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POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ

DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS

CADERNO DE ESTUDOS
LEGISLAÇÃO ORGANIZACIONAL DA
POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ
1ª Edição - 2022
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POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

FICHA CATALOGRÁFICA

Polícia Militar do Piauí. Centro de Educação Profissional.


Coordenação de Formação Profissional. Curso de Formação de Soldados.

Caderno de Estudos: Legislação Organizacional da Polícia Militar do


Piauí./Polícia Militar do Piauí. – 1.ed. – Teresina: PMPI, 2022.

CDD: 355.03

@2022. TODOS OS DIREITOS DE REPRODUÇÃO SÃO RESERVADOS À POLÍCIA


MILITAR DO PIAUÍ. SOMENTE SERÁ PERMITIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL
DESTA PUBLICAÇÃO, COM A CITAÇÃO DA FONTE.

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Edição, distribuição e informações:
Centro de Educação Profissional da Polícia Militar do Piauí – CEP/PMPI. Coordenação
de Formação Profissional. Rua José Omatti, 2417 - Ilhotas, Teresina - PI, 64015-050.

FICHA TÉCNICA

POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ


Comandante-Geral:
Coronel PM SCHEIWANN SCHELEIDEN LOPES DA SILVA
Subcomandante-Geral e Chefe do Estado Maior Geral:
Coronel PM MANOEL DA COSTA LIMA

DIRETORIA DE ENSINO DE INSTRUÇÃO E PESQUISA


Diretor de Ensino, Instrução e Pesquisa:
Coronel PM PAULO DE DEUS BARBOSA DA MOTA
Subdiretor de Ensino, Instrução e Pesquisa:
Tenente-Coronel PM JOSÉ SOARES DE ALENCAR FILHO

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL


Diretor do Centro de Educação Profissional:
Coronel PM WALBER NUNES LEITE
Subdiretor do Centro de Educação Profissional:
Tenente-Coronel PM RONALD DE MOURA E SILVA

COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL


Coordenador de Formação Profissional:
Tenente-Coronel PM EVANDRO RODRIGUES DA SILVA

INSTRUTORES DE LEGISLAÇÃO ORGANIZACIONAL


Tenente-Coronel PM MARIA ELIZETE DE LIMA SILVA
Tenente-Coronel PM EVANDRO RODRIGUES DA SILVA
Tenente-Coronel PM EVANDRO GOMES DE OLIVEIRA
Major PM ADAO JOSE FREITAS
Capitão PM VALDECI BARROS GALENO
Capitão PM ANDREIA OLIVEIRA MATOS TAVARES
Capitão PM HINELLY CORDEIRO MAIA E SILVA
Capitão PM CARLOS FRANCISCO RODRIGUES DE MELO
Capitão PM RAFAEL CORREIA FROTA
Capitão PM JOSÉ GOMES SOBRINHO
1º Tenente PM THIAGO VIANA TELES

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SUMÁRIO

Unidade 1 - A Constituição Estadual do Piauí......................4


Dos Militares do Estado.................................................4
Da Segurança Pública...................................................5
Unidade 2 - Estatuto dos Policiais Militares do Estado do
Piauí...................................................................................7
Unidade 3 - Lei de Organização Básica da PMPI................40
Unidade 4 - Código de Vencimentos da PMPI....................56
Unidade 5 - Código de Ética de Disciplina dos Militares do
Estado do Piauí.................................................................71
Unidade 6 - Legislação de Promoção de Praças da
PMPI...............................................................................111
Lei de Promoção de Praças.......................................111
Regulamento de Promoção de Praças.......................115

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§ 5º Ao militar do Estado são vedadas a
sindicalização e a greve.
UNIDADE 1 (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
27 de 17.12.08)
§ 6º O militar do Estado, enquanto em efetivo
Constituição estadual: Dos serviço, não pode estar filiado a partido
Militares do Estado – Art. político.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
58. Da Segurança Pública 27 de 17.12.08)
– do Art. 156 ao Art. 163. § 7º O oficial só perderá o posto e a patente se
for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Justiça, em tempo de paz, ou de tribunal
Seção III especial, em tempo de guerra.
Dos Militares do Estado § 8º O oficial condenado na justiça comum ou
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº militar a pena privativa de liberdade superior a
27 de 17.12.08) dois anos, por sentença transitada em julgado,
será submetido ao julgamento previsto no
Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do parágrafo anterior.
Corpo de Bombeiros Militar, instituições § 9º Aplica-se aos militares do Estado o
organizadas com base na hierarquia e disposto no art. 57, § 9º, desta Constituição e
disciplina, são militares do Estado. no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº art. 37, XI, XIII, XIV e XV, da Constituição
27 de 17.12.08) Federal.
§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
deveres a elas inerentes são asseguradas em 27 de 17.12.08)
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou § 10. Lei estadual de iniciativa do Governador
reformados, da Polícia Militar e do Corpo de disporá sobre o ingresso na Polícia Militar e
Bombeiros Militar do Estado, sendo-lhes Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a
privativos os títulos, postos e uniformes estabilidade e outras condições de
militares. transferência do militar do Estado para a
§ 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e inatividade, os direitos, os deveres, a
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado são remuneração, as prerrogativas e outras
conferidas pelo Governador. situações especiais dos militares do Estado,
§ 3º O militar do Estado em atividade que consideradas as peculiaridades de suas
aceitar cargo ou emprego público civil atividades, inclusive aquelas cumpridas por
permanente será transferido para a reserva, força de compromissos internacionais.
nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)
27 de 17.12.08) § 11. Aplicam-se aos militares do Estado, além
§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, do que vier a ser fixado em lei, as disposições
emprego ou função temporária, não eletiva, do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142,
ainda que da Administração indireta, ficará §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, cabendo a
agregado ao respectivo quadro e somente lei estadual específica dispor sobre as matérias
poderá, enquanto permanecer nessa situação, do art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição
ser promovido por antiguidade, contando-se- Federal.
lhe o tempo de serviço apenas para aquela (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
promoção e transferência para a reserva, sendo 27 de 17.12.08)
depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a inatividade.
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§ 12. Aos pensionistas dos militares do Estado, § 2º O exercício da função policial é privativo
aplica-se o que for fixado em lei específica. do policial de carreira, recrutado,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº exclusivamente, nos termos do art. 54, II, e
27 de 17.12.08) submetido a curso de formação policial.
TÍTULO V
DA SEGURANÇA PÚBLICA CAPÍTULO II
DA POLÍCIA CIVIL
CAPÍTULO I Art. 159. A Polícia Civil, dirigida por delegado de
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS polícia de carreira, é instituição permanente e
auxiliar da função jurisdicional do Estado, com
Art. 156. A segurança pública, dever do Estado, atribuições, entre outras fixadas em lei, de
direito e responsabilidade de todos, é exercida exercer as funções de polícia judiciária e a
para a preservação da ordem pública, da apuração de infrações penais, exceto as
segurança dos estabelecimentos penais em militares.
geral, da incolumidade das pessoas e do § 1º A Polícia Civil será dirigida pelo Delegado-
patrimônio, por meio dos seguintes órgãos: Geral, nomeado pelo Governador do Estado,
I - Polícia Civil; dentre os delegados de polícia de carreira, nos
II - Polícia Militar; termos da lei complementar.
III - Corpo de Bombeiros Militar. § 2º O Estado criará e manterá uma academia
IV – Polícia Penal. especializada de polícia civil, a que compete o
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº treinamento e a reciclagem de policiais civis de
56, de 15.12.2020) carreira.
Parágrafo único. A remuneração dos servidores Art. 160. O Estatuto da Polícia Civil disporá
policiais integrantes dos órgãos relacionados sobre:
neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. I - o ingresso na classe inicial de delegado de
39, da Constituição Federal. polícia de carreira, mediante concurso público
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº de provas e títulos, com a participação da
10, de 17.12.99) Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil,
Art. 157. Os Municípios poderão constituir obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de
guardas municipais destinadas à proteção de classificação;
seus bens, serviços e instalações, conforme (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
dispuser a lei. 27 de 17.12.08)
Art. 158. A segurança pública, organizada sob a II - REVOGADO;
forma de sistema, será coordenada, (Revogado pela Emenda Constitucional nº 27
supervisionada e controlada pelas Secretarias de 17.12.08)
de Estado correspondentes, órgãos III - a garantia aos policiais civis, quando presos
encarregados da prestação dos serviços de e durante o processo, de tratamento
polícia em geral e polícia penal especializada, diferenciado dos presidiários comuns;
no território do Estado do Piauí. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 56, de 15.12.2020)
56, de 15.12.2020) IV - as atribuições e a estrutura dos órgãos do
§ 1º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Conselho de Polícia Civil e da Corregedoria da
Militar, as forças auxiliares e a reserva do Polícia Civil.
Exército subordinam-se, juntamente com a Parágrafo único. REVOGADO.
Polícia Civil e a Polícia Penal ao Governador do (Revogado pela Emenda Constitucional nº 1, de
Estado. 27.06.91)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº § 1º O cargo de delegado de polícia constitui
56, de 15.12.2020) uma das carreiras jurídicas do Poder Executivo

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do Estado e será estruturado em quadro acréscimos decorrentes da natureza da
próprio. atividade e da função, na forma lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº § 4º Os cargos de direção ou gerência dos
27 de 17.12.08) estabelecimentos penais serão ocupados,
§ 2º A realização de concurso público de provas preferencialmente, por servidores policiais
e títulos e o respectivo provimento dos cargos penais estáveis de carreira do Estado do Piauí,
de delegados de polícia dependerão de na forma da lei.
planejamento do Poder Executivo e serão Art. 160-B. O Estatuto da Polícia Penal do
efetuados de acordo com as disponibilidades Estado do Piauí disporá sobre:
orçamentárias do Estado. I – o quadro de pessoal da polícia penal,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº preenchido mediante a transformação e
27 de 17.12.08) reclassificação dos cargos isolados e dos cargos
Art. 160-A. É vedada a vinculação ou de carreira dos atuais agentes penitenciários,
equiparação de remuneração ou subsídio entre ativos e inativos e cargos públicos equivalentes,
as carreiras jurídicas do Poder Executivo e entre em policiais penais e o ingresso na carreira por
estas e as demais carreiras jurídicas. meio de concurso público;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº II - atribuições de segurança dos
27 de 17.12.08) estabelecimentos penais, fiscalização de
CAPÍTULO II-A medidas alternativas à pena de prisão e outras
DA POLÍCIA PENAL correlatas ao Sistema Penal.
(Capítulo acrescentado pela Emenda III - coordenação e execução do
Constitucional nº 56, de 15.12.2020) monitoramento eletrônico na Execução Penal
do Estado do Piauí.
Art. 159-A. A Polícia Penal, instituição de IV - estrutura, organização, funcionamento,
natureza permanente e que desenvolve carreira, subsídio, remuneração, formação
atividade indelegável de Estado, vinculada ao inicial, continuada e especialização, direitos,
órgão administrador do Sistema Penal do Piauí, proibições, deveres e processo disciplinar.
é organizada de acordo com princípios de V - as atribuições e a estrutura dos órgãos do
hierarquia e disciplina, com atribuições de Conselho Superior de Polícia Penal e a
segurança geral dos estabelecimentos penais Corregedoria da Polícia Penal.
do Piauí, fiscalização de medidas alternativas à VI - direção, coordenação, execução,
pena prisão e outras correlatas ao Sistema planejamento, inteligência e contra-inteligência
Penal, fixadas em lei de iniciativa do Poder em sua área correspondente;
Executivo. VII - representação fundamentada ao juízo
§ 1º A Polícia Penal deve ser dirigida por seu competente acerca da inclusão da pessoa
Diretor Geral, nomeado em comissão pelo privada de liberdade no Regime Disciplinar
Governador do Estado, dentre os policiais Diferenciado (RDD);
penais estáveis de carreira do Estado Piauí, com VIII – garantia aos policiais penais, quando
notório saber na área e reputação ilibada. presos e durante o processo, de tratamento
§ 2° Fica transformada a Academia de diferenciado dos presidiários comuns.
Formação Penitenciária do Estado do Piauí em
Academia de Polícia Penal do Estado do Piauí CAPÍTULO III
(ACADEPEN-PI), dirigida por policial penal de DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE
carreira, nomeado pelo Governador do Estado, BOMBEIROS MILITAR
à qual compete a formação, o aperfeiçoamento
e especialização dos policiais penais do Estado Art. 161. À Polícia Militar cabe o policiamento
do Piauí, nos termos da lei específica. ostensivo e a preservação da ordem pública; ao
§ 3º A remuneração dos servidores policiais Corpo de Bombeiros Militar, além das
penais será fixada por subsídios, garantidos os atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.
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Art. 162. Os comandos da Polícia Militar e do UNIDADE 2
Corpo de Bombeiros Militar serão exercidos,
em princípio, por oficial da ativa do último
posto da própria corporação, nomeado por ato
do Governador, observada a formação
Lei nº 3.808, de 16 de julho
profissional para o exercício do comando. de 1981 – Dispõe sobre o
Parágrafo único. Os Comandos da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar podem
Estatuto dos Policiais
ser exercidos, excepcionalmente, por oficial do Militares do Estado do
Exército cujo nome tenha prévia aprovação de
seu Ministério.
Piauí, e dá outras
Art. 163. A Polícia Militar e o Corpo de providências.
Bombeiros Militar estão vinculados,
operacionalmente, ao sistema de segurança
pública do Estado, devendo seguir as políticas e O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,
diretrizes baixadas pela autoridade Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu
competente, na execução das atribuições que sanciono a seguinte Lei:
lhes são próprias.
Art. 1º O presente Estatuto regula a situação,
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas
dos policiais–militares do Estado do Piauí.
Art. 2º A Polícia Militar do Estado do Piauí,
subordinada operacionalmente ao Secretário
de Justiça e Segurança Pública, é uma
instituição permanente, considerada força
auxiliar e reserva do Exército, com organização
e atribuições definidas em Lei.
Vide art. 158 e 163 da Constituição Estadual:
Art. 158. A segurança pública, organizada sob a
forma de sistema, será coordenada,
supervisionada e controlada pelas Secretarias
de Estado correspondentes, órgãos
encarregados da prestação dos serviços de
polícia em geral e polícia penal especializada,
no território do Estado do Piauí.
§ 1º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros
Militar, as forças auxiliares e a reserva do
Exército subordinam-se, juntamente com a
Polícia Civil e a Polícia Penal ao Governador do
Estado.
Art. 163. A Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros Militar estão vinculados,
operacionalmente, ao sistema de segurança
pública do Estado, devendo seguir as políticas e
diretrizes baixadas pela autoridade
competente, na execução das atribuições que
lhes são próprias.

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As atribuições da PMPI estão estabelecidas no remuneração do Estado do Piauí, porém
art. 2º, da Lei nº 3.529, de 20/10/1977 (Lei de sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa,
Organização Básica da PMPI) mediante convocação;
Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar, em II – reformados, quando tendo passado por
razão da destinação constitucional da uma das situações anteriores, estão
Corporação e em decorrência das Leis vigentes, dispensados, definitivamente, da prestação de
constituem uma categoria especial dos serviço na ativa, mas continuam a perceber
servidores públicos estaduais e são remuneração do Estado do Piauí.
denominados policiais–militares. § 2º Os policiais–militares de carreira são os
Emenda Constitucional nº 27 de 17/12/2008, que no desempenho voluntário e permanente
alterou a redação do art. 58, da Constituição do serviço policial-militar, tem vitaliciedade
Estadual, que trata dos militares os quais assegurada.
passaram a ser denominados militares do
Em artigo publicado na Revista Jus Navigandi, o
Estado. juiz de Direito Robledo Moraes Peres de
Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do Almeida analisa a vitaliciedade implícita,
Corpo de Bombeiros Militar, instituições prerrogativa constitucional dos Oficiais
organizadas com base na hierarquia e Militares das Forças Armadas e da Polícia
disciplina, são militares do Estado. Militar e Corpo de Bombeiros Militar de só
perderem o Posto mediante decisão judicial.
§ 1º Os policiais–militares encontram-se em
“Embora a Constituição Federal de 1988 não
uma das seguintes situações:
utilize a nomenclatura vitaliciedade, essa
a) na ativa: garantia está prevista no artigo 142, § 3º, VI, e
I – os policiais–militares de carreira; no artigo 42, § 1º, da Carta Magna”, A
vitaliciedade implícita dos Oficiais Militares está
II – os incluídos na Polícia Militar prevista em todas as 08 Constituições
voluntariamente, durante os prazos a que se brasileiras, desde 1824: a) Constituição de
obrigam a servir; 1824: art. 149; b) Constituição de 1891: art. 76;
III – os componentes da reserva remunerada c)Constituição de 1934: art. 165, § 1º;
quando convocados; e d)Constituição de 1937: art. 160, parágrafo
único, e art. 172,§ 2º; e)Constituição de 1946:
IV – os alunos de órgãos de formação de
art. 182, § 2º; f)Constituição de 1967: art. 94, §
policiais–militares da ativa.
2º; g) Constituição de 1969: art. 93, § 2º;
V - os temporários, incorporados h)Constituição de 1988: art. 142, § 3º, VI, e art.
voluntariamente à Polícia Militar para 42, § 1º. Em caso de infração administrativa ou
prestação de serviço militar, por prazo civil que torne o Oficial indigno ou incompatível
determinado. com o Oficialato deverá a conduta ser apurada
Inciso acrescentado pela Lei nº 7.641, de por meio de um Processo Administrativo
26/11/2021. A lei também determina a reserva Disciplinar (PAD) denominado Conselho de
de vagas à pessoa com deficiência, no mínimo, Justificação, conforme previsto no art. 48 do
10% (dez por cento) das vagas oferecidas no Estatuto dos Militares, instituído pela Lei nº
processo seletivo do policial temporário 6.880/1980. No caso do Oficial da Polícia Militar
observada a compatibilidade das limitações e Corpo de Bombeiros Militar as Constituições
advindas da deficiência com as atribuições das e leis estaduais, autorizadas pelo art. 42, §1º,
respectivas áreas de atuação. da CF, regulamentam a matéria de forma
similar. Porém, a decisão sobre a perda do
b) na inatividade: Posto do Oficial é da competência do Tribunal
I – na reserva remunerada, quando pertencem de Justiça (art. 125, § 3) ou do Tribunal de
à reserva da Corporação e percebem Justiça Militar (nos Estados de São Paulo, Minas

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Gerais e Rio Grande do Sul). ALMEIDA, Robledo Art. 7º São equivalentes as expressões "na
Moraes Peres de. Vitaliciedade implícita: uma ativa", “em serviço na ativa”, "em serviço", "em
prerrogativa dos oficiais militares. Revista Jus atividade" ou "em atividade policial-militar"
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina.Disponível conferidas aos policiais-militares no
em: https://jus.com.br/artigos/59668. Acesso desempenho de cargo, comissão, encargos,
em: 8 jun. 2021. incumbência ou missão, serviço ou atividade
policial-militar ou considerada de natureza
§ 3º Os militares temporários não adquirem
policial-militar, nas organizações policiais-
vitaliciedade e nem estabilidade, passando a
militares, bem como ou em outros órgãos do
compor a reserva não remunerada da Polícia
Estado do Piauí ou na União, quando previsto
Militar do Piauí após serem desligados do
em lei ou regulamento.
serviço ativo.
Art. 8º - A condição jurídica dos policiais–
Parágrafo incluído pela Lei nº 7.641, de
militares é definida pelos dispositivos
26/11/2021.
constitucionais que lhe forem aplicáveis, por
Art. 4º O serviço policial–militar consiste no este Estatuto e pela legislação que lhe outorgar
exercício de atividade inerentes à Polícia Militar direitos e prerrogativas e lhes impuser deveres
e compreende todos os encargos na legislação e obrigações.
específica e relacionados com a manutenção da
Vide § 1º do art. 42, da Constituição Federal:
ordem pública no Estado do Piauí.
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e
Art. 5º A carreira policial-militar é caracterizada Corpos de Bombeiros Militares, instituições
por atividade continuada e inteiramente organizadas com base na hierarquia e
devotada às finalidades da Polícia Militar, disciplina, são militares dos Estados, do Distrito
denominada atividade policial-militar. Federal e dos Territórios.
§ 1º A carreira policial-militar é privativa do § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do
pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na Distrito Federal e dos Territórios, além do que
Polícia Militar e obedece à sequência de graus vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
hierárquicos. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e
3º, cabendo a lei estadual específica dispor
§ 2º É privativa de brasileiro nato a carreira de sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X,
Oficial da Polícia Militar. sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos
Parágrafo não recepcionado pela Constituição respectivos governadores.
Federal. Os cargos privativos de brasileiros
natos são os expressos na CRFB/88, em seu art. Vide art 58, da Constituição Estadual:
12, § 3º, sendo inconstitucional ou não Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do
recepcionada qualquer legislação Corpo de Bombeiros Militar, instituições
infraconstitucional que estabeleça outras organizadas com base na hierarquia e
limitações. disciplina, são militares do Estado.
§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e
Art. 6º Os policiais-militares da reserva
deveres a elas inerentes são asseguradas em
remunerada poderão ser convocados para o
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
serviço ativo, em caráter transitório e mediante
reformados, da Polícia Militar e do Corpo de
aceitação voluntária, por ato do Governador do
Bombeiros Militar do Estado, sendo-lhes
Estado, desde que haja conveniência para o
privativos os títulos, postos e uniformes
serviço.
militares.
Lei nº 7.339, de 17/01/2020, dispõe sobre a § 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e
convocação dos militares do estado do Piauí da do Corpo de Bombeiros Militar do Estado são
reserva remunerada das Corporações Militares conferidas pelo Governador.
(PMPI/CBMEPI).

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§ 3º O militar do Estado em atividade que lei estadual específica dispor sobre as matérias
aceitar cargo ou emprego público civil do art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição
permanente será transferido para a reserva, Federal.
nos termos da lei. § 12. Aos pensionistas dos militares do Estado,
§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, aplica-se o que for fixado em lei específica.
emprego ou função temporária, não eletiva, Art. 9º O disposto neste Estatuto aplica-se no
ainda que da Administração indireta, ficará que couber:
agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação, I – aos policiais-militares da reserva
ser promovido por antiguidade, contando-se- remunerada e reformados;
lhe o tempo de serviço apenas para aquela II – aos capelães policiais-militares.
promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos CAPÍTULO I
ou não, transferido para a inatividade. DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
§ 5º Ao militar do Estado são vedadas a
Art. 10 O ingresso na Polícia Militar fica
sindicalização e a greve.
condicionado à aprovação em concurso
§ 6º O militar do Estado, enquanto em efetivo
público, que poderá ser regionalizado, com
serviço, não pode estar filiado a partido
exames de conhecimentos, exame psicológico,
político.
exame de saúde, exame de aptidão física e
§ 7º O oficial só perderá o posto e a patente se
investigação social.
for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de Artigo alterado pela LC n° 35, de 06/11/2003
Justiça, em tempo de paz, ou de tribunal que também acrescentou os § § 1º ao 8º.
especial, em tempo de guerra. Art. 158, § 2º CE/PI:
§ 8º O oficial condenado na justiça comum ou
militar a pena privativa de liberdade superior a § 2º O exercício da função policial é privativo
dois anos, por sentença transitada em julgado, do policial de carreira, recrutado,
será submetido ao julgamento previsto no exclusivamente, nos termos do art. 54, II, e
parágrafo anterior. submetido a curso de formação policial.
§ 9º Aplica-se aos militares do Estado o § 1º Após todas as etapas do concurso, os
disposto no art. 57, § 9º, desta Constituição e candidatos a serem nomeados farão curso de
no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no formação para ingresso.
art. 37, XI, XIII, XIV e XV, da Constituição
§ 2º Os exames de conhecimentos, excetuados
Federal.
os exames práticos, serão classificatórios e
§ 10. Lei estadual de iniciativa do Governador
habilitatórios, e as demais fases do concurso
disporá sobre o ingresso na Polícia Militar e
público terão caráter apenas habilitatório.
Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a
estabilidade e outras condições de § 3º Às mulheres serão reservadas até 10% (dez
transferência do militar do Estado para a por cento) das vagas oferecidas no concurso
inatividade, os direitos, os deveres, a público.
remuneração, as prerrogativas e outras § 4º O candidato terá o direito de conhecer as
situações especiais dos militares do Estado, razões de sua reprovação em quaisquer fases
consideradas as peculiaridades de suas do concurso, sendo-lhe permitida a
atividades, inclusive aquelas cumpridas por apresentação de recursos.
força de compromissos internacionais.
§ 11. Aplicam-se aos militares do Estado, além § 5º Excetuadas as razões de reprovação no
do que vier a ser fixado em lei, as disposições exame psicológico e na investigação social, cuja
do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, publicidade será restrita ao candidato, os
§§ 2º e 3º, da Constituição Federal, cabendo a

10
resultados de cada uma das fases do concurso Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é
serão publicados no Diário Oficial do Estado. aliado aos parentes do outro pelo vínculo da
afinidade. (Código civil disponível em
§ 6º A habilitação em quaisquer das etapas do
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002
concurso público ou no curso de formação para
/l10406compilada.htm)
ingresso não poderá ser aproveitada para
provimento de cargo distinto ou para outro Art. 10-A. O exame de conhecimentos poderá
concurso. consistir na realização de testes objetivos,
dissertativos ou práticos, compreendendo as
§ 7º Durante o prazo de 2 (dois) anos contados
matérias previstas no edital.
da posse, não poderá o militar ser afastado da
atividade de policiamento ostensivo nem ser Artigo acrescentado pela LC n° 35, de
removido, redistribuído ou transferido, exceto 06.11.2003.
nos casos de comprovada necessidade, Parágrafo único. Para obter aprovação nesta
cabendo exclusivamente, ao Comandante Geral
prova, o candidato deverá alcançar
da Polícia Militar a formalização dos respectivos aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por
atos. cento) no geral e 50% (cinquenta por cento) em
Parágrafo revogado tacitamente pelo § 2º, do cada uma das matérias ou ser julgado apto no
art. 1º, da Lei nº 5.552, de 23/03/2006, que teste prático.
tratou inteiramente sobre a matéria. Aplica-se
o art. 2º, § 1º da LINDB que giza que a lei Art. 10-B. O exame psicológico adotará critérios
posterior revoga a anterior quando científicos objetivos, sendo vedada a realização
expressamente o declare, quando seja com ela de entrevistas.
incompatível ou quando regule inteiramente a Parágrafo único. O exame será realizado por
matéria de que tratava a lei anterior. meio de representante ou comissão de
Art. 1º [...] representantes da instituição contratada para a
§ 2o Durante o prazo de 3 (três) anos contados realização do concurso ou por servidor ou
da posse, não poderá o policial militar ser comissão de servidores públicos efetivos e
afastado da sua atividade fim nem ser estáveis, com habilitação em psicologia.
removido, redistribuído ou transferido. Artigo acrescentado pela LC n° 35, de
§ 8º Não podem participar de comissão, banca 06/11/2003.
de concurso, as pessoas que tiverem cônjuge, Art. 10-C. O exame de saúde compreenderá os
companheiro, ou parente consanguíneo ou exames médicos e odontológicos previstos no
afim em linha reta ou colateral, até o terceiro edital do concurso público.
grau, inscrito no concurso público.
Art. 1.591. São parentes em linha reta as Parágrafo único. O exame de saúde será
pessoas que estão umas para com as outras na realizado por meio de representante ou
relação de ascendentes e descendentes. comissão composta de representantes da
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou instituição contratada para a realização do
transversal, até o quarto grau, as pessoas concurso ou por servidor ou comissão de
provenientes de um só tronco, sem servidores efetivos e estáveis, com habilitação
descenderem uma da outra. em medicina e odontologia.
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, Artigo acrescentado pela LC n° 35, de
conforme resulte de consanguinidade ou outra 06.11.2003.
origem. Art. 10-D. O exame de aptidão física constará
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de provas atléticas, adequadas ao cargo,
de parentesco pelo número de gerações, e, na conforme previsto no edital.
colateral, também pelo número delas, subindo
Parágrafo único. O exame físico será realizado
de um dos parentes até ao ascendente comum,
por meio de representante ou comissão
e descendo até encontrar o outro parente.
composta de representantes da instituição
11
contratada para a realização do concurso ou III – ter idade mínima de 18 (dezoito) anos e
por servidor ou comissão de servidores efetivos máxima de 35 (trinta e cinco) anos no período
e estáveis, com habilitação em educação física. de inscrição para o concurso;
Artigo acrescentado pela LC n° 35, de Inciso com redação alterada pela Lei n° 7.427,
06.11.2003. de 28.12.2020.
Art. 10-E. A investigação social consistirá na IV – à conclusão de curso de graduação
apuração, dentre outros requisitos previstos no superior em qualquer área.
edital do concurso, na comprovação da Inciso com redação alterada pela Lei Ordinária
ausência de antecedentes criminais, relativos a nº 7.720, de 28 de dezembro de 2021.
crimes cuja punibilidade não esteja extinta e §1º A – A matrícula do candidato no curso de
não tenha ocorrido a reabilitação, formação para ingresso nos quadros de oficiais
compreendendo processos na Justiça Comum, ficará condicionada:
na Justiça Federal, na Justiça Federal Militar e Parágrafo incluído pela LC n° 134, de
Justiça Eleitoral, certidão negativa de 30.09.2009.
antecedente expedida pela Polícia Federal,
Polícia Civil e Auditoria Militar e certidão I – à aprovação nos exames do concurso;
negativa de processo administrativo disciplinar II – ao resultado da investigação social,
no âmbito da Corporação. conforme deliberação da Comissão do
Parágrafo único. A Certidão de Antecedentes Concurso;
será expedida pelo órgão de distribuição das III – ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos e
comarcas onde o candidato haja residido nos máxima de 35 (trinta e cinco) anos no período
últimos 5 (cinco) anos. da inscrição para o concurso;
Artigo acrescentado pela LC n° 35, de Inciso com redação alterada pela Lei n° 7.427,
06/11/2003. de 28.12.2020.
Art. 10-F. O curso de formação para ingresso IV – à conclusão de curso de graduação
será realizado pela Academia de Polícia Militar superior em qualquer área.
do Estado do Piauí, Batalhões, Companhias Inciso com redação alterada pela Lei Ordinária
Militares ou outras entidades congêneres, nº 7.720, de 28 de dezembro de 2021.
observada a seguinte duração mínima:
Artigo acrescentado pela LC n° 35, de V – o limite de idade de 35 (trinta e cinco) anos
06.11.2003. a que se refere o inciso III do § 1º do art. 10-F
I – Curso de Formação de Oficiais: 3.600h/a não se aplica aos policiais militares que já
(três mil e seiscentas horas-aula); fazem parte da Corporação na condição de
Inciso com redação alterada pela Lei Ordinária praças, os quais não se submeterão a limite
nº 7.720, de 28 de dezembro de 2021. máximo de idade.
Inciso acrescentado pela Lei n° 7.427, de
II – Curso de Formação de Praças: mínimo de 28.12.2020.
600h/a (seiscentas horas-aulas).
§ 1º-B Poderá ser exigido conclusão de curso
§ 1º A matrícula do candidato no curso de superior de graduação em apenas uma área
formação para ingresso no quadro de praças específica do conhecimento para ingresso nos
ficará condicionada: quadros de oficiais, conforme previsão no
Parágrafo com redação alterada pela LC n° 134, edital do concurso.
de 30.09.2009. Parágrafo incluído pela LC n° 134, de
I – à aprovação nos exames do concurso; 30.09.2009.
II – ao resultado da investigação social, § 1º-C As cargas horárias dos cursos de
conforme deliberação da Comissão do adaptação para ingresso nos quadros de oficiais
Concurso; médicos, dentistas, enfermeiros,
farmacêuticos, capelães e veterinários serão
12
reguladas conforme dispuser norma interna da Parágrafo único. O disposto neste Capítulo
Corporação. aplica-se aos candidatos ao ingresso nos
Parágrafo incluído pela LC n° 134, de Quadros de Praças e Oficiais, para os quais é
30.09.2009. exigido diploma emitido por estabelecimento
de ensino superior reconhecido pelo Governo
§ 2º Ao candidato inscrito em curso de
Federal. (Parágrafo com redação alterada pela
formação para ingresso fica assegurado uma
Lei Ordinária nº 7.720, de 28 de dezembro de
bolsa no valor previsto no Anexo Único desta
2021).
Lei, assegurado o direito de opção entre a
remuneração do cargo ocupado e a bolsa para Art. 11-A. Para a investidura nos cargos da
aqueles que forem policiais militares ou polícia militar, além de outros requisitos
servidores públicos do Estado, bem como a básicos previstos em lei, serão também
revisão da mesma, na data e proporção, exigidos os seguintes: (Artigo 11-A
sempre que se modificar a remuneração dos acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
militares estaduais. I – permissão para dirigir ou Carteira Nacional
§ 3º A aprovação no curso de formação para de Habilitação na categoria discriminada no
ingresso atenderá ao disposto no regulamento edital do concurso;
do Órgão de ensino da Polícia Militar e II – altura mínima de 1,60 m (um metro e
constituirá requisito indispensável para a
sessenta), para homens, e 1,55 (um metro e
nomeação no cargo. cinquenta e cinco centímetros), para mulheres;
§ 4º O candidato inscrito no curso de formação III – aprovação no curso de formação para
fica sujeito à contribuição previdenciária e ao ingresso.
fundo de saúde.
A Lei nº 5.755/2008 derrogou o parágrafo Parágrafo único. A comprovação de possuir a
quarto ao incluir o art. 44-A, na Lei nº altura mínima poderá ser exigida na data de
5.378/2004, estabelecendo que: inscrição ou em outra data, conforme previsão
art. 44-A. A contribuição para o Fundo de no edital do concurso. (Parágrafo único com
Saúde de que trata esta Lei é de caráter renumeração definida pela LC n° 134, de 30 de
facultativo, sendo assegurado aos seus sócios setembro de 2009)
contribuintes, atuais e futuros, a opção de Art. 11-B. Fica facultada aos Oficiais e Praças na
desvinculação a qualquer tempo. ativa em condição de sub judice, aprovados em
§ 5º O policial militar deverá ressarcir ao erário exame de conhecimento nos termos desta Lei e
estadual o valor percebido a título de bolsa, se com tempo de efetivo serviço superiora 05
no momento da investidura não preencher os (cinco) anos, a realização de novo exame
requisitos necessários ao desempenho do cargo psicológico, de saúde e de aptidão física, bem
ou pedir exoneração antes de completar: como, de nova investigação social. (Artigo
a) cinco anos de exercício do cargo, se oficial; incluído pela Lei nº 7.8471, de 13 de julho de
b) dois anos de exercício do cargo, se praça. 2022)

Art. 11 Para a matrícula nos estabelecimentos


de ensino policial-militar destinados à formação
de oficiais e graduados, além das condições 1
A Lei que incluiu o citado artigo ainda estabeleceu em
relativas à nacionalidade, idade, aptidão seu artigo 2º que: “Art. 2° Fica assegurado ao Policial
intelectual, capacidade física e idoneidade Militar ou Bombeiro Militar em situação precária,
originária de concurso público, a convalidação dos atos
moral, é necessário que o candidato não
que ensejaram seu ingresso nos quadros da instituição,
exerça, nem tenha exercido atividade tornado regular sua condição ao completar 10 (dez) anos
prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional. de efetivo serviço prestado a Polícia Militar do Piauí ou
ao Corpo de Bombeiros Militar, em consonância com o
mesmo lapso temporal máximo disposto no Estatuto dos

13
§ 1º O reteste a que se refere o caput será
Coronel PM
organizado e realizado pela Corporação, Círculo de
conforme dispuser regulamentação interna Tenente
Oficiais
específica. Coronel PM

CÍRCULO DE OFICIAIS
Superiores
CAPÍTULO II Major PM
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

POSTOS
Círculo de
Art. 12 A hierarquia e a disciplina são a base Oficia Capitão PM
institucional da Polícia Militar. A autoridade e a Intermediários
responsabilidade crescem com o grau
Primeiro-
hierárquico. Círculo de Tenente PM
§ 1º A hierarquia policial-militar é a ordenação Oficiais
Subalternos Segundo-
de autoridade em níveis diferentes, dentro da
Tenente PM
estrutura da Polícia Militar. A ordenação se faz
por posto ou graduações; dentro de um mesmo Subtenente
posto ou de uma mesma graduação se faz pela PM
antiguidade no posto ou na graduação. O Primeiro
respeito à hierarquia é substanciado no espírito Sargento
de acatamento à sequência de autoridade.
CÍRCULO DE PRAÇAS Círculo de PM

GRADUAÇÕES
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o Subtenentes e Segundo
acatamento integral das leis, regulamentos, Sargentos Sargento
normas e disposições que fundamentam o PM
organismo policial-militar e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, Terceiro
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do Sargento
dever por parte de todos e de cada um dos PM
componentes desse organismo. Círculo de Cabo PM
§ 3º A disciplina e o respeito à hierárquica Cabos e
Soldados Soldado PM
devem ser mantidos em todas as circunstâncias
da vida, entre policiais-militares da ativa, da Frequentam o Círculo Aspirante-a-
PRAÇAS ESPECIAIS

reserva remunerada e reformados. de Oficiais Oficial PM


Art. 13 Círculos hierárquicos são âmbitos de
Excepcionalmente ou
convivência entre policiais-militares da mesma
em reuniões sociais Aluno-a-
categoria e têm a finalidade de desenvolver o
tem acesso ao Círculo Oficial PM
espírito da camaradagem em ambiente de
de Oficiais
estima e confiança, sem prejuízo do respeito
mútuo. Excepcionalmente ou Alunos do
em reuniões sociais Curso de
Art. 14 Os círculos hierárquicos e escala
tem acesso ao Círculo Formação
hierárquica na Polícia Militar são fixados no
de Subtenentes e de Sargento
quadro e parágrafos seguintes:
PRAÇAS

Sargentos PM
Alunos do
Curso de
Frequentam o Círculo
Formação
de Cabos e Soldados
de Soldados
PM
Policiais Militares do Piauí, para aquisição de
estabilidade.”

14
§ 1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, estiverem especificamente enquadrados nas
conferido por ato do Governador do Estado. letras "a" e "b".
§ 2º REVOGADO. § 3º Em igualdade de posto ou graduação, os
Parágrafo revogado expressamente pela LC n° policiais-militares da ativa têm precedência
68, de 23.03.2006. Vide art. 17, § 1º da LC n° sobre os da inatividade.
68, de 23.03.2006. § 4º Em igualdade de posto ou graduação, a
§ 3º Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos-Oficiais precedência entre os policiais-militares de
PM, são denominados Praças Especiais. carreira na ativa e os da reserva remunerada
que as tiverem convocados é definida pelo
§ 4º Os graus hierárquicos inicial e final dos
tempo de efetivo serviço no posto ou
diversos Quadros e Qualificações são fixados,
graduação.
separadamente, para cada caso, em Lei de
fixação de Efetivo. Art. 16 A precedência entre as praças especiais
Vide Lei nº 5.552, de 23/03/2006 (Lei de e as demais praças é assim regulada:
Fixação de Efetivo da PMPI) I – Os Aspirantes-a-Oficial PM são
§ 5º Sempre que o policial-militar da reserva hierarquicamente superiores aos demais
remunerada ou reformado fizer uso do posto praças;
ou graduação, deverá fazê-lo mencionando II – Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente
essa situação. superiores aos Subtenentes PM.
Art. 15 A precedência entre policiais-militares Art. 17 A Polícia Militar manterá um registro de
da ativa, do mesmo grau hierárquico, é todos os dados referentes ao seu pessoal da
assegurada pela antiguidade no posto ou na ativa e da reserva remunerada, dentro das
graduação, salvo nos casos de precedência respectivas escalas numéricas, segundo as
funcional em lei ou regulamento. instruções baixadas pelo Comandante da
§ 1º A antiguidade em cada posto ou graduação Corporação.
é contada a partir da data da assinatura do ato Art. 18 REVOGADO
da respectiva promoção, nomeação, declaração Artigo revogado expressamente pela LC n° 68,
ou inclusão, salvo quando estiver de 23.03.2006. Vide art. 17, § 1º da LC n° 68, de
taxativamente fixada outra data. 23.03.2006.
§ 2º No caso de ser igual a antiguidade referida CAPÍTULO III
no parágrafo anterior, a antiguidade é DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES
estabelecida: Art. 19 Cargo policial-militar é aquele que só
a) entre policiais–militares do mesmo Quadro, pode ser exercido por policiais-militares em
pela posição nas respectivas escalas numéricas serviço ativo.
ou registros de que trata o artigo 17; § 1º O cargo policial-militar a que se refere este
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto artigo é o que se encontra especificado nos
ou na graduação anterior, se, ainda assim, Quadros de Organização ou previsto,
subsistir a igualdade de antiguidade, recorrer- caracterizado ou definido como tal em outras
se-á sucessivamente, aos graus hierárquicos disposições legais.
anteriores, a data de inclusão e à data de § 2º A cada cargo policial-militar corresponde
nascimento para definir a precedência e, neste um conjunto de atribuições, deveres e
último caso, o mais velho considerado mais responsabilidade que se constituem em
antigo; obrigações do respectivo titular.
c) entre os alunos de um mesmo órgão de § 3º As obrigações inerentes ao cargo policial-
formação de policiais-militares, de acordo com militar devem ser compatíveis com o
o regulamento de respectivo órgão, se não

15
correspondente grau hierárquico e definidas "Incumbência", "Comissão", "Serviços" ou
em legislação ou regulamentação peculiares. "Atividade", policial-militar ou de natureza
policial-militar.
Art. 20 Os cargos policiais-militares são
providos com pessoal que satisfaça aos Parágrafo Único. Aplica-se, no que couber, ao
requisitos de grau hierárquico e de qualificação Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou
exigidos para seu desempenho. Atividade, policial-militar ou de natureza
policial-militar, o disposto neste Capítulo para
Parágrafo Único – REVOGADO
Cargo Policial Militar.
Parágrafo revogado expressamente pela LC n°
84, de 07.05.2007.
TÍTULO II
Art. 21 O cargo policial-militar é considerado DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-
vago a partir de sua criação e até que um MILITARES
policial-militar tome posse ou desde que o
momento em que o policial-militar exonerado, CAPÍTULO I
dispensado ou que tenha recebido DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES
determinação expressa de autoridade
competente, o deixe ou até que o outro SEÇÃO I
policial-militar tome posse, de acordo com as DO VALOR POLICIAL-MILITAR
normas de provimento previstas no Parágrafo
Art. 26 São manifestações essenciais do valor
Único do art. 20.
policial-militar:
Parágrafo único. Consideram-se também vagos
I - o sentimento de servir à comunidade,
os cargos policiais-militares cujos ocupantes:
traduzido pela vontade inabalável de cumprir o
a) tenham falecido; dever policial-militar e pelo integral
b) tenham sido considerados extraviados; e devotamento à manutenção da ordem pública,
Vide art. 75, § 1º, alínea “c”, inciso VI, art. 84, mesmo com risco da própria vida;
art. 120 e art. 137 todos deste Estatuto. II - o civismo e o culto das tradições históricas;
c) tenham sido considerados desertores. III - a fé na elevada missão da Polícia Militar;
Vide art. 75, § 1º, alínea “c”, inciso VIII, art. 82,
IV - o espírito-de-corpo, orgulho do policial-
art. 117 e art. 124, § 3º, todos deste Estatuto.
militar pela organização onde serve;
Art. 22 Função policial-militar é o exercício das
V - o amor a profissão policial-militar e o
obrigações inerentes ao cargo policial-militar.
entusiasmo com que é exercida; e
Art. 23 Dentro de uma mesma organização
VI - o aprimoramento técnico-profissional.
policial-militar, a sequência de substituições
bem como as normas, atribuições e SEÇÃO II
responsabilidades relativas, são estabelecidas DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR
na legislação específica, respeitadas a
precedência e qualificações exigidas para o Art. 27 O sentimento do dever, o pundonor
cargo ou para o exercício da função. policial-militar e decoro da classe impõe a cada
um dos integrantes da Polícia Militar, conduta
Art. 24 REVOGADO. moral e profissional irrepreensíveis, com
Artigo revogado expressamente pela LC n° 84, observância dos seguintes preceitos da ética
de 07.05.2007. policial-militar:
Art. 25 As obrigações que, pela generalidade, I - amar a verdade e a responsabilidade como
peculiaridade, duração, vulto ou natureza não fundamento da dignidade pessoal;
são catalogadas como posições tituladas em
Quadros de Organização ou dispositivo legal
são cumpridas como "Encargos",

16
II - exercer com autoridade, eficiência e c) em comerciais;
probidade as funções que lhe couber em
d) para discutir ou provocar discussão pela
decorrência do cargo; imprensa a respeito de assunto políticos ou
III - respeitar a dignidade da pessoa humana; policiais-militares, excetuando-se os da
natureza exclusivamente técnica, se
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os
devidamente autorizado; e
regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes; e) no exercício de funções de natureza não
policial-militar, mesmo oficiais.
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos
e na apreciação do mérito dos subordinados; XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e
de cada um dos seus integrantes, obedecendo
VI - zelar pelo preparo próprio, moral,
e fazendo obedecer aos preceitos da ética
intelectual, físico e também pelo dos
policial-militar.
subordinados;
Art. 28 Ao policial-militar da ativa, ressalvado o
VII - empregar todas as suas energias em
disposto no parágrafo segundo, é vedado
benefício do serviço;
comerciar ou tomar parte na administração ou
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver gerência de sociedade ou dela ser sócio ou
permanentemente o espírito de cooperação; participar, exceto como acionista ou quotista
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sociedade anônima ou por quotas de
em sua linguagem escrita e falada; responsabilidade limitada.

X - abster-se de tratar, fora do Âmbito § 1º Os policiais-militares na reserva


apropriado, de matéria sigilosa, relativa à remunerada, quando convocados, ficam
Segurança Nacional; proibidos de tratar, nas organizações policiais-
militares e nas repartições públicas civis, dos
XI - acatar as autoridades civis; interesses de organizações ou empresas
XII - cumprir seus deveres de cidadão; privadas de qualquer natureza.
XIII - proceder da maneira ilibada na vida § 2º Os policiais-militares da ativa podem
pública e no particular; exercer diretamente, a gestão de seus bens,
desde que não infrinjam o disposto no presente
XIV - observar as normas da boa educação;
artigo.
XV - garantir assistência moral e material ao
§ 3º No intuito de desenvolver a prática
seu lar e conduzir-se como chefe de família
profissional dos integrantes do Quadro de
modelar;
Saúde, é-lhes permitido o exercício da atividade
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na técnico-profissional, no meio civil, desde que
inatividade, de modo que não sejam tal prática não prejudiquem o serviço.
prejudicados os princípios da disciplina, do Parágrafo deve ser aplicado com ressalvas pela
respeito e do decoro policial-militar; Administração pública estadual, haja vista
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da dispositivo expresso na Constituição Federal
graduação para obter facilidades pessoais de que delimita os cargos públicos acumuláveis
qualquer natureza ou para encaminhar pelo militar, conforme previsão no art. 37, XVI,
negócios particulares ou de terceiros; c/c art. 42, § 3º da CRFB/88, com prevalência
da atividade militar.
XVIII - abster-se, o policial-militar na
inatividade, do uso das designações Art. 29 O Comandante-Geral da Polícia Militar
hierárquica, quando: poderá determinar aos policiais-militares da
ativa que, no interesse da salvaguarda da
a) em atividade político-partidárias; dignidade dos mesmos, informem sobre a
b) em atividades industriais; origem e natureza dos seus bens, sempre que

17
houver razões relevantes que recomendem tal compromisso obedecerá aos seguintes dizeres:
medida. "Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial da Polícia
CAPÍTULO II Militar, assumo o compromisso de cumprir
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES rigorosamente as ordens das autoridades a que
estiver subordinado e de me dedicar
Art. 30 Os deveres policiais-militares emanam
inteiramente ao serviço policial-militar, à
de vínculo racionais e morais que ligam o
manutenção da ordem pública e à segurança da
policial-militar à comunidade estadual e à sua
comunidade, mesmo com o risco da própria
segurança, e compreendem, essencialmente:
vida".
I - a dedicação integral ao serviço policial-
§ 2º Ao ser promovido ao primeiro posto, o
militar e a fidelidade à instituição à que
Oficial PM prestará o compromisso de Oficial,
pertence, mesmo com sacrifício da própria
em solenidade especialmente programada, de
vida;
acordo com os seguintes dizeres: "Perante a
II - o culto aos símbolos nacionais; Bandeira do Brasil e pela minha honra prometo
III - a probidade e a lealdade em todas as cumprir os deveres do Oficial da Polícia Militar
circunstâncias; do Piauí e dedicar-me inteiramente ao seu
serviço".
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; SEÇÃO II
V - o rigoroso cumprimento das obrigações; e DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
VI - a obrigação de tratar o subordinado Art. 33 Comando é a soma de autoridade,
dignamente e com urbanidade. deveres e responsabilidades de que o policial-
militar é investido legalmente, quando conduz
Art. 31 Todo cidadão, após ingressar na Polícia
homens ou dirige uma organização policial-
Militar mediante inclusão, matrícula ou
militar. O Comando é vinculado ao grau
nomeação, prestará compromisso de honra, no
hierárquico e constitui uma prerrogativa
qual afirmará a sua aceitação consciente das
impessoal, em cujo exercício o policial-militar
obrigações e dos deveres policiais-militares e
se define e se caracteriza como chefe.
manifestará a sua firme disposição de bem
cumpri-los. Parágrafo único. Aplica-se à Direção e à Chefia
da Organização Policial-Militar, no que couber,
Art. 32 O compromisso a que se refere o artigo
o estabelecido para o Comando.
anterior terá caráter solene e será prestado na
presença da tropa, tão logo o policial-militar Art. 34 A subordinação não afeta, de modo
tenha adquirido um grau de instrução algum a dignidade pessoal do policial-militar e
compatível com o perfeito entendimento de decorre, exclusivamente, da estrutura
seus deveres como integrante da Polícia hierárquica da Polícia Militar.
Militar, conforme os seguintes dizeres: "Ao Art. 35 O Oficial é preparado, ao longo da
ingressar na Polícia Militar do Piauí, prometo carreira, para o exercício do Comando, da
regular a minha conduta pelos preceitos da Chefia e da Direção das Organizações Policiais-
moral, cumprir rigorosamente as ordens das Militares.
autoridades a que estiver subordinado e
dedicar-me inteiramente ao serviço policial- Art. 36 Os subtenentes e sargentos auxiliam e
militar, à manutenção da ordem pública e à completam as atividades dos Oficiais, quer no
segurança da comunidade, mesmo com o risco adestramento da tropa e no emprego dos
de própria vida". meios, quer na instrução e na administração,
bem como no comando de frações de tropa,
§ 1º O compromisso do Aspirante-Oficial PM mesmo agindo isoladamente, nas atividades de
será prestado de acordo com o cerimonial policiamento ostensivo peculiares à Polícia
constante do regulamento da Academia de Militar.
Polícia Militar, onde for formado. Esse

18
Parágrafo único. No exercício das atividades cargo ou pela incapacidade para o exercício das
mencionadas neste artigo e no comando de funções policiais-militares a ele inerentes.
elementos subordinados os subtenentes e Art. 42 O Policial-militar que, por sua atuação,
sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo se tornar incompatível com o cargo ou
exemplo e pela capacidade profissional e demonstrar incapacidade no exercício das
técnica incumbindo-lhes assegurar a funções policiais-militares a ele inerentes, será
observância minuciosa e ininterrupta das afastado do cargo.
ordens, das regras do serviço e das normas
operativas pelas praças que lhes estiverem § 1º São competentes para determinar o
diretamente subordinadas e a manutenção, da imediato afastamento do cargo ou o
coesão e do moral das mesmas praças em impedimento do exercício da função:
todas as circunstâncias. a) o Governador do Estado do Piauí;
Art. 37 Os cabos e soldados são, b) o Comandante-Geral da Polícia Militar; e
essencialmente, os elementos de execução.
c) os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na
Art. 38 Às praças especiais cabe a rigorosa conformidade da legislação ou regulamentação
observância das prescrições dos regulamentos da Corporação.
que lhes são pertinentes, exigindo-lhes inteira
dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico- § 2º O policial-militar afastado do cargo, nas
profissional. condições, mencionadas neste artigo, ficará
privado do exercício de qualquer função
Art. 39 Cabe ao policial-militar a policial-militar, até a solução final do processo
responsabilidade integral pelas decisões que ou das providências legais que couberem no
tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que caso.
praticar.
CAPÍTULO III Art. 43 São proibidas quaisquer manifestações
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS coletivas, tanto sobre atos de superiores,
DEVERES quanto às de caráter reivindicatória.

Art. 40 A violação das obrigações ou dos SEÇÃO I


deveres policiais-militares constituirá crime, DOS CRIMES MILITARES
contravenção penal ou transgressão disciplinar,
Art. 44 Os Conselhos de Justiça, em 1ª instância
conforme dispuserem a legislação ou
são competentes para processar e julgar os
regulamentação peculiares.
policiais-militares, nos crimes definidos em lei
§ 1º A violação dos preceitos da ética policial- como militares.
militar é tão mais grave quando mais elevado Os crimes militares estão definidos no Código
for o grau hierárquico de quem a cometer. Penal Militar (Decreto-Lei Federal nº 1.001, de
§ 2º REVOGADO. 21 de outubro de 1969). Os Conselhos de
Parágrafo revogado pela LC nº 90/2007. Justiça seguem a constituição estabelecida na
Lei Complementar Estadual nº 98 de
Art. 41 A inobservância dos deveres 10/01/2008 (Organiza a Justiça Militar do
especificados nas leis e regulamentos ou a falta Estado do Piauí).
de exação no cumprimento dos mesmos
acarreta para o policial-militar responsabilidade Art. 45 Aplicam-se aos policiais-militares, no
funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, que couber, as disposições estabelecidas no
consoante a legislação específica. Código Penal Militar.

Parágrafo Único. A apuração da SEÇÃO II


responsabilidade funcional, pecuniária, DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
disciplinar ou penal, poderá concluir pela
incompatibilidade do policial militar com o

19
Art. 46 O Regulamento Disciplinar da Polícia submetido a Conselho de Justificação na forma
Militar especificará e classificará as da legislação específica.
transgressões e estabelecerá as normas § 1º O Oficial, ao ser submetido a Conselho de
relativas à amplitude e aplicação das penas Justificação, poderá ser afastado do exercício
disciplinares, à classificação do comportamento de suas funções automaticamente ou a critério
policial-militar e à interposição de recursos do Comandante-Geral da Polícia Militar,
contra as penas disciplinares. conforme estabelecido em Lei específica .
Trata-se da Lei nº 7725, de 17 de janeiro de § 2º Compete ao Tribunal de Justiça do Estado
2022, institui o Código de Ética e Disciplina dos do Piauí, julgar em única instância os processos
Militares do Estado do Piauí. oriundos dos Conselhos de Justificação, na
§ 1º As penas disciplinares de detenção ou forma estabelecida em Lei específica.
prisão não podem ultrapassar de trinta dias. § 3º O Conselho de Justificação também poderá
Vide art. 18 do Decreto-Lei Federal nº ser aplicado aos oficiais reformados e na
667/1969 com as alterações inseridas pela reserva remunerada.
(Redação dada pela Lei nº 13.967, de 2019 que Trata-se da Lei nº 7725, de 17 de janeiro de
giza: 2022, institui o Código de Ética e Disciplina dos
Art. 18. As polícias militares e os corpos de Militares do Estado do Piauí.
bombeiros militares serão regidos por Código
de Ética e Disciplina, aprovado por lei estadual Art. 48 O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as
ou federal para o Distrito Federal, específica, praças com estabilidade assegurada,
que tem por finalidade definir, especificar e presumivelmente incapaz de permanecer como
classificar as transgressões disciplinares e policiais-militares da ativa serão submetidos a
estabelecer normas relativas a sanções Conselho de Disciplina, na forma da legislação
disciplinares, conceitos, recursos, recompensas, específica..
bem como regulamentar o processo § 1º O Aspirante-a-Oficial PM e as praças com
administrativo disciplinar e o funcionamento do estabilidade assegurada, ao serem submetidos
Conselho de Ética e Disciplina Militares, a Conselho de Disciplina, serão afastados das
observados, dentre outros, os seguintes atividades que estiverem exercendo.
princípios:
I - dignidade da pessoa humana; § 2º Compete ao Comandante-Geral da Polícia
II – legalidade; Militar julgar processos oriundos do Conselho
III - presunção de inocência; de Disciplina convocados no âmbito da
IV - devido processo legal; Corporação.
V - contraditório e ampla defesa; § 3º O Conselho de Disciplina também poderá
VI - razoabilidade e proporcionalidade; ser aplicado as praças reformadas e na reserva
VII - vedação de medida privativa e restritiva de remunerada.
liberdade.
Trata-se da Lei nº 7725, de 17 de janeiro de
§ 2º Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se também as 2022, institui o Código de Ética e Disciplina dos
disposições disciplinares previstas no Militares do Estado do Piauí.
estabelecimento de ensino onde estiver
matriculado.
TÍTULO III
SEÇÃO III
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E
POLICIAIS–MILITARES
DISCIPLINA
Art. 47 O Oficial presumivelmente incapaz de CAPÍTULO I
permanecer como policial-militar da ativa será DOS DIREITOS
Art. 49 São direitos dos policiais-militares:

20
I - garantia da patente, em toda a sua de 2006, alterada pelas portarias: Portaria nº
plenitude, com as vantagens, prerrogativas e 114/2016-GCG, de 08/03/16, Portaria nº
deveres a ela inerentes, quando Oficial; 94/2019, de 08/02/19 (BCG nº 030/2019),
Portaria nº 458/2019, de 12/12/19 (BOL N° 243
II - REVOGADO
de 23/12/2019)
Inciso revogado pela Lei nº 5.210, de
17/09/2001. Parágrafo Único REVOGADO (Parágrafo único
revogado pela Lei nº 5210, de 17/09/2001).
III - nas condições e nas limitações imposta na
legislação e regulamentação específica: Art. 50 O policial-militar que se julgar
prejudicado ou ofendido por qualquer ato
a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez)
administrativo ou disciplinar de superior
anos ou mais anos de tempo de efetivo serviço;
hierárquico, poderá recorrer ou interpor
b) uso das designações hierárquicas; pedido de reconsideração, queixa ou
c) a ocupação de cargo correspondente ao representação, segundo legislação vigente na
posto ou à graduação; Corporação.

d) percepção de remuneração; § 1º O direito de recorrer na esfera


administrativa prescreverá:
e) outros direitos previstos na lei específica que
trata da remuneração dos policiais-militares do a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do
Estado do Piauí; recebimento da comunicação oficial, quanto a
A Lei nº 5.378/2004, dispõe sobre o código de ato que decorra da composição de Quadro de
vencimentos dos militares, com as alterações Acesso;
decorrentes da Lei nº 6.173/2012, que b) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos
estabeleceu o regime de subsídio. demais casos.
f) a constituição de pensão policial-militar; § 2º O pedido de reconsideração, a queixa e a
g) a promoção; representação não podem ser feitas
A Lei nº 3.936/1984 versa sobre as promoções coletivamente.
de Oficiais, e a Lei Complementar nº 68/2006 § 3º O policial-militar da ativa que, nos casos
trata das promoções das praças. cabíveis, se dirigir ao Poder Judiciário, deverá
h) a transferência para a reserva remunerada, a participar, antecipadamente, esta iniciativa à
pedido, ou a reforma; autoridade a qual estiver subordinado.
Parágrafo não recepcionado pela CRFB/1988,
i) as férias, os afastamentos temporários do conforme princípio da inafastabilidade da
serviço e as licenças; jurisdição estabelecido pelo art. 5º, XXXV que
j) a demissão e o licenciamento voluntário; giza que a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
l) o porte de arma, quando Oficial, em serviço
ativo ou em inatividade, salvo aqueles em Art. 51 Os policiais-militares são alistáveis como
inatividade por alienação mental ou eleitores na forma do que estabelece a
condenação por crimes contra a Segurança Constituição Federal.
Nacional ou por atividades que desaconselham Parágrafo único. Os policiais militares alistáveis
aquele porte; e são elegíveis, atendidas as seguintes condições:
Vide art. 6º, II, da Lei Federal nº 10.826/2003
c/c Decreto Federal nº 9.847/2019. a) o policial-militar que tiver menos de 05
(cinco) anos de efetivo serviço será, ao se
m) porte de arma, pelas praças, com as candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço
restrições impostas pela Polícia Militar. ativo, mediante demissão ou licenciamento
Atualmente as restrições são as estabelecidas "ex-ofício";
pela Portaria nº 129/CG/2006, de 06 de junho

21
b) o policial-militar em atividade, com 05 Art. 53 O auxílio-invalidez, atendidas as
(cinco) ou mais anos de efetivo serviço, ao se condições estipuladas em lei peculiar que trata
candidatar a cargo eletivo, será afastado, da remuneração dos policiais-militares, será
temporariamente, do serviço ativo e agregado, concedido ao policial-militar, que, quando em
considerado em licença para tratar de interesse serviço ativo, tenha sido ou venha a ser
particular. Se eleito, será no ato da diplomação, reformado por incapacidade definitiva e
transferido para a reserva remunerada, considerado inválido, total e
percebendo a remuneração a que faz jus, em permanentemente, para qualquer trabalho,
função de seu tempo de serviço. não podendo prover os meios de subsistência.
Parágrafo único não recepcionado pela atual Art. 54 O soldo é irredutível e não será sujeito a
Constituição Federal de 1988, que estabelece penhora sequestro ou arresto, exceto nos casos
no § 8º do art. 14: previstos em lei.
[...] § 8º O militar alistável é elegível, atendidas
as seguintes condições: Art. 55 Para efeito de montepio e outros
I - se contar menos de dez anos de serviço, fundos, o valor do soldo é igual para o policial-
deverá afastar-se da atividade; militar da ativa, da reserva remunerada ou
II - se contar mais de dez anos de serviço, será reformado, de um mesmo grau hierárquico,
agregado pela autoridade superior e, se eleito, ressalvado o disposto no inciso II, do artigo 49.
passará automaticamente, no ato da O art. 5º, da Lei nº 6.173/2012, que instituiu o
diplomação, para a inatividade.” regime de subsídio aos militares estaduais do
Piauí, garantiu a paridade de subsídios aos
SEÇÃO I policiais militares da inatividade.
DA REMUNERAÇÃO
Art. 56 É proibido acumular remuneração de
Art. 52 A remuneração dos policiais-militares inatividade.
compreendem vencimentos ou proventos,
indenização e outros direitos e é devida em Parágrafo Único. O disposto neste artigo, não
base estabelecidas em lei peculiar. se aplica aos policiais-militares da reserva
Vide Lei nº 5.378, de 2004, que dispõe sobre o remunerada e aos reformados, quanto ao
Código de Vencimentos da PMPI. Artigo exercício do mandado eletivo, quanto ao de
revogado tacitamente pela Lei n° 6.173/2012, função de magistério ou cargo em comissão ou
que instituiu o regime de subsídio aos policiais quanto ao contrato para prestação de serviços
militares que estabelece parcela única. técnicos ou especializados.

§ 1º Os policiais-militares na ativa percebem Artigo deverá ser compreendido à luz das


remuneração constituídas pelas seguintes alterações inseridas na CRFB/1988, art. 37, XVI,
parcelas: Emenda Constitucional nº 101, de 2019,
a) mensalmente: conforme estatuído pelo art. 42, § 3º, da
I - vencimentos, compreendendo soldo e CRFB/1988 que giza que “aplica-se aos militares
gratificações; dos Estados, do Distrito Federal e dos
II - indenizações. Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com
b) eventualmente, outras indenizações. prevalência da atividade militar.”

§ 2º Os policiais-militares em inatividade Art. 57 Os proventos da inatividade serão


percebem: previstos sempre que, por motivo de alteração
a) mensalmente: proventos; do poder aquisitivo da moeda, se modificarem
b) eventualmente: auxílio – invalidez. os vencimentos dos policiais-militares em
serviço ativo, na percentagem concedida.
§ 3º Os policiais-militares receberão salário-
família de conformidade com a lei que o rege. Parágrafo Único. Ressalvados os casos,
previstos em lei, os proventos de inatividade
não poderão exceder a remuneração percebida

22
pelo policial-militar da ativa no posto ou na respectivo quadro, atendidos cumulativamente
graduação correspondente aos dos seus os seguintes requisitos:
proventos. I - houver adquirido o direito de transferência
SEÇÃO II para a reserva remunerada por tempo de
DA PROMOÇÃO serviço, nos termos previstos em Lei em vigor;
Art. 58 O acesso na hierarquia policial-militar é II - tenha no mínimo 30 (trinta) anos de serviço,
seletiva, gradual e sucessivo e será feito dos quais, no mínimo 25 (vinte e cinco) anos de
mediante promoções, de conformidade com o serviço militar ou atividade de natureza militar;
disposto na legislação e regulamentação de
promoções de oficiais e de praças, de modo a III - tenha cumprido os interstícios necessários
obter-se um fluxo regular e equilibrado de para a promoção ao último posto ou à última
carreira para os policiais-militares a que esses graduação de seus respectivos quadros.
dispositivos se referem. § 1º A promoção em condições especiais
§ 1º O planejamento da carreira dos oficiais e independerá do calendário de promoções.
praças, obedecidas as disposições da legislação § 2º O policial militar promovido nas condições
e regulamentação a que se refere este artigo, é deste artigo será transferido ex officio para a
atribuição do Comandante-Geral da Polícia reserva remunerada, não ocupará vaga em seu
Militar. respectivo quadro, ficando à disposição da
§ 2º A promoção é um ato administrativo e tem Diretoria de Gestão de Pessoas, devendo seu
como finalidade básica a seleção dos policiais- processo administrativo de transferência ser
militares para o exercício de funções iniciado logo após a publicação do ato de
pertinentes ao grau hierárquico superior. promoção.
A Lei nº 3.936, de 03 de julho de 1984, e o § 3º Transferido para a reserva remunerada
Decreto nº 16.977, de 10 de janeiro de 2017, nestas condições, o policial militar contribuirá
dispõem sobre promoção de Oficiais da Polícia para o sistema de proteção social dos militares
Militar do Estado do Piauí. estaduais, conforme legislação que rege a
matéria. (Artigo 59-A acrescentado pela Lei nº
A Lei Complementar nº 68, de 23 de março de 7.878/2022)
2006, e o Decreto nº 12.422, de 18 de
novembro de 2006, dispõem sobre promoção Art. 60 Não haverá promoção de policial-militar
de Praças da Polícia Militar do Piauí. por ocasião de sua transferência para a reserva
remunerada ou por ocasião de sua reforma.
Art. 59 As promoções serão efetuadas pelos
critérios de antiguidade e merecimento ou, SEÇÃO III
ainda, por bravura e post-mortem. DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS
§ 1º Em casos extraordinários, poderá haver TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
promoção em ressarcimento de preterição. Art. 61 Ao policial-militar será concedido
§ 2º A promoção de policiais-militares feita em obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos
ressarcimento de preterição será efetuada de férias, observado o plano elaborado pela sua
segundo o princípio de antiguidade, recebendo Organização Policial-Militar.
ele o número que lhe competir na escala O Decreto Estadual nº 15.555, de 12/03/2014
hierárquica, como se houvesse sido promovido regula a concessão de férias aos servidores
na época devida. públicos e militares estaduais do Piauí.
Art. 59-A. Poderá ser concedida, a pedido, § 1º Compete ao Comandante-Geral da Polícia
promoção em condições especiais ao posto ou Militar a regulamentação da concessão das
graduação imediatos, ao policial militar do férias anuais.
serviço ativo da Polícia Militar do Piauí que
ocupe o penúltimo posto ou graduação de seu
23
§ 2º A concessão de férias não é prejudicada b) para tratar de interesse particular;
pelo gozo anterior de licença para tratamento c) para tratamento de saúde de pessoa da
de saúde, por punição decorrente de família;
transgressão disciplinar, pelo estado de guerra d) para tratamento de saúde própria.
ou para que estejam cumpridos atos de serviço, § 2º A remuneração do policial-militar, quando
bem como não anula o direito àquelas licenças. no gozo de qualquer das licenças constantes do
§ 3º Somente em casos de interesse de parágrafo anterior, é regulada em legislação
Segurança Nacional, de manutenção da ordem, peculiar.
de extrema necessidade do serviço ou de Art. 65 A licença especial é a autorização para
transferência para a inatividade, o afastamento total do serviço, relativa a cada
Comandante-Geral poderá interromper ou decênio de tempo de efetivo serviço prestado,
deixar de conceder na época prevista, o concedida ao policial-militar que a requerer,
período de férias a que tiverem direito, sem que implique em qualquer restrição para a
registrando-se então o fato em seus sua carreira.
assentamentos. Decreto nº 15.251/2013, regulamenta a
§ 4º REVOGADO. concessão da licença para tratar de interesse
(Parágrafo revogado pelo Lei Complementar nº particular e dispõe sobre a Licença especial dos
84/2007) militares do Estado
Art. 62. Os policiais-militares têm direito, ainda, § 1º A licença especial tem a duração de 06
aos seguintes períodos de afastamento total do (seis) meses, a ser gozado de uma só vez,
serviço, obedecidas as disposições legais e podendo ser parcelada em 02 (dois) ou 03
regulamentares, por motivo de: (três) meses por ano civil, quando solicitado
I - núpcias: 08 (oito) dias; pelo interessado e julgado conveniente pelo
II - luto: 08 (oito) dias; Comandante – Geral da Corporação.
III - instalação: até 10 (dez) dias;
§ 2º O período de licença especial não
VI - trânsito: até 30 (trinta) dias. interrompe a contagem do tempo de efetivo
Parágrafo Único. O afastamento do serviço por serviço.
motivo de núpcias ou luto será concedido, no § 3º REVOGADO
primeiro caso, se solicitado por anteposição, à Parágrafo revogado pela Lei Complementar nº
data do evento e, no segundo caso, tão logo a 84/2007
autoridade a que estiver subordinado o policial-
militar tenha conhecimento do óbito. § 4º A licença especial não é prejudicada pelo
gozo anterior de qualquer licença para
Art. 63 As férias e os outros afastamentos tratamento de saúde e para que sejam
mencionados nesta Seção são concedidos com cumpridos atos de serviços, bem como não
a remuneração prevista na legislação específica anula o direito àquelas licenças.
e computados como tempo de efetivo serviço
para todos os efeitos legais. § 5º Uma vez concedida a licença especial, o
policial-militar será exonerado do cargo ou
SEÇÃO IV dispensado do exercício das funções que exerce
DAS LICENÇAS e ficará à disposição do órgão de pessoal da
Polícia Militar.
Art. 64 Licença é a autorização para o
afastamento total do serviço, em caráter § 6º A concessão da licença especial é regulada
temporário, concedida ao policial-militar, pelo Comandante-Geral da Polícia Militar, de
obedecidas as disposições legais e acordo com o interesse do serviço.
regulamentares. Art. 66 A licença para tratar de interesse
§ 1º - A licença poder ser: particular é a autorização para afastamento
a) especial; total do serviço, concedida ao policial-militar
24
com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, § 1º Decreto disporá sobre a escala de serviço,
que a requerer com aquela finalidade. a jornada diária de trabalho, os períodos de
Decreto Nº 15.248, de 02/07/2013, descanso e as folgas.
regulamenta a concessão da licença para § 2º O militar do Estado, mesmo nos períodos
atividade política, do afastamento para o de folga, poderá ser convocado para o serviço
exercício de mandato eletivo e da licença para em situações de calamidade pública, de
desempenho de mandato classista por emergência, na ocorrência de desastres ou de
servidores civis e por militares do Estado prática de ações criminosas que afetem
§ 1º A licença será sempre concedida com gravemente a segurança ou ordem pública.
prejuízo da remuneração e da contagem de § 3º As horas que excederem a jornada diária
tempo de efetivo serviço. serão remuneradas por gratificação por
§ 2º A concessão de licença para tratar de operações planejadas ou compensadas, na
interesse particular é regulada pelo forma disciplinada no regulamento previsto no
Comandante-Geral da Polícia Militar, de acordo §1º deste artigo.
com o interesse do serviço. § 4º Não se aplica o § 3º aos militares que
Art. 67 As licenças poderão ser interrompidas a exerçam cargo em comissão, percebam
pedido ou nas condições estabelecidas neste gratificação de representação de gabinete ou
artigo. outra gratificação pelo exercício do cargo, ainda
que em exercício em outro Poder.
§ 1º A interrupção da licença especial ou de
licença para tratar de interesse particular Art. 67-B. O regime de trabalho dos militares do
poderá ocorrer: Estado obedecerá aos seguintes princípios:
a) em caso de mobilização e estado de guerra; I – dedicação integral ao serviço do militar;
b) em caso de decretação de estado de sítio; II – permanência e continuidade, quanto à
c) para cumprimento de sentença que importe necessidade da prestação do serviço;
em restrição de liberdade individual; III – eficiência quanto à qualidade técnico-
d) para cumprimento de punição disciplinar, profissional dos serviços a serem prestados.
conforme for regulamentado pelo
Comandante-Geral da Polícia Militar; e CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS
e) em caso de pronúncia em processo criminal
ou indiciação em inquérito policial-militar, a Art. 68. As prerrogativas dos policiais-militares
juízo da autoridade que efetivar a pronúncia ou são constituídas pelas honras, dignidade e
a indiciação. distinção devidas aos graus hierárquicos e
cargos.
§ 2º A interrupção da licença para tratamento
de saúde de pessoa da família, para de Parágrafo Único – São prerrogativas dos
cumprimento de pena disciplinar que importe policiais-militares:
em restrição da liberdade individual, será a) uso de títulos, uniforme, distintivos, insígnias
regulada na legislação da Polícia Militar. e emblemas policiais-militares da Polícia
Militar, correspondentes ao posto ou à
SEÇÃO V graduação;
DA JORNADA DE TRABALHO E DO REGIME DE b) honras, tratamento e sinais de respeito que
TRABALHO lhe sejam asseguradas em leis ou
Seção acrescentada pela Lei nº 6.467/2013 regulamentos;
Art. 67-A Fica estabelecida jornada de trabalho c) cumprimento de pena de prisão ou detenção
de 44 (quarenta e quatro) horas semanais para somente em organização policial-militar, cujo
os militares do Estado do Piauí no efetivo Comandante, Chefe ou Diretor tenha
exercício das atribuições próprias do cargo. precedência sobre o preso ou detido; e

25
d) julgamento em foro especial, nos crimes Parágrafo Único. Constituem crimes previstos
militares. na legislação específica o desrespeito aos
uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
Art. 69 Somente em caso de flagrante delito, o
policiais-militares, bem como seu uso por quem
policial-militar poderá ser preso por autoridade
a eles não tiver direito.
policial, ficando esta, obrigada a entregá-lo
imediatamente à autoridade policial-militar Art. 72 O uso dos uniformes com seus
mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia distintivos, insígnias e emblemas, bem como
ou posto policial durante o tempo necessário à modelos, descrição, composição, peças,
lavratura do flagrante. acessórios e outras disposições são
Artigo não recepcionado pela Constituição de estabelecidas na regulamentação peculiar da
1988 (vide Art. 22. Compete privativamente à Polícia Militar.
União legislar sobre: I - direito civil, comercial, Decreto nº 15.576/2014, instituiu o Novo
penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, Regulamento Uniformes PMPI
aeronáutico, espacial e do trabalho). § 1º É proibido ao policial-militar o uso de
Todavia trata-se de reprodução do art. 74, da uniformes:
Lei Federal nº 6.880/1980, que Dispõe sobre o
Estatuto dos Militares das Forças Armadas, a) em reuniões, programas ou qualquer outra
aplicado subsidiariamente à Polícia Militar do manifestação de caráter político-partidário;
Piauí, por força do disposto no art. 138 deste b) na inatividade, salvo para comparecer a
Estatuto. solenidade militar e policiais-militares, e,
§ 1º Cabe ao Comandante-Geral da Polícia quando autorizado, a cerimônias cívicas
Militar a iniciativa de responsabilizar a comemorativas de datas nacionais ou atos
autoridade policial-militar que não cumprir o sociais solenes de caráter particular;
disposto neste artigo e que maltratar ou c) no estrangeiro, quando em atividade não
consentir que seja maltratado qualquer policial- relacionadas com a missão do policial-militar,
militar ou não lhe der o tratamento devido ao salvo quando expressamente determinado ou
posto ou à sua graduação. autorizado.
§ 2º Se, durante o processo em julgamento no § 2º Os policiais-militares na inatividade, cuja
foro comum, houver perigo de vida para conduta possa ser considerada como ofensiva à
qualquer preso policial-militar, o Comandante- dignidade da classe, poderão ser
Geral da Polícia Militar providenciará os definitivamente proibidos de usar uniformes,
entendimentos com a autoridade judiciária por decisão do Comandante-Geral da Polícia
visando à guarda dos pretórios ou tribunais por Militar.
força policial-militar.
Art. 73 O policial-militar fardado tem as
Art. 70 Os policiais-militares da ativa, no obrigações correspondentes ao uniforme que
exercício de funções policiais-militares são usa e aos distintivos, emblemas ou às insígnias
dispensados do serviço de júri na justiça civil e que ostente.
do serviço na justiça eleitoral.
Art. 74 É vedado ao qualquer elemento civil ou
Seção Única organizações civis usar uniforme ou ostentar
Do uso dos uniformes da polícia militar distintivos, insígnias ou emblemas que possam
ser confundidos com os adotados na Polícia
Art. 71 Os uniformes da Polícia Militar, com Militar.
seus distintivos, insígnias e emblemas são
privativos dos policiais-militares e representam Parágrafo Único. São responsáveis pela infração
o símbolo da autoridade policial-militar com as das disposições deste artigo os diretores ou
prerrogativas que lhe são inerentes. chefes de repartições, organizações de
qualquer natureza, firma ou empregadores,
empresas e institutos ou departamentos que
26
tenham adotado ou consentido sejam usados VII - haver sido esgotado prazo que caracteriza
uniformes ou ostentados distintivos, insígnias o crime de deserção previsto no Código Penal
ou emblemas que possam ser confundidos com Militar, se oficial ou praça com estabilidade
os adotados na Polícia Militar. assegurada;
VIII - como desertor, ter-se apresentado
voluntariamente, ou ter sido capturado e
TÍTULO IV
reincluído a fim de se ver processar;
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
IX - se ver processar, após fiar exclusivamente à
disposição da justiça comum;
CAPÍTULO I
X - haver ultrapassado 06 (seis) meses
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
contínuos sujeito a processo no foro militar;
XI - ter sido condenado a pena restritiva de
Seção I
liberdade superior a 06 (seis) meses, em
Da agregação
sentença passada em julgado, enquanto durar
Art. 75. A agregação é a situação na qual o a execução ou até ser declarado indigno de
policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na pertencer à Polícia Militar ou com ela
escala hierárquica do seu quadro, nela incompatível;
permanecendo sem número. XII - ter passado à disposição da Secretaria do
§ 1º O policial-militar deve ser agregado Governo ou de outros órgãos do Estado do
quando: Piauí, da União, dos demais Estados ou dos
a) Alínea revogada pela Lei nº 5.468/2005. Territórios e dos Municípios, para exercer
função de natureza civil;
b) aguardar transferência "ex–ofício" para a XIII - ter sido nomeado para qualquer cargo
reserva remunerada, por ter sido enquadrado público civil temporário, não eletivo, inclusive
em quaisquer dos requisitos que a motivam; e da administração indireta;
c) for afastado temporariamente do serviço Vide art. 21, do Decreto Federal nº 88.777 que
ativo por motivo de: estabelece os órgãos em que os militares
Destaque-se que o policial militar, para incidir estaduais podem exercer cargo público civil
em uma das situações previstas nessa alínea, temporário, não eletivo, sem incidir em
deverá se encontrar afastado do serviço Policial situação de agregação por ser considerada de
Militar pela razão a qual incide a previsão do natureza militar:
ato ex officio da Administração Pública Militar. Art. 21. São considerados no exercício de
Caso contrário, para a sua situação legal deverá função de natureza policial-militar ou de
ser deverá ser avaliada sob outro diploma legal. interesse policial-militar ou de bombeiro-
I - ter sido julgado incapaz temporariamente, militar, os militares dos Estados, do Distrito
após um ano contínuo de tratamento; Federal ou dos Territórios, da ativa, colocados à
II - ter sido julgado incapaz definitivamente, disposição do Governo Federal para exercerem
enquanto tramita o processo de reforma; cargo ou função nos seguintes órgãos:
III - haver ultrapassado um ano contínuo de I - da Presidência e da Vice-Presidência da
licença para tratamento de saúde própria; República;
IV - haver ultrapassado 06 (seis) meses II - Ministério da Defesa;
contínuos em licença para tratar de interesse II - Ministério ou órgão equivalente;
particular; III - Secretaria Nacional de Segurança Pública,
V - haver ultrapassado 06 (seis) meses Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria
contínuos em licença para tratamento de saúde Nacional de Políticas sobre Drogas, Secretaria
de pessoa da família; Extraordinária de Segurança para Grandes
VI - ter sido considerado oficialmente Eventos e Conselho Nacional de Segurança
extraviado; Pública, do Ministério da Justiça;

27
IV - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa 12) os órgãos do Poder Legislativo federal,
Civil do Ministério da Integração Nacional; estadual, distrital ou municipal.
V - Supremo Tribunal Federal, Tribunais 13) o Ministério Público dos Estados.
Superiores e Conselho Nacional de Justiça; § 2º Os policiais-militares e bombeiros-militares
VI - Ministério Público da União e Conselho da ativa só poderão ser nomeados ou
Nacional do Ministério Público; designados para exercerem cargo ou função
§ 1º São ainda considerados no exercício de nos órgãos constantes dos itens 1 a 6 do § 1o
função de natureza policial-militar ou na conformidade de vagas e cargos nos
bombeiro-militar ou de interesse policial-militar respectivos órgãos cessionários.
ou bombeiro-militar, na forma prevista na Art. 22 -Os policiais-militares da ativa,
legislação federal e estadual aplicável, os enquanto nomeados ou designados para
policiais-militares e bombeiros-militares da exercerem cargo ou função em qualquer dos
ativa nomeados ou designados para: órgãos relacionados nos Art 20 e 21, não
1) o Gabinete Militar, a Casa Militar ou o poderão passar à disposição de outro órgão.
Gabinete de Segurança Institucional, ou órgão XIV - ter-se candidatado a cargo eletivo desde
equivalente, dos Governos dos Estados e do que conte 05 (cinco) ou mais anos de efetivo
Distrito Federal; serviço;
2) o Gabinete do Vice-Governador; Considerar a previsão do § 8º, do art. 14, da
3) a Secretaria de Segurança Pública dos CRFB/1988 que estabelece 10 (anos).
Estados e do Distrito Federal, ou órgão XV - ter sido condenado à pena de suspensão
equivalente; do exercício do posto, graduação, cargo ou
4) órgãos da Justiça Militar Estadual e do função prevista no Código Penal Militar.
Distrito Federal; § 2º O policial-militar agregado de
5) a Secretaria de Defesa Civil dos Estados e do conformidade com as alíneas "a" e "b" do § 1º,
Distrito Federal, ou órgão equivalente. continua a ser considerado, para todos os
6) órgãos policiais de segurança parlamentar da
efeitos, em serviço ativo.
Câmara Legislativa do Distrito Federal.
7) Administrador Regional e Secretário de § 3º A agregação do policial-militar, a que se
Estado do Governo do Distrito Federal, ou refere a alínea "a" e os itens XII e XIII da letra
equivalente, e cargos de Natureza Especial "c" do § 1º, é contada a partir da data de posse
níveis DF-14 ou CNE-7 e superiores nas do novo cargo até o regresso à Corporação ou
Secretarias e Administrações Regionais de transferência "ex-ofício" para a reserva
interesse da segurança pública, definidos em remunerada.
ato do Governador do Distrito Federal; e § 4º A agregação do policial-militar, a que se
8) Diretor de unidade da Secretaria de Saúde refere os itens I, III, IV, V e X, da alínea "c" do §
do Distrito Federal, em áreas de risco ou de 1º, é contada a partir do primeiro dia após os
interesse da segurança pública definidas em respectivos prazos e enquanto durar o
ato do Governador do Distrito Federal. respectivo evento.
9) a Secretaria de Estado de Ordem Pública e
Social do Distrito Federal. § 5º A agregação do policial-militar, a que se
10) as instituições de ensino públicas do referem a alínea "b" e item II, VI, VII, VIII, IX e
sistema estadual, distrital ou municipal de XV, da alínea "c" do § 1º, é contada a partir da
educação básica com gestão em colaboração data indicada no ato que torna público o
com a Polícia Militar ou com o Corpo de respectivo evento.
Bombeiros Militar; § 6º A agregação do policial-militar, que se
11) as unidades de conservação integrantes do refere o item XIV da alínea "c" do § 1º, é
Sistema Nacional de Unidades de Conservação contada a partir da data do registro como
da Natureza, de que trata a Lei nº 9.985, de 18 candidato até sua diplomação ou seu regresso
de julho de 2000. à Corporação, se não houver sido eleito.

28
§ 7º O policial-militar agregado fica sujeito às I - tendo cessado o motivo que determinou a
obrigações disciplinares concernentes às suas sua agregação, reverte ao respectivo quadro,
relações com outros policiais-militares e estando este com seu efetivo completo;
autoridades civis, salvo quando titular do cargo II - aguarda a colocação a que faz jus na escala
quer lhe dê precedência funcional sobre outros hierárquica após haver sido transferido de
policiais-militares mais graduados ou mais quadro, estando o mesmo com seu efetivo
antigos. completo;
§ 8º Este artigo não será aplicado para os Após a promulgação da CRFB/1988 não existe
policiais-militares nomeados para o Gabinete mais a hipótese de transferência de quadro,
Militar do Governador do Estado. não se aplicando atualmente a citada situação
em razão de sua manifesta
Art. 76 O policial-militar agregado ficará adido,
inconstitucionalidade. Os Quadros Policiais
para efeito de alterações e remuneração, à
Militares são os especificados na Lei nº
organização policial-militar que lhe for
5.552/2006 (Fixação de Efetivo) e o ingresso se
designada, continuando a figurar no respectivo
dará através de concurso público, a exceção do
registro, sem número, no lugar que até então
Quadro Especial de Oficiais Policiais Militares
ocupava, com a abreviatura "Ag" e anotações
cuja composição se dará por ato de promoção
esclarecedoras de sua situação.
de policiais militares oriundos do Quadro de
Art. 77 A agregação se faz por ato do Praças Policiais Militares.
Governador do Estado do Piauí.
III - é promovido por bravura, sem haver vaga;
Seção II A promoção por bravura é ato excepcional, e
Da Reversão atualmente só está prevista na Lei de
Promoção de Oficiais em circunstâncias
Art. 78 Reversão é o ato pelo qual o policial- advindas de Estado de Guerra declarada.
militar agregado retorna ao respectivo quadro
tão logo cesse o motivo que determinou a sua IV - REVOGADO;
agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe V - REVOGADO;
competir na respectiva escala numérica, na 1ª (Incisos IV e V revogados pela Lei nº 5.461/2005
vaga que ocorrer. e pela Lei Complementar nº 68/2006)
Parágrafo Único – A qualquer tempo poderá ser VI - tendo cessado o motivo que determinou
determinada a reversão do policial-militar sua reforma por incapacidade definitiva,
agregado, exceto nos casos previstos nos retorna ao respectivo Quadro, estando este
incisos I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV e XV, da alínea com seu efetivo completo.
"c" do § 1º do art. 75. §1º REVOGADO.
Nestas situações, existe a necessidade de § 2º REVOGADO.
solucionar ou encerrar a causa do afastamento § 3º REVOGADO.
do serviço ativo, que depende, conforme a §§§ 1º, 2º, 3º e 4ª Revogados pela Lei
hipótese, de parecer de autoridade Complementar nº 68/2006
competente ou laudo de profissional de saúde § 4º REVOGADO (pela Lei nº 5.461, de
(exemplo de LTS), por essas razões não pode 30/06/2005).
ocorrer a reversão a qualquer tempo.
Seção IV
Art. 79 A reversão será efetuada mediante ato
Do Ausente e do Desertor
do Governador do Estado do Piauí.
Art. 81 É considerado ausente o policial-militar
Seção III que por mais de 24 (vinte e quatro) horas
Do Excedente consecutivas:
Art. 80 Excedente é a situação transitória a que,
automaticamente, passa o policial-militar que:

29
I – deixar de comparecer à sua Organização Art. 84. O policial-militar que, na forma do
Policial Militar sem comunicar qualquer motivo artigo anterior, permanecer desaparecido por
de impedimento; e mais de 30 (trinta) dias, será oficialmente
considerado extraviado.
II – ausentar-se, sem licença, da Organização
Policial-militar onde serve ou local onde deve CAPÍTULO II
permanecer. DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO
Parágrafo único. Decorrido o prazo mencionado ATIVO
neste artigo, serão observadas as formalidades Art. 85 O desligamento ou a exclusão do serviço
previstas em legislação específica. ativo da Polícia Militar é feito em consequência
Vide art. 451 ao art. 457 do Código de Processo de:
Penal Militar (Decreto-Lei Federal nº 1.002, de I - transferência para a reserva remunerada;
21/10/1969) II - reforma;
Art. 82. O policial-militar é considerado III - demissão;
desertor nos casos previstos na Legislação IV - perda de posto e patente;
Penal Militar. V - licenciamento;
Deserção VI - exclusão a bem da disciplina;
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da VII - deserção;
unidade em que serve, ou do lugar em que VIII – falecimento
deve permanecer, por mais de oito dias: IX - extravio.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se Parágrafo único. O desligamento de serviço
oficial, a pena é agravada. ativo só ocorrerá após a expedição de ato de
Casos assimilados autoridade competente.
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - não se apresenta no lugar designado, dentro Art. 86. A transferência para a reserva
de oito dias, findo o prazo de trânsito ou férias remunerada ou a reforma não isentam o
II - deixa de se apresentar a autoridade policial-militar da indenização dos prejuízos
competente, dentro do prazo de oito dias, causados à Fazenda do Estado ou a terceiro,
contados daquele em que termina ou é cassada nem ao pagamento das pensões decorrentes
a licença ou agregação ou em que é declarado de sentença judicial.
o estado de sítio ou de guerra; Art. 87. O policial-militar da ativa, enquadrado
III - tendo cumprido a pena, deixa de se em um dos itens I, II e V, do art. 85, ou
apresentar, dentro do prazo de oito dias; demissionário a pedido, continuará no exercício
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou de suas funções até ser desligado da
situação de inatividade, criando ou simulando Organização Policial Militar em que serve.
incapacidade. Observar o que estabelece o art. 128 deste
Seção V estatuto. Necessidade de publicação de
Do desaparecimento e do extravio Portaria do Excelentíssimo Senhor
Art. 83. É considerado desaparecido o policial- Comandante-Geral, inclusive, determinando o
militar da ativa que, no desempenho de início do processo para que surta os efeitos
qualquer serviço, em viagem, em operações legais previstos naquele artigo.
policiais-militares ou em caso de calamidade Parágrafo único. O desligamento da
pública, tiver paradeiro ignorado por mais de Organização Policial-militar em que serve
08 (oito) dias. deverá ser feito após a publicação em Diário
Parágrafo único. A situação de Oficial ou Boletim da Corporação do ato
desaparecimento só será considerada quando correspondente, e não poderá exceder de 45
não houver indício de deserção. (quarenta e cinco) dias da data da primeira
publicação oficial.

30
SEÇÃO I de seu término, a transferência par a reserva
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA remunerada, só será concedida mediante
REMUNERADA indenização de todas as despesas
correspondentes à realização do referido curso
Art. 88 A passagem do policial-militar à situação
ou estágio, inclusive as diferenças de
de inatividade mediante transferência para a
vencimentos.
reserva remunerada, se efetua:
I - a pedido; § 2º Não será concedida transferência para a
II - em condições especiais; e reserva remunerada, a pedido, ao policial-
III - "ex-ofício". militar que:
a) estiver respondendo inquérito ou processo
Art. 89 A transferência para a reserva
em qualquer jurisdição; e
remunerada, a pedido, será concedida,
b) estiver cumprindo pena de qualquer
mediante requerimento, ao policial-militar que
natureza.
conte, no mínimo, 30 (trinta) anos de serviços.
Art. 76 Fica assegurado ao policial militar que, Art. 90 REVOGADO.
até 29 de dezembro de 2000, tenha Artigo e parágrafos REVOGADOS pela Lei
completado os requisitos para se transferir Complementar nº 84, de 07 de maio de 2007.
para a inatividade o direito à percepção de
Art. 91 A transferência "ex-ofício" para a
remuneração correspondente ao grau
reserva remunerada, verificar–se-á sempre que
hierárquico superior ou melhoria dessa
o policial-militar incidir nos seguintes casos:
remuneração. (Lei nº 5.378/2004).
Vide Lei n.º 4.034, de 11.12.85, DOE n.º 236, de
A Lei n° 6.173/2012, assegura a paridade de
18.12.85, in verbis:
subsídio entre policiais militares da ativa e
Art. 1º O Coronel que estiver exercendo o
inativos.
Cargo de Comandante Geral da Polícia Militar
O Decreto-Lei nº 667/1969, estabelece que:
do Estado e incidir nas disposições do inciso II,
Art. 24-A. Observado o disposto nos arts. 24-F e
do art. 91, da Lei n.º 3.808, de 16.07.81, não
24-G deste Decreto-Lei, aplicam-se aos
será transferido para a reserva remunerada, ex-
militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
ofício, ficando excedente ao seu Quadro.
Territórios as seguintes normas gerais relativas
à inatividade: Incluído pela Lei nº 13.954, I - o Oficial ou a praça atingirem a idade-limite
de 2019) de 63 (sessenta e três) anos, e 66 (sessenta e
I - a remuneração na inatividade, calculada com seis) anos para o Capelão Militar;
base na remuneração do posto ou da Inciso com redação dada pela Lei nº
graduação que o militar possuir por ocasião da 7.427/2020, de 28/12/2020.
transferência para a inatividade remunerada, a Art. 24-A. Decreto-Lei 667/1969:
pedido, pode ser: IV - a transferência para a reserva remunerada,
a) integral, desde que cumprido o tempo de ofício, por atingimento da idade-limite do
mínimo de 35 (trinta e cinco) anos de serviço, posto ou graduação, se prevista, deve ser
dos quais no mínimo 30 (trinta) anos de disciplinada por lei específica do ente
exercício de atividade de natureza militar; ou federativo, observada como parâmetro mínimo
b) proporcional, com base em tantas quotas de a idade-limite estabelecida para os militares
remuneração do posto ou da graduação das Forças Armadas do correspondente posto
quantos forem os anos de serviço, se ou graduação.
transferido para a inatividade sem atingir o II - ter ultrapassado ou vier a ultrapassar:
referido tempo mínimo; Vide art. 1º da Lei n.º 4.066, de 11.12.86,
§ 1º No caso do policial-militar haver realizado verbis: “Art. 1º - Fica o Oficial Capelão da
qualquer curso ou estágio de duração superior Polícia Militar do Piauí excluído das disposições
a 06 (seis) meses, por conta do Estado do Piauí, do inciso II, do art. 91, da Lei n.º 3.808, de
no Exterior, sem haver decorrido 03 (três) anos 16.07.81”.

31
a) Revogada. § 2º A nomeação do policial-militar para os
b) Revogada cargos de que trata o item VI, somente poderá
Alíneas “a” e “b” revogadas pela Lei nº ser feita;
4.136/1987. Atualmente vige a Lei a) pela autoridade federal competente;
Complementar nº 17/1996 que dispõe sobre a b) pelo Governador do Estado ou mediante sua
matéria com o seguinte texto: autorização, nos demais casos.
Art. 4º O oficial no último posto de qualquer § 3º Ao policial-militar enquanto permanecer
dos quadros da Polícia Militar e do Corpo de no cargo de que trata o item VI:
Bombeiros que conte com trinta anos de a) ser-lhe-á assegurado a opção entre a
efetivo serviço e 4 (quatro) dos quais de remuneração do cargo e a do posto ou de
permanência no último posto, será transferido graduação;
ex officio para a reserva remunerada.” b) somente poderá ser promovido por
Parágrafo único. Para os Comandantes das duas antiguidade;
Corporações o prazo máximo de permanência
c) ser-lhe-á contado o tempo de serviço para
no último posto é de 6 (seis) anos. efeito da promoção por antiguidade ou
III - ser oficial considerado não habilitado para transferência para a inatividade.
o acesso, em caráter definitivo, no momento § 4º O policial-militar transferido "ex-ofício"
em que vier ser objeto de apreciação para para a reserva remunerada por incidir nos itens
ingresso em Quadro de Acesso; I e II deste artigo terá os seus proventos
IV - ultrapassar 02 (dois) anos, contínuos ou calculados tomando-se por base o soldo
não, em licença para tratar de interesse integral do seu posto ou graduação.
particular;
Vide art. 2º, da Lei nº 4.034, de 11/12/1985. Art. 92 A transferência do policial-militar para a
“Art. 2º O Policial Militar que incidir nas reserva remunerada poderá ser suspensa na
disposições do inciso IV, do art. 91, da citada vigência do estado de guerra, estado de sítio ou
Lei, será transferido ex – ofício para a reserva em caso de mobilização.
não remunerada.” Art. 93 O oficial da reserva remunerada poderá
V - ultrapassar 02 (dois) anos contínuos em ser convocado para o serviço ativo por ato do
licença para tratamento de saúde de pessoa da Governador do Estado para compor Conselho
família. de Justificação, para ser encarregado de
VI - ultrapassar 02 (dois) anos de afastamento, Inquérito Policial Militar ou incumbido de
contínuo ou não, agregado em virtude de ter outros procedimentos administrativos, na falta
sido empossado em cargo público civil de oficial da ativa em situação hierárquica
temporário, não eletivo, inclusive da compatível com a do oficial envolvido.
administração indireta; §1º O oficial convocado nos termos deste
VII - ser diplomado em cargo eletivo, desde que artigo, terá os direitos e deveres dos da ativa
conte 05 (cinco) ou mais anos de efetivo de igual situação hierárquica, exceto quanto à
serviço; promoção a que não concorrerá, e contará
Vide CRFB/1988, art. 14, § 8º. como acréscimo esse tempo de serviço.
VIII - após 03 (três) indicações para frequentar §2º A convocação de que trata este artigo
os Cursos: Superior de Polícia; de dependerá da anuência do convocado,
Aperfeiçoamento de Oficiais ou de precedida de inspeção de saúde, não podendo
Aperfeiçoamento de Sargentos. A transferência ser superior a 12 (doze) meses.
para a reserva remunerada dar-se-á após a 3ª
indicação, mediante parecer da Comissão de SEÇÃO II
Promoções e de decisão do Comandante-Geral. DA REFORMA
§ 1º A transferência para a reserva remunerada Art. 94 A passagem do policial-militar à situação
processar-se-á à medida que o policial-militar de inatividade, mediante reforma, se efetua
for enquadrado em um item deste artigo. "ex–ofício".

32
Art. 95 A reforma de que trata o artigo anterior III – doença, moléstia ou enfermidade
será aplicada ao policial-militar que: adquirida, com relação de causa e efeito a
I – O oficial ou a praça atingirem a idade-limite condições inerentes ao serviço;
de 68 (sessenta e oito) anos de permanência na IV – tuberculose ativa, alienação mental,
reserva remunerada, aplicando-se o mesmo neoplasia, maligna, cegueira, lepra, paralisia
limite de idade ao Capelão Militar; irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
Inciso com redação alterada pela Lei nº mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose
7.427/2020. anquilosante, nefropatia grave e outras
II - for julgado incapaz definitivamente para o moléstias que a lei indicar com base nas
serviço ativo da Polícia Militar; conclusões da medicina especializada;
III - estiver agregado por mais de 02 (dois) anos, V – acidente ou doença, moléstia ou
por ter sido julgado incapaz temporariamente, enfermidade sem relação de causa e efeito com
mediante homologação da Junta de Saúde, o serviço.
ainda mesmo que se trate de moléstia curável;
§1º Os casos de que tratam os itens I, II e III,
IV - for condenado à pena de reforma, prevista deste artigo serão provados por atestados de
no Código Penal Militar, por sentença passada origem ou inquérito sanitário de origem, sendo
em julgado; os termos do acidente, baixa ao hospital,
V - sendo Oficial, tiver sido determinado por papeletas de tratamento nas enfermidades e
decisão transitado em julgado; hospitais, e os registros de baixa, utilizados
VI - sendo Aspirante-a-Oficial PM e Praça com como meios subsidiários para esclarecer a
estabilidade assegurada, for para tal indicado situação.
ao Comandante-Geral da Polícia Militar, em
julgamento de Conselho de Disciplina. §2º Nos casos de tuberculose, as Juntas de
Saúde deverão basear seus julgamentos,
Parágrafo Único. O policial-militar reformado, obrigatoriamente, em observações clínicas,
na forma do item V, só poderá readquirir a acompanhadas de repetidos exames
situação policial-militar anterior, por outra subsidiários, de modo a comprovar com
sentença do Poder Judiciário e nas condições segurança, a atividade da doença, após
nela estabelecidas, e, na forma do item VI, por acompanhar sua evolução até 03 (três)
decisão do Comandante-Geral da Polícia períodos de 06 (seis) meses de tratamento
Militar. clínico – cirúrgico metódico atualizado e,
Art. 96 Anualmente, no mês de fevereiro, o sempre que necessário, nosocomial, salvo
órgão de pessoal da Corporação, organizará a quando se tratar de formas "grandemente
relação dos policiais-militares que houverem avançadas" no conceito clínico e sem qualquer
atingindo a idade limite de permanência na possibilidade de regressão completa, as quais,
reserva remunerada, a fim de serem terão parecer imediato da incapacidade
reformados. definitiva.
Art. 97 A situação de inatividade do policial- §3º O parecer definitivo a adotar, nos casos de
militar da reserva remunerada quando tuberculose, para os portadores de lesões
reformado por limite de idade, não sofre aparentemente inativas, ficará condicionado a
solução de continuidade, exceto quanto às um período de consolidação extra-nosocomial
condições de convocação. nunca inferior a 06 (seis) meses contados a
partir da época da cura.
Art. 98 A incapacidade definitiva pode sobrevir
em consequência de: §4º Considera-se alienação mental todo caso
I – ferimento recebido na manutenção da de distúrbio mental ou neuro-mental grave
ordem pública ou enfermidade contraída nessa persistente, no qual, esgotados os meios
situação ou que nela tenha sua causa eficiente; habituais de tratamento, permaneça alteração
II – acidente em serviço; completa ou considerável da personalidade,
destruindo a autodeterminação do
33
pragmatismo e tornando o indivíduo total e o policial-militar considerado inválido, isto é,
permanentemente impossibilitado para impossibilitado total e permanentemente para
qualquer trabalho. qualquer trabalho.
§5º Ficam excluídas do conceito de alienação § 2º - Considera-se, para efeito deste artigo,
mental as epilepsias psíquicas e neurológicas, grau hierárquico imediato:
assim julgadas pelas Juntas de Saúde. a) o de Primeiro Tenente PM, para Aspirante-a-
§6º Consideram-se paralisia, todo caso de Oficial PM;
neuropatia grave e definitiva que afeta a b) o de Segundo Tenente PM, para Subtenente
mobilidade, sensibilidade, troficidade e mais PM, Primeiro Sargento PM, Segundo Sargento
funções nervosas, no qual, esgotados os meios PM e Terceiro Sargento PM;
habituais de tratamento, permaneçam
distúrbios graves,78 extensos e definitivos que c) o de Terceiro Sargento PM, para Cabo PM e
tornem o indivíduo total e permanentemente Soldado PM.
impossibilitado para qualquer trabalho. § 3º - Aos benefícios previstos neste artigo e
§ 7º - São também equiparados às paralisias os seus parágrafos poderão ser acrescidos outros
casos de afecções ósteo-músculo-articulares relativos à remuneração, estabelecidos em leis
graves e crônicas (reumatismos graves e peculiares, desde que o policial-militar, ao ser
crônicos ou progressivos e doenças similares), reformado, já satisfaça as condições por elas
nos quais esgotados os meios habituais de exigidas.
tratamento, permaneçam distúrbios extensos e Art. 101 O policial-militar da ativa, julgado
definitivos, quer ósteo-músculo-articulares incapaz definitivamente por um dos motivos
residuais, quer secundários das funções constantes do item V, do art. 98, será
nervosas, motilidade, troficidade ou mais reformado:
funções que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para I – com remuneração proporcional ao tempo de
qualquer trabalho. serviço, se Oficial ou Praça com estabilidade
assegurada; e
§ 8º - São equiparados à cegueira, não só os
casos de afecções crônicas, progressivas e II – com remuneração calculada com base no
incuráveis, que conduzirão à cegueira total, soldo integral do posto ou graduação, desde
como também os de visão rudimentar que que, com qualquer tempo de serviço, seja
permitam a percepção de vultos, não considerado inválido, isto é, impossibilitado
susceptíveis de correção por lentes, nem total e permanentemente para qualquer
removíveis por tratamento médico-cirúrgico. trabalho.

Art. 99 O policial-militar da ativa, julgado Art. 102 O policial-militar reformado por


incapaz definitivamente por um dos motivos incapacidade definitiva que for julgado apto em
constantes dos itens I, II, III e IV do art. 98, será inspeção de saúde por Junta de Saúde, em grau
reformado com qualquer tempo de serviço. de recursos ou revisão, poderá retornar ao
serviço ativo ou ser transferido par a reserva
Art. 100 O policial-militar da ativa, julgado remunerada, conforme dispuser
incapaz definitivamente por um dos motivos regulamentação peculiar.
constantes do item I, do art. 98, será reformado
com a remuneração calculada com base no § 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o
soldo correspondente ao grau hierárquico tempo decorrido na situação de reforma não
imediato ao que possuir da ativa. ultrapassar 02 (dois) anos e na forma do
disposto no § 1º, do artigo 80;
§ 1º - Aplica-se o disposto neste artigo, aos
casos previstos nos itens II, III e IV, do art. 98, § 2º - A transferência para a reserva
quando verificada a incapacidade definitiva, for remunerada, observado o limite de idade para
permanência nessa situação, ocorrerá se o

34
tempo decorrido na situação de reformado, Art. 105 A demissão da Polícia Militar, aplicada
ultrapassar 02 (dois) anos. exclusivamente aos oficiais, efetua-se:
I – a pedido; e
Art. 103 O policial-militar reformado por
II – "ex-ofício".
alienação mental enquanto não ocorrer a
designação do curador, terá sua remuneração Art. 106 A demissão a pedido será concedida,
paga aos seus beneficiários, desde que o mediante requerimento do interessado:
tenham sob sua guarda e responsabilidade e I – sem indenização aos cofres públicos,
lhe dispensem tratamento humano e condigno. quando contar mais de 05(cinco) anos de
§ 1º - A interdição judicial do policial-militar, oficialato, na Corporação;
reformado por alienação mental, deverá ser II – com indenização das despesas feitas pelo
providenciada junto ao Ministério Público, por Estado do Piauí, com a sua preparação e
iniciativa de beneficiário, parentes ou formação, quando contar menos de 05 (cinco)
responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar da
anos de oficialato, na Corporação.
data do ato da reforma.
§ 1º No caso do Oficial ter feito qualquer curso
§ 2º - A interdição judicial do policial-militar e ou estágio de duração igual ou superior a 06
seu internamento em instituição apropriada, (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito)
policial-militar ou não, deverão ser meses, por conta do Estado do Piauí, e não
providenciados pela Corporação quando: tendo decorrido mais de 03 (três) anos do seu
a) não houver beneficiários, parentes ou término, a demissão só será concedida
responsáveis; ou se não o requerer no prazo mediante indenização de todas as despesas
previsto no § 1º; correspondentes ao referido curso ou estágio,
acrescidas, se for o caso, das previstas no item
b) não forem satisfeitas as condições de
II, deste artigo e das diferenças de
tratamento exigidas neste artigo.
vencimentos.
§ 3º - Os processos e os atos de registros de
§ 2º - No caso do Oficial ter feito qualquer
interdição do policial-militar terão andamento
curso ou estágio de duração superior a 18
sumário, serão instruídos com laudo proferido
(dezoito) meses, por conta do Estado do Piauí,
por Junta de Saúde e isentos de custas.
aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior, se
Art. 104 Para fins do previsto na presente ainda não houver decorrido mais de 05 (cinco)
seção, as Praças constantes do quadro a que se anos de seu término.
refere o artigo 14, são consideradas:
§ 3º - O Oficial demissionário, a pedido, não
I – Segundo Tenente PM: os Aspirantes-a- terá direito a qualquer remuneração, sendo a
Oficiais PM; sua situação militar definida pela Lei do Serviço
II – Aspirante a Oficial PM: os alunos-oficiais Militar.2
PM; § 4º - O direito à demissão, a pedido, poderá
III – Terceiro Sargento PM: os Alunos do Curso ser suspenso, na vigência do estado de guerra,
de Formação de Sargentos PM; calamidade pública, perturbação da ordem
interna, estado de sítio ou em caso de
IV – Cabo: os alunos do Curso de formação de mobilização.
Cabo PM e de Soldado PM.
Art. 107 O Oficial da ativa empossado em cargo
SEÇÃO III público permanente, estranho à sua carreira e
DA DEMISSÃO; DA PERDA DO POSTO E DA cuja função não seja de magistério, será
PATENTE E DA DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE imediatamente, mediante demissão "ex–ofício"
OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO
2
Lei Federal nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, que
dispõe sobre o Serviço Militar.

35
por esse motivo transferido para a reserva, I – a pedido; e
onde ingressará com posto que possuía na
II – "ex-ofício".
ativa, não podendo acumular qualquer
provento de inatividade com a remuneração do § 1º - O licenciamento a pedido poderá ser
cargo público permanente. concedido, desde que não haja prejuízo para o
serviço, à praça engajada ou reengajada que
Art. 108 O Oficial que houver perdido o posto e conte, no mínimo, a metade do tempo de
a patente será demitido "ex-ofício", sem direito serviço a que se obrigou.
a qualquer remuneração ou indenização e terá
a sua situação definida pela Lei do Serviço § 2º - O licenciamento "ex-ofício" será feito na
Militar. forma da legislação peculiar:
Art. 109 O Oficial perderá o posto e a patente a) por conclusão de tempo de serviço;
se for declarado indigno de oficialato, ou com b) por conveniência do serviço; e
ele incompatível por decisão transitada em
julgado, do Tribunal de Justiça, em decorrência c) a bem da disciplina.
do julgamento a que for submetido. § 3º O policial-militar licenciado não tem direito
Parágrafo Único. O Oficial declarado indigno do a qualquer remuneração e terá a sua situação
oficialato ou com ele incompatível, e militar definida pela Lei do Serviço Militar.
condenado à perda do posto e patente só § 4º O licenciado "ex-ofício" a bem da disciplina
poderá readquirir a situação policial-militar receberá o Certificado de Isenção previsto na
anterior por outra sentença do Tribunal de Lei do Serviço Militar.
Justiça e nas condições nelas estabelecidas.
Art. 112 O Aspirante-a-Oficial PM e as demais
Art. 110 Fica sujeito à declaração de praças empossadas em cargos públicos
indignidade para o oficialato, ou de permanente, estranho à sua carreira e cuja
incompatibilidade com o mesmo por função não seja de magistério, serão
julgamento do órgão competente do Poder imediatamente licenciados "ex-ofício", sem
Judiciário, o oficial que: remuneração e terão sua situação militar
I – for condenado por tribunal civil ou militar à definida pela Lei do Serviço Militar.
pena restritiva de liberdade individual superior Art. 113 O direito ao licenciamento a pedido
a 02 (dois) anos em decorrência de sentença poderá ser suspenso na vigência do Estado de
condenatória passado em julgado com a Guerra, Calamidade Pública, Perturbação da
declaração por expressa dessa medida; Ordem Interna, Estado de Sítio ou em caso de
II – for condenado por sentença passado em mobilização.
julgado por crime para os quais o Código Penal SEÇÃO V
Militar comina essas penas acessórias e por
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA
crimes previstos na legislação concernente à
Segurança Pública; Art. 114 A exclusão a bem da disciplina, será
aplicada "ex-ofício" ao Aspirante a Oficial PM
III – incidir nos casos previstos em lei específica,
ou às praças com estabilidade assegurada.
que motivam apreciação por Conselho de
Justificação e neste for considerado culpado. I – se assim houver decidido o Conselho
Permanente de Justiça ou se a Justiça Comum
IV – tiver perdido a nacionalidade brasileira.
houver aplicado pena restritiva de liberdade
SEÇÃO IV individual superior a 02 (dois) anos, em
DO LICENCIAMENTO sentença transitado em julgado;

Art. 111 O licenciamento do serviço ativo, II – se assim tiver decidido o Conselho


aplicado somente às praças, se efetua: Permanente de Justiça, por haverem perdido a
nacionalidade brasileira;

36
III – nos casos que motivaram o julgamento § 3º - O policial-militar desertor, que for
pelo Conselho de Disciplina previstas no art. 48, capturado ou que se apresentar
e neste forem considerados culpados. voluntariamente depois de haver sido demitido
ou excluído, será reincluído no serviço ativo e a
Parágrafo Único – O Aspirante a Oficial PM ou a
seguir agregado para se ver processar.
Praça com estabilidade assegurada que houver
sido excluído a bem da disciplina só poderá § 4º - A reinclusão em definitivo do policial-
readquirir a situação policial-militar anterior: militar, de que trata o parágrafo anterior,
dependerá da sentença do Conselho de Justiça.
a) por outra sentença do Conselho Permanente
SEÇÃO VII
de Justiça e nas condições nela estabelecidas,
DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO
se a exclusão for consequência de sentença
daquele Conselho; e Art. 118 O falecimento do policial-militar da
ativa acarreta interrupção do serviço policial
b) por decisão do Comandante-Geral da Polícia
militar, com o consequente desligamento ou
Militar, se a exclusão for consequência de ter
exclusão do serviço ativo, a partir da data da
sido julgado culpado com Conselho de
ocorrência do óbito.
Disciplina.
Art. 119 O extravio do policial-militar da ativa
Art. 115 É da competência do Comandante –
acarreta interrupção do serviço policial militar,
Geral da Polícia Militar o ato de exclusão a bem
com o consequente afastamento temporário de
da disciplina do Aspirante-a-Oficial PM, bem
serviço ativo, a partir da data em que o mesmo
como das praças com estabilidade assegurada.
for oficialmente considerado extraviado.
Art. 116 A exclusão da praça a bem da
disciplina acarreta perda do seu grau § 1º - O desligamento do serviço ativo será
hierárquico e não a isenta das indenizações dos feito 06 (seis) meses após a agregação por
prejuízos causados à Fazenda do Estado do motivo de extravio.
Piauí ou a terceiros, nem das pensões § 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo,
decorrentes da sentença judicial. catástrofe, calamidade pública ou outros
Parágrafo Único – A praça excluída a bem da acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio
disciplina não terá direito a qualquer ou o desaparecimento do policial-militar da
remuneração ou indenização a sua situação ativa será considerado como falecimento, para
militar será definida pela Lei do serviço Militar. fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados
os prazos máximos de possível sobrevivência
SEÇÃO VI
ou quando se deem por encerradas as
DA DESERÇÃO
providências de salvamento.
Art. 117 A deserção do policial-militar, acarreta
Art. 120 O reaparecimento do policial-militar
uma interrupção do serviço policial-militar, com
extraviado ou desaparecido, já desligado do
a consequente demissão "ex–ofício" para o
serviço ativo, resulta em sua reinclusão e nova
Oficial ou exclusão do serviço ativo para a
agregação, enquanto se apurar as causas que
Praça.
derem origem ao seu afastamento.
§ 1º - A demissão do oficial ou a exclusão da
Parágrafo Único – O policial-militar reaparecido
praça com estabilidade assegurada processar-
será submetido a Conselho e Justificação ou a
se-á após 01 (um) ano de agregação, se não
Conselho de Disciplina, por decisão do
houver captura ou apresentação voluntária
antes deste prazo. Comandante Geral da Polícia Militar, se assim
for julgado necessário.
§ 2º - A praça sem estabilidade assegurada será SEÇÃO VIII
automaticamente excluída após oficialmente DO TEMPO DE SERVIÇO
declarada desertora.
Art. 121 Os policiais-militares começam contar
tempo de serviço na Polícia Militar a partir da

37
data de sua inclusão, matrícula em órgão de e sessenta e cinco), para a correspondente
formação de policiais-militares ou nomeação obtenção dos anos de efetivo serviço.
para posto ou graduação na Polícia Militar. Art. 124 A expressão "ano de serviço" designa o
§ 1º - Considera-se como data de inclusão, para tempo de efetivo serviço a que se refere o
fins deste artigo: artigo 123, e seus parágrafos, com os seguintes
a) a data em que o policial-militar é acréscimos:
considerado incluído em uma Organização I – revogado.
Policial Militar; II – revogado;
b) a data de matrícula em órgão de formação III – revogado;
de policiais-militares; e IV – revogado.
c) a data da apresentação pronto para o § 1º revogado
serviço no caso de nomeação. § 2º revogado.
§2º O policial-militar reincluído começa a Incisos e § § 1º e 2º revogados pela Lei
contar tempo de serviço na data de reinclusão. Complementar nº 103/2008.
§3º Quando, por motivo de força maior § 3º Não é computável, para efeito algum, o
oficialmente reconhecida (inundação, tempo:
naufrágio, incêndio, sinistro aéreo e outras a) que ultrapassar de 01(um) ano, contínuo ou
calamidades), faltarem dados para contagem não, em licença para tratamento de saúde de
de tempo de serviço, caberá ao Comandante- pessoa da família;
Geral da Polícia Militar arbitrar o tempo a ser b) passado de licença para tratar de interesse
computado, para cada caso particular, de particular;
acordo com os elementos disponíveis. c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena ou
Art. 122 Na apuração do tempo de serviço do
suspensão de exercício do posto, graduação,
policial-militar será feita a distinção entre:
cargo ou função, por sentença passada em
I – tempo de efetivo serviço; e
julgado;
II – anos de serviço.
e) decorrido em cumprimento de pena
Art. 123 Tempo de efetivo serviço é o espaço restritiva da liberdade, por sentença passada
de tempo, computado dia a dia, entre a data de em julgado, desde então não tenha sido
inclusão e a data limite estabelecida para concedida suspensão condicional da pena,
contagem ou a data de desligamento do serviço quando então, o tempo que exceder ao período
ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja da pena será computado para todos os efeitos,
parcelado. caso as condições estipuladas na sentença não
§1º Será também computado como tempo de o impeçam.
efetivo serviço, o tempo passado dia a dia, pelo Art. 125 O tempo que o policial-militar vier a
policial-militar na reserva remunerada que for passar afastado do exercício de suas funções
convocado para o exercício da função policial- em consequência de ferimentos recebidos em
militar, na forma do art. 93. recebidos em acidentes quando em serviço, na
§2º Não será deduzido do tempo de efetivo manutenção da ordem pública ou de moléstia
além dos afastamentos previstos no artigo 63, adquirida no exercício de qualquer função
os períodos em que o policial-militar estiver policial-militar, será computado como se ele
afastado do exercício de suas funções em gozo estivesse passado no exercício daquelas
de licença especial. funções.

§3º Ao tempo de serviço de que trata este Art. 126 O tempo passado pelo policial-militar
artigo e seus parágrafos apurados e totalizados no exercício de atividades decorrentes ou
em dias, será aplicado o divisor 365 (trezentos dependentes de operações de guerra será
regulado em legislação específica.

38
Art. 127 O tempo de serviço dos policiais- direito a qualquer remuneração ou
militares beneficiados por anistia será contado indenização.
como estabelecer o ato legal que a conceder.
Art. 128 A data limite estabelecida para final de CAPÍTULO V
contagem dos anos de serviço, para fins de DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO
passagem para a inatividade, será a do SERVIÇO
desligamento do serviço ativo. Art. 132 As dispensas constituem
Parágrafo Único. A data limite não poderá reconhecimento dos bons serviços prestados
exceder a 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais pelos policiais-militares.
um máximo de 15 (quinze) dias no órgão § 1º - São recompensas policiais-militares:
encarregado de efetivar a transferência, da a) prêmios de Honra ao Mérito;
data da publicação do ato da transferência para b) condecoração por serviços prestados;
a reserva remunerada ou reforma em Diário
c) elogios, louvores e referências elogiosas; e
Oficial ou Boletim da Corporação, considerada d) dispensas do serviço.
sempre a primeira publicação oficial.
§ 2º - As recompensas serão concedidas de
Art. 129 Na contagem dos anos de serviços não acordo com as normas estabelecidas nas leis e
poderá ser computado qualquer superposição nos regulamentos da Polícia Militar.
dos tempos de serviço público (federal,
estadual e municipal ou passado em órgão da Art. 133 As dispensas do serviço são
administração direta) entre si nem como os de autorizações concedidas aos policiais-militares
acréscimos de tempo para os possuidores de para o afastamento total do serviço, em caráter
curso universitário, e nem com o tempo de temporário.
serviço computável após a inclusão na Polícia Art. 134 As dispensas do serviço podem ser
Militar, matrícula em órgão de formação concedidas aos policiais-militares:
policial-militar ou nomeação para posto ou I – como recompensa;
graduação na Corporação. II – para desconto em férias; e
III – em decorrência de prescrição médica.
CAPÍTULO IV Parágrafo Único – As dispensas de serviço serão
DO CASAMENTO concedidas com a remuneração integral e
Art. 130 O policial-militar da ativa pode contrair computadas com o tempo de efetivo serviço.
matrimônio, desde que observada a legislação Art. 135 A assistência religiosa à Polícia Militar
civil específica. do Estado do Piauí é regulada por legislação
§ 1º - É vedado o casamento ao Aluno – Oficial específica.
PM, e demais praças enquanto estiverem TÍTULO V
sujeitos aos regulamentos dos órgãos de
Formação de Oficiais, de graduados e de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
praças, cujos requisitos para admissão exijam a Art. 136 É vedado o uso por parte da
condição de solteiro, salvo em casos organização civil, de designações que possam
excepcionais, a critério do Comandante –Geral sugerir sua vinculação à Polícia Militar.
da Corporação.
Parágrafo Único. Excetuam-se das prescrições
§ 2º - O casamento com mulher estrangeira, deste artigo, as associações, clubes, círculos e
somente só poderá ser realizado após a outros que congregam membros da Polícia
autorização do Comandante Geral da Polícia Militar que se destinam exclusivamente, a
Militar. promover intercâmbio social e assistência entre
Art. 131 O Aluno- Oficial PM, e demais praças policiais-militares e seus familiares e entre
que contrariem matrimônio em desacordo com esses e a sociedade civil local.
o § 1º do artigo anterior, serão excluídas sem
39
Art. 137 O Estado concederá pensão, na forma
que dispuser em Lei, à família do policial-militar
falecido ou extraviado. Lei nº 3529, de 20 de
Art. 138 São adotados na Polícia Militar, em outubro de 1977. Lei de
matéria não regulada na Legislação Estadual, os
regulamentos e leis em vigor no Exército
Organização Básica da
Brasileiro, até que sejam adotados e Polícia Militar do Piauí.
regulamentos peculiares.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, faço
Art. 139 Após a vigência do presente Estatuto, saber que o Poder Legislativo decreta e eu
serão a ele ajustados todos os dispositivos sanciono a seguinte Lei:
legais e regulamentares que com ele tenham TÍTULO I
pertinência.
Art. 140 O Oficial superior ou intermediário CAPÍTULO ÚNICO
que, na data da publicação desta lei, já tiver DESTINAÇÕES, MISSÕES E SUBORDINAÇÃO
incidido nas disposições previstas nos incisos I, Art. 1º A Polícia Militar do Piauí (PMPI)
do art. 61, e que estejam desempenhando considerada Força Auxiliar, Reserva do Exército,
função ou cargo em comissão, nomeado pelo nos termos da Constituição Federal, organizada
Governador do Estado, não será transferido com base na disciplina e na hierarquia, em
"ex-ofício" para a reserva remunerada, conformidade com as disposições do Decreto
enquanto permanecer nessa situação. Lei nº 667, de 02 de julho de 1969, sob a
Art. 141 Esta lei entra em vigor na data de sua autoridade do Governador do Estado, dentro
publicação, revogada as disposições em dos limites da Lei, nos termos do Art. 85 da
contrário. Constituição Estadual, destina-se à manutenção
da ordem pública e segurança interna do
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ,
Estado do Piauí.
em Teresina, 16 de julho de 1981.
Art. 2º Compete à Polícia Militar:
I – Executar com exclusividade, ressalvadas as
missões peculiares das Forças Armadas, o
policiamento ostensivo, fardado, planejado
pelas autoridades policiais competentes, a fim
de assegurar o cumprimento da Lei, a
manutenção da ordem política e o exercício dos
Poderes constituídos.
II – Atuar de maneira preventiva, como força de
dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde
se presuma ser possível a perturbação da
ordem.
III – Atuar de maneira repressiva, em caso de
perturbação da ordem, precedendo o eventual
emprego das Forças Armadas.
IV – Atender à convocação do Governo Federal,
em caso de guerra externa para prevenir ou
reprimir grave subversão da ordem ou ameaça
de irrupção, subordinando-se ao Comandante
UNIDADE 3 da Região, para emprego em suas atribuições

40
específicas de Polícia Militar, e como Art. 7º Incumbe aos órgãos de apoio atender às
participantes da Defesa Territorial. necessidades de pessoal e de material da
corporação, em cumprimento às diretrizes do
V – Realizar o serviço de extinção de incêndio,
Comando Geral.
simultaneamente com o de proteção e
salvamento de vidas e materiais do local do Art. 8º Aos órgãos de execução, constituídos
sinistro. pelos Comandos e Unidades operacionais da
corporação, incumbe a execução das atividades
VI – Realizar o serviço de busca e salvamento,
fim da corporação.
prestando socorros em casos de afogamento,
inundações, acidentes em geral e em casos de
CAPÍTULO II
catástrofes ou de calamidade pública.
CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÃO DO COMANDO
VII – Assessorar e cooperar com a GERAL
administração pública, estadual e municipal no
Art. 9º O Comando Geral da Corporação
que tange à prevenção de incêndios.
compreende:
Art. 3º A Polícia Militar do Estado do Piauí, I – O Comando Geral
subordina-se operacionalmente ao Secretário II – O Estado Maior, como órgão de direção
de Segurança Pública, nos termos do Art. 4º, do geral
Decreto Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, e no III – As diretorias, como órgãos de direção
nº 8º, do art. 2º, do R-200, aprovado pelo setorial
Decreto nº 66.862, de 08 de julho de 1970. IV – A Ajudância Geral, órgão que atende às
Art. 4º O Comandante Geral da Polícia Militar necessidades de material e pessoal do
do Estado do Piauí é o responsável pela Comando Geral
administração, comando e emprego da V – Comissões;
corporação. VI – Assessorias.
SEÇÃO I
TÍTULO II DO COMANDANTE GERAL
ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR Art. 10 O Comandante Geral da Polícia Militar
do Estado do Piauí será um Oficial Superior do
CAPÍTULO I posto de Coronel do Quadro de Oficiais
ESTRUTURA GERAL Policiais-Militares (QOPM), de livre nomeação
Art. 5º A Polícia Militar do Estado do Piauí, será do Governador do Estado.
estruturada em comando geral, órgãos de § 1º O Comandante Geral da Polícia Militar do
apoio e órgãos de execução. Piauí poderá ser, também, um Oficial Superior
Art. 6º O Comandante Geral realiza o comando combatente do serviço ativo do Exército,
e a administração da corporação, incumbindo- preferencialmente do posto de Coronel, ou
lhe, através dos órgãos de direção: Tenente Coronel, proposto ao Ministério do
Exército3 pelo Governador do Estado.
I – O planejamento em geral, visando à
organização da corporação em todos os Onde lê-se, Ministério do Exército, leia-se
pormenores, às necessidades de pessoal e Comando do Exército, transformação em
material e ao emprego da corporação para o
cumprimento de suas missões; 3
O Ministério do Exército, instituído pela Lei
Complementar n° 69, de 23 de julho de 1991, foi
II – O acionamento, por meio de diretrizes e transformado em Comando do Exército, pela Lei
ordens, dos órgãos de apoio e de execução; Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que criou o
Ministério da Defesa para integrar as três forças armadas
III – A coordenação, o controle e a fiscalização (Marinha, Exército e Aeronáutica), e dispor sobre as
de atuação desses órgãos. normas gerais para a organização, o preparo e o emprego
das Forças Armadas.

41
Comando determinada pela Lei Complementar d) 4ª Seção (PM –4) – Assuntos
nº 97/1999 (BRASIL, 1999). administrativos, planejamento administrativo,
programação e orçamentação.
§ 2º O Oficial do Exército nomeado para o
e) 5ª Seção (PM –5) – Assuntos civis.
cargo de Comandante Geral será comissionado
f) 6ª Seção (PM –6) – órgão de planejamento e
no posto de Coronel da Polícia Militar, caso sua
orçamento. (Alínea inserida pela Lei nº
patente seja inferior a esse posto, e terá
precedência hierárquica sobre os Oficiais de 7.774/2022. Todavia, a criação da 6ª Seção
igual posto da Corporação. ocorreu com a Lei n. 5.468/2005 que criou a 6ª
Seção do EMG/PMPI como órgão de apoio. A
§ 3º O Coronel QOPM que permanecer no presente alteração se deu para corrigir a
cargo de Comandante Geral por quatro anos incongruência da norma, posto que o Estado
consecutivos, ao ser exonerado, será Maior Geral não é órgão de apoio).
transferido para a reserva remunerada, a
Art. 13 O Chefe do Estado Maior, principal
requerimento, dentro de 30 (trinta) dias, ou, ex
assessor do Comando Geral, dirige, orienta,
officio, após esse prazo.
coordena e fiscaliza os trabalhos do Estado
§ 4º O Comandante-Geral da Polícia Militar do Maior.
Piauí disporá de um Tenente-Coronel e um
Art. 14 O Chefe do Estado Maior acumula as
Major como Chefe e Subchefe do Gabinete do
funções de Subcomandante da Corporação,
Comando Geral, respectivamente, e dois
substituindo o Comandante Geral em seus
Capitães como Ajudantes-de-Ordens, todos do
impedimentos eventuais.
Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM).
(Redação determinada pela Lei nº 7.774/2022) Parágrafo único. O Subcomandante-Geral e
SEÇÃO II Chefe do Estado Maior Geral da Polícia Militar
DO ESTADO MAIOR do Piauí disporá de um Tenente-Coronel e um
Major como Chefe e Subchefe do Gabinete do
Art. 11 O Estado Maior, órgão de direção geral,
Subcomando Geral, respectivamente, e um
responsável perante o Comandante Geral, pelo
Capitão como Ajudante-de-Ordens, todos do
estudo, planejamento, coordenação,
Quadro de Oficiais Policiais Militares.
fiscalização e controle de todas as atividades da
corporação, inclusive dos órgãos de direção (Parágrafo único inserido pela Lei nº
setorial, constitui o órgão central do sistema de 7.774/2022)
planejamento, programação, orçamento e Art. 15. O Chefe do Estado Maior será um
modernização administrativa encarregado da Coronel do serviço ativo da corporação
elaboração de diretrizes e ordens do Comando pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais
que acionam os órgãos de direção setorial e os Militares (QOPM) nomeado pelo Governador
de execução no cumprimento de suas do Estado, mediante indicação do Comandante
atividades. Geral. (Redação alterada pela Lei nº 7.774/2022
Art. 12 O Estado Maior Compreende: para suprimir a possibilidade de indicação de
I – Chefe do Estado Maior Oficial do Quadro de Oficiais Bombeiros
II – Subchefe do Estado Maior Militares)
III – Seções: § 1º Quando a escolha de que trata este artigo
a) 1ª Seção (PM –1) Assunto relativo a pessoal não recair no Oficial mais antigo no posto
e legislação. escolhido, terá precedência funcional sobre os
b) 2ª Seção (PM –2) –Assuntos relativos a demais.
informações. § 2º O substituto eventual do Chefe do Estado
c) 3ª Seção (PM –3) – Assuntos relativos a Maior será o Subchefe do Estado Maior.
instruções, operações e ensino.
Art. 16 O Subchefe do Estado Maior auxiliará
diretamente o Chefe do Estado Maior, de

42
acordo com os encargos que lhe forem e o Diretor de Planejamento e Gestão
atribuídos. Orçamentários (DPlan), acumularão,
SEÇÃO III respectivamente, as funções de Chefe da 1ª
DAS DIRETORIAS Seção do EMG/PMPI, Chefe da 2ª Seção do
EMG/PMPI, Chefe da 3ª Seção do EMG/PMPI,
Art. 17. As Diretorias constituem os órgãos de
Chefe da 4ª Seção do EMG/PMPI, Chefe da 5ª
direção setorial para as atividades de pessoal,
Seção do EMG/PMPI e Chefe da 6ª Seção do
de administração financeira, de contabilidade,
EMG/PMPI. (Inclusão do parágrafo único pela
de planejamento e gestão orçamentários, de
logística e patrimônio, de ensino, instrução e Lei º 7.774/2022)
pesquisa, de serviços de saúde, de Art. 18. A Diretoria de Gestão de Pessoas é o
telecomunicações e informática, de inteligência órgão de direção responsável pela execução do
e comunicação social compreendendo: planejamento, coordenação e controle de
(Redação inserida pela Lei nº 7.774/2022. A pessoal ativo, inativo e pensionista, cabendo-
redação dos incisos “I ao VII” é a estabelecida lhe, especialmente, o processamento dos atos
pela Lei nº 6.792/2016) de inclusão, reinclusão, reintegração,
I – Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP); promoção, remuneração, identificação,
II – Diretoria de Administração e Finanças licenciamento, demissão, exclusão,
(DAF); afastamento do serviço, movimentação,
III – Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa transferência para a inatividade e demais ações
(DEIP); (A DEIP foi criada na estrutura da PMPI relacionadas. (Redação determinada pela Lei º
pela Lei nº 5.468/2005) 7.774/2022 que reestruturou os órgãos da
IV – Diretoria de Telemática (DITEL); (A DITEL DGP)
foi criada na estrutura da PMPI pela Lei § 1º A Diretoria de Gestão de Pessoas terá a
Complementar nº 168/2011) seguinte estrutura: (Renumeração do parágrafo
V – Diretoria de Saúde (DS); (O Serviço de único determinada pela Lei º 7.774/2022)
Saúde da Polícia Militar do Piauí foi I – Diretoria;
transformado em Diretoria de Saúde (DS), II – Subdiretoria;
mantendo a mesma estrutura organizacional, III – Divisão de Pessoal Ativo:
pela Lei nº 5.468/2005. O inciso foi incluído a) Seção de Expediente;
pela Lei nº 6.792/2016) b) Setor de Movimentação e Controle de
VI – Diretoria de Inteligência (DINT); (A DINT foi Pessoal; e
criada na estrutura da PMPI pela Lei nº c) Setor de Cadastro de Pessoal e Identificação
6.792/2016, que incluiu o presente inciso) Datiloscópica;
VII – Diretoria de Comunicação Social (DCom); IV – Divisão de Promoção:
(A DCOM foi criada na estrutura da PMPI pela a) Setor de Promoção de Oficiais; e
Lei nº 6.792/2016, que incluiu o presente b) Setor de Promoção de Praças;
inciso) V – Divisão de Folha de Pagamento composta
VIII – Diretoria de Patrimônio e Logística (DPL);
pelo Setor de Processamento de Alterações de
e (Criação da DPL e inclusão do inciso pela Lei º Pessoal;
7.774/2022) VI – Divisão de Pessoal Inativo e Transferência
IX – Diretoria de Planejamento e Gestão para a Inatividade:
Orçamentários (DPlan). (Criação da DPan e a) Seção de Expediente;
inclusão do inciso pela Lei º 7.774/2022) b) Setor de Controle e Cadastro de Inativos; e
Parágrafo único. O Diretor de Gestão de c) Setor de Transferência à Inatividade;
Pessoas (DGP), o Diretor de Inteligência (DInt), VII – Divisão do Núcleo de Voluntários da
o Diretor de Ensino, Instrução e Pesquisa Reserva Remunerada, Serviço Auxiliar
(DEIP), o Diretor de Patrimônio e Logística Voluntário e Pensionistas:
(DPL), o Diretor de Comunicação Social (DCom)

43
a) Setor de Voluntários da Reserva Remunerada § 1º Compete ainda à DEIP o planejamento, a
e SAV; e coordenação e o controle das atividades de
b) Setor de Pensionistas. instrução relacionadas ao desenvolvimento e à
manutenção de conhecimentos e habilidades
§ 2º Os Subchefes das Divisões de Pessoal
técnicas da profissão visando à padronização
Ativo, de Promoção, da Folha de pagamento,
de procedimentos na atividade operacional.
de Pessoal Inativo e Transferência à Inatividade
serão os Chefes das respectivas Seção de § 2º A DEIP terá a seguinte estrutura:
Expediente de cada Divisão. (Parágrafo incluído I – Diretoria;
pela Lei º 7.774/2022) II – Subdiretoria;
III – Divisão de Seleção e Ingresso:
Art. 19. A Diretoria de Administração e Finanças
a) Seção de Recrutamento e Seleção;
(DAF) é o órgão de direção responsável pela
b) Seção de Matrícula e Documentação.
execução do planejamento, fiscalização e
IV – Divisão de Planejamento e Controle:
controle das atividades referentes às finanças e
a) Seção de Planejamento e Análise de
contabilidade da Polícia Militar. (Redação
Projetos;
determinada pela Lei º 7.774/2022 que
b) Seção de Avaliação Pedagógica
reestruturou os órgãos da DAF)
Art. 21. A Diretoria de Telemática é o órgão de
§ 1º A Diretoria de Administração e Finanças
direção responsável pela qualidade, inovação,
(DAF) terá a seguinte estrutura: (Renumeração
atualização tecnológica, suporte, treinamento,
do parágrafo único determinada pela Lei º
desenvolvimento e manutenção de sistemas,
7.774/2022)
bem como pela manutenção do banco de
I – Diretoria;
dados, rede de rádio e de computadores da
II – Subdiretoria;
instituição, com a seguinte estrutura básica:
III – Divisão Financeira e Contábil:
a) Seção de Administração Financeira e (Redação determinada pela Lei º 7.774/2022
Contratos; que reestruturou os órgãos da DITEL, incluindo
b) Seção de Contabilidade; e na presente norma a estrutura já determinada
c) Seção de Compras; pela LC nº 168/2011)
I – Diretoria:
IV – Divisão de Convênios e Captação de
II – Subdiretoria;
Recursos:
III - Divisão de Tecnologia da Informação e
a) Seção de Expediente; e
Inovação Tecnológica:
b) Seção de Convênios e Captação de Recursos;
a)Seção de Desenvolvimento e Gestão de
V - Tesouraria Geral.
Sistemas; e
§ 2º Os Subchefes das Divisões Financeira e b)Setor de Qualidade e Inovação Tecnológica;
Contábil, de Convênios e Captação de Recursos IV - Divisão de Telecomunicações;
serão os Chefes das Seções de Expediente das V - Divisão de Processamento de Dados e
respectivas divisões. (Parágrafo incluído pela Informações Gerenciais, composta pela Seção
Lei º 7.774/2022) de Análise e Processamento de Dados; e
Art. 20. A Diretoria de Ensino, Instrução e VI - Divisão de Suporte:
Pesquisa é o órgão de direção responsável pelo a) Seção de Suporte e Capacitação Técnicos; e
planejamento, fiscalização e controle das
b) Setor de Banco de Dados e Redes de Dados.
atividades de ensino profissional, pesquisa e
extensão, compreendendo a educação Art. 22. A Diretoria de Saúde (DS) é o órgão
profissional nos seus diversos níveis e responsável pelo planejamento estratégico,
modalidades, de acordo com a legislação orientação, coordenação e controle das
vigente. (Redação do artigo e seus parágrafos atividades de atenção integral à saúde,
estabelecida pela Lei nº 6.792/2016) abrangendo especialmente a assistência
médica, odontológica, farmacológica, de

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enfermagem, educação sanitária, dentre c) Chefe do Setor de Arquivo.
outras, bem como pelas perícias médicas no § 1º Revogado pela Lei nº 7.774/2022.
âmbito da Corporação, com a seguinte § 2º Revogado pela Lei nº 7.774/2022.
estrutura: (Redação inserida pela Lei nº Art. 23-A. A Diretoria de Comunicação Social
6.792/2016) órgão de assessoramento, apresentação e
I – Diretoria; coordenação das relações entre a Polícia Militar
II – Subdiretoria; e o público externo, subordinado ao
III – Junta Médica de Saúde (JMS); Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí,
IV – Seção de Planejamento e Avaliação dos será constituída com a seguinte estrutura:
Serviços de Saúde; (Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022)
V – Seção de Fiscalização Sanitária; I – Diretoria;
VI – Seção de Expediente. II – Subdiretoria;
Art. 23. A Diretoria de Inteligência da Polícia III – Divisão de Imprensa e Imagem:
Militar (DInt) é o órgão de direção geral e a)Seção de Imprensa;
orientação superior, responsável pela gestão de b)Seção de Publicidade e Marketing; e
atividade de informação e de produção, difusão IV – Divisão de Cerimonial Militar.
e salvaguarda de conhecimentos da Polícia Art. 23-B. A Diretoria de Patrimônio e Logística
Militar do Piauí, destinados a instrumentalizar o (DPL) é órgão de direção setorial da Polícia
exercício de polícia ostensiva e preservação da Militar do Piauí que tem por finalidade
ordem pública, com a seguinte estrutura superintender as atividades relacionadas com a
básica: administração do material bélico, dos bens
(Redação inserida pela Lei nº 7.774/2022. Com móveis e imóveis pertencentes à carga
a presente redação a Lei suprimiu os § § 1º e patrimonial da Polícia Militar do Piauí, ou que
2º, incorporando o conteúdo das normas se encontram sob sua responsabilidade legal, e
suprimidas ao caput). funcionará com a seguinte estrutura básica:
I – Diretoria: (Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022)
I – Diretoria;
II – Subdiretoria;
II – Subdiretoria;
III – Divisão Administrativa:
III - Divisão de Gerenciamento de Material
a) Setor de Expediente e Administração;
Bélico, composta pela Seção de Gerenciamento
b) Setor de Análise, Estatísticas e Planejamento;
de Material Bélico e pelos setores:
c) Setor de Capacitação e Logística;
a) Setor de Suprimento, Controle e
IV – Divisão de Inteligência:
Manutenção de Material Bélico; e
a) Coordenações de Áreas Operacionais
b) Centro de Armamento e Tiro.
Metropolitanas:
V – Divisão de Suprimento e Controle de
1 - Área Operacional do Comando de
Transportes, composta pela Seção de Controle
Policiamento Metropolitano I; e
e Manutenção de Transportes;
2 - Área Operacional do Comando de
VI - Divisão de Controle de Patrimônio
Policiamento Metropolitano II;
Imobiliário:
b) Coordenações Operacionais do Interior:
VII – Almoxarifado-Geral da PMPI:
1 - Área Operacional do Comando de
a) Seção de Intendência e Aprovisionamento; e
Policiamento do Litoral Meio Norte;
b) Seção de Projetos e Obras.
2 - Área Operacional do Comando de
Policiamento dos Cerrados; e Art. 23-C. A Diretoria de Planejamento e Gestão
3 - Área Operacional Comando de Policiamento Orçamentários (DPlan) é o órgão de direção
do Semiárido; setorial que tem por finalidade realizar o
V – Divisão de Proteção do Conhecimento: planejamento e gestão orçamentários da
a) Chefe do Setor de Segurança Orgânica; Polícia Militar do Piauí, bem como a gestão dos
b) Chefe do Setor de Segurança Inorgânica recursos do Fundos e produção de informações

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gerenciais para encaminhamento de propostas § 2º Sempre que necessário, poderão ser
orçamentárias ao Chefe do Poder Executivo constituídas comissões temporárias, a critério
Estadual, e terá a seguinte estrutura básica: do Comandante Geral, que especificará sua
(Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022) finalidade e fixará sua duração.
I – Diretoria; Art. 26-A A Coordenadoria de Licitações e
II – Subdiretoria; Contratos Administrativos é o órgão
III – Divisão de Gestão de Fundos e responsável pela tomada de decisões,
Planejamento Orçamentários: acompanhamento dos trâmites da licitação,
a) Seção de Gestão de Fundos de Unidades impulsionamento ao procedimento licitatório e
Gestoras e Gestão Setorial; por executar quaisquer outras atividades
b) Seção de Planejamento Orçamentário; e necessárias ao bom andamento dos certames
c) Seção de Gerenciamento de Projetos. até a homologação, nos termos da Lei nº
IV – Divisão de Estudos e Acompanhamento da 14.133, de 01 de abril de 2021 (Lei Geral de
Execução Orçamentária, composta pela Seção
Licitações e Contratos Administrativos do
Acompanhamento da Execução Orçamentária. Brasil). (Artigo acrescentado pela Lei nº
SEÇÃO IV 7.774/2022)
DA AJUDÂNCIA GERAL
§ 1º A Coordenadoria de Licitações e Contratos
Art. 24. A Ajudância-Geral é o órgão Administrativos será conduzida por Oficial do
responsável pela secretaria e apoio Posto de Tenente-Coronel, o qual será
administrativo ao Comando Geral, coordenação designado como agente de contratação para os
dos serviços gerais e segurança do Quartel do fins estabelecidos no art. 8º, da Lei nº 14.133,
Comando Geral (Redação inserida pela Lei nº de 01 de abril de 2021.
7.774/2022)
§ 2º O Coordenador de Licitação será auxiliado
Art. 25. A Ajudância Geral terá a seguinte por equipe de apoio formada por um Oficial do
estrutura: (Redação inserida pela Lei nº posto de Major, o qual será designado
7.774/2022) Coordenador-Adjunto, e um Oficial do posto de
I – Ajudância-Geral; 1º Tenente, que secretariará os atos da
II – Ajudância-Geral Adjunta; Coordenadoria, ambos do Quadro de Oficiais
III – Secretaria: Policiais Militares (QOPM).
a) Arquivo-Geral e Museu;
b) Protocolo-Geral; § 3º Em licitação na modalidade pregão, o
III – Seção Administrativa; e agente responsável pela condução do certame
IV – Companhia de Comando e Serviços (CCS). será designado pregoeiro, o qual deverá ser um
SEÇÃO V Oficial do posto de 1º Tenente QOPM.
DAS COMISSÕES SEÇÃO VI
DAS ASSESSORIAS
Art. 26. As Comissões são órgãos de
assessoramento direto do Comandante Geral, Art. 27 As Assessorias, constituídas,
podendo ser constituídas de membros natos e essencialmente, para determinadas matérias
de membros escolhidos pelo Comandante- que escapem as atribuições normais e
Geral, conforme se dispuserem em específicas dos órgãos de direção, destinam-se
regulamento, e terão caráter permanente e a dar flexibilidade à estrutura do comando da
temporário. Corporação, particularmente em assuntos
especializados.
§ 1º A Comissão de Promoção de Oficiais,
presidida pelo Comandante Geral, e a Comissão Parágrafo Único. As Assessorias de que trata
de Promoções de Praças, presidida pelo Chefe este artigo poderão ser constituídas de civis, de
do Estado Maior, são de caráter permanente. reconhecida competência, contratados para
esse fim, observada a legislação específica.

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Art. 27-A O Núcleo de Controle de Gestão V – Órgão de Apoio da Corregedoria: Presídio
Interna é o órgão de assessoramento, da Polícia Militar. (Inciso acrescentado pela Lei
orientação, fiscalização e controle, subordinado nº 6.792/2016)
ao Comandante Geral da Polícia Militar do VI – Órgão de Apoio à Diretoria de
Piauí, com a seguinte estrutura: (Artigo Comunicação Social (DCom): Corpo Musical da
acrescentado pela Lei nº 7.774/2022) Polícia Militar do Piauí. (Inciso acrescentado
I – Coordenador; pela Lei nº 7.774/2022)
II – Coordenador-Adjunto;
III – Divisão de Fiscalização de Patrimônio; § 1º O Hospital da Polícia Militar (HPM) integra
IV – Seção de Fiscalização de Pessoal; o Sistema Universal de Atenção à Saúde nas
V - Setor de Fiscalização de Contratos e esferas federal, estadual e municipal, vinculado
Convênios. à Secretaria de Estado da Saúde para realização
de políticas públicas de saúde. (Parágrafo
§ 1º O Núcleo de Controle de Gestão Interna acrescentado pela Lei nº 6.792/2016)
será coordenado por Oficial do Posto de
Tenente-Coronel, e terá como Coordenador- § 2º Os órgãos de apoio previstos neste
Adjunto um Oficial do Posto de Major, ambos Capítulo terão suas estruturas funcionais
do Quadro de Oficiais Policiais Militares estabelecidas no Quadro de Organização da
(QOPM). Polícia Militar e se subordinam
administrativamente aos órgãos de direção
§ 2º A Divisão de Fiscalização de Patrimônio setorial e correicional correspondentes.
será chefiado por um Oficial do Posto de Major, (Redação determinada pela Lei nº 7.774/2022)
do Quadro Especial de Oficiais Policiais
Militares (QEOPM), e as demais funções serão Art. 29. O Centro de Educação Profissional é o
estabelecidas no quadro de organização da órgão encarregado pela execução dos cursos
Polícia Militar. profissionais de formação, de pesquisa e pós-
graduação, de extensão e capacitação
CAPÍTULO III
continuada dos Policiais Militares do Estado do
CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS Piauí. (Redação determinada pela Lei nº
DE APOIO 7.774/2022)
Art. 28. Os Órgãos de Apoio compreendem: Art. 30. Revogado. (Artigo revogado pela Lei nº
I – Órgão de Apoio de Ensino: Centro de 7.774/2022)
Educação Profissional. (Redação inserida pela Art. 31. Revogado: (Artigo revogado pela Lei nº
Lei nº 6.792/2016) 7.774/2022)
II - Revogado; (Inciso revogado pela Lei nº
7.774/2022) Art. 32. O apoio de saúde à Corporação será
III - Órgão de Apoio à Saúde: (Redação prestado pelo órgão próprio da Polícia Militar
determinada pela Lei nº 6.792/2016 para incluir ou mediante convênio com organizações civis,
e relacionar como órgãos de apoio à saúde o estatais ou particulares.
Centro de Assistência Integral à Saúde (CAIS) e Art. 33. O Hospital da Polícia Militar, tem a seu
o Centro Estadual de Equoterapia) cargo a prestação de serviço médico
a) Hospital da Polícia Militar; Odontológico e farmacêutico
b) Centro de Assistência Integral à Saúde; preferencialmente ao pessoal da Corporação e
c) Centro Estadual de Equoterapia; seus dependentes.
d) Capelania Militar; (Alínea incluída pela Lei nº
7.774/2022) Art. 34. Revogado. (Revogado pela Lei nº
7.774/2022)
IV – Revogado; (Revogado pela Lei nº
6.792/2016) Art. 34-A. O Presídio da Polícia Militar do Piauí
(PPMPI), órgão de apoio da Corregedoria da
PMPI criado pela Lei nº 6.792, de 2016, é a

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unidade policial militar destinada a promover I - Administrar as atividades relativas ao Corpo
execução das medidas restritivas de liberdade Musical;
de policiais militares, determinadas por decisão II - realizar a administração do material e de
judicial. (Artigo acrescentado pela Lei nº pessoal do Corpo Musical;
7.774/2022) III - coordenar, fiscalizar e supervisionar a tropa
sob sua direção;
§ 1º A Direção do PPMPI será exercida por
IV - propor a realização de concursos ou cursos
Oficial do posto de Tenente-Coronel QOPM,
específicos para o pessoal músico da
sendo substituído em seus impedimentos
Corporação;
eventuais por Oficial do posto de Major QOPM
V - manter contato com órgãos afins visando o
que exercerá a função de Subdiretor.
aprimoramento das atividades do Corpo
§ 2º O PPMPI está subordinado administrativa Musical e das Bandas de Música da Corporação;
e operacionalmente à Corregedoria da PMPI, e VI - programar apresentações do Corpo Musical
terá a seguinte estrutura básica: em coordenação com a Diretoria de
I – Diretoria; Comunicação da PMPI;
II – Subdiretoria; VII - ampliar, dentro do possível, o acervo
III – Seção de Justiça, Disciplina e Controle musical do Corpo;
Administrativo;
§ 3º A composição e as atribuições não
IV - Seção de Execução Penal e Custódia
especificadas nesta Lei serão definidas e
Provisória;
detalhadas no Quadro de Organização da
V – Seção de Assistência Prisional;
Corporação e no seu regimento interno,
VI – Grupamento Operacional, Administrativo e
respectivamente.
Escoltas Penitenciárias.
34-C Fica criado na estrutura organizacional da
Art. 34-B. Fica criado na estrutura
Polícia Militar do Estado do Piauí a Capelania
organizacional da Polícia Militar do Estado do
Militar órgão de assistência religiosa e
Piauí o Corpo Musical (CMus/PMPI), órgão de
espiritual aos policiais militares, aos seus
apoio subordinado à Diretoria de Comunicação
familiares e aos seus colaboradores,
Social – DCom. (Artigo acrescentado pela Lei nº
subordinado à Diretoria de Saúde da Polícia
7.774/2022)
Militar, destinada a promover a prática da fé e
§ 1º O Corpo Musical é uma organização do fortalecimento de valores morais e éticos
policial militar de apoio responsável pela adotados pela Instituição. (Artigo acrescentado
instrução musical das bandas de música da pela Lei nº 7.774/2022)
Corporação e do conjunto sinfônico, sendo-lhe
§ 1º A Capelania Militar terá a seguinte
atribuído:
estrutura:
I - participar de honras militares;
I – Coordenação da Capelania Militar;
II - participar de solenidades cívicas;
II – Coordenação-Adjunta da Capelania Militar;
III - executar concertos sinfônicos, se for o caso;
III – Serviço de Assistência Religiosa da
IV - manter o registro e controle das partituras
Capelania Militar; e
musicais;
IV – Setor Administrativo da Capelania Militar.
V - participar de solenidades cívicas e
desportivas; CAPÍTULO IV
VI - elaborar o Plano Anual de Instrução Musical CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS
para as bandas de música da Corporação a ser DE EXECUÇÃO
aprovado pelo Comandante Geral; Art. 35 Os órgãos de execução da Polícia Militar
VII - apoiar às demais organizações policiais compreendem: (Redação dada pela Lei nº
militares nas solenidades programadas; 6.792/2016)
VIII - participar de eventos civis quando I – Coordenação Geral de Operações;
autorizado pelo Comandante Geral; II – Comandos de Policiamento;
§ 2º Compete ao Maestro do Corpo Musical:
48
III – Unidades Operacionais de Polícia Militar. pelo Quadro de Organização da Polícia Militar,
e serão constituídos pelas seguintes
SEÇÃO I organizações policiais militares: (Redação do
DOS COMANDOS DE POLICIAMENTO artigo e incisos determinada pela Lei nº
Art. 36. O Departamento Geral de Operações, 7.774/2022. As regiões de desenvolvimento são
comandado por Coronel QOPM da Polícia as estabelecidas pela Lei Complementar nº
Militar, órgão diretamente subordinado ao 87/2007)
Comando Geral da Corporação, é o responsável
I – Comando de Policiamento Metropolitano I,
pela integração dos comandos de policiamento
sediado em Teresina, com atuação na área que
e a coordenação geral da atividade operacional
abrange os municípios que integram o
na Capital e Interior do Estado. (Redação
Território de Desenvolvimento Entre-Rios,
determinada pela Lei nº 7.774/2022)
responsável pelas circunscrições das seguintes
§ 1º O Departamento Geral de Operações unidades policiais militares: 5º BPM, 8º BPM,
(DGO) possui a seguinte estrutura: 13º BPM, 16º BPM, 21º BPM e 26º BPM;
I – Chefia do Departamento Geral de Operações
II – Comando de Policiamento Metropolitano II,
Policiais Militares;
sediado em Teresina, com atuação na área que
II – Subchefia do Departamento Geral de
abrange os municípios que integram o
Operações Policiais Militares;
Território de Desenvolvimento Entre-Rios,
III – Divisão Administrativa do Departamento
responsável pelas circunscrições das seguintes
Geral de Operações;
unidades policiais militares: 1º BPM, 6º BPM, 9º
IV – Coordenação de Operações Policiais
BPM, 17º BPM, 18º BPM e 22º BPM;
Militares (COPOM) da Região Integrada de
Desenvolvimento da Grande Teresina. III – Comando de Policiamento do Litoral Meio-
Norte, com atuação em toda a área que
§ 2º O Departamento Geral de Operações
abrange os municípios que integram os
(DGO) de Operações Policiais Militares será
Territórios de Desenvolvimento da Planície
chefiado por Oficial do posto de Coronel, e a
Litorânea, Cocais e Carnaubais, responsável
subchefia será exercida por Oficial do posto de
pelas circunscrições das seguintes unidades
Tenente-Coronel, ambos do Quadro de Oficiais
policiais militares: 2º BPM, 12º BPM, 15º BPM,
Policiais Militares (QOPM). (Parágrafo incluído
24º BPM, 25º BPM e 27º BPM;
pela Lei nº 7.774/2022)
IV – Comando de Policiamento do Semiárido,
§ 3º A Chefia da Coordenação de Operações
com atuação em toda a área que abrange os
Policiais Militares (COPOM) da Região
municípios que integram os Territórios de
Integrada de Desenvolvimento da Grande
Desenvolvimento Vale do Sambito, Vale do Rio
Teresina será exercida por oficial do posto de
Guaribas, Vale do Canindé e Serra da Capivara,
Tenente-Coronel QOPM, e as funções de
responsável pelas circunscrições das seguintes
Subchefe do COPOM e de Coordenador do
unidades policiais militares: 4º BPM, 11º BPM,
COPOM passam a ser exercidas por oficiais do
14º BPM, 20º BPM e 23º BPM;
posto de Major QOPM. (Parágrafo incluído pela
Lei nº 7.774/2022) V – Comando de Policiamento dos Cerrados,
com atuação em toda a área que abrange os
Art. 37. Os Comandos de Policiamento,
municípios que integram os Territórios de
comandados por Coronel QOPM, integram o
Desenvolvimento Vale dos Rios Piauí e
sistema operacional da Polícia Militar,
Itaueiras, Tabuleiros do Alto Parnaíba e
responsáveis pelo acionamento dos órgãos de
Chapada das Mangabeiras, responsável pelas
execução que lhes forem subordinados e
circunscrições das seguintes unidades policiais
constituem escalões intermediários de
militares: 3º BPM, 7º BPM, 10º BPM, 19º BPM
comando entre as Unidades da Polícia Militar e
e 28º BPM;
o Comando Geral, através do Departamento
Geral de Operações, com a estrutura definida

49
VI – Comando de Policiamento Especializado, operacionais, em razão da missão e
com sede em Teresina e atuação em todo o objetivando a coordenação e controle dessas
Estado, responsável pelas Unidades de unidades.
Policiamento Ostensivo Especializadas: o SEÇÃO II
Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), o DAS UNIDADES OPERACIONAIS DE POLÍCIA
Batalhão de Policiamento Rodoviário e Divisas MILITAR
Estadual (BPRDE), o Batalhão de Policiamento Art. 40. Unidades e Subunidades Operacionais
de Guardas (BPGda), o Batalhão de da Polícia Militar são denominações genéricas
Policiamento de Trânsito (BPTran), o Batalhão dadas a corpo de tropa ou fração de tropa,
de Policiamento Militar Rural (BPMRural), essencialmente vinculadas à atividade-fim,
Batalhão de Operações Especiais (BOPE), compreendendo: (Redação determinada pela
Batalhão de Policiamento Rondas Ostensivas de Lei nº 6.792/2016)
Natureza Especial (RONE), Batalhão Rondas I – Batalhões;
Ostensivas com Apoio de Motocicletas
II – Companhias;
(ROCAM) e Regimento de Policiamento III – Pelotões; e
Montado (RPMont) e Batalhão de Operações IV – Grupamentos.
Aéreas (BOPAer); e
§ 1º As Companhias, de acordo com o emprego
VII – Comando de Polícia Comunitária, operacional, poderão ser:
responsável pelas atividades de policiamento I – Incorporadas, quando subordinadas ao
comunitário, sediado em Teresina e com Batalhão ao qual forem vinculadas;
atuação em todo o Estado, responsável pelas II – Destacadas, quando, subordinadas ao
unidades: Companhia Independente de Batalhão, forem descentralizadas da sede;
Policiamento Escolar (CIPE), Coordenadoria de III – Independentes, quando a subordinação for
Prevenção e Enfrentamento à Violência direta ao Comando de Policiamento.
Doméstica (PATRULHA MARIA DA PENHA),
Programa Educacional de Resistência às Drogas § 2º Os Batalhões serão organizados com a
e à Violência (PROERD), e Coordenadoria dos seguinte estrutura básica:
Pelotões Mirins (CPMir); I – Comando;
II – Subcomando;
VIII – Revogado. (Revogado pela Lei nº III – Ajudância;
7.774/2022). IV – Seções de Estado Maior (1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e
Art. 38. Os Comandos de Policiamento terão 6ª);
sua articulação territorial e das suas respectivas V – Companhias, em número mínimo de 2
unidades, bem como a organização funcional, (duas) e máximo de 5 (cinco).
prevista em regulamento, observada a seguinte § 3º As Companhias Independentes serão assim
estrutura básica: (Redação estabelecida pela Lei organizadas:
nº 6.792/2016) I – Comando;
I – Comando;
II – Subcomando;
II – Subcomando; III – Ajudância;
III – Seções: IV – Seções de Estado Maior (1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e
a) administração e logística; 6ª);
b) planejamento operacional; e V – Pelotões, em número mínimo de 2 (dois) e
c) de análise e estudos táticos; máximo de 3 (três);
IV – Unidades e Subunidades Operacionais.
§ 4º As Companhias incorporadas e destacadas
Art. 39 O Comandante Geral da Polícia Militar, serão assim organizadas:
mediante aprovação do Estado Maior do I – Comando;
Exército, poderá criar Comandos de II – Subcomando;
Policiamento de Área (CPA), sempre que III – Sargenteação;
houver necessidade de agrupar unidades
50
IV – Pelotões, em número mínimo de 2 (dois) e Art. 40-A. O Batalhão de Policiamento
máximo de 3 (três); Rodoviário Estadual (BPRE) passa a denominar-
se Batalhão de Policiamento Rodoviário e
§ 5º A designação de oficiais para o exercício de
Divisas Estadual – BPRDE sendo o órgão
funções de chefia e comando nas unidades e
responsável pelo policiamento ostensivo de
subunidades operacionais recairá:
trânsito e fiscalização nas rodovias e divisas do
I – em oficiais do posto de Coronel QOPM, para Estado do Piauí, com a finalidade de executar
as funções de Comandantes de Policiamento; ações de segurança pública e trânsito nas
II – em oficiais do posto de Tenente-Coronel rodovias e nas divisas de todo o Estado do
QOPM, para as funções de Subcomandantes de Piauí, constituído da seguinte estrutura básica:
Comando de Policiamento e de Comandantes (Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022. A
de Batalhões; criação do BPRE ocorreu com a Lei nº
5.646/2007, que transformou o BPTran em
III – em oficiais do posto de Major QOPM, para BPRE, e criou a CIPTran. Com a nova lei
as funções de Subcomandantes de Batalhões e implementa-se nova reformulação, alterando a
de Comandantes de Companhias denominação do BPRE para BPRDE e
Independentes; transformando a CIPTran em batalhão)
IV – em oficiais do posto de Capitão QOPM, a) 02 (duas) Companhias de Policiamento
para as funções de Comandantes de Rodoviário Estadual - CPRE; e
Companhias Incorporadas ou Destacadas,
subcomandantes de Companhias b) 02 (duas) Companhias de Policiamento das
Independentes e de ajudantes e Chefe de 1ª Divisas Estaduais - CPDiv.
Seção de Batalhões; (Redação determinada Art. 40-B. O 11º Batalhão da Polícia Militar - 11º
pela Lei nº 7.774/2022) BPM sediado em São Raimundo Nonato-PI,
V – em oficiais do posto de Capitão QEOPM, passa a ter a seguinte estrutura básica: (Artigo
para as funções de Chefe de 4ª Seção dos acrescentado pela Lei nº 7.774/2022. A criação
Batalhões; do 11º BPM ocorreu com a Lei Complementar
nº 111/2008, que transformou a 7ª CIPM em
VI – em oficiais do posto de 1º Tenente QOPM, batalhão). Com a nova norma o 11º BPM passa
para os subcomandos de companhias, Chefes a ser constituído de quatro companhias)
da 2ª (P/2), da 3ª (P/3) e da 5ª (P/5) Seções de a) 01 (uma) Companhia de Policiamento
Batalhões e Chefes da 1ª (P/1) Seção de Ostensivo incorporada;
Companhias Independentes; (Redação b) 02 (duas) Companhias de Policiamento
determinada pela Lei nº 7.774/2022) Ostensivo destacadas; e
VII – em oficiais do posto de 1º Tenente c) 01 (uma) Companhia de Policiamento
QEOPM para as funções de Chefe da 6ª Seção Especializado Ambiental e Turístico.
dos Batalhões e Chefe de 4ª Seção de Art. 40-C Ficam elevados à categoria de
Companhias Independentes; e em oficiais do Batalhão de Polícia Militar na Estrutura
posto de 2º Tenente QEOPM, para as funções Organizacional da Polícia Militar do Piauí, os
de Chefe da 6ª Seção de Companhias órgãos de execução abaixo especificados:
Independentes; (Redação determinada pela Lei (Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022)
nº 7.774/2022) I - a Companhia Independente de Polícia Militar
VIII – em oficiais do posto de 2º Tenente do Promorar – CIPM/Promorar, com sede na
QOPM, para comandantes de pelotões e de cidade de Teresina-PI, passando a denominar-
funções de Chefes da 2ª (P/2), da 3ª (P/3) e da se 22º Batalhão de Polícia Militar (22º BPM)
5ª (P/5) Seções de Companhias Independentes. com a estrutura básica de duas Companhias
(Redação determinada pela Lei nº 7.774/2022) Policiais Militares;
II - a 2ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia
Militar, com sede na cidade de Valença do
51
Piauí-PI, passando a denominar-se 23º Batalhão I – o Batalhão de Operações Especiais (BOPE),
de Polícia Militar (23º BPM) com a estrutura com circunscrição em todo o território do
básica de três Companhias Policiais Militares; Estado do Piauí e as competências
III - a Companhia Independente de estabelecidas pela Lei nº 6.199, de 27 de março
Policiamento Turístico – CIPTUR, com sede na de 2012, terá em sua estrutura básica quatro
cidade de Luiz Correia-PI, passando a Companhias de Policiamento Especial a seguir
denominar-se 24º Batalhão de Polícia Militar especificadas:
(24º BPM) com a estrutura básica de duas a) Grupo de Ações Táticas Especiais – GATE
Companhias Policiais Militares e uma (GATE/BOPE), como 1ª CIA/BOPE;
Companhia Especializada em Policiamento b) Grupo de Negociação Tática Policial
Turístico; (GNT/BOPE), como 2ª CIA/BOPE;
IV - a 4ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia c) Esquadrão Antibomba (3ª CIA/BOPE); e
Militar (4ª Cia/12º BPM), com sede na cidade d) Grupo de Atiradores Policiais de Precisão
de Esperantina-PI, passando a denominar-se (GAPP/BOPE), como 4ª CIA/BOPE.
25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), com II – o Batalhão de Policiamento Rondas
a estrutura básica de três Companhias Policiais Ostensivas de Natureza Especial (RONE) com
Militares; circunscrição em todo o território do Estado do
V - o Esquadrão Independente de Policiamento Piauí e as competências estabelecidas pela Lei
Montado (EIPMont), com sede na cidade de nº 6.199, de 27 de março de 2012, terá a sua
Teresina-PI, passando a denominar-se estrutura básica formada por quatro
Regimento de Policiamento Montada (RPMont) Companhias de Policiamento Especial a seguir
com a estrutura básica de duas Companhias discriminadas:
Policiais Militares; a) Companhia de Rondas Ostensivas Táticas
VI - a Companhia Independente de Metropolitana (1ª CIA/ROTAM/RONE);
Policiamento de Trânsito (CIPTran), com sede b) Companhia de Controle de Distúrbios Civis
na cidade de Teresina-PI, passando a (2ª CIA/CDC/RONE);
denominar-se Batalhão de Policiamento de c) Companhia de Policiamento em Grandes
Trânsito (BPTran), com circunscrição em todo o Eventos (3ª CIA/CPGE/RONE);
Estado do Piauí possuindo a estrutura básica de d) Companhia de Policiamento com Cães (4ª
duas Companhias Policiais Militares, podendo CIA/CANIL/RONE).”
executar o policiamento ostensivo de trânsito Art. 40-E. O Batalhão Tático Aéreo Policial
urbano na capital e demais municípios do (BTAP) passa a denominar-se Batalhão de
Estado, ficando o Comandante Geral da Policia Operações Aéreas (BOPAer), constituído por
Militar do Piauí autorizado a firmar convênios duas Companhias, na forma prevista no Quadro
para o melhor desempenho das atividades da de Organização da Polícia Militar, ficando
subunidade, obedecida a legislação federal subordinado administrativa e
especifica; e operacionalmente ao Comando de
VII – a 3ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia Policiamento Especializado. (Artigo
Militar (3ª Cia/3º BPM), com sede na cidade de acrescentado pela Lei nº 7.774/2022).
Canto do Buriti-PI, passando a denominar-se
28º Batalhão de Polícia Militar (28º BPM), com § 1º As estruturas dos Grupamentos Táticos
a estrutura básica de duas Companhias Policiais Aéreo Policial I, II e III (GTAP I, GTAP II e GTAP
Militares. III) ficam transformados nas 1ª e 2ª
Companhias de Operações Aéreas com a
Art. 40-D. Ficam alteradas as estruturas das estrutura definida no Quadro de Organização
Unidades do Comando de Policiamento da Polícia Militar.
Especializado abaixo especificadas, as quais
passam a ter a seguinte estrutura básica: § 2º A 2ª Companhia de Operações Aéreas (2ª
(Artigo acrescentado pela Lei nº 7.774/2022 COAer) será sediada na cidade de Parnaíba.

52
Art. 40-F. O Programa Educacional de Art. 40-H. Fica criada na estrutura
Resistência às Drogas e à Violência e a organizacional da Polícia Militar do Piauí a
Coordenação dos Pelotões Mirins vinculam-se Coordenadoria de Prevenção e Enfrentamento
administrativa e operacionalmente ao à Violência Doméstica "PATRULHA MARIA DA
Comando de Polícia Comunitária, e funcionarão PENHA", como estratégia de policiamento
com a seguinte estrutura básica: (Artigo orientado ao problema para atuar no
acrescentado pela Lei nº 7.774/2022) enfrentamento à violência doméstica e familiar
I – Coordenação; contra a mulher, vinculada administrativa e
II - Coordenação-Adjunta; operacionalmente ao Comando de Polícia
III - Coordenadorias-Regionais; Comunitária. (Artigo acrescentado pela Lei nº
IV – Multiplicadores; e 7.774/2022)
V – Instrutores e Monitores. § 1º A Coordenadoria de Prevenção e
§ 1º As Coordenações dos órgãos de que trata Enfrentamento à Violência Doméstica
este artigo serão exercidas por Oficial do posto "PATRULHA MARIA DA PENHA" terá a seguinte
de Major, e as Coordenações-Adjunta, por estrutura básica:
Oficial do posto de Capitão, ambos do Quadro I – Coordenadoria, a ser dirigida por Oficial do
de Oficiais Policiais Militares (QOPM). posto de Tenente-Coronel QOPM;
§ 2º A função de Coordenador-Regional dos
II – Coordenadoria-Adjunta;
órgãos de que trata este artigo, recairá sobre
oficial do posto de Capitão ambos do Quadro III - Divisão de Enfrentamento à Violência
de Oficiais Policiais Militares (QOPM). Doméstica; e
§ 3º As Coordenadorias-Regionais serão em IV – Divisão de Acompanhamento e Prevenção
número de 03 (três) dos órgãos de que trata à Violência Doméstica.
este artigo, a serem implantadas, conforme a § 2º A Coordenadoria-Adjunta e as Divisões
necessidade verificada pelo Comando Geral da previstas neste artigo, serão chefiadas por
Corporação. Oficiais do posto de Major QOPM.
Art. 40-G. Ficam criados na estrutura básica da § 3º A Coordenadoria de Prevenção e
Polícia Militar do Piauí os órgãos de execução a Enfrentamento à Violência Doméstica
seguir especificados: (Artigo acrescentado pela "PATRULHA MARIA DA PENHA contará com o
Lei nº 7.774/2022) Grupamento de Apoio Administrativo e
I - o 26º Batalhão de Polícia Militar (26º BPM), Operacional composto por Praças policiais
com sede na cidade de Teresina-PI, com militares com formação ou aperfeiçoamento na
circunscrição operacional na região sudeste da área de enfrentamento à violência doméstica e
Capital, no Bairro Usina Santana, a ser instalado familiar contra a mulher, com as funções e
com a estrutura básica de duas Companhias quantitativos definidos em decreto do Poder
Policiais Militares; Executivo, nos termos da Lei de Fixação de
II - o Batalhão de Policiamento Militar Rural Efetivo da PMPI.
(BPMRural), com sede na cidade de Teresina-PI,
com circunscrição operacional na área rural da Art. 41. Outros tipos de Unidades de Polícia
região metropolitana, a ser instalado com a Militar poderão ser criados, de acordo com a
estrutura básica de duas Companhias Policiais legislação específica e segundo as necessidades
Militares; e do Estado e evolução da Corporação, ouvido o
III - o Batalhão de Rondas Ostensivas com Estado Maior do Exército.
Apoio de Motocicletas (ROCAM) com sede em Art. 42. Os Batalhões de Polícia Militar (BPM) e
Teresina e circunscrição operacional em todo o as Companhias de Polícia Militar (Cia PM)
Estado do Piauí, a ser instalado com a estrutura poderão, em princípio, integrar as missões de
básica de três Companhias de Policiamento policiamento ostensivo normal, de trânsito, de
Especial com Apoio de Motocicletas.” guarda, de radiopatrulha, de choque, ou de
53
outros tipos, de acordo com as necessidades b) Revogado. (Revogado pela Lei nº
das respectivas áreas. 5.949/2009)
Art. 43. Cada Destacamento Policial – Militar c) Revogado. (Revogado pela Lei nº
(Dst PM), responsável pela manutenção da 5.949/2009)
d) Quadro Complementar, que será composto
ordem pública ou ações em áreas
por militares temporários voluntários,
determinadas será constituído por um Grupo
compreendendo:
PM (Gp PM), com efetivo variável, de acordo
com as missões do destacamento. - Oficiais, com habilitação nas seguintes áreas
profissionais de interesse da corporação (nível
Art. 44. O Quadro de Organização da Polícia
superior): música, teologia, saúde, arquitetura,
Militar do Piauí (QO/PMPI) especificará as
engenharia civil, engenharia elétrica,
funções correspondentes aos postos e
engenharia mecânica, comunicação social,
graduações previstos na Lei da Fixação do
ciências contábeis, ciência da computação,
Efetivo em relação aos órgãos transformados e
engenharia da computação, banco de dados,
criados por esta Lei. (Redação determinada
processamento de dados, redes,
pela Lei nº 7.774/2022)
telecomunicações, administração,
Parágrafo único. Os Batalhões, as Companhias desenvolvimento de programação para web,
e os Grupamentos Policiais Militares gestão ambiental, sistemas de informações,
funcionarão com o quantitativo de efetivo análise e desenvolvimento de sistemas,
mínimo a ser discriminado no Quadro de engenharia de software e estatística;
Organização da Polícia Militar do Piauí
(QO/PMPI) elaborado e aprovado pelo Poder Alínea acrescentada pela Lei nº 7.641/2021, de
Executivo, mediante proposta do Comandante- 26/11/2021. Ocorre que por imposição legal,
Geral da PMPI. (Parágrafo incluído pela Lei nº da Lei Complementar federal nº 95, de 26 de
7.774/2022). fevereiro de 1998, em seu Art. 12, III, alínea
SEÇÃO III “c”, e ainda conforme previsto no inciso IV, do
DO CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA parágrafo único, do Art. 14, da Lei Ordinária
MILITAR Estadual 5.861/2009, é expressamente vedado
o aproveitamento do número de dispositivo
Art. 45 ao Art. 53. Revogados. (Revogados pela revogado. Segue o texto referenciado na lei
Lei nº 5.949/2009) federal:

TÍTULO III “c) é vedado o aproveitamento do número de


PESSOAL dispositivo revogado, vetado, declarado
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal
CAPÍTULO I ou de execução suspensa pelo Senado Federal
DO PESSOAL DA POLÍCIA MILITAR em face de decisão do Supremo Tribunal
Federal, devendo a lei alterada manter essa
Art. 54 ao Art. 57. Revogados. (Revogados pela indicação, seguida da expressão ‘revogado’,
Lei nº 5.949/2009) ‘vetado’, ‘declarado inconstitucional, em
Art. 54. O pessoal da Polícia Militar compõem- controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
se de: (Caput do artigo foi reaproveitado pela Federal’, ou ‘execução suspensa pelo Senado
Lei nº 7.641/2021 em total dissonância de Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição
previsão legal constante na Lei Complementar Federal;
Federal nº 95/1998). II – Revogado. (Revogado pela Lei nº
I – Revogado. (Revogado pela Lei nº 5.949/2009)
5.949/2009) Art. 55 e Art. 56 Revogados. (Revogados pela
a) Revogado. (Revogado pela Lei nº Lei nº 5.949/2009)
5.949/2009) CAPÍTULO II

54
DO EFETIVO DA POLÍCIA MILITAR ou lugar que lhe competir em decorrência de
sua antiguidade no posto.
Art. 57 Revogado. (Artigo revogado pela Lei nº
§ 4º No caso do parágrafo anterior, se a
5.949/2009)
promoção ao posto deu-se no mesmo dia,
Art. 58 Respeitado o efetivo fixado em lei prevalecerá antiguidade do Oficial no posto
específica, cabe ao Chefe do Poder Executivo anterior e assim seguidamente até a data de
aprovar, mediante decreto, os Quadros de incorporação e, se ainda persistir, será
Organização (QO), elaborados pelo considerada a data de nascimento.
Comandante-Geral da Corporação e
Art. 64. O Regulamento Geral da Polícia Militar
submetidos à aprovação do Estado Maior do
do Estado do Piauí, a ser aprovado por ato do
Exército.
Governador do Estado, mediante proposta do
TÍTULO IV
Comandante Geral da Corporação, ouvido o
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Estado Maior do Exército, definirá as
atribuições dos Órgãos do comando Geral e dos
CAPÍTULO I
Órgãos de Apoio e de Execução.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 65. Revogado. (Artigo revogado pela Lei nº
Art. 59 A organização básica prevista nesta Lei
de deverá ser efetivada progressivamente, de 5.949/2009)
acordo com a disponibilidade de instalação, de Art. 66. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
material, de pessoal e de recursos financeiros, a publicação, revogadas as disposições em
critério do Governador Estado, ouvido o Estado contrário.
Maior do Exército. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ,
CAPÍTULO II em Teresina, 20 de outubro de 1977.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 60. Revogado (Artigo revogado pela Lei nº
5.949/2009)
Art. 61 Revogado. (Artigo revogado pela Lei nº
5.468/2005)
Art. 62. Os atuais oficiais do Quadro de
Comandante passarão a integrar o Quadro de
Oficiais Policiais Militares (QOPM).
Art. 63. O Quadro de Oficiais Intendentes será
considerado em extinção.
§ 1º Os oficiais integrantes do Quadro de
Oficiais Intendentes terão um prazo de 30 dias,
a contar da vigência desta Lei, para exercer o
direito de opção para o Quadro de Oficiais
Policiais Militares (QOPM), cujo ingresso se
concretizará com a ocorrência de vaga
correspondente em cada posto.
§ 2º As vagas existentes no Quadro de Oficiais
de Intendência, em extinção, reverterão ao
Quadro de Oficiais Policiais Militares por esta
lei criado.
§ 3º O Oficial que mudar de Quadro, em face
da opção exercida nos termos do § 1º deste
artigo, ocupará na respectiva escala hierárquica

55
UNIDADE 4 legalmente para o exercício de cargo, comissão,
função ou encargo;
Lei nº 5378, de 10 de VII - Cargo, Função ou Comissão - é o conjunto
de atribuições definidas por lei, em caráter
fevereiro de 2004. Código permanente ou não, de que está investido o
de Vencimentos da Polícia policial militar;
VIII - Encargo - é a missão ou atribuição de
Militar do Piauí. serviço determinada ao policial militar;
. IX - Policial-Militar - é a denominação dada ao
membro da Polícia Militar, abrangendo os
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, FAÇO
postos e graduações na hierarquia militar.
saber que o Poder Legislativo decreta e eu
TÍTULO II
sanciono a seguinte Lei:
DA REMUNERAÇÃO DO POLICIAL MILITAR
TÍTULO I CAPÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO DA REMUNERAÇÃO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 3º Remuneração é o quantitativo mensal,
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a remuneração do em espécie, devido ao policial militar,
pessoal da Polícia Militar do Piauí, compreendendo soldo, gratificações e
compreendendo o soldo, vantagens, proventos adicionais.
e outros direitos.
SEÇÃO I
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, adotam-se as DO SOLDO
seguintes conceituações:
Art. 4º O Soldo é a parcela básica mensal da
I - Comandante - é o título genérico dado ao remuneração inerente ao posto ou à graduação
policial militar, correspondente ao de diretor, do policial militar da ativa, correspondente ao
chefe ou outra denominação que tenha ou valor nominal constante no Anexo I, desta Lei.
venha a ter aquele que, investido de
Parágrafo Único O soldo do policial militar é
autoridade decorrente de leis e regulamentos,
irredutível, não está sujeito à penhora,
for responsável pela administração, emprego,
sequestro ou arresto, senão nos casos
instrução e disciplina de uma Organização
especificamente previstos em lei.
Policial Militar;
II - Missão, Tarefa ou Atividade - é o dever Art. 5º O direito do policial militar ao soldo tem
emergente de uma ordem legal, específica de início na data:
comando, direção ou chefia; I - do ato de promoção, para os Oficiais PM;
III - Corporação - é a denominação dada nesta II - do ato de declaração, para os Aspirantes a
Lei à Polícia Militar do Piauí; Oficial PM;
IV - Organização Policial-Militar - é a III - do ato de promoção, para o Subtenente
denominação genérica dada a corpo de tropa, PM;
repartição, estabelecimento ou qualquer outra IV - do ato de promoção e de classificação, para
unidade administrativa ou operacional; as demais praças PM;
V - Sede - é todo o território do município V - da apresentação, quando da nomeação
dentro do qual se localizam as instalações de inicial para qualquer posto ou graduação na
uma Organização Policial Militar, onde são Polícia Militar do Piauí.
desempenhadas as atribuições, missões,
tarefas ou atividades legais inerentes ao policial Parágrafo Único Excetuam-se das condições
militar; deste artigo os casos com caráter retroativo,
VI - Serviço Ativo, da Ativa, em Atividade - é a quando soldo será devido a partir das datas
situação do policial militar capacitado declaradas nos respectivos atos legislativos.

56
Art. 6º Suspende-se, temporariamente, o Art. 9º O policial militar continuará com direito
direito do policial militar ao soldo e demais ao soldo e demais vantagens em todos os casos
vantagens quando: não previstos nos artigos 6º e 7º desta Lei.
I - em licença para tratar de assunto de SEÇÃO II
interesse particular; DAS GRATIFICAÇÕES E DOS ADICIONAIS
II - em licença para exercer atividade ou função Art. 10 Gratificação é a parcela da remuneração
estranha à Polícia Militar do Piauí; atribuída ao policial militar que desempenha
III - agregado, para exercer atividades estranhas serviços comuns em condições incomuns ou
à Polícia Militar, estiver no exercício de cargo, anormais de segurança, salubridade ou
emprego ou função pública temporária não onerosidade, ou concedida a título de ajuda de
eletiva, ainda que na administração Pública, certos encargos pessoais.
assegurado ao policial militar o direito de opção
pela remuneração correspondente ao posto ou Art. 11 Adicional é a parcela da remuneração
à graduação; atribuída ao policial militar em razão do
IV - em estado de deserção. exercício de cargo que exija conhecimentos
especializados ou um regime especial de
Parágrafo Único O policial militar que usar o trabalho.
direito de opção previsto no Inciso III pela
remuneração da Corporação, faz jus à Art. 12 O policial militar fará jus a:
representação mensal do cargo, emprego ou I - adicional de habilitação policial militar;
função pública temporária. (Vide limitação imposta pelo art. 2º da Lei nº
Art. 7º O direito ao soldo e demais vantagens 6.173/2012) Art. 2º Atendidos os requisitos
cessa, definitivamente, na data em que o legais previstos na Lei n º 5.378, de 2004, fica
policial militar for desligado do serviço ativo da assegurada a percepção do adicional de
Polícia Militar do Piauí por: habilitação ao militar ativo, inativo ou
pensionista que atualmente o perceba por
I - exclusão, licenciamento, perda do posto ou curso já concluído com aproveitamento ou no
graduação; qual esteja matriculado, desde que o curso
II - transferência para a reserva ou reformas; venha a ser concluído com aproveitamento até
III - falecimento. 31 de dezembro de 2011.
Art. 8º Quando o policial militar for II - adicional de ensino e instrução;
considerado desaparecido ou extraviado, nos III - adicional por trabalho noturno
termos da Lei, seu soldo e demais vantagens IV - Revogado pela Lei nº 6.173/12
serão pagos aos que teriam direito à sua V – gratificação por condições especiais de
pensão militar. trabalho. (inciso incluído pela Lei nº
5.590/2006)
§ 1º No caso previsto neste artigo, decorridos
06 (seis) meses, iniciar-se-á a habilitação dos Art. 13 Suspende-se, temporariamente, o
beneficiários à pensão militar, cessando o pagamento dos adicionais e gratificações ao
pagamento do soldo e demais vantagens, policial militar:
quando se iniciar o pagamento da pensão I - em licença por período superior a cento e
militar. oitenta dias, para tratamento de saúde de seus
§ 2º reaparecendo o policial militar, caber-lhe- dependentes;
á, se for o caso, o pagamento da diferença II - licença para tratar de interesse particular;
entre o soldo e demais vantagens a que faria • Vide Lei nº 3.808/1981, art. 66, § 1º
jus, bem como a diferença entre o que tinha III - em licença para aperfeiçoar seus
direito e a pensão percebida pelos seus conhecimentos técnicos ou realizar estudos,
beneficiários. por conta própria, salvo os de interesse da
Corporação;

57
IV - tiver excedido os prazos legais ou aproveitamento, cursos em estabelecimentos
regulamentares de afastamento do serviço; de ensino oficialmente reconhecidos, nas
V - no período de ausência não justificada. seguintes condições:
Art. 14 Para a concessão dos adicionais e I - Revogado pela Lei nº 6.173/2012
gratificações tomar-se-á por base o valor II - Curso de Pós-Graduação (residência ou
nominal atribuído a cada vantagem, especialização), com duração igual ou superior
considerado o posto ou graduação do policial a 06 (meses), equivalente ao Curso de
militar. Aperfeiçoamento de Oficiais, obedecida à
respectiva carga horária, para oficiais
Parágrafo Único. A percepção dos adicionais e
intermediários;
gratificações é cumulativa com eventuais
III - Curso de Pós-Graduação, (de Mestrado ou
gratificações percebidas pelo exercício de cargo
Doutorado) equivalente ao Curso Superior de
em comissão ou função de direção, chefia ou
Polícia Militar, obedecida à respectiva carga
assessoramento que o policial militar tenha
horária, para oficiais superiores.
exercido.
§ 6º A indicação para os Cursos de
SUBSEÇÃO I
Especialização a serem realizados fora do
DO ADICIONAL DE HABILITAÇÃO POLICIAL
Estado, será feita através da distribuição
MILITAR
proporcional das vagas existentes entre os
Art. 15 O Adicional de Habilitação Policial postos e graduações, considerada a habilidade
Militar é devido pelos cursos de natureza mínima exigida para a matrícula e frequência
policial militar realizados com aproveitamento do policial militar em cada curso.
em qualquer posto ou graduação e será
§ 7º Na concessão do Adicional de Habilitação
percebido nos valores nominais constantes no
Policial Militar é vedada a acumulação e a
Anexo II, desta Lei:
computação de adicional concedido
§ 1º A Habilitação Policial Militar compreende: anteriormente.
I - Revogado pela Lei nº 6.173/2012 § 8º Para fins desta Lei considera-se: (Parágrafo
II - Revogado pela Lei nº 6.173/2012 acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
III - Revogado pela Lei nº 6.173/2012
I - Curso de Especialização em Gestão de
IV - Revogado pela Lei nº 6.173/2012
Segurança Pública equivalente ao Curso de
V - Cursos de Especialização, realizados,
Aperfeiçoamento de Oficiais;
especificamente, para as diferentes áreas de
II - Curso de Altos Estudos de Política e
atuação da Polícia Militar do Piauí, com
Estratégia da Escola Superior de Guerra
duração igual ou superior a 360 (trezentos e
equivalente ao Curso Superior de Polícia.
sessenta) horas.
SUBSEÇÃO II
§ 2º Revogado pela Lei nº 6.173/2012 DO ADICIONAL DE ENSINO E INSTRUÇÃO
§ 3º Ao policial militar que possuir mais de um Art. 16 O policial militar, pelo efetivo exercício
curso de especialização, somente será atribuído da atividade de instrutor ou monitor, nos
o valor correspondente a um deles. diversos cursos de formação, aperfeiçoamento,
§ 4º O Adicional de Habilitação Policial Militar é habilitação ou especialização desenvolvidas
devido a partir da data de conclusão, com pela Corporação, fará jus ao Adicional de
aproveitamento, do respectivo curso, Ensino e Instrução, nos valores previstos no
observada a carga horária prevista em Anexo VI.
regulamento. § 1º O Adicional de Ensino e Instrução será
§ 5º Os oficiais do Quadro de Saúde farão jus devido a partir do efetivo exercício das
aos adicionais de que tratam os incisos I, II e IV, atribuições de instrutor ou monitor até o
do artigo 15, desta Lei, ao concluírem, com afastamento da atividade.

58
§ 2º O Adicional de que trata este artigo não se excepcional, por cada turno trabalhado, cujo
incorpora à remuneração ou proventos. valor será definido em decreto pelo
Governador do Estado, no prazo de até
Art. 17 Compete ao órgão coordenador de
sessenta dias após a vigência desta Lei.
ensino da Corporação selecionar os instrutores
e monitores e propor a designação ao §2º A realização de Operações está vinculada a
Comandante Geral, de conformidade com as planejamento prévio, aprovação do
necessidades dos cursos a serem realizados. Comandante Geral da Corporação e
consequente liberação de recursos extras do
SUBSEÇÃO III
Tesouro Estadual para esta finalidade.
DO ADICIONAL POR TRABALHO NOTURNO
§ 3º Não serão consideradas, para o fim deste
Art. 18 O serviço noturno, desde que prestado
artigo, as convocações para as solenidades e
fora de escala de plantão normal do policial
formaturas, para os treinamentos, estágios e
militar e em horário compreendido entre 22
cursos militares; ou para as operações
(vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas
decorrentes de estado de prontidão, de
do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de
sobreaviso e outras convocações similares,
20 % (vinte por cento), incidindo
determinadas para atender situações
exclusivamente sobre o soldo. (Vide Decreto
emergenciais de defesa civil, de interesse da
nº 14.482/2011, alterado posteriormente pelo
segurança pública e/ou manutenção e
Decreto nº 14.597/2011, que trata da
preservação da ordem coletiva, impostas pelo
concessão do Adicional Noturno).
dever funcional militar.
SUBSEÇÃO IV
§4º Excluem-se, ainda, da compensação
DA GRATIFICAÇÃO DE LOCALIDADE ESPECIAL
remuneratória prevista no §1º deste artigo, as
Art. 19 Revogado pela Lei nº 6.173/12 convocações e mobilizações decorrentes da
legislação federal pertinente às Forças
Auxiliares.
SUBSEÇÃO V
DA GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS SEÇÃO III
DE TRABALHO DAS INDENIZAÇÕES

(Subseção inserida pela Lei nº 5.590/2006, Art. 20 Indenização é o quantitativo em


posteriormente essa Lei foi revogada, dinheiro devido ao policial militar da ativa para
entretanto, a revogação não fez menção ressarcimento de despesas extraordinárias
expressa ao artigo que já estava inserido na decorrentes de obrigações impostas com
presente Lei. Todavia, em 2008, foi conferida transporte, alimentação e pousada.
nova redação ao Art. 19-A, o qual passou a Art. 21 As indenizações compreendem:
tratar sobre as operações planejadas)
I - diária;
SUBSEÇÃO V II - ajuda de custo;
DAS OPERAÇÕES PLANEJADAS III - transporte;
Art. 19-A. O militar estadual poderá, em horário IV - alimentação;
de folga da escala normal, participar, mediante V- indenização por morte. (inciso acrescentado
aceitação voluntária, de operações planejadas pela Lei nº 5755/2008)
pelo Comandante Geral, com o fim de reforçar
Parágrafo Único As indenizações não se
as atividades de manutenção e preservação da
incorporam aos vencimentos ou proventos dos
ordem pública. (Artigo e §§ acrescentados pela
policiais militares.
Lei nº 5.755/2008)
SUBSEÇÃO I
§1º No caso do caput deste artigo, o militar
DAS DIÁRIAS
estadual fará jus a uma compensação
remuneratória de caráter indenizatório e

59
Art. 22 Diária é o direito pecuniário devido ao posto da autoridade, uma vez comprovada que
policial militar da ativa que se afastar de sua a que lhe é destinada não satisfaz as despesas
sede, em serviço de caráter eventual ou de locomoção, pousada e alimentação.
transitório, destinado a cobrir as Art. 25 Compete ao Comandante Geral da
correspondentes despesas de pousada, Corporação pagar, adiantadamente, as diárias a
alimentação e locomoção urbana, conforme que fizer jus o policial militar.
regulamento. (vide Decreto nº 14.910/12,
alterado pelo Dec. nº 16.249/15) SUBSEÇÃO II
DA AJUDA DE CUSTO
§ 1º As diárias serão concedidas por dia de
afastamento, sendo devidas pela metade Art. 26 Ajuda de custo é a indenização paga
quando o afastamento não exigir pernoite fora adiantadamente ao militar estadual da ativa
da sede. para custear as despesas de viagens por
interesse do serviço que impliquem mudança e
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede
instalação de domicílio em caráter permanente,
constituir exigência permanente do cargo, o ou em caráter temporário com tempo igual ou
policial militar não fará jus a diárias. superior a seis meses. Norma reformada pela
§ 3º O valor das diárias será fixado por ato do Lei nº 5.755/2008
Governador do Estado, de acordo com a Parágrafo Único. Aos dependentes do policial
natureza, o local e as condições do serviço. militar que falecer na nova sede será
Art. 23 O policial militar que receber diárias e assegurada ajuda de custo para retornar à
não se afastar da sede, por qualquer motivo, localidade de origem, dentro do prazo de um
fica obrigado a restituí-las integralmente no ano, contado do óbito.
prazo de cinco dias. Art. 27 O policial militar terá direito a Ajuda de
Parágrafo Único Na hipótese de o policial Custo sempre que for designado para comissão
militar retornar à sede em prazo menor do que cujo desempenho importe na obrigação da
o previsto para o seu afastamento, restituirá as mudança de domicílio, concomitantemente
diárias recebidas em excesso, no prazo previsto com seu afastamento da sede da Organização
no caput. Policial Militar onde exercia suas atribuições,
missões, tarefas ou atividades policiais
Art. 24 Se houver afastamento da sede onde
militares, obedecidas as prescrições do artigo
tem exercício, ao policial militar frequentando
28 desta Lei.
Curso Superior de Polícia Militar, Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais, Curso de § 1º Fará jus, também, à ajuda de custo o
Habilitação de Oficiais, Curso de Formação de militar estadual matriculado em curso fora do
Oficiais, Curso de Aperfeiçoamento de Estado, com duração igual ou superior a seis
Sargentos, e Curso de Formação de Sargentos, meses, ou no exterior, com duração igual ou
nas diversas Unidades-Escola fora do Estado, superior a três meses, desde que o curso não
serão pagas diárias do respectivo posto ou exista no Estado do Piauí, e mediante previa
graduação. autorizado do Chefe do Poder Executivo
Estadual. §§ acrescentado pela Lei nº
§ 1º Nos casos em que ao policial militar for
5.755/2008
facultada hospedagem e alimentação gratuitas,
não haverá pagamento de diárias pela § 2º O militar estadual terá direito, nos termos
frequência a Cursos. desta Lei, a uma única ajuda de custo para cada
atividade que tenha sido designado e que
§ 2º Se o militar tiver que se afastar da sede
implique mudança e instalação de domicílio.
onde serve para acompanhar autoridade
superior, ficando como seu ajudante-de-ordem Em caso de retorno para o domicílio de origem,
não terá direito à ajuda de custo. §§
ou assistente, tendo que se hospedar no
acrescentado pela Lei nº 5.755/2008
mesmo local, fará jus à diária atribuída ao

60
Art. 28 A ajuda de custo devida ao policial DA ALIMENTAÇÃO
militar será paga em igual valores nominais
Art. 32 O policial militar em serviço ativo tem
conforme Anexo VII. direito à alimentação por conta do Estado, nos
Art. 29 O policial militar ficará obrigado a seguintes casos: (Vide Decreto nº 14.719/11
restituir integralmente a ajuda de custo alterado pelo Decreto nº 16.112/15)
quando, injustificadamente, no prazo de trinta I - quando escalado de serviço, em campanha,
dias, não se afastar da sede em que serve ou manobra ou exercícios específicos da Polícia
servia. Militar do Piauí;
SUBSEÇÃO III II - quando aluno matriculado regularmente em
DO TRANSPORTE Escola de Formação Aperfeiçoamento e
Especialização.
Art. 30 O policial militar da ativa nas
Art. 33 Não fará jus à alimentação o policial
movimentações por interesse do serviço, com
militar que estiver:
afastamento do domicílio, tem direito a
I - em estado de agregação;
transporte, por conta da Corporação, nele
II - prestando serviços ou ocupando cargos ou
compreendidas a passagem e a translação da
comissões não previstos nos Quadros de
respectiva bagagem.
Organização da Polícia Militar do Piauí;
§1º Quando o transporte não for realizado por III - em estado de deserção;
responsabilidade da Corporação, o policial IV - percebendo diária.
militar será indenizado da quantia
Art. 34 O direito de que trata esta Subseção
correspondente às despesas decorrentes dos
poderá ser estendido aos civis que prestem
direitos a que se refere este artigo.
serviços regularmente nas Organizações
§ 2º No caso de deslocamento superior a Policiais Militares.
noventa dias, o direito ao transporte será
Art. 35 A composição da alimentação será
estendido aos dependentes do policial militar,
fixada por regulamento do Governador do
se eles o acompanharem.
Estado.
§ 3º Farão jus, ainda, a transporte os militares
Parágrafo Único Quando o policial estiver de
estaduais matriculados em cursos de interesse
serviço à disposição em Órgão ou Poder
da Corporação, quando deslocados em
Federal, Estadual ou Municipal, a alimentação
decorrência das atividades curriculares
será fornecida pelo próprio Órgão ou Poder
previstas. §§ acrescentado pela Lei nº
Federal, Estadual ou Municipal, nas condições
5.755/2008
da Polícia Militar do Piauí.
Art. 31 Para efeito de concessão de transporte,
SUBSEÇÃO V
consideram-se dependentes do policial militar,
DA INDENIZAÇÃO POR MORTE
o cônjuge e os filhos menores.
Art. 35-A. A indenização por morte é devida ao
§ 1º Os dependentes do policial militar, com
policial militar estadual da ativa ou convocado
direito a transporte por conta do Estado, que
nos termos do art. 12 desta Lei que falecer em
não puderem acompanhá-lo na mesma viagem,
serviço ou em consequência de deslocamento
por qualquer motivo, poderão usar o direito até
da residência para o local de trabalho e do local
noventa dias após a movimentação.
de trabalho para a residência, desde que o
§ 2º A família do policial militar falecido em mesmo, no momento do ocorrido, esteja
serviço ativo, terá direito, no período de fardado e/ou no exercício da função. (artigo
noventa dias subsequentes ao óbito, ao acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
transporte para a localidade onde vai fixar
§1º O valor da indenização de que trata o caput
residência.
deste artigo será de R$ 15.000,00 (quinze mil
SUBSEÇÃO IV

61
reais) do posto/graduação de coronel a terceiro salário com base na remuneração
soldado. integral ou no valor integral dos proventos.
§2º O pagamento da indenização de que trata SEÇÃO IV
este artigo submete-se ao disposto no Código DAS FÉRIAS REMUNERADAS
Civil, em matéria de sucessão, respeitada a Art. 40 O policial militar da ativa terá direito ao
meação, e limitando-se à descendência de gozo de férias anuais remuneradas com um
primeiro grau, excluindo-se assim, qualquer terço a mais do que a remuneração normal,
outro grau de parentesco. concedido concomitantemente com a
§3º Nos casos previstos no caput deste artigo, remuneração do mês, independentemente de
será exigida a comprovação através dos solicitação.
procedimentos administrativos previstos em SEÇÃO V
lei. DA ASSISTÊNCIA MÉDICO-ODONTOLÓGICA E
CAPÍTULO II HOSPITALAR
DOS OUTROS DIREITOS Art. 41 Será proporcionada ao policial militar e
SEÇÃO I aos seus dependentes assistência médica,
DO AUXÍLIO FARDAMENTO odontológica e hospitalar, através do Fundo de
Art. 36 Os policiais militares da ativa e os Saúde, nos casos não recepcionados pelos
policiais militares da reserva remunerada, serviços de saúde disponibilizados pelo Estado.
quando convocados, têm direito, por conta do § 1º Os recursos para a assistência de que trata
Estado, ao fardamento e peças acessórias este artigo provirão de verbas consignadas para
básicas de fardamento, necessárias ao a Corporação da contribuição para o Fundo de
desempenho da função policial militar, Saúde no valor de 1,7% (um virgula sete por
distribuídos, semestralmente, mediante cento) do soldo do soldado para todos os
calendário fixado pela Polícia Militar do Piauí. policiais militares.
Art. 37 O policial-militar que extraviar seus § 2º Os recursos do Fundo de Saúde, a que se
uniformes em qualquer sinistro havido em refere o parágrafo anterior, serão destinados
Organização Policial Militar ou em viagem a exclusivamente à complementação da
serviço, receberá novo fardamento após assistência à saúde do policial militar e seus
comprovação formal da ocorrência.
dependentes e serão geridos por um Conselho
SEÇÃO II presidido pelo Comandante Geral da Polícia
DO SALÁRIO FAMÍLIA Militar e composto pelo Comandante Geral do
Corpo de Bombeiros Militar, Diretor de Saúde
Art. 38 Salário-família é o auxílio em dinheiro
da PMPI, e pelos Presidentes das Associações
pago ao policial militar para custear, em parte,
de Oficiais, Subtenentes e Sargentos e Cabos e
a educação e a assistência aos seus filhos e
Soldados.
outros dependentes do policial de baixa renda.
Art. 42 O serviço de saúde da Corporação
§1º O Salário-família é devido ao policial militar
destina-se, prioritariamente, a atender o
no valor e nas condições previstas na legislação
pessoal da Polícia Militar do Piauí e seus
específica do Estado do Piauí.
dependentes.
§2º O Salário-família é isento de tributação e
Parágrafo Único Em casos excepcionais, o
não sofre desconto de qualquer natureza.
policial militar poderá internar-se em
SEÇÃO III organização hospitalar de outra Corporação,
DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO desde que seja por esta facultada a internação.
Art. 39 O policial militar da ativa e da Art. 43 A internação de policial militar em
inatividade terá direito à percepção do décimo hospital ou clínica especializada, nacional ou
estrangeira, estranha aos serviços hospitalares
62
da Corporação, será autorizada, mediante Art. 45-C. Os militares estaduais designados
parecer da Junta Médica de Saúde da Polícia para o exercício de funções de chefia e
Militar do Piauí, quando esta não dispuser de assessoramento, no âmbito das suas
clínica especializada. respectivas Corporações, farão jus à
Gratificação por Função de Chefia e
Art. 44 O policial militar acidentado em serviço
Assessoramento, conforme valores previstos no
ou acometido de doença adquirida em sua
Anexo X desta Lei. (artigo acrescentado pela
decorrência terá direito à hospitalização e
Lei nº 5.755/2008)
tratamento por conta do Estado do Piauí.
§ 1º A designação dos militares estaduais para
Art. 44-A. A contribuição para o Fundo de
o exercício de funções de chefia e
Saúde de que trata esta Lei é de caráter
assessoramento e a definição da respectiva
facultativo, sendo assegurado aos seus sócios
jornada de trabalho são de competência
contribuintes, atuais e futuros, a opção de
exclusiva do Comandante Geral da Corporação.
desvinculação a qualquer tempo. (artigo
(§ acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
§ 2º A Gratificação por Função de Chefia e
Parágrafo único. O militar estadual que optar
Assessoramento, prevista no Anexo X desta Lei,
por deixar de contribuir para o Fundo de Saúde
entrará em vigor em maio de 2010. (§
não terá direito aos benefícios previstos nesta
acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
Lei, nem fará jus a qualquer indenização ou
restituição de valores anteriormente § 3º A importância incorporada a título de
descontados. gratificação pelo exercício do cargo em
comissão ou função de confiança, direção,
chefia e assessoramento passa a constituir, a
SEÇÃO VI partir da publicação desta Lei, vantagem
DO AUXÍLIO FUNERAL pessoal nominalmente identificada, sujeita
Art. 45 revogado pela Lei Complementar nº exclusivamente à atualização decorrente de
90/2007. revisão geral do vencimento, soldo e subsídio
dos militares estaduais. (§ acrescentado pela
§ 1º revogado pela Lei Complementar nº Lei nº 5.755/2008)
90/2007.
§ 2º revogado pela Lei Complementar nº § 4º A gratificação pelo exercício do cargo em
90/2007. comissão ou função de confiança, direção,
chefia e assessoramento não se incorpora, em
§ 3º revogado pela Lei nº 5.755/2008) nenhuma hipótese, aos vencimentos, soldos,
Art. 45-A. É direito do militar o funeral para si, subsídios, proventos ou pensões. (§
constituindo-se no conjunto de medidas acrescentado pela Lei nº 5.755/2008)
tomadas pelo Estado, quando solicitado, desde
o óbito até o sepultamento condigno. (artigo TÍTULO III
acrescentado pela Lei nº 5.755/2008) DOS PROVENTOS NA INATIVIDADE
CAPÍTULO I
DOS PROVENTOS
SEÇÃO VII
DA BOLSA DE CURSOS REGULARES Art. 46 Os proventos do policial militar são
SEÇÃO REVOGADA PELA LEI Nº 6.173/2012 constituídos das seguintes parcelas:
I - revogado pela Lei nº 6.173/2012
Art. 45-B. revogado. II - adicional de habilitação policial militar;
SEÇÃO VIII III - Inciso revogado pela Lei nº 6.173/2012
DA GRATIFICAÇAO POR FUNÇÃO DE CHEFIA E IV - gratificação de risco de vida.
ASSESSORAMENTO

63
Art. 47 Além dos direitos previstos no artigo 48, I - do falecimento do militar;
desta Lei, o policial militar na inatividade II - do ato que prive o oficial do posto e da
remunerada faz jus a: patente;
III - do ato da exclusão a bem da disciplina, da
I - auxílio invalidez;
Polícia Militar, para a praça.
II - salário família;
III - décimo terceiro salário. SEÇÃO II
Art. 48 Os proventos da inatividade e as DO SOLDO E DAS COTAS DO SOLDO
pensões serão revistos sempre que se Art. 51 Soldo é a parcela básica mensal dos
modificar a remuneração dos policiais militares proventos a que faz jus o policial militar na
do serviço ativo. inatividade, sendo o seu valor igual ao
Parágrafo Único A revisão dos proventos será estabelecido para a remuneração do policial
feita mediante a aplicação dos mesmos índices militar da ativa do mesmo posto ou graduação.
percentuais do aumento concedido ao pessoal § 1º Para efeito de cálculo, o soldo dividir-se-á
da ativa, sobre o soldo ou cotas do soldo e em cotas do soldo, correspondentes a um trinta
demais vantagens, calculando-se os demais avos do seu valor por ano de contribuição.
direitos do inativo, em cada posto ou
graduação, acrescidos das demais vantagens § 2º O soldo do policial-militar na inatividade é
incorporadas, observado o disposto no § 8º, do irredutível, não está sujeito à penhora,
artigo 40, da Constituição Federal. sequestro ou arresto, senão nos casos
especificamente previstos em lei.
SEÇÃO I
DO DIREITO À PERCEPÇÃO Art. 52 Por ocasião de sua passagem para a
inatividade, o policial militar tem direito a
Art. 49 Os proventos são devidos ao policial tantas cotas quantos forem os anos de
militar, quando for desligado da ativa, em contribuição compatíveis para a inatividade,
virtude de:
até o máximo de trinta anos.
I - transferência para a reserva remunerada; Art. 53 O policial militar ao ser transferido para
II - reforma; e a reserva remunerada “ex-ofício”, por haver
III - retorno à inatividade, após convocação ou atingido a idade limite de permanência em
designação para o serviço ativo, quando já se atividade, no respectivo posto ou graduação,
encontrava na reserva remunerada. terá os seus proventos calculados tomando por
§ 1º O policial militar de que trata este artigo base a integralidade do soldo e das vantagens
continuará a perceber os seus vencimentos até incorporáveis.
a data do seu desligamento publicado através Art. 54 Os cabos e soldados que contarem mais
do órgão de publicação existente na de 30 (trinta) anos de efetivo serviço, quando
Corporação, o que não poderá exceder a 45 transferidos para a inatividade, terão o cálculo
(quarenta e cinco) dias da data da publicação dos seus proventos referidos ao soldo e
do ato pelo órgão oficial do Estado do Piauí. vantagens da graduação imediatamente
§ 2º Suspende-se o direito do policial militar superior a sua.
inativo à percepção dos proventos, quando SEÇÃO III
retornar à ativa, convocado ou designado para DAS VANTAGENS INCORPORÁVEIS
o desempenho de cargo ou comissão na Polícia
Militar do Piauí, na forma da legislação em Art. 55 São consideradas vantagens
vigor, a partir da data da sua apresentação à incorporáveis:
Corporação. I - revogado pela Lei nº 6.173/2012)
Art. 50 Cessa o direito à percepção dos II - adicional de habilitação policial militar;
proventos na inatividade, na data:

64
Art. 56 As vantagens incorporáveis aos CAPÍTULO II
proventos de inatividade, previstas no artigo DO AUXÍLIO INVALIDEZ
55, serão pagas nos mesmos valores e nas Art. 59 Revogado pela Lei Complementar nº
mesmas condições atribuídas a essas mesmas 90/2007
vantagens concedidas ao policial militar da
ativa. CAPÍTULO III
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
SEÇÃO IV
DOS INCAPACITADOS Art. 60 Não serão compreendidos nas
disposições do artigo 52, desta Lei, os policiais
Art. 57 O policial militar que for julgado militares amparados por legislação especial que
incapacitado definitivamente para o serviço lhes assegure, por ocasião da passagem para a
ativo terá seus proventos referidos ao soldo inatividade, soldo, gratificação ou vencimentos
integral do posto ou graduação em que foi integrais do posto ou graduação a que eles
reformado, na forma da legislação em vigor, e
fizerem jus, efetivamente, na inatividade.
as vantagens incorporáveis a que fizer jus,
quando reformado pelos seguintes motivos: Art. 61 O policial militar que reverter ao serviço
ativo e for reincluído ou reabilitado, faz jus à
I - ferimento recebido em campanha ou na remuneração na forma estipulada nesta Lei
manutenção da ordem pública; para as situações equivalentes, na
II - enfermidade contraída em campanha ou na conformidade do que for estabelecido no ato
manutenção da ordem pública, ou enfermidade de reversão, reinclusão ou reabilitação.
cuja causa eficiente decorra de uma dessas
situações; Parágrafo Único Se o policial militar fizer jus a
III - acidente em serviço; pagamento relativo a períodos anteriores à
IV - doença, moléstia ou enfermidade adquirida data de reversão, reinclusão ou reabilitação,
em tempo de paz, com relação de causa e receberá a diferença entre a importância
efeito a condições inerentes ao serviço; apurada no ato do ajuste de contas e a
V - tuberculose ativa, alienação mental, recebida dos cofres públicos, a título de
neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia vencimentos, proventos, pensão, remuneração,
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, salário ou vantagens dos mesmos períodos.
mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose Art. 62 No caso de reversão ou reinclusão com
aquilosante, nefropatia grave e outras ressarcimento pecuniário, o policial militar
moléstias que a lei indicar com base nas indenizará os cofres públicos, mediante
conclusões da medicina especializada; confronto de contas das quantias que tenham
Art. 58 O policial militar reformado por sido pagas à sua família, a qualquer título.
incapacidade decorrente de acidente ou TÍTULO IV
enfermidade, sem relação de causa e efeito CAPÍTULO ÚNICO DOS DESCONTOS
com o serviço do artigo 57 desta Lei, perceberá
os proventos nos limites impostos pelo tempo Art. 63 Descontos são os abatimentos que
de contribuição computável para a inatividade, podem sofrer a remuneração ou os proventos
observadas as condições estabelecidas nos do policial militar para cumprimento de
artigos 52 e 57, desta Lei. obrigações assumidas ou impostas em virtude
de disposição de Lei ou de regulamento.
Parágrafo Único O policial militar de que trata
este artigo não poderá perceber como § 1º Os descontos podem ser obrigatórios ou
proventos quantia inferior ao soldo do posto ou autorizados.
graduação da ativa, atingido na inatividade § 2º Os descontos obrigatórios têm prioridade
para fins de remuneração. sobre os autorizados.
§ 3º na aplicação dos descontos, o policial
militar não pode receber quantia inferior a

65
trinta por cento da sua remuneração ou III – da decisão judicial, no caso de morte
proventos. presumida.
Art. 64 São descontos obrigatórios do policial § 2º Perde o direito à pensão por morte, após o
militar: trânsito em julgado, o condenado pela prática
de crime de que tenha dolosamente resultado
I - contribuição para o Instituto de Assistência e
a morte do segurado.
Previdência do Estado do Piauí, nos termos da
legislação específica; § 3º Perde o direito à pensão por morte o
II - contribuição para a pensão militar; cônjuge, o companheiro ou a companheira se
III - (inciso revogado pela Lei nº 5.755/2008) comprovada, a qualquer tempo, simulação ou
IV - impostos incidentes sobre a remuneração fraude no casamento ou na união estável, ou a
ou os proventos, de acordo com a Lei; formalização desses com o fim exclusivo de
V - reposição e indenização à Fazenda Estadual; constituir benefício previdenciário, apuradas
VI - para cumprimento de decisão judicial. em processo judicial no qual será assegurado o
direito ao contraditório e à ampla defesa.
Art. 65 São descontos autorizados:
§ 4º Ressalvado o direito de opção, é vedada a
I - pagamento de taxas inerentes à filiação e
percepção cumulativa de pensão deixada por
manutenção de clubes sociais, associações e
mais de um cônjuge, companheiro ou
entidades de classe dos policiais militares;
companheira e de mais de 2 (duas) pensões.
II - os efetuados em favor de entidades
consignatárias ou de terceiros, na forma (Artigo com redação alterada e parágrafos
definida em regulamento a ser editado pelo incluídos pela Lei nº 7.311/2019)
Governador do Estado. Art. 68 São considerados dependentes do
III - para o Fundo de Saúde, nos termos do policial militar, para todos os efeitos desta Lei:
artigo 41, §1º, desta Lei. (NR pela Lei nº
5.755/2008) I – o cônjuge;
TÍTULO V II – o cônjuge divorciado, separado
DISPOSIÇÕES DIVERSAS judicialmente ou de fato, com percepção de
pensão alimentícia estabelecida judicialmente;
CAPÍTULO I III – o companheiro ou companheira que
DISPOSIÇÕES GERAIS comprove união estável como entidade
familiar;
Art. 66 Qualquer que seja o mês considerado, o
IV – o filho de qualquer condição que atenda a
cálculo parcelado da remuneração terá o
um dos seguintes requisitos:
divisor igual a trinta.
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;
Art. 67. Salvo previsão diversa em lei federal, o b) seja inválido;
benefício de pensão por morte será calculado e c) tenha deficiência grave; ou
reajustado na forma prevista na Constituição d) tenha deficiência intelectual ou mental;
do Estado do Piauí. V – a mãe e o pai que comprovem dependência
§1º Por morte do militar, os dependentes, nas econômica do militar; e
hipóteses legais, fazem jus a pensão, observado VI – o irmão de qualquer condição que
o limite estabelecido no inciso XI do art. 37 da comprove dependência econômica do militar e
Constituição Federal, que será devida a contar atenda a um dos requisitos previstos no inciso
da data: IV.

I – do óbito, quando requerida até noventa dias § 1º A concessão de pensão aos beneficiários
depois deste; de que tratam os incisos I a IV do caput exclui
II – do requerimento, quando requerida após o os beneficiários referidos nos incisos V e VI.
prazo previsto no inciso anterior;

66
§ 2º A concessão de pensão aos beneficiários conjunto pela Fundação Piauí Previdência e
de que trata o inciso V do caput exclui os pela Secretaria da Administração e Previdência.
beneficiários referidos no inciso VI. § 1º O fato superveniente que importe em
§ 3º Equiparam-se a filho, para fins de exclusão ou inclusão de dependente deve ser
recebimento da pensão por morte, comunicado à Fundação Piauí Previdência, com
exclusivamente o enteado e o menor tutelado, provas cabíveis.
desde que comprovada a dependência § 2º Considera-se companheira ou
econômica. companheiro a pessoa que, sem ser casada,
§ 4º No caso do inciso II deste artigo, a pensão mantém união estável com o segurado ou com
por morte fica limitada ao percentual que o a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226
pensionista recebia de alimentos do militar da Constituição Federal.
segurado, não sendo aumentada pela reversão § 3º O militar em atividade ou inativo casado
de cota da pensão paga a outros pensionistas.
não poderá realizar inscrição de companheira
(Artigo e parágrafos com redação alterada pela ou companheiro.
Lei nº 7.311/2019) § 4º Para comprovação de dependência
§ 5º Ocorrendo habilitação de vários titulares à econômica, a documentação idônea deve
pensão, o seu valor será distribuído em partes compreender, no mínimo, três dos seguintes
iguais entre os beneficiários habilitados. documentos:
(Parágrafo incluído pela Lei nº 7.311/2019) I – certidão de nascimento de filho havido em
Art. 69 Acarreta perda da qualidade de comum;
dependente: II – certidão de casamento religioso;
III – declaração de imposto de renda do
I - seu falecimento;
segurado, em que conste o interessado como
II - a anulação do casamento, quando a decisão
seu dependente;
ocorrer após a concessão da pensão ao
IV – disposições testamentárias;
cônjuge;
V – declaração especial feita perante tabelião
III – a cessação da invalidez, em se tratando de
ou escritura pública de união estável;
beneficiário inválido, ou o afastamento da
VI – prova de mesmo domicílio;
deficiência, em se tratando de beneficiário com
VII – prova de encargos domésticos evidentes e
deficiência; (redação alterada pela Lei nº
existência de sociedade ou comunhão nos atos
7.311/2019)
da vida civil;
IV - atinja, válido e capaz os limites de idade
VIII – conta bancária conjunta;
estabelecidos no artigo 68 desta Lei;
IX – apólice de seguro da qual conste o
V - a acumulação de pensão, na forma do artigo
segurado como instituidor do seguro e a pessoa
67, parágrafo único, desta Lei;
interessada como sua beneficiária;
VI - a renúncia expressa ao direito;
X – ficha de tratamento em instituição de
VII - venha a ser destituído do pátrio poder, no
assistência médica, da qual conste o segurado
tocante às cotas-partes dos filhos, que serão
como responsável;
revertidas para estes;
XI – registro em associação de qualquer
VIII - tenha sido condenado por crime de
natureza, onde conste o interessado como
natureza dolosa, do qual resulte a morte do
dependente do segurado;
policial militar.
XII – escritura de compra e venda de imóvel
Art. 70. A inscrição do dependente do segurado pelo segurado em nome de dependente;
será promovida quando do requerimento do XIII – declaração de não emancipação do
benefício a que tiver direito, mediante a dependente menor de vinte e um anos;
apresentação dos documentos estabelecidos XIV – quaisquer outros que possam levar à
em regulamento ou ato normativo editado em convicção do fato a comprovar.

67
§ 5º Para comprovação de união estável aplica- Art. 70-C Sem prejuízo da sujeição às inspeções
se, no que couber, o disposto no § 4º deste e auditorias de natureza atuarial, contábil,
artigo. financeira, orçamentária e patrimonial dos
órgãos de controle interno e externo, serão
§ 6º Regulamento poderá listar outros
realizados:
documentos, para fim de comprovação de
dependência econômica e de união estável. I - recenseamento ou recadastramento
previdenciário;
§ 7º A prova de dependência econômica e de
união estável também poderá ser feita II - comprovação de vida;
mediante ação declaratória, exigindo-se, nessa III - exame médico pericial por junta médica
hipótese, inclusão da Fundação Piauí oficial.
Previdência.
§1° As medidas previstas nos incisos do caput
(Redação do Art. 70 alterada pela Lei nº deste artigo serão disciplinadas por
7.311/2019) regulamento, que definirá sua periodicidade,
Art. 70-A Equipara-se ao cônjuge a informações e documentos exigidos, os
companheira ou companheiro que comprove mecanismos de fiscalização e auditoria e
união estável como entidade familiar. disciplinará a suspensão de pagamento de
§1º Considera-se união estável aquela remunerações, proventos e pensões.
configurada na convivência pública, contínua e §2° Os militares ativos, inativos e pensionistas
duradoura entre um homem e uma mulher ou estão obrigados a participar de quaisquer
entre pessoas do mesmo sexo, que dispensem dessas medidas, sob pena de suspensão do
um ao outro os direitos e deveres previstos em pagamento, na forma prevista em
lei e mantenham relacionamento civil regulamento, que também disciplinará a
permanente, desde que devidamente restituição quando sanada a ausência ou
comprovado, aplicando-se para configuração deficiência da documentação fornecida.
deste, no que couber, os preceitos legais §3º Os militares ativos, inativos e pensionistas
incidentes sobre a união estável, nos termos do responderão administrativa, civil e penalmente
art. 1.723 do Código Civil e da Lei nº 9.278, de pelos documentos apresentados e declarações
10 de maio de 1996. inverídicas prestadas por eles, por procurador
§2° A inscrição da companheira ou ou representante legal.
companheiro poderá ser feita poderá ser feita §4º No caso de incapacidade de locomoção do
após a morte do segurado, desde que o militar inativo ou pensionista, a participação
interessado comprove a vida em comum, na em quaisquer dessas medidas poderá ser feita
forma indicada no art. 70, mediante ação mediante visita domiciliar de servidor ou
declaratória, exigindo-se, nessa hipótese, equipe designada.
inclusão da Fundação Piauí Previdência no polo
passivo. §5º As medidas previstas neste artigo serão
executadas pela Fundação Piauí Previdência e
§3° Respeitado o § 4º do art. 70, regulamento Secretaria da Administração e Previdência, com
poderá listar outros documentos necessários à o auxílio técnico da Agência de Tecnologia da
comprovação da união estável. Informação ou pessoa jurídica contratada na
Art. 70-B A concessão da pensão por morte não forma da lei.
será protelada pela falta de habilitação de §6° A Fundação Piauí Previdência e a Secretaria
outro possível dependente e a habilitação de Administração e Previdência ficam
posterior que importe em exclusão ou inclusão autorizadas a firmar termo de cooperação ou
de dependente só produzirá efeito a partir da instrumento congênere com órgãos e entidades
data da publicação da portaria de concessão da públicas, para o fim de executar as medidas
pensão ao dependente habilitado. previstas neste artigo com relação aos militares
68
ativos, inativos ou pensionistas que não incapacidade definitiva e os pensionistas
possam se locomover e residam fora do Estado. inválidos estão obrigados, sempre que
convocados, sob pena de suspensão do
Art. 70-D A unidade gestora do regime próprio
benefício, a submeter-se a exames médico-
de previdência do Estado do Piauí realizará,
periciais a cargo de junta médica oficial, na
com periodicidade não superior a 5 (cinco)
forma estabelecida em regulamento.
anos, recenseamento ou recadastramento
previdenciário de todos os militares inativos e §l 0 O exame médico-pericial destina-se a
pensionistas do regime próprio. subsidiar tecnicamente a decisão para a
concessão de benefícios, devendo atender a
§1º A recepção dos documentos e dados
normas do Conselho Federal de Medicina e
cadastrais dos segurados que percebem
conter pelo menos o seguinte:
remuneração e benefícios por meio da rede
bancária poderá ser realizada no próprio ente 1- a autoapresentação dos peritos e informação
pagador, mediante a utilização da respectiva sobre suas qualificações ou especialidades;
estrutura de atendimento. II- identificação do examinando, com nome,
§2° Sempre que possível, todos os militares qualificação completa, história pessoal com
ativos, inativos e pensionistas recenseados ênfase em relação ao objeto da perícia;
serão submetidos a identificação biométrica, III- história médica do examinando, com relato
por meio da colheita de digitais. das doenças clínicas, cirurgias, tratamentos e
§3° A não participação no recenseamento ou hospitalizações;
recadastramento sujeitará o militar ativo, IV- exames e avaliações complementares, com
inativo ou pensionista à suspensão do descrição de achados laboratoriais e de
pagamento da remuneração, proventos ou resultados de exames e testes aplicados;
pensão, conforme disposto em regulamento.
V- respostas claras, concisas e objetivas aos
Art. 70-E Os militares inativos e pensionistas do
quesitos formulados.
regime próprio do Estado do Piauí deverão
realizar anualmente a comprovação de vida nos §2º A Secretaria da Administração e
postos de atendimento ou nas instituições Previdência e a Fundação Piauí Previdência, nas
financeiras pagadoras de seus benefícios, na respectivas esferas de competência, deverão
forma estabelecida em regulamento. rever os benefícios, para avaliar a persistência,
atenuação ou agravamento da incapacidade
§1º A prova de vida e renovação de senha para o trabalho alegada como causa para a sua
deverão ser efetuadas pelo recebedor do concessão.
benefício, mediante identificação pelo
funcionário ou por sistema biométrico em §3º Havendo indício de irregularidade na
equipamento de autoatendimento que concessão ou na manutenção de benefício, a
disponha dessa tecnologia. Fundação Piauí Previdência notificará o
beneficiário para apresentar defesa, provas ou
§2º A prova de vida e renovação de senha documentos de que dispuser, no prazo de dez
poderão ser realizadas pelo representante legal dias.
ou pelo procurador do beneficiário legalmente
cadastrado na Fundação Piauí Previdência. Artigos 70-A ao 70-F incluídos pela Lei nº
7.311/2019.
§3º A não realização da comprovação de vida
importará na suspensão do benefício, na forma Art. 71 Os vencimentos ou proventos devidos
prevista em regulamento. ao policial militar falecido serão calculados até
o dia do óbito, inclusive, e pagos aos
Art. 70-F Os militares de licença para dependentes, devidamente habilitados.
tratamento de saúde, licença por motivo de
doença em pessoa da família, licença por Art. 71-A A reforma em razão de incapacidade
acidente em serviço, reformados por e a concessão de pensão por morte a

69
dependente inválido devem ser ficam com o mesmo valor monetário, não
necessariamente precedidas de exame médico podendo ser calculadas sobre o valor do soldo
pericial, realizado por junto médica oficial, previsto no Anexo I.
destinado a subsidiar tecnicamente a decisão, Art. 78 Os proventos do policial militar
cujo relatório ou laudo deve o observar os transferido para a inatividade, bem como as
requisitos mínimos previstos no art. 70-F, sem pensões de seus dependentes, serão calculados
prejuízo de outros estabelecidos em de acordo com a legislação em vigor à época
regulamento ou ato expedido pelo Conselho em que foram atendidas as prescrições para a
Federal de Medicina. obtenção destes benefícios.
Artigo incluído pela Lei nº 7.311/2019. Parágrafo Único Excetuado o disposto no art.
Art. 72 Aplica-se ao policial militar da ativa que 40, §§ 7º e 8º, da Constituição Federal, é
opera com Raios X e substâncias radioativas, o vedada a aplicação de mais de um regime
adicional previsto na legislação federal que remuneratório.
regula ou venha a regular a matéria, não Art. 79 Fica assegurado aos atuais policiais
podendo ser incorporado à remuneração ou militares o montepio militar, mediante a
aos proventos de inatividade. mesma contribuição. (Vide artigo 8º, da Lei
CAPÍTULO II Complementar nº 41/2004)
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS § 1º Fica mantido o pagamento dos atuais
Art. 73 REVOGADO. benefícios, mediante a mesma contribuição.
Artigo revogado pela Lei nº 6.173/2012 § 2º Somente são beneficiários do montepio os
dependentes do policial militar listados no art.
Art. 74 Os períodos de férias não gozadas,
68 desta Lei.
adquiridos até 29 de dezembro de 2000,
poderão ser contados em dobro Art. 80 Aplicam-se as disposições desta Lei aos
exclusivamente para efeito de inatividade. bombeiros militares até a edição de lei
específica sobre a remuneração deles.
Art. 75 Os períodos de licença especial,
adquiridos até 29 de dezembro de 2000, CAPÍTULO III
poderão ser usufruídos ou contados em dobro DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
exclusivamente para efeito de inatividade. Art. 81 Constatada a redução de remuneração,
Art. 76 Fica assegurado ao policial militar que, de proventos ou de pensões, decorrente da
até 29 de dezembro de 2000, tenha aplicação desta Lei, o valor da diferença será
completado os requisitos para se transferir pago a título de vantagem pessoal
para a inatividade o direito à percepção de nominalmente identificada, sendo absorvido
remuneração correspondente ao grau por ocasião de futuros reajustes.
hierárquico superior ou melhoria dessa Art. 82 Revogam-se as disposições em
remuneração.
contrário, em especial as Leis nºs 5.210, de 17
Art. 77 O soldo criado nesta Lei compreende e de setembro de 2001, e 5.221, de 4 de abril de
absorve os valores da gratificação de 2002.
representação, da gratificação de função Art. 83 Esta Lei entra em vigor na data de sua
policial, e risco de vida da indenização de publicação.
compensação orgânica, da indenização de
auxílio moradia e do soldo estabelecido pela Lei PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 10 de
5.210, de 17 de setembro de 2001. fevereiro de 2004.
Parágrafo Único As parcelas remuneratórias
calculadas sobre o soldo da Lei 5.210, de 17 de
setembro de 2001, e não referidas nesta Lei

70
UNIDADE 5 das respectivas unidades de ensino e,
subsidiariamente, do constante neste Código.
Lei nº 7725, de 17 de § 3° O militar da reserva remunerada
convocado para atividade estará sujeito, além
janeiro de 2022. Código de destas normas, às dispostas em legislação
Ética de Disciplina dos específica.
§ 4° O militar reformado não estará sujeito a
Militares do Estado do este Código.
Piauí. Art. 3° Para efeito deste Código, consideram-se
Organizações Militares - OM: Comandos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, Faço Gerais, Comandos Intermediários,
saber que o Poder Legislativo decreta e eu Corregedorias, Coordenadorias, Diretorias,
sanciono a seguinte Lei: Unidades de Ensino, Unidades de Saúde, Locais
de Instruções, Corpos de Tropa, Unidades e
CAPÍTULO I Subunidades Operacionais, Presídio Militar,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS dentre outras, na forma da Lei.

Seção I Seção II
Da Finalidade e do Âmbito de Aplicação Dos Princípios Gerais da Hierarquia e da
Disciplina
Art. 1° Esta Lei tem por finalidade dispor sobre Art. 4° A hierarquia e a disciplina são as bases
o Código de Ética e Disciplina que trata do das Corporações Militares Estaduais.
poder disciplinar no âmbito das Corporações § 1° A disciplina e o respeito à hierarquia
Militares Estaduais - Polícia Militar e Corpo de devem ser mantidos, permanentemente, pelos
Bombeiros Militar do Estado do Piauí, militares estaduais.
definindo competências, transgressões, § 2° A civilidade, a camaradagem, a confiança e
circunstâncias para sua aplicação, a lealdade são indispensáveis à formação e ao
instrumentos de apuração, punições, recursos, convívio nas Organizações Militares,
recompensas, revisão dos atos disciplinares e incumbindo aos seus integrantes incentivar e
reabilitação. manter a harmonia e a solidariedade,
Parágrafo único. A aplicação do poder promovendo estímulos de aproximação e
disciplinar visa à proteção de valores, preceitos cordialidade.
éticos e deveres do militar estadual, à garantia Art. 5° Hierarquia militar é a ordenação
da legalidade, da disciplina e hierarquia militar, progressiva da autoridade, em níveis
princípios indispensáveis para que as diferentes, por postos e graduações, da qual
Corporações atinjam plenamente sua missão decorre a obediência, dentro da estrutura da
constitucional de preservação da ordem Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
pública e respeito aos direitos humanos. Militar, culminando no Governador do Estado,
Art. 2° Estão sujeitos a este Código os militares Comandante superior dessas Corporações.
estaduais da ativa, inativos (da reserva § 1° Para efeito desta Lei, a palavra
remunerada e reformados), bem como os "Comandante", quando usada genericamente,
militares estaduais em circunstâncias de engloba também as funções de Corregedor,
agregação ou no desempenho de cargos ou Diretor, Chefe, Gerente e Coordenador.
funções públicas de natureza civil. § 2° A ordenação da autoridade se faz por
§ 1° Estarão também sujeitos a este Código os postos e graduações, de acordo com o
militares estaduais temporários, na forma da escalonamento hierárquico, a antiguidade e a
Lei. precedência funcional.
§ 2° Os alunos matriculados nos cursos § 3° Posto é o grau hierárquico dos oficiais
militares estarão sujeitos às normas internas militares estaduais, conferido por Decreto do

71
Governador do Estado. V - as manifestações espontâneas de
§ 4° Graduação é o grau hierárquico das praças acatamento dos valores e deveres éticos;
militares estaduais, conferida por Decreto do VI - a colaboração espontânea na disciplina
Governador do Estado. coletiva e na eficiência da Corporação.
§ 5° Salvo disposição legal contrária, a Art. 7° As ordens devem ser prontamente
antiguidade entre os militares estaduais dentro acatadas e executadas.
das respectivas corporações, em igualdade de § 1° Cabe ao militar a inteira responsabilidade
posto ou graduação, será definida pelas ordens que der e pelas consequências
sucessivamente pelas seguintes condições: que delas advierem.
I - data da última promoção; § 2° Cabe ao subordinado, ao receber uma
II - prevalência sucessiva dos graus ordem, solicitar os esclarecimentos
hierárquicos anteriores; necessários ao seu total entendimento e
III - classificação no curso de formação, compreensão.
adaptação, habilitação, nivelamento ou § 3° Quando a ordem contrariar preceito
aperfeiçoamento; regulamentar ou legal, de forma não
IV - data de nomeação, admissão ou inclusão; manifestadamente expressa, o executante
V - maior idade. poderá solicitar a sua confirmação por escrito,
§ 6° Durante os cursos militares prevalecerá, cabendo à autoridade que a emitiu atender à
para efeito de antiguidade, a ordem de solicitação.
classificação definida pelos regimentos dos § 4° Cabe ao executante que exorbitou no
respectivos cursos. cumprimento de ordem recebida, a
§ 7° Após os cursos de formação de oficiais e responsabilidade pelos excessos e abusos que
de praças prevalecerá, para efeito de tenha cometido.
antiguidade, a ordem de classificação obtida
nos respectivos cursos. CAPÍTULO II
§ 8° A precedência funcional ocorrerá quando, DA DEONTOLOGIA MILITAR
em igualdade de posto ou graduação, o oficial
ou a praça: Seção I
I - ocupar função que lhe atribua superioridade Disposições preliminares
funcional sobre os integrantes do órgão ou Art. 8° A deontologia militar é constituída pelos
serviço que dirige, comanda ou chefia; valores e deveres éticos, traduzidos em
II - o militar ativo, em relação aos inativos. normas de conduta, que se impõem para que o
exercício da profissão do militar estadual atinja
Art. 6° Disciplina militar é a exteriorização da plenamente os ideais de realização do bem-
ética profissional e manifesta-se pelo exato comum, mediante:
cumprimento dos deveres do militar estadual, I - relativamente aos policiais militares, a
traduzindo-se na rigorosa observância e preservação da ordem pública e a garantia dos
acatamento integral das Constituições, leis, poderes constituídos;
regulamentos, normas e ordens, por parte de II - relativamente aos bombeiros militares, a
todos os integrantes das Corporações militares proteção da pessoa visando sua incolumidade,
estaduais. em situações de risco, infortúnio ou de
§ 1° São manifestações essenciais da disciplina: calamidade.
I - a observância das prescrições legais e § 1° Aplicada aos componentes das
regulamentares; Corporações Militares, independentemente de
II - a pronta obediência às ordens dos seus posto ou graduação, a deontologia militar
superiores hierárquicos, salvo se reúne princípios e valores úteis e lógicos a
manifestamente criminosa; valores espirituais superiores, destinados a
III - proatividade em benefício do serviço; elevar a profissão do militar estadual à
IV - a correção de atitudes; condição de missão.

72
§ 2° O militar estadual, ao ser admitido nas pessoas, do patrimônio e do meio ambiente;
Corporações, prestará compromisso de honra, IX - respeito à honra-militar, ao sentimento do
em caráter solene, afirmando a consciente dever, ao pundonor-militar e ao decoro da
aceitação dos valores e deveres militares e a classe.
firme disposição de bem cumpri-los. Parágrafo único. Considera-se, para fins de
§ 3° O compromisso a que se refere o aplicação desta Lei:
parágrafo anterior será prestado na presença I - honra-pessoal: sentimento de dignidade
de tropa, conforme os seguintes dizeres: "Ao própria, apreço e respeito de que é objeto ou
ingressar na Polícia Militar do Estado do Piauí se torna merecedor o militar, perante seus
(ou Corpo de Bombeiros Militar do Estado do superiores, pares e subordinados;
Piauí), prometo regular a minha conduta pelos II - pundonor militar: dever do militar pautar a
preceitos da moral, cumprir rigorosamente as sua conduta corretamente, exigindo dele em
ordens das autoridades a que estiver qualquer ocasião, comportamento ético que
subordinado e dedicar-me inteiramente ao refletirá no seu desempenho perante a
serviço militar, à manutenção da ordem Corporação; e
pública e à segurança da comunidade, mesmo III - decoro da classe: valor moral e social da
com o risco da própria vida". Instituição perante a comunidade.

Seção II Seção III


Dos Valores Militares Dos Deveres Militares
Art. 9° Os valores fundamentais determinantes Art. 10. Os deveres éticos, emanados dos
da moral do militar são os seguintes: valores militares estaduais, que conduzem a
I - respeito aos direitos humanos, atividade profissional sob o signo da retidão
especialmente à liberdade, à igualdade, à moral, são os seguintes:
segurança, à vida, à integridade física e à I - cumprir os deveres de cidadão;
propriedade; II - buscar e amar a verdade e a justiça como
II - moralidade pública, caracterizada pela fundamentos da atuação profissional;
honestidade e probidade, tanto no exercício III - observar os direitos e garantias
das atividades administrativas quanto nas fundamentais e respeitar a dignidade da
atividades operacionais; pessoa humana, agindo com isenção e
III - responsabilidade pública, evidenciada pelo equidade, não usando sua condição de
profissionalismo, consistente no exercício da autoridade pública para a prática de
profissão com entusiasmo e perfeição, visando arbitrariedade;
à busca constante de resultados; IV - observar os princípios da administração
IV - justiça, alicerçando todas as ações no pública no exercício das atribuições que lhe
ordenamento jurídico; couberem em decorrência do cargo,
V - patriotismo e lealdade, manifestados pela cumprindo e fazendo cumprir as constituições,
fidelidade aos compromissos para com a as leis e as ordens das autoridades
Pátria, o Estado do Piauí, a Polícia Militar e o competentes, exercendo suas atividades com
Corpo de Bombeiros Militar, e pela responsabilidade e incutindo-a em seus
confiabilidade dos superiores, pares e subordinados;
subordinados; V - servir à comunidade acima dos interesses
VI - hierarquia, traduzida no respeito e particulares, procurando, no exercício da
valorização dos postos e graduações; suprema missão de preservar a ordem pública
VII - disciplina, essencial à preservação da e de proteger a pessoa, promover, com
ordem pública, significando o exato devotamento, o bem-estar comum, dentro da
cumprimento do dever; estrita observância da legalidade;
VIII - coragem, demonstrada pelo destemor VI - dedicar-se ao serviço militar estadual,
ante o perigo e devotamento à proteção de buscando o êxito e o aprimoramento técnico-

73
profissional e moral; a) atividade político-partidária, salvo quando
VII - estar sempre disponível e preparado para candidato a cargo eletivo;
as missões que desempenhar; b) atividade comercial ou industrial;
VIII - exercer as funções com integridade e c) pronunciamento público a respeito de
equilíbrio, segundo os princípios que regem a assunto militar, salvo os de natureza técnica.
administração pública, não sujeitando o XX - prestar assistência moral e material ao lar;
cumprimento do dever a influências indevidas; XXI - respeitar a integridade física, moral e
IX - buscar sempre a justiça na apreciação de psíquica da pessoa do preso ou de quem seja
atos e méritos dos subordinados; objeto de incriminação, evitando o uso
X - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, desnecessário de força;
do Estado do Piauí e das Corporações XXII - proteger as pessoas, o patrimônio e o
Militares, e zelar por sua inviolabilidade; meio ambiente com abnegação e
XI - abster-se, quando no serviço ativo, de desprendimento pessoal;
buscar apoio ou de usar de influências XXIII - observar as normas de boa educação e
políticas, pessoas importantes ou autoridades ser discreto nas atitudes, maneiras e na
estranhas à Corporação, para a obtenção de linguagem escrita ou falada;
facilidades pessoais ou para esquivar-se do XXIV - manter ambiente de harmonia e
cumprimento de ordem ou obrigações camaradagem na vida profissional,
impostas, em razão do serviço, de interesse solidarizando-se nas dificuldades que esteja ao
institucional ou circunstâncias em que se seu alcance, abstendo-se de comentários
encontre; desairosos sobre os componentes das
XII - não pleitear para si, por meio de terceiros, Corporações Militares;
cargo ou função que esteja sendo exercido por XXV - não provocar publicidade visando à
outro militar estadual; própria promoção pessoal, utilizando-se do
XIII - procurar manter boas relações com cargo ou função exercidos na Corporação;
outras categorias profissionais, conhecendo e XXVI - não usar meio ilícito na produção de
respeitando-lhes os limites de atribuição; trabalho intelectual ou em avaliação
XIV - ser fiel na vida militar, cumprindo os profissional, inclusive no âmbito do ensino;
compromissos relacionados às suas XXVII - não abusar dos meios do Estado postos
atribuições, mantendo ânimo forte e fé na à sua disposição, nem distribuí-los a quem
missão militar, mesmo diante das dificuldades, quer que seja, em detrimento dos fins da
dedicando-se ao serviço, buscando, com vigor, Administração pública, coibindo ainda a
o êxito e o aprimoramento técnico-profissional transferência, para fins particulares, de
e moral; tecnologias próprias das Corporações
XV - zelar pelo bom nome da instituição militar Militares;
e de seus componentes, aceitando seus XXVIII - exercer a profissão sem discriminações
valores e cumprindo seus deveres éticos e ou restrições de religião, política, raça, etnia,
legais; origem, idade, cor, sexo, orientação sexual,
XVI - proceder de maneira ilibada na vida condição social ou outras de qualquer
pública e particular; natureza;
XVII - abster-se do uso do posto, graduação ou XXIX - atuar com prudência nas ocorrências
cargo para obter facilidades pessoais de militares, evitando excessos;
qualquer natureza ou para encaminhar XXX - considerar a verdade, a legalidade e a
negócios particulares ou de terceiros; responsabilidade como fundamentos de
XVIII - exercer sempre a função pública com dignidade pessoal;
honestidade, não aceitando vantagem XXXI - zelar pela correta apresentação pessoal
indevida de qualquer espécie; e dos uniformes militares;
XIX - abster-se, ainda que na inatividade, do XXXII - preservar a natureza e o meio
uso das designações hierárquicas em: ambiente;

74
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, coletivas sobre atos de superiores, de caráter
zelando pela economia e conservação dos bens reivindicatório e de cunho político-partidário,
públicos, cuja utilização lhe for confiada; sujeitando- se as manifestações de caráter
XXXIV - manter atualizado seu endereço individual aos preceitos deste Código.
residencial, em seus registros funcionais, § 4° Os militares estaduais na inatividade
comunicando qualquer mudança; poderão tratar no meio civil, individualmente,
XXXV - atuar onde estiver, resguardando a sua inclusive sob a forma de crítica, pela imprensa
integridade física, mesmo não estando em ou outro meio de divulgação, de qualquer
serviço, para preservar a ordem pública ou assunto, excetuando os de natureza militar,
prestar socorro, desde que não exista, naquele devendo observar e preservar os preceitos da
momento e lugar, força de serviço suficiente; ética e dos valores militares em suas
XXXVI - cumprir o expediente ou serviços manifestações essenciais.
ordinário, especial ou extraordinário, para os
quais estejam nominalmente escalado ou Seção IV
convocado, salvo impedimento de força maior; Da Violação dos Valores, dos Deveres e da
XXXVII - atuar de forma disciplinada e Disciplina
disciplinadora, com respeito mútuo de Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres
superiores e subordinados, e preocupação com vulnera a disciplina militar, constituindo
a integridade física, moral e psíquica de todos infração administrativa, penal ou civil, isolada
os militares do Estado, envidando esforços ou cumulativamente.
para bem encaminhar a solução dos problemas § 1° O militar estadual é responsável pelas
apresentados. decisões que tomar ou pelos atos que praticar,
§ 1° Ao militar da ativa é vedado exercer: inclusive nas missões expressamente
I - atividade de segurança, investigação ou determinadas, bem como pela não observância
vigilância particulares, ou outra qualquer que ou falta de exação no cumprimento de seus
tenha relação com as funções desempenhadas deveres.
na Corporação Militar, para as quais recebeu § 2° O superior hierárquico responderá
formação específica; solidariamente, na esfera administrativa
II - atividade como instrutor, professor ou disciplinar, nas transgressões praticadas por
consultor, para ministrar, em cursos de seu subordinado, quando:
formação de vigilantes particulares, I - presenciar o cometimento da transgressão
conhecimentos específicos, inerentes ao deixando de atuar para fazê-la cessar
serviço e à técnica policial -militar; imediatamente;
III - atividade de comércio ou tomar parte da II - concorrer diretamente, por ação ou
administração ou gerência de sociedade omissão, para o cometimento da transgressão,
empresarial e comercial ou dela ser sócio ou mesmo não estando presente no local do ato.
participar, exceto como acionista, cotista ou § 3° A violação da disciplina militar será tão
comanditário. mais grave quanto mais elevado for o grau
§ 2° Compete aos Comandantes, Chefes, hierárquico de quem a cometer.
Diretores e ao Corregedor fiscalizar os
subordinados que apresentarem sinais CAPÍTULO III
exteriores de riqueza, incompatíveis com a DA COMPETÊNCIA
remuneração do respectivo cargo, mediante a
instauração de procedimento criminal e/ou Seção I
administrativo, necessário à comprovação da Do Controle Disciplinar
origem dos seus bens, observada a legislação Art. 12. O controle disciplinar será exercido
específica. pelas autoridades referidas no art. 13, desta
§ 3° Aos militares são proibidas a sindicalização Lei.
e a greve, sendo-lhes vedadas manifestações Parágrafo único. A disciplina e o

75
comportamento do militar estadual estão análogos no âmbito do Corpo de Bombeiros) e
sujeitos também à fiscalização, controle e Diretores, aos militares estaduais que
orientação pela Corregedoria da Corporação estiverem sob seu comando ou direção;
Militar respectiva ou, na ausência desta, por VI - os Comandantes e Subcomandantes de
órgão equivalente, competindo-lhe, além do Unidades, Comandantes de Subunidades
que vier a ser previsto em Lei: Independentes, Ajudante-Geral, Chefes de
I - receber sugestões e reclamações, dando a Seção do Estado Maior Geral, Chefe de Centro,
elas o devido encaminhamento, inclusive de Assessores, aos militares estaduais que
denúncias que cheguem ao seu conhecimento, estiverem sob seu comando, chefia ou
bem como acompanhar as suas apurações e assessoria;
soluções; VII - os Comandantes e Subcomandantes de
II - requerer a instauração de Conselho de Subunidades, Coordenadores, aos militares
Justificação ou de Disciplina ou de processo estaduais que estiverem sob seu comando ou
administrativo-disciplinar, bem como coordenação.
acompanhar a sua apuração ou solução; § 1° As autoridades contidas no inciso III estão
III - realizar, inclusive por iniciativa própria, no mesmo grau disciplinar.
inspeções, vistorias, exames, investigações e § 2° A competência do Chefe do Gabinete
auditorias administrativas nos Militar constante no inciso III caberá apenas
estabelecimentos das Corporações Militares aos militares sob sua chefia.
do Estado; § 3° Durante o trânsito, o militar movimentado
IV - requerer ou adotar as providências para a fica sujeito à ação disciplinar do comandante,
instauração de inquérito policial ou policial chefe ou diretor da Organização Militar para a
militar, bem como acompanhar a sua apuração qual foi transferido.
ou solução; § 4° Havendo conflito de competência, caberá
V - realizar os serviços de correição, em caráter à autoridade preventa a apuração dos fatos.
permanente ou extraordinário, nos Art. 14. Na ocorrência de transgressão
procedimentos penais militares e disciplinar envolvendo militares de mais de
administrativos disciplinares realizados pela uma Organização Militar, caberá ao
Corporação. comandante da área territorial onde ocorreu o
Art. 13. A competência disciplinar é inerente fato comunicar à autoridade funcional comum
ao cargo, função ou posto, sendo autoridades aos envolvidos, para as providências cabíveis.
competentes para o exercício do poder Art. 15. Quando duas autoridades de graus
disciplinar na aplicação de sanção disciplinar: hierárquicos diferentes, ambas com ação
I - o Governador do Estado, a todos os disciplinar sobre o transgressor, conhecerem,
militares estaduais; concomitantemente, da transgressão
II - o Comandante-Geral da Corporação, a disciplinar, competirá à de maior hierarquia
todos os militares estaduais da respectiva apurá-la ou determinar que a de menor grau o
Corporação Militar; faça.
III - o Subcomandante-Geral e Chefe do Estado- Parágrafo único. Em se tratando de duas
Maior da Corporação, o Corregedor e o Chefe autoridades de mesmo grau hierárquico,
do Gabinete Militar aos militares estaduais da competirá à autoridade com precedência em
respectiva Corporação Militar; razão da função apurá-la ou determinar que
IV - o Subchefe do Estado-Maior da outra o faça.
Corporação, o Coordenador Geral de
Operações e o Comandante Operacional, aos Seção II
militares estaduais que estiverem sob seu Dos Limites de Competência das Autoridades
comando ou coordenação; Art. 16. São competentes para aplicar as
V - os Comandantes e Subcomandantes de sanções disciplinares previstas neste Código:
Comandos de Policiamento (ou Comandos I - o Governador do Estado: advertência,

76
repreensão e suspensão por até 30 (trinta) honra pessoal, o pundonor militar e o decoro
dias, a demissão e a reforma disciplinar da classe, previstas neste Código, não
compulsória de oficiais, podendo também caracterizada como crime ou contravenção
aplicar as demais sanções previstas neste penal.
Código; § 1° Da prática de transgressão disciplinar
II - o Comandante-Geral da Corporação Militar: decorre ao infrator as sanções previstas neste
advertência, repreensão e suspensão por até Código, sem prejuízo das responsabilidades
30 (trinta) dias, o licenciamento e a exclusão a penal e civil.
bem da disciplina e a reforma disciplinar § 2° As transgressões compreendem:
compulsória das praças; I - todas as ações ou omissões contrárias à
III - o Subcomandante-Geral e Chefe do Estado- disciplina militar, especificadas no art. 18,
Maior da Corporação, o Corregedor e o Chefe inclusive, as condutas criminosas previstas na
do Gabinete Militar: advertência, repreensão e legislação penal militar ou comum;
suspensão por até 20 (vinte) dias; II - todas as ações ou omissões não
IV - o Subchefe do Estado-Maior da especificadas no art. 18, mas que também
Corporação, o Coordenador Geral de violem os valores e deveres militares.
Operações e o Comandante Operacional: § 3° As transgressões disciplinares previstas
advertência, repreensão e suspensão por até nos incisos I e II do parágrafo anterior serão
20 (vinte) dias; classificadas como graves, desde que venham a
V - os Comandantes e Subcomandantes de ser:
Comandos de Policiamento (ou Comandos I - atentatórias à disposição expressa da
análogos no âmbito do Corpo de Bombeiros) e Constituição Federal e aos direitos humanos
Diretores: advertência, repreensão e fundamentais;
suspensão por até 15 (quinze) dias; II - atentatórias aos Poderes Constituídos, às
VI - os Comandantes e Subcomandantes de instituições, ou ao Estado; III - de natureza
Unidades, Comandantes de Subunidades atentatória à dignidade, ao decoro e à
Independentes, Ajudante-Geral, Chefes de reputação.
Seção do Estado Maior Geral, Chefe de Centro, § 4° As transgressões previstas no inciso II do §
Assessores: advertência, repreensão e 2° e não enquadráveis em algum dos incisos do
suspensão por até 10 (dez) dias; § 3°, deste artigo, serão classificadas pela
VII - os Comandantes e Subcomandantes de autoridade competente como médias ou leves,
Subunidades, Coordenadores: advertência, consideradas as circunstâncias do fato.
repreensão e suspensão por até 08 (oito) dias. § 5° Ao aluno matriculado em curso de
Parágrafo único. Quando uma autoridade, na formação para ingresso nas Corporações
esfera de sua competência, ao aplicar o limite Militares, aplica-se, no que concerne à
máximo previsto para a sanção, concluir que o disciplina, além do disposto nos regulamentos
fato merece sanção mais severa, cabe-lhe próprios dos estabelecimentos de ensino, onde
solicitar à autoridade imediatamente superior, estiver matriculado, subsidiariamente, o
com ação sobre o transgressor, o agravamento previsto neste Código.
da sanção aplicada. § 6° Ao militar do Estado, aluno de curso
militar, aplica -se, no que concerne à disciplina,
Seção III além do disposto nos regulamentos próprios
Das Transgressões Disciplinares dos estabelecimentos de ensino onde estiver
Art. 17. Transgressão disciplinar é toda ação matriculado, subsidiariamente, o previsto
praticada pelo militar contrária aos preceitos neste Código.
estatuídos no ordenamento jurídico pátrio § 7° A aplicação das sanções disciplinares
ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações previstas neste Código independe do resultado
militares, mesmo na sua manifestação de eventual ação penal ou cível.
elementar e simples, ou, ainda, que afete a Art. 18. As transgressões são classificadas, de

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acordo com a sua gravidade, em graves, XV - liberar preso ou detido ou dispensar parte
médias e leves, conforme disposto neste envolvida em ocorrência sem competência
artigo. legal para tanto;
§ 1° São transgressões disciplinares graves: XVI - solicitar, exigir, receber ou permitir que o
I - desconsiderar os direitos constitucionais da subordinado o faça, em razão da função
pessoa no ato da prisão; pública, vantagem indevida, bem ou valor, por
II - comparecer ou tomar parte de movimento prestação de serviço em qualquer tipo de
reivindicatório, no qual os participantes ocorrência;
portem qualquer tipo de armamento, ou XVII - assumir compromisso em nome da
participar de greve; Corporação, ou representá-la em qualquer ato,
III - usar de força desnecessária no sem estar devidamente autorizado;
atendimento de ocorrência ou no ato de XVIII - apropriar-se de bens pertencentes ao
efetuar prisão; patrimônio público ou particular;
IV - não garantir a integridade física e XIX - empregar subordinado ou servidor civil,
psicológica das pessoas que tiver sob sua ou desviar qualquer meio material ou
guarda; financeiro sob sua responsabilidade ou não,
V - agredir física, moral ou psicologicamente para a execução de atividades diversas
preso sob sua guarda ou permitir que outros o daquelas para as quais foram destinadas, em
façam; proveito próprio ou de outrem;
VI - permitir que o preso, sob sua guarda, XX - provocar desfalques ou deixar de adotar
conserve em seu poder instrumentos ou providências, na esfera de suas atribuições,
outros objetos proibidos, com que possa ferir a para evitá-los;
si próprio ou a outrem; XXI - utilizar-se da condição de militar estadual
VII - faltar com a verdade; para obter facilidades pessoais de qualquer
VIII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para natureza ou para encaminhar negócios
que não declare a verdade em processo particulares ou de terceiros;
administrativo, civil ou penal; XXII - dar, receber, pedir ou exigir gratificação
IX - utilizar-se do anonimato, inclusive, através ou presente com finalidade de retardar,
da internet, mídia eletrônica ou quaisquer apressar ou obter solução favorável em
outros meios de comunicação social, a fim de qualquer ato de serviço;
denegrir ou comprometer a imagem da XXIII - fazer, diretamente ou por intermédio de
Corporação, de seus integrantes ou para outrem, agiotagem ou transação pecuniária
quaisquer outros fins ilícitos; envolvendo assunto de serviço, bens da
X - espalhar boatos ou notícias tendenciosas a administração pública ou material cuja
prejudicar à boa ordem civil ou militar ou do comercialização seja proibida;
bom nome da Corporação; XXIV - exercer o militar estadual em serviço
XI - envolver, indevidamente, o nome de ativo, a função de segurança, investigação ou
outrem para esquivar-se de responsabilidade; vigilância particulares, ou administrar ou
XII - publicar, divulgar ou contribuir para a manter vínculo de qualquer natureza com
divulgação de fatos, documentos ou assuntos empresa do ramo de segurança, vigilância ou
administrativos ou técnicos de natureza militar investigação, ou outra qualquer que tenha
ou judiciária, que possam concorrer para o relação com as funções desempenhadas na
desprestígio da Corporação; Corporação, para as quais recebeu formação
XIII - atentar contra a hierarquia ou a específica;
disciplina, comprometer a segurança da XXV - exercer o militar estadual do serviço
sociedade e do Estado; ativo, em empresas ou a particulares, atividade
XIV - atentar contra honra e a imagem de de instrutor, professor ou consultoria a fim de
pessoas, contrariando os preceitos legais em ministrar conhecimentos técnicos policiais-
vigor; militares adquiridos em cursos realizados na

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Corporação; de serviço;
XXVI - exercer o militar estadual da ativa, o XXXIX - promover ou participar de luta corporal
comércio ou tomar parte na administração ou com superior, par, ou subordinado hierárquico;
gerência de sociedade empresarial e comercial XL - desrespeitar, em público ou pela imprensa
com fins lucrativos ou dela ser sócio, exceto ou pelas mídias sociais, os atos ou decisões das
como acionista, cotista ou comanditário; autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes
XXVII - exercer qualquer atividade estranha à Constituídos ou de qualquer de seus
instituição militar com prejuízo do serviço ou representantes;
com emprego de meios do Estado ou manter XLI - desrespeitar, desconsiderar ou ofender
vínculo de qualquer natureza com organização pessoa por palavras, atos ou gestos, no
voltada para a prática de atividade tipificada atendimento de ocorrência militar ou em
como contravenção ou crime; outras situações de serviço;
XXVIII - exercer, individual ou coletivamente, XLII - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta,
atividades de inteligência, sem estar bem como resistir a ela;
devidamente credenciado ou autorizado por XLIII - deixar de apurar transgressão disciplinar,
lei, em proveito próprio ou de terceiros para da qual tomou conhecimento;
prática de delitos; XLIV - deixar de comunicar ao superior
XXIX - concorrer para o desprestígio da imediato ou, na ausência deste, a qualquer
Corporação Militar, por meio da prática de autoridade superior toda informação que tiver
crime doloso devidamente comprovado em sobre iminente perturbação da ordem pública,
procedimento apuratório que, por sua crime ou grave alteração do serviço, logo que
natureza, amplitude e repercussão afete tenha conhecimento;
gravemente a credibilidade e a imagem dos XLV - omitir, em boletim de ocorrência,
militares; relatório ou qualquer documento, dados
XXX - deixar de fiscalizar o subordinado que indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
apresentar sinais exteriores de riqueza XLVI - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar
incompatíveis com a remuneração do cargo; documentos, bens ou semoventes
XXXI - não cumprir, sem justo motivo, a pertencentes ao patrimônio público ou
execução de ordem recebida; particular, que estejam ou não sob sua
XXXII - dar, por escrito ou verbalmente, ordem responsabilidade;
manifestamente ilegal que possa acarretar XLVII - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o
responsabilidade ao subordinado, ainda que atendimento de ocorrência, quando esta, por
não chegue a ser cumprida; sua natureza ou amplitude, assim o exigir;
XXXIII - deixar de assumir a responsabilidade de XLVIII - abandonar serviço para o qual tenha
seus atos ou pelos praticados por subordinados sido designado ou recusar-se a executá-lo na
que agirem em cumprimento de sua ordem; forma determinada;
XXXIV - aconselhar ou concorrer para não ser XLIX - faltar sem justa causa ao expediente ou
cumprida qualquer ordem legal de autoridade ao serviço para o qual esteja nominalmente
competente, ou serviço, ou para que seja escalado;
retardada, prejudicada ou embaraçada a sua L - afastar-se, quando em serviço ou em razão
execução; função com veículo automotor, aeronave,
XXXV - ofender a moral e os bons costumes por embarcação ou a pé, da área em que deveria
atos, palavras ou gestos; permanecer ou não cumprir roteiro
XXXVI - dirigir-se, referir-se ou responder a predeterminado para o serviço;
superior de modo desrespeitoso; LI - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem
XXXVII - recriminar ato legal de superior ou ao uso de substância proibida, entorpecente ou
procurar desconsiderá-lo; que determine dependência física ou psíquica,
XXXVIII - ofender, provocar ou desafiar ou introduzi-las em local sob administração
superior, par ou subordinado, estando ou não militar;

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LII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço norma de ação estabelecidos em norma legal,
ou apresentar-se embriagado ou com sinais de em benefício próprio ou de terceiros, com
embriaguez, para prestá-lo; prejuízos para a administração pública;
LIII - ingerir bebida alcoólica, uniformizado e LXVII - retardar ou deixar de praticar,
fora do serviço, salvo em eventos previamente indevidamente, ato de ofício;
autorizados; LXVIII - deixar de punir o transgressor da
LIV - portar ou possuir arma em desacordo com disciplina, salvo se houver causa de justificação;
as normas vigentes; LXIX - tomar parte em jogos proibidos ou jogar
LV - andar ostensivamente armado, em trajes a dinheiro os permitidos, quando fardado;
civis, não se achando de serviço; LXX - divulgar, permitir ou concorrer para a
LVI - disparar arma por imprudência, divulgação indevida de fato ou documento de
negligência, imperícia ou desnecessariamente; interesse da administração pública com
LVII - não obedecer às normas técnicas ou classificação sigilosa;
regras básicas de segurança no manuseio de LXXI - ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo
armamentos e munições ou não ter cautela ou comprometedor para a segurança da sociedade
devido zelo na guarda de arma própria ou sob e do Estado.
sua responsabilidade; LXXII - frequentar lugares incompatíveis com o
LVIII - não obedecer às normas técnicas ou decoro social ou militar, salvo por motivo de
regras básicas de segurança no manuseio e serviço;
cautela de equipamentos, ou não ter o devido LXXIII - violar, alterar ou deixar de preservar
zelo na sua guarda e utilização quando estiver local de crime;
sob sua responsabilidade; LXXIV - simular doença para esquivar-se ao
LIX - ceder, emprestar, remeter, empregar, cumprimento do dever.
adulterar arma de fogo, acessório ou munição § 2° São transgressões disciplinares médias:
de uso proibido ou restrito, sem autorização e I - reter o preso, a vítima, as testemunhas,
em desacordo com determinação legal ou informantes ou partes não envolvidas por mais
regulamentar. tempo que o necessário para a solução do
LX - retirar ou tentar retirar de local, sob procedimento policial, administrativo ou penal;
administração militar, material, documento, II - provocar ou fazer-se, voluntariamente,
viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou causa ou origem de alarmes injustificados;
mesmo deles servir-se, sem ordem do III - comparecer ou tomar parte de movimento
responsável ou proprietário; reivindicatório, no qual os participantes não
LXI - tentar, entrar ou sair de Organização portem qualquer tipo de armamento, que
Militar, com tropa, sem prévio conhecimento possa concorrer para o desprestígio da
da autoridade competente, salvo para fins de Corporação Militar ou ferir a hierarquia e a
instrução ou serviço autorizado pelo comando; disciplina;
LXII - dormir em serviço de policiamento, IV - concorrer para a discórdia, desarmonia ou
vigilância ou segurança de pessoas ou cultivar inimizade entre companheiros;
instalações, salvo quando autorizado; V - entender-se com o preso, de forma velada,
LXIII - pilotar aeronave ou embarcação oficial, ou deixar que alguém o faça, sem autorização
com imprudência, imperícia, negligência ou de autoridade competente ou contrariando
sem estar devidamente habilitado; normas;
LXIV - conduzir ou operar viatura militar, com VI - contrair dívida ou assumir compromisso
imprudência, imperícia, negligência ou sem ter superior às suas possibilidades financeiras,
a carteira nacional de habilitação; desde que venha a expor ostensivamente a
LXV - frequentar ou fazer parte de sindicatos ou imagem da Corporação Militar;
de associações cujos estatutos não estejam de VII - retardar, sem justo motivo, a execução de
conformidade com a lei; qualquer ordem recebida;
LXVI - retardar ou deixar de cumprir dever ou VIII - procrastinar, injustificadamente,

80
expediente que lhe seja encaminhado, bem XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de
como atrasar o prazo para conclusão de acidente de serviço ou instrução;
procedimentos de polícia judiciária militar ou XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou
demais procedimentos e processos representação sem fundamento ou interpor
administrativos disciplinares militares; recurso disciplinar sem observar as prescrições
IX - manter relações de amizade ou exibir-se regulamentares;
em público com pessoas de notórios e XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento
desabonados antecedentes criminais ou de representação, recurso disciplinar ou o
policiais, salvo por motivo relevante ou de exercício do direito de petição;
serviço; XXV - faltar a qualquer ato de serviço em que
X - interferir na administração de serviço ou na deva tomar parte ou assistir, ou ainda, retirar-
execução de ordem ou missão sem ter a devida se antes de seu encerramento sem a devida
competência para tal; autorização;
XI - desacreditar seu superior, par ou XXVI - faltar a ato judiciário, administrativo ou
subordinado hierárquico; similar, salvo motivo relevante a ser
XII - deixar de prestar a superior hierárquico comunicado por escrito à autoridade a que
continência ou outros sinais de honra e estiver subordinado, e assim considerado por
respeito previstos em regulamento; esta, na primeira oportunidade, antes ou
XIII - deixar de corresponder a cumprimento de depois do ato, do qual tenha sido previamente
seu subordinado; cientificado;
XIV - deixar de exibir, estando ou não XXVII - afastar-se de qualquer lugar em que
uniformizado, documento de identidade deva estar por força de dispositivo ou ordem
funcional ou recusar-se a declarar seus dados legal;
de identificação quando lhe for exigido por XXVIII - permutar serviço sem permissão da
autoridade competente; autoridade competente;
XV - deixar de comunicar fato que, em tese, XXIX - deixar de apresentar-se à Junta Médica
constitua transgressão disciplinar; (ou perícia oficial) ou seguir os trâmites
XVI - deixar de fazer os devidos procedimentos regulamentares e administrativos, quando de
formais no âmbito da aplicação de sanção dispensa por questões de doença;
disciplinar; XXX - deixar de se apresentar às autoridades
XVII - não levar ao conhecimento da autoridade competentes nos casos de movimentação ou
competente fato ilegal ou irregularidade que quando designado para comissão ou serviço
presenciar ou de que tiver ciência e que não lhe extraordinário, prontidão, treinamentos,
caiba reprimir; instrução formaturas, solenidades e manobras;
XVIII - deixar de manifestar-se nos documentos XXXI - deixar de identificar-se quando
e processos que lhe forem encaminhados, solicitado, ou quanto as circunstâncias o
exceto nos casos de suspeição ou exigirem;
impedimento, ou de absoluta falta de XXXII - não se apresentar ao seu superior
elementos, hipóteses em que essas imediato ao término de qualquer afastamento
circunstâncias serão fundamentadas; do serviço ou, ainda, logo que souber que o
XIX - deixar de encaminhar à autoridade mesmo tenha sido interrompido ou suspenso;
competente, no mais curto prazo e pela via XXXIII - introduzir bebidas alcoólicas em local
hierárquica, documento ou processo que sob administração militar, salvo se
receber, se não for de sua alçada a solução; devidamente autorizado;
XX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou
judiciária militar que deva promover ou em que distribuir em local sob administração militar,
esteja investido; substância ou material inflamável ou explosivo
XXI - desrespeitar atos administrativos, ordens sem permissão da autoridade competente;
judiciais, ou embaraçar suas execuções; XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de

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tráfego aéreo ou de navegação marítima, mal uniformizado, com o uniforme alterado ou
lacustre ou fluvial; diferente do previsto, contrariando o
XXXVI - autorizar, promover ou executar Regulamento de Uniformes da Corporação
manobras perigosas com viaturas, aeronaves, Militar ou norma a respeito;
embarcações ou animais; XLVIII - usar no uniforme, insígnia, medalha,
XXXVII - não ter o devido zelo, por ação ou condecoração ou distintivo, não
omissão, com os bens ou semoventes regulamentares ou de forma indevida;
pertencentes ao patrimônio público ou XLIX - deixar de exibir no uniforme a tarja de
particular, que estejam ou não sob sua identificação do nome de guerra;
responsabilidade; L - ostentar, quando uniformizado, tatuagem
XXXVIII - deixar de solicitar a presença de que atente contra a moral, os bons costumes,
perícia oficial quando envolver-se em a dignidade da pessoa humana e às instituições
ocorrência de trânsito com veículos democráticas;
pertencentes à Corporação Militar, bem como LI - exibir, a militar estadual feminina, quando
os cedidos ou locados para o serviço; uniformizada, brincos, piercings, joias ou
XXXIX - trabalhar mal, intencionalmente ou por adereços em desacordo com o disposto no
desídia, em qualquer serviço, instrução ou Regulamento de Uniformes da Corporação
missão; Militar ou norma a respeito;
XL - negar-se a utilizar ou a receber do Estado LII - usar, o militar estadual masculino, quando
fardamento, armamento, equipamento ou uniformizado, brincos e piercings;
bens que lhe sejam destinados ou devam ficar LIII - usar, o militar estadual masculino, quando
em seu poder ou sob sua responsabilidade; uniformizado, adereços em desacordo com os
XLI - deixar o responsável pela segurança da costumes militares;
Organização Militar de cumprir as prescrições LIV - comparecer, uniformizado, a
regulamentares com respeito a entrada, saída manifestações ou reuniões de caráter político-
e permanência de pessoa estranha; partidária, salvo por motivo de serviço ou
XLII - permitir que pessoa não autorizada quando autorizado;
adentre prédio ou local interditado; LV - autorizar, promover ou participar de
XLIII - deixar, ao entrar ou sair de Organização petições ou manifestações de caráter
Militar onde não sirva, de dar ciência da sua reivindicatório, de cunho político-partidário,
presença ao oficial ou graduado de serviço e, religioso, de crítica ou de apoio a ato de
em seguida, se oficial, de procurar o superior, para tratar de assuntos de natureza
comandante ou o oficial de posto mais elevado militar, ressalvados os de natureza técnica ou
ou seu substituto legal para expor a razão de científica havidos em razão do exercício da
sua presença, salvo as exceções função militar;
regulamentares previstas; LVI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou
XLIV - abrir ou tentar abrir qualquer instituições, exceto ao Ministério Público e ao
dependência da Organização Militar, desde Poder Judiciário, para resolver assunto de
que não seja a autoridade competente ou sem interesse pessoal relacionados com a
sua ordem, salvo em situações de emergência; Corporação Militar, sem observar os preceitos
XLV - permanecer em dependência de outra estabelecidos neste Código;
Organização Militar ou local de serviço sem LVII - deixar de cumprir as normas legais ou
consentimento ou ordem da autoridade regulamentares, na esfera de suas atribuições;
competente; LVIII - ter em seu poder, introduzir ou
XLVI - deixar de exibir a superior hierárquico, distribuir, em local sob administração militar,
quando por ele solicitado, objeto ou volume, publicações, estampas ou jornais que atentem
ao entrar ou sair de qualquer Organização contra a disciplina, a moral ou as instituições;
Militar; LIX - distribuir, ainda que fora de local sob
XLVII - apresentar-se, em qualquer situação, administração militar, publicações, estampas

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ou jornais que atentem contra a disciplina, a de qualificação pessoal, telefone ou mudança
moral ou as instituições; de endereço residencial;
LX - discutir ou provocar discussão, por XII - deixar de comunicar a tempo, à
qualquer veículo de comunicação, sobre autoridade competente, a impossibilidade de
assuntos políticos, militares ou policiais, comparecer à Organização Militar ou a
excetuando-se os de natureza exclusivamente qualquer ato ou serviço de que deva participar
técnica, quando devidamente autorizado; ou a que deva assistir;
LXI - não ter pelo preparo próprio, ou de seus XIII - permanecer, alojado ou não, deitado em
subordinados ou instruendos, a dedicação horário de expediente no interior da
imposta pelo sentimento do dever; Organização Militar, sem autorização de quem
LXII - conduzir veículo, pilotar aeronave ou de direito;
embarcação oficial, sem autorização, mesmo XIV - adentrar, sem permissão ou ordem, em
estando habilitado; lugar cuja entrada lhe seja vedada;
LXIII - chegar atrasado ao expediente, ao XV - transportar na viatura, aeronave ou
serviço para o qual esteja escalado, convocado, embarcação que esteja sob seu comando ou
designado ou a qualquer outro ato em que responsabilidade, pessoas, animais ou
deva tomar parte ou assistir; materiais, sem autorização da autoridade
LXIV - maltratar, permitir maus tratos ou não competente;
ter o devido cuidado com animais. XVI - andar a cavalo, a trote ou galope, sem
§ 3° São transgressões disciplinares leves: necessidade, pelas ruas da cidade ou castigar a
I - fumar em local não permitido; montada;
II - deixar de comunicar ao superior a execução XVII - acionar desnecessariamente o rádio ou
de ordem dele recebida, no mais curto prazo sirene de viatura militar;
possível; XVIII - permanecer em dependência da própria
III - retirar-se da presença do superior Organização Militar ou local de serviço, desde
hierárquico sem obediência às normas que a ele estranho, sem consentimento ou
regulamentares; ordem da autoridade competente;
IV - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, XIX - entrar ou sair, de qualquer Organização
de apresentar-se ao seu superior funcional Militar, por lugares que não sejam para isso
conforme prescrições regulamentares; designados;
V- dirigir-se diretamente ao superior XX - usar vestuário incompatível com o local ou
hierárquico pelo nome, sem fazer menção ao ocasião ou descuidar do asseio próprio;
posto ou graduação; XXI - estar em desacordo com as normas
VI - deixar, nas solenidades, de apresentar-se regulamentares de apresentação pessoal;
ao superior hierárquico de posto ou graduação XXII - permitir ou aceitar qualquer
mais elevada e de saudar os demais, de acordo manifestação coletiva de pares e
com as normas regulamentares; subordinados, com exceção das
VII - consentir, o responsável pelo posto de demonstrações de boa e sã camaradagem e
serviço ou a sentinela, na formação de grupo com prévio conhecimento do homenageado;
ou permanência de pessoas junto ao seu XXIII - adentrar ao quartel em trajes civis em
posto; horário de expediente sem autorização de
VIII - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou quem de direito.
insígnia de autoridade;
IX - dar toques ou fazer sinais, previstos nos CAPÍTULO IV
regulamentos, sem ordem de autoridade DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
competente;
X - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou Seção I
lugares impróprios; Disposições Gerais
XI - deixar de comunicar a alteração de dados Art. 19. As sanções disciplinares aplicáveis aos

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militares estaduais, independentemente do § 1° O militar que sofrer a sanção constante no
posto, graduação ou função que ocupem, são: caput deste artigo não fará jus ao adicional
I- advertência; noturno e ao auxílio alimentação,
II- repreensão; correspondente ao período de suspensão.
III- suspensão; § 2° O desconto previsto no caput deste artigo
IV- reforma disciplinar compulsória; não poderá ser superior a trinta por cento do
V- demissão; valor do subsídio mensal do punido.
VI- licenciamento e a exclusão a bem da
disciplina; Seção V
Parágrafo único. Todo fato que constituir Da Reforma Disciplinar Compulsória
transgressão deverá ser levado ao Art. 23. A reforma disciplinar compulsória
conhecimento da autoridade competente para consiste na passagem do militar estadual da
as providências disciplinares. ativa para a inatividade, pelo reiterado
cometimento de transgressões ou pela sua
Seção II gravidade, em vista da constatação da falta de
Da Advertência condições para o desempenho das suas
Art. 20. A advertência, forma mais branda de funções na Corporação Militar.
sanção, é aplicada ao transgressor, publicada § 1° A reforma disciplinar compulsória poderá
de forma reservada ou ostensiva, devendo ser aplicada, em sede de pertinente processo
sempre ser registrada nos assentamentos administrativo disciplinar, pelas autoridades
individuais, não devendo surtir efeito no dos incisos I e II, do art. 13, deste Código,
comportamento das praças e no conceito dos quando o militar estadual, mediante parecer
oficiais, bem como não constar em certidão de da Junta Médica ou perícia oficial, em laudo de
punições. exame de insanidade mental, for considerado
Parágrafo único. A sanção de que trata o caput incapaz de permanecer no serviço ativo da
deste artigo, aplica-se exclusivamente às Corporação Militar.
transgressões de natureza leve. § 2° A reforma disciplinar compulsória do
militar estadual será efetuada no grau
Seção III hierárquico, graduação ou posto que possuir
Da Repreensão na ativa e com proventos proporcionais ao seu
Art. 21. A repreensão é a sanção feita por tempo de serviço.
escrito ao transgressor, publicada de forma
reservada ou ostensiva, devendo sempre ser Seção VI
registrada nos assentamentos individuais. Da Demissão
Parágrafo único. A sanção de que trata o caput Art. 24. A demissão decorrerá de processo de
deste artigo aplica-se às transgressões de perda do posto e da patente, consequente da
naturezas leve e média. submissão do oficial militar estadual a
Conselho de Justificação.
Seção IV § 1° O oficial perderá o posto e a patente se for
Da Suspensão julgado indigno do oficialato, ou com ele
Art. 22. A suspensão é a medida disciplinar incompatível, por decisão do Tribunal
sancionatória que consiste no afastamento competente, tendo por consequência a sua
temporário do exercício de cargo, encargo ou demissão por ato do Governador do Estado.
função do militar estadual da ativa que § 2° O oficial da ativa demitido não terá direito
incorrer em transgressões de natureza média a qualquer remuneração ou indenização.
ou grave, implicando em desconto no subsídio § 3° O oficial inativo demitido perderá todos os
do punido de 1/30 (um trinta avos) por dia de seus direitos inerentes ao posto e à patente
suspensão por ficar afastado de suas militares, exceto a percepção de remuneração.
atividades.

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Seção VII disciplina através de jornais, publicações,
Do Licenciamento e da Exclusão a Bem da termos de declarações ou outros meios,
Disciplina deverá promover a remessa à autoridade
Art. 25. O licenciamento e a exclusão a bem da competente, por intermédio do seu diretor,
disciplina serão aplicados pelo Comandante chefe ou comandante imediato, no primeiro
Geral e consiste no desligamento compulsório dia útil subsequente ao fato motivador, caso
e definitivo da Corporação Militar Estadual. não seja a autoridade competente para
§ 1° A exclusão a bem da disciplina será promover a apuração.
aplicada às praças da ativa com estabilidade Art. 28. A comunicação disciplinar deve ser
assegurada, às inativas da reserva remunerada clara, concisa e precisa, contendo os dados
ou reformadas e às praças especiais. capazes de identificar as pessoas ou coisas
§ 2° O licenciamento a bem da disciplina deve envolvidas, o local, a data e a hora do fato,
ser aplicado à praça sem estabilidade além de caracterizar as circunstâncias que o
assegurada. envolveram sem tecer comentários ou
Art. 26. A exclusão e o licenciamento a bem da opiniões pessoais.
disciplina decorrem da apreciação da Parágrafo único. A autoridade militar que
incapacidade da praça militar para permanecer receber a comunicação disciplinar, não sendo
na Corporação, apurados, respectivamente, competente para solucioná-la, deverá
mediante Conselho de Disciplina e Processo encaminhá-la a seu superior imediato para as
Administrativo Disciplinar Ordinário. medidas que se fizerem necessárias.
§ 1° A praças da ativa e as praças especiais Art. 29. No caso de ocorrência disciplinar
licenciadas ou excluídas a bem da disciplina envolvendo militares integrantes das Forças
não terão direito a qualquer remuneração ou Armadas ou de outras coirmãs militares
indenização. estaduais, as autoridades dos incisos II e III, do
§ 2° A praça inativa excluída a bem da art. 13 deste Código deverão tomar as medidas
disciplina perderá todos os seus direitos administrativas necessárias sobre a ocorrência
inerentes à graduação militar, exceto a e do que foi apurado aos Comandantes das
percepção de remuneração. respectivas forças.

CAPÍTULO V CAPÍTULO VI
DO CONHECIMENTO E DA COMUNICAÇÃO DA DISPONIBILIDADE CAUTELAR
DISCIPLINAR Art. 30. A disponibilidade cautelar é a medida
Art. 27. Todo militar que tiver conhecimento administrativa não sancionatória que se presta
de fato contrário à disciplina praticado por a retirar o militar estadual do exercício das
subordinado hierárquico ou funcional deverá funções do local onde ocorreu o fato, até o
participá-lo a seu diretor, chefe ou término da sua apuração, devendo prestar
comandante imediato por meio de serviços, normalmente, em nova Organização
comunicação disciplinar por escrito. Militar na localidade em que for designado
§ 1° A comunicação disciplinar deverá ser pelo Comandante Geral da respectiva
lavrada e remetida ao diretor, chefe ou Corporação.
comandante imediato até o término do § 1° A disponibilidade cautelar será solicitada,
expediente do primeiro dia útil subsequente via Corregedoria, pelos encarregados de
ao fato motivador. processos, de procedimentos e de comissões
§ 2° A comunicação disciplinar poderá ser processantes, pelas autoridades delegantes
lavrada em forma de parte, ofício, correio elencadas no art. 13, na ocorrência das
eletrônico, ou qualquer outro meio em uso na hipóteses de:
Corporação Militar. I - dar causa a desvios de conduta grave que
§ 3° Quando o militar tomar conhecimento de afetem os valores militares previstos no art. 9°,
indícios da prática de transgressão da deste Código;

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II - ser acusado de prática de crime ou de ato motivos determinantes do fato, os danos
irregular que efetivamente concorra para o causados, a personalidade e os antecedentes
desprestígio da Corporação Militar e de seus do transgressor, a intensidade do dolo ou o
integrantes. grau da culpa, para adoção das medidas
§ 2° É imprescindível a existência de provas da administrativas e disciplinares cabíveis.
conduta irregular e indícios suficientes de Art. 34. Na apuração disciplinar nenhum militar
responsabilidade do militar, para que seja será interrogado se estiver em estado de
declarada a sua disponibilidade cautelar. embriaguez ou sob a ação de substância
Art. 31. A autoridade que solicitar a entorpecente.
disponibilidade cautelar deverá, em seu Art. 35. A apuração disciplinar ocorrerá através
pedido, sugerir o local de seu cumprimento, dos procedimentos e processos disciplinares
bem como especificar a duração da medida, previstos neste Código.
com observância do prazo máximo de 40
(quarenta) dias, que poderá ser prorrogado Seção II
por mais 20 (vinte) dias. Do Julgamento
§ 1° Os pedidos para aplicação inicial da Art. 36. O julgamento dos fatos ou atos
medida de disponibilidade cautelar ou de sua transgressionais deve ser feito com serenidade
prorrogação deverão ser feitos com e imparcialidade, para que o agente fique
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) consciente e convicto de que ele se inspira no
horas. cumprimento exclusivo do dever, na
§ 2° A disponibilidade cautelar assegura ao preservação da disciplina que tem em vista o
militar a percepção dos seus vencimentos e benefício educativo dele e da coletividade.
vantagens integrais inerentes ao seu cargo. Art. 37. O julgamento deve se precedido de um
exame e de uma análise que considerem:
CAPÍTULO VII I - os antecedentes do transgressor;
DA APURAÇÃO, DO JULGAMENTO, DA II - as causas que a determinarem;
APLICAÇÃO E DO CUMPRIMENTO DA III - a natureza dos fatos ou os atos que a
SANÇÃO DISCIPLINAR envolverem;
IV - as consequências que dela possam
Seção I resultar.
Da Apuração Parágrafo único. No julgamento dos fatos ou
Art. 32. A apuração disciplinar ocorrerá a atos transgressionais ainda podem ser
critério da autoridade competente, ao tomar levantadas causas de justificação ou as
conhecimento de um fato por meio de circunstâncias que os atenuem e /ou os
comunicação disciplinar, em razão de agravem.
requerimento da parte ofendida ou de quem Art. 38. São causas de justificação:
legalmente a represente, em virtude de I - motivo de força maior ou caso fortuito,
representação de autoridade que tenha plenamente comprovados;
conhecimento do dano ou infração disciplinar, II - em preservação da ordem pública ou do
cuja repressão não tenha competência, e por interesse coletivo, na prática de ação meritória
meio das mídias sociais, dentre outros. ou no interesse do serviço, da ordem ou do
Art. 33. Na apuração disciplinar serão sossego público;
observados os princípios da legalidade, III - legítima defesa própria ou de outrem;
impessoalidade, moralidade, publicidade e IV - obediência a ordem superior, desde que a
eficiência, dentro dos pressupostos da ordem recebida não seja manifestamente
proporcionalidade e razoabilidade, cabendo à ilegal;
autoridade militar que tiver conhecimento da V - uso de força para compelir o subordinado a
prática de dano ou infração disciplinar, sempre cumprir rigorosamente o seu dever, no caso de
considerar a natureza, a gravidade e os perigo, necessidade urgente, estado de

86
necessidade, calamidade pública ou decisão administrativa irrecorrível que o tenha
manutenção da ordem e da disciplina; aplicado sanção por qualquer transgressão
VI - ter praticado a transgressão para evitar prevista neste Código.
mal maior; VII - ter praticado a transgressão § 2° Serão considerados para reincidência os
sob coação irresistível; seguintes requisitos:
Parágrafo único. Não haverá aplicação de I - decisão administrativa irrecorrível de
sanção disciplinar quando for reconhecida transgressão disciplinar anterior; II - prática de
qualquer causa de justificação. qualquer nova transgressão disciplinar;
Art. 39. São circunstâncias atenuantes: III - a reincidência não poderá ser invocada,
I - estar, no mínimo, no bom comportamento; passados 05(cinco) anos de cumprida pelo
II - ter relevância de serviços prestados; acusado sua última sanção disciplinar ou após
III - ter praticado a falta em defesa própria, de o seu cancelamento.
seus próprios direitos ou dos de outrem; § 3° A sanção de advertência aplicada ao
IV - ter praticado a falta por motivo de militar estadual não será considerada para fins
relevante valor social; de reincidência.
V - falta de prática do serviço; Art. 41. A prática reiterada de transgressões
VI - ter sido a transgressão praticada em disciplinares de naturezas média e grave,
decorrência da falta de melhores demonstrada pela aparente insensibilidade por
esclarecimentos quando da emissão da ordem parte do transgressor, ante à ineficiência das
ou de falta de meios adequados para o seu punições que lhe forem impostas, poderá
cumprimento, devendo tais circunstâncias ser ensejar em motivos para demissão,
plenamente comprovadas; licenciamento a bem disciplina ou exclusão a
VII - colaborar na apuração da transgressão bem da disciplina.
disciplinar;
VIII - ter o agente confessado Seção III
espontaneamente a autoria da transgressão, Da Aplicação da Sanção Disciplinar
quanto esta for ignorada ou imputada a Art. 42. A sanção disciplinar será proporcional
outrem; à gravidade e natureza da infração, observados
IX - ter o transgressor procurado diminuir as os seguintes limites:
consequências da transgressão, antes da I - as faltas leves são puníveis com sanção de
sanção, reparando os danos. advertência ou repreensão; II - as faltas médias
Art. 40. São circunstâncias agravantes: são puníveis com sanção de repreensão ou
I - estar em mau comportamento; suspensão;
II - prática simultânea ou conexão de duas ou III - as faltas graves são puníveis com
mais transgressões; suspensão, demissão, exclusão bem da
III - reincidência; disciplina e licenciamento a bem da disciplina
IV - conluio de duas ou mais pessoas; ou reforma disciplinar compulsória.
V - ter sido a falta praticada durante a Parágrafo único. Na ocorrência de mais de uma
execução do serviço; transgressão, quando forem praticadas de
VI - ter praticado a transgressão com forma conexa, as de menor gravidade serão
premeditação; consideradas como circunstâncias agravantes
VII - ter sido a falta praticada em presença de da transgressão principal.
subordinado, de tropa ou de civil; Art. 43. Pela mesma transgressão não será
VIII - ter sido a falta praticada com abuso de aplicada mais de uma sanção disciplinar e, no
autoridade hierárquica ou funcional ou com concurso de transgressões, aplicar-se-á a
emprego imoderado de violência sanção relativa à mais grave.
manifestamente desnecessária. Art. 44. A aplicação da sanção disciplinar, nos
§ 1° Considera-se reincidência quando o militar termos do art. 19, deste Código compreenderá
pratica transgressão disciplinar depois da em:

87
I - elaboração da nota de punição com o negativa de autoria ou inexistência do fato, a
respectivo enquadramento; instauração de inquérito ou ação criminal, não
II - publicação em boletim ou Diário Oficial do impedirá a imposição, na esfera administrativa,
Estado do Piauí - DOE/PI; e de sanção pela prática de transgressão
III - registro na ficha disciplinar individual do disciplinar sobre o mesmo fato.
punido.
Art. 45. A nota de punição não conterá Seção IV
comentários depreciativos ou ofensivos, nem Do Cumprimento da Sanção Disciplinar
alusões pessoais ao punido, permitidos os Art. 48. Estando à disposição ou a serviço de
ensinamentos, devendo conter: autoridade diversa, o transgressor será
I - a descrição clara e precisa dos fatos; requisitado à apresentação pela autoridade
II - as circunstâncias que configuram a competente para aplicar-lhe a sanção.
transgressão; III - o enquadramento disciplinar Art. 49. De ofício, ou a pedido das autoridades
constando: disciplinares competentes e visando o
a) a indicação dos dispositivos legais cumprimento da sanção, o comandante ou
infringidos; chefe imediato do transgressor poderá sustar
b) as circunstâncias atenuantes ou agravantes ou interromper o seu gozo de férias, dispensas
e as causas de justificação; e trânsito, para fins de aplicação da sanção
c) a classificação da transgressão; disciplinar.
d) a sanção disciplinar imposta; Parágrafo único. Para fins de aplicação deste
e) a reclassificação ou melhoria do artigo, a sustação ou interrupção das licenças
comportamento militar; especiais e para tratar de assuntos de interesse
f) as datas do início e do término do particular, são de competência do respectivo
cumprimento da sanção; Comandante Geral.
g) a determinação para posterior cumprimento,
se o punido estiver baixado ou afastado do CAPÍTULO VIII
serviço; DO COMPORTAMENTO DAS PRAÇAS
h) outros dados que a autoridade competente
julgar necessários; IV - a assinatura da Seção I
autoridade competente. Disposições Gerais
Art. 46. A publicação é a divulgação oficial do Art. 50. O comportamento da praça militar
ato administrativo referente à aplicação da estadual terá acompanhamento contínuo e
sanção disciplinar, através da qual se dará permanente, demonstrado através de registros
início a seus efeitos, devendo ser feita em em seus assentamentos que avaliarão o seu
boletim, e se necessário, também publicada no procedimento na vida profissional e particular,
DOE/PI. sob o ponto de vista disciplinar.
Parágrafo único. As sanções aplicadas a oficiais Art. 51. O comportamento da praça militar
e aspirantes-a-oficial serão publicadas em está sujeito à classificação, à reclassificação e à
boletim reservado da Corporação e somente melhoria.
para conhecimento dos integrantes dos seus § 1° Compete às autoridades discriminadas nos
respectivos círculos e superiores hierárquicos, incisos do art. 13, deste Código, adotarem os
podendo ser dadas ao conhecimento geral se procedimentos administrativos necessários à
as circunstâncias ou a natureza da classificação, à reclassificação e à melhoria do
transgressão e o bem da disciplina assim o comportamento das praças.
recomendarem. § 2° Para efeito de reclassificação ou melhoria
Art. 47. A sanção disciplinar não exime o do comportamento ter-se-ão como bases as
militar estadual punido da responsabilidade datas em que as sanções disciplinares foram
civil e criminal emanadas do mesmo fato. publicadas.
Parágrafo único. Ressalvados os casos de

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repreensão equivalem a 01 (uma) suspensão;
Seção II III- 02(duas) repreensões equivalem a 01 (uma)
Da Classificação suspensão.
Art. 52. A classificação é o procedimento
administrativo que reconhece a categoria Seção IV
comportamental em que se deve enquadrar a Da Melhoria
praça, com a devida consignação na sua ficha Art. 56. A melhoria de comportamento
disciplinar, a partir do seu ingresso na consiste na gradação crescente de
Corporação, ficando sujeito a gradações de comportamento, em razão de lapso temporal
acordo com sua conduta castrense. sem sanção disciplinar sofrida pelo militar.
Art. 53. O comportamento da praça, na § 1º Para fins disciplinares a praça terá
Corporação, será classificado em: melhoria do seu comportamento, feita
I - Excepcional; automaticamente:
II - Ótimo; I- do mau para o insuficiente, quando, no
III - Bom; período de 01 (um) ano, não houver sofrido
IV - Insuficiente; qualquer punição;
V - Mau. II- do insuficiente para o bom, quando, no
Art. 54. Ao ser admitida, a praça militar período de 02(dois) anos, não houver sofrido
estadual será classificada no comportamento qualquer punição;
previsto no inciso III, deste artigo. III- do bom para o ótimo, quando, no período
de 04(quatro) anos, não houver sofrido
Seção III qualquer punição;
Da Reclassificação IV- do ótimo para o excepcional, quando no
Art. 55. A reclassificação consiste na gradação período de 08(oito) anos, não houver
decrescente de comportamento, em razão de sofrido qualquer punição.
sanção disciplinar aplicada ao militar.
§ 1° Para fins disciplinares a praça terá o seu CAPÍTULO IX
comportamento reclassificado: DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
I - do excepcional para o: ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES
a) ótimo, quando for punida com repreensão;
b) bom, quando for punida com suspensão; Seção 1
II - do ótimo para o bom, quando for punida no Disposições Gerais
período de 04 (quatro) anos de efetivo serviço, Art. 57. Os procedimentos e processos
com mais de 01 (uma) repreensão; disciplinares de que trata este Código, para os
III - do bom para o: militares do Estado, serão:
a) insuficiente, quando for punida, no período I - Sindicância;
de 01(um) ano de efetivo serviço com 01 (uma) II - Inquérito Técnico;
suspensão; III - Processo Administrativo Disciplinar
b) mau, quando for punida, no período de 01 Simplificado;
(um) ano de efetivo serviço, com mais de 02 IV - Processo Administrativo Disciplinar
(duas) suspensões; Ordinário;
IV - do insuficiente para o mau, quando for V - Conselhos de Ética e Disciplina Militares.
punida, no período de um 01 (um) ano de
efetivo serviço, com mais de 02 (duas) Seção II
suspensões. Da Sindicância
§ 2° Para efeito de reclassificação: Art. 58. A sindicância é o procedimento
I- 02(duas) advertências equivalem a 01 (uma) administrativo, de caráter célere e de instrução
repreensão; provisória, que tem por finalidade a elucidação
II- 02(duas) advertências e 01 (uma) de fatos supostamente ilícitos ou irregulares,

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objetivando identificar suas circunstâncias e a subtenente, sargento ou cabo.
determinação de sua autoria, podendo servir Art. 62. O prazo para conclusão da sindicância
como medida antecedente a providências será de 20 (vinte) dias, a contar do dia útil
disciplinares, cíveis, criminais e/ou posterior ao do recebimento, prorrogável por
administrativas. 20 (vinte) dias, mediante pedido justificado do
Parágrafo único. Da sindicância pode resultar: sindicante à autoridade instauradora.
I - arquivamento; Art. 63. Toda sindicância instaurada deverá ter
II - instauração de Processo Administrativo curso normal, não podendo ser sua portaria
Disciplinar Simplificado ou Ordinário; revogada ou invalidada, a não ser que
III - instauração de Conselho de Disciplina ou apresente vício insanável ou que os fatos nela
de Justificação; citados estejam sendo apurados em outro
IV - instauração de Inquérito Técnico; procedimento.
V - instauração de Inquérito Policial Militar; § 1° O ato de revogação ou invalidação deverá
VI - a realização de Termo de Ajustamento de ser motivado, indicando as razões de fato e de
Conduta por dano material; direito e publicado em boletim.
VII - encaminhamento à autoridade de Polícia § 2° A autoridade instaurada da sindicância
Judiciária competente, se resultar indícios de deverá ao final sempre efetuar a remessa de
infração penal comum a apurar. cópias da portaria, do relatório e da solução à
Art. 59. Em caso de denúncia anônima, a Corregedoria para fins de controle apuratório e
autoridade competente determinará a estatístico da Corporação Militar.
realização de uma sindicância.
Art. 60. A sindicância será instaurada pelas Seção III
autoridades constantes no art. 13, deste Do Inquérito Técnico
Código. Art. 64. Inquérito Técnico é o procedimento
Art. 61. Poderão ser delegados para proceder a administrativo militar destinado a levantar
sindicância, oficiais ou aspirantes-a-oficial, e dados sobre acidentes com viaturas de posse
excepcionalmente, subtenentes ou sargentos, da Corporação e apurar as responsabilidades
devendo os sindicantes sempre serem pelos danos materiais causados.
superiores hierárquicos dos sindicados e se, do Parágrafo único. Do Inquérito Técnico poderá
mesmo posto ou graduação, mais antigos. resultar responsabilidade civil,
§ 1° Não poderá ser encarregado de independentemente das sanções
sindicância quem formulou a acusação, quem administrativa e criminal aplicáveis.
tiver com o sindicado ou suposto ofendido Art. 65. O Inquérito Técnico será instaurado,
parentesco consanguíneo ou afim, na linha pelas autoridades constantes nos incisos II a VI
reta ou colateral até o 3° grau por do art. 13, deste Código, mediante delegação,
consanguinidade colateral ou afinidade de quando tomarem conhecimento de acidente
natureza civil ou que tenha particular de trânsito envolvendo viaturas que estejam
interesse. sob sua responsabilidade.
§ 2° Se, no decorrer da sindicância, o Parágrafo único. Excepcionalmente o
encarregado verificar a existência de indícios Comandante Geral da Corporação instaurará o
contra militar superior ou mais antigo, deverá Inquérito técnico, adotando as medidas
encerrar a apuração e comunicar pertinentes constantes neste Código.
imediatamente seu impedimento à autoridade Art. 66. Poderão ser delegados encarregados
delegante, a fim de que outro seja designado para procederem, ao Inquérito Técnico, oficiais
para prossegui-la. ou aspirantes-a-oficial, e excepcionalmente,
§ 3° Caberá ao sindicante, se não tiver sido subtenentes ou sargentos, devendo os
feita pela autoridade instauradora, caso encarregados serem sempre superiores
necessário, a designação de escrivão para os hierárquicos dos condutores envolvidos nos
trabalhos de digitação, recaindo em oficial, acidentes e se, do mesmo posto ou graduação,

90
mais antigos. Corporação Militar por meio da Corregedoria
§ 1° Não poderá ser encarregado do Inquérito para homologação do resultado.
Técnico quem formulou a acusação, quem Art. 69. Do ato de homologação do
tiver com os envolvidos no acidente Comandante Geral poderá resultar:
parentesco consanguíneo ou afim, na linha I - encaminhamento ao setor competente da
reta ou colateral até o 3° grau por Corporação Militar para proceder aos
consanguinidade colateral ou afinidade de descontos autorizados pelo militar causador do
natureza civil ou que tenha particular acidente, consoante firmado no termo de
interesse. ajustamento de conduta;
§ 2° No decorrer do Inquérito Técnico se o II - encaminhamento à Procuradoria Geral do
encarregado verificar a existência de indícios Estado, para os fins judiciais cabíveis acerca da
contra militar superior ou mais antigo, deverá responsabilidade subjetiva por parte do
encerrar a apuração e comunicar causador do acidente, quando não for possível,
imediatamente seu impedimento à autoridade no âmbito da Corporação, a composição
delegante, a fim de que outro seja designado amigável da reparação dos danos por meio de
para prossegui -lo. termo de ajustamento de conduta;
§ 3° Caberá ao encarregado do Inquérito III - encaminhamento à Corregedoria para as
Técnico, se não tiver sido feita pela autoridade providências disciplinares ou de polícia
instauradora, caso necessário, a designação de judiciária militar;
escrivão para os trabalhos de digitação, IV - encaminhamento ao setor competente da
recaindo em oficial, subtenente, sargento ou Corporação para conserto do veículo avariado;
cabo. V - encaminhamento ao setor de patrimônio
Art. 67. O prazo para conclusão do Inquérito da Corporação para descarga;
Técnico será de 20(vinte) dias, a contar do dia VI - arquivamento dos autos.
útil posterior ao do recebimento, prorrogável
por 20(vinte) dias, mediante pedido justificado Seção IV
do seu encarregado à autoridade instauradora. Do Processo Administrativo Disciplinar
Art. 68. A autoridade instauradora do Inquérito Simplificado
Técnico após recebê-lo do encarregado, deverá Art. 70. As transgressões da disciplina de
dar solução, justificando os motivos de seu natureza leve, média com autoria e tipo
despacho, podendo inclusive: transgressional previamente conhecidos, serão
I - sugerir o arquivamento dos autos; apuradas através do Processo Administrativo
II - opinar pela instauração de processo Disciplinar Simplificado, de acordo com as
administrativo disciplinar, no caso de indícios disposições desta Seção.
de transgressão disciplinar ou de Inquérito Art. 71. Recebida a comunicação disciplinar ou
Policial Militar, se houver indícios de crime outro documento relatando transgressão da
militar; disciplina, a autoridade instauradora
III - avocar o parecer do encarregado e dar competente, mediante portaria, quando
solução diferente; IV - determinar a entender haver indícios de transgressão da
composição de solução amigável; disciplina, deverá determinar a abertura do
§ 1° Decidindo a autoridade instaurada pela Processo Administrativo Disciplinar
culpabilidade do causador do acidente, deverá Simplificado para que o militar estadual
este ser notificado para compor solução acusado exerça o seu direito de defesa.
amigável por meio de termo de ajustamento § 1° O militar estadual submetido a Processo
de conduta; Administrativo Disciplinar Simplificado será
§ 2° A autoridade instauradora não poderá denominado de acusado.
arquivar os autos do Inquérito Técnico, § 2° O Processo Administrativo Disciplinar
devendo, imediatamente após a solução, Simplificado deverá conter:
encaminhá-los ao Comandante-Geral da I - identificação da Organização Militar;

91
II - numeração sequencial; apresentados pelo militar em suas razões de
III - identificação do militar acusado; defesa poderão ser deferidos pela autoridade
IV - identificação do militar responsável pela processante, porém, em caso de indeferimento
comunicação disciplinar, quando houver; deverá ser motivado em despacho que
V - relato sucinto do fato imputado ao antecederá o relatório do Processo
acusado, bem como menção dos incisos dos Administrativo Disciplinar Simplificado.
parágrafos do art. 18, em tese, infringidos pelo Art. 75. Recebido o Processo Administrativo
acusado. Disciplinar Simplificado, a autoridade
Art. 72. O Processo Administrativo Disciplinar instauradora prolatará solução, podendo:
Simplificado será instaurado pelas autoridades I - arquivar o termo, em virtude de:
constantes no art. 13, deste Código, mediante a) julgar que o fato não constitui transgressão
delegação, sendo assegurados aos acusados o da disciplina;
contraditório e a ampla defesa. b) falta de elementos comprobatórios;
§ 1° A autoridade instauradora poderá c) justificação da transgressão disciplinar.
designar como autoridade processante para II - aplicação de sanção disciplinar;
realizar o Processo Administrativo Disciplinar III - determinar à autoridade processante o
Simplificado, oficial, e excepcionalmente, prosseguimento da apuração disciplinar por
subtenente ou sargento, devendo sempre ser meio de Processo Administrativo Disciplinar
superior hierárquico do acusado, e se, do Ordinário;
mesmo posto ou graduação, mais antigo. IV - determinar a instauração de inquérito
§ 2° O prazo para realização do Processo policial militar, em virtude da existência de
Administrativo Disciplinar Simplificado será de indícios de crime militar.
l ü(dez) dias, prorrogável por igual período. Parágrafo único. No caso de solução pela
Art. 73. O Processo Administrativo Disciplinar aplicação de sanção disciplinar, esta deverá ser
Simplificado terá como primeira página um fundamentada, esta deverá ser publicada em
formulário, cuja segunda via será entregue ao boletim, bem como deverá o acusado ou seu
acusado, o qual constará o seu ciente na defensor ser intimado, para que, caso queira,
primeira via, ficando notificado que está sendo possa recorrer da decisão.
aberto o prazo de 03(três) dias para a Seção V
apresentação de suas razões de defesa, por Do Processo Administrativo Disciplinar
escrito, o que poderá ser no verso do Ordinário
formulário do processo ou em documento
apenso, produzido pelo próprio acusado, ou Art. 76. O Processo Administrativo Disciplinar
defensor. Ordinário destina-se:
§ 1° Quando o acusado não desejar apresentar I - a apurar os fatos que constituem
justificativas ou defesa, ele deverá manifestar, transgressões disciplinares médias e graves;
de próprio punho, sua intenção no verso do II - a apreciar a permanência ou não das praças
formulário do Processo Administrativo não-estáveis nas fileiras da Corporação.
Disciplinar Simplificado. Parágrafo único. O militar estadual submetido
§ 2° Quando houver recusa do militar em a Processo Administrativo Disciplinar Ordinário
receber a segunda via do termo de apuração será denominado de acusado.
da transgressão disciplinar, no momento da Art. 77. O Processo Administrativo Disciplinar
notificação, a autoridade executara do ato Ordinário será instaurado pelas autoridades
deverá realizar a sua leitura na presença de constantes no art. 13, deste Código, de ofício
duas testemunhas, lavrando-se a respectiva ou mediante determinação, sendo assegurados
certidão, considerando-o notificado sobre o aos acusados o contraditório e a ampla defesa.
prazo legal previsto no caput deste artigo, para Art. 78. Para os fins do inciso 1, da art. 76, será
a apresentação de suas razões de defesa. designado um oficial que atuará como
Art. 74. As solicitações, requisições e pedidos autoridade processante no Processo

92
Administrativo Disciplinar Ordinário. Ordinário, para os fins do caput deste artigo,
Art. 79. O Processo Administrativo Disciplinar será composto por 03(três) oficiais, destes,
Ordinário será realizado por uma comissão sendo 02 (dois) oficiais pertencentes à
processante, para os fins do inciso II, do art. Corporação Militar Estadual que tiver a maior
76, sendo composta por 03 (três) oficiais quantidade de acusados.
membros, em que o mais antigo será § 3° Ocorrendo igual número de acusados, será
designado presidente e os demais, o Processo Administrativo Disciplinar Ordinário
respectivamente, por ordem de antiguidade, o composto, em sua maioria, por oficiais da
interrogante-relator e o escrivão, devendo Polícia Militar.
sempre serem superiores hierárquicos do Art. 82. Constituirão fases do Processo
acusado, e se, do mesmo posto, mais antigos. Administrativo Disciplinar Ordinário -
§ 1° Será designada comissão processante de instauração, instrução, alegações finais de
oficiais somente pelas autoridades constantes defesa, relatório e julgamento.
nos incisos I e II, do art. 13, quando pela Art. 83. Do julgamento do Processo
gravidade ou repercussão dos fatos, as Administrativo Disciplinar Ordinário poderá
circunstâncias assim exigirem. resultar:
§ 2° A comissão processante de oficiais I - no arquivamento do processo, quando:
funcionará sempre com a totalidade de seus a) julgar que o fato não constitui transgressão
membros, em local que a autoridade da disciplina;
instauradora ou seu presidente julgue melhor b) falta de elementos comprobatórios;
indicado para a realização dos trabalhos. c) justificação da transgressão disciplinar.
§ 3° Caberá à autoridade processante, se não II - na aplicação de sanção disciplinar;
tiver sido feita pela autoridade instauradora, III - instauração de Inquérito Policial Militar;
caso necessário, a designação do escrivão para IV - licenciamento a bem a disciplina;
os trabalhos de digitação, recaindo em oficial, V - em remessa à Corregedoria para fins de
subtenente, sargento ou cabo. análise acerca da instauração de Conselho de
§ 4° Para o Processo Administrativo Disciplinar Disciplina ou de Justificação;
Ordinário, realizado por comissão processante, VI - encaminhamento à autoridade de Polícia
deverão ser utilizados os prazos previstos no Judiciária competente, se resultar indícios de
art. 96, deste Código. infração penal comum a apurar.
Art. 80. O prazo para a conclusão do Processo
Administrativo Disciplinar Ordinário, realizado Seção VI
por autoridade processante será de 40 Dos Conselhos de Ética e Disciplina Militares
(quarenta) dias, prorrogáveis por mais 20
(vinte) dias, mediante pedido fundamentado Art. 84. Os Conselhos de Ética e Disciplina
da autoridade ou comissão processante à Militares são processos administrativos
autoridade instauradora. disciplinares procedidos por comissões
Art. 81. Será instaurado apenas um único processantes, designadas pelas autoridades
Processo Administrativo Disciplinar Ordinário, dos incisos I e II, do art. 13, no âmbito da
pelo Governador do Estado, quando o ato ou Corporações Militares Estaduais, sendo
fatos motivadores tenham sido praticados em realizados nas seguintes modalidades:
concurso de praças sem estabilidade das duas I - Conselho de Disciplina; e
Corporações Militares Estaduais. II - Conselho de Justificação.
§ 1° O Governador do Estado na instauração Parágrafo único. As comissões processantes
do Processo Administrativo Disciplinar serão instituídas por meio de Decreto
Ordinário, designará uma comissão mista Governamental ou Portaria, publicado em
composta por oficiais do Corpo de Bombeiros e boletim ou Diário Oficial, e serão compostas
da Polícia Militar. cada uma, por três oficiais membros.
§ 2° O Processo Administrativo Disciplinar

93
Subseção I exerçam atividades prejudiciais ou perigosas à
Do Conselho de Disciplina Segurança Nacional;
VI - atentarem contra a segurança das
Art. 85. O Conselho de Disciplina é o processo instituições, participando de greve, passeatas
administrativo disciplinar especial destinado a ou movimentos reivindicatórios, com uso de
apreciar a capacidade de permanência nas arma, meio de transporte oficial pertencente à
fileiras da Corporação Militar Estadual das Corporação, ou, ainda, ocupando
praças do serviço ativo com estabilidade estabelecimento militar ou qualquer prédio
assegurada, das praças especiais, bem como a público;
capacidade das praças da reserva remunerada VII - que demonstrarem, no comportamento
e reformadas de permanecerem na situação de mau, incorrigibilidade pela prática contumaz
inatividade em que se encontram, criando- de transgressões disciplinares, cujo histórico e
lhes, ao mesmo tempo, condições para se somatório de sanções indiquem sua
defenderem. inadaptabilidade ou incompatibilidade ao
Parágrafo único. O militar estadual submetido regime disciplinar militar, e, por conseguinte, à
a Conselho de Disciplina será denominado de melhoria de seu comportamento;
acusado ou disciplinado. Parágrafo único. Havendo concurso de ações
Art. 86. Serão submetidas a Conselho de entre praças com estabilidade e sem
Disciplina, ex-oficio, praças referidas no artigo estabilidade, será instaurado Conselho de
anterior: Disciplina.
I - acusadas oficialmente ou por meio lícito de Art. 87. O Conselho de Disciplina será
comunicação social, de terem: composto por 03 (três) membros, sendo estes
a) procedido incorretamente no desempenho oficiais da ativa e terá como autoridade
do cargo de que estejam investidas; instauradora o Governador do Estado ou o
b) tido conduta (civil ou policial-militar) Comandante-Geral da respectiva Corporação.
irregular que por sua natureza venha a Art. 88. O mais antigo do Conselho de
denegrir a imagem da Corporação; Disciplina, no mínimo um capitão, será o
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o presidente e o que se lhe seguir em
decoro da classe e o pundonor militar; antiguidade será o interrogante, sendo relator
d) praticado atos que revelem e escrivão, o mais moderno.
incompatibilidade com a função militar Art. 89. Não podem fazer parte do Conselho de
estadual; Disciplina:
e) acumulado cargo público em desacordo com I - o oficial que formulou a acusação;
o disposto na legislação vigente. II - os oficiais que tenham entre si, com o
II - acusado oficialmente de haver cometido acusador ou com o acusado, parentesco
ato atentatório à moralidade pública, à consanguíneo ou afim, na linha reta ou
probidade administrativa e grave violação aos colateral até o 3° grau por consanguinidade
direitos humanos; colateral ou afinidade de natureza civil; e,
III - afastadas do cargo, na forma da legislação III - o oficial que tenham particular interesse na
militar, por se tornar incompatível com o decisão do Conselho de Disciplina.
mesmo ou demonstrar incapacidade no IV - o oficial que se der, justificadamente, por
exercício de funções militares a ele inerentes, suspeito ou impedido;
salvo se o afastamento decorrer de fatos que V - o oficial que seja inimigo ou amigo íntimo
motivem sua submissão a processo; do acusado ou da vítima;
IV - forem condenadas na justiça comum ou VI - o oficial que esteja submetido a qualquer
militar a pena privativa de liberdade por tempo processo disciplinar previsto neste Código ou
igual ou superior a 02 (dois) anos, por sentença que se encontre sub judice, em razão de prisão
transitada em julgado; em flagrante delito ou de processo criminal
V - pertencentes a partidos políticos que com denúncia recebida.

94
Art. 90. O Conselho de Disciplina funcionará e materialidade de infrações disciplinares
sempre com a totalidade de seus membros, conexas, em continuidade ou em concurso,
em local que a autoridade instauradora, ou seu poderão ser aditadas, abrindo-se novos prazos
presidente, julgue melhor indicado para a para a defesa.
realização dos trabalhos. Art. 96. O Conselho de Disciplina dispõe de um
Art. 91. A praça submetida a Conselho de prazo de 90(noventa) dias, a contar da data da
Disciplina ficará adida à Organização Militar publicação da portaria de nomeação em
que lhe for designada, será afastada do serviço boletim da Corporação ou do decreto no
ou instrução nos dias em que estiver à DOE/PI para a conclusão dos trabalhos
disposição do processo para as audiências das relativos ao processo, deliberação, confecção,
quais for notificada. leitura e remessa do relatório conclusivo.
Art. 92. O Comandante-Geral, com base na § 1° A autoridade instauradora, a
natureza da falta ou na inconsistência dos requerimento motivado do Presidente do
fatos apontados, poderá considerar, desde Conselho de Disciplina, poderá prorrogar por
logo, insuficiente a acusação e, em mais 30(trinta) dias, o prazo de conclusão dos
consequência, deixar de instaurar o Conselho trabalhos.
de Disciplina, sem prejuízo de novas § 2° A autoridade instauradora, por motivo de
diligências. morte do acusado, poderá suspender, em
Art. 93. O Conselho de Disciplina poderá ser qualquer fase, os trabalhos do Conselho de
instaurado, independentemente da existência Disciplina, por terem cessado os motivos de
ou da instauração de inquérito policial comum sua nomeação.
ou militar, de processo criminal ou de sentença Art. 97. Reunido o Conselho de Disciplina,
criminal transitada em julgado. convocado previamente por seu presidente,
Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do em local, dia e hora designados com
Conselho de Disciplina surgirem indícios de antecedência, presentes o acusado e seu
crime comum ou militar, o presidente deverá defensor, caso tenha, o presidente fará a
extrair cópia dos autos, remetendo-os, por abertura da audiência de instalação,
ofício, à autoridade competente para início do observando-se o seguinte:
respectivo inquérito policial ou da ação penal I - verificação de possíveis suspeições ou
cabível. impedimentos dos membros do Conselho que
Art. 94. Será instaurado apenas um único possam suscitar a imparcialidade do colegiado;
Conselho de Disciplina, pelo Governador do II - prestação do compromisso legal pelos
Estado, quando o ato ou fatos motivadores membros do Conselho;
tenham sido praticados em concurso de praças III - autuação pelo escrivão de todos os
das duas Corporações Militares Estaduais. documentos apresentados, inclusive os
§ 1° O Governador do Estado, na instauração oferecidos pelo acusado;
do Conselho de Disciplina, designará uma IV - leitura, pelo escrivão, perante o Conselho e
comissão mista composta por oficiais do Corpo acusado, da portaria ou decreto de
de Bombeiros e da Polícia Militar. instauração, mandado de citação e demais
§ 2° O Conselho de Disciplina, para os fins do peças do processo, sendo-lhe entregue o libelo
caput deste artigo, será composto por 03 (três) acusatório;
oficiais, destes, sendo 02 (dois) oficiais V - designação, pelo Comandante Geral, de um
pertencentes à Corporação Militar Estadual oficial para atuar como defensor dativo, caso o
que tiver a maior quantidade de acusados. acusado assim requeira para fazer sua defesa;
§ 3° Ocorrendo igual número de acusados, será VI - leitura, pelo escrivão, perante o Conselho
o Conselho de Disciplina composto, em sua de Disciplina, o acusado e/ou defensor, da
maioria, por oficiais da Polícia Militar. portaria ou decreto de instauração, mandado
Art. 95. Após a elaboração do decreto ou de citação e demais peças do processo, sendo
portaria de instauração, elementos de autoria entregue o libelo acusatório;

95
VII - nomeação, pelo Comandante Geral ou 05 (cinco) dias, a contar do primeiro dia útil
pelo Presidente do Conselho de Disciplina, de após o seu recebimento, para apresentar
um oficial para atuar como defensor dativo, defesa prévia, podendo arrolar até 08 (oito)
caso se faça necessário, em todos os atos testemunhas e requerer a juntada de
processuais; documentos que entender convenientes à sua
VIII - proceder-se-á a qualificação do acusado, defesa.
previamente cientificado da acusação, sendo o § 1° Nesse número não se compreendem as
ato reduzido a termo, assinado por todos os que não prestem compromisso e as referidas.
membros do Conselho de Disciplina, pelo § 2° A parte poderá desistir da inquirição de
acusa do e pelo defensor, fazendo-se a juntada qualquer das testemunhas arroladas.
de todos os documentos por este, porventura § 3° O Conselho de Disciplina, quando julgar
oferecidos em defesa; necessário, poderá ouvir outras testemunhas,
§ 1° Aos membros do Conselho de Disciplina é além das indicadas pelas partes.
lícito interrogar novamente o acusado e § 4° Se ao Conselho parecer conveniente,
reinquirir as testemunhas sobre o objeto da serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas
acusação e propor diligências para o se referirem.
esclarecimento dos fatos. Art. 99. Apresentada ou não a defesa previa,
§ 2° Em sua defesa, pode o acusado requerer a no Conselho de Disciplina, proceder-se-á à
produção, perante o Conselho de Disciplina, de inquirição do ofendido, se houver, das
todas as provas permitidas pelo ordenamento testemunhas e informantes, devendo os de
jurídico. acusação, até 08 (oito), serem ouvidas em
§ 3° Conselho de Disciplina indeferirá, em primeiro lugar, seguidas das arroladas pela
decisão fundamentada, as diligências inúteis defesa na mesma quantidade.
ou meramente protelatórias. § 1° Antecedendo as alegações finais serão os
§ 4° As provas a serem colhidas mediante carta acusa dos notificados para a realização dos
precatória serão efetuadas por intermédio da seus respectivos interrogatórios.
Autoridade Militar deprecante ou, na falta § 2° A não apresentação da defesa prévia,
desta, da Polícia Judiciária local. dentro do prazo constante no artigo anterior,
§ 5° Para fins de efetivação do disposto no será certificada nos autos pelo escrivão,
inciso V, deste artigo, deverá o Presidente ante entendendo-se que o acusado irá se
ao incidente da falta de advogado do acusado, manifestar no processo apenas em sede de
realizar a audiência de instalação, porém, alegações finais.
deliberando com o Conselho de Disciplina pela Art. 100. O acusado e seu defensor, querendo,
nomeação de um defensor dativo, sendo poderão comparecer a todos os atos do
remarcada para a próxima a sessão, a entrega processo conduzidos pelo Conselho de
do libelo acusatório ao acusado e/ou defensor, Disciplina, sendo para tanto, notificados.
para apresentação de sua defesa prévia, Art. 101. Encerrada a fase de instrução, a praça
ficando desde já, o defensor, intimado para acusada ou seu defensor serão notificados
consequente atuação nos demais atos para darem vistos no processo, para
processuais. apresentar, no prazo de 08 (oito) dias, suas
§ 6° Em caso de nomeação do defensor dativo, alegações finais de defesa.
para Conselho de Disciplina, pelo Comandante Art. 102. Apresentadas as alegações finais de
Geral, haverá o sobrestamento do Processo, defesa, o Conselho de Disciplina passará a
voltando o prazo processual a correr a partir deliberar acerca do relatório conclusivo e sua
do momento em que for o defensor dativo respectiva leitura, em sessão, que contará com
intimado da referida nomeação. a presença do acusado e de seu defensor, os
Art. 98. O acusado, ressalvado o disposto no quais deverão ser previamente notificados.
§5° do art. 97, já na audiência de instalação, § 1° O relatório conclusivo, assinado por todos
receberá o libelo acusatório, tendo o prazo de os membros do Conselho de Disciplina, terá

96
como parecer se deve o acusado permanecer § 2° O militar estadual submetido a Conselho
ou não nas fileiras da Corporação Militar. de Justificação será denominado de acusado
§ 2° O parecer conclusivo do Conselho de ou justificante.
Disciplina será dado por maioria de votos de Art. 105. Será submetido a Conselho de
seus membros, facultada a justificação, por Justificação, a pedido ou ex-officio, o oficial:
escrito, do voto vencido. I - acusado oficialmente ou por qualquer meio
§ 3° Após a leitura do relatório deverá ser lícito de comunicação social de ter:
lavrada Ata, constando a deliberação pela a) procedido incorretamente no desempenho
remessa dos autos do Conselho de Disciplina do cargo de que esteja investido;
pelo presidente à autoridade instauradora. b) tido conduta (civil ou policial-militar)
Art. 103. Recebidos os autos do Conselho de irregular que por sua natureza venha a
Disciplina, a autoridade instauradora, disporá denegrir a imagem da Corporação Militar;
do prazo de 30 (trinta) dias, para decidir, em c) praticado ato que afete a honra pessoal, o
julgamento, determinando: decoro da classe e o pundonor militar;
I - o arquivamento do processo, caso d) praticado atos que revelem
improcedente a acusação, adotando as razões incompatibilidade com a função militar
constantes do relatório conclusivo do Conselho estadual;
de Disciplina ou concebendo outros e) acumulado cargo público em desacordo com
fundamentos; o disposto na legislação vigente.
II - a aplicação da sanção disciplinar cabível, II - acusado oficialmente de haver cometido
adotando as razões constantes do relatório ato atentatório à moralidade pública, a
conclusivo do Conselho de Disciplina ou probidade administrativa e grave violação aos
concebendo outros fundamentos; direitos humanos;
III - a adoção das providências necessárias à III - afastado na forma da legislação militar, por
efetivação da reforma disciplinar compulsória se tornar incompatível com o mesmo ou
ou da exclusão a bem da disciplina; demonstrar incapacidade no exercício de
IV - a remessa do processo ao Juízo funções militares a ele inerentes, salvo se o
competente, se considerar infração penal a afastamento decorrer de fatos que motivem
razão pela qual o acusado foi julgado culpado; sua submissão a processo;
Parágrafo único. A decisão proferida no IV - for condenado na justiça comum ou militar
processo deve ser publicada oficialmente no a pena privativa de liberdade por tempo igual
boletim da Corporação ou Diário Oficial e ou superior a 02 (dois) anos, por sentença
transcrita nos assentamentos da praça. transitada em julgado;
V - pertencer a partidos políticos que exerçam
Subseção II atividades prejudiciais ou perigosas à
Do Conselho de Justificação Segurança Nacional;
Art. 104. O Conselho de Justificação é o VI - atentar contra a segurança das instituições,
processo administrativo disciplinar especial participando de greve, passeatas ou
destinado a apreciar a capacidade de movimentos reivindicatórios, com uso de
permanência nas fileiras da Corporação Militar arma, meio de transporte oficial pertencente à
Estadual, do oficial na ativa ou na situação de Corporação, ou, ainda, ocupando
inatividade em que se encontra, criando-lhe, estabelecimento militar ou qualquer prédio
ao mesmo tempo, condições para se justificar, público.
quando incidir nas disposições deste Código. Parágrafo único. Havendo concurso de ações
§ 1° O Conselho de Justificação pode, também, entre oficial e praça, será instaurado Conselho
ser aplicado ao oficial da reserva remunerada de Justificação.
ou reformado, presumivelmente incapaz de Art. 106. O oficial submetido a Conselho de
permanecer na situação de inatividade em que Justificação e considerado culpado, por
se encontra. parecer unânime, será adido à Organização

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Militar que lhe for designada, devendo até em local que o Comandante Geral, ou seu
decisão final do Tribunal competente, ficar: presidente, julgue melhor indicado para a
I - afastado das suas funções; realização dos trabalhos.
II - proibido de usar armamento; Art. 108. O Governador do Estado, com base
III - mantido no respectivo Quadro, sem na natureza da falta ou na inconsistência dos
número, não concorrendo à promoção. fatos apontados, poderá considerar, desde
Art. 107. A constituição do Conselho de logo, insuficiente a acusação e, em
Justificação dar-se-á por ato do Governador do consequência, deixar de instaurar o Conselho
Estado, que designará como membros 03 (três) de Justificação, sem prejuízo de novas
oficiais da ativa de posto superior ao do diligências.
acusado, indicados pelo Comandante Geral da Art. 109. O Conselho de Justificação poderá ser
respectiva Corporação, contando sempre com instaurado, independentemente da existência
pelo menos um oficial superior, cabendo o ou da instauração de inquérito policial comum
exercício das funções de presidente, ou militar, de processo criminal ou de sentença
interrogante e relator, respectivamente, por criminal transitada em julgado.
ordem decrescente de antiguidade. Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do
§ 1° Quando o justificante for oficial superior Conselho de Justificação surgirem indícios de
do último posto, o Conselho de Justificação crime comum ou militar, o presidente deverá
será formado por oficiais daquele posto, da extrair cópia dos autos, remetendo-os, por
ativa, mais antigos. oficio, à autoridade competente para início do
§ 2° Inexistindo oficiais da ativa mais antigos respectivo inquérito policial ou da ação penal
que o justificante para compor o Conselho de cabível.
Justificação, serão convocados os oficiais Art. 110. Será instaurado apenas um único
inativos do último posto, tantos quantos forem Conselho de Justificação, pelo Governador do
necessários. Estado, quando o ato ou fatos motivadores
§ 3° Não podem fazer parte do Conselho de tenham sido praticados em concurso de
Justificação: oficiais das duas Corporações Militares
I - o oficial que formulou a acusação; Estaduais.
II - os oficiais que tenham entre si, com o § 1° O Governador do Estado, na instauração
acusador ou com o acusado, parentesco do Conselho de Justificação, designará uma
consanguíneo ou afim, na linha reta ou comissão mista composta por oficiais do Corpo
colateral até o quarto 3° grau por de Bombeiros e da Polícia Militar.
consanguinidade ou afinidade de natureza § 2° O Conselho de Justificação, para os fins do
civil; caput deste artigo, será composto por 03 (três)
III - os oficiais que tenham particular interesse oficiais, destes, sendo 02 (dois) oficiais
na decisão do Conselho de Justificação; pertencentes à Corporação Militar Estadual
IV - o oficial que seja inimigo ou amigo íntimo que tiver a maior quantidade de acusados.
do acusado ou da vítima; § 3° Ocorrendo igual número de acusados, será
V - o oficial que esteja submetido a qualquer o Conselho de Justificação composto, em sua
processo disciplinar previsto neste Código ou maioria, por oficiais da Polícia Militar.
que se encontre sub judice, em razão de prisão Art. 111. Após a elaboração do decreto de
em flagrante delito ou de processo criminal instauração, elementos de autoria e
com denúncia recebida. materialidade de infrações disciplinares
§ 4° Quando o acusado for oficial da reserva conexas, em continuidade ou em concurso,
remunerada ou reformado, um dos membros poderão ser aditadas, abrindo-se novos prazos
do Conselho de Justificação poderá ser da para a defesa.
reserva remunerada. Art. 112. O Conselho de Justificação dispõe de
§ 5° O Conselho de Justificação funcionará um prazo de 90 (noventa) dias, a contar da
sempre com a totalidade de seus membros, data da publicação do decreto de nomeação

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no DOE/PI, para a conclusão dos trabalhos VIII - proceder-se-á a qualificação do
relativos ao processo, deliberação, confecção, justificante, previamente cientificado da
leitura e remessa do relatório conclusivo. acusação, sendo o ato reduzido a termo,
§ 1° O Governador do Estado, a requerimento assinado por todos os membros do Conselho
motivado do Presidente do Conselho de de Justificação, pelo acusado e pelo defensor,
Justificação, encaminhado por meio do fazendo-se a juntada de todos os documentos
Comandante Geral, poderá prorrogar por mais por este, porventura oferecidos em defesa.
30 (trinta) dias, o prazo de conclusão dos § 1° Aos membros do Conselho de Justificação
trabalhos. é lícito interrogar novamente o acusado e
§ 2° O Governador do Estado, por motivo de reinquirir as testemunhas sobre o objeto da
morte do acusado, poderá suspender, em acusação e propor diligências para o
qualquer fase, os trabalhos do Conselho de esclarecimento dos fatos.
Justificação, por terem cessado os motivos de § 2° Em sua defesa, pode o acusado requerer a
sua nomeação. produção, perante o Conselho de Justificação,
Art. 113. Reunido o Conselho de Justificação, de todas as provas permitidas pelo
convocado previamente por seu presidente, ordenamento jurídico.
em local, dia e hora designados com § 3° O Conselho de Justificação indeferirá, em
antecedência, presentes o acusado e seu decisão fundamentada, as diligências inúteis
defensor, caso tenha, o presidente fará a ou meramente protelatórias.
abertura da audiência de instalação, § 4° As provas a serem colhidas mediante carta
observando-se o seguinte: precatória serão efetuadas por intermédio da
I - verificação de possíveis suspeições ou Autoridade Militar ou, na falta desta, da Polícia
impedimentos dos membros do Conselho de Judiciária local.
Justificação que possam suscitar a § 5° Para fins de efetivação do disposto no
imparcialidade do colegiado; inciso V, deste artigo, deverá o Presidente ante
II - prestação do compromisso legal pelos ao incidente da falta de advogado do acusado,
membros do Conselho de Justificação; realizar a audiência de instalação, porém,
III - autuação pelo escrivão de todos os deliberando com o Conselho de Justificação
documentos apresentados, inclusive os pela nomeação de um defensor dativo, sendo
oferecidos pelo acusado; remarcada para a próxima a sessão, a entrega
IV - leitura, pelo escrivão, perante o Conselho e do libelo acusatório ao acusado e/ou defensor,
acusado, da portaria ou decreto de para apresentação de sua defesa prévia,
instauração, mandado de citação e demais ficando desde já, o defensor, intimado para
peças do processo, sendo-lhe entregue o libelo consequente atuação nos demais atos
acusatório; processuais.
V - designação, pelo Comandante Geral, de um § 6° Em caso de nomeação do defensor dativo,
oficial para atuar como defensor dativo, caso o para Conselho de Justificação, pelo
justificante assim requeira para fazer sua Comandante Geral, haverá o sobrestamento
defesa; do Processo, voltando o prazo processual a
VI - leitura, pelo escrivão, perante o Conselho correr a partir do momento em que for o
de Justificação, o acusado e/ou defensor, da defensor dativo intimado da referida
portaria ou decreto de instauração, mandado nomeação.
de citação e demais peças do processo, sendo Art. 114. O justificante, ressalvado o disposto
entregue o libelo acusatório; no §5° do art. 113, já na audiência de
VII - nomeação, pelo Comandante Geral ou instalação, receberá o libelo acusatório, tendo
pelo Presidente do Conselho de Justificação, o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do primeiro
de um oficial para atuar como defensor dativo, dia útil após o seu recebimento, para
caso se faça necessário, em todos os atos apresentar defesa prévia, podendo arrolar até
processuais; 08 (oito) testemunhas e requerer a juntada de

99
documentos que entender convenientes à sua Justificação será dado por maioria de votos de
defesa. seus membros, facultada a justificação, por
§ 1° Nesse número não se compreendem as escrito, do voto vencido.
que não prestem compromisso e as referidas. § 2° Após a leitura do relatório deverá ser
§ 2° A parte poderá desistir da inquirição de lavrada Ata, constando a deliberação pela
qualquer das testemunhas arroladas. remessa dos autos do Conselho de Justificação
§ 3° O Conselho de Justificação, quando julgar pelo presidente do Conselho de Justificação,
necessário, poderá ouvir outras testemunhas, ao Governador do Estado, por intermédio do
além das indicadas pelas partes. Comandante-Geral da respectiva Corporação.
§ 4° Se ao Conselho de Justificação parecer Art. 120. Recebidos os autos do Conselho de
conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as Justificação, o Governador do Estado, dentro
testemunhas se referirem. do prazo de 30 (trinta) dias, decidirá se aceita
Art. 115. Apresentada ou não a defesa prévia, ou não o parecer do Conselho, constante do
no Conselho de Justificação, proceder-se-á à relatório conclusivo, julgando:
inquirição do ofendido, se houver, das I- pelo arquivamento do processo, caso
testemunhas e informantes, devendo os de improcedente a acusação, adotando as razões
acusação, até 08 (oito), serem ouvidas em constantes do relatório conclusivo do Conselho
primeiro lugar, seguidas das arroladas pela de Disciplina ou concebendo outros
defesa na mesma quantidade. fundamentos;
§ 1° Antecedendo as alegações finais serão os II - pela aplicação pelo Comandante Geral da
acusados notificados para a realização dos seus sanção disciplinar cabível, adotando as razões
respectivos interrogatórios. constantes do relatório conclusivo do Conselho
§ 2° A não apresentação da defesa prévia, de Justificação ou concebendo outros
dentro do prazo constante no artigo anterior, fundamentos;
será certificada nos autos pelo escrivão, III - pela adoção das providências necessárias
entendendo-se que o acusado irá se quanto à reforma disciplinar compulsória;
manifestar no processo apenas em sede de IV - pela remessa do processo ao Juízo
alegações finais. competente, se considerar infração penal a
Art. 116. O acusado e seu defensor, querendo, razão pela qual o acusado foi julgado culpado;
poderão comparecer a todos os atos do V - pela remessa, através da Procuradoria
processo conduzido pelo Conselho de Geral do Estado, ao Tribunal competente, para
Justificação, sendo para tanto notificados. fins de julgamento pela incapacidade de
Art. 117. Encerrada a fase de instrução, o permanência na ativa ou na inatividade, nos
oficial acusado e seu defensor serão termos do disposto no art. 121, incisos I e II.
notificados para darem vistos no processo, Parágrafo único. O despacho que considerar
para apresentar, no prazo de 08 (oito) dias, procedente a justificação deverá ser publicado
suas alegações finais de defesa. oficialmente e transcrito nos assentamentos
Art. 118. Apresentadas as alegações finais de do oficial, se este for da ativa.
defesa, o Conselho de Justificação passará a Art. 121. O Tribunal competente, caso julgue
deliberar acerca do relatório conclusivo e sua procedente a acusação, confirmando a decisão
respectiva leitura, em sessão, que contará com oriunda do Conselho de Justificação, declarará
a presença do acusado e de seu defensor, os o oficial indigno do oficialato ou com ele
quais deverão ser previamente notificados. incompatível, determinando:
Art. 119. O relatório conclusivo, assinado por I - a perda do posto e da patente; ou,
todos os membros do Conselho de Justificação, II - a reforma compulsória disciplinar, no
terá como parecer se o oficial justificante é posto que o oficial possuir na ativa, com
capaz ou não de permanecer nas fileiras da proventos proporcionais ao tempo de
Corporação Militar. serviço militar.
§ 1° O parecer conclusivo do Conselho de § 1° Após o trânsito em julgado, o processo

100
será encaminhado ao Governador do publicada no DOE/PI, em boletim da
Estado, o qual decretará a demissão do Corporação e em meios de comunicação de
oficial, ex officio, por perda do posto e da grande divulgação.
patente ou a sua reforma disciplinar II - o processo correrá à revelia do acusado,
compulsória. se não atender à publicação, sendo
§ 2° Ocorrendo a hipótese do parágrafo desnecessária sua citação para os demais
único, do art. 105, deste Código, o atos processuais.
Governador do Estado poderá decretar o § 3° Decretada a revelia, ao acusado revel,
licenciamento e a exclusão a bem da poderá ser nomeado defensor dativo pela
disciplina da praça, ou a sua reforma autoridade processante ou presidente do
disciplinar compulsória, independentemente conselho ou de comissão processante.
das medidas previstas nos incisos do art. § 4° Havendo impossibilidade de nomeação
120, referente ao oficial acusado. de defensor dativo pelas autoridades do
parágrafo anterior, poderá por aquelas ser
CAPÍTULO X solicitada à autoridade instauradora a
DO RITO PROCESSUAL referida nomeação, a fim de promover a
defesa do acusado, devendo o defensor ser
Seção I intimado para acompanhar os atos
Disposições Gerais processuais.
Art. 122. Os processos disciplinares § 5° Reaparecendo, o revel poderá
militares previstos nos incisos III, IV e V, do acompanhar o processo no estágio em que
art. 57 deste Código, se desenvolvem nas se encontrar, podendo nomear advogado de
seguintes fases: instauração, instrução, sua escolha, em su bstituição ao defensor
defesa, relatório e julgamento. dativo.
Art. 126. Na reunião de instalação, o
Seção II presidente da comissão processante
Da Instauração prestará o seguinte compromisso: "Prometo
Art. 123. A instauração compreende a apreciar com imparcialidade os fatos que
expedição da portaria de designação, o me forem submetidos de acordo com a lei
compromisso legal do colegiado e a prova dos autos". Esse compromisso
processante e a citação do acusado. será também prestado pelos demais
Art. 124. A portaria ou o decreto de membros, sob a fórmula: "Assim o
instauração são os atos administrativos que prometo".
nomeiam as autoridades ou comissões
processantes, descreve os fatos com Seção III
suficiente especificidade e determina a Da Instrução
instauração do processo. Art. 127. A instrução é a fase de elucidação
Art. 125. A citação é o ato administrativo dos fatos com a produção de provas,
pelo qual a autoridade ou comissão compreendendo a defesa prévia, os
processante dá ciência ao acusado da depoimentos, as declarações, o
instauração do processo disciplinar e chama interrogatório do acusado, a coleta de
-o a se defender. provas docu mentais, realização de exames e
§ 1° A citação poderá suprir o libelo perícias, inspeções pessoais e outras
acusatório; diligências necessárias à busca da verdade.
§ 2° Sempre que o acusado não for Art. 128. Devidamente citado, terá o
localizado ou deixar de atender à citação acusado o prazo para apresentar a defesa
formal para comparecer serão adotadas as prévia, podendo arrolar 08 (oito)
seguintes providências: testemunhas e requerer a juntada de
I - a citação poderá ser por edital, documentos que entender convenientes à

101
sua defesa. cabendo à autoridade ou comissão
Parágrafo único. Quando o acusado for processante deprecante formular as
militar da reserva remunerada ou perguntas ou diligências a serem feitas,
reformado, a citação poderá ser dirigida com notificação da defesa, a qual, caso
diretamente a ele. queira, apresente seus quesitos, em prazo
Art. 129. Apresentada ou não a defesa fixado pela autoridade ou comissão
previa, proceder-se-á, sucessivamente: à processante.
tomada de declarações do ofendido ou § 1° A autoridade deprecada acusará
denu nciante, se houver; aos depoimentos imediatamente o recebimento da carta
das testemunhas e informantes de precatória, devolvendo-a, de modo
acusação e os depoimentos das imediato, depois de concluída a diligência.
testemunhas e informantes de defesa; aos § 2° A carta precatória expedida para outra
interrogatórios dos acusados; e, em caso coirmã ou autoridade militar federal,
necessário, às diligências complementares. deverá ser encaminhada através do
Art. 130. As testemunhas que nada Comando-Geral da respectiva Corporação.
disserem para o esclarecimento dos fatos, a § 3° As provas a serem colhidas mediante
juízo da Comissão ou Conselho, não serão carta precatória serão efetuadas por
computadas no nú mero máximo previsto intermédio da autoridade militar, na falta
neste Código, sendo desconsiderados seus desta, da polícia judiciária local, com a
depoimentos. notificação da defesa.
Art. 131. Quando a testemunha ou Art. 135. Na impossibilidade de efetivação
ofendido for civil ou militar da reserva do reconhecimento pessoal, poderá ser
remunerada ou reformado, serão feito o fotográfico, observadas as cautelas
notificados diretamente pela autoridade aplicáveis àquele.
processante para comparecerem para Art. 136. Às autoridades e comissões
prestarem depoimentos ou para a processantes é lícito reinquirir o acusado e
realização de outro ato probatório. as testemunhas, ofendido e informantes,
Art. 132. O acusado e seu advogado, sobre o objeto da acusação e propor
querendo, poderão comparecer a todos os diligências para o esclarecimento dos fatos.
atos do processo, sendo, para tanto, Art. 137. Em sua defesa, pode o acusado
devidamente notificados. requerer a produção, perante o processo,
Parágrafo único. Se defensor dativo, ou de todas as provas legalmente permitidas.
seja, oficial nomeado, por sua atuação ser
ato de serviço, será obrigado a comparecer Seção IV
aos atos processuais desde que previamente Das Alegações Finais
notificado. Art. 138. Concluída a instrução, será
Art. 133. Se regularmente requisitados ou assegurado o direito de vista do processo ao
notificados o comparecimento do ofendido acusado para apresentação de suas
ou de testemunha, e não houver alegações finais escritas de defesa.
comparecimento, a autoridade ou comissão § 1° A vista dos autos será franqueada ao
processante, certificando-se das razões, acusado no local onde estiver funcionando
expedirá, se for o caso, nova requisição ou os trabalhos da autoridade ou colegiado
notificação, sem prejuízo de outras processante, pelo prazo máximo de 08
providências julgadas pertinentes. (oito) dias.
Parágrafo único. Persistindo o não § 2° Havendo mais de um acusado, com
comparecimento, consignar-se-á tal fato no diferentes defensores, o prazo das
relatório do processo disciplinar. alegações finais será em dobro e em comum
Art. 134. A carta precatória será expedida para todos.
através de ofício ou correio eletrônico, § 3° O escrivão certificará, com a

102
declaração do dia e hora, a abertura de I - caso entenda necessário, o
vistas e o recebimento das alegações da encaminhamento dos autos à Procuradoria
defesa. Geral do Estado, para análise e emissão de
§ 4° A falta de apresentação das alegações parecer;
finais, no prazo previsto, não obsta a II - o arquivamento do processo, caso
elaboração do relatório, salvo se ocorrer improcedente a acusação, adotando as
revelia, com a necessária nomeação de razões constantes do relatório ou
defensor dativo. concebendo outros fundamentos;
§ 5° A apresentação extemporânea das III - a aplicação da sanção disciplinar
alegações finais poderá ser considerada cabível, a dotando as razões constantes do
válida se ocorrer antes da elaboração do relatório ou concebendo outros
relatório. fundamentos;
IV - a adoção das providências necessárias
Seção V à efetivação da reforma disciplinar
Do Relatório compulsória, demissão, ou licenciamento e
Art. 139. Expirado o prazo das alegações exclusão a bem da disciplina;
finais, terá a autoridade ou comissão V - a remessa do processo à autoridade
processante que elaborar o relatório judiciária competente, caso a acusação
circunstanciado com o parecer conclusivo, julgada administrativamente procedente
remetendo os autos à autoridade seja também, em tese, crime.
competente. Parágrafo único. O acusado será intimado
§ 1° A autoridade ou comissão das decisões do processo disciplinar para
processante, conclusivamente, deverá fins recursais ou no caso do seu
manifestar-se, no relatório, conforme o arquivamento.
caso, sobre:
I - a comprovação da existência ou não dos CAPÍTULO XI
fatos imputados; DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO
II - os dispositivos legais infringidos; Art. 141. Em todos os processos
III - a culpabilidade do acusado; disciplinares serão sempre assegurados ao
IV - a capacidade de permanência ou não do acusado a ampla defesa e o contraditório,
acusado na ativa ou na situação em que se com os meios e recursos inerentes,
encontra na inatividade; conforme dispõe este Código.
V - a improcedência das acusações ou § 1° Os processos disciplinares admitem a
procedência em parte e a proposta para defesa por escrito e nos prazos
aplicação da sanção disciplinar cabível. regulamentares.
§ 2° A conclusão do relatório, se de § 2° Incumbirá ao acusado o ônus de
Conselho ou comissão processante, será provar os fatos por ele alegados em sua
tomada por maioria de votos, facultada a defesa, entre estes os de existência de fato
justificação, por escrito, do voto vencido. impeditivo, modificativo ou extintivo da
§ 3° Ela borado o relatório e a ata da sessão pretensão punitiva-disciplinar, bem como o
correspondente, serão os autos de apresentar e conduzir à autoridade
encaminhados, após o termo de competente as provas documentais e
encerramento, à autoridade instauradora. testemunhais que arrolar como pertinentes ao
fato.
Seção VI Art. 142. Para fins de ampla defesa e
Do Julgamento contraditório, são direitos do acusado nos
Art. 140. Recebidos os autos do processo, a processos disciplinares:
autoridade instauradora proferirá decisão I - ter conhecimento e acompanhar todos os
fundamentada determinando: atos de apuração, julgamento, aplicação e

103
cumprimento da sanção disciplinar, de acordo ser encaminhado, diretamente, à autoridade
com os procedimentos adequados para cada recorrida e por uma ú nica vez.
situação; § 2° O pedido de reconsideração de ato tem
II - ser ouvido; efeito suspensivo devendo ser apresentado no
III - produzir provas; prazo máximo de 05 (cinco) dias para os
IV - obter cópias de documentos necessários à Processos Administrativos Disciplinares
defesa; Simplificado e Ordinário e 10 (dez) dias para
V - ter oportu nidade, no momento adequado, os Conselhos de Disciplina e de Justificação.
de contrapor-se às acusações que lhe são § 3° A autoridade a quem for dirigido o
imputadas; pedido de reconsideração de ato deverá,
VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo saneando se possível o ato praticado, dar
a legislação; solução ao recurso, no prazo máximo de 10
VII - adotar outras medidas necessárias ao (dez) dias, a contar do primeiro dia útil
esclarecimento dos fatos; posterior à data de recebimento do
VIII - ser informado de decisão que documento de intimação, dando
fundamente, de forma objetiva e direta, o conhecimento ao interessado, mediante
eventual não- acolhimento de alegações despacho fundamentado que deverá ser
formuladas ou de provas apresentadas. pu blicado.
§ 1° É facultado ao acusado apresentar sua § 4° Não será conhecido o pedido de
defesa pessoalmente ou por defensor. reconsideração intempestivo, procrastinador
§ 2° Ao acusado são assegurados prazos ou que não apresente fatos ou argumentos
processuais e recursais para a apresentação novos que modifiquem a decisão
de sua defesa. anteriormente tomada.
§ 5° A decisão do Governador do Estado pela
CAPÍTULO XII remessa dos autos do Conselho de
DOS RECURSOS DISCIPLINARES Justificação ao Tribunal competente, para os
fins art. 121, incisos I e II, é irrecorrível
Seção I administrativamente.
Do Pedido de Reconsideração de Ato
Art. 143. O militar estadual, que considere a si Seção II
próprio, a subordinado seu ou a serviço sob Do Recurso Hierárquico
sua responsabilidade prejudicado, ofendido ou Art. 145. O recurso hierárquico, interposto
injustiçado por ato de superior hierárquico, por uma única vez, terá efeito suspensivo e
poderá interpor os seguintes recursos será redigido sob a forma de parte ou ofício e
disciplinares. endereçado diretamente à autoridade
I - o pedido de reconsideração de ato; e imediatamente superior àquela que não
II - o recurso hierárquico. reconsiderou o ato tido por irregular,
Art. 144. O pedido de reconsideração de ato ofensivo, injusto ou ilegal.
é recurso interposto, mediante requerimento, § 1° O recurso hierárquico deve ser
à autoridade que praticou, ou aprovou, o ato precedido de pedido de reconsideração do
disciplinar que se reputa irregular, ofensivo, ato e somente poderá ocorrer depois de
injusto ou ilegal, para que o reexamine, conhecido o resultado deste pelo
devendo ser redigido de forma respeitosa, requerente.
precisando o objetivo e as razões que o § 2° O recurso hierárquico será interposto
fundamentam, sem comentários ou no prazo máximo de 05 (cinco) dias para os
insinuações desnecessários, podendo ser Processos Administrativos Disciplinares
acompanhado de documentos Simplificado e Ordinário e 1O(dez) dias para
comprobatórios. os Conselhos de Disciplina e de Justificação,
§ 1° O pedido de reconsideração de ato deve a contar do primeiro dia útil posterior à

104
data de recebimento do docu mento de segunda instância administrativa, recurso
intimação, dando conhecimento ao hierárquico ao Governador do Estado,
interessado, mediante despacho desde que contenha fatos novos, devendo
fundamentado que deverá ser publicado. ser admitido, apenas, após interposto
§ 3° A autoridade que receber o recurso àquela autoridade o recurso de pedido de
hierárquico deverá comu nicar tal fato, por reconsideração de ato.
escrito, àquela contra a qual está sendo § 3° Caberá recurso hierárquico, em
interposto. segunda instância administrativa, das
§ 4° O recurso hierárquico, em termos decisões das autoridades dos incisos III a VII,
respeitosos, precisará o objeto que o do art. 13, desde que interposto às suas
fundamenta de modo a esclarecer o ato ou respectivas autoridades imediatamente
fato, podendo ser acompanhado de superioras, e de uma única vez, ocorrendo
documentos comprobatórios. coisa julgada administrativa ao final a
§ 5° O recurso hierárquico não poderá decisão por esgotamento da instância
tratar de assunto estranho ao ato ou fato recursa!.
que o tenha motivado, nem versar sobre Art. 149. A coisa julgada administrativa da
matéria impertinente ou fútil. decisão disciplinar ocorrerá por decadência
§ 6° Não existirá interposição de recurso quando não houver a interposição dos
hierárquico em face de ato do Governador recursos disciplinares nos prazos previstos
do Estado. neste Código ou em decorrência do
Art. 146. Não será conhecido o recurso esgotamento da esfera recursa!, se em
hierárquico intempestivo, procrastinador ou instância ú nica ou em segunda instância
que não apresente fatos ou argumentos administrativa.
novos que modifiquem a decisão
anteriormente tomada, devendo ser CAPÍTULO XIV
cientificado o interessado. DA REVISÃO DOS ATOS DISCIPLINARES
Art. 147. Solucionado o recurso hierárquico, Art. 150. As autoridades competentes para
encerra -se para o recorrente a aplicar sanção disciplinar, quando tiverem
possibilidade de recorrer do ato disciplinar conhecimento, por via recursa! ou de
sofrido, ocorrendo coisa julgada ofício, da possível existência de
administrativa. irregularidade ou ilegalidade na aplicação
da sanção imposta por elas ou pelas
CAPÍTULO XIII autoridades su bordinadas, podem, de
DO PRAZO DECADENCIAL E DA COISA forma motivada e com publicação , praticar
JULGADA ADMINISTRATIVA um dos seguintes atos:
Art. 148. Os prazos para a interposição dos I - retificação;
recursos de que trata este Código são II - relevação;
decadenciais e começarão a contar a partir III - atenuação;
do primeiro dia útil posterior ao da IV - agravamento;
intimação da decisão e, caso esta não seja V - anulação.
possível, contará da data da publicação em Art. 151. Retificação é a correção de
boletim da Corporação ou no DOE/PI. irregularidade formal sanável, contida na
§ 1° Da decisão do Governador do Estado, sanção disciplinar aplicada pela própria
sendo ele a própria autoridade autoridade ou por autoridade subordinada.
instauradora, só caberá em instância única, Art. 152. Relevação é a suspensão do
o recurso de pedido de reconsideração de cumprimento da sanção imposta e poderá ser
ato. concedida nos seguintes casos:
§ 2° Da decisão do Comandante-Geral, I - quando ficar comprovado que foram
proferida em primeira instância, caberá em atingidos os objetivos visados com a aplicação

105
da mesma, independente do tempo de mediante requerimento do interessado que
punição a cumprir; preencher os seguintes requisitos:
II - por motivo de passagem de comando, a) 02 (dois) anos se a pu nição a cancelar for
data de aniversário da Corporação, ou data repreensão;
nacional, quando já estiver sido cumprida, b) 04 (quatro) anos se a punição a cancelar for
pelo menos, metade da sanção. suspensão;
Art. 153. Atenuação é a redução da sanção II - por motivo de relevantes serviços
proposta ou aplicada, para outra menos prestados à instituição e à comu nidade,
rigorosa ou, ainda, a redução do número de reconhecidos publicamente ou pela
dias da sanção de suspensão, nos limites do Corporação, mediante iniciativa das
art. 16, se assim o exigir o interesse da autoridades referidas no art. 13.
disciplina e a ação educativa sobre o militar Art. 158. A reabilitação não terá efeito
estadual. retroativo, exceto para a mudança de
Art. 154. Agravamento é a aplicação de uma comportamento militar, e não motivará o
sanção mais rigorosa ou a ampliação do direito de revisão de outros atos
número de dias propostos para sanção de administrativos decorrentes das sanções
suspensão, nos limites do art. 16, se assim o canceladas, bem como para quaisquer fins
exigir o interesse da disciplina e a ação retroativos de promoção.
educativa sobre o militar do Estado. Parágrafo único. Na margem das anotações
Art. 155. Anulação é a declaração de relacionadas com as sanções canceladas, na
invalidade da sanção disciplinar aplicada pela ficha disciplinar, deve ser anotado o número
própria autoridade ou por autoridade e a data do boletim que pu blicou o ato de
subordinada, quando verificar a ocorrência de reconhecimento da reabilitação, sendo esta
ilegalidade, devendo retroagir à data do ato. anotação ru bricada pela autoridade
Parágrafo único. A anulação de sanção competente para assinar as folhas de
administrativo-disciplinar somente poderá ser alterações.
feita no prazo de 02 (dois) anos, a contar da Art. 159. Compete ao Comandante-Geral a
data da publicação do ato que se pretende decisão sobre a reabilitação disciplinar do
invalidar, salvo no caso de aplicação de mais militar estadual.
de uma sanção disciplinar pela mesma
transgressão. CAPÍTULO XVI
DAS RECOMPENSAS
CAPÍTULO XV Art. 160. As recompensas militares constituem
DA REABILITAÇÃO DISCIPLINAR reconhecimento dos bons serviços prestados
Art. 156. A reabilitação consiste na pelo militar e consubstanciam-se em prêmios
demonstração efetiva e constante de bom concedidos por atos meritórios e serviços
comportamento na vida pública e privada e relevantes devidamente comprovados e
na vida profissional, manifestada, sobretudo, fundamentados.
pelo respeito aos valores éticos estatuídos, Parágrafo único. As autoridades que possuem
tendo como consequência o cancelamento de competência para conceder as recompensas
sanções disciplinares aplicadas, com a são as especificadas no art. 13, deste Código.
retirada dos respectivos registros nos Art. 161. São recompensas militares:
assentamentos individuais do militar da ativa. I - elogios;
Parágrafo ú nico. Somente se aplica a II - referências elogiosas;
reabilitação às sanções previstas nos incisos II III - dispensas dos serviços.
e III, do art. 19, deste Código. Art. 162. Os elogios são atos administrativos
Art. 157. A rea bilitação ocorrerá: que colocam em relevo as qualidades morais
I - pelo decurso de tempo de efetivo serviço e profissionais do militar, podendo ser
sem a ocorrência de qualquer outra sanção, formulados independentemente da

106
classificação de seu comportamento. mereçam destaque;
§ 1° Os elogios serão classificados em: b) na despedida de militar da Organização
I - Elogio individual: aquele conferido por Militar;
autoridade competente ao militar estadual c) na passagem para a inatividade, quando
com o fim de colocar em relevo as suas poderá conter um resumo da carreira do
qualidades morais e profissionais, que o profissional;
destaquem do resto da coletividade no d) nas passagens de Comando, Chefia ou
desempenho de ato de serviço ou ação Direção, em qualquer nível; e
meritória, devendo os aspectos principais e) ao término de atividades coletivas, no
abordados serem referentes ao caráter, à âmbito administrativo, operacional e de
coragem e desprendimento, à inteligência, à instrução.
conduta civil e militar, às culturas profissional § 2° As referências elogiosas listadas nas
e geral, à capacidade como instrutor, à alíneas "a", "b" e "c", do parágrafo anterior,
capacidade como comandante e como terão caráter individual e as listadas nas
administrador e à capacidade física; alíneas "d" e "e" poderão ter caráter
II - Elogio individual filantrópico: o concedido individual ou coletivo, a critério da autoridade
aos militares estaduais que praticaram atos que as conceder.
voluntários de doação de sangue, doação de Art. 164. A descrição do fato ou fatos que
medula, doação de órgãos e outras ações que motivarem os elogios ou as referências
destaquem o filantropismo praticado pelo elogiosas deve precisar a atuação do militar
militar estadual, conforme regulação em lei em linguagem sucinta, sóbria, sem
específica; generalizações e adjetivações desprovidas de
III - Elogio coletivo: aquele concedido pela real significado, como convém ao estilo
autoridade militar competente com o fito de castrense.
reconhecer e ressaltar um grupo de militares Art. 165. Os elogios ou proposições de elogios
estaduais ou fração de tropa ao cumprir advindos de personalidades não previstas no
destacadamente uma determinada missão, rol do art. 13 serão encaminhados para o
cuja identificação dos militares deverá estar comandante imediato do militar, que
arrolada nominalmente. deliberará sobre a concessão ou não do
§ 2° Na concessão dos elogios deverão ser elogio, se estiver em conformidade com este
especificadas a sua classificação como Código e demais normas vigentes.
individual, coletivo ou individual filantrópico, Art. 166. Os elogios e as referências elogiosas
devendo ser escritos e publicados em boletim serão registrados nos assentamentos dos
da Corporação Militar, para fins de ser militares agraciados.
constado nas alterações do militar elogiado. Art. 167. O elogio individual filantrópico não
§ 3° A autorização para publicação em necessita passar por processo de
boletim dos elogios não ilide a necessidade homologação e será atribuído ponto para
de sua submissão à Comissão de Promoção de promoção, conforme legislação específica.
Oficiais ou Comissão de Promoção de Praças Art. 168. Todos os demais elogios
da Corporação. concedidos pelas autoridades previstas no
Art. 163. As referências elogiosas são atos art. 13 deste Código, somente serão
administrativos que visam reconhecer e atribuídos pontos para promoção após
ressaltar um grupo de militares, fração de homologação pela Comissão de Promoção
tropa ou ao militar estadual que cumprir de Oficiais ou Comissão de Promoção de
destacadamente uma determinada missão. Praças, conforme seja oficial ou praça o
§ 1° As referências elogiosas poderão ser militar a ser elogiado.
individuais ou coletivas e serão concedidas nas Art. 169. Às referências elogiosas não serão
seguintes situações: atribuídos pontos para fins de promoção.
a) ao término de atividades individuais que Art. 170. As dispensas dos serviços, como

107
recompensa, podem ser: § 4° Ao militar acusado é facultado
I - dispensa total do serviço, que isenta de submeter-se a exame de insanidade mental.
todos os trabalhos da Organização Militar, § 5° O incidente de insanidade mental
inclusive os de instruções; suspenderá o curso do processo disciplinar.
II - dispensa parcial do serviço isenta de
alguns trabalhos, que devem ser Seção II
especificados na concessão. Do Sobrestamento
§ 1° A dispensa total do serviço é concedida Art. 173. Sobrestamento é uma suspensão
pelo prazo máximo de 08 (oito) dias e não dos atos procedimentais ou processuais,
deve ultrapassar o total de 16 (dezesseis) devido a fatos supervenientes, que
dias no decorrer de u m ano civil. impedem o seu prosseguimento, indicando
§ 2° A dispensa total do serviço, para ser que ele não terá andamento algum,
gozada fora da sede, fica subordinada às devendo ser devidamente motivado para
mesmas regras de concessão de férias. ser aplicado.
§ 3° As dispensas de que tratam este artigo Parágrafo único. Podem ser, dentre outras,
não invalidam o direito de férias. as seguintes hipóteses para sobrestamento:
Art. 171. São competentes para anular, a) motivo de força maior;
restringir ou ampliar as recompensas b) ordem judicial que d etermine suspensão
concedidas, por si ou por seus do procedimento ou processo
subordinados, as autoridades especificadas administrativo disciplinar;
no art. 13, deste Código, devendo essa c) quando da necessidade de nomeação de
decisão ser justificada com publicação em defensor dativo, se o referido ato se der
boletim. pela autoridade instauradora;
d) realização de exame de insanidade
CAPÍTULO XVII mental, observado o disposto no §5° do
DOS INCIDENTES PROCESSUAIS artigo anterior.
Art. 174. É permitido o sobrestamento de
Seção I procedimento ou processo administrativo
Do Incidente de Insanidade Mental disciplinar, por u m período de até 30
Art. 172. Quando houver dúvida razoável (trinta) dias, mediante requerimento
sobre a sanidade mental do acusado, a fundamentado do sindicante, encarregado
autoridade processante ou o presidente da do inquérito técnico, autoridade ou
comissão processante, proporá à presidente da comissão processante, dirigido
autoridade instauradora que o militar às autoridades instauradoras dentre as
acusado seja submetido a exame de previstas no art. 13 deste Código.
sanidade mental por Junta Médica ou § 1° O prazo de que trata o caput deste
perícia oficial, da qual participe pelo menos artigo poderá ser prorrogado por igual
u m médico psiquiatra. período, desde que o pedido de prorrogação
§ 1° Para esse fim, considera -se dúvida seja motivado e tempestivo.
razoável aquela retratada nos autos por § 2° Não haverá outro sobrestamento, além
elementos que levem à fundada dúvida, não do previsto no parágrafo anterior, salvo
bastando para tanto a palavra do acusado. dificuldade insuperável, a juízo da
§ 2° O incidente de sanidade mental será autoridade instauradora.
processado em autos apartados e apenso § 3° Durante o sobrestamento é vedada a
ao processo principal, após a expedição do prática de qualquer ato procedimental ou
laudo pericial. processual, salvo, a juízo da autoridade
§ 3° O militar acusado ou seu defensor instauradora, atos inadiáveis e
poderão requerer a instauração de indispensáveis ao bom andamento do
incidente de sanidade mental. processo, mediante decisão fundamentada.

108
§ 4° A publicação do ato de sobrestamento crime ou de má-fé do autor.
suspenderá o transcurso do prazo § 6° O Termo de Ajuste de Conduta será
prescricional, que voltará a correr após registrado nos assentamentos do militar
cessarem seus motivos. estadual causador do dano ou acidente.
§ 7° Caso não haja aceitação do Termo de
CAPÍTULO XVIII Ajuste de Conduta por parte do causador
DO AJUSTAMENTO DE CONDUTA do dano, para o reparo ou ressarcimento ao
Art. 175. O ajustamento de conduta é a patrimônio militar danificado, será a partir
composição administrativa fundada nos da Sindicância ou Inquérito Técnico,
princípios constitucionais da eficiência, instaurado um Processo Administrativo
economicidade, proporcionalidade e Disciplinar, para apuração da
razoabilidade para reparação voluntária de responsabilidade disciplinar, em sendo o
danos materiais ao patrimônio pertencente militar o causador.
à Corporação Militar, pelo autor que a eles § 8° Não sendo constatado ser militar
deu causa. estadual o causador do dano ao patrimônio
§ 1° O ajustamento de conduta efetivar-se- da Corporação Militar, caberá ao
á por iniciativa da autoridade disciplinar Comandante Geral adotar as providências
competente, mediante assinatura do Termo cabíveis quanto ao envio à autoridade
de Ajuste de Conduta pelo causador do policial competente ante ao dano material
dano e pela autoridade designada para o verificado e encaminhar à Procuradoria
procedimento de Sindicância ou Inquérito Geral do Estado para os fins cíveis
Técnico. pertinentes, no tocante à reparação ou
§ 2° O Termo de Ajuste de Conduta responsabilização.
firmado pelo militar estadual dispensa a
instauração de processo administrativo CAPÍTULO XIX DOS DEFENSORES
disciplinar e exclui eventual aplicação de
sanção disciplinar, caso sejam cumpridas as Seção I
obrigações constantes do termo. Da Defesa Técnica
§ 3° A assinatura do Termo de Ajuste de Art. 176. A defesa técnica será realizada
Conduta implica no reconhecimento do pelo advogado, que é o profissional
dano cometido pelo causador (civil ou legalmente constituído pelo militar estadual
militar) e no seu comprometimento em investigado ou acusado em processo ou
repará-lo. procedimento administrativo que vier a ser
§ 4° O Termo de Ajuste de Conduta conterá, instaurado pela Corporação Militar.
no mínimo, as seguintes informações: Parágrafo único. A intimação ou notificação
I - a informação do procedimento ou deverá ser encaminhada ao advogado e ao
processo que o originar; acusado no processo administrativo
II - a qualificação do causador do dano ou disciplinar, devendo o prazo ser contado a
acidente; partir da última intimação ou notificação.
III - os fundamentos de fato e de direito
para a celebração do ajustamento de Seção II
conduta e descrição das obrigações Do Defensor Dativo
assu midas para reparar o dano; Art. 177. A falta de defesa técnica por
IV - o prazo e o modo do cumprimento da advogado não impede o prosseguimento
obrigação assu mida. do processo administrativo disciplinar,
§ 5° É vedada a realização de ajustamento cabendo à autoridade processante ou
de conduta quando houver indícios de presidente do conselho ou comissão
prejuízos efetivos ao erário ou ao serviço processante nomear ou solicitar da
público, de improbidade administrativa, de autoridade instauradora a nomeação de um

109
defensor dativo, o qual é obrigado, por ser Art. 184. A ação disciplinar prescreverá em
ato de serviço, a comparecer e realizar os 06 (seis) anos, contados da data do
atos de defesa. conhecimento do fato pela administração
Parágrafo único. Caberá a nomeação do militar estadual.
defensor dativo: § 1° A interposição de recurso disciplinar
I - em caso de recusa do acusado de suspende a prescrição da punibilidade até a
recebimento do mandado de citação; solução final do recurso.
II - em caso de revelia do acusado, tendo, § 2° O prazo de prescrição também será
embora notificado, deixado de apresentar suspenso nos casos de:
alegações finais; I - licença para tratar da saúde própria ou
III - quando houver solicitação por parte do de pessoa de família que impeça o militar
acusado; IV - para os demais atos estadual de responder ao processo
processuais, caso necessário. administrativo disciplinar;
Art. 178. A autoridade instauradora em II - decisão judicial que determine a
processo administrativo disciplinar, no paralisação dos tra balhos do processo
mesmo ato que nomear a comissão ou administrativo disciplinar.
autoridade processante, excepcionalmente, Art. 185. Extinta a punibilidade pela
poderá nomear também um defensor prescrição, a autoridade instauradora
dativo. determinará que seja registrado o fato nos
Art. 179. O defensor dativo será um oficial, assentamentos funcionais do militar
que deverá sempre ser superior hierárquico estadual e realizado o arquivamento do
ou mais antigo do que o acusado, e processo disciplinar.
preferencialmente, ser bacharel em Direito. Art. 186. Admitir-se-á a utilização de meio
Art. 180. Caso o acusado apresente eletrônico na formalização de atos e
advogado legalmente constituído em procedimentos previstos neste Código,
qualquer fase do processo administrativo, desde que assegurados a comprovação da
no qual seja já assistido de defensor dativo, autoria e o atendimento dos requisitos de
este poderá, a qualquer tempo, ser autenticidade, integridade e validade jurídica
desincu mbido deste mister. das informações e docu mentos. Art. 187.
Aplicam-se, supletivamente, aos processos e
CAPÍTULO XX procedimentos administrativos previstos neste
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Código, pela ordem, as normas do Código do
Art. 181. Aplicam-se ao Processo Processo Penal Militar, do Código de
Administrativo Disciplinar Ordinário, no que Processo Penal e do Código de Processo Civil.
couber, as disposições constantes nos arts. Art. 188. Os Comandantes-Gerais poderão
86, 89 a 103, incisos I e II, arts. 123 a 149, baixar instruções complementares conjuntas,
176 a 180, deste Código. necessárias à interpretação, orientação e fiel
Art. 182. Para fins de cancelamento de aplicação do disposto neste Código.
punições as sanções disciplinares de Art. 189. Ficam revogadas todas as
detenção e prisão, aplicadas anteriormente disposições em contrário, em especial, as
a este Código, corresponderão à suspensão. Leis nº 3.728 e 3.729, de 27 de maio de 1980
Art. 183. O militar estadual, enquanto e o Decreto nº 3.548, de 31 de janeiro de
estiver respondendo a processo 1980.
administrativo disciplinar, só poderá ser Art. 190. Este Código entrará em vigor 90
licenciado ou demitido, a pedido, ou (noventa) dias após a data de sua pu blicação.
transferido para a reserva remunerada
voluntariamente, após a conclusão do PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 17
respectivo processo e o cumprimento da de janeiro de 2022.
sanção disciplinar, caso aplicada.

110
UNIDADE 6 III - post mortem;
IV - em casos extraordinários, ressarcimento de
preterição.
Lei Complementar nº 68, § 1º A promoção por antiguidade ou
de 23 de março de 2006. merecimento fica sempre condicionada à
existência de vaga.
Lei de Promoção de § 2º A promoção post mortem independe da
Praças da Polícia Militar do existência de vagas.
§ 3º A promoção em ressarcimento de
Piauí. preterição implica o retorno à graduação
.
anterior da praça policial militar indevidamente
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, FAÇO promovida.
saber que o Poder Legislativo Decreta e eu
sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 5º A promoção por antiguidade é aquela
que se baseia na precedência hierárquica de
CAPÍTULO I uma praça policial militar sobre as demais de
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS igual graduação, dentro do mesmo Quadro.
Art. 1º Esta Lei estabelece os critérios e as
condições que asseguram às praças da Polícia Art. 6º A promoção por merecimento é aquela
Militar do Estado do Piauí (PMPI) o acesso na que se baseia no conjunto de qualidades e
hierarquia policial-militar, mediante promoção atributos que distinguem e realçam o valor da
de forma seletiva, gradual e sucessiva. praça entre seus pares, avaliados no decurso da
Art. 2º A promoção é um ato administrativo e carreira, em particular na graduação que ocupa
tem como finalidade básica o preenchimento ao ser cogitado para a promoção.
seletivo das vagas pertinentes ao grau
imediatamente superior, com base nos efetivos Parágrafo Único. As qualidades e atributos de
fixados em Lei para o Quadro de Praças da que trata este artigo serão computados na
Polícia Militar. ficha de conceito da praça, conforme o
Parágrafo Único. Ressalvadas as situações estabelecido no Anexo Único e no Regulamento
decorrentes de promoções post mortem, não desta Lei.
poderá haver mais praças do que os respectivos
cargos e graduações previstos no Quadro Art. 7º A promoção post mortem é aquela que
estabelecido por Lei. visa expressar o reconhecimento do Estado do
Art. 3º A forma seletiva, gradual e sucessiva da Piauí à praça policial militar falecida no
promoção resultará de um planejamento para a cumprimento do dever ou em consequência
carreira das praças, organizada na Polícia disto.
Militar do Estado do Piauí de acordo com a sua
peculiaridade. Art. 8º A promoção em ressarcimento de
Parágrafo Único. O planejamento assim preterição é aquela feita após ser reconhecido
realizado deverá assegurar um fluxo de carreira à praça preterida, por decisão administrativa
regular e equilibrado. ou judicial, o direito à promoção que lhe
caberia.
CAPÍTULO II
DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO §1º A promoção será efetuada segundo os
Art. 4º As promoções são efetuadas pelos critérios de antiguidade ou de merecimento,
critérios de: recebendo a praça o número que lhe competia
I - antiguidade; na escala hierárquica como se houvesse sido
II - merecimento; promovida na época devida.

111
§2º A praça policial militar promovida § 2º Não há promoção de praça por ocasião de
indevidamente retornará à graduação anterior sua transferência para a reserva remunerada
e, salvo comprovada má-fé, não ficará obrigada ou reforma.
a restituir o que houver recebido a maior.
§3º A praça policial militar promovida nas Art. 11 Para ser promovida pelos critérios de
condições deste artigo será indenizada pela antiguidade ou de merecimento é
diferença da remuneração à qual tiver direito. imprescindível a existência de vaga e que a
Parágrafo único. Será promovida post mortem praça esteja incluída no Quadro de Acesso
a Praça policial militar da ativa falecida em correspondente.
decorrência da Covid-19 ou das complicações
dela advindas. Art. 12 Para o ingresso em Quadro de Acesso é
Com a alteração inserida pela Lei nº 7.683/2021 necessário que a praça satisfaça os seguintes
o artigo passou a conter apenas um parágrafo, requisitos essenciais, estabelecidos para cada
para tratar sobre promoção post mortem que graduação:
trata o artigo anterior. Evidenciado o erro da I - condição de acesso:
norma, entretanto, somente lei nova poderá a) interstício;
retificar a publicação equivocada. b) apto em inspeção de saúde; e
c) as peculiares a cada graduação do Quadro de
Art. 9º As promoções são efetuadas:
Praças.
I - para Cabo e 3° Sargento, por mérito
II - conceito moral.
intelectual, conforme nota obtida no curso de
formação;
Art. 13 São condições para ingresso nos
II - para 2º Sargento, pelo critério de
Quadros de Acessos para Quadro de Praças
antiguidade;
Policiais Militares:
III - para 1º Sargento e Subtenente, duas por
I - ter completado até a data da promoção, em
antiguidade e uma por merecimento.
cada graduação, o interstício mínimo de:
a) três anos de efetivo serviço como Soldado,
Parágrafo Único. Nas promoções previstas no
para a graduação de Cabo;
inciso III deste artigo serão aplicadas as
b) três anos de efetivo serviço como Cabo, para
seguintes regras:
a graduação de 3º Sargento;
I - havendo somente uma vaga, será preenchida
c) quatro anos de efetivo serviço como 3º
por antiguidade;
Sargento, para a graduação de 2º Sargento;
II - havendo apenas duas vagas, serão
d) dois anos de efetivo serviço como 2º
preenchidas uma por antiguidade e outra por
Sargento, para a graduação de 1º Sargento;
merecimento;
e) dois anos de efetivo serviço como 1º
III - havendo número de vagas superior a três e
Sargento, para a graduação de Subtenente.
ocorrendo quociente fracionado, a fração de
II - ter concluído o Curso de Formação ou de
uma vaga será tomada por inteiro e para mais
Aperfeiçoamento realizado para o fim de
pelo critério de antiguidade e desprezada pelo
promoção;
critério de merecimento.
III - estar classificado no mínimo no
comportamento “BOM”;
CAPÍTULO III
IV - não estar cumprindo pena nem livramento
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS PARA PROMOÇÃO
condicional;
Art. 10 O ingresso na carreira de praça é feito
V - ser julgado apto na inspeção de saúde.
na graduação inicial do Quadro de Praça Policial
Militar, satisfeitas as exigências legais.
§1º As vagas oferecidas para ingresso nos
§ 1º A ordem hierárquica de colocação das
Cursos de Formação de Cabos e nos Cursos de
praças nas graduações iniciais resulta da ordem
Formação de Sargentos obedecerão aos
de classificação no curso de formação
seguintes critérios:
correspondente.

112
I – 80% das vagas oferecidas serão preenchidas V - aumento de efetivo.
pelo critério de antiguidade, atendidas as § 1º As vagas são consideradas abertas:
seguintes condições: (Redação alterada pela Lei I - na data da assinatura do ato que promove,
Complementar nº 168/2011) passa a inatividade, demite, salvo se no próprio
a) estar classificado, no mínimo, no ato for estabelecido outra data;
comportamento BOM; II - na data oficial do óbito; e
b) não estar cumprindo pena nem livramento III - como dispuser a lei, no caso de aumento de
condicional; efetivo.
c) ter sido julgado apto em inspeção de saúde e §2º Não haverá promoção quando não houver
em exame de aptidão física para fins de Curso vagas.
de Formação. Art. 17 As promoções por antiguidade e
II – 20% (vinte por cento) das vagas existentes merecimento serão realizadas, anualmente, no
serão preenchidas pelo critério de seleção dia 25 de junho e 19 de novembro, para as
interna, atendidas as seguintes condições: vagas abertas e publicadas oficialmente até 05
Redação alterada pela Lei Complementar nº de junho e 30 de outubro, respectivamente,
168/2011 bem como as decorrentes de promoções.
a) ter, no mínimo, três anos de efetivo serviço Redação alterada pela Lei nº 6.821/2016, de
na graduação de Soldado ou Cabo PM; 16/05/16.
b) estar classificado, no mínimo, no §1º A promoção das praças da Polícia Militar do
comportamento BOM; Estado do Piauí é da competência do
c) não estar cumprindo pena nem livramento Governador do Estado, mediante proposta do
condicional; Comandante Geral da Corporação.
d) ter sido julgado apto em inspeção de saúde e §2º O Governador poderá delegar ao
em exame de aptidão física para fins de Curso Comandante-Geral a competência para a
de Formação. promoção das praças.
§2º Anualmente, serão fixadas pelo §3º O disposto no caput deste artigo não se
Governador, mediante proposta do aplica às promoções realizadas após conclusão
Comandante-Geral da Polícia Militar, 240 dos Cursos de Formação de Cabos e de
(duzentos e quarenta) vagas, para seleção e Sargentos, desde que exista vaga.
ingresso no Curso de Formação de Cabos e Art. 18 A promoção por antiguidade é feita na
igual número para o Curso de Formação de sequência do respectivo Quadro de Acesso por
Sargentos (CFS), dentre os claros existentes em Antiguidade (QAA).
cada qualificação no Quadro de Praça. Redação Parágrafo Único - A antiguidade das praças será
alterada pela Lei Complementar nº 168/2011 determinada pela média final atribuída nos
Art. 14 Para a promoção à graduação de 1º cursos de formação.
Sargento, é ainda exigida a conclusão de Curso Art. 19 A promoção por merecimento é feita
de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS). com base no Quadro de Acesso por
Art. 15 A incapacidade física temporária, Merecimento (QAM).
verificada na inspeção de saúde, não impede a Parágrafo Único - As vagas para promoção por
praça de ser promovida. merecimento serão preenchidas obedecendo-
se, rigorosamente, à ordem de colocação no
CAPÍTULO IV Quadro de Acesso por Merecimento.
DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES Art. 20 Somente se houver vagas para a
Art. 16 Somente serão consideradas para as graduação no Quadro de Praças, serão
promoções as vagas provenientes de: elaborados Quadros de Acesso por Antiguidade
I - promoção à graduação superior; e por Merecimento.
II - passagem à situação de inatividade; Art. 21 O processamento das promoções é de
III - demissão; responsabilidade da Comissão de Promoção de
IV - falecimento; e

113
Praças, constituída por membros natos e prevista no Código Penal Militar, durante o
membros efetivos. prazo dessa suspensão;
§1º São membros natos o Subcomandante- V - for considerada desaparecida, extraviada ou
Geral da Polícia Militar, que será o seu desertor;
Presidente, e o Diretor de Pessoal da VI - venha a atingir, até a data das promoções,
Corporação. a idade limite para permanência no serviço
§2º São membros efetivos, indicados pelo ativo;
Comandante-Geral, três oficiais superiores da VII - estiver submetida a Conselho de Disciplina;
Polícia Militar. VIII - seja considerada definitivamente incapaz
para o serviço ativo da Corporação em inspeção
CAPÍTULO V de saúde.
DOS QUADROS DE ACESSO
Art. 22 Quadros de Acesso são relações §1º Será excluída de qualquer Quadro de
nominais de praças organizados por Acesso a praça policial militar que incidir em
graduações, em cada qualificação no Quadro uma das circunstâncias previstas neste artigo
de Praças, para as promoções por antiguidade ou:
e por merecimento, previstas, I - for nele incluída indevidamente;
respectivamente, nos artigos 5º e 6º. II - for promovida;
§1º O Quadro de Acesso por Antiguidade é a III - tiver falecido;
relação das praças habilitadas ao acesso, IV - passar à inatividade.
colocadas em ordem decrescente de §2º O policial militar não poderá constar de
antiguidade. qualquer Quadro de Acesso quando processado
§2º O Quadro de Acesso por Merecimento é a o seu pedido formal de transferência para a
relação das praças habilitadas ao acesso e inatividade.
resultante da apreciação do mérito e das Art. 25 Será excluída do Quadro de Acesso por
qualidades exigidas para a promoção, na forma merecimento, já organizado, ou dele não
do Anexo Único e do Regulamento desta Lei. poderá constar a praça que agregar ou estiver
§3º Os Quadros de Acesso por Antiguidade e agregada:
Merecimento são organizados, para cada data I - por motivo de gozo de licença para
de promoção, na forma estabelecida na tratamento de saúde de pessoa da família por
regulamentação desta Lei. prazo superior a 06 (seis) meses contínuos;
Art. 23 Para o ingresso em Quadro de Acesso é II - em virtude de encontrar-se no exercício de
necessário que a praça satisfaça os requisitos cargo público civil temporário não eletivo,
essenciais estabelecidos nesta Lei para cada inclusive na administração indireta; ou
graduação. III - por ter passado à disposição de órgãos
Art. 24 A praça não poderá constar de federais, estaduais, do Distrito Federal ou
qualquer Quadro de Acesso quando: municipais, para exercer função de natureza
I - deixar de satisfazer as condições civil.
estabelecidas no artigo 13; Parágrafo Único - Para poder ser incluído ou
II - for condenada, enquanto durar o reincluído nos Quadros de Acesso por
cumprimento da pena, inclusive no caso de Merecimento, a praça abrangida pelo disposto
suspensão condicional da pena, não se neste artigo deve reverter ao respectivo
computando o tempo acrescido à pena original Quadro, pelo menos trinta dias antes da data
para fins de sua suspensão condicional; da promoção.
III - for licenciada para tratar de interesse
particular; CAPÍTULO VI
IV - for condenada à pena de suspensão do DOS RECURSOS
exercício da graduação, cargo ou função Art. 26 A praça que se julgar prejudicada em
consequência de composição de Quadro de

114
Acesso, em seu direito de promoção, poderá Lei 3.808, de 16 de julho de 1981; a Lei 3.992,
interpor recurso ao Governador do Estado, de 29 de março de 1985; Lei 4.547, de 29 de
através do Comandante-Geral da Polícia Militar, dezembro de 1992, e os Decretos nº 9.888, de
como última instância na esfera administrativa. 24 de março de 1998; e 10.571, de 25 de junho
de 2001.
§1º Para a apresentação do recurso, a praça PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 23 de
terá o prazo de quinze dias corridos, a contar março de 2006.
do recebimento da notificação do ato que julga
prejudicá-la ou da publicação oficial no Boletim
do Comando-Geral. Decreto nº 12.422, de 18 de
§2º Recebido o recurso, o Comandante-Geral
novembro de 2006.
da Corporação deverá encaminhá-lo ao Regulamento da Lei de
Governador do Estado do Piauí, após avaliação
pela Comissão de Promoção de Praças e com o
Promoção de Praças da
parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Polícia Militar do Piauí
Estado do Piauí.

§3º O recurso referente à composição de O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, usando


Quadro de Acesso e a promoção deverá ser das atribuições que lhe confere o art. 102,
solucionado no prazo de 60 (sessenta) dias, incisos XIII e XXI, da Constituição Estadual e
contados a partir da data de seu recebimento. considerando o disposto no art. 28 da Lei
Complementar nº 68, de 23 de março de 2006,
CAPÍTULO VII
DAS FICHAS DE CONCEITO DE PRAÇAS D E C R E T A:
Art. 27 A ficha de conceito de praça, destinada
ao cômputo dos pontos que qualificarão o seu Art. 1º Fica aprovado o Regulamento de
merecimento, será preenchida com dados Promoção das Praças da Polícia Militar do
colhidos em seus assentamentos, os quais Estado do Piauí que com este se publica.
receberão valores numéricos, positivos e Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
negativos, conforme previsto no Anexo Único sua publicação.
desta Lei e no regulamento desta Lei. Art. 3º Revogam-se as disposições em
Parágrafo Único - O Regulamento desta Lei contrário.
poderá estabelecer outros critérios objetivos
de pontuação positiva ou negativa. PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 18 de
novembro de 2006.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 28 No prazo de sessenta dias contados da GOVERNADOR DO ESTADO
publicação desta Lei, será editado seu
Regulamento, ao qual caberá, em especial: SECRETÁRIO DE GOVERNO
I - fixar calendário para as promoções;
II - estabelecer outros critérios objetivos de
avaliação do mérito. REGULAMENTO DE PROMOÇÃO DE PRAÇAS DA
Art. 29 Esta Lei entrará em vigor na data de sua POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ
publicação, revogadas as disposições em
contrário, especialmente o art. 9º da Lei CAPÍTULO I
Complementar nº 17, de 08 de janeiro de 1996; DAS GENERALIDADES
arts. 14, § 2º; 18; 80, IV e V e §§ 1º, 2º e 3º, da

115
Art. 1º Este regulamento estabelece condições Art. 7º A CPP poderá se reunir a qualquer
para as promoções de praças em serviço ativo tempo, dentro do prazo regulamentar, a
da Polícia Militar do Piauí, de forma seletiva, critério do seu Presidente e de acordo com as
gradual e sucessiva. informações prestadas pela SEPRO, para dirimir
acerca de requerimentos administrativos ou
Art. 2º Os conceitos e definições previstos
recursos aos QA´s ou outros assuntos
neste regulamento são os existentes na Lei
pertinentes à promoção.
Complementar nº 68, de 23 de março de 2006
Art. 8º As decisões da CPP serão tomadas por
e Lei nº 3.808, de 16 de julho de 1981.
maioria dos votos de seus membros,
Art. 3º A promoção das praças da Polícia Militar assegurado ao seu presidente o voto de
do Estado do Piauí fica delegada ao desempate.
Comandante Geral da Corporação, excetuadas
a declaração de Aspirante-a-Oficial e a CAPÍTULO III
promoção de praças sub judice. DOS QUADROS DE ACESSO

CAPÍTULO II SEÇÃO I
DA COMISSÃO DE PROMOÇÃO DE PRAÇAS DA COMPOSIÇÃO DOS QUADROS DE ACESSO
Art. 4º O processamento das promoções é de Art. 9º Quadros de Acesso são relações
responsabilidade da Comissão de Promoção de nominais de praças organizadas por
Praças – CPP, constituída por membros natos e graduações, em cada qualificação no Quadro
membros efetivos. de Praças, emitidos semestralmente, para as
§ 1º São membros natos o Subcomandante- promoções por Antiguidade e Merecimento.
Geral da Polícia Militar, que será o seu
Art. 10. Para cada data de promoção serão
presidente, e o Diretor de Pessoal da
relacionadas pela Comissão de Promoção de
Corporação.
Praças – CPP, para estudo destinado à inclusão
§ 2º São membros efetivos, indicados pelo
nos respectivos Quadros de Acesso (QA’s),
Comandante-Geral, três Oficiais Superiores da
somente as Praças mais antigas em condições
Polícia Militar.
de acesso até o limite de duas vezes o número
Art. 5º Para a composição dos Quadros de de vagas.
Acesso e publicação das suas alterações a § 1º Na aplicação do limite quantitativo
Comissão de Promoção de Praças - CPP deverá previsto neste artigo, havendo quociente
se reunir em sessão reservada. fracionado será ele tomado por inteiro e para
§ 1º Os trabalhos da Comissão de Promoção de mais.
Praças serão constados em ata e tornados § 2º O limite quantitativo será fixado na data
públicos através do Boletim do Comando Geral. prevista no calendário de promoções,
§ 2º A praça que se sentir prejudicada, em constante do Anexo Único deste Regulamento.
virtude de composição do Quadro de Acesso, § 3º Integrarão os Quadros de Acesso por
terá o prazo de 05 (cinco) dias, contados da Antiguidade e Merecimento todas as praças
publicação da ata de reunião da CPP, para habilitadas, constantes do limite quantitativo.
solicitar recontagem da pontuação obtida, sem § 4º São consideradas habilitadas as praças que
prejuízo do disposto no art. 26 e seus §§, da Lei preencherem os requisitos previstos na Lei
Complementar n. 68, de 2006. Complementar n. 68, de 2006.
§ 3º A CPP poderá convocar ou convidar
qualquer policial militar, autoridade ou técnico, SEÇÃO II
bem como o interessado, a fim de prestarem DO QUADRO DE ACESSO POR ANTIGUIDADE
esclarecimentos em matéria a ser analisada.
Art. 6º O Secretário da Comissão de Promoção
Art. 11. Quadro de Acesso por Antiguidade
de Praças é o Chefe da Seção de Promoções -
(QAA) é a relação das praças habilitadas ao
SEPRO.
116
acesso, dispostas em ordem decrescente de I – tempo de efetivo serviço: é o tempo
antiguidade. contado a partir da data de inclusão na PMPI,
§ 1º A Diretoria de Pessoal fará publicar na forma do que estabelece o Estatuto dos
semestralmente no órgão oficial de publicação Policiais Militares, devendo ser acrescido 01
da PMPI a relação atualizada de antiguidade (um) ponto para cada ano de serviço prestado;
das praças que servirá de base para a II – conclusão de Cursos Militares, com
confecção das alterações finais do Quadro de pontuação máxima de 13,50 (treze pontos e
Acesso por Antiguidade (QAA). meio):
§ 2º A antiguidade entre as praças será de a) CFSD – Curso de Formação de Soldado: 0,50
acordo com o previsto no Estatuto dos Policiais ponto;
Militares do Piauí e legislação específica, b) CFC – Curso de Formação de Cabos: 0,75
observado o disposto no § 1º do art. 10 da Lei ponto;
Complementar nº 68, de 2006. c) CFS – Curso de Formação de Sargentos: 1,00
ponto;
SEÇÃO III d) CAS – Curso de Aperfeiçoamento de
DO QUADRO DE ACESSO POR MERECIMENTO Sargentos: 1,75 ponto;
e) Especialização com carga horária superior a
Art. 12. Quadro de Acesso por Merecimento
380 horas-aulas: 2,00 pontos;
(QAM) é a relação classificatória por pontos das
III – monitor em cursos militares, com
praças habilitadas ao acesso à graduação
pontuação máxima de 7,00 (sete pontos):
superior e resultante da apreciação do mérito e
a) CFSD – Curso de Formação de Soldado: 0,50
das qualidades exigidas para a promoção.
ponto;
§ 1º Para a quantificação do mérito da praça
b) CFC – Curso de Formação de Cabos: 0,75
concorrente à promoção, será utilizada a Ficha
ponto;
de Conceito prevista no Anexo Único, da Lei
c) CFS – Curso de Formação de Sargentos: 1,00
Complementar nº 68, de 2006.
ponto;
§ 2º Para a confecção do QAM as praças serão
d) CAS – Curso de Aperfeiçoamento de
relacionadas em ordem decrescente segundo a
Sargentos: 1,25 pontos;
classificação obtida dentro das respectivas
e) CHO – Curso de Habilitação de Oficiais: 1,50
qualificações, ficando em primeiro lugar a Praça
pontos;
de maior nota final.
f) CFO – Curso de Formação de Oficiais: 2,00
pontos.
SEÇÃO IV
IV – Conclusão em cursos civis, com pontuação
DA FICHA DE CONCEITO DA PRAÇA
máxima de 33,00 (trinta e três) pontos:
Art. 13. A Ficha de Conceito será preenchida de a) Técnico com carga-horária superior a 1000
acordo com as alterações existentes no (mil) horas-aulas: 2,00 pontos;
histórico individual de cada Praça. b) Superior: 3,00 pontos;
Art. 14. Para fins de preenchimento da Ficha de c) Especialização: 4,00 pontos;
Conceito são adotados critérios para d) Mestrado: 9,00 pontos;
determinar pontos positivos e negativos na e) Doutorado: 15,00 pontos.
apuração dos dados de avaliação da conduta do V – Medalhas e Condecorações, com pontuação
policial militar concorrente à promoção. máxima de 16,00 (dezesseis pontos):
a) Concedida pelo Governo Federal
Art. 15. Pontos Positivos são critérios reconhecida pela PMPI: 0,50 ponto, com
avaliativos que adicionam pontos no cálculo pontuação máxima de 2,50 (dois pontos e
para aferir o merecimento do policial militar meio);
concorrente à promoção. b) Concedida pelo Governo Estadual, Municipal
§ 1º São critérios classificados como pontos e Outras Corporações Militares, com pontuação
positivos: máxima de 13,50 (treze pontos e meio):

117
1) Concedia pelo Governo Estadual: para aferir o merecimento do policial militar
1.1) Renascença Grau Comendador: 1,50 concorrente à promoção.
pontos; § 1º São critérios classificados como Pontos
1.2) Renascença Grau Oficial: 1,00 ponto; Negativos:
1.3) Renascença Grau Cavaleiro: 0,50 ponto; I – punições:
1.4) Mérito da Segurança Pública: 1,50 pontos; a) Repreensão: 1,00 (um) ponto por punição;
1.5) Medalha Dom Pedro II – CBMEPI: 1,50 b) Detenção: 2,00 (dois) pontos por punição;
pontos; c) Prisão: 5,00 (cinco) pontos por punição;
1.6) Medalha do Mérito Policial Militar:1,50 II – condenação criminal com o trânsito em
pontos; julgado da sentença:
1.7) Medalhas do Tempo de Serviço: a) até seis meses: 1,50 (um e meio) pontos por
1.7.1 - Categoria Ouro: 1,50 ponto; sentença;
1.7.2 - Categoria Prata: 1,50 ponto; b) superior a seis meses: 3,00 (três) pontos por
1.7.3 - Categoria Bronze: 0,50 ponto. sentença.
2) Concedida por Governo Municipal, com III – falta de aproveitamento em Cursos
instituição por lei local e reconhecimento pela Militares: 10,00 (dez) pontos por curso.
PMPI: 1,50 ponto; § 2º Todos os registros que impliquem em
3) Concedida por outras Corporações Militares ponto negativo somente poderão ser incluídos
Estaduais: 1,00 ponto. na Ficha de Conceito após publicação em BCG
VI – Elogios, com pontuação máxima de 1,00 ou BI.
(um) ponto: § 3º O cancelamento e anulação das punições
a) Individual: 0,15 ponto; constantes do inciso I deste artigo serão
b) Coletivo: 0,10 ponto. regidos pelo Regulamento Disciplinar da PMPI.
§ 2º Consideram-se cursos civis os cursos § 4º Uma vez canceladas ou anuladas, as
realizados pelas instituições reconhecidas de punições não poderão mais constar na Ficha de
ensino técnico ou de ensino superior, previstos Conceito.
na legislação pátria, devidamente comprovados Art. 17. A soma total de pontos será o resultado
pelo certificado ou diploma de conclusão e da adição dos pontos positivos subtraídos do
autenticados pelas instituições responsáveis. total de pontos negativos.
§ 3º São elogios as menções honrosas
registradas em documentos de publicação CAPÍTULO IV
oficial das unidades policiais militares acerca do DO ACESSO ÀS GRADUAÇÕES INICIAIS
desempenho do policial militar, individual ou
coletivamente, conforme enquadramento Art. 18. Consideram-se graduações iniciais, para
previsto no Regulamento Disciplinar da PMPI. fim de promoção, as graduações de Cabo e 3º
§ 4º Os títulos comprobatórios das medalhas e Sargento PM.
condecorações serão incluídos nos Art. 19. O acesso às graduações iniciais dar-se-á
assentamentos dos policiais militares após da seguinte forma:
publicação no Boletim do Comando Geral da I – metade das vagas oferecidas será
PMPI, mediante pedido do interessado ao preenchida pelo critério de antiguidade,
Presidente da Comissão de Promoção de atendidas as condições previstas nos incisos I a
Praças. VII do art. 21, e § 2º do art. 29, deste
§ 5º Os títulos honoríficos que não estejam Regulamento;
previstos neste Decreto poderão ser II – metade das vagas oferecidas será
registrados nos assentamentos funcionais do preenchida através de concurso interno,
policial militar agraciado apenas para fins atendidas as condições do art. 21 deste
curriculares. Regulamento.
Art. 16. Pontos Negativos: são critérios Observar as alterações implementadas pela Lei
avaliativos que subtraem pontos no cálculo Complementar nº 68/2006: 80% por

118
antiguidade e 20% por seleção interna. Em que matriculados no curso de formação, desde que
pese o termo concurso, a Lei Complementar atendidas as seguintes condições:
estabelece a expressão seleção interna. I – ter, no mínimo, três anos de efetivo serviço,
§ 1º No cálculo das proporções previstas nos na graduação de Soldado ou Cabo PM.
incisos I e II do caput deste artigo, havendo II – estar classificado, no mínimo, no
quociente fracionado, a fração de vaga será comportamento “BOM”;
tomada por inteiro e para mais pelo critério de III – não estar cumprindo pena nem livramento
antiguidade e desprezada pelo critério do condicional;
concurso interno. IV – ter sido julgado apto em inspeção de saúde
§ 2º As vagas de que trata este artigo serão e exame de aptidão física para fins de curso de
fixadas pelo Governador, mediante proposta do formação;
Comandante-Geral da Polícia Militar, até o V – não estar licenciado para tratar de interesse
limite de 80 (oitenta) vagas, dentre os claros particular;
existentes em cada graduação e qualificação, VI – não tenha atingido até a data das
para seleção e ingresso no Curso de Formação promoções, a idade limite para permanência no
de Cabos (CFC) e igual número para o Curso de serviço ativo;
Formação de Sargentos (CFS). VII – não estar submetido a Conselho de
Observar as alterações implementadas pela Lei Disciplina;
Complementar nº 68/2006 em que estabelece Art. 22. Os cursos de formação serão realizados
240 (duzentas e quarenta) vagas anualmente. e coordenados pelo Órgão de Ensino da
Art. 20. O concurso interno será realizado Corporação.
mediante prova objetiva, compreendendo Parágrafo único. A aprovação em curso de
matérias de língua portuguesa, legislação formação atenderá ao disposto no
específica, conhecimento jurídico, técnico e Regulamento do Órgão de Ensino da Polícia
profissional, conforme previsão em edital. Militar e constituirá requisito indispensável
§ 1º O concurso interno será realizado por para promoção.
comissão, especialmente designada pelo Art. 23. A ordem hierárquica de colocação das
Comandante-Geral da Corporação, ou por praças nas graduações iniciais resulta da ordem
instituição de ensino contratada para esse fim. de classificação no curso de formação
§ 2º Não podem participar da comissão as correspondente, na forma prevista no
pessoas que tiverem cônjuge, companheiro, ou Regimento Interno do Órgão de Ensino.
parente consanguíneo ou afim em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inscrito no CAPÍTULO V
concurso interno. DO ACESSO ÀS GRADUAÇÕES DE 2º SARGENTO
§ 3º A Comissão Organizadora do concurso A SUBTENENTE
interno expedirá a relação classificatória por
grau obtido pelos candidatos, em ordem
decrescente dentro de cada qualificação Art. 24. A promoção à graduação de 2º
policial militar, a qual servirá de base para o Sargento dar-se-á pelo critério de antiguidade.
preenchimento das vagas oferecidas no curso Parágrafo único. O militar a ser promovido
de formação. deverá preencher os seguintes requisitos:
§ 4º A classificação em concurso interno não I – ter completado, até a data da promoção, o
poderá ser aproveitada para ingresso em curso interstício mínimo de quatro anos de efetivo
de formação para o qual não tenha sido objeto serviço, como 3º Sargento;
específico ou para provimento de cargo II – estar classificado no mínimo no
distinto. comportamento “BOM”;
IV – ter sido julgado apto em inspeção de
Art. 21. Após o concurso interno, os saúde;
classificados dentro do número de vagas serão

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V – não estar enquadrado nas circunstâncias II – ter sido julgado apto em inspeção de saúde
previstas nos arts. 24 e 25 da Lei e em exame de aptidão física para fins de Curso
Complementar nº 68, de 2006. de Aperfeiçoamento;
III – estar classificado, no mínimo, no
comportamento “BOM”;
Art. 25. As promoções às graduações de 1º
IV – não estar enquadrado nas circunstâncias
Sargento e Subtenente dar-se-ão pelo critério
previstas nos arts. 24 e 25 da Lei
de antiguidade e merecimento, à proporção de
Complementar nº 68, de 2006.
duas vagas por antiguidade e uma por
merecimento.
CAPÍTULO VI
§ 1º Nas promoções previstas neste artigo
DAS QUALIFICAÇÕES POLICIAIS MILITARES
serão aplicadas as seguintes regras:
I – havendo somente uma vaga, será Art. 27. As praças da Polícia Militar são
preenchida por antiguidade; agrupadas nas seguintes Qualificações Policiais
II – havendo apenas duas vagas, serão Militares (QPM):
preenchidas uma por antiguidade e outra por I – QPM-0 – Combatente;
merecimento; II – QPM-1 – Manutenção de Armamento;
III – havendo número de vagas igual ou III – QPM-2 – Operador de Comunicações;
superior a três e ocorrendo quociente IV – QPM-3 – Manutenção de
fracionado, a fração de uma vaga será tomada Motomecanização;
por inteiro e para mais pelo critério de V – QPM-4 – Músicos;
antiguidade e desprezada pelo critério de VI – QPM-5 – Manutenção de Comunicações;
merecimento. VII – QPM-6 – Auxiliar de Saúde;
§ 2º O militar a ser promovido às graduações VIII – QPM-7 – Corneteiro;
de que trata este artigo deverá preencher os IX – QPM-8 – Motorista.
seguintes requisitos: Parágrafo único. As praças integrantes das
I – ser possuidor do Curso de Aperfeiçoamento QPM previstas nos incisos II a IX deste artigo
de Sargentos (CAS); são denominadas praças especialistas.
II – ter completado, até a data da promoção, o Art. 28. Os Soldados PMs especialistas
interstício mínimo de dois anos de efetivo pertencentes às qualificações do Quadro de
serviço, como 2º Sargento ou 1º Sargento, Praças, cujas graduações de Soldados foram
conforme o caso; extintas pela Lei n. 5.552, de 23 de março de
II – estar classificado no mínimo no 2006, permanecem nessa condição até o
comportamento “BOM”; acesso regular à graduação superior, na forma
IV – ter sido julgado apto em inspeção de do que dispõe a legislação pertinente.
saúde; (Redação alterada pelo Decreto 13.541, de
V – não estar enquadrado nas circunstâncias 2009).
previstas nos arts. 24 e 25, da Lei
Complementar nº 68, de 2006. Art. 29. O ingresso no Quadro de Praças da
Polícia Militar dar-se-á na graduação de
Soldado QPM-0 (Combatente).
Art. 26. O ingresso no Curso de § 1º O Soldado QPM-0 (Combatente) poderá
Aperfeiçoamento de Sargentos far-se-á ingressar como praça especialista nas demais
mediante o critério de antiguidade na escala QPM, observadas as condições para o acesso à
hierárquica, dentro das respectivas graduação de Cabo PM previstas neste
qualificações, atendidos os seguintes Regulamento.
requisitos: § 2º Para o preenchimento das vagas de Cabo
I – ser 2º Sargento; PM, por concurso interno previsto no art. 19, II,
deste Regulamento, o Soldado QPM-0
(Combatente) será submetido, previamente, a

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exame de suficiência técnica na especialidade
pretendida.
§ 3º Suprirá o exame de suficiência técnica:
I – a comprovação de ser portador da Carteira
Nacional de Habilitação, para acesso à QPM-8.
II – a apresentação de certificado de conclusão
de curso técnico-profissional na especialidade
pretendida, expedido por instituição de ensino
credenciada, para acesso às demais QPM.
Art. 30. Consolidada a mudança de Qualificação
Policial Militar (QPM) será ela irretratável.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31. Fica fixado o Calendário Anual das


Promoções das Praças da Polícia Militar do
Estado do Piauí de acordo com o Anexo Único
deste Regulamento.
Art. 32. Este Regulamento entra em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, especialmente, o
Decreto n. 3.549, de 31 de janeiro de 1980; o
Decreto n. 3.580, de 14 de março de 1980, e o
Decreto n. 12.260, de 22 de junho de 2006.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do


Brasil, de 5 de outubro de 1988.
PIAUÍ. Constituição do Estado do Piauí, de 5 de outubro de 1989.
PIAUÍ. Lei nº 3529, de 20 de outubro de 1977. Lei de Organização Básica da Polícia Militar
do Piauí.
PIAUÍ. Lei nº 3808, de 16 de julho de 1981. Estatuto dos Policiais Militares do Estado do
Piauí.
PIAUÍ. Lei nº 5374, de 10 de fevereiro de 2004. Código de Vencimentos da Polícia Militar
do Piauí.
PIAUÍ. Lei Complementar nº 68, de 23 de março de 2006. Lei de Promoção de Praças da
Polícia Militar do Piauí.
PIAUÍ. Decreto nº 12.422, de 18 de novembro de 2006. Regulamento da Lei de Promoção
de Praças da Polícia Militar do Piauí.
PIAUÍ. Lei nº 7725, de 17 de janeiro de 2022. Código de Ética de Disciplina dos Militares do
Estado do Piauí.

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