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Execução no CPC – Livro II (Processo de Execução) – arts. 771/925 CPC.

Livro I (Cumprimento de Sentença) – arts. 513/538 CPC.

Prova única – 19/11. Prova substitutiva – 23/11. PF – 30/11.

Bibliografia: Alexandre Freitas Câmara (desembargador). André Roque (comentários ao NCPC).


Cássio Scarpinella Bueno. Daniel Neves (concurso).

06/11

Teremos uma teoria geral da execução (o que é, princípios aplicados, legitimidade,


competência, etc.) e, posteriormente, estudaremos as espécies de execução (de pagar, fazer,
de entrega de coisa, etc., medidas de execução, prisão civil, etc.)

Execução envolve a palavra satisfação, estamos na ideia do estudo da satisfação do


credor de uma obrigação (pagar, fazer, entregar, etc.) e teremos uma atividade satisfativa, um
processo/fase satisfativa. Envolvemos, então, uma ideia de satisfação.

Podemos diferenciar o processo de execução do processo de conhecimento (dicotomia


entre os processos, qual a diferença?). Processo de conhecimento é aquele que visa a prolação
de sentença, ele vai servir para o juiz definir quem possui razão. Ele visa o acertamento do
direito, ou seja, definir quem tem razão e, nesse sentido, se fala em processo de sentença
(você objetiva uma sentença que diga que você tem razão). Visa acertar um direito. É o
processo cognitivo (nele predomina a atividade cognitiva do juiz, é a ideia de raciocínio, de
operação mental do juiz – ele precisa valorar a tese exposta) e, no processo de conhecimento,
é ampla a produção de prova. “Ganhou mas não levou” – a pessoa ganha mas não obteve o
ressarcimento, apesar da tutela jurisdicional, nesse sentido, emerge a execução. A autotutela
(justiça pelas próprias mãos) é vedada, você não pode ir pela força, mas sim pelos meios
judiciais, no caso, a Execução. O processo de execução é o meio para fazer cumprir, ou ver
satisfeita, a satisfação contida no título. Ele atua sob um direito já acertado. Credor é o
detentor de um título executivo (título é um documento que legitima a execução). Ele não
entra na execução para discutir o direito, mas obter uma satisfação. A doutrina o denomina de
“processo de sanção” – aquele em que o PJ vai fazer atuar a sanção, ou seja, o Estado-juiz
(através do seu poder de Império) irá invadir o patrimônio do executado e irá arrematar o
valor acertado, assim, o exequente se vale do Estado. A doutrina costuma dizer que não existe,
tecnicamente falando, a atividade cognitiva do juiz (não há muito o que se discutir).

O CPC/73 foi muito modificado em 2005 e 2006, pois, houve um clamor jurídico para
que a execução fosse mais efetiva. O CPC/15 caminha nesse sentido. O que importa é a
efetividade do direito, há uma preocupação normativa para com o devedor.

Quais são os requisitos para toda e qualquer execução? CPC arts. 783 e 786.

1. Existência de um título executivo (o credor será detentor desse documento que


reconhece um direito). O professor destaca a existência de diferentes títulos (judicial e
extrajudicial).
2. Inadimplemento do devedor (se o devedor cumprir, não há execução).

Não é possível recorrer para a autotutela. Ideia de “execução forçada”, ou seja, irá se valer do
Estado para obter uma satisfação.

Técnicas/medidas executivas
A doutrina faz uma separação entre técnicas ou medidas de sub-rogação e de coerção.

1. Medida/técnica sub-rogatória – é aquela que se vale o Estado, contra a vontade do


devedor, para obter a satisfação do credor. O exemplo mais claro dessa medida é a
noção de expropriação (art. 786 e seguintes CPC). Professor discorre sobre
penhora, gravame e leilão dos bens. Há a expropriação do patrimônio para
pagamento da dívida. Outra medida é a penhora online diretamente na conta do
devedor (faz o bloqueio na conta e o transfere para uma conta do órgão
jurisdicional que, posteriormente, será liberada) – é uma técnica de expropriação.
2. Medida/técnica coercitiva – elas contam com a vontade do devedor, havendo uma
espécie de pressão. É no sentido de coagir/pressionar o devedor, de forma lícita, a
cumprir uma obrigação. Exemplo: multa diária (essa multa é conhecida como
astreinte – art. 537 CPC), o professor destaca que ela não necessariamente é
diária. Outra medida é a prisão civil, não é uma prisão penal! Você, nesse caso,
precisa ter condição financeira – possui condições mas não paga. Ela possui limite
máximo de 3 meses e ela não exime o devedor do pagamento (se espera que uma
vez preso, ele pague para ficar livre). Art. 5º, LXVII da CF e art. 528, p. 3 do CPC.

Espécies de execução.

10/08/18

Revisão

Técnicas de execução forçada e outras em que o sistema estimula o devedor a cumprir (multa,
por exemplo) – direito premial como mecanismo de execução indireta.

Execução direta – Estado invade o patrimônio do executado (técnica de subr

Execução indireta – medidas/técnicas de coerção (multa, prisão civil, etc.) – tentam


estimular/coagir o cumprimento.

Direito premial – é um sistema jurídico te estimulando a cumprir, mas não é feito a


partir de uma sanção, mas um benefício. Art. 827, p. 1 do CPC. Art. 90, p. 4 (no processo de
conhecimento).

Exemplo: sabe que é devedor e paga integralmente para diminuir os honorários

Exemplo: custas de baixa no processo ficam à cargo da outra parte – cláusula “jogando
a bomba no devedor”. Isso mudou, o próprio Judiciário, visando o cumprimento das
obrigações, está trazendo novos benefícios aos devedores.

Exemplo (no sentido de pressionar o devedor ao cumprimento): a questão de serem


juros de 1% ao mês, antes era de 0,5% (além de juros de mora, honorários, etc.). Isso
estimulou o cumprimento pelo devedor que possui bens, pois ele irá perder seus bens.

Execução envolve a satisfação do credor.

Requisitos de toda e qualquer execução (art. 786 do CPC): Título executivo (é um


documento, chave da execução – a obrigação já está reconhecida) e o Inadimplemento (se ele
cumprir, não há o que executar).

FORMATO DA EXECUÇÃO:
1. Fase ou processo:

(deflagração do processo, com a petição inicial) Conhecimento – sentença – execução

Você distribui uma petição inicial de uma ação de conhecimento, seja lá qual for o assunto. Há
audiência do art. 334 do CPC. Se não contestar é revel, pode entrar com reconvenção ou não.
Produção de Provas. Alegações finais.

Sentença é prolatada – pode ser no sentido de condenar o réu a pagar a dívida.

Possíveis recursos.

Trânsito em Julgado.

Se o devedor pagar a dívida: não há execução.

Se o devedor não cumprir a sentença: o formato se dará através do que se denomina de


“cumprimento da sentença”. EXECUÇÃO ATRAVÉS DO FORMATO CUMPRIMENTO DA
SENTENÇA – também conhecida como execução de título judicial (documento que legitima a
execução judicial constituída em juízo. O documento que você quer executar é a sentença, ou
seja, a sentença é um título executivo judicial).

Há aqui um formato de continuidade e se dá no mesmo processo. Você atravessa a


petição no mesmo processo, é tudo numa coisa só. É contínuo, um único processo com fases
subsequentes (fase de conhecimento e fase de execução). Isso se denomina PROCESSO
SINCRÉTICO (ideia de junção de fases – um único processo com fases subsequentes).

Tecnicamente falando, portanto, não se deveria falar em “processo de execução”, mas


em “fase de execução”. Você não precisa entrar com nova ação, portanto.

Antes de 2005: vigorava uma dicotomia processo de conhecimento/processo de


execução. Era preciso fazer nova petição inicial, pegar o título e citar novamente o executado.
A reforma de 2015 acabou com a referida dicotomia, transformando tudo em um processo só,
mas com fases distintas, o que se denomina de processo sincrético. Executar na mesma base
procedimental. Agora, portanto, você precisa entrar com uma mera execução e o devedor não
precisa ser citado novamente, afinal, o mesmo já integra o processo – ele será intimado,
normalmente na pessoa do advogado. A execução, em muitos momentos, tornava-se inefetiva
pela necessidade de entrada de nova ação.

Leis anteriores fizeram a mesma cosia com obrigação de fazer e entrega de coisa (não
apenas de pagar).

O cumprimento de sentença tem previsão no CPC: arts. 513 ao 538.

Título judicial – art. 515 do CPC.

Execução

É o que a lei denomina de PROCESSO DE EXECUÇÃO. Arts. 771/925. Ela se dá quando


estamos diante do que se denomina “título executivo extrajudicial” (constituído fora de juízo,
não estamos falando de uma sentença ou execução judicial).

Título extrajudicial – art. 784 do CPC.


Exemplo: contrato (com garantia de hipoteca, locação, com testemunhas, com caráter
público, etc.).

Decisão extrajudicial deveria ser considerada um título extrajudicial, mas houve uma
equiparação da sentença arbitral à sentença judicial. Quem defende que arbitragem possui
jurisdição se baseia nesse ponto. Art. 515, p. 1 e inc. VII do CPC.

Você não precisa entrar numa prévia fase de conhecimento, afinal, já possui o título
executivo extrajudicial – você já possui a possibilidade de executar.

Para deflagra o processo de execução - precisa distribuir uma petição inicial de


execução, precisa tirar o PJ da inércia (com algumas especificidades - você não vai requerer
produção de prova, não vai requerer audiência). Até a defesa é diferente, mas o professor não
especificou tal ponto.

O executado será citado, sendo esse o meio de integração do executado ao processo.

Resumo: dependendo do título, temos dois meios de promover a execução, com aplicação de
artigos diferentes dependendo da situação.

Espécies de execução:

É uma forma de designação do procedimento executivo aplicado, do procedimento


aplicável à execução (artigos, etc.)

Uma dica é sempre identificar a espécie da execução.

1. Quanto à origem do título: você precisa analisar se é a execução de título judicial ou


execução de título extrajudicial.
2. Quanto à natureza da obrigação: causas de pedir/pedido.
a. Pagar (prestação precuniária):
i. Fundada em título judicial: arts. 520 ao 527 do CPC.
ii. Fundada em título extrajudicial: arts. 824 ao 909 do CPC.
b. Dívida alimentar (execução de alimentos, aqui pode haver prisão civil,
desconto em folha de pagamento, penhora na conta – são artigos diferentes
havendo uma forma de proteção ao exequente aqui):
i. Fundada em título judicial: arts. 528 ao 533 do CPC.
ii. Fundada em título extrajudicial: arts. 911 ao 913 do CPC.
c. Fazer (envolve um atuar, uma tarefa. Ex: contratou um cantor para cantar
numa casa noturna) ou não fazer (é uma prestação negativa, é um não atuar.
Ex. não divulgar determinada informação, não inserir no SPC):
i. Fundada em título judicial: arts. 536 e 537 do CPC.
ii. Fundada em título extrajudicial: arts. 814 ao 823 do CPC.
d. Entrega de coisa (conhecida também como obrigação de dar, exemplo: dar um
veículo, um bem, etc.):
i. Fundada em título judicial: art. 538 do CPC.
ii. Fundada em título extrajudicial: arts. 806 ao 813 do CPC.
e. PODE HAVER CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS

3. Quanto a qualidade da parte (dependendo de quem for, teremos um procedimento


diferente. A Fazenda Pública pode ter direito a um procedimentos especial):
Regime de dotação orçamentária: é preciso lembrar que os bens públicos são impenhoráveis,
logo, é preciso que haja um regime de execução diferente, um regime sem execução com
penhora. É feito através de precatória e RPV (requisição de pequeno valor) (art. 100 da CF). A
Fazenda não paga através da penhora de seus bens, mas do regime de dotação orçamentária.
RPV é um valor menor, depende da esfera (União, Estado, etc.), você recebe imediatamente.
Precatória possui classes, mas o professor lembra que é uma fila enorme e muitas pessoas
ficam sem receber (preferindo até receber menos).

a. Fazenda Pública Executada (executada de obrigação de pagar, devedora):

i. Fundada em título judicial: arts. 534 e 535 do CPC.


ii. Fundada em título extrajudicial: art. 910 do CPC.
b. Fazenda Pública Exequente (credora de obrigação de pagar):

Lei de Execução fiscal: você possui um procedimento especial, em tese, favorável à Fazenda. É
a Lei 6830/80.

13/o8/18

Princípios Informativos/Setoriais da Execução - pontos de partida ou diretrizes de uma


ciência. Vamos falar de princípios aplicáveis à execução, não são princípios gerais. Professor
entende que uma ciência sem princípios é desorganizada, eles visam a organização de uma
ciência, preenche lacunas, etc.

Princípios Constitucionais se aplicam à Execução? Sim, se são princípios constitucionais, a


CF/88 está no ápice do (juiz natural, ordenação, fundamentação das decisões, publicidade,
razoável duração do processo, contraditório, etc.). Art. 1º ao 12 do CPC falam de normas
fundamentais. Processo de execução está dentro do Código, e deve ser interpretada conforme
princípios. Art. 4º - “incluindo a atividade satisfativa”, fala da execução, tal artigo deixa bem
claro que a razoável duração do processo também se aplica à execução.

O princípio do contraditório se aplica à execução? Sim. O argumento contrário diz que na


execução não predomina a atividade cognitiva do juiz, o direito já está acertado, ele somente
vai decidir questões superficiais, direito está acertado, a execução somente visa a satisfação.
Ocorre o contraditório, sobretudo por ser uma (5º, 55 CF) – a própria lei ressalta o
contraditório. Exemplo: você penhorou seu bem, você pode pedir a substituição do bem
penhorado? Se você faz esse pedido, ele manda a outra parte se manifestar (art. 847, p. 4
CPC). Exemplo 2: seu bem é penhorado é feita uma avaliação. O juiz abre espaço para as
partes se manifestarem sobre tal avaliação, podendo impugnar o laudo de avaliação (art. 874
do CPC).

1. Patrimonialidade (art. 789 do CPC): o devedor não responde com seu corpo por
dívidas, com castigo físico. Ele responde com seu patrimônio, responsabilidade
patrimonial e não corporal. Ressalva: a prisão civil não excepciona esse princípio! A
prisão civil é uma medida de coerção, não serve como pagamento da dívida. Com sua
prisão ele não paga a dívida, ela é meio para estimulá-lo a pagar, é um meio para
pressioná-lo. Não existe aqui o que vemos na esfera penal (comutação da pena). Art.
528, p. 5 do CPC.
2. Realização da execução no interesse do credor (art. 797 do CPC): o credor possui o
título executivo, com direito já acertado, ele não entra para discutir mas obter a
satisfação. Assim, o objeto da execução é justamente obter a satisfação do credor. Na
dúvida, em geral, o OJ deve ser interpretado favoravelmente ao credor, que possui um
título executivo. Aquelas reformas do CPC/73 e até agora, com o CPC/15, o grande
foco foi garantir a efetividade da execução, ou seja, que ela se realize no interesse do
credor. O foco das reformas e da conjuntura atual é prestigiar a execução no interesse
do credor. Exemplo 1: quem indica bens à penhora? Antes era o devedor, que indicava
o pior bem que possuía. No CPC/15 cabe ao exequente, o credor, justamente pelo
princípio da realização da execução em seu interesse (art. 798, II, c do CPC). O devedor
pode indicar mas, preferencialmente, cabe ao credor tal indicação. Exemplo 2: quando
formos estudar a competência do cumprimento de sentença, qual a lógica de definição
do órgão? Via de regra, você executa no mesmo juízo (ingressou no 1º JEC – continua
nele). É possível uma discussão no caso dos bens do devedor estar em outro estado, o
credor pode pedir que todo o processo seja declinado para o outro estado, de forma a
facilitar a penhora do bens (art. 516, p.u. do CPC) – exemplo de relativização do juiz
natural em favor do interesse do credor. Exemplo 3: a medida preferencial executiva é
a penhora em dinheiro, também denominada penhora online (art. 835, I e p. 1 do
CPC). O requerimento de substituição do dinheiro por um imóvel, por parte do
executado, não irá colar, justamente por já existir uma ordem a ser seguida. (não
precisa publicar edital, nomear leiloeiro, etc.) – penhora online é mais rápida e efetiva.
a. Princípio da disponibilidade da execução – o exequente (credor) pode dispor
da execução e das medidas executivas. Ele pode, por exemplo, requerer a
penhora de um imóvel e desistir posteriormente da medida, descobrindo que
o imóvel não era tão bom (exemplo). Ele pode, inclusive, desistir de toda a
execução. Em princípio, não será exigido o consentimento do executado (art.
775, p. u. do CPC).

DIFERENTE: Ação de conhecimento, se o réu já contestou, você precisa do


consentimento dele para desistir da causa – seria uma extinção sem mérito. O
réu pode não concordar com a desistência, pois quer uma extinção com mérito
(art. 485, p. 4 do CPC) – PROCESSO DE CONHECIMENTO.

Art. 778, p. 1, III do CPC – você como credor pode ceder seu crédito para outro,
que continuará te cobrando, sem o executado precisar concordar. No contrário
é preciso, ou seja, devedor passando o débito para outro (o credor precisaria
concordar).

b. Desfecho único: para o professor, esse é um princípio antigo que se configura


como uma falácia. Já que o credor tem um título executivo o desfecho único,
materialmente falando, o resultado único, seria sua satisfação. Outros
resultados, seria uma possível extinção sem mérito (abandono do credor, o
credor não achar bens do devedor, etc.). Não teria como o juiz tutelar o direito
material do réu, ou seja, no máximo, vai ter a satisfação ou teremos uma
situação em que a execução é frustrada, mas não se reconheceu direito algum
ao réu. Esse princípio é criticável, por exemplo, o executado pode alegar o
pagamento e, reconhecendo o direito do réu de que a dívida já está quitada,
ele irá decidir pelo adimplemento e irá outorgar esse direito do credor. Nessa
hipótese o juiz estaria reconhecendo direito do réu no sentido de que a
obrigação está quitada, sendo o processo extinto com resolução de mérito. O
processo não possui necessariamente um desfecho único de não reconhecer.
Dívida prescrita – ele reconhece tal direito ao réu e ela não poderá mais ser
cobrada. Pode ser que o juiz reconheça a tutela favoravelmente ao
demandado. Os autores mais recentes nem citam tal princípio.
3. Menor sacrifício possível ao executado (menor onerosidade possível ao executado)
(art. 805 do CPC): não é um indubio pro executado, mas uma forma de raciocínio de
que, se a execução pode ser realizada de vários modos, vamos priorizar aquele que
cause menos prejuízo ao executado. Não podemos pensar no executado como um
vilão. Tal princípio se choca ao anterior e eles terão que se compatibilizar no caso
concreto. Exemplo: ordem dos bens penhoráveis – é o rol do art. 835 do CPC (bens
que se sujeitam à execução). Em princípio, é seguida a ordem dos incisos. O carro é
penhorado, é preciso demonstrar um gravame e trazer uma nova forma também
eficaz, por exemplo, trazendo outro bem a ser penhorado – ou seria salvo conduto (o
juiz pode relativizar a penhora de bens) – precisa demonstrar outra decisão também
efetiva. Tal ideia não vigora na penhora em dinheiro, pois o próprio legislador se
manifestou no sentido de sua prioridade. Os demais são relativos, podendo o juiz
relativizar tais incisos apesar da ordem, de forma a não causar um prejuízo ao
executado (art. 835, p. 1 cc/ art. 805, p. u. do CPC).

Decisão interlocutória, cabendo agravo de instrumento. Credor pode ser contrário.

Exemplo 2: noção de preço vil do leilão. Você penhora o bem de uma pessoa que vale
1 milhão e, avaliado, também consta 1 milhão. Será submetido à leilão, com um
leiloeiro e quem faz o lance maior ganha, vai subindo. O devedor quer colocar o preço
lá em cima e o credor em baixo. A ideia do leilão eletrônico também está crescendo. O
leilão parte do valor avaliado, ou seja, um milhão. Se não tiver nenhum interessado no
primeiro leilão, será realizado um segundo que poderá ser levado por um valor menor.
Nesse segundo leilão ele não pode ser arrematado por um preço vil, o que prejudicaria
o devedor e lhe traria sacrifício, o que vai de encontro ao princípio explicado. Art. 891
e p.u. do CPC. Se for abaixo a arrematação será nula. Art. 836 do CPC – penhora de
bem ou penhora online de 10 reais, o custo pra expedir o mandato de pagamento que
sai muito mais caro, custas pra publicação de edital, nomeação de leiloeiro, etc.

4. Cooperação/colaboração (art. 6º do CPC): todos precisam colaborar para o sucesso da


demanda. Que o credor vai colaborar ninguém duvida, mas o executado também
precisa colaborar, mas como? Exemplo: o juiz pode mandar intimar o executado para
que ele indique seus bens e onde estão (art. 774, V do CPC) – se ele não indicar há uma
multa, é um dever de colaboração (art. 774, p.u. do CPC). Exemplo 2: o executado
pode indicar em defesa excesso de execução, ou seja, uma cobrança excessiva – que
estão te cobrando a mais (foi feita uma conta errada, cálculo de multa, etc.), caso isso
seja feito, ele precisa indicar o valor devido (art. 525, p. 4 e 5 do CPC).
5. Atipicidade dos meios executivos: a execução visa a satisfação do credor e o legislador
se utilizou de uma técnica de não trazer exaustivamente as medidas que o juiz pode
tomar. O juiz pode determinar qualquer medida, típica ou atípica, para garantir a
satisfação do credor. Arts. 139, IV – reter passaporte de devedor, carteira de motorista
(há precedente do STJ nesse sentido – STJ RHC 97.876/SP – não permitiu o passaporte
pelo direito de ir e vir), etc., medidas coercitivas para compelir o devedor ao
cumprimento. Art. 536, p. 1 e art. 297 do CPC.

Temos verificar se ele é judicial ou extrajudicial – é importante verificar a origem do título.


Art. 783 do CPC até o art. 788 do CPC.

REQUISITOS PARA TODA E QUALQUER EXECUÇÃO:

1. Existência de um título executivo (nulla executio sine titulo – uma máxima famosa) – o
título executivo é um documento que serve para você levar ao Estado demonstrando a
existência de uma obrigação, você consegue nesse sentido a execução forçada.

Há uma discussão se esses documentos poderiam ser criados pelas partes ou pela lei.
A visão tradicional é a visão de tipicidade, ou seja, só é título executivo aquele previsto
em lei – o argumento principal é de que somente cabe à União Federal (competência
exclusiva) legislar sobre matéria de processo, art. 22, I da CF (o CPC é uma lei federal).
Os título executivos estão nos arts. 715 e art. 784 do CPC. Em ultima ratio tem que s

Essa questão da tipicidade sofre uma certa relativização quando analisamos os títulos
executivos extrajudiciais, quando verificamos que as partes, num contrato, num
acordo, atribuir força executiva àquele contrato. Art. 784, III do CPC. Se descumprindo,
você já pode entrar direto com uma execução.

Exemplo: se colocam o bem em hipoteca, como garantia, já virou um título executivo


(direito real de garantia).

Obs.: nos dias atuais discute-se a possibilidade de um negócio processual atípico (sem
previsão legal) criar um título executivo fora do rol legal. Professor entende que essa
discussão é um pouco estéril, pois é só colocar duas testemunhas no contrato que
basta para possuir força executiva. Na doutrina vem predominando a ideia da
possibilidade, mas isso quebraria a ideia de tipicidade dos títulos executivos (criação de
título executivo fora do rol legal).

Negócios processuais: art. 190 do CPC (possibilidade de criação de negócios


processuais atípicos). Professor indicou o artigo da professora Estefânia.

2. Inadimplemento (ideia de que o devedor descumpriu uma obrigação – você busca seu
direito por meio do Estado-juiz).

ATRIBUTOS DA OBRIGAÇÃO (o que precisa estar corporificado nesse título?) – art. 783

Título é um documento, você possui uma obrigação corporificado no título. A obrigação


contida no título possui os seguintes atributos e, sem o preenchimento de todos esses
requisitos, não pode ser promovida a execução:

1. Certeza – dá a impressão de indiscutível, mas não é isso, embora seja limitada é


possível a defesa na execução (não é uma obrigação indiscutível) – conforme art. 717,
VI do CPC (exemplo de que é possível defesa, um certo embate). Certeza é quando o
título/documento transparece os elementos da obrigação, ou seja, relação credor-
devedor, identifica quem é o credor e o devedor, bem como a natureza da obrigação
(pagar, fazer, entrega de coisa). São os elementos mínimos da obrigação. O professor
relembra que ela não é indiscutível!!
2. Liquidez – é a questão da quantificação, ela precisa ser líquida. Isso tem muita
importância na obrigação de pagar. Se não tiver quantificado num título extrajudicial,
por exemplo, seria preciso entrar com uma ação de
Obs.: quanto ao título judicial – existem hipóteses em que o juiz pode prolatar uma
sentença ilíquida (não quantifica), por não possuir os elementos suficientes,
condenando sem estipular o valor. Não seria possível executar, é preciso quantificar, o
que se dá por meio de um procedimento, após a sentença, denominado liquidação de
sentença. Art. 509 ao 512 do CPC – procedimento denominado liquidação de sentença.
Exemplo: pessoa foi atropelada, sendo necessária a indenização. O acidentado já pode
fazer um pedido genérico, ilíquido, antes de fazer as cirurgias. Você pode ajuizar ação
antes e, posteriormente, demonstrar os gastos. O juiz pode prolatar sentença ilíquida,
líquida, ou ser uma parte líquida (não tem todos os valores, por exemplo).
Sem a liquidação, sem a obrigação líquida, não é possível a execução!!
3. Exigibilidade – é uma noção que decorre do inadimplemento (requisito da execução).
Exemplo: está escrito como requisito da petição inicial de execução o inadimplemento
(art. 798, I, c CPC – tem que demonstrar que houve o vencimento, o inadimplemento –
condição ou termo).

O executado vai querer alegar que os referidos atributos não foram cumpridos.

Art. 803, I e IIi do CPC – nulidade.

TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS

É o título executivo contido em juízo. O título executivo judicial por excelência -


decisão judicial (não necessariamente é a sentença, pode ser um acórdão, etc.)

Art. 515 do CPC

I – a sentença, por exemplo, é um documento constituído em juízo que acerta um


direito e reconhece uma obrigação. Se o devedor não cumprir você pode executá-lo por meio
do cumprimento de sentença (dentro do próprio processo). Pode ser uma decisão que
reconhece uma obrigação, seja de pagar, fazer etc. Lembrando que das decisões cabem
recursos, que podem suspender a possibilidade de execução.

Ex: você entra com ação contra uma empresa, você entra com uma ação e não pode
ficar sem luz por meses, você pede tutela provisória, por meio de tutela provisória. Se essa
decisão não for cumprida você pode executar. Art. 297, p.u. do CPC.

II (cc/ 487, III, b) – autocomposição judicial. Professor entende que nem precisaria
desse tem um processo, fez um acordo. É possível que esse acordo que você faz em juízo
englobe uma terceira pessoa (claro, com sua anuência)? Sim, é o art. 515, p. 2 do CPC. Além
disso, você pode fazer um acordo em juízo incluindo matéria não posta em juízo. Essa
autocomposição pode incluir terceira pessoa e até mesmo matéria não posta.

III (cc/ 725, VIII) – faz um acordo fora de juízo e não tem um processo ajuízado. Você
pode fazer, até mesmo verbal e contar que a pessoa vai cumprir. Se você colocar duas
testemunhas você já possui título executivo extrajudicial. Esse é diferente, não tem ação, as
parte já vão acordo para o juiz homologar (jurisdição voluntária – levar um caso ao judiciário
sem qualquer conflito). Exemplo: divórcio, confissão de dívida.

É mais forte quando há a homologação do juiz. O título extrajudicial com testemunhas


é mais “fraco”.

IV (cc/ 654) – ele não precisaria ter previsão, pois fala da sentença que resolve o
procedimento de inventário e partilha. Decisão que resolve o inventário.
Ex.: alguém morreu, inventário, partilha e a sentença final.

V – título judicial. São em geral aquelas hipóteses de perícia (juiz pode deferir o
parcelamento no pagamento do perito, o próprio perito pode se valer da decisão que
homologou os seus honorários, o parcelamento e executa nos autos do mesmo processo).

Os próximos incisos são títulos executivos judiciais, mas vão ter um procedimento
diferenciado, previsto no art. 515, p. 1 do CPC:

VI – estudo dos efeitos cíveis da sentença penal condenatória (art. 91 do CPP).


sentença penal

Ex. alguém cometeu um crime, exemplo, furto, e destruiu a propriedade da vítima.


Além da sanção penal, ela pode reconhecer a sanção de indenizar. Ao invés de duas ações, é
possível uma única ação com o juiz da esfera penal, ao reconhecer o crime, também condena à
reparar os danos cíveis. Quanto aos danos cíveis, você pega a sentença penal condenatória,
traz para a Vara Cível (abre outro processo), e executa seus efeitos cíveis. A justiça criminal e
cível possuem ligação, podendo a criminal poder reconhecer o efeito de ter que reparar o
dano. O juiz criminal não tem competência para executar sentença cível. Se isso não fosse
possível teria que entrar com o processo de conhecimento, sendo que o juiz penal já
reconheceu.

VII (Lei 9.307/96 – lei da arbitragem) – a sentença arbitral todos diriam que é um
título executivo extrajudicial, pois a arbitragem é um meio de resolução de conflitos fora de
juízo. Contudo, embora o árbitro não seja um juiz togado, ele vai decidir. O legislador tratou
como judicial a sentença arbitral, fazendo uma equiparação com a sentença judicial. Assim, a
sentença arbitral é título executivo judicial. Não se sujeita à homologação no judiciário.
Sentença arbitral é título executivo judicial. O árbitro não possui poder de império e a
arbitragem não substitui o judiciário, nesse sentido, o arbitro não pode executar a sua decisão.
Por isso, havendo inadimplemento, e preciso levar a questão para o judiciário.

Precisa de um cumprimento de sentença diferenciado.

Arbitragem é jurisdição ou não? Quem defende que sim sempre cita o inciso
supracitado.

20/08

Requisitos: título executivo (documento) e inadimplemento.

Art. 515 do CPC (títulos executivos judiciais) – são aqueles constituídos em juízo (sentença,
acórdão, decisão interlocutória, acordo homologado – em juízo ou de forma extrajudicial -,
decisão que resolve procedimento de inventário, crédito do auxiliar de justiça)

.Qualquer decisão do juiz que reconhece a exigibilidade de uma obrigação pode ser executado.

Art. 515, incs. VI ao IX.

VI (CC/ art. 387, IV do CPP – o juiz do crime pode até fixar o valor mínimo de uma indenização,
quem definiu o dever de indenizar é o juiz do crime. CC/ arts. 63 e 64 do CPP – normalmente
leva pro cível, liquida e depois executa) – sentença penal condenatória, transitada em julgado,
com efeitos cíveis. É possível reconhecer a obrigação indenizatória.
VII (Lei 9.307/96, especialmente art. 18) – questão da sentença arbitral, onde temos uma
solução de conflitos fora do judiciário. Se o devedor, condenado pelo arbitro não cumprir, o
árbitro não poderá penhorar os bens do devedor. Você precisa levar pro. O laudo é um título
executivo judicial, foi equiparado à uma sentença judicial).

VIII (cc/ art. 961, p. 1) – pode ser acórdão, decisão colegiada estrangeira, pode até ser uma
decisão não judicial (administrativa, exemplo do rei da Dinamarca que dá os divórcios). Temos
que analisar se é causa se o Brasil aceita jurisdição estrangeira, jurisdição internacional
concorrente – em que o Brasil aceita. Onde está a jurisdição concorrente – quais as hipóteses
em que se pode ajuizar aqui e lá fora, pois o Brasil aceita jurisdição estrangeira? Art. 21 e 22 do
CPC cc/ art. 964 do CPC.

O Brasil só não aceita se for hipótese de jurisdição exclusiva, que somente a jurisdição
brasileira pode e, não tem homologação – quais são os casos? Os casos do art. 23 do CPC.

Arts. 21 e 22 do CPC – casos em que o Brasil aceita a jurisdição estrangeira.

Ex.: sentença na China, houve inadimplemento – como executar no Brasil?

É preciso passar por uma prévia ação de homologação de decisão estrangeira, perante
o STJ. Art. 105, I, i (competência originária do STJ homologar decisões estrangeiras) cc/ art. 960
e seguintes do CPC (capítulo sobre ação de homologação estrangeira). O STJ não vai rejulgar,
mas verificar os requisitos formais para que haja a homologação. É uma espécie de
certificação. É preciso verificar se fere a ordem jurídica brasileira (ex. não vai homologar
apedrejamento).

A partir do momento em que essa sentença foi acolhida, você passa a ter um título
executivo judicial.

Onde você vai executar? É a justiça federal de primeira instância que terá competência
para executar a sentença estrangeira (arts. 109, X da CF e art. 965 do CPC) – prof. Falou da
importância dessas remissões. A primeira instância é mais vocacionada para a execução de
bens.

Normalmente traz para o Brasil se a pessoa tiver bens para executar aqui no Brasil.

IX – é a mesma ideia de uma decisão estrangeira, mas estamos falando de uma decisão não
definitiva estrangeira (possui uma carga executiva). Exemplo: decisão interlocutória na China
mandando bloquear alguns bens no Brasil, aplicando novamente o art. 105, I, i da CF – e o STF
vai dar o que se denomina de “exequatur” – ele também faz um juízo formal. Essa
comunicação se dá por carta rogatória. Antes de 2004 isso era competência do STF. Cc/ ART.
962, p. 1 e p. 2 do CPC. Também cumprindo na primeira instância da JF – art. 965 do CPC.

Essas decisões estrangeiras com caráter executivo, você precisa passar pelo crivo do STJ para
produzir efeitos.

Art. 963 do CPC. Juízo de delibação.

X (vetado) cc/ Lei 2.180/1954 – acórdão oriundo de Tribunal Marítimo, fora do Judiciário,
Tribunal Administrativo. Legislador tentou dar uma moral pro Tribunal, que teria uma
equiparação semelhante à arbitragem. Agora é necessário o ajuizamento de uma ação de
conhecimento.
Art. 515, p. 1 – Nos casos dos incisos VI ao IX que, embora você tenha um título executivo
judicial (estrangeiro, penal e arbitral), interpreta-se que você vai precisar deflagrar uma ação
de execução e citar o executado – meio de integração do citado ao processo - (com petição
inicial – juntada do título, planilha, informações das partes). Você possui o título executivo
judicial, mas a fase postulatória é diferente, você está abrindo um processo. A fase de
conhecimento se deu em um lugar diferente (ex. China, processo penal, fora do Judiciário),
não se pode ser uma mera intimação. Não basta uma simples petição – traz a ideia de inércia
do PJ. Para deflagrar demanda e tirar o Judiciário da inércia. Execução não é pela junção de
fases em um processo, mas dois diferentes! No caso específico da estrangeira há uma
tricotomia – três processos.

TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (art. 784)

Estamos falando de um documento, que legitima a execução, que é formado fora de


juízo (exceção da arbitragem – sentença equiparada).

A vantagem é não precisar entrar com uma prévia ação de conhecimento, se o


devedor descumprir você pode entrar direto com uma ação de execução. O credor está em
uma posição especial em relação à quem não possui. Professor relembra o contrato com duas
testemunhas, que permite que haja execução sem uma ação de conhecimento prévia, você já
promove diretamente a execução.

Ele acaba fomentando o desenvolvimento social e o giro da economia, pois o credor


tende a ceder crédito, exigindo menos garantias do devedor, pelo fato dele possuir um título
executivo extrajudicial (ele tende a receber mais rápido) – isso TENDE à circulação de riquezas.

Se eu tenho um título executivo extrajudicial, eu posso me valer com uma ação de


conhecimento (pergunta para prova)? Aparentemente, uma primeira resposta seria no
sentido de carência de agir. Contudo, temos que observar o art. 785 – NÃO HÁ IMPEDIMENTO,
há interesse de agir. Isso não vai acontecer com grande frequência, mas, por vezes, temos um
título executivo extrajudicial que possui uma discussão se ele é ou não um título executivo
extrajudicial e, malandramente, a pessoa já entra anteriormente com uma ação de
conhecimento para firmar a garantia do título executivo que poderá, após o processo de
conhecimento, virar um título executivo judicial. Isso, em tese, prejudicaria o credor – não é
regra.

I – a duplicata é um título emitido ao credor, submetendo ao aceite do devedor – professor


comenta que o STJ já admite a duplicata eletrônica, destacando a necessidade de aceite do
devedor. É preciso aplicar a lei de duplicatas, que diz que se não tiver o aceite do devedor,
você tem que protestar o título e ter o comprovante de entrega de mercadorias/serviços (art.
15 da Lei 5.474/1968) – não adianta falar que tem duplicata.

A lei do cheque prevê uma eficácia executiva menor para você entrar com a execução – é de
seis meses (art. 59 da Lei 7.357/1985) – Thiago Neves.

II – documento público é aquele firmado perante um agente público, perante alguém que
possua fé-pública. Dentro dessa linha de raciocínio, não há necessidade de se entrar com uma
ação de conhecimento (para obter uma certificação), vai direto para a execução. Exemplo:
divórcio consensual em cartório (cc/ art. 733 do CPC); inventário extrajudicial que é feito em
cartório (cc/ 610, p. 1 e 2); contrato administrativo firmado por ente público.
III – documento particular assinado por duas testemunhas – se você possui um documento
particular (exemplo do contrato). Se esse documento particular possui assinatura de duas
testemunhas o devedor pode se valer diretamente da execução, sem entrar com ação de
conhecimento. É o que mais se vê na prática. Em tese, a testemunha tem que ser
desinteressada e temos que aplicar alguns dispositivos: art. 447 do CPC e art. 228 do CC
(hipóteses em que, em tese, a testemunha não poderia intervir nesse caso). Jurisprudência do
STJ REsp 1.453.949/SP (2017) – o advogado, em tese, não pode ser testemunha, mas no caso
concreto foi possível pois, não houve questionamento da parte diversa/falsidade no título não
haveria porque questionar. Professor também fala sobre a possibilidade de assinatura
posterior.

24/08

O direito de ação é garantido constitucionalmente, assim, o devedor pode entrar com


uma ação. É o art. 784, p. 1 do CPC. Devedor promove ação de consignação em pagamento,
por exemplo – isso não reprime o credor de promover a execução. Se inibisse, todo devedor iria
entrar com a ação, travando a execução por parte do credor. Art. 55, p. 2, I do CPC – podemos
ter concomitância, mas, para evitar julgamento contraditório, unir. Torpedo italiano – justiça
da Itália é mais lento e o devedor promovia na Itália, vinculando.

(cont. TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS – art. 784 do CPC)

IV – um acordo extrajudicial firmado pelo advogado de ambas as partes já é um título


executivo extrajudicial. Acordo que teve a participação dos advogados dos transatores, já é um
título executivo extrajudicial. É possível acordo em causa própria (em caso de partes que são
advogados). Também incluiu a defensoria, defensor público é um agente público. Prevê vários
hipótese, também incluindo por conciliador ou mediador credenciado pelo Tribunal (não faz
referência ao acordo realizado em audiência de conciliação e mediação) – cc/ 21 a 23 da Lei
11.140/05 (lei de mediação) - já pode promover direto a execução.

V (cc/ 835, p. 3) – a principal hipótese aqui é a hipoteca. Faz um acordo extrajudicial e coloca
imóvel como garantia, por exemplo, já é o suficiente para se caracterizar o título executivo
extrajudicial. Se existir bem de garantia já se caracteriza. A execução cai no bem que está como
garantia.

VI – o objetivo aqui é facilitar o recebimento do seguro por parte do segurado contra a


seguradora.

VII – foro e laudêmio é relacionado ao instituto da enfiteuse, não pode-se criar novas, é um
dispositivo antigo (art. 2.038 do CPC). Esse crédito é um título executivo extrajudicial.

VIII – vai falar do contrato de aluguel, de locação. Ele constitui por si só, sem fiador, sem duas
testemunhas, etc., um título executivo extrajudicial. Se o locador quer tirar o locatário do
imóvel, para reaver o imóvel e extinguir o imóvel, precisa entrar com ação de despejo (art. 5º
da Lei 8.245/91 do CPC) e, se for por falta de pagamento, é ação de despejo cumulada com
cobrança de aluguéis. Se o locatário já saiu do imóvel e cumpriu o contrato de locação, você
pode entrar direto com a execução (para cobrar os valores). JEC prevê ação de despejo para
uso próprio. Não necessariamente o devedor precisa sair do imóvel, as vezes o locador não
quer tirar ele do imóvel – ai você pode apenas promover a execução.
IX – CDA – certidão de dívida ativa. Ela envolve um crédito da Fazenda Pública, a execução
fiscal – art. 2º da Lei 6.830/80. É o título executivo extrajudicial que a Fazenda Pública precisa
demonstrar para promover a execução fiscal.

X (prova) – vai falar do embate condomínio vs. Condômino. No CPC velho o condomínio
precisava entrar com ação de cobrança de rito sumário. Quando o condômino deixa de pagar o
condomínio. Entendia-se no regime anterior que isso não é um título executivo. Agora
entende-se que se esse crédito condominial tiver previsto em assembleia, o condomínio já
pode promover uma execução de forma direta. O questionamento que reside aqui é em
relação às parcelas vincendas – a ideia do CPC é facilitar, você trabalha aqui com um pedido
implícito (podendo executá-las) – CJF, Enunciado 86. Alguns autores dizem que isso não tem
liquidez. Se diz que na prática o juiz deve incluir as outras parcelas e permitir o contraditório.
Art. 323 cc/ 292, p. 2 – para calcular o valor da causa quando tiverem prestações vincendas.

XI – pediu uma certidão junto ao cartório extrajudicial. Se você não pagar os cartórios podem
promover uma execução quanto despesa por ato praticado que não foi pago.

XII – qualquer título que uma lei específica preveja como tal. Exemplos: 1) Contrato escrito de
honorários (art. 24 da Lei 8.906/94) – se não tiver esse contrato escrito, o advogado que não
recebeu tem que entrar com uma ação de conhecimento. 2) TAC (art. ???) (termo de
ajustamento de conduta) – MP firmar uma espécie de “transação” com o causador do dano –
acordo para evitar o ajuizamento de ação civil pública. Uma vez descumprido o acordo, o MP
poderá promover a execução (normalmente está acordado um valor de multa).

LEGITIMIDADE

Estudo do elemento subjetivo, das partes (quem pode ser parte na execução).

 No polo ativo, estudaremos quem pode ser credor (exequente) – art. 778 do
CPC.
 No polo passivo, estudaremos quem pode ser o devedor (executado) – art.
779 do CPC.

- EXEQUENTE

O art. 778 coloca como exequente o credor – o ponto é perceber que, em geral, o
exequente é o credor. As variações disso ocorrem a partir da análise de legitimidade originária
(primária) e legitimidade secundária (subsidiária).

Na legitimidade originária/primária analisamos quem é o credor ou devedor conforme


o título executivo. É o credor ou devedor que consta no título. Temos que compreender que
existem hipóteses de legitimados subsidiários, ou seja, alguém vai ser exequente/executado
mesmo não constando seu nome originariamente no título, existem hipóteses de legitimidade
subsidiária.

POLO ATIVO (art. 778, p. 1): MP nos casos previstos em lei, isso ocorre normalmente
quando ele for autor da fase de conhecimento, nesse caso, como ele consta no título, é caso
de legitimidade originária.
778, p. 1, II – aqui o credor que consta no título, mas ele morreu. Se tratando de um
título transmissível, os herdeiros irão herdar. Aqui os herdeiros, o espólio, possuem
legitimidade ativa secundária – não constam no título mas podem executar.

778, p. 1, III (cc/ art. 290 do CC) – cessão de crédito, quem recebeu o título não
participou do mesmo, mas possui legitimidade ativa secundária para cobrança.

778, p. 1, IV (cc/ art. 346 do CC) - se vai lá e paga em nome de outrem, passa a ser o
novo credor, se SUBROGANDO dos direitos,

778, p. 2 – não precisa da anuência do credor.

POLO PASSIVO

Art. 779, I – em geral, o executado é o devedor constante no título – legitimado


passivo originário.

779, II (cc/ 1.792 do CC) – se o executado morrer, os herdeiros podem herdar as


dívidas na força da herança. São legitimados passivos secundários/subsidiários. Sucessão causa
mortis.

779, III (cc/ art. 299 do CC)– hipótese da cessão de débito – aqui vai ser exigido o
consentimento do credor (a dívida poderia acabar sendo frustrada). Aqui, está caracterizada a
legitimidade passiva subsidiária/secundária.

779, IV – se o fiador colocou o nome dele no titulo executivo extrajudicial, ele já seria
um legitimado passivo originário. O professor faz uma ressalva sobre o fiador de título
executivo judicial – se promove a ação de conhecimento sem incluir o fiador, apenas o
devedor, não pode incluir o fiador no momento de executar! Tinha que ter realizado o titulo
judicial contra ambos (art. 513, p. 5 e Súmula 268 do STJ) – ou seja, se você tem um
documento contra fiador e devedor, o melhor caminho é promover ação contra os dois,
obtendo sentença contra ambos, formando o título executivo judicial contra ambos. O fato de
colocar uma fiança no contrato não torna por si só um titulo extrajudicial. MERA FIANÇA NO
CONTRATO NÃO TORNA TITULO EXTRA, precisando entrar com ação de conhecimento.

Temos que separar o fiador de duas maneiras: 1) Para ser executado por título judicial,
ele tem que ter feito parte da fase de conhecimento. 2) Título executivo extrajudicial contra o
devedor, que tenha fiança – você já possui título executivo extrajudicial contra o devedor e
contra o fiador.

HIPÓTESES DE LEGITIMIDADE SUBSIDIÁRIA

27/08 - RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art. 789/796 CPC)

A legitimidade estuda quem figura no polo passivo e passivo (arts. 778 e 779 do CPC).

Desconsideração da personalidade jurídica – pessoa jurídica que figura no título, por


exemplo, é a legitimada passiva originária. No curso do feito é solicitada a desconsideração da
personalidade jurídica – sócios serão tratados como legitimados passivos secundário, tendo
responsabilidade patrimonial secundária.

779, V – situação genérica de responsabilidade. Tem legitimidade passiva o titular do


bem dado em garantia, sendo possível a execução contra ele. Aqui você precisa incluir o
devedor e o dono do bem dado em garantia. Art. 835, p. 3 do CPC (bem do terceiro). Temos
aqui uma situação de responsabilidade que firma a legitimidade.

779, VI – responsável tributário. Aqui temos que aplicar as normas do CTN, é um ponto
de confluência entre o direito processual e o direito tributário.

Devedor assinou o título, mas possivelmente teremos alguém que possui


responsabilidade – figuração como legitimado passivo e busca de seus bens como responsável.

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

Decorre do princípio da patrimonialidade – o devedor responde com seu patrimônio


pelas dívidas, ele não responde com seu corpo.

É a sujeitabilidade do patrimônio do devedor para o cumprimento de suas obrigações.


Aqui estudamos que patrimônio do devedor responde, qual não responde, e até a situação de
fraude (em geral, é quando o devedor tenta dilapidar seu patrimônio para que seus bens não
respondam pela dívida).

BENS QUE RESPONDEM (art. 789 do CPC)

 Todos os bens presentes e futuros, com exceção aos casos explicitados em lei. Os bens
vendidos anteriormente à exigibilidade da dívida não podem ser atingidos
(vencimento, termo, etc.).
 A regra é a penhorabilidade. Em regra, o devedor responde com seus bens presentes e
futuros. A exceção é a impenhorabilidade. Penhora é um gravame judicial, constrição
judicial sobre o bem.

HIPÓTESES EM QUE O BEM NÃO VAI RESPONDER PELAS DÍVIDAS DO EXECUTADO


(IMPENHORABILIDADE)

 Exceção à responsabilidade patrimonial.


 Principais artigos: 833 e 834 do CPC. Está disposto também fora do CPC, como a Lei
8.009/90 – bem de residência/bem de família. Impenhorabilidade da bandeira
nacional. Art. 2º, p. 2º da Lei 8.036/90 (FGTS). Existe a impenhorabilidade moral –
impenhorar a prótese dentária de alguém, o cão-guia de alguém, animal de estimação
em geral (art. 835, VII do CPC – professor faz interpretação cc/ princípios da dignidade
da pessoa humana e razoabilidade – semovente é mais penhorar o cavalo de raça, o
gado, etc.). Túmulo.
 Bens que não se sujeitam à responsabilidade patrimonial.

ART. 833 DO CPC

O CPC/73 entendia que esses bens eram absolutamente impenhoráveis (art. 649 do
CPC/73) – impenhorabilidade absoluta. Hoje em dia trabalhamos com uma relatividade, tendo
sido essa palavra suprimida. Os bens são impenhoráveis, mas existem exceções, sobretudo em
casos de dívida alimentar.

INC. I – entram aqui os bens públicos (são inalienáveis, consequentemente são


impenhoráveis) – cc/ art. 100 do CC. Outro caso é doação/venda de bem com cláusula de
inalienabilidade – cc/ art. 1.911 do CC (declarado por ato voluntário não sujeito à execução).
INC. II – móveis, bens comuns na casa de qualquer pessoa (indispensáveis) – bens que
guarnecem uma casa normalmente não entram, não podem ser penhorados (há até uma
discussão sobre se seria possível penhorar ar-condicionado, etc.). Lei não exigiu que esses
móveis sejam indispensáveis – médio padrão de vida (a jurisprudência entende que mesmo a
média da população brasileira não seja ter ar-condicionado, por exemplo, esse bem não será
penhorado – USUALMENTE ENCONTRADOS NAQUELE PADRÃO DE VIDA DAQUELE
EXECUTADO). Princípio do menor sacrifício possível do devedor e realização da execução no
interesse do credor.

INC. III – roupas. Mas se for demonstrado que são de alto valor, o juiz pode entender
pela penhorabilidade.

INC. IV – não é só o salário, há uma visão ampla sobre o conceito de salário


(vencimento, subsídio, soldo, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensão) –
subsistência do devedor (menor sacrifício possível do executado). Professor comenta que é
possível a penhorabilidade da reserva de valor (salário do mês serve à subsistência – se houver
valor excedente ele pode ser penhorado) – cc/ 833, p. 2 (pode penhorar o salário do devedor
por dívida alimentar, por parentesco, ou alimentos indenizativos), nesse caso, a penhora pode
ser feita pelo desconto em folha de pagamento ou realizada pelo próprio juiz. No caso do FGTS
que o professor falou antes, também é possível a penhora em caso de dívida alimentar.

Se você demonstrar que . Credor alimentar pode penhorar um percentual. ##ver o


salário maior de 50 SM##

Não é possível a penhora de 100% do salário do devedor – o salário serve para


subsistência do executado. Sempre um raciocínio favorável ao alimentando (muitos filhos, há
uma maior divisão, mas não pode penhorar tudo). Patamar que não comprometa a
subsistência do devedor.

ART. 833, P. 2, FINAL – o dogma era a impenhorabilidade total do salário, mesmo


aqueles que eram altos (o próprio governo Lula vetou o dispositivo que alterava o CPC/73).
Esse artigo é novidade no CPC. Não precisa ser dívida alimentar - agora, é possível penhorar o
salário de alto valor. Já existe jurisprudência que vem conferindo que o juiz pode fazer um
juízo de ponderação, podendo penhorar valores abaixo do patamar de 50 SM, mesmo não
sendo dívida alimentar – STJ REsp 1673067.

INC. X – o devedor pode colocar direito na poupança, poupar, e não pagar seu credor.
Visa proteger o executado. Proteção ao executado. Não podemos desvirtuar a aplicação dessa
regra. Obs. 1: credor alimentar consegue pegar esse valor da poupança. Obs. 2: essa regra tem
que ser interpretada de acordo com a boa-fé, a questão temporal tem que ser levada em
conta (exemplo: não pode jogar o dinheiro na poupança para não pagar a dívida). STJ – Resp.
1.231.123/SP. Boa-fé é norma fundamental do direito processual. Deve se interpretar
amplamente o termo )caderneta de poupança(.

INC. V – computador do advogado, peso do professor de pilates/ed. Física, penhorar


cadeira do dentista, carro do taxista, etc. TEM QUE SER A PROFISSÃO DO EXECUTADO – antes
o CPC não especificava.

INC. VI – seguro de vida (caráter alimentar ao segurado). Não

INC. VIII - Manutenção da obra em andamento. Art. 862 do CPC.


INC. IX - Propriedade rural pequena– família.

INC. XII – você compra o imóvel na planta e o credor penhora o valor que você
investiu da empresa – isso não é possível, se for para execução da obra.

31/08/18

Professor releu o art. 979. Penhora é uma espécie de constrição judicial e a


impenhorabilidade é ao contrário, bens que não se sujeitam a um grave judicial. Pode até
ocorrer a penhora sobre o bem impenhorável, o réu poderá entrar no judiciário para reaver o
bem. Art. 833 e 834 do CPC – impenhorabilidade do CPC.

Art. 834 do CPC – os bens inalienáveis são impenhoráveis (art. 833, I do CPC). Agora, os
frutos e rendimentos dos bens inalienáveis são penhoráveis. É a questão da subsidiariedade,
“a falta de outros bens”, o que a doutrina chamava de impenhorabilidade relativa.

Tem um bem gravado com uma cláusula de impenhorabilidade, não pode penhorar
(833, I). Contudo, se gera algum fruto ou rendimento, não existindo outros bens, é possível a
penhora dos frutos e rendimentos, como ultima ratio.

IMPENHORABILIDADE DO “BEM DE FAMÍLIA” – LEI 8.009/90.

Bem de família podemos tratar como impenhorabilidade do bem de residência. Família


é um termo que precisa ser compreendido – não é apenas a família tradicional, é um termo
interpretado de forma ampla, independentemente do estado civil, mesmo morando sozinha,
independentemente de com quem se relaciona – nesse sentido, há a Súmula 364 do STJ
(JULGADO: EREsp 182.223-SP).

A finalidade dessa lei é proteger o direito social de moradia (art. 6º da CF). A ideia é
proteger o único imóvel do devedor. Mesmo que a pessoa possua uma dívida assumida,
mesmo sem fazer registro nenhum, ele já está protegido, é uma proteção legal.

Bem de família voluntário (art. 1.711 e seguintes do CC) – qualquer pessoa vai no RGI
e faz um registro, e ai ele se protege. Você pode ter mais de um imóvel e registrar um deles
como bem de família. Assim, precisa de registro e a lei civil coloca algumas regras como, por
exemplo, não pode ultrapassar 1/3 do patrimônio líquido à tempo da constituição (art. 1.711).
Ou então poderiam tentar burlar o pagamento dos credores.

Assim, o devedor (ou ainda não sendo devedor) – registra um bem de família. Não
estamos falando nesse sentido.

Bem de família legal - Podemos ter como impenhorável um bem de alto valor, a lei
não estipulou valor. Não há registro. Você precisa ter um único imóvel. Proteção legal.

 Essa lei não abrangeu o IMÓVEL PROFISSIONAL, assim, ele pode ser penhorado
(Súmula 451 do STJ). Não há lei protegendo estabelecimento profissional de alguém
ou imóvel da pessoa jurídica devedora, você pode penhorar imóvel profissional. Se o
for o único imóvel da pessoa e ela morar ali também, nesse caso seria possível a
penhora.
 O devedor precisa estar morando no imóvel para ele não poder ser penhorado? NÃO!
NÃO PRECISA QUE O EXECUTADO ESTEJA MORANDO NO IMÓVEL, não é preciso que o
executado esteja morando no imóvel para alegar impenhorabilidade. Súmula 486 do
STJ – impenhorável o único imóvel do devedor alocado à terceiro, desde que o valor
recebido seja utilizado para sua moradia.
 É possível penhorar a vaga de garagem? Nem sempre a vaga possui matrícula própria
no RGI, é possível penhorar. Nas hipóteses que ela não possui registro, não é possível
penhorar. Súmula 449 do STJ.

EXCEÇÕES À IMPENHORABILIDADE DO “BEM DE FAMÍLIA” – art. 3º da Lei 8.009/90.

II – se você compra um imóvel financiado e deixa de pagar o financiamento, não


poderá alegar que o mesmo é bem de residência. O órgão que financiou poderá buscar o
cumprimento do contrato. Adimplemento substancial – quando você já pagou uma grande
parte, se você já pagou praticamente todo o financiamento seria muito prejudicial ao
executado a penhorabilidade.

III – dívida alimentar. Quem pede alimentos está em situação de necessidade e


urgência. Além de penhorar o salário, é possível, por dívida alimentar, penhorar o único imóvel
do devedor de alimentos. Não é pegar o valor integralmente, apenas parte para pagar os
valores (cotejo: efetividade e menor sacrifício possível ao devedor).

IV (CC/ 833, P.1 do CPC) – aqui entra o IPTU, condomínio, etc. (obrigação propter rem,
que decorre da coisa, então, a coisa responde). Deixar de pagar condomínio não é uma coisa
muito recomendável, pois seu único imóvel responde pela dívida. Se não existisse isso as
pessoas muito provavelmente não pagariam tais valores (833, p. 1 do CPC – fala mais
genericamente). APENAS A DÍVIDA FISCAL DO PRÓPRIO IMÓVEL (NÃO RESPONDE).

A dívida de cartão de crédito, por exemplo, não permite a penhorabilidade.

V – bem de família dado em hipoteca se a dívida foi contraída em benefício da família.


É possível você formar um contrato (credor-devedor) e você, devedor, ao assinar um contrato,
coloca como garantia do referido contrato o seu único bem. É uma espécie de renúncia ao
bem de família – oferta do bem como garantia da dívida. Responde até por uma questão de
boa-fé. EXCEÇÃO DA IMPENHORABILIDADE.

Esse bem não poderá ser penhorado quando você oferece o bem para garantia de uma
dívida de terceiro. Exemplo: seu amigo firma contrato e você coloca seu bem como garantia.
Ele fica impenhorável.

STJ REsp 1.180.873/RS.

VI – bem adquirido em produto de crime. Ocorre um crime e com o produto do crime


você compra um imóvel, naturalmente esse imóvel vai responder, você não pode alegar bem
de família.

VII – bem do fiador em contrato de locação. Não é o fiador de qualquer contrato, é


apenas em CONTRATO DE LOCAÇÃO. Exemplo: locador exige um fiador, e uma pessoa para
assinar. Devedor não possui valores, você vai nos bens do fiador. Seria possível, pela lógica
legal, penhorar a único bem do fiador. Súmula 549 do STJ e Súmula 63 do TJRJ. A visão do STF
é pela constitucionalidade do dispositivo, contudo, entendeu que na locação empresarial não é
aplicada a norma (RE 605.709/SP – interpretou restritivamente esse inciso). O fundamento por
trás de permitir tal tipo de penhora é para trabalhar o déficit de moradias no Brasil (para o
locador não deixar o imóvel parado, ele locar e possuir uma garantia, para recuperar o imóvel
mais rápido, pois se não ele faria exigências, ou só locaria para conhecidos, dificultando a
locação – existe uma grande discussão).

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ORIGINÁRIA E SUBSIDIÁRIA/PRIMÁRIA SECUNDÁRIA –


art. 790 do CPC.

Aqui estamos analisando à quem se imputa a responsabilidade patrimonial. É lógico


pensar que é o devedor, em geral, é o executado. Se relaciona com a discussão sobre
legitimidade passiva – de quem irá buscar bens?

 Originária – daquele à quem se imputa o débito, ou seja, é o devedor.


 Subsidiária – já a responsabilidade subsidiária, vai atingir bens de um terceiro não
obrigado originariamente.

Art. 790, VII e II (cc/ art. 795 e p. 1 do CPC)- PJ firma uma relação jurídica. É imputada à
própria PJ a responsabilidade patrimonial (RESPONSABILIDADE ORIGINÁRIA). Contudo, é
possível direcionar a execução ao patrimônio dos sócios (desconsideração da
personalidade jurídica – arts. 133 ao 137 do CPC), uma vez configurada tal situação, os
bens dos sócios serão perseguidos de forma subsidiariamente (RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA) – podendo ter legitimidade passiva subsidiária. Temos que entrar com ação
contra a empresa, mas é possível, por exemplo, nos casos de desconsideração da
personalidade jurídica, atingir os bens dos sócios. 795 – bens dos sócios se não quando a
lei admite (faz uma ressalva, um formato para atingir os bens dos sócios é o incidente de
desconsideração da personalidade jurídica).

Art. 796 do CPC - Espólio – é possível que a execução prossiga contra os sucessores. A
dívida é do falecido, que é o devedor mas, por ser direito transmissível, os herdeiros
poderão ser executados, nas forças da herança

Art. 790, III do CPC – inciso que claramente demonstra a responsabilidade originária. Você
vai buscar o patrimônio do devedor – não importa estar na posse de terceiros. Você não
pode penhorar bem de terceiro, em sua posse (ou não), para suprir dívida sua. Mas é
possível penhorar o seu bem que está em posse de terceiro para penhorar sua dívida - art.
674 do CC.

Benefício de ordem.

03/09/18

Responsabilidade patrimonial é subsidiária e originária. Responsabilidade é aquele à


quem se imputa o débito (devedor). A responsabilidade subsidiária seria de um terceiro não
obrigado originariamente. Aquele que consta no título é o devedor originário e, em princípios,
são seus bens que sujeitam. Mas existem relações de responsabilidade subsidiária, atingindo
bem de quem não era obrigado originariamente – ele terá responsabilidade patrimonial
subsidiária, ou seja, só responde se o devedor não tiver bens. Para atingir os bens desse
terceiro, temos que integrá-lo ao processo. De um modo geral, é até uma questão de exercício
do contraditório.

Art. 790, III – não importa a posse, mas a titularidade do bem. Inciso que deixa claro a
responsabilidade originária.
Art. 790, VI e VII cc/ 795 e p. 1 cc/ 133/137 – traz a ideia de subsidiariedade, o sócio-
réu tem o direito de que primeiro sejam discutidos os bens da sociedade. Se o sócio não for
citado, vai ter sido penhorado um bem de terceiro. Se ele não for integrado na relação desde o
início, estará sendo penhorado bem de terceiro. Embargos de terceiro para falar que quem
responde é a sociedade – art. 674, p. 2, III do CPC.

Art. 790, II – em geral, aqui, nos referimos às sociedades que não tem separação
patrimonial entre sócio e sociedade. Assim, o patrimônio do sócio responde, também podendo
gozar do benefício de ordem.

Art. 790, IV cc/ 226, p. 3 da CF (equiparou a união estável ao casamento LGBT) –


temos aqui uma possível responsabilidade subsidiária, porque teremos que, naquele bem
adquirido no regime legal do casamento, na constância do casamento, e só dos
companheiros/cônjuges é devedor. Em princípio, a meação do cônjuge não responde pela
dívida do outro, ele pode ter uma responsabilidade subsidiária nas hipóteses de dívidas
contraídas em benefício da família (objeto de prova no caso concreto) – art. 1.644 CC cc/ art.
1.659, IV do CC. Caso em que um é devedor e se pode atingir o bem do outro. Art. 842 do CPC
– manda intimar o cônjuge do executado (caso em que somente um é executado) – recaiu
penhora sobre o imóvel do cônjuge. Lei somente excepciona a separação absoluta de bens. Lei
8.009/90, art. 3º, V - exceção à impenhorabilidade, se foi dado em garantia. O único bem
imóvel que serve de moradia, se ele foi dado em garantia no contrato por um dos cônjuges, se
foi a dívida contraída em benefício da família, o bem pode ser penhorado.

Se o juiz determina penhora de patrimônio que o cônjuge também seja proprietário,


ele pode se valer de embargos de terceiro – art. 674, p. 2, I do CPC cc/ Súmula 134 do STJ. Se é
atingido bem que o cônjuge tenha meação, ele pode se valer de embargos de terceiro por ter
seu patrimônio atingido por dívida de outrem.

Professor destaca a responsabilidade subsidiária.

SITUAÇÕES FRAUDULENTAS

 Alguns livros colocam “alienação”. Fraude não se dá exclusivamente em uma


alienação, de você vender o bem para que ele não responda por uma dívida. Pode ser
uma oneração, doação, etc., fraudulenta. O termo correto é “situações fraudulentas”.
 O devedor vai tentar se furtar à responsabilidade patrimonial. O devedor tenta se
desfazer do seu patrimônio, se valendo de várias manobras, para tentar não responder
seu patrimônio.
 Ocorrida uma situação fraudulenta, o credor vai tentar resgatar esse patrimônio. Em
geral, isso vai se dar porque você recebe que o devedor se desfez do bem que
responderia pela dívida. É preciso observar e produzir provas para trás. Em geral
temos um regime retrospectivo.
 Sempre que possível, o credor pode se valer de algumas medidas para evitar a
discussão da má-fé, no geral por meio de Registro/averbação no RGI, DETRAN, etc.,
gerando publicidade. Se você faz o registro, não precisa entrar em um terceiro
pantanoso para provar a má-fé do devedor. O ideal é o devedor ser diligente, fazendo
gravames e registros. É uma saída para o credor. Credor tem medidas para fazer
gravames/registros no bem antes da doação/venda, para que terceiro,
posteriormente, não possa discutir boa-fé. Arresto, penhora, até mesmo o próprio
ajuizamento da execução. Não entra na discussão se o comprador está de boa ou má-
fé.
1) FRAUDE CONTRA CREDORES

É um instituto do direito civil (vício do negócio jurídico) – art. 158/165 do CC. Situação
em que o devedor tenta fraudar a responsabilidade patrimonial.

Requisitos para configuração da fraude:

 Eventum damni (evento danoso) REQUISITO OBJETIVO – é a ideia de insolvência, do


passivo maior do que o ativo. O devedor tem que ter vendido o bem que responderia
pela dívida. Se temos um cara rico, por exemplo, se ele vende um dos bens não seria
fraude. Temos que pensar na hipótese em que ele se desfez do único patrimônio que
responde pela dívida.
 Consilium fraudis REQUISITO SUBJETIVO – é o conluio fraudulento entre o devedor e
o terceiro. Muitas vezes essa venda é feita por um valor abaixo do de mercado, é uma
doação para conhecido, etc. Se for uma venda para um terceiro desconhecido pelo
preço normal de mercado, é difícil comprovar essa má-fé, havendo conluio. STJ
entende que se for uma doação gratuita já haveria uma presunção de má-fé (STJ REsp
1.600.111/SP) – objetivo de fraudar a execução, dívida é exigível e ele doa o bem.
Tendência à proteção do terceiro adquirente.

Art. 790, VI - Tornar venda/doação nula para conseguir resgatar o bem.


Reconheceu a fraude contra credores você consegue recuperar o patrimônio. Art. 774, I do
CPC.

É PRECISO A DÍVIDA EXIGÍVEL PARA COGITAR EVENTUAL FRAUDE – BENS PRESENTES E


FUTUROS.

 Ação Pauliana (ação revocatória) – art. 161 do CC – para demonstrar a fraude,


também é preciso observar os dois requisitos anteriores e, além disso, precisa ajuizar
uma ação. É uma ação para reconhecer a existência da fraude, é uma ação própria,
isso não é feito dentro da execução. Litisconsórcio passivo necessário na ação
pauliana, figurando o devedor e o terceiro. Terceiro pode alegar a boa-fé dentro dessa
ação. Se o terceiro estiver de boa-fé não resta caracterizado o consilium fraudis. É uma
ação em separado, mas é interessante trabalhar, havendo uma ação de execução em
curso, haver dependência entre as ações.

2) FRAUDE DE EXECUÇÃO

Já seria um instrumento processual, não do CC, nos termos do art. 792 do CPC. Ela é
mais grave do que a fraude contra credores, pois o devedor, ao vender/doar o bem, não está
apenas frustrando o direito creditício do credor, ele está frustrando a própria prestação
jurisdicional.

Requisitos:

 Existência de processo pendente (art. 792, IV do CPC) – tramitando para cogitar de


fraude à execução. A força e efetivada do Judiciário estão sendo frustrados. Ela é
provada incidentalmente no mesmo processo – você já tinha um processo pendente
ao descobrir a fraude, não cabendo aqui a ação pauliana. ESSA FRAUDE DE EXECUÇÃO
NÃO NECESSARIAMENTE É NUM PROCESSO DE EXECUÇÃO, pode ser numa ação de
cobrança, por exemplo, mas que vai fraudar lá na frente a execução.
oCOM CITAÇÃO DO DEMANDADO – somente a citação do demandado gera
esse efeito de tornar litigiosa a coisa e constituir o devedor em mora (art. 240
CPC). Embora o devedor soubesse que é devedor, tecnicamente só é fraude à
execução a venda após sua integração ao processo. Antes disso, somente seria
possível cogitar fraude contra credores (STJ EREsp 259.890/SP), sendo preciso
ajuizar a ação pauliana.
 Eventum damni – somente se vendeu bem que responderia pela dívida.
 Consilium fraudis – livros tradicionais diziam que esse requisito já estaria presumido,
mas na prática a jurisprudência exige a má-fé do terceiro, ou seja, de que ele possuía
ciência de que existia uma dívida e que aquele patrimônio responderia por ela,
terceiro adquirente/donatário precisaria saber disso – Súmula 375 do STJ (ou você tem
o prévio registro ou você precisa comprovar a má-fé).

Art. 792 do CPC

I, II, III – palavra “registro”. IMPEDE DISCUSSÃO SOBRE MÁ-FÉ.

IV – fala da comprovação de má-fé, entra na ideia de necessidade de prova, genérico.

V – demais casos previstos em lei.

Art. 790, V.

REGISTRO: registro da penhora, sendo que a penhora é uma constrição judicial que é feita na
Execução. Art. 844 do CPC – você pede a penhora ao juiz, ele determina a penhora, é feito o
papel “termo de penhora”. No bem do devedor vai ter uma mácula. Outra hipótese é o arresto
(executivo #art. 830 do CPC# - já na fase de execução, ou cautelar #art. 301 do CPC# - devedor
dilapidando patrimônio), que é um gravame/constrição judicial.

Art. 828, p. 4 do CPC – permite que você obtenha uma certidão do cartório de que a ação de
execução foi admitida, e leva ao registro de bens. Fraude à execução em casos de
alienação/oneração após a averbação. Cc/ art. 792, II do CPC.

10/09

A regra é a penhorabilidade. Existem situações em que você

Fraude contra credores – existe o eventum damini (requisito objetivo) e o conluio


fraudulento do devedor com o terceiro adquirente. Ela se prova pela ação pauliana, no polo
passivo devedor e terceiro. A questão da má-fé é importante. Vício do negócio jurídico,
tornando nulo o ato pelo direito civilista. Geraria invalidade.

Fraude a execução – é feita dentro de um processo pendente, fere a própria


atuação do judiciário. Ocorre no curso do processo pendente, assim, a comprovação se dá nos
próprios autos do processo pendente. É mais grave. Geraria ineficácia. Pelo art. 792, p. 1 –
ideia de tornar ineficaz.

João cobrando dívida de Maria, que vende casa para Pedro.

Nula – torna inválido, levaria item à leilão e pagaria João. O valor restante voltaria
para Maria, Pedro precisaria entrar com ação para reaver tal valor.
Ineficaz – você não declara nula a venda, ela preserva seus direitos desde que respeite
os direitos de João, esse prod. O produto da venda judicial seria para pagar João, e o restante
irá para Pedro.

OBS.: o art. 792, p. 3 – temos a sociedade X, com os sócios João e Maria, você entra
com ação contra a Sociedade. Os sócios começam a dilapidar seu patrimônio pessoal, ai você
consegue a desconsideração da PJ . Antes de citar os sócios já pode ser analisada se houve
dilapidação do patrimônio, começa a contar desde o momento da citação da PJ.

Existe uma possível terceira modalidade de fraude: ALIENAÇÃO DE BEM CONSTRICTO


(alienação no plano amplo), ou DOAÇÃO. O termo mais comum é ALIENAÇÃO DE BEM
PENHORADO, etc. Também ocorre dentro de um processo, mas o devedor vende um bem que
já tinha sido penhorado. Alguns autores colocam essa modalidade como mais grave. Aqui não
se exigiria o eventum damini (insolvência). É uma afronta maior ao judiciário, não é
simplesmente ter sido citado e vender o patrimônio, você VENDE PATRIMÔNIO PENHORADO
(reservado à execução). A solução é a mesma.

Se o bem tem registro, basta buscar para quem ele foi. O bem não sujeito a registro
complica.

Se ele sumiu e o devedor não colabora– antigamente você podia pedir a prisão civil do
depositário infiel. Era um depositário judicial.

Art. 5º, LXVII CF cc/ CPC/73.

Hoje em dia não cabe mais a prisão civil do depositário infiel – Súmula Vinculante 25
STF e Súmula 419 do STJ.

Se você consegue verificar pra onde foram os bens – tornar venda ineficaz. Pede
reconhecimento da fraude, resgatando o bem.

Penhora – gravame judicial sobre o bem.

Multa – 774, 537.

PROCEDIMENTOS

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (art. 509 ao 512 do CPC)

Para cogitar de execução, o título executivo precisa possuir obrigação certa, líquida e
exigível (art. 783 e 786 do CPC), vamos estudar aqui uma hipótese em que uma sentença não é
líquida, ou seja, é ilíquida (hipótese dos títulos judiciais). Ela condena mas não quantifica, fixa a
responsabilidade mas não estabelece valor.

Se você não tem a quantificação da condenação, você não tem uma obrigação líquida
e, consequentemente, não preenche os arts. 783 e 786, assim, você não pode executar. Você
precisa liquidar para executar, sendo assim, necessária uma fase de liquidação.

SENTENÇA ILÍQUIDA – FASE DE LIQUIDAÇÃO – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA RESOLVENDO A


LIQUIDAÇÃO

CONHECIMENTO – LIQUIDAÇÃO – EXECUÇÃO

O objeto, a finalidade da fase de liquidação é quantificar o valor da condenação, ou


seja, estabelecer o quantum debeatur.
O sentido aqui é aqui é que o juiz não possuia elementos para estabelecer um valor em
sentença, essa fase de liquidação serve para quantificar o valor.

Exemplo de cirurgia em acidente: não precisa fazer as cirurgias para depois solicitar o
valor, pode ser feito o pedido antes. Se o juiz já tiver os valores da cirurgia, deve estabelecer o
valor. Se não tiver, ele condena e deixa essa aferição posteriormente. Se tiver uma parte dos
valores, pode já definir os mesmos, que poderão ser executados – a parte ilíquida será aferida
posteriormente.

A regra é que se o juiz já possui os elementos, ele deve quantificar o valor da sentença
– art. 491 do CPC. Sempre que possível o juiz deve condenar e quantificar, salvo se não for
possível determinar de modo definitivo o dano.

Natureza jurídica – FASE de liquidação (não é ação de liquidação, era antes) – NOÇÃO DE
PROCESSO SINCRÉTICO, um processo com fases distintas: conhecimento (scertar o direito) ,
liquidação (quantifica ro valor da liquidação), execução (biuscar a satisfação do credor), tudo
na mesma base procedimental.

LIQUIDAÇÃO: Ela começa com uma mera petição, o demandado não precisa ser citado na
liquidação – ele será INTIMADO (verificamos esse termo nos arts. 510 e 511 do CPC). A fase de
liquidação não tem início com uma petição inicial, mas sim uma mera petição.

Por ser uma mera fase, ela é resolvida por DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (art. 1.015, p.u.
do CPC), cabendo AGRAVO DE INSTRUMENTO (se você não concordar com o valor da
liquidação). Resolve uma questão incidente, o acertamento da obrigação, como se fosse uma
questão acessória. É uma fase subsequente a fase de conhecimento.

Se a sentença é líquida, a fase de liquidação é desnecessária – você já pula para a


execução.

E SE A DECISÃO PRECISA DE APENAS CÁLCULO ARITIMÉTICO????? – NÃO PRECISA


CALCULAR ISSO – ART. 509, P. 2 DO CPC (PROVA!!!). Produção de prova para liquidar o valor,
não apenas depender de cálculo aritmético. A fase de liquidação só ocorre quando o juiz não
quantifica!!!! Nesses casos de precisar ser realizado o cálculo, o próprio credor faz a conta,
auxiliado por ferramentas do Judiciário. Liquidação é apenas quando se faz necessária a
produção de prova.

Art. 509, p. 4 – você não tem o rejulgamento da causa, temos simplesmente o


estabelecimento do quantum debeatur. É VEDADA A REDISCUSSÃO DA CAUSA.

Art. 509, p. 1 – pode haver parte líquida e outra ilíquida. O valor já reconhecido deve
estar presente na sentença. Os outros valores, que não foram apurados, devem ser aferidos
em fase de liquidação.

Exemplo: indenização por litigância de má-fé. O juiz resolve a causa e deixa o valor por
litigância de má-fé a serem arbitrados em futuro procedimento de liquidação (art. 81, p. 3 do
CPC). A vantagem seria já resolver a causa e o perdedor pode apelar, enquanto a apelação está
tramitando, já entraria a discussão da apelação, sendo que no curso da apelação, você já
poderia ir liquidando provisoriamente. A vítima já pode ir liquidando provisoriamente em
baixo (art. 512 do CPC).

MODALIDADES (ART. 509, I E I, DO CPC)


(art. 509 cc/ 491 do CPC) – crdor ou devedor pordem rquerer, com pmera petição

1) (509 I cc/ 510 do CPC) LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO – doutrina costuma dizer
que nada mais é do que uma perícia após a sentença. Precisa de prova pericial para
estabelecer o valor. Na maioria dos casos temos uma perícia, se bastasse pedir
documentos o juiz poderia pedir diretamente na fase de conhecimento. Se precisa
dilação probatória, pode deixar o restante para a fase de liquidação.

Não tem dicussão ampla sobre um fato novo, você é intimado para outras coisas.

Exemplo: repercussões de um ato ilícito. Litigância de má-fé.

Demora na perícia – vantagem colocar para a liquidação.

2) (509, II cc/ 511 do CPC) LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM– no CPC/73 era
conhecido como liquidação por artigos. “FATO NOVO”, quando houver a necessidade
de provar fato novo. Fato novo é um fato estranho ao processo e, em se tratando de
um fato estranho ao processo, terá que ser submetido ao contraditório (não foi trazido
antes ao processo).

É uma liquidação ampla, o demandado deverá ser intimado para apresentar


contestação.

Exemplo: nova cirurgia que você tenha que fazer. Não é só demonstrar o valor da
cirurgia, mas afetar a cirurgia ao dano, ao acidente presente na sentença. Elo entre o fato novo
e a condenação – o fato novo está abrangido pela condenação?

EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ESSA FASE É IMPRESCINDÍVEL, nem sempre ela vai


ocorrer.

“”PROCEDIMENTO COMUM”” - aplica subsidiariamente o procedimento comum para


produção de prova – cognição maior para verificar se o fato novo está verificado ou não.

SENTENÇA é um título judicial que pode ser ilíquido. Um título extrajudicial não pode ser
ilíquido, se você tem um documento reconhecendo dívida sem estipular o valor, você não
tem título executivo extrajudicial (ilíquido), tendo que entrar com uma ação de
conhecimento para que o juiz estipule um valor.

14/09

LIQUIDAÇÃO (cont.) – 509 ao 512

Somente para a hipótese de sentença, nos casos em que a sentença é ilíquida... o que
o CPC só permite em algumas situações, onde o juiz condena mas não quantifica (art. 491, I e
II). Você precisa passar pelo procedimento de quantificação de sentença, quando terá uma
obrigação, certa, líquida e exigível.

A liquidação pode ser por arbitramento – deixar para depois da sentença, quando o
juiz sabe quais são os fatos e, enquanto o recurso eventualmente tramita, você adiantou, vai
discutindo na liquididação.

Liquidação pelo procedimento comum (antiga liquidação por artigos) – tem um


contraditório mais amplo, não é somente para produção de prova para quantificar o valor da
condenação, mas HÁ UM FATO NOVO, não necessariamente superveniente, é um fato externo
ao processo, fato novo ao processo. Nesse caso, há dilação probatória, é mais do que só
quantificar, você precisa provar o elo entre o fato novo e o processo. Não foi submetido ao
contraditório prévio, não é uma fase de conhecimento, é de liquidação, mas há carga
cognitiva.

Súmula 344 do STJ – não ofende a coisa julgada a realização da liquidação de forma
diversa do que disse a sentença. O que ficar decidido na sentença quanto a modalidade de
liquidação não vincula, pois eventualmente você pode ter uma situação diferente, é uma
margem para a liquidação de sentença.

Se possui fato novo, precisa de contraditório.

LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA COLETIVA GENÉRICA

Sentença coletiva genérica – é uma sentença ilíquida. Nós vivemos em uma sociedade
massificada, pensemos nas relações consumeristas e previdenciárias, relações em que a
mesma questão se repercute de forma repetitiva. Pode cada um entrar com ação individual,
mas haverá um inchaço no PJ, por isso o julgador traz filtros. Contudo, essa questão das causas
repetitivas também tem como controle as ações coletivas. Evitar jurisprudência lotérica, a
ideia das ações coletivas é que você tenha isonomia.

Direito individual homogêneo é um direito defendido coletivamente (art. 81, p.u., III,
CDC). É um conjunto de direitos individuais, só que tem uma homogeneidade, no sentido de
uma repercussão social.

Nesse sentido, o legislador criou uma ficção jurídica, uma ação coletiva para tratar
desses direitos que possuam uma homogeneidade.

O MP, Defensoria, uma Associação, Poder Público (legitimados) podem entrar com
uma ação coletiva. Exemplo: ajuízam ação em face da Petrobras, que poluiu determinado rio.
Exemplo 2: pílula de farinha, mulher engravidando, condenando a empresa a indenizar todas
as mulheres que engravidaram.

Essa ação coletiva vai tramitar e a sentença é uma que diz “condeno a Ré a indenizar
todos os que foram lesados”. A fase de conhecimento é coletiva, global, mas a liquidação e
execução pode ser individual. Art. 95 e 97 do CDC, nesse sentido.

Se habilita no feito, liquida provisoriamente e executa individualmente.

Liquidação pelo procedimento comum.

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR ART. 513/527 CPC

 Obrigação de prestação pecuniária.


 Estamos falando de execução de título judicial de obrigação de pagar (art. 515 CPC),
não apenas sentença, seria ideal o termo “cumprimento de título judicial”.

(citação) CONHECIMENTO – SENTENÇA (líquida) – EXECUÇÃO

 Art. 509, p. 2 – se somente precisar de cálculo aritmético, não é sentença ilíquida.


 Precisamos do inadimplemento para haver a execução. Em caso de inadimplemento,
não podemos fazer uso da auto tutela, mas se valer do Judiciário, executando a
sentença.
 Se a sentença é ilíquida, fazemos a liquidação e passamos pelo mesmo formato.

Não é preciso entrar com uma nova ação. De 2005 para trás era necessário, existia
dicotomia entre ação de conhecimento e execução, depois transformou-se tudo em um
único processo: PROCESSO SINCRÉTICO. Continuidade de fases, com uma junção de fases
(de conhecimento, liquidação (se houver) e execução. Basta uma mera petição do credor.

 Se transitar em julgado e o condenado não tiver recorrido, você pode já entrar com
uma petição para iniciar a fase de execução. Você pode pedir certidão do cartório do
TJ (efeito declaratório). VOCÊ PRECISA PROMOVER A EXECUÇÃO, de modo a informar
ao juiz que não houve o pagamento. Art. 513, p. 1 CPC – diz justamente que não é
uma execução automática, exige requerimento do exequente. Mera petição, você já
tirou o judiciário lá atrás.
 O QUE PEDIR NESSA PETIÇÃO? Você requer a intimação do devedor para cumprir
voluntariamente a condenação, no prazo de 15 dias (prazo no art. 523 do CPC). É
necessária essa prática para atestar formalmente a mora do devedor. O credor deve
trazer planilha, junto à petição, identificando o valor que ele quer, sendo o devedor
intimado (art. 523 do CPC).
o Estamos falando em um momento posterior, em que já houve o transito em
julgado.
 O devedor será intimado. CITAÇÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO DO DEMANDADO AO
PROCESSO (art. 238 do CPC), ele já foi integrado ao feito. Você está dando
continuidade ao processo, não sendo necessária a citação.
o Se o executado tiver advogado integrado no processo, a intimação será feita
na pessoa do seu advogado. Antes de 2005 era muito burocrático, você
precisava citar o executado, muitas vezes eles conseguiam fugir. Advogado é
intimado pelo diário oficial.
o Se não tiver advogado, terá que ter intimação pessoal (art. 513 CPC).
o
Súmula 150 do STF – prescreve a execução no mesmo prazo da ação (que teria para
entrar com a ação).

DEVEDOR CUMPRIU NO PRAZO DE QUINZE DIAS (PRAZO DO CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO –


art. 523 do CPC):

 O juiz prolata sentença extinguindo o processo, em razão do pagamento.

NÃO CUMPRE NO PRAZO DE 15 DIAS:

 Credor precisa entrar com uma nova petição, junta, naturalmente, uma nova planilha,
atualizada, requerendo a PENHORA. Em geral, você vai pedir a penhora online,
penhora de ativos financeiros.
 Nessa segunda petição, incide MULTA DE 10% (art. 523, p. 1 do CPC).
o É um estímulo para o devedor cumprir. Forma de estimular o pagamento.
o É uma multa legal, sancionatória, não precisa de decisão judicial.
o Incide mesmo que o devedor não tenha bens para pagar ou tenha JG.
 Além da multa, tem que pagar mais 10% de verbas honorárias.
o O juiz na sentença condena em honorários, geralmente 10%. Quando você vai
executar essa questão, precisa colocar na primeira planilha tudo isso (fase de
conhecimento).
 CONDENAÇÃO --------
CORREÇÃO MONETÁRIA -------
JUROS ------
SUBTOTAL
HONORÁRIOS ADV. ---------
CUSTAS------------
TOTAL -------------------
o Caso não cumpra voluntariamente, no prazo de 15 dias (EXECUÇÃO):
 TOTAL ---------------
MULTA 10% --------
HON. ADV. 10% ------
TOTAL NOVO -------

Cumprimento voluntário da condenação x Cumprimento da sentença

Na prática não importa muito, mas teoricamente podemos estabelecer uma diferença.
O cumprimento voluntário é o pagamento no prazo de 15 dias, sem multa e nova verba
honorária. Se você não cumpre voluntariamente, se inicia a lógica do cumprimento de
sentença, seria um sinônimo de execução forçada, de penhora, de cumprimento por parte do
devedor. Você só pode pedir penhora online depois, e essa penhora seria com base numa nova
planilha, com multas e honorários de 10%.

---- Na execução você não pode discutir a relação credor-devedor, o que você pode fazer nessa
defesa é a impugnação, ela pode se pautar no excesso de execução. Eventualmente quando o
credor faz essa planilha ele coloca um cálculo errado, etc. O credor pode discutir esse excesso
de execução.

Convênios:

RENAJUD – RENAVAM. Verificar se tem veículo.

BACENJUD - BB. Verificar se tem ativos financeiros, valores em conta.

17/09

 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR (art. 513/527 CPC)

É de título executivo JUDICIAL. É preciso atentar para isso.

CONHECIMENTO – SENTENÇA – EXECUÇÃO

Essa fase de conhecimento se dá no mesmo processo, por meio de mera petição do


credor (art. 513, p. 1 do CPC), o devedor será INTIMADO para cumprir a obrigação, não há
citação. O devedor será intimado na execução para cumprir voluntariamente a obrigação (15
dias). Se ele não pagar, o credor deve entrar com outra petição, para que haja a execução
forçada. Processo sincrético.

 Qual é a competência? (art. 516 do CPC)


Lógica de processo sincrético, de continuidade, assim, aparentemente, a execução se dará
no mesmo juízo – COMPETÊNCIA FUNCIONAL EXECUTIVA. Isso está no art. 516, II do CPC.

o Mas e se houver recurso?

Art. 516 – você executa no juízo de primeira instância, caso haja recurso. Ainda que a
decisão do Tribunal substitua as anteriores, não importa, a última decisão que vale é essa, mas
a execução é na primeira instância. Essa atividade para achar patrimônio é mais adequada no
juízo de primeira instância, raciocínio de capacidade institucional (art. 516, II do CPC). “Baixe
os autos à origem” – usado para levar novamente à 1ª instância.

o Mas e se começar no âmbito de um Tribunal? (Art. 516, I do CPC)

Se o feito começou no âmbito de um Tribunal, exemplo, uma ação rescisória. Havendo


ali algo a executar, já que o feito começou no Tribunal, ali executaremos a mesma.

o Art. 516, p.u. do CPC – é possível que haja declínio de competência?

É possível que o credor, exequente, opte por executar em outro juízo, em outra base
territorial. Manifestação do princípio da execução mais benéfica ao credor. Você precisa
respeitar os limites da Vara. Exemplo: há bens do devedor em Maceió. Por mais que você
tenha tido a sentença no Rio, ao invés de executar na mesma base procedimental, você pede
um declínio de competência. Ao invés de ficar executando por cara precatória, você pede
declínio total da competência. É UMA VANTAGEM DO CREDOR. É preciso que haja uma
mudança territorial.

Competência funcional é tida como absoluta, ligada com a função . Competência


funcional é relativa, no caso, podendo ser relativizada por vontade do credor, ela possui no art.
516, p.u. do CPC um exemplo de disponibilidade. Pode mudar para onde o executado está
agora, onde estão seus bens, etc.

 INTIMAÇÃO DO DEVEDOR – não tinha no CPC/73


 Devedor possui 15 dias para pagar voluntariamente, após sua intimação.

O formato dessa intimação possui previsão do art. 513, p. 2 do CPC:

I – Quando o devedor tem advogado constituído nos autos.


Quem tem que cumprir voluntariamente é executado, mas serve a intimação na
pessoa do advogado. Não é burocrático. Há no DIÁRIO OFICIAL, intimando a pessoa do
advogado, começa a contar o prazo para cumprimento voluntário.

II (final) – Quando o executado,que é o devedor, não possui advogado constituído nos autos
(art. 513, p. 2, II, final).
Seja porque ele nunca teve, ou porque ele teve mas foram revogados os poderes, ou o
contrato previa anteriormente que valeria para apenas uma fase a procuração.
PARTE FINAL – quando o executado não tiver advogado constituído nos autos. Pela lei,
é preciso enviar uma carta com aviso de recebimento (AR). Credor recolhe as custas para o
Judiciário enviar tal carta. Chegando lá, se o devedor assinar, AR volta positiva e começa o
prazo para cumprimento voluntário. Se ela voltar negativa (cc/ art. 513, p. 3), ele permite uma
espécie de intimação tácita do executado. O juiz pode considerar que a intimação negativa é
positiva, para fins de comunicação e continuidade do feito.
A parte possui o dever de atualizar o seu endereço, o advogado precisa informar isso
ao cliente – art. 513, p. 3 cc/ art. 77, V (dever da parte de atualizar o endereço), art. 274, p.u.
(presumem-se válidas, mesmo se negativas).
Efetividade ou segurança jurídica?

II (início) – Quando o devedor é defendido pela defensoria pública (art. 513, p. 2, II, primeira
parte). PROVA*.
O defensor vai atuar em defesa da parte, em favor da parte. NÃO BASTA A MERA
INTIMAÇÃO DO DEFENSOR, pois embora ele atue em defesa técnica, é diferente do advogado
privado, que escolhe as causas em que atua e tem contato maior com o cliente. Por esse
contato distante entre o defensor técnico e o assistido, nesse caso, tem que mandar a carta
para o assistido AR. Vale a mesma lógica do art. 513, p. 3 do CPC.

IV – Quando o devedor tenha sido citado por edital na fase de conhecimento (art. 513, p. 2, IV
CPC).
A citação por edital é aquela que publica em jornal, etc. É uma citação ficta ou
presumida, que faz com que o processo ande. Se o devedor tem endereço certo você não tem
a citação por edital. Se ele for citado por edital e for revel, há curador especial (defensoria).
A intimação, nesse caso, também irá se dar por edital. Se foi citado por edital na fase
de conhecimento, na fase de execução a intimação também se dará por edital.
Se ele foi citado por edital, mas constituiu advogado, haverá intimação em nome do
advogado.
III – Houve citação eletrônica na fase de conhecimento cc/ art. 246, p. 1 do CPC.
Ele pode ser intimado eletronicamente na fase de execução. Lei fala que é dever das PJ
que façam um registro eletrônico. Esse cadastro eletrônico será usado para intimação/citação,
é como se você fizesse um registro para receber comunicação. É uma lógica de processo
eletrônico, lógica mais pro futuro. Caso não acessem o sistema, haverá a intimação tácita em
10 dias. AQUI A INTIMAÇÃO É DA PARTE, NÃO DO ADVOGADO.
Prévio cadastro para receber comunicações eletrônicas. O art. 246 deixa claro que a
intimação, aqui, é da parte. Quando há advogado constituído nos autos, é o inciso I, mesmo
que seja processo eletrônico. SE FOI CITADO ELETRONICAMENTE, A INTIMAÇÃO SERÁ
ELETRÔNICA.
Ato Normativo conjunto TJ/CGJ – 149/2016 do TJRJ.

Transitou em julgado, inadimplemento, credor intima o devedor para cumprimento voluntário


em 15 dias. Havendo o pagamento, o processo é extinto.

 Se o devedor, intimado para cumprimento voluntário em 15 dias, o cumprir


parcialmente?
Isso NÃO INIBE A INCISÃO DA MULTA OU DA VERBA HONORÁRIA, contudo, somente
incidirão no montante restante. Art. 523, p. 2 do CPC cc/ art. 916, p. 7 (parcelamento legal que
não se aplica no caso da execução – o executado, no cumprimento de sentença, não tem
direito a parcelamento, somente se o credor aceitar).
Se você possui dúvidas sobre o valor, pague o valor incontroverso e impugne o valor
restante. Incidirá a multa e as verbas honorárias. No cálculo para cumprimento voluntário, o
credor pode ser desleal. O devedor é intimado para pagar TUDO! Indicar bem para penhora,
pede parcelamento, etc., não inibe a multa, o legislador fixou o PAGAMENTO como forma de
inibir a multa. Se quiser parcelamento, precisa ser feito diretamente com o credor. Você paga
parte e, posteriormente, discute o valor remanescente – se for verificado, posteriormente, que
você estava certo, não será preciso que você pague. Se for verificado que estava errado, incide
a multa no valor remanescente.
Se ele não pagar tudo, termina o prazo de cumprimento voluntário, incide o art. 523,
p. 1 do CPC (multa e honorários 10%). Ai o credor irá entrar com outra petição pedindo
penhora. Art. 523, p. 3 – pode levar a erro a leitura, INDICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. Aqui, na maioria dos casos, é solicitada a penhora online. Ele identifica que começa
a execução forçada, o cumprimento de sentença, mas não necessariamente haverá expedição
de uma ordem, como prevê o caput, ele somente prevê a continuidade. Pode pedir penhora
online, penhora de bens, etc.

o O executado possui direito de defesa?


Sim, mas é uma defesa limitada. A DEFESA NA EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL É A
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, que tem previsão no art. 525 do CPC. Não
são os embargos a execução. Claro que essa impugnação é limitada, pois a sentença transitou
em julgado, não adianta tentar rediscutir a dívida. O que você vai poder discutir é o cálculo,
correção monetária, juros, etc. Você não pode trazer matéria da fase de conhecimento.

o Qual é o prazo da IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA?


15 dias, conforme o art. 525 do CPC, caput. Contudo, aqui a doutrina vem tratando da
tese dos 15 mais 15. Esgotados 15 dias para cumprimento voluntário (art. 523 do CPC), começa
automaticamente os 15 dias para apresentação da impugnação ao cumprimento de sentença.
Não precisa de prévia penhora, nova intimação, etc.
O dia da publicação no Diário Oficial no nome do advogado não conta como o primeiro
dia do prazo.

-------- acho q tem uma aula perdida, mas faltei a anterior ----------

Credor é titular de um título constituído fora de juízo. Possuindo um título executivo


extrajudicial, se você quiser receber e o devedor não pagar, você precisa entrar no judiciário.
Como você tem o título extrajudicial, já pode ir direto para a execução.
A execução começa com uma petição inicial (art. 798 CPC – requisitos). Vai ter a
comunicação do executado depois, pela citação, que é uma comunicação inicial do
demandado, sendo integrado ao feito. Na execução de título extrajudicial, você não tem o
processo sincrético, não temos intimação na pessoa do advogado (não foi nem integrado ao
feito), aqui inauguramos um processo de execução e o citado será executado. O executado
será citado não para contestar, mas para pagar em três dias (art. 827 e 829, CPC). NOVIDADE
DA LEI: começa a contar da citação, não da juntada dos documentos. há discussão se é prazo
processual ou de direito material. É CITAÇÃO PARA PAGAR, o título executivo extrajudicial já
assegura o direito. Conta do RECEBIMENTO DA CITAÇÃO.

ATITUDES POSSÍVEIS DO EXECUTADO CITADO:


1) O EXECUTADO PAGA NO PRAZO DE 3 DIAS – juiz vai mandar o exequente falar (para
dizer se há quitação), se ele concordar, o processo será extinto por sentença em razão
do pagamento. O principal ponto é que se o executado paga no prazo de 3 dias, a lei
traz um estímulo para tanto, a lei não pune quem não paga, ela cria um sistema que
estimula o pagamento (art. 827, p. 1 cc/ 829 caput) – “direito premial”.
Juiz cita e já fixa os honorários, o executado pagando em três dias, tem o
Não é necessário tentar resolver a questão de forma administrativa, mas mostra boa
vontade se você deixar
Art. 924, II – extinção da execução pela
2) O EXECUTADO FICAR INERTE – não é tecnicamente revelia (de que ), não tem
presunção nenhuma, o credor já é titular de um título executivo extrajudicial, se ele
ficar inerte o feito será encaminhado para realização de penhora. Não é automática a
realização de penhora (art. 929, p. 1 CPC – tem uma visão antiga, apesar de dizer algo
correto, ele fiz como se o oficial de justiça intimasse você, reteria, e se você não
pagasse ele voltaria para penhorar seus bens – não se aplica o mesmo literalmente),
não tendo o pagamento, a praxe é que o oficial de justiça volte com o documento e o
juiz manda o exequente se pronunciar, que irá requerer a penhora online.
3) O EXECUTADO PETICIONA REQUERENDO O PARCELAMENTO OU MORATÓRIA LEGAL
(art. 916 do CPC) – a lei institui um parcelamento que beneficia o executado, por isso
que é “moratória/parcelamento”, pedir o parcelamento o executado pode fazer
quantas vezes quiser, se o credor aceitar tudo bem, é diferente do parcelamento legal
que estamos falando, AS CONDIÇÕES ESTÃO PREVISTAS EM LEI: 1) Pagar 30%. 2)
Parcela o restante em 6 parcelas mensais.
Esse parcelamento é um direito do executado (sendo rico ou não, todos possuem
nessa condição), é uma forma do legislador estimular o cumprimento da obrigação, ele
suaviza o pagamento. Ele simplesmente cumpre as condições e o exequente terá que
se submeter. O art. 916 diz que incluem juros de mora, custa, honorários, etc. Norma
favorável ao executado, que reflete a menor onerosidade possível ao executado. Ele
não fica impedido de pedir um parcelamento em várias vezes, mas o exequente não é
obrigado a aceitar, nesse parcelamento legal é.´
Tem que ser feito no prazo para embargos (cc/ 915 CPC), normalmente 15 dias
contados da juntada do mandado citatório.
PROVA - Eu peço o parcelamento, começo a pagar... paro de pagar. O que acontece?
Temos que observar o p.5 do art. 916 CPC. As demais parcelas estão
automaticamente vencidas, com o imediato reinicio dos atos executivos. Ainda fala na
incidência de uma multa de 10%. É uma cláusula penal.
Nesse caso, ele pode depois discutir a dívida? Entrar com embargos?
Não, doutrina fala que é preclusão lógica (praticou um ato e depois quer
praticar outro que é incompatível com o primeiro), seria exemplo de um
comportamento contraditório.
Caput do 916 – RECONHECENDO O CRÉDITO DO EXEQUENTE.
É contraditório querer discutir isso depois. Art. 916, p. 6 CPC – embargos seria
defesa, se você já reconheceu o crédito, não pode entrar com embargos querendo
desconstituir o crédito.
Será possível discutir se a execução prosseguir, por exemplo, mas o exequente
descumpre algo, colocando uma multa maior. Isso poderá ser discutido. Se ele coloca
uma cobrança a mais, claro que o executado vai poder alegar.
Art. 835 CPC – ordem de penhora.
O parcelamento legal se aplica ao cumprimento de sentença (PROVAAA). Não
se aplica, isso é uma novidade da lei, art. 916, p. 7 do CPC cc/ 523 do CPC. Aqui é
execução de titulo extrajudicial, ele tem direito do parcelamento legal. No
cumprimento de sentença ele não tem direito ao parcelamento. A execução demora
mais do que 6, 7 meses, vamos dar . Na fase de conhecimento, executado é intimado a
pagar sob pena de multa, não seria razoável dar mais uma moratória de seis meses. Se
o credor concordar tudo bem, NÃO SE APLICA MORATÓRIA LEGAL NO SENTIDO DE UM
DIREITO DO EXECUTADO NO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. Entrando com petição
comum.
4) ENTRAR COM A DEFESA – são os embargos à execução (art. 914 ao 920 do CPC). É
diferente na execução por cumprimento de sentença.
Natureza jurídica: natureza jurídica de ação, distribuídos por dependência (o
executado atravessa uma petição inicial, indica o juízo em que tramita a execução,
quando for distribuído eles vão ganhar um novo número). São considerados uma ação-
defesa, é uma ação incidental. Constituem uma defesa que reflete o exercício de uma
ação (diferente da impugnação, defesa incidental), eles são deflagrados através de
uma petição . Ela vai ser distribuída, ficando em apenso, não é dentro dos autos da
execução, eles ficam em apenso (art. 914, p. 1 CPC). Ação defesa distribuída por
dependência em apenso ao processo de execução. NÃO SÃO ATRAVESSADOS NO
MESMOS AUTOS DA EXECUÇÃO. A impugnação fica, os embargos não.
O raciocínio é que, na execução, você tem os atos de invasão de patrimônio
(predomina a atividade satisfativa, não a atividade cognitiva – analisar quem tem
razão), assim, se o executado quiser controverter, ele tem que se valer de outra via,
não da execução. Ou seja, para ter discussão e até produção de provas, vai ser no
processo em apenso, pois na execução predomina a atividade satisfativa.
Os embargos de execução são uma ação-defesa de conhecimento. Vai ter cognição,
dilação probatória. Esse formato continua para a execução de título extrajudicial e
esse formato não tem no cumprimento de sentença, porque no título judicial.
JÁ TEM COISA JULGADA, definitividade. No cumprimento de sentença não sobra muito
espaço de discussão, normalmente pode alegar questões pontuais da execução. Já na
execução de título extrajudicial, não teve prévia fase de conhecimento, você já foi
direto na execução, por isso a lei permite ao embargante, já que não teve prévia fase
de conhecimento, uma ampla margem de defesa nos embargos. Art. 917, VI CPC.
Embargante tem amplo espaço de defesa. Ampla carga cognitiva, separado para não
misturar.
Executado – embargante
Exequente – embargado

Eles preencher requisitos da petição inicial, recolhimento de custas, valor da causa,


etc. Eles são resolvidos POR SENTENÇA, por serem ação. Isso está previsto no art. 920,
III do CPC. Da sentença cabe apelação.
A impugnação, em regra, se ela for rejeitada, é uma decisão interlocutória, podendo
ser atacada por agravo de instrumento.

PROVA: DIFERENÇA ENTRE EMBARGOS EXECUÇÃO E IMPUNGAÇÃO.

O nome dessa ação é EMBARGOS À EXECUÇÃO, mas é comum falar “Embargos do


Executado” ou “Embargos do Devedor”. Ação defensiva.

08/10
Estamos estudando execução de pagar fundada em título extrajudicial, onde entramos
direto com a execução, com petição inicial, juiz faz a análise de admissibilidade, se estiver tudo
ok o juiz manda CITAR o executado, sendo
Executado pode ficar inerte, onde o feito caminhará para a fase de penhora.
Pode pagar no prazo de 3 dias (art. 829 CPC), havendo redução da verba honorária.
Citado, no prazo para embargos, requerer parcelamento/moratória legal, que é um
DIREITO do executado. Esse parcelamento não se aplica ao cumprimento de sentença (art.
Xxx).
Uma outra atitude (art. 914 ao 920), seria a mesma coisa que embargos do devedor ou
executado. Temos aqui a defesa de execução de título extrajudicial, o que diferencia da
impugnação ao cumprimento de sentença).
Embargos de execução tem natureza de ação, é uma ação defesa. Assim, se
configuram vários caracteres: iniciam com petição inicial, são resolvidos com sentença. (art.
920, III). Impugnação de cumprimento de sentença acaba sendo uma defesa meramente
incidente, deflagrada por simples petição, resolvida via de regra por decisão interlocutória.
Art. 914, p. 1 – os embargos de execução são distribuídos por dependência ao
processo principal, o objetivo é deixar tal discussão fora do processo de execução, ficando em
separado a discussão acerca da própria obrigação.

OS EMBARGOS A EXECUÇÃO EXIGEM GARANTIA DO JUÍZO? NÃO! É o caput, do art.


914 do CPC. Não precisa garantir o juízo, ofertar uma caução, não, pode livremente entrar com
embargos a execução. É bem parecido com impugnação ao cumprimento de sentença,
conforme 525, caput, diz que a impugnação também será apresentada independentemente de
penhora, etc. Você vai ter que pagar custas adicionais nos embargos a execução, mas não
precisa garantir nada.
OS EMBARGOS A EXECUÇÃO POSSUEM EFEITO SUSPENSIVO? Seria suspender a
execução. Conforme o caput do art. 919 os embargos não terão efeito suspensivo, pela lei, não
possuem efeito suspensivo. Mas é possível que o embargante consiga que o juiz conceda o
efeito suspensivo da execução, para que ela seja paralisada enquanto tramitam os embargos,
no mesmo formato da impugnação de sentença (art. 919, p. 1 do CPC). Deve cumprir os
requisitos legais, assim, deve o executado requerer, quando verificado os requisitos da tutela
provisória (art. 300 CPC), desde que a execução já esteja garantida por penhora, caução, etc.
PARA APRESENTAÇÃO DA DEFESA, NÃO EXIGE GARANTIA DO JUÍZO, MAS PARA QUE A
DEFESA OBTENHA EFEITO SUSPENSIVO, PARALISANDO A EXECUÇÃO, É NECESSÁRIA A
GARANTIA DO JUÍZO. Esse formato, nesse ponto, é idêntico a impugnação ao cumprimento de
sentença (cc/ art. 525, p. 6 – impugnação ao cumprimento de sentença).

QUAL O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS? Lembrando que o parcelamento legal


deve ser feito dentro desse prazo. Art. 915 do CPC – 15 DIAS ÚTEIS PARA APRESENTAÇÃO DOS
EMBARGOS. A fluência do prazo que depende da modalidade citatória. O art. 915 remete ao
art. 231, e o referido artigo possui vários incisos.
Qual a modalidade citatória mais comum na execução? A citação por oficial de justiça
e, em razão dessa citação por oficial de justiça, com apoio ao art. 231, II do CPC, fala da
juntada aos autos do mandado citatório cumprido, com certificação do cartório juntando o
mandado aos autos. Exclui o dia de início e conta no dia útil posterior. Para apresentação de
embargos não é a data de citação que gera a fluência, mas a data da juntada aos autos do
mandado citatório cumprindo, exigindo que seja juntado formalmente aos autos. ESSA É A
PRINCIPAL HIPÓTESES.
Se o executado compareceu ao processo espontaneamente, não conta a data de
comparecimento e conta o dia útil seguinte.
Se for citado por edital (preenchido requisitos: não possui local certo, etc.), o prazo
conta, conforme o art. 231.
No CPC/73, era vedada a citação pelos Correios no âmbito da execução (por AR), era o
art. 222, “D” do CPC/73, com a justificativa de que a execução envolve invasão de patrimônio,
merecendo a citação por algum meio mais firme. O seu correlato é o art. 247 do CPC, que não
veda tal tipo de citação, assim, é permitido. Enunciado CJF nº 85 – 1ª JDPC – fala pela
admissibilidade de citação pelos Correios na execução. Assim, conforme o art. 231, I, é
permitida tal tipo de citação, começando a contar o prazo da juntada aos autos do AR
cumprido.

CAUSA DE PEDIR DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO (O QUE POSSO PEDIR?)


É bem parecido com as causas de pedir da impugnação ao cumprimento de sentença
(art. 525, p. 1), aqui, usamos o art. 917 do CPC.
Falta de nulidade ou citação no processo de conhecimento NÃO PODE SER ALEGADA.
Se ele entrou direto com a execução não tivemos uma prévia fase de conhecimento, assim,
não existiu essa fase. NÃO TEMOS ESSA DEFESA AQUI.
Temos, conforme o art. 917 do CPC:
1) Pode alegar que a obrigação é inexigível, que o título ainda não venceu, não
ocorreu o termo, se aquela obrigação está sujeita a alguma condição que ainda
não foi implementada. Podemos até alegar que o credor não possui um título
executivo, pois, por exemplo, o documento é um contrato assinado por uma
testemunha. Exemplo: duplicata precisa ser aceita, se não for, precisa protestar e
trazer documento comprovando recebimento da mercadoria ou prestação de
serviços, se não tiver pode alegar isso.
2) Pode alegar que um bem é impenhorável, que diz respeito à ordem legal de
penhora ou até impugnar a avaliação (é o oficial de justiça avaliar o seu bem) que,
eventualmente, pode ser avaliada mal. NÃO PODEMOS ESQUECER O P. 1 DO ART.
917 – é muito parecida com impugnação ao cumprimento de sentença. A penhora
e avaliação, em geral, não se dão no início do feito. O executado é citado logo no
início do feito, uma vez citado, possui 15 dias da juntada aos autos para entrar com
os embargos. Como ele vai alegar penhora incorreta se o prazo dos embargos
acabou? Ele pode se manifestar sem entrar com embargos, pode ser por simples
petição, afinal, não dá tempo de se dar a penhora/avaliação no início do feito.
3) O executado alegar que o exequente está cobrando mais do que deveria, então se
o título indica x e ele te cobra 2x, você pode entrar com embargos e alegar que o
valor está excessivo (excesso de execução). Qual o dever colaborativo do
executado? ELE PRECISA INDICAR O VALOR DEVIDO – art. 917, p. 2, 3 e 4 do CPC
(prova!!). Se você não indica o valor devido, o juiz não vai considerar a sua defesa.
Excesso de execução pode configurar outras situações também, como, por
exemplo, a questão da natureza da obrigação, como pagar dívida comum e a
pessoa busca o processamento da execução de pagar alimentos, seria diverso do
que consta do título (isso não é comum).
4) Só para execução de entrega de coisa, somente. Você entra com execução para
que o devedor te entregue o imóvel, ele pode alegar retenção por benfeitorias
(melhoramento do imóvel)? É possível alegar isso em embargos, nos embargos,
em defesa dessa execução de entrega de coisa, ele pode alegar a retenção devida.
5) Possibilidade do executado alegar incompetência absoluta ou relativa do juízo. No
regime do CPC/73, vinha a incompetência territorial em petição em separado. Essa
matéria agora é trazida dentro dos embargos à execução. Para evitar várias
petições de defesa. Ex: execução que deveria ser na justiça federal, mesmo depois
do prazo para embargos a incompetência absoluta poderia ser alegada
posteriormente.
6) É um inciso amplo, qualquer matéria que seria lícito aduzir do processo de
conhecimento. As matérias que se fosse processo de conhecimento você poderia
arguir em contestação, você pode arguir em embargos.

ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ – o legislador optou que você


deve alegar isso em petição em separado, art. 917, p. 7 do CPC. Mesma coisa da impugnação.
Se você alega isso no processo de conhecimento, aplica-se o art. 146 do CPC, em separado,
alegação. Você tem isso para o embargos a execução no art. 917, p. 7 do CPC e temos isso na
impugnação ao cumprimento de sentença no art. 525, p. 2 do CPC. Você não argui isso dentro
dos embargos, contestação, nem ## (defesa na impugnação), é em separado justamente
porque ela vai diretamente para o tribunal como incidente, caso o juiz não reconheça.

Os embargos são a primeira manifestação do demandado no processo, não teve uma


prévia fase de conhecimento aqui, não existiu, o exequente já entrou direto com a execução,
assim, citado, o executado poderá realizar sua primeira defesa. Por isso que é uma ação-
defesa, eles permitem a produção de provas. Pode alegar, por exemplo: não contratou, que o
título é falso, que a obrigação contida no título não foi prestada, mercadoria não foi entregue,
havia defeito na mercadoria, serviço prestado de forma incompleta, etc. A MATÉRIA
DEFENSIVA É AMPLA, DIFERINDO DA IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, ONDE
O TÍTULO JÁ TRANSITOU EM JULGADO, ou seja, tudo que já tinha sido discutido o TJ já matou.
A defesa da impugnação ao cumprimento de sentença é mais restrita. PROVA: perguntar
porque a defesa é mais ampla.

PROCESSAMENTO DOS EMBARGOS


Os embargos são distribuídos através de petição inicial, distribuídos por dependência
ao processo principal, ficando em apenso, em apartado, mas é uma petição inicial (art. 914, p.
1 do CPC). Vai para a mão do juiz da execução, não é incomum o embargante pedir JG, o juiz
analisa se vai deferir ou não. Se não deferir, manda recolher as custas – é uma ação incidental.
Posteriormente, os embargos serão recebidos e pulamos pro art. 920, I do CPC. Pela lógica do
referido artigo, o exequente será ouvido no prazo de 15 dias para responder aos embargos
(precisa ter contraditório, embargos possuem natureza de ação), o juiz comunica o embargado
para que se manifeste, na praxe forense é comum a resposta “impugnação aos
embargos/resposta aos embargos”.
PROVA: se o exequente (embargado) não entrar com essa resposta do art. 920, I do
CPC, ocorre revelia? A LEI NÃO FALOU, mas a jurisprudência entende que não ocorre. Isso não
dá para o juiz extrair que o embargante tem razão, não ocorre a presunção de verdade dos
fatos alegados, o juiz não pode afastar o título executivo com base numa presunção. O credor
possui um título executivo, tendo uma certeza, não vigora, portanto, tal presunção de verdade,
devendo o embargante fazer prova do contrário. Não sofre prejuízo imediato.
Vai ter produção de prova, pericial, testemunhal, etc. No final o juiz prolata sentença,
acolhendo ou não os embargos, que inclusive haverá arbitramento dos honorários.
O exequente é intimado em nome do advogado para responder os embargos, e não
citação (art. 920, I do CPC).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
É traduzida por uma SIMPLES PETIÇÃO. Ela é uma defesa do executado, constitui uma
defesa, através de simples petição. Até o CPC/73 não tinha previsão legal e, nesse sentido, é
uma construção jurisprudenciária-doutrinária. Essa palavra “simples petição”, nos traduz que
não possui formalidade (não precisa de valor da causa, garantir o juízo, etc.). O CPC/15 faz
previsão dessa execução de pré-executividade (art. 803, p.u. do CPC), mesmo que esteja sem
aparecer expressa. Pode aparecer mesmo sem embargos. Atravessar mera petição, sem
formalidade, sem exigência de prazo.
Quando que cabe? Cabe quando você vai alegar uma questão de ordem pública ou
uma defesa de direito material SEMPRE QUE NÃO EXIGEM DILAÇÃO PROBATÓRIA. Tem que ser
algo constatável de plano, ou seja, juiz olhar e logo entender que está perfeitamente provado.
Se tiver necessidade de produção de provas não se encaixa.
Exemplo: alegar pagamento, juntando comprovante de plano (acaba com a
burocracia).
Prescrição – vício de ordem pública, juiz pode verificar de ofício.
Condições da ação.
STJ RESP 1.104.900/ES.
Súmula 393 do STJ – quanto ao cabimento.
Normalmente ela é usada quando se perde o prazo para os embargos. Se você quer
trazer matérias defensivas, o ideal era entrar com os embargos. Como tal petição não possui
prazo, pode trazer em qualquer tempo.
Prof. Alexandre Câmara chama essa exceção de pré-executividade de OBJEÇÃO DE
NÃO EXECUTIVIDADE. Objeção porque se você for na palavra, são matérias que o juiz pode
conhecer de ofício. Não é de pré-executividade, é de sim ou não executividade, não é uma
questão anterior à execução.
Ela cabe também na execução de título judicial.

22/10

Execução por título extrajudicial, documento que legitima você a entrar direto com a
execução. O exequente promove diretamente com a petição inicial, deflagrando o processo .
Executado é integrado ao feito por meio da citação. Atitudes possíveis: é citado para pagar,
pode pedir parcelamento, pode simplesmente ficar inerte (são realizados atos de penhora).
Defesa do executado – embargoas a execuão (art. 914 e seguintes do CPC).

FASE INSTRUTÓRIA – envolve a atividade de invasão de patrimônio.

 Arresto executivo (art. 830 CPC) – não é a toa essa expressão “executiva”, é
relacionado à execução, existe outro arresto, que é o arresto cautelar. O arresto, em
si, é uma constrição judicial, seria um sinônimo de apreensão judicial e gravame
judicial. A ideia é que sobre o bem recaia um gravame judicial. A penhora também é
uma constrição judicial, o professor comenta que o arresto é uma “pré-penhora”, o
bem foi gravado por uma mácula oriunda de um processo jurisdicional.
O arresto executivo possui como requisitos cumulativos:
o Diligência frustrada de citação – oficial foi ao local tentar citar o executado
mas não conseguiu (art. 830, caput, CPC). Se ele encontrar o devedor ele cita
e, se cita, a gente já não cogita do arresto executivo, mas da medida de
penhora.
o Existência de bens do devedor.

Esse dispositivo revela uma vantagem do credor, do exequente, realização da


execução no interesse do credor. Oficial de justiça traz uma certidão dizendo que deixou de
citar, porém, encontrou bens aos quais submeteu ao arresto. Não seria arresto se o oficial de
justiça não encontrar o bens do devedor, por exemplo, se ele o devedor não mais morar ali e
não se saiba onde ele mora. O oficial de justiça, certidão dizendo os bens que encontrou
mandando o exequente de manifestar se quer o arresto ou não (normalmente isso acontece
mais). Oficial de justiça vai ao local, não cita, descreve os bens e faz uma constrição judicial
sobre ele – teve o arresto. Isso não dispensa uma citação posterior que, ao ocorrer, convola o
arresto em penhora.
P.1 e P.2 (art. 830 do CPC) – cita depois por hora certa, edital, ou até mesmo pelo
Correio. Você vai privilegiar a citação pessoal, sendo a por edital, por exemplo, como ultima
ratio. Se tiver suspeita de ocultação, oficial precisa ir duas vezes para depois poder fazer por
hora certa. Se ele não morar mais lá, precisa que o credor informe novo endereço ou
P. 3 (art. 830 do CPC) – conversão em penhora, preparando a expropriação do bem.
O arresto gera direito de preferência ao credor, ou seja, o credor que primeiro fizer o
arresto ou penhora terá direito de preferência sobre aquele bem (art. 797, final, CPC).
Ocorrido o arresto de execução, haverá oponibilidade erga omnes, terceiro comprador não
poderá alegar (cc/ art. 844 do CPC) – precisa realizar a averbação do registro da penhora. O
arresto é vantajoso,
Medida cautelar de arresto (art. 301 do CPC) – também é uma pré-penhora, mas a
diferença é que o arresto cautelar é uma medida cautelar, assim, exige o fumus boni iuris
(aparência de verdade) e o periculum in mora (perigo na demora) (art. 300 do CPC). Precisa
alegar, por exemplo, que o devedor está vendendo os bens. Depois irá se converter em
penhora. No arresto executivo não exige periculum in mora, ele é um mecanismo para o feito
andar para a executividade.
Arresto executivo está dentro das funções legais do oficial de justiça.
Arresto online (STJ, RESP 1.240.270/ - é um bloqueio online. Penhora é depois da
citação. Arresto pediu diligência no seu endereço, ele não te citou e devolve certidão negativa.
O juiz faz um bloqueio na sua conta sem você ter sido citado, há o contraditório
posteriormente. Muitas vezes o devedor foge da execução, alguns juízes dizem que é uma
forma de trazer o devedor ao feito. Você precisa ter uma dose de cautela. Existem juizes que
mandam trazer novos endereços, para tentar a citação antes do arresto.
Fez o arresto online não dá para colocar mão no dinheiro, somente depois da citação.
Você precisa continuar indicando novos endereços para, somente depois de ocorrida a citação,
você poder converter em penhora e, finalmente, colocar mão no dinheiro. Não conseguindo
citar, nem sempre a citação por edital, na prática, vale a pena – custa caro, é ruim nos casos.

PENHORA (art. 831-869 do CPC)


Penhora é uma constrição/gravame/apreensão judicial dos bens do executado. Nós
temos que entender a penhora como um ato processual prévio à expropriação (expropriar é
tirar o bem da sua titularidade). Para ter a expropriação é necessária a prévia penhora.
(isso também se vale para o arresto) Essa penhora tem que ser documentada nos
autos e costuma-se falar em auto ou termo de penhora – art. 838 do CPC. Termo de penhora
se dá quando se tem uma penhora realizada pelo julgador, mediante requerimento do credor
(art. 845, p. 1 do CPC). Auto é realizado pelo oficial de justiça, quando o oficial de justiça faz a
penhora – o oficial de justiça vai ao local, cita e penhora, “portas adentro”. Se olharmos as
defesas uma delas é alegar a penhora incorreta. O bem penhorado é o que será submetido a
um eventual leilão, por exemplo, se penhorar a casa, pode alegar se ela bem de família ou já
ter sido vendida, por exemplo. A penhora online é por termo, depois reduzida a termo.

O Código estabelece uma ORDEM LEGAL DE PENHORA DE BENS (art. 835 CPC) – PROVA:
Esse rol é uma ordem relativa, ou seja, não é uma ordem absoluta, podemos
relativizar a ordem. O juiz vai buscar compatibilizar a realização da execução no interesse do
credor vs. Menor sacrifício possível ao executado, relativização.
Por exemplo, veículo está no inciso IV. O carro não é meu ganha-pão, mas eu uso para
ir às diferentes escolas trabalhar. O carro é penhorável mas me causa gravame muito grande,
assim, entro com petição na execução, ofertando novo bem líquido e transformáveis em
dinheiro e o juiz, ponderando os princípios em jogo, poderia, demonstrada a necessidade,
fazer essa relativização. PREFERENCIALMENTE (no caput do artigo).
A penhora de dinheiro, que é a penhora online, NÃO SE SUBMETE A ESSA
RELATIVIZAÇÃO. Ela é preferencial (art. 835, I e p. 1 do CPC) e prioritária. A relativização pode
se dar somente nos demais incisos. Se não for caso de impenhorabilidade (exemplo, conta
salário), a penhora online do valor, de dinheiro, não poderá ser modificada. Na penhora online
você não precisa publicar edital, contratar leiloeiro, etc., é mais rápido.

Art. 831, I do CPC – PENHORA ONLINE, que é a penhora de dinheiro, penhora de ativos
financeiros. É a medida preferencial. Há um convênio entre o banco central e o poder
judiciário (BACENJUD).
Art. 854 do CPC – quando você pede a penhora online, o credor já deve juntar planilha
e adiantar custas do ato, para tentar preservar o componente surpresa.
(PROVA) Realizar a penhora online exige prévio contraditório? Não, pois, se exigisse,
executado tiraria o dinheiro da conta. Exceção ao prévio contraditório, para preservar a
efetividade da medida. É o contraditório postergado.

Feita a penhora online, tem que intimar o executado (art. 854, p. 2 e 3 do CPC), que
possui o prazo de 5 dias para se manifestar (prazo menor).

Art. 835, VII – SEMOVENTES – são animais. Isso não tinha no CPC/73. É num modo geral,
animais domesticados possuem uma impenhorabilidade moral.

Art. 835, X – PERCENTUAL DO FATURAMENTO DE EMPRESA DEVEDORA – estamos falando de


dinheiro também, mas é diferente da penhora online, pois a penhora do faturamento estamos
falando de um valor incerto futuro, o que a empresa vir a faturar. A penhora online não, é o
valor disponível na conta corrente do devedor. Outra diferença é que quando falamos em
percentual de faturamento estamos falando da empresa devedora, pois, via de regra, não
podemos penhorar o salário da pessoa física. A penhora do faturamento é somente da pessoa
jurídica. Outro ponto importante é o fato de que a penhora do faturamento está somente no
inciso X, colocada pelo legislador quase como última medida. (PROVA) ELA PODE SER A
PRIMEIRA MEDIDA EXECUTIVA TOMADA NOS AUTOS? Não, pois o legislador já colocou ela
como uma das últimas, no próprio inciso diz que é quando esgotada as demais possibilidades
(cc/ art. 866 do CPC).
Vai ser enviado oficial de justiça, que vai na sede da empresa e vai nomear uma
administrador, normalmente o responsável da, que terá a incumbência de mês a mês
peticionar no processo fazendo o balanço do que entrou e o depósito do valor penhorado
(nunca é 100%, normalmente é de 15, 10%). Essa medida não cessa a dívida, os juros ainda
estão correndo, era melhor fazer um acordo parcelado (para empresas que realmente estejam
girando).

Art. 835, XII – DIREITOS AQUISITIVOS DERIVADOS DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA E ##


– Imagina que você compra imóvel por meio de promessa de compra e venda, eventualmente
em parcelas, você só vai transferir o imóvel pro seu nome se você terminar de pagar. O credor
pode penhorar os direitos do devedor sobre o imóvel, não a propriedade em si, pois ainda não
é do devedor. Mesma coisa veículo em alienação fiduciária, somente quando pagar todas as
parcelas você passa ele pro seu nome.

Parte histórica

Em 2005 tivemos a universalização do processo sincrético no Brasil, menos contra a FP.


De 2015 em diante temos o processo sincrético no Brasil, contudo, contra a FP somente temos
o fim do sistema dual. Entrou também a obrigação de pagar contra a FP. Contra a FP de pagar
era uma dicotomia ainda.

PONTO 4 –

Art. 534 e 535 do CPC -

Sentença que reconhece ..iiii

Se inicia, conforme o art. 523, o processamento é muito parecido. O exequente vai, por uma
petição inicial dentro do próprio processo, vai trazer planilha com demonstrativos. Se tiver
mais de um exequente, cada um tem que apresentar sua própria planilha. Até porque, depois
os precatórios de cada será individualizado. Além disso, não incide a multado 523, FP não é
intimada para pagar, mas impugnar.
Ela é intimada

1) Pode impugnar:
a. Faz impugnação total – se ela for acolhida, vai ser extinta a execução e não vai
ser expedido nenhum precatório. Se ela for rejeitada, será expedido
precatório.
b. Faz impugnação parcial – o processo vai continuar contra a parte controversa
(p. 4 art. 535) e vai ter a expedição do precatório quanto a esse montante. Não
tem porque fazer o particular esperar. Rejeição da impugnação: vai ser
expedido precatório do outro montante. Acolher – extingue parte da
execução.

Matérias que pode trazer: art. 535 do CPC. Nessa execução não existe penhora. Pode ser caso
da ADI declarar aquela obrigação inexigível (pode trazer isso em defesa) (Art. 535, p. 5).
Se ela só argui excesso de execução

2) Não apresenta defesa – expede-se por precatória


a. Hipótese de compensação – vai ganhar um prazo de 30 dias para verificar essa
hipótese de compensação.
b. ??-

Ponto 5 – NATUREZA JURÍDICA DA IMPUGNAÇÃO QUE A FP FAZ


A impugnação ocorre nos mesmos autos, mas isso não diz nada sobre a natureza
jurídica. Por exemplo, a reconvenção, no processo de conhecimento, é uma nova ação, em
separado, ainda que no bojo da contestação.

1ª corrente – mero incidente, só uma defesa no mesmo processo.


2ª corrente – ação incidental de oposição à execução (nova relação jurídica
processual).
3ª corrente - mista, dependendo da matéria alegada.
o Se o juiz precisar se manifestar sobre o direito material, essa impugnação vai
ter natureza jurídica de ação incidental. Inciso I.
o Incisos II ao IV. Mero incidente.

Inciso II ao V – não toca n direito material, são defesas meramente processuaiso.


VI – é direito material, mas considerado como processual.
I – nesse caso com certeza tem natureza jurídica de ação incidental. Se o magistrado
reconhece, ele vai anular todos os atos até a citação.

6. RECURSOS CABÍVEIS
A única situação apelação – impugnação total, sendo ela totalmente acolhida. EXTINÇÃO
TOTAL DO PROCESSO – CABE APELAÇÃO.
Todas as demais são impugnáveis por agravo de intrumento.

A decisãoi é em regra interlocutoria, não terima o processo-

Essa sentença não vai ter remessa necessária – se não apelar, não apelou.

PROCEDIMENTO
Art. 100 da CF. Requisição feita a um ente publico para que pague num determinado
prazo. Vc não pode quebrar o valor –

Precatorio- não é penhorar um bem, é um pedido que o juiz faz para que o presidente do
tribunal faºa ao poder executivo. FP tem um prazo para fazer isso, tem que aguardar o
pagamento voluntario. Triangulação. Sum 311 e 733-

Requisitorio de pequeno valor – art. 87 adct (regra subsidiaria, sera aplicado se o estado u
mun não tiver – RJ TEM QUE É 20 SM)– até 30 SM (municipios) 40 SM (Est e DF). Na uniao
pela lei do JEF 17 diz que é considerado pequeno valor ate 60 SM.

CF:
Pecatorios expedidos até 10 julho de cada ano – pagos ate o fim do exercicio discal
seguinte.
Rpv – precisa pagar mais rapido.

Não existe sanção para o caso de não pagamento no prazo.


Se o Pp NÃO Fizer a dotação orçamentária, pode haver a possibilidade de sequestro.
Durante o prazo q o poder publico tem parapagar não ocorre mora, apenas atualização
monetária. Se pagar fora do prazo, pode incorrer em juros de mora tbm, mas não juros
compensatorisos.
Compensação compulsoria – faz abatimento para ai sim expedir precatorio.

Precatorio é pago na ordem cronologica das requisições


60 anos ou mais ou portador de doença grave ate o triplo do montante considerado
pequeno valor. 655 stf e 144 stj.
Credores alimentares normais
Todos osdemais

Voce pode vender seu precatorio, cessao de credito e, nesse caso, o cessionario não possui
o direito de preferencia e se voce cede um requisisorio de pequeno valor, tambem não
receve não segue regime de rpv

RPV

O proprio juz da causa faz uma requisiçao a pessoa ridica competente ao pagemnto -
pagamento feito em 2 meses

Não se permite a quebra do valor. Voce receber por precatorio ate 60 e o resto por rpv
Honorarios é obrigaão acessoria e se soma ao principal para gins de rpv entendimento do
stf e stj. Theorodo diz q poderia.
Pode renunciar uma parte para receber mais rapido.

Extrajudicial – nos embargos a fazenda pode trazer qualquer materia. Natureza de ação
em separado. Aplicase no que couber o 534 e 535.

Rito especial so pra obrigação de pagar

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