁRIO: 06 (seis) anos de permanência no posto, quando este for o último da
hierárquica de seu Quadro; (Revogado)
(Obs.: De acordo com o Art.4° da LC n° 17/96, recentemente auterado pela Lei 6.414/13, diz que:
“Art. 4° O oficial no ÚLTIMO POSTO DE QULQUER DOS QUADROS da Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros que conte com TRINTA
ANOS DE EFETIVO SERVIÇO E 4 (QUATRO) DO QUAIS DE PERMANÊNCIA NO ÚLTIMO POSTO, será transferido “EX OFFICIO” PARA A
RESERVA REMUNERADA.
Parágrafo Único. Para os COMANDANTES das duas corporações o prazo MÁXIMO DE PERMANÊNCIA NO ÚLTIMO POSTO É DE 6
(SEIS) ANOS.”)

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
III. ser oficial considerado NÃO HABILITADO PARA O ACESSO, EM CARÁTER DEFINITIVO, no momento
em que vier ser objeto de apreciação para ingresso em Quadro de Acesso;
IV. ultrapassar 02 (DOIS) ANOS, CONTÍNUOS OU NÃO, em LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSE
PARTICULAR;
V. ultrapassar 02 (DOIS) ANOS CONTÍNUOS em LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE PESSOA
DA FAMÍLIA.
VI. ultrapassar 02 (DOIS) ANOS DE AFASTAMENTO, CONTÍNUO OU NÃO, AGREGADO em virtude de ter
sido EMPOSSADO EM CARGO PÚBLICO CIVIL TEMPORÁRIO, não eletivo, inclusive da administração
indireta;
VII. ser DIPLOMADO em cargo eletivo, desde que conte 05 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço (CF
Art. 14, §8°, II- se contar MAIS DE 10(DEZ) ANOS DE SERVIÇO);
VIII. após 03 (TRÊS) INDICAÇÕES para frequentar os Cursos: SUPERIOR DE POLÍCIA; DE
APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS OU DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS. A transferência para a
reserva remunerada dar-se-á APÓS A 3ª INDICAÇÃO, mediante parecer da COMISSÃO DE PROMOÇÕES E
DE DECISÃO DO COMANDANTE- GERAL.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- A transferência para a reserva remunerada processar-se-á à medida que o policial-militar for
enquadrado em um item deste artigo.
§2º- A nomeação do policial-militar para os cargos de que trata o item VI, somente poderá ser feita;
a) pela autoridade federal competente;
b) pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização, nos demais casos.
§3º- Ao policial-militar enquanto permanecer no cargo de que trata o item VI:
a) ser-lhe-á assegurado a opção entre a remuneração do cargo e a do posto ou de graduação;
b) somente poderá ser promovido por antiguidade;
c) ser-lhe-á contado o tempo de serviço para efeito da promoção por antiguidade ou transferência
para a inatividade.
§4º- O policial-militar TRANSFERIDO "EX-OFÍCIO" para a reserva remunerada por incidir nos itens I e II
deste artigo terá os seus proventos calculados tomando-se por base o soldo (subsídio) integral do seu posto
ou graduação.
Art. 92. A transferência do policial-militar para a reserva remunerada PODERÁ SER SUSPENSA na
vigência do estado de guerra, estado de sítio ou em caso de mobilização.

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Art. 93. O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para o serviço ativo por ato do
Governador do Estado para compor Conselho de Justificação, para ser encarregado de Inquérito Policial
Militar ou incumbido de outros procedimentos administrativos, na falta de oficial da ativa em situação
hierárquica compatível com a do oficial envolvido.
§1º- O oficial convocado nos termos deste artigo, terá os direitos e deveres dos da ativa de igual
situação hierárquica, EXCETO QUANTO À PROMOÇÃO A QUE NÃO CONCORRERÁ, e contará como
acréscimo esse tempo de serviço.
§2º- A convocação de que trata este artigo dependerá da anuência do convocado, precedida de
inspeção de saúde, NÃO PODENDO SER SUPERIOR A 12 (DOZE) MESES.

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SEÇÃO II
DA REFORMA
Art. 94. A passagem do policial-militar à situação de inatividade, mediante reforma, se efetua "ex-
ofício".
Art. 95. A reforma de que trata o artigo anterior será aplicada ao policial-militar que:
I. O oficial ou a praça atingirem a idade-limite de 68 (sessenta e oito) anos de permanecia na reserva
remunerada, aplicando-se aos 68 (sessenta e oito) anos para o Capelão Militar; (Alterado com a lei nº7.427 de
28/12/2020)
II. for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia Militar;
III. estiver agregado por mais de 02 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz temporariamente, mediante
homologação da Junta de Saúde, ainda mesmo que se trate de moléstia curável;
IV. for condenado à pena de reforma, prevista no Código Penal Militar, por sentença passada em
julgado; (Ex.: Art. 170 e 201 do CPM)
V. sendo Oficial, tiver sido determinado por decisão transitado em julgado;
VI. sendo Aspirante-a-Oficial PM e Praça com estabilidade assegurada, for para tal indicado ao
Comandante-Geral da Polícia Militar, em julgamento de Conselho de Disciplina.
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Parágrafo Único- O policial-militar reformado, na forma do item V, só poderá readquirir a situação
policial-militar anterior, por outra sentença do Poder Judiciário e nas condições nela estabelecidas, e, na
forma do item VI, por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar.
Art. 96. Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de pessoal da Corporação, organizará a relação dos
policiais-militares que houverem atingindo a idade limite de permanência na reserva remunerada, a fim
de serem reformados.
Art. 97. A situação de inatividade do policial-militar da reserva remunerada quando reformado por
limite de idade, não sofre solução de continuidade, exceto quanto às condições de convocação.
Art. 98. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
I- ferimento recebido na manutenção da ordem pública ou enfermidade contraída nessa situação ou
que nela tenha sua causa eficiente;
II- acidente em serviço;
III- doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com relação de causa e efeito a condições inerentes
ao serviço;

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
IV. tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia, maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefopatia grave
e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada;
V. acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e efeito com o serviço.
§1º- Os casos de que tratam os itens I, II e III, deste artigo serão provados por atestados de origem ou
inquérito sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital, papeletas de tratamento nas
enfermidades e hospitais, e os registros de baixa, utilizados como meios subsidiários para esclarecer a
situação.
§2º- Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão basear seus julgamentos,
obrigatoriamente, em observações clínicas, acompanhadas de repetidos exames subsidiários, de modo a
comprovar com segurança, a atividade da doença, após acompanhar sua evolução até 03 (três) períodos
de 06 (seis) meses de tratamento clínico – cirúrgico metódico atualizado e, sempre que necessário,
nosocomial, salvo quando se tratar de formas "grandemente avançadas" no conceito clínico e sem
qualquer possibilidade de regressão completa, as quais, terão parecer imediato da incapacidade
definitiva.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§3º- O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os portadores de lesões
aparentemente inativas, ficará condicionado a um período de consolidação extranosocomial nunca inferior
a 06 (seis) meses contados a partir da época da cura.
§4º- Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou neuro-mental grave persistente,
no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça alteração completa ou considerável da
personalidade, destruindo a autodeterminação do pragmatismo e tornando o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§5º- Ficam excluídas do conceito de alienação mental as epilepsias psíquicas e neurológicas, assim
julgadas pelas Juntas de Saúde.
§6º- Consideram-se paralisia, todo caso de neuropatia grave e definitiva que afeta a mobilidade,
sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento,
permaneçam distúrbios graves, extensos e definitivos que tornem o indivíduo total e permanentemente
impossibilitado para qualquer trabalho.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§7º- São também equiparados às paralisias os casos de afecções ósteo-músculo-articulares graves e
crônicas (reumatismos graves e crônicos ou progressivos e doenças similares), nos quais esgotados os
meios habituais de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos, quer ósteo-músculo-
articulares residuais, quer secundários das funções nervosas, motilidade, troficidade ou mais funções que
tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§8º- São equiparados à cegueira, não só os casos de afecções crônicas, progressivas e incuráveis, que
conduzirão à cegueira total, como também os de visão rudimentar que permitam a percepção de vultos,
não susceptíveis de correção por lentes, nem removíveis por tratamento médico-cirúrgico.
Art. 99. O policial-militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes
dos itens I, II, III e IV do art. 98, será reformado com qualquer tempo de serviço.
Art. 100. O policial-militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do
item I, do art. 98, será reformado com a remuneração calculada com base no soldo correspondente ao grau
hierárquico imediato ao que possuir da ativa.
§1º- Aplica-se o disposto neste artigo, aos cargos previstos nos itens II, III e IV, do art. 98, quando
verificada a incapacidade definitiva, for o policial-militar considerado inválido, isto é, impossibilitado total
e permanentemente para qualquer trabalho.
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- Considera-se, para efeito deste artigo, grau hierárquico imediato:
a) o de Primeiro Tenente PM, para Aspirante-a-Oficial PM;
b) o de Segundo Tenente PM, para Subtenente PM, Primeiro Sargento PM, Segundo Sargento PM e
Terceiro Sargento PM;
c) o de Terceiro Sargento PM, para Cabo PM e Soldado PM.
§3º- Aos benefícios previstos neste artigo e seus parágrafos poderão ser acrescidos outros relativos à
remuneração, estabelecidos em leis peculiares, desde que o policial-militar, ao ser reformado, já satisfaça
as condições por elas exigidas.
Art. 101. O policial-militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do
item V, do art. 98, será reformado:
I. com remuneração PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO, se Oficial ou PRAÇA COM ESTABILIDADE
ASSEGURADA; e.
II. com remuneração calculada com base no soldo integral do posto ou graduação, desde que, com
qualquer tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente
para qualquer trabalho.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 102. O policial-militar reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto em inspeção de
saúde por Junta de Saúde, em grau de recursos ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou ser
transferido par a reserva remunerada, conforme dispuser regulamentação peculiar.
§1º- O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reforma não ultrapassar
02 (dois) anos e na forma do disposto no § 1º, do artigo 80;
§2º- A transferência para a reserva remunerada, observado o limite de idade para permanência nessa
situação, ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado, ultrapassar 02 (dois) anos.
Art. 103. O policial-militar reformado por alienação mental enquanto não ocorrer a designação do
curador, terá sua remuneração paga aos seus beneficiários, desde que o tenham sob sua guarda e
responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano e condigno.
§1º- A interdição judicial (artigos 1.768 e 1.769 CC) do policial-militar, reformado por alienação mental,
deverá ser providenciada junto ao Ministério Público, por iniciativa de beneficiário, parentes ou
responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar da data do ato da reforma.
§2º- A interdição judicial do policial-militar e seu internamento em instituição apropriada, policial-
militar ou não, deverão ser providenciados pela Corporação quando:

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a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis; ou se não o requerer no prazo previsto no § 1º;
b) não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas neste artigo.
§3º- Os processos e os atos de registros de interdição do policial-militar terão andamento sumário,
serão instruídos com laudo proferido por Junta de Saúde e isentos de custas.
Art. 104. Para fins do previsto na presente seção, as Praças constantes do quadro a que se refere o
artigo 14, são consideradas:
I- Segundo Tenente PM: os Aspirantes-a-Oficiais PM;
II- Aspirante a Oficial PM: os alunos-oficiais PM;
III. Terceiro Sargento PM: os Alunos do Curso de Formação de Sargentos PM;
IV. Cabo: os alunos do Curso de formação de Cabo PM e de Soldado PM.

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SEÇÃO III
DA DEMISSÃO; DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE E DA DECLARAÇÃO DE
INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO

Art. 105. A demissão da Polícia Militar, aplicada exclusivamente aos oficiais, efetua-se:
I- a pedido; e
II- "ex-ofício".
Art. 106. A demissão a pedido será concedida, mediante requerimento do interessado:
I. sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de 05(cinco) anos de oficialato, na
Corporação;
II. com indenização das despesas feitas pelo Estado do Piauí, com a sua preparação e formação, quando
contar menos de 05 (cinco) anos de oficialato, na Corporação.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§1º- No caso do Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração igual ou superior a 06 (seis)
meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado do Piauí, e não tendo decorrido mais
de 03 (três) anos do seu término, a demissão só será concedida mediante indenização de todas as
despesas correspondentes ao referido curso ou estágio, acrescidas, se for o caso, das previstas no item II,
deste artigo e das diferenças de vencimentos.
§2º- No caso do Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração superior a 18 (dezoito) meses,
por conta do Estado do Piauí, aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior, se ainda não houver decorrido
mais de 05 (cinco) anos de seu término.
§3º- O Oficial demissionário, a pedido, não terá direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação
militar definida pela Lei do Serviço Militar. (Lei no 4.375, De 17 De Agosto De 1964).
§4º- O direito à demissão, a pedido, poderá ser suspenso, na vigência do estado de guerra, calamidade
pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio ou em caso de mobilização.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 107. O Oficial da ativa empossado em cargo público permanente, estranho à sua carreira e cuja
função não seja de magistério, será imediatamente, mediante demissão "ex-ofício" por esse motivo
transferido para a reserva, onde ingressará com posto que possuía na ativa, não podendo acumular
qualquer provento de inatividade com a remuneração do cargo público permanente.
Art. 108. O Oficial que houver perdido o posto e a patente será demitido "ex-ofício", sem direito a
qualquer remuneração ou indenização e terá a sua situação definida pela Lei do Serviço Militar. (Lei no 4.375, De
17 De Agosto De 1964)
Art. 109. O Oficial perderá o posto e a patente de for declarado indigno de oficialato, ou com ele
incompatível por decisão transitado em julgado, do Tribunal de Justiça, em decorrência do julgamento a
que for submetido.
Parágrafo Único- O Oficial declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível, e condenado à
perda do posto e patente só poderá readquirir a situação policial-militar anterior por outra sentença do
Tribunal de Justiça e nas condições nelas estabelecidas.
Art. 110. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato, ou de incompatibilidade com o
mesmo por julgamento do órgão competente do Poder Judiciário, o oficial que:

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I. for condenado por tribunal civil ou militar à pena restritiva de liberdade individual superior a 02 (dois)
anos em decorrência de sentença condenatória passado em julgado com a declaração por expressa dessa
medida;
II. for condenado por sentença passado em julgado por crime para os quais o Código Penal Militar
comina essas penas acessórias e por crimes previstos na legislação concernente à Segurança Pública;
III. incidir nos casos previstos em lei específica, que motivam apreciação por Conselho de Justificação
e neste for considerado culpado.
IV. tiver perdido a nacionalidade brasileira. (Art. 12, Inciso II da CF/88. O Estado brasileiro não pode tomar a
nacionalidade do seu nato. Contudo, o brasileiro nato poderá perder a sua nacionalidade quando, mediante manifestação expressa
de vontade, adquirir outra nacionalidade derivada. Os requisitos para que tais brasileiros natos percam a sua nacionalidade são os
seguintes: voluntariedade da conduta, capacidade civil do interessado e aquisição da nacionalidade estrangeira. No caso de reaquisição
de nacionalidade, o brasileiro anteriormente nato volta a ser nato, ao passo que o brasileiro que era naturalizado será, novamente,
considerado naturalizado.)

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SEÇÃO IV
DO LICENCIAMENTO

Art. 111. O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às praças, se efetua:


I. a pedido; e
II. "ex-ofício".
§1º- O licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde que não haja prejuízo para o serviço, à
praça engajada ou reengajada que conte, no mínimo, a metade do tempo de serviço a que se obrigou.
(Revogado, art. 54, II da CE PI/89).
§2º- O licenciamento "ex-ofício" será feito na forma da legislação peculiar:
a) por conclusão de tempo de serviço; (Revogado, art. 54, II da CE PI/89).
b) por conveniência do serviço; (Revogado, art. 54, II da CE PI/89), e
c) a bem da disciplina.
§3º- O policial-militar licenciado não tem direito a qualquer remuneração e terá a sua situação militar
definitiva pela Lei do Serviço Militar. (Lei no 4.375/64).

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§4º- O licenciamento "ex-ofício" a bem da disciplina receberá o Certificado de Isenção previsto na Lei
do Serviço Militar.
Art. 112. O Aspirante-a-Oficial PM e as demais praças empossadas em cargos públicos permanente,
estanho à sua carreira e cuja função não seja de magistério, serão imediatamente licenciados "ex-ofício",
sem remuneração e terão sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.
Art. 113. O direito ao licenciamento a pedido poderá ser suspenso na vigência do Estado de Guerra,
Calamidade Pública, Perturbação da Ordem Interna, Estado de Sítio ou em caso de mobilização.

SEÇÃO V
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA

Art. 114. A exclusão a bem da disciplina, será aplicada "ex-ofício" ao Aspirante a Oficial PM ou às
praças com estabilidade assegurada.
I- se assim houver decidido o Conselho Permanente de Justiça (Crimes Militares em 1ª Instância) ou se a
Justiça Comum houver aplicado pena restritiva de liberdade individual superior a 02 (dois) anos, em
sentença transitado em julgado;
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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
II. se assim tiver decidido o Conselho Permanente de Justiça, por haverem perdido a nacionalidade
brasileira (Art. 12, Inciso II da CF/88.);
III. nos casos que motivaram o julgamento pelo Conselho de Disciplina previstas no art. 48, e neste forem
considerados culpados.
Parágrafo Único- O Aspirante a Oficial PM ou a Praça com estabilidade assegurada que houver sido
excluído a bem da disciplina só poderá readquirir a situação policial-militar anterior:
a) por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e nas condições nela estabelecidas, se a
exclusão for consequência de sentença daquele Conselho; e
b) por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar, se a exclusão for consequência de ter sido
julgado culpado com Conselho de Disciplina.
Art. 115. É da competência do Comandante Geral da Polícia Militar o ato de exclusão a bem da
disciplina do Aspitante-a-Oficial PM, bem como das praças com estabilidade assegurada.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 116. A exclusão da praça a bem da disciplina acarreta perda do seu grau hierárquico e não a isenta
das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda do Estado do Piauí ou a terceiros, nem das pensões
decorrentes da sentença judicial.
Parágrafo Único- A praça excluída a bem da disciplina não terá direito a qualquer remuneração ou
indenização a sua situação militar será definida pela Lei do serviço Militar. (Lei no 4.375, De 17 De Agosto De 1964).

SEÇÃO VI
DA DESERÇÃO

Art. 117. A deserção do policial-militar, acarreta uma interrupção do serviço policial-militar, com a
consequente demissão "ex-ofício" para o Oficial ou exclusão do serviço ativo para a Praça.
§1º- A demissão do oficial ou a exclusão da praça com estabilidade assegurada processar-se-á após 01
(um) ano de agregação, se não houver captura ou apresentação voluntária antes deste prazo.
§2º- A praça SEM ESTABILIDADE ASSEGURADA SERÁ AUTOMATICAMENTE excluída após oficialmente
declarada desertora.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§3º- O policial-militar desertor, que for capturado ou que se apresentar voluntariamente depois de
haver sido demitido ou excluído, será reincluído no serviço ativo e a seguir agregado para se ver
processar.
§4º- A reinclusão em definitivo do policial-militar, de que trata o parágrafo anterior, dependerá da
sentença do Conselho de Justiça.
SEÇÃO VII
DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 118. O falecimento do policial-militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial militar,
com o consequente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do óbito.
Art. 119. O extravio do policial-militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial militar, com o
consequente afastamento temporário de serviço ativo, a partir da data em que o mesmo for oficialmente
considerado extraviado.
§1º- O desligamento do serviço ativo será feito 06 (seis) meses após a agregação por motivo de
extravio.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes
oficialmente reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do policial-militar da ativa será considerado
como falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de possível
sobrevivência ou quando se deem por encerradas as providências de salvamento.
Art. 120. O reaparecimento do policial-militar extraviado ou desaparecido, já desligado do serviço
ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apurar as causas que derem origem ao seu
afastamento.
Parágrafo Único- O policial-militar reaparecido será submetido a Conselho e Justificação ou a Conselho
de Disciplina, por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar, se assim for julgado necessário.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
SEÇÃO III
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 121. Os policiais-militares começam contar tempo de serviço na Polícia Militar a partir da data de
sua inclusão, matrícula em órgão de formação de policiais-militares ou nomeação para posto ou
graduação na Polícia Militar.
§1º- Considera-se como data de inclusão, para fins deste artigo:
a) a data em que o policial-militar é considerado incluído em uma Organização Policial Militar;
b) a data de matrícula em órgão de formação de policiais-militares; e
c) a data da apresentação pronto para o serviço no caso de nomeação.
§2º- O policial-militar REINCLUÍDO começa a contar tempo de serviço na data de reinclusão.
§3º- Quando, por motivo de força maior oficialmente reconhecida (inundação, naufrágio, incêndio,
sinistro aéreo e outras calamidades), faltarem dados para contagem de tempo de serviço, caberá ao
Comandante-Geral da Polícia Militar arbitrar o tempo a ser computado, para cada caso particular, de
acordo com os elementos disponíveis.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 122. Na apuração do tempo de serviço do policial-militar será feita a distinção entre:
I. tempo de efetivo serviço;
II. anos de serviço.
Art. 123. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia-a-dia, entre a data de inclusão
e a data limite estabelecida para contagem ou a data de desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
espaço de tempo seja parcelado.
§1º- Será também computado como tempo de efetivo serviço, o tempo passado dia-a-dia, pelo policial-
militar na reserva remunerada que for convocado para o exercício da função policial-militar, na forma do
art. 93
§2º- Não será deduzido do tempo de efetivo além dos afastamentos previstos no artigo 63, os períodos
em que o policial-militar estiver afastado do exercício de suas funções em gozo de licença especial.
§3º- Ao tempo de serviço de que trata este artigo e seus parágrafos apurados e totalizados em dias,
será aplicado o divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco), para a correspondente obtenção dos anos de
efetivo serviço.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 124. A expressão "ano de serviço" designa o tempo de efetivo serviço a que se refere o artigo
123, e seus parágrafos, com os seguintes acréscimos:
I. tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, prestado pelo policial-militar anteriormente
à sua inclusão, matrícula, nomeação ou reinclusão na Polícia Militar;
II. 01 (um) ano para cada 05 (cinco) anos de efetivo serviço prestado pelo Oficial do Quadro de Saúde até
que este acréscimo complete o total de anos de duração normal do curso universitário correspondente,
sem superposição a qualquer tempo de serviço policial-militar ou público eventualmente prestado durante
a realização deste mesmo curso;
III. tempo relativo a cada licença especial não gozada, contada em dobro; e (Revogado Tacitamente pelo Art.
40, §10, da CF/88);
IV. tempo relativo a férias não gozadas, contadas em dobro. (Revogado Tacitamente pelo Art. 40, §10, da CF/88);
§2º- Os acréscimos a que se refere o item III será computado somente no momento da passagem do
policial militar para a situação de inatividade e, nessa situação para todos os efeitos legais, inclusive quanto
a percepção definitiva de gratificação de tempo de serviço e adicional de inatividade. (Revogado Tacitamente pelo
Art. 40, §10, da CF/88).

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§3º- Não é computável, para efeito algum, o tempo:
a) que ultrapassar de 01(um) ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde de pessoa
da família;
b) passado de licença para tratar de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena ou suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função,
por sentença passada em julgado;
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentença passada em julgado, desde
então não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, quando então, o tempo que exceder ao
período da pena será computado para todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença não o
impeçam. (Art. 77 do CP)
Art. 125. O tempo que o policial-militar vier a passar afastado do exercício de suas funções em
consequência de ferimentos recebidos em recebidos em acidentes quando em serviço, na manutenção da
ordem pública ou de moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial-militar, será computado
como se ele estivesse passado no exercício daquelas funções.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 126. O tempo passado pelo policial-militar no exercício de atividades decorrentes ou dependentes
de operações de guerra será regulado em legislação específica. (“Art. 136. Tempo de efetivo serviço é o espaço de
tempo computado dia a dia entre a data de ingresso e a data-limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento em
consequência da exclusão do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado. § 1º O tempo de serviço em campanha é
computado pelo dobro como tempo de efetivo serviço, para todos os efeitos, exceto indicação para a quota compulsória”(grifei) Lei nº
6.880/1980).
Art. 127. O tempo de serviço dos policiais-militares beneficiados por anistia será contado como
estabelecer o ato legal que a conceder. (Art. 107, II, CP)
Art. 128. A data limite estabelecida para final de contagem dos anos de serviço, para fins de passagem
para a inatividade, será a do desligamento do serviço ativo.
Parágrafo Único- A data limite não poderá exceder a 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais um máximo
de 15 (quinze) dias no órgão encarregado de efetivar a transferência, da data da publicação do ato da
transferência para a reserva remunerada ou reforma em Diário Oficial ou Boletim da Corporação,
considerada sempre a primeira publicação oficial.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 129. Na contagem dos anos de serviços não poderá ser computado qualquer superposição dos
tempos de serviço público (federal, estadual e municipal ou passado em órgão da administração direta) entre si, nem com
os acréscimos de tempo para os possuidores de curso universitário, e nem com o tempo de serviço
computável após a inclusão na Polícia Militar, matrícula em órgão de formação policial-militar ou nomeação
para posto ou graduação na Corporação.

CAPÍTULO IV
DO CASAMENTO

Art. 130. O policial-militar da ativa pode contrair matrimônio, desde que observada a legislação civil
específica.
§1º- É vedado o casamento AO ALUNO-OFICIAL PM, E DEMAIS PRAÇAS enquanto estiverem sujeitos
aos regulamentos dos órgãos de Formação de Oficiais, de graduados e de praças, cujos requisitos para
admissão exijam a condição de solteiro, salvo em casos excepcionais, a critério do Comandante Geral da
Corporação.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- O casamento com mulher estrangeira, somente só poderá ser realizado após a autorização do
Comandante Geral da Polícia Militar.
Art. 131. O Aluno-Oficial PM, e demais praças que contrariem matrimônio em desacordo com o § 1º
do artigo anterior, SERÃO EXCLUÍDAS sem direito a qualquer remuneração ou indenização.

CAPÍTULO V
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
Art. 132. As dispensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados pelos policiais-
militares.
§1º- São recompensas policiais-militares:
a) Prêmios de Honra ao Mérito;
b) condecoração por serviços prestados;
c) elogios, louvores e referências elogiosas; e
d) dispensas do serviço.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
§2º- As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas nas leis e nos
regulamentos da Polícia Militar.
Art. 133. As dispensas do serviço são autorizações concedidas aos policiais-militares para o
afastamento total do serviço, em caráter temporário.
Art. 134. As dispensas do serviço podem ser concedidas aos policiais-militares:
I. como recompensa;
II. para desconto em férias; e
III. em decorrência de prescrição médica.
Parágrafo Único- As dispensas de serviço serão concedidas com a remuneração integral e computadas
com o tempo de efetivo serviço.
Art. 135. A assistência religiosa à Polícia Militar do Estado do Piauí é regulada por legislação específica.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 136. É vedado o uso por parte da organização civil, de designações que possam sugerir sua
vinculação à Polícia Militar.
Parágrafo Único- Excetuam-se das prescrições deste artigo, as associações, clubes, círculos e outros
que congregam membros da Polícia Militar que se destinam exclusivamente, a promover intercâmbio social
e assistência entre policiais-militares e seus familiares e entre esses e a sociedade civil local.
Art. 137. O Estado concederá PENSÃO, na forma que dispuser em Lei, à família do policial-militar
FALECIDO OU EXTRAVIADO.
Art. 138. São adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na Legislação Estadual, os
regulamentos e leis em vigor no Exército Brasileiro, até que sejam adotados e regulamentos peculiares.
Art. 139. Após a vigência do presente Estatuto, serão a ele ajustados todos os dispositivos legais e
regulamentares que com ele tenham pertinência.

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Legislação da PMPI Estatuto dos PMs/PI
Art. 140. O Oficial superior ou intermediário que, na data da publicação desta lei, já tiver incidido nas
disposições previstas nos incisos I, do art. 61, (o Art. 61 fala sobre férias e outros afastamentos temporários, observa-se
claro erro de digitação do legislador, entende-se fazer referência ao Art. 91, I, desta lei) e que estejam desempenhando
função ou cargo em comissão, nomeado pelo Governador do Estado, não será transferido "ex-ofício" para a
reserva remunerada, enquanto permanecer nessa situação.
Art. 141. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 16 de julho de 1981.


Lucídio Portela Nunes- Governador do Estado
Antonio de Almendra Freitas Neto - Secretário de Governo
João Clímaco d’Almeida - Secretário de Justiça e Segurança Pública
José Bento Ibiapina - Secretário de Administração

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Legislação da PMPI RDPMPI
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Piauí “RDPMPI”
(Decreto Estadual nº 3.548, de 31/01/1980 ).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, usando das atribuições legais que lhe confere o Art. 45, inciso
I, da Constituição do Estado,
DECRETA:
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Piauí, que com este baixa.
Art. 2º. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 31 de janeiro de 1980.
Lucídio Portela Nunes
GOVERNADOR DO ESTADO
Antônio de Almendra Freitas Neto
SECRETÁRIO DE GOVERNO
João Clímaco d’Almeida
SECRETARIO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Manoel Leocádio de Melo
SECRETARIO DA ADMINISTRAÇÃO
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Legislação da PMPI RDPMPI
“RDPMPI”
TITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPITULO I
GENERALIDADES

Art. 1º. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Piauí tem, por finalidade, especificar e
classificar as transgressões disciplinares, estabelecer normas relativas à amplitude e à aplicação das
punições disciplinares, à classificação do comportamento policial-militar das praças e à interposição de
recursos contra a aplicação da punições.
Parágrafo Único- São também tratadas, em parte, neste Regulamento, as recompensas especificadas
no Estado dos Policiais-Militares.
Art. 2º. A camaradagem torna-se indispensáveis à formação e ao convívio da família policial-militar,
cumprindo existir as melhores relações sociais entre os policiais-militares.
Parágrafo Único- Incumbe aos superiores incentivar e manter a harmonia e a amizade entre seus
subordinados.
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Legislação da PMPI RDPMPI
Art. 3º. A civilização é a parte da educação policial–militar e, como tal, de interesse vital para disciplina
consiste. Importa ao superior tratar os subordinados, em geral, e os recrutas, em particular, com
urbanidade e justiça, interessando-se pelos seus problemas. Em contrapartida, o subordinado é obrigado a
todas as provas de respeito e deferência para com seus superiores, de conformidade com os regulamentos
policiais–militares. (A civilização é o estágio da cultura social e da civilidade de um agrupamento humano caracterizado pelo
progresso social, científico, político, econômico e artístico. O vocábulo deriva do latim civita que designava cidade e civile (civil) o seu
habitante).
Parágrafo Único- As demonstrações de camaradagem, cortesia e consideração, obrigatórias entre os
policiais-militares, devem ser DISPENSADAS aos militares das Forças Armadas e aos policiais-militar de
outras corporações.
Art. 4º. Para efeito deste Regulamento, todas as Organizações Policiais Militares, tais como: Quartel
do Comando Geral, Comandos de Policiamento, Corpos de Tropa, Diretoria, Gabinetes, Estabelecimentos,
Assessorias, Repartições, Escolas, Campos de Instruções, Serviços, Centos de Formação e Aperfeiçoamento,
Unidades Operacionais e outras serão denominadas de “OPM”.
Parágrafo Único- Para efeito deste Regulamento, os Comandantes, Diretores ou Chefes de OPM serão
denominados “Comandantes”.
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Legislação da PMPI RDPMPI
CAPÍTULO II
PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUICA E DA DISCIPLINA

Art. 5º. A hierárquica militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura
das Forças Armadas, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros, Forças Militares e Policiais–Militares
estrangeiros, por postos e graduações.
Parágrafo Único – A ordenação dos postos e das graduações na Polícia Militar se faz conforme preceitua o
Estatuto dos Policiais Militares (Lei Estadual 3.808/81).
Art. 6º. A disciplina Policial Militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das Leis,
regulamentos, ordens normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte
de todos e de cada um dos componentes da OPM.
§1º- São manifestações essenciais de disciplina:
1. A correção de atitudes;
2. A obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos, ou de quem tem autoridade para
ordenar;
3. A dedicação integral ao serviço;
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Legislação da PMPI RDPMPI
4. A colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da instituição;
5. A consciência das responsabilidades;
6. A rigorosa observância das prescrições regulamentares e das leis.
§2º- A disciplina e o respeito à hierárquica devem ser mantidos permanentemente pelos policiais-
militares na Ativa e Inatividade.
Art. 7º. As ordens devem ser prontamente obedecidas.
§1º- Cabe ao Policial-Militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e pelas consequências
que delas resultarem.
§2º- Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem, repeti-la e solicitar os esclarecimentos necessários
ao seu total entendimento e compreensão.
§3º- Quando a ordem importar em responsabilidade criminal para o executante, poderá o mesmo
solicitar sua confirmação por escrito, cumprindo à autoridade que a emitiu, atender à solicitação.
§4º- Cabe ao executante que exorbitar ou emitir-se no cumprimento de ordem recebida, a
responsabilidade pelos excessos e omissos que cometer.

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CAPÍTULO III
ESFERA DA AÇÃO DO REGULAMENTO DISCIPLINAR
E COMPETÊNCIA PARA SUA APLICAÇÃO
Art. 8º. Estão sujeitos a este Regulamento os policiais–militares na Ativa e Inatividade.
§1º- O disposto no este Regulamento aplica-se, no que couber, aos capelães policiais-militares.
§2º- Os alunos de órgãos específicos de formação de policiais militares também estão sujeitos aos
Regulamentos, normas e prescrições das OPM em que estejam matriculados.
Art. 9º. A competência para aplicar as prescrições contidas neste Regulamento é conferida ao cargo e
não ao grau hierárquico.
São competentes para aplicá-las:
1. O Governador do Estado, a todos os integrantes da Polícia Militar;
2. O Comandante Geral, aos que estiverem sob o seu comando;
3. O Chefe do Gabinete militar, aos que estiverem sob a sua chefia;

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4. O Chefe do Estado Maior, Comandante do Policiamento da Capital, Comandante do Policiamento do
Interior, Comandante de Policiamento de Área, Comandante do Corpo de Bombeiros, Diretores, aos que
servirem sob suas ordens; (CP Metropolitano I, CP Metropolitano II, CP Litoral Meio-Norte, CPSA, CPCE, CPE, CP de Policiamento
Comunitário, CP de Operações Aéreas)
5. Ajudante Geral, Comandantes e Subcomandantes de OPM, Chefes de Seção, Serviços, Assessorias,
Comandantes de Subunidades, aos que servirem sob suas ordens;
6. Comandantes de Pelotões Destacados, aos que servirem sob a suas ordens.
Parágrafo Único- A competência conferida aos Chefes de Seção, de serviço e de Assessorias, limitar-se-
á às ocorrências relacionadas às atividades inerentes ao serviço de suas repartições.
Art. 10. Aos policiais militares na Inatividade não se aplicam as disposições deste Regulamento pelo
fato de poderem tratar no meio civil, inclusive sob a forma de crítica, pela imprensa ou outro meio de
divulgação, de qualquer assunto, excetuando o de natureza policial militar de caráter sigiloso ou funcional.
Parágrafo Único- A prescrição deste Artigo não se aplica aos policiais militares inativos, quando
estiverem convocados para o serviço ativo, no exercício de função em qualquer Organização Policial Militar,
fardados ou ainda, quando atuarem coletivamente com policias militares da Ativa ou Inatividade.

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Art. 11. Todo policial-militar que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina, DEVERÁ
participar a seu chefe imediato por escrito ou verbalmente. Neste último caso, deve confirmar a
participação, por escrito, no prazo máximo de 48(quarenta e oito) horas.
§1º- A parte deve ser clara, concisa e precisa, deve conter os dados capazes de identificar as pessoas
ou coisas envolvidas, o local, a data e hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias que a envolveram,
sem tecer comentários ou opiniões pessoais.
§2º- Quando, para preservação da disciplina e do decoro da Corporação, a ocorrência exigir uma
pronta intervenção, mesmo sem possuir ascendência funcional sobre o transgressor, a autoridade policial
militar de maior antiguidade que presenciar ou tiver conhecimento do fato, deverá tomar imediatas e
enérgicas providências, inclusive prendê-lo “ em nome da autoridade competente”, dando ciência a esta,
pelo meio mais rápido, da ocorrência e das providências em seu nome tomadas.
§3º- Nos casos de participação de ocorrência com policial militar de OPM diversa daquela a que
pertence o signatário da parte deve este, direta ou indiretamente, ser notificado da solução dada, no prazo
máximo de 6(seis) dias úteis, expirando este prazo, deve o signatário da parte informar a ocorrência
referida à autoridade a que estiver subordinado.

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§4º- A autoridade, a quem a parte disciplinar é dirigida, deve dar a solução no prazo máximo de
4(quatro) dias úteis, podendo se necessário, ouvir as pessoas envolvidas, obedecidas as demais prescrições
regulamentares. Na impossibilidade de solucioná-la neste prazo, o seu motivo deverá ser, necessariamente,
publicado em Boletim e, neste caso, o prazo poderá ser prorrogado até 30(trinta) dias.
§5º- A autoridade que receber a parte, não sendo competente para solucioná-la, deve encaminhá-la a
seu superior imediato, com as informações que lhe comportarem.
Art. 12. No caso de ocorrência disciplinar envolvendo policiais–militares de mais de uma OPM, caberá
ao Comandante imediatamente superior da linha de subordinação apurar (ou determinar a apuração) dos
fatos, procedendo, a seguir, de conformidade com o Art. 11 e seus parágrafos, do presente Regulamento,
com os que sirvam sob a sua linha de subordinação funcional.
Parágrafo Único- No caso de ocorrência disciplinar envolvendo militares (FA) e policiais militares, a
autoridade policial militar competente deverá tomar as medidas disciplinares referentes aos elementos a
ela subordinados, informando, pelos canais hierárquicos, sobre a ocorrência, as medidas tomadas e o que
foi por ela apurada, ao Comandante Militar da Área.

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TÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO IV
ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 13. Transgressão Disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres e das
obrigações policiais militares, na sua manifestação elementar e simples, e qualquer omissão ou ação
contrária aos preceitos estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, deste que não
constituam crime.
Art. 14. São transgressões disciplinares:
1. todas as ações ou omissões contrárias à disciplina policial–militar especificadas no anexo ao presente
Regulamento;
2. todas as ações, omissões ou atos, não especificados na relação de transgressões do anexo citado, que
afetem a honra pessoal, o pundonor policia militar, o decoro da classe ou o sentimento do dever e outras
prescrições contidas no Estatuto dos Policiais Militares, leis e regulamentos, bem como aquelas praticadas
contra regras e ordens de serviços estabelecidas por autoridades competente.
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Legislação da PMPI RDPMPI
REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA MILITAR
ANEXO
RELAÇÃO DE TRANSGRESSÃO
I. NTRODUÇÃO
1. As transgressões disciplinares, a que se refere o item 1, do Art. 14, deste Regulamento, são neste
Anexo, enumeradas e especificadas.
A numeração deve servir de referência para o enquadramento e publicação, em Boletim, da punição
ou da justificação da transgressão.
2. No caso das transgressões a que se refere o item (2) do Art. 14 deste Regulamento, quando do
enquadramento e publicação em Boletim, da punição ou justificação da transgressão, tanto quanto
possível deve ser feita alusão aos artigos, parágrafos, letras e números das leis, regulamentos, normas ou
ordens que contrariaram ou outras os quais tenha havido omissão.
3. A classificação da transgressão Leva, Média ou Grave é competência de quem a julga, levando em
consideração o que estabelecemos Capítulos V e VI deste Regulamento.

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II. RELAÇÃO DE TRANSGRESSÃO
1. Faltar à verdade.
2. Utilizar-se do anonimato.
3. Concorrer para a discórdia ou desarmonia, cultivar inimizade entre camaradas.
4. Frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações profissionais com caráter de sindicatos ou
similares.
5. Deixar de punir transgressor da disciplina.
6. Não levar a falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência e não lhe couber reprimir,
ao Conhecimento de autoridade competente, no mais curto prazo;
7. Deixar de cumprir ou fazer cumprir normas regulamentares na esfera de suas atribuições.
8. Deixar de comunicar, a tempo, ao superior imediato, ocorrência no âmbito de suas atribuições, quando
se julgar suspeito ou impedido de providenciar a respeito.
9. Deixar de comunicar ao superior imediato ou, na ausência deste, a qualquer autoridade superior, toda
informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou grave alteração do serviço, logo que
disto tenha conhecimento.

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10. Deixar de informar processo que lhe for encaminhado, exceto caso de suspensão ou impedimento
ou absoluta falta de elementos, hipótese em que estas circunstâncias serão fundamentadas.
11. Deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de subordinação e no mais curto prazo,
recurso ou documento que receber, deste que elaborado de acordo com os preceitos regulamentares, se
não estiver na sua alçada dar solução.
12. Retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordens judicial ou policial de que esteja investido ou que
deva promover.
13. Apresentar parte ou recurso sem seguir as normas e preceitos regulamentares ou em termos
desrespeitosos ou com argumentos falsos ou de má fé, ou mesmo sem justa causa ou razão.
14. Dificultar ao subordinado a apresentação de recursos.
15. Deixar de comunicar ao superior a execução de ordem recebida, tão logo seja possível.
16. Retardar a execução de qualquer ordem.
17. Aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de autoridade competente, ou
para retardar a sua execução.
18. Não cumprir ordem recebida.
19. Simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer dever militar.
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20. Trabalhar mal, intencionalmente, ou por falta de atenção em qualquer serviço ou instrução.
21. Deixar de participar a tempo, à autoridade imediatamente superior, impossibilidade de
comparecer à OPM, ou qualquer ato de qualquer ato de serviço.
22. Faltar ou chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou assistir.
23. Permutar serviço, sem permissão de autoridade competente.
24. Comparecer a qualquer solenidade, festividade, reunião social, com uniforme diferente do marcado.
25. Abandonar serviço para o qual tenha sido designado.
26. Afastar-se de qualquer lugar em que deva estar, por força de disposição legal ou ordem.
27. Deixar de apresentar-se, nos prazos regulamentares, à OPM para que tenha sido transferido ou
classificado e às autoridades competentes, nos casos de comissão ou serviço extraordinário para os quais
tenha sido designado.
28. Não se apresentar ao fim de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que o
mesmo foi interrompido.
29. Representar a OPM e mesmo a Corporação, em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado.
30. Tomar compromisso pela OPM que comanda ou em que serve, sem estar autorizado.

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31. Contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, comprometendo o bom
nome da classe.
32. Esquivar-se a satisfazer compromisso de ordem moral ou pecuniária que houver assumido.
33. Não atender a observação de autoridade competente para satisfazer débito já reclamado.
34. Não atender à obrigação de dar assistência a sua família ou dependentes legalmente constituídos.
35. Fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias envolvendo assunto de
serviço, bens da administração pública ou material proibido, quando isso não configurar crime.
36. Realizar ou propor transações pecuniárias envolvendo superior, igual ou subordinado. Não são
consideradas transações pecuniárias os empréstimos em dinheiro sem auferir lucro.
37. Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por negligência e/ou incúria (desleixo),
medidas contra qualquer irregularidade de que venha a tomar conhecimento.
38. Recorrer ao judiciário, sem antes esgotar todos os recursos administrativos. (Revogado Tacitamente Art. 5º,
XXXV, CF/88 – Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário)
39. Retirar ou tentar retirar, de qualquer lugar sob jurisdição policial militar, material, viatura ou
animal, ou mesmo dele servir-se ordem do responsável ou proprietário.

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40. Não zelar devidamente, danificar ou extraviar, por negligência ou desobediência a regras ou normas de
serviço, material da Fazenda Nacional, Estadual ou Municipal que esteja ou não sob sua responsabilidade
direta.
41. Ter pouco cuidado com o asseio próprio ou coletivo, em qualquer circunstancia.
42. Portar-se sem compostura, em lugar público.
43. Frequentar lugares incompatíveis com seu nível social e o decoro da classe.
44. Permanecer a praça, em dependência da OPM, deste que seja estranha ao serviço, ou sem
consentimento ou ordem de autoridade competente.
45. Portar a praça ara (erro de digitação do legislador entende-se arma) regulamentar, sem estar de serviço
ou sem ordem para tal.
46. Portar a praça arma não regulamentar, sem permissão por escrito, de autoridade competente.
47. Disparar arma, por imprudência ou negligência.
48. Içar ou arriar Bandeira ou insígnia, sem ordem para tal.
49. Dar toques ou notícias sem ordem para tal.
50. Conversar ou fazer ruído em ocasiões, lugares ou horas impróprias.
51. Espalhar boatos ou notícias tendenciosas.
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52. Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de origem de alarme injustificável.
53. Usar violência desnecessária no ato de efetuar prisão.
54. Maltratar preso sob sua guarda.
55. Deixar alguém conversar ou entender-se com preso incomunicável, sem autorização de autoridade
competente. (Revogado Tacitamente pelo Art. 5.º, inciso LXIII, da CF/88, Art. 41, IX, da Lei 7.210/84 – LEP ,
Art. 7.º, inciso III, da Lei n.º 8.906 - EOAB)
56. Conversar com sentinela ou preso incomunicável. (Revogado Tacitamente pelo Art. 5.º, inciso LXIII,
da CF/88, Art. 41, IX, da Lei 7.210/84 – LEP , Art. 7.º, inciso III, da Lei n.º 8.906 - EOAB)
57. Deixar que presos conversem sem eu poder (erro de digitação do legislador entenda-se em seu poder)
instrumento ou objetos não permitidos.
58. Conversar, sentar-se ou fumar, ou ainda consentir na formação ou permanência de grupo ou de pessoa
junto a seu posto de serviço.
59. Fumar em lugar ou ocasião onde isso seja vedado, ou quando se dirigir a superior.
60. Tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os permitidos, em área policial militar ou sob
jurisdição policial militar.

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61. Tomar parte, em área policial militar ou sob jurisdição policial militar, em discussão a respeito de
política ou religião, ou mesmo provocá-las.
62. Manifestar-se, publicamente, a respeito de assuntos políticos ou tomar parte, fardado, em
manifestações da mesma natureza.
63. Deixar o superior de determinar a saída imediata de solenidades, policial-militar ou civil, de
subordinado que a ela compareça em uniforme diferente do mercado.
64. Apresentar-se desuniformisado, mal uniformizado ou com uniforme alterado.
65. Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não regulamentar, bem como, indevidamente,
distintivos ou condecorações.
66. Andar o policial-militar, a pé, em coletivos públicos, com uniforme inadequado, contrariando o
RUPM/CB ou normas a respeito.
67. Usar trajes civis, o cabo ou soldado, quando isso contrariar ordem de autoridade competente.
68. Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial ou à
boa ordem do serviço.
69. Dar conhecimento de fatos, documentos ou assuntos policiais militares a quem deles não deva ter
conhecimento e não tenha atribuições para neles intervir.
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70. Publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos, documentos ou assuntos policiais militares
que possam concorrer para o desprestígio da Corporação ou firam a disciplina ou a segurança.
71. Entrar ou sair de qualquer OPM, o cabo ou soldado com objetos ou embrulhos, sem autorização do
comandante da guarda ou autorização similar.
72. Deixar o Oficial ou Aspirante a Oficial, ao entrar em OPM onde não sirva, de dar ciência da sua
presença ao Oficial de dia, e, em seguida, de procurar o comandante ou o mais graduados dos Oficiais
presentes para cumprimentá-lo.
73. Deixar o Subtenente, Sargento, Cabo ou Soldado, ao entrar em OPM onde não sirva, de apresentar-
se ao Oficial de dia ou seu substituto legal.
74. Deixar o comandante da guarda ou agente de segurança correspondente, de cumprir as prescrições
regulamentares com respeito à entrada ou permanência na OPM de civis ou militares estranhos à mesma.
75. Penetrar o policial militar, sem permissão ou ordem, em aposentos destinados a superior ou onde
esse se ache, bem como qualquer lugar onde a entrada lhe seja vedada.

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76. Penetrar ou tentar penetrar o policial militar em alojamento ou outra sub – unidade, depois da
revista do recolher, salvo os Oficiais ou Sargentos, que, pelas suas funções, sejam a isto abrigados.
77. Entrar ou sair de OPM com força armada, sem prévio conhecimento ou ordem da autoridade
competente.
78. Abrir ou tenta abrir qualquer dependência da OPM, fora das horas de expediente, deste que não seja
respectivo chefe ou sem sua ordem escrita, com a expressa declaração de motivo, salvo situação de
emergência.
79. Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou administrativa.
80. Deixar de portar, o policial militar, o seu documento de identidade, estando ou não fardado ou de exibi-
lo quando solicitado.
81. Maltratar ou não ter o devido cuidado no trato com animais.
82. Desrespeitar, em público, as convenções sociais.
83. Desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil.
84. Desrespeitar corporação judiciária, ou qualquer de seus membros, bem como criticar, em público, ou
pela imprensa, seus atos ou decisões.

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85. Não se apresentar a superior hierárquico o de sua presença retirar-se, sem obediência às normas
regulamentares.
86. Deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar a superior, ressalvadas as exceções previstas no
Regulamento de Continência, Honra e Sinais de Respeito das Forças Armadas.
87. Sentar-se a praça, em público, À mesa em que estiver Oficial ou vice – versa, salvo em solenidades,
festividades, ou reuniões sociais.
88. Deixar, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado.
89. Deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil de cumprimentar superior, uniformizado
ou não, neste caso deste que o conheça ou prestar-lhe as homenagens e sinais regulamentares de
consideração e respeito.
90. Deixar ou negar-se a receber vencimentos, alimentação, fardamento, equipamento ou material que lhe
seja destinado ou deva ficar em seu poder ou sob suas responsabilidades.
91. Deixar o policial militar, presente a solenidades internas ou externas onde se encontrar superior
hierárquico, de saudá-los de acordo com as normas regulamentares.

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92. Deixar o Oficial ou Aspirante a Oficial, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-se ao de maior
posto e ao substituto legal imediato, da OPM onde serve, para cumprimentá-los, salvo ordem ou instrução
a respeito.
93. Deixar o Subtenente ou Sargento, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-se ao seu
comandante ou chefe imediato.
94. Dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a superior.
95. Censurar ato de superior ou procurar desconsiderá-lo.
96. Procurar desacreditar seu igual ou subordinado.
97. Ofender, provocar ou desafiar superior.
98. Ofender, provocar ou desafiar seu subordinado.
99. Ofender a moral por atos, gestos ou palavras.
100. Travar discussão, rixa ou luta corporal com seu igual ou subordinado.
101.Discutir ou provocar discussões, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos,
militares ou policiais militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica quando devidamente
autorizados.

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102.Autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva, seja de caráter reivindicatório,
seja de crítica ou de apoio a ato de superior, com exceção das demonstrações íntimas de boa e sã
camaradagem e com conhecimento do homenageado.
103. Aceitar o policial militar qualquer manifestação coletiva de sues subordinados, salvo a exceção do
número anterior.
104.Autorizar, promover ou assinar petições coletivas dirigidas a qualquer autoridade civil ou policial militar.
105. Dirigir memoriais ou petições, a qualquer autoridade, sobre assuntos da alçada do Comando
Geral da PM, salvo em grau de recurso na forma prevista neste Regulamento.
106. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial militar ou sob a jurisdição policial militar
publicações, estampas ou jornais que atentem contra a disciplina ou a moral.
107. Ter sem em poder ou introduzir, em área policial militar ou sob a sua jurisdição policial militar,
inflamável ou explosivo, sem permissão da autoridade competente.
108. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial militar, tóxicos ou entorpecentes, a não ser
mediante prescrição de autoridade competente.

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109. Ter sem eu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob jurisdição policial militar,
bebidas alcoólicas, salvo quando devidamente autorizado.
110. Fazer uso, estar sob ação ou introduzir outrem a uso de tóxicos, entorpecentes ou produtos
alucinógenos.
111. Embriagar-se ou induzir outrem à embriaguez, embora tal estado não tenha sido constatado por
médico.
112. Usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de autoridade competente.
113. Usar, quando uniformizado, barba, cabelos, bigodes ou costeletas excessivamente compridos ou
exagerados, contraindo disposições a respeito.
114. Utilizar ou autorizar a utilização de subordinados para serviços não previstos em regulamento.
115. Dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente inexequível, que possa acarretar ao
subordinado responsabilidade, ainda que não chegue a ser cumprida.
116. Prestar informação a superior, induzindo-o a erro, deliberada ou intencionalmente.
117.Omitir, em nota de ocorrência, relatório ou qualquer documento, dados indispensáveis ao
esclarecimento dos fatos.
118. Violar ou deixar de preservar local de crime.
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Legislação da PMPI RDPMPI
119. Soltar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência, sem ordem de autoridade competente.
120. Participar o policial militar da ativa, de firma comercial, de emprego industrial de qualquer
natureza, ou nelas exercer função ou emprego remunerado.
121. Andar descoberto, exceto nos postos de serviços, entendidos estes como as salas designadas para
o trabalho dos policiais.
122. Receber visitas nos postos de serviços ou distrair-se com assuntos estranhos ao trabalhos.

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Legislação da PMPI RDPMPI
CAPÍTULO V
JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 15. O julgamento das transgressões deve ser precedido de uma análise e de um exame que
considerem:
1- Os antecedentes do transgressor;
2- As causas que a determinarem;
3 A natureza dos fatos ou atos que a envolverem;
4 As consequências que dela possam resultar.
Art. 16. Nos julgamentos das transgressões podem ser levantadas causas que justifiquem a falta ou
circunstâncias que a atenuem ou a agravem.
Art. 17. São causas de JUSTIFICAÇÃO:
1 Ter sido cometida a transgressão na prática da ação meritória, no interesse do serviço ou da ordem
pública;
2 Ter sido cometida a transgressão em legítima defesa, própria ou de outrem;
3 Ter sido cometida a transgressão em obediência a ordem superior;
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Legislação da PMPI RDPMPI
4 Ter sido cometida a transgressão pelo uso imperativo de meios violentos a fim de compelir
subordinados a cumprir rigorosamente o seu dever, no caso de perigo, necessidade urgente, calamidade
pública e manutenção e da disciplina;
5 Ter havido motivo de força maior, plenamente comprovado e justificado;
6 Nos casos de ignorância, falta de prática no serviço, plenamente comprovada, desde que não
atente contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Parágrafo Único- NÃO HAVERÁ PUNIÇÃO, QUANDO FOR RECONHECIDA QUALQUER CAUSA DE
JUSTIFICAÇÃO.
Art. 18 - São circunstâncias ATENUANTES:
1 Bom comportamento;
2 Relevância dos serviços prestados;
3 Ter sido cometida a transgressão para evitar mal maior;
4 Ter sido cometida a transgressão em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, desde que não
constitua causa de justificação;
5 Falta de prática no serviço.

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Legislação da PMPI RDPMPI
Art. 19. São circunstâncias AGRAVANTES:
1 Mal comportamento;
2Prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
3- Reincidência da transgressão, mesmo punida verbalmente;
4 Conluio de duas ou mais pessoas;
5Ser praticada a transgressão durante a execução de serviços;
6- Ser cometida a falta na presença de subordinado;
7 Ter abusado o transgressor da sua autoridade hierárquica;
8 Ser praticada a transgressão com premeditação;
9 Ter sido cometida a transgressão em presença de tropa;
10 Ter sido praticada a transgressão em presença de público;
11 Ter sido praticada a transgressão, apesar de advertência ou proibição;
12 Ter praticado a transgressão com risco de perigo público.

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Legislação da PMPI RDPMPI
CAPÍTULO VI
CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 20. A transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja causas de justificação,
em:
1 LEVE
2 MÉDIA
3 GRAVE
Parágrafo Único- A classificação da transgressão compete a quem couber aplicar a punição,
respeitadas as considerações estabelecidas no artigo 15.
Art. 21. A transgressão da disciplina deve ser classificada como “grave” quando, não chegando a
constituir crime, constitua o mesmo ato que afete o sentimento do dever, a honra pessoal o pundonor
policial-militar ou o decoro da classe.

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Legislação da PMPI RDPMPI
TÍTULO III
PUNIÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO VII
GRADAÇÃO E EXECUÇÃO DAS PUNIÇÕES

Art. 22. A punição disciplinar objetiva o fortalecimento da disciplina.


Parágrafo Único- A punição deve ter em vista o benefício EDUCATIVO ao punido, e EXEMPLO à
coletividade a que ele pertence.
Art. 23. As punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais militares, segundo a classificação
resultante ao julgamento da transgressão são as seguintes em ordem de gravidade crescente:
1 Advertência;
2 Repreensão;
3 Detenção;
4 Prisão e prisão em separado;
5 Licenciamento e exclusão a bem da disciplina.
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Legislação da PMPI RDPMPI
§1°- As punições disciplinares de detenção e prisão não podem ultrapassar de TRINTA DIAS.
§2°- A prisão em separado não pode ultrapassar de QUINZE DIAS.
Art. 24. ADVERTÊNCIA é a forma mais branda de punir. Consiste numa admoestação feita
VERBALMENTE ao transgressor podendo ser em caráter particular ou ostensivamente.
§1°- Quando ostensivamente, poderá ser feita na presença de superior, no círculo de seus pares ou na
presença de todos ou parte da OPM.
§2°- A advertência, por ser verbal, NÃO deve constar das alterações do punido, devendo entretanto,
ser registrada em sua ficha disciplinar por quem o advertir.
Art. 25. REPREENSÃO é a punição que, publicada em Boletim, NÃO priva o punido da liberdade.
Art. 26. DETENÇÃO consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual deve permanecer no local
que for determinado, normalmente o quartel, sem que fique no entanto, confinado.
§1°- O detido comparece a todos os atos de instrução e serviço.
§2°- Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, O OFICIAL OU ASPIRANTE A
OFICIAL pode ficar detido na sua residência.
Art. 27. PRISÃO consiste no confinamento do punido em local próprio e designado para tal.

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Legislação da PMPI RDPMPI
§1°- Os policiais militares dos diferentes círculos de oficiais e praças estabelecidos no Estatuto dos
policiais militares NÃO PODERÃO FICAR PRESOS NO MESMO COMPARTIMENTO.
§2°- São lugares de prisão:
Para Oficial – Determinado pelo Comandante no aquartelamento;
Para Subtenente e Sargento – Compartimento denominado “Prisão de Subtenente e Sargento”
Para as demais praças – Compartimento fechado denominado “xadrex”.
§3°- em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, o Oficial ou Aspirante a Oficial
pode ter sua residência como local de cumprimento de prisão, quando esta NÃO FOR SUPERIOR A 48
HORAS.
§4°- Quando a OPM não dispuser de instalações apropriadas, cabe a autoridade que aplicou a
punição, solicitar ao escalão superior, local para servir de prisão, em outra OPM.
§5°- Os presos disciplinares devem ficar separados dos presos à disposição da justiça.
§6°- Compete à autoridade que aplicou a primeira punição de prisão à praça, ajuizar da conveniência e
necessidade de não confinar o punido, tendo em vista os altos interesses da ação educativa da
coletividade e a elevação da moral da tropa. Neste caso, esta circunstância será fundamentalmente
publicada em Boletim da OPM e o punido terá o quartel por MENAGEM. (Analogia aos Arts. 263 a 269 do CPPM)
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Art. 28. A prisão deve ser cumprida sem prejuízo da instrução e dos serviços internos. Quando for
com prejuízo, esta condição deve ser declarada em boletim.
Parágrafo Único- O punido fará suas refeições no refeitório da OPM, a não ser que o Comandante
determine o contrário, em relação ao local.
Art. 29. Em casos especiais, a prisão pode ser agravada para “PRISÃO EM SEPARADO”, devendo o
punido permanecer confinado e isolado, fazendo suas refeições no local da prisão. Este agravamento não
pode exceder à metade da punição aplicada.
Parágrafo Único- A prisão em separado deve constituir em princípio, a parte inicial do cumprimento da
punição e não deve exceder à metade da punição aplicada.
Art. 30. O recolhimento de qualquer transgressor À PRISÃO, SEM NOTA DA PUNIÇÃO PUBLICADA EM
BOLETIM INTERNO DA OPM(OBM), só poderá ocorrer por ORDEM das autoridades referidas nos itens nos
1, 2, 3, 4 E 5, DO ART. 9°.
Parágrafo Único- O disposto neste artigo NÃO SE APLICA no caso configurado no § 2° do artigo 11° ou
quando houver:
1 Presunção ou indício de crime;
2 Embriaguez;
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Legislação da PMPI RDPMPI
3 Ação de psicotrópicos;
4 Necessidade de averiguação; (Revogado Tacitamente pela CF/88, Art. 5º, inc. LXI. OBS.: pode ocorrer no caso de
transgressões militares quando houver suspensão momentânea das garantias constitucionais devido ao estado de defesa ou de sítio.).
5 Necessidade de incomunicabilidade. (Revogado Tacitamente pela CF/88, Art. 5º, inc. LXII e LXIII, c/c Art. 7º, III, Lei
8.906/94 - EOAB).
Art. 31. LICENCIAMENTO E EXCLUSÃO A BEM DA DISCIPLINA consistem no afastamento, “ex-ofício”,
do policial-militar das fileiras da corporação, conforme prescrito no Estatuto dos policiais militares.
§1°- O licenciamento a bem da disciplina, deve ser aplicado À PRAÇA SEM ESTABILIDADE
ASSEGURADA, mediante a SIMPLES ANÁLISE DE SUAS ALTERAÇÕES por INICIATIVA DO COMANDANTE, ou
por ordem das autoridades relacionadas nos itens 1, 3, 4 e 5 do artigo 9º quando:
1 A transgressão afeta o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro e,
como repressão imediata, assim se torna absolutamente necessária à disciplina. (OBS.:obrigatoriedade de
observar o princípio administrativo do devido processo legal para exclusão de servidor)
2 No comportamento MAU, verifica-se a impossibilidade de melhoria de comportamento, como está
prescrito neste regulamento.

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§2°- A exclusão a bem da disciplina deve ser aplicada “ex-ofício”, AO ASPIRANTE A OFICIAL E À PRAÇA
COM ESTABILIDADE ASSEGURADA, de acordo com o prescrito no Estatuto dos Policiais militares. (Art. 114
da Lei Estadual 3.808/81 e Lei Estadual 3.729/80).

CAPÍTULO VIII
NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DAS PUNIÇÕES

Art. 32. A aplicação das punições compreende uma descrição sumária, clara e precisa dos fatos e
circunstâncias que determinaram a transgressão(ANEXO), o enquadramento da punição e a decorrência
da publicação em Boletim da OPM.
§1°- Enquadramento- É a caracterização da transgressão acrescida de outros detalhes relacionados
com o comportamento do transgressor, cumprimento da punição ou justificação. No enquadramento, são
necessariamente mencionados:

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Legislação da PMPI RDPMPI
1) A transgressão cometida, em termos precisos e sintéticos e a especificação em que a mesma incida
pelos números constantes do Anexo ou pelo item 2 do art. 14. Não devem ser emitidos comentários
deprimentes e/ou ofensivos, sendo, porém, permitidos ensinamentos decorrentes, desde que não
contenham alusões pessoais.
2) Os itens, artigos e parágrafos das circunstâncias atenuantes e/ou agravantes, ou causas de
justificação;
3) Classificação da transgressão;
4) A punição imposta;
5) O local de cumprimento da punição, se for o caso;
6) A classificação do comportamento militar em que a praça punida permaneça ou ingresse;
7) A data do início do cumprimento da punição, se o punido tiver sido recolhido de acordo com o
parágrafo 2° do art. 11°;
8) A determinação, para posterior cumprimento, se o punido estiver baixado, afastado do serviço,
por qualquer motivo, ou à disposição de outra autoridade.
§2°- Publicação em Boletim- É o ato administrativo que formaliza a aplicação da punição ou sua
justificação.
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Legislação da PMPI RDPMPI
§3°- Quando ocorrer caso de justificação, no enquadramento ou na publicação do Boletim, menciona-
se a justificação da falta, em lugar da punição imposta.
§4°- Quando a autoridade que aplicar a punição não dispuser de Boletim para publicação, esta deve ser
feita, mediante solicitação escrita, no da autoridade imediatamente superior.
Art. 33. A aplicação da punição deve ser feita com justiça, serenidade e imparcialidade, para que o
punido fique consciente e convicto de que a mesma se inspira no cumprimento exclusivo de um dever.
Parágrafo Único- Ninguém será punido, sem ser ouvido. O Oficial e o Aspirante a Oficial se justificarão
por escrito.
Art. 34. A publicação da punição imposta ao Oficial ou aspirante a Oficial, em princípio, deve ser feita
em Boletim Ostensivo, se as circunstâncias ou a natureza da transgressão, assim o recomendem.
Art. 35. A aplicação da punição deve obedecer às seguintes normas:
1) A punição deve ser proporcional à gravidade da transgressão, dentro dos seguintes limites:
a) De advertência até 10 dias de detenção, para transgressão LEVE;
b) De detenção até 10 dias de prisão, para transgressão MÉDIA;
c) De prisão à punição prevista no art. 29° deste regulamento para a transgressão GRAVE.

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2) A punição não pode atingir até o máximo previsto no item anterior, quando ocorrerem, apenas,
circunstâncias atenuantes;
3) A punição deve ser dosada, quando ocorrerem circunstâncias atenuantes e agravantes;
4) Por única transgressão, não deve ser aplicada mais de uma punição;
5) A punição disciplinar, no entanto, não exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber;
6) Na ocorrência de mais de uma transgressão sem conexão entre si, a cada uma deve ser imposta a
punição correspondente. Em caso contrário, as de menor gravidade serão consideradas como
circunstâncias agravantes da transgressão principal.
§1°- No concurso de crime a transgressão disciplinar, quando forem da mesma natureza, deve
prevalecer a aplicação da pena relativa ao crime, se como tal houver capitulação.
§2°- A transgressão disciplinar será apreciada, para efeito de punição, quando da absolvição ou
rejeição da denuncia.
Art. 36. A aplicação da primeira punição classificada como “prisão” é de competência do Comandante
Geral.
Art. 37. Nenhum Policial-Militar deve ser interrogado ou punido, em estado de embriaguez ou sob
ação de alucinógenos.
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Art. 38. O início do cumprimento da punição disciplinar deve ocorrer com a distribuição do Boletim da
OPM que publica a aplicação da punição.
§1°- O tempo de detenção ou prisão, antes da respectiva publicação em BI, NÃO DEVE ULTRAPASSAR
DE 72 HORAS.
§2°- A contagem de tempo de cumprimento da punição vai do momento em que o punido for
recolhido até aquele em que for posto em liberdade.
Art. 39. Autoridade que necessita punir seu subordinado, à disposição ou serviço de outra autoridade,
deve a ela requisitar a apresentação do punido, para aplicação da punição.
Parágrafo Único- Quando o local determinado para o cumprimento da punição não for a sua OPM,
pode solicitar aquela autoridade que determine o recolhimento do punido diretamente ao local
determinado.
Art. 40. O cumprimento da punição disciplinar, por policial-militar afastado do serviço, deve ocorrer
após a sua apresentação, pronto na OPM salvo nos casos de preservação da disciplina e do decoro da
corporação.

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Parágrafo Único- A interrupção da licença especial, licença para tratar de interesse particular ou de
licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de punição disciplinar,
somente ocorrerá, quando autorizada pelas autoridades referidas nos itens 1, 2 e 3 do art. 9°.
Art. 41. As punições disciplinares, de que trata este regulamento, devem ser aplicadas de acordo com
as prescrições no mesmo estabelecidas. A punição máxima que cada autoridade referida no art. 9º pode
aplicar, acha-se especificadas no quadro apenso.
Quadro de PUNIÇÃO MÁXIMA, referida ao Art. 41, que pode aplicar a autoridade competente,
apreciados os estabelecidos no capítulo VII. POSTOS E GRADUAÇÕES
Autoridades definidas no art. 9°, ítens
1 2 3 4 5 6
(a) Também aos Capelões Policiais-Militares Oficiais de Carreira 30 dias 20 dias 15 dias 06 dias
(1) Exclusão a bem da disciplina- Oficiais da RR (a) Repreensão
aplicável nos casos previstos no § 2° art. 31. Oficiais Reformados Prisão Prisão Prisão Prisão
(2) Licenciamento a bem da disciplina- Aspirante a Oficial e Subtenentes (1)
aplicável nos casos previstos no § 1° art. 31. Sargentos, Cabos e Soldados 10 dias 08 dias
(3) Art. 29 e Parágrafo Único do Art. 49. (1) (2) (3)
(4) § 2° art. 8°. Prisão Detenção
Alunos de Escola de Formação de Oficiais 15 dias 08 dias
(2) (4) 30 dias / Prisão
Prisão Prisão
Alunos de Órgãos de Formação de Sgt’s 10 dias 08 dias
(2) (4)
Alunos de Escola de Formação de Soldados Prisão Detenção
(2) (4)
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§1°- Quando duas autoridades de níveis hierárquico diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o
transgressor, conhecerem da transgressão, a de nível mais elevado competirá punir, salvo se entender que
a punição está dentro dos limites de competência da do menor nível, caso em que esta comunicará ao
superior a sansão disciplinar que aplicou.
§2°- Quando a autoridade, ao julgar a transgressão, concluir que a punição a aplicar está além do
limite máximo que lhe é autorizado, cabe a mesma solicitar à autoridade superior, com ação disciplinar
sobre o transgressor, a aplicação da punição devida.
Art. 42. A interrupção da contagem de tempo da punição, nos casos de baixa a hospital ou enfermarias
e outros, vai do momento em que o punido for retirado do local de cumprimento da punição até o seu
retorno.
Parágrafo Único- O afastamento e o retorno do punido ao local de cumprimento da punição devem ser
publicados em Boletim.

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CAPÍTULO IX
MODIFICAÇÃO NA APLICAÇÃO DAS PUNIÇÕES

Art. 43. A modificação da aplicação de punição pode ser realizada pela autoridade que aplicar ou por
outra, superior e competente, quando tiver conhecimento de fatos que recomendam tal procedimento.
§1°- As modificações da aplicação de punição são:
1) Anulação;
2) Relevação;
3) Atenuação;
4) Agravação.
Art. 44. A anulação da punição consiste em tornar sem efeito a aplicação da mesma.
§1°- Deve ser concedida, quando for comprovada terem ocorrido injustiça ou ilegalidade na sua
aplicação.
§2°- Far-se-á em obediência aos prazos seguintes:

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1) Em qualquer tempo e em qualquer circunstância pelas autoridades especificadas nos itens 1 e 2 do
art. 9°.
2) No prazo de 60 dias pelas demais autoridades.
§3°- A anulação, sendo concedida ainda durante o cumprimento de punição, importa em ser o punido
posto em liberdade, imediatamente.
Art. 45. A anulação da punição deve eliminar toda e qualquer anotação e/ou registro nas alterações,
do militar, relativos a sua aplicação.
Art. 46. A autoridade que tomar conhecimento de comprovada ilegalidade ou injustiça na aplicação
da punição e não tenha competência para anula-la ou não disponha dos prazos referidos no § 2° do art. 44,
deve propor a sua anulação à autoridade competente, fundamentadamente.
Art. 47. A relevação da punição pode ser concedida:
1) Quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados com a aplicação da mesma,
independente de tempo de punição a cumprir.
2) Por motivo de passagem de comando, data de aniversário da PM, ou data nacional, quando já tiver
sido cumprida, pelo menos metade.

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Legislação da PMPI RDPMPI
Art. 48. A atenuação da punição consiste na transformação da punição proposta ou aplicada em uma
menos rigorosa, se assim o exigir o interesse da disciplina e da ação educativa do punido.
Art. 49. A agravação da punição consiste na transformação da punição proposta ou aplicada em uma
mais rigorosa, se assim exigir o interesse da disciplina na ação educativa do punido.
Parágrafo Único- A “prisão em separado” é considerada como uma das formas de agravação da
punição de prisão para soldado.
Art. 50. São competentes para anular, relevar, atenuar e agravar as punições por si e seus
subordinados, as autoridades discriminadas no art. 9°, devendo esta decisão ser publicada de em Boletim.

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TÍTULO IV
COMPORTAMENTO POLICIAL MILITAR
CAPÍTULO X
CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E MELHORIA DO COMPORTAMENTO

Art. 51. O comportamento policial-militar das praças espelha o seu procedimento civil e policial-
militar, sob o ponto de vista disciplinar.
§1°- A classificação, a reclassificação, bem como a melhoria do comportamento, é de competência do
comandante da OPM, obedecendo ao disposto neste capítulo e, necessariamente, publicada no Boletim.
§2°- Ao ser incluída na Polícia Militar, a praça será classificada no comportamento BOM.
Art. 52. O comportamento policial-militar da praça deve ser classificado em:
1) Excepcional- quando no período de 08 anos de efetivo serviço, não tenha sofrido qualquer punição
disciplinar;
2) Ótimo- quando, no período de 04 anos de efetivo serviço, tenha sido punido com até uma detenção;

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3) Bom- quando, no período de 02 anos de efetivo serviço, tenha sido punido com até duas prisões;
4) Insuficiente- quando, no período de 01 ano de efetivo serviço, tenha sido punido com até duas
prisões;
5) Mau- quando, no período de 01 ano de efetivo serviço, tenha sido punido com mais de duas
prisões.
Art. 53. A reclassificação do comportamento da praça deve ser feita, automaticamente, como se
estabelece a seguir:
1) Do excepcional para o:
a) ótimo, quando a praça for punida com repreensão ou detenção;
b) bom, quando a praça for punida com prisão.
2) Do ótimo para o bom, quando a praça for punida, no período de 04 anos de efetivo serviço com
mais de uma detenção.
3) Do bom para o:
a) Insuficiente, quando a praça for punida, no período de 01 ano de efetivo serviço, com duas prisões;
b) Mau, quando a praça for punida, no período de 01 ano de efetivo serviço, com mais de duas
prisões;
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4) Do Insuficiente para o mau, quando a praça for punida, no período de 01 ano de efetivo serviço
com mais de duas prisões.
Parágrafo Único- a reclassificação do comportamento do SOLDADO, com punição de prisão de mais de
20 dias, agravada para “prisão em separado”, é feita automaticamente para o comportamento MAU,
qualquer que seja o comportamento anterior.
Art. 54. A melhoria do comportamento da praça deve ser feita, automaticamente, como se estabelece
a seguir:
1) do mau para o insuficiente: quando no prazo de 01 ano, não houver a praça sofrido qualquer
punição;
2) do insuficiente para o bom: quando, no prazo de 02 anos, não houver a praça sofrido qualquer
punição;
3) do bom para o ótimo: quando, no prazo de 04 anos, não houver a praça sofrido qualquer punição;
4) de ótimo para excepcional: quando, no prazo de 08 anos, não houver a praça sofrido qualquer
punição.

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Art. 55. Para efeito de classificação, reclassificação e melhoria de comportamento, tão, somente de que
trata este capítulo:
1) duas repreensões equivalem a uma detenção;
2) quatro repreensões equivalem a uma prisão;
3) duas detenções equivalem a uma prisão.

TÍTULO V
DIREITOS E RECOMPENSAS
CAPÍTULO XI
APRESENTAÇÃO DE RECURSOS

Art. 56. Interpor recursos disciplinares é o direito concedido ao policial-militar que se julgue, ou julgue
subordinado seu, prejudicado, ofendido ou injustiçado por superior hierárquico, na esfera disciplinar.
Parágrafo Único- São recursos disciplinares:
1) Pedido de reconsideração de ato;
2) A queixa;
3) A representação.
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Art. 57. Reconsideração de ato é um recurso interposto, mediante requerimento, por meio do qual o
policial-militar que se julgue ou julgue subordinado seu prejudicado, ofendido ou injustiçado, solicita à
autoridade que praticou o ato, que reexamine sua decisão e reconsidere seu ato.
§1°- O pedido de reconsideração de ato deve ser encaminhado através da autoridade a quem estiver
diretamente subordinado.
§2°- O pedido de reconsideração de ato deve ser apresentado no prazo máximo de 08 horas (5 dias,
Art. 27 da IN002/EMG PMPI/2009), a contar da data em que o policial-militar tomar oficialmente,
conhecimento dos fatos que o motivaram.
§3°- A autoridade, a quem é dirigido o pedido de reconsideração de ato, deve dar despacho ao mesmo
no prazo de máximo de quatro dias úteis.
Art. 58. Queixa, é o recurso disciplinar, normalmente redigida em forma de ofício ou parte, interposto
pelo policial-militar que se julgue injustiçado, dirigido diretamente ao superior imediato da autoridade
contra quem é apresentado a queixa.
§1°- A apresentação da queixa só é cabível após o pedido de reconsideração de ato ter sido
solucionado e publicado em Boletim da OPM onde serve o queixoso.
§2°- A apresentação da queixa deve ser feita dentro de um prazo de 5 dias úteis, a contar da
publicação em Boletim, da solução de que trata o parágrafo anterior.
16
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§3°- O queixoso deve informar, por escrito, à autoridade de quem vai se queixar, do objetivo do
recurso disciplinar que irá apresentar.
§4°- O queixoso deve ser afastado da subordinação direta da autoridade contra quem formulou o
recurso, até que o mesmo seja julgado. Deve, no entanto, permanecer na localidade onde serve, salvo a
existência de fatos que contraindiquem a sua permanência na mesma.
Art. 59. Representação, é o recurso disciplinar, normalmente redigido sob forma de ofício ou parte,
interposto por autoridade que julgue subordinado seu está sendo vítima de injustiça ou prejudicado em
seus direitos, por ato de autoridade superior.
Parágrafo Único- A apresentação deste recurso disciplinar deve seguir os mesmos procedimentos
prescritos no art. 58 e seus parágrafos.
Art. 60. A apresentação do recurso disciplinar mencionado no parágrafo único do art. 56, deve ser feita
individualmente; tratar de caso específico; cingir-se aos fatos que o motivaram; fundamentar-se em novos
argumentos, provas ou documentos comprobatórios e elucidativo e não apresentar comentários.
§1°- O prazo para apresentação de recurso disciplinar, pelo policial-militar que se encontre cumprindo
punição disciplinar, executando serviço ou ordem que motive a apresentação do mesmo, começa a contada
quando cessarem as situações citadas.
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§2°- O recurso disciplinar que contrarie o prescrito neste capítulo é considerado prejudicado pela
autoridade a quem foi destinado, cabendo a esta mandar arquivá-lo e publicar sua decisão em Boletim,
fundamentadamente.
§3°- A tramitação de recursos deve ter tratamento de urgência em todos os escalões.

CAPÍTULO XII
CANCELAMENTO DE PUNIÇÃO

Art. 61. Cancelamento de punição é o direito concedido ao policial-militar de ter cancelada a


averbação de punições e outras notas a elas relacionadas, em suas alterações.
Art. 62. Cancelamento da punição pode ser concedido ao policial-militar que o requerer dentro das
seguintes condições:
1 Não ser a transgressão, objeto da punição, atentatória ao sentimento do dever, a honra pessoal, ao
pundonor policial-militar, ou ao decoro da classe;
2 Ter bons serviços prestados, comprovados pela análise de suas alterações;

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3 Ter parecer favorável do comandante;
4 Ter completado sem qualquer punição:
a) 09 anos de efetivo serviço, quando a punição a anular for prisão;
b) 05 anos de efetivo serviço, quando a punição a anular for repreensão ou detenção.
Art. 63. A entrada de requerimento solicitando cancelamento de punição, bem como solução dada ao
mesmo, devem constar em Boletim.
Parágrafo Único- A solução do requerimento de cancelamento de punição é da competência do
comandante geral.
Art. 64. O Comandante Geral pode cancelar uma ou todas as punições de policial militar que tenha
prestado comprovadamente relevantes serviços independentemente das condições enunciadas no Art. 62
do presente Regulamento e do requerimento do interessado.
Art. 65. Todas as anotações relacionadas com as punições canceladas devem ser tingidas, de maneira
que não seja possível a sua leitura na margem onde for feito o cancelamento, deve ser anotado o número
e a data do Boletim da autoridade que concedeu o cancelamento, sendo esta anotação rubricada pela
autoridade competente para assinar as folhas de alteração.

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CAPÍTULO XIII
DAS RECOMPENSAS
Art. 66. Recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados por policiais militares.
Art. 67. Além de outras previstas em Leis e Regulamentos especiais, são recompensas policiais-
militares:
1 O elogio;
2 As dispensas do serviço;
3 A dispensa da revista do recolher e do pernoite nos centros de formação, para alunos dos concursos
de formação.
Art. 68. O elogio pode ser individual ou coletivo.
§1°- O Elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais e profissionais, somente poderá
ser formulado a policiais militares que se hajam destacado do resto da coletividade no desempenho de
ato de serviço ou ação meritória. Os aspectos principais que devem ser abordados são os referentes ao
caráter, à coragem e desprendimento, à inteligência, à conduta civil e policial-militar, às culturas
profissionais e gerais, à capacidade como instrutor, à capacidade como comandante e como
administrador e à capacidade física.
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§2°- Só serão registrados nos assentamentos dos policiais militares os elogios individuais obtidos no
desempenho de funções próprias à polícia militar e concedidos por autoridades com atribuições para fazê-
lo.
§3°- O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de policiais militares ou fração de tropa
ao cumprir destacadamente uma determinada missão.
§4°- Quando a autoridade que elogiar não dispuser de Boletim para publicação, esta deve ser feita,
mediante solicitação escrita, no da autoridade imediatamente superior.
Art. 69 . As dispensas do serviço, como recompensa, podem ser:
1 Dispensa total do serviço, que isenta de todos os trabalhos da OPM, inclusive os de instrução;
2 Dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos que devem ser especificados na
concessão.
§1°- A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de 08 dias e não deve ultrapassar o
total de 16 dias no decorrer de 01 ano civil. Esta dispensa não invalida o direito de férias.
§2°- A dispensa total do serviço pra ser gozada fora da sede, fica subordinada às mesmas regras de
concessão de férias.

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§3°- A dispensa total do serviço é regulada por dias de 24 horas, contados de Boletim a Boletim. A sua
publicação deve ser feita, no mínimo, 24 horas antes do seu início, salvo motivo de força maior.
Art. 70. As dispensas da revista do recolher e de pernoitar no quartel, podem ser incluídas em uma
mesma concessão. Não justificam a ausência do serviço para o qual o aluno está ou for escalado e nem da
instrução a que deve comparecer.
Art. 71. São competentes para conceder as recompensas de que trata este Capítulo, as autoridades
especificadas no artigo 9º deste Regulamento.
Art. 72. São competes para anular, restringir ou ampliar as recompensas concedidas por si ou por seus
subordinados, as autoridades especificadas no art. 9º, devendo essa decisão ser justificada em boletim.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 73. Os julgamentos a que forem submetidos os policiais militares, perante Conselho de
Justificação ou Conselho de Disciplina, serão conduzidos segundo normas próprias ao funcionamento dos
referidos Conselhos.
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Parágrafo Único- As causas determinantes que levam o policial militar a ser submetido a um destes
Conselhos, “ex. ofício” ou a pedido, e as condições para sua instrução, funcionamento, e providências
decorrentes, estão estabelecidas na legislação que dispõe sobre os citados Conselhos e dá outras
providências.
Art. 74. O Comandante Geral baixará instruções complementares necessárias à interpretação,
orientação e ampliação deste Regulamento, às circunstâncias e casos não previstos no mesmo.

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LEI Nº 3.729 , DE 27 DE MAIO DE 1980
Dispõe sobre o Conselho de Disciplina da Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros do Estado
do Piauí e dá outras providências.

O GOVERNADO DO ESTADO DO PIAUÍ,

Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Piauí decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art.1º. O Conselho de Disciplina destina-se a apreciar a incapacidade dos Aspirantes a Oficial,


Subtenentes, Sargentos, Cabos e Soldados da Polícia Militar (ou Corpo de Bombeiros) do Estado do Piauí,
com estabilidade assegurada, para permanecerem na ativa, bem como, dos Aspirantes a Oficial e das
demais praças, reformados ou na reserva remunerada, de permanecerem na situação de inatividade em
que se encontram, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se defenderem.

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Art. 2º. Serão submetidas a Conselho de Disciplina, “ex-ofício”, as praças referidas no Art. 1º:
I- Acusadas oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social, de terem:
a) Procedido incorretamente no desempenho do cargo de que estejam investidas;
b) Tido conduta (civil ou policial-militar) irregular; ou
c) Praticado ato que afete a honra pessoal, a administração, o pundonor policial-militar ou decoro da
classe.
II. Afastadas do cargo ou função, na forma da Legislação Policial-Militar, por se tornarem incompatíveis
com os mesmos ou demonstrarem incapacidade no exercício de função policial-militar a elas inerentes,
salvo se afastamento for em decorrência de fatos que motivem sua submissão a processo.
III. Condenadas por crime de natureza dolosa, não prevista na Legislação especial, concernentes à
Segurança Nacional, em Tribunal Civil e Militar, à pena restritiva de liberdade individual até dois (02)
anos(mínimo) tão logo transite em julgado a sentença; ou
IV. Pertencentes a partidos políticos ou associações, suspensos ou dissolvidos por força de disposição
legal ou decisão judicial, ou que exerçam atividade prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional. (perdeu
sentido após a democracia)

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Parágrafo Único- São consideradas, entre outras, para os efeitos desta Lei, pertencentes a partido ou
associação a que se refere este artigo, as praças constantes no art. 1º que, ostensiva ou clandestinamente:
a) Estejam inscritos como seus membros;
b) Realizem propaganda de suas doutrinas; ou
c) Colaborem, por qualquer forma, mas sempre do modo inequívoco, em suas atividades. (perdeu
sentido após a democracia)
Art. 3º. As praças da ativa, constantes no Art. 1º, ao serem submetidas a Conselho de Disciplina, serão
afastadas do exercício de suas funções.
Art. 4º. A nomeação do Conselho de Disciplina, por deliberação própria ou por ordem superior, será da
competência do Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí.
Art. 5º. O Conselho de Disciplina será composta de três(03) Oficiais da Corporação policial-militar.
§1º- O membro mais antigo do Conselho de Disciplina, no mínimo um Oficial intermediário (Capitão a
cima), será o Presidente, o que se lhe seguir em antiguidade será o interrogante e relator e, o mais
moderno, o escrivão.
§2º- Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina;
a) O Oficial que formulou a acusação;
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Legislação da PMPI Conselho de Disciplina
b) Os Oficiais que tenham, entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco consanguíneo ou
afim, até o quarto grau;
c) Os Oficiais que tenham particular interesse na decisão do Conselho de Disciplina.
Art. 6º. O Conselho de Disciplina funcionará sempre com a totalidade de seus membros, em local
onde seu Presidente julgar melhor indicado, para apuração do fato.
Art. 7º. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previamente por seu Presidente, em local, dia e
hora designados com antecedência, presente o acusado, o Presidente mandará proceder à leitura e à
autuação dos documentos que constituírem o ato de nomeação do Conselho de Disciplina; em seguida,
ordenará a qualificação e o interrogatório do acusado, o que será reduzido a auto, assinado por todos os
membros do Conselho e pelo acusado, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este oferecidos.
Parágrafo Único- Quando o acusado for praça da reserva remunerada ou reformado e não for
localizado ou deixar de atender à intimação, por escrito, para comparecer perante o Conselho de
Disciplina:
a) Não sendo localizada a intimação publicada em órgão de divulgação na área do seu domicilio;
b) Deixando de atender à intimação por escrito ou à publicação o processo correrá a revelia.

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Legislação da PMPI Conselho de Disciplina
Art. 8º. Aos membros do Conselho de Disciplina será licito reperguntar ao acusado e às testemunhas
sobre o objeto da acusação e propor diligências para o esclarecimentos.
Art. 9º. Ao acusado será assegurada ampla defesa, tendo, após, o interrogatório, prazo de cinco(05)
dias, para oferecer razões, por escrito, devendo o Conselho de Disciplina fornece-lhe o libelo acusatório.
Art. 10. O Conselho de Disciplina poderá inquiri o acusador ou receber, por escrito, seus
esclarecimentos, ouvindo, posteriormente a respeito, o acusado.
Art. 11. O Conselho de Disciplina disporá de um prazo de trinta(30)dias, a contar da data de sua
nomeação, para conclusão dos trabalhos, inclusive remessas de relatório.
§1º- O Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí, a requerimento do Presidente do Conselho de
Disciplina, poderá prorrogar por mais vinte(20) dias o prazo de conclusão dos trabalhos, para efetuar
diligências visando à produção de novas provas imprescindíveis à elucidação do fato.
§2º- Poderá o Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí, por motivo de morte do acusado
suspender, em qualquer fase, os trabalhos do Conselho de Disciplina, por terem cessado os motivos de sua
de nomeação.

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Legislação da PMPI Conselho de Disciplina
Art. 12. Realizada todas as diligências, o Conselho de Disciplina passará a deliberar, em sessão secreta,
sobre o relatório a ser redigido.
§1º- O relatório, elaborado pelo escrivão, após conclusão do Conselho de Disciplina sobre o mesmo, e
assinado por todos os seus membros, deverá decidir se a praça:
a) É ou não, culpada da acusação que lhe imputada; ou
b) No caso do item III do art. 2º, levados em consideração os preceitos da aplicação da pena prevista no
Código Penal Militar, está, ou não, incapaz de permanecer na ativa ou não na situação em que se encontra
na inatividade.
§2º- A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por maioria de votos de seus membros .
§3º- Quando houver vencido, será facultada a sua justificação por escrito.
§4º- Elaborado o relatório, com um termo de encerramento, o Conselho de Disciplina remeterá o
processo ao Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí.
Art. 13. Recebido os autos do processo do Conselho de Disciplina, o Comandante Geral, dentro do
prazo de vinte (20) dias, aceitando, ou não, sua deliberação e, neste último caso, justificando os motivos
do despacho, determinará:

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Legislação da PMPI Conselho de Disciplina
I. O arquivamento do processo, se não julgar a praça culpada ou incapaz de permanecer na ativa ou na
situação em que se encontra na inatividade;
II. A aplicação da pena disciplinar, se considerar contravenção ou transgressão disciplinar a razão pela
qual a praça foi julgada culpada.
III. A remessa do processo à Auditoria da Justiça Militar do Estado do Piauí, se considerar crime –
militar a razão pela qual a praça foi considerada culpada ; ou
IV. A efetivação da reforma ou exclusão, a bem da disciplina, se considerar que:
a) A razão pela qual a praça foi considerada culpada, está prevista nos itens I, II e IV do Art. 2º; ou
b) Se, pelo crime cometido, previsto no item III do art. 2º a praça foi julgada incapaz de permanecer na
ativa ou na situação de inatividade em que se encontrar.
§1º- O despacho do Comandante Geral que determinar o arquivamento do processo, deverá ser
publicado em Boletim do Comando Geral nos assentamentos da praça, se esta for da ativa.
§2º- Também será publicado em Boletim do comando Geral o despacho exarado no processo,
procedendo-se, neste caso, como no parágrafo anterior, para o caso da praça da ativa.
§3º- No caso de a decisão do Comando Geral ser pela reforma da praça, esta será efetuadano grau
hierárquico que a mesma possui na ativa, com proventos proporcionais ao tempo de serviço
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Art. 14. O acusado ou, em caso de revelia, o Oficial designado para acompanhar o processo, poderá
interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina ou da solução posterior do Comandante da Polícia
Militar do Piauí.
Parágrafo Único- O prazo para interposição de recurso será de dez(10) dias, contados da data em que o
acusado tomar conhecimento oficial da decisão do Conselho de Disciplina, ou da publicação da decisão do
Comandante Geral da Corporação, em Boletim do Comando Geral.
Art. 15. Caberá, em princípio, ao Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí, no prazo de vinte(20)
dias, contados da data do recebimento do processo, apreciar os recursos que forem interpostos nos
processos oriundos dos Conselhos de Disciplina.
Art. 16. Aplicam-se a esta lei, subsidiariamente, no que couber, as normas do Código de Processo
Penal Militar.
Art. 17. Prescrevem-se em seis (06) anos, contados da data em que forem praticados, os casos
previstos nesta Lei.
Art. 18. O Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí , atendendo as peculiaridades da Corporação,
baixará instruções para o funcionamento dos Conselhos de Disciplina.
Art. 19. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
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2021
2021
PROFESSOR JOSÉ UCHOA
LEGISLAÇÃO DA PMPI LEGISLAÇÃO DA PMPI
INSTA: @prof.uchoa PROFº JOSÉ UCHOA

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