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RESUMO PROVA 01

quinta-feira, 27 de abril de 2017 09:01

Copyright: Editora Júnior Figueiredo Ltda

PROCESSO E PROCEDIMENTO
Conceitos • Processo é o meio através do qual se exterioriza ou se materializa o Direito
de Ação.
• O Acesso à Jurisdição é feito através do Processo

• Processo não é um fim em si mesmo, mas um meio para se obter a prestação


jurisdicional.

• O Processo é realizado através de atos que se concatenam e esses atos


coordenados são denominados de procedimentos.

• A noção de procedimento está para o processo na mesma circunstancia em


que a espécie está para o gênero. Ou seja, está inserido nele, mas não
propriamente é a mesma coisa.

• Procedimento é a forma ou os atos através dos quais se dá a relação jurídica


processual.

• Pode-se haver procedimentos isolados, mas o processo é formado pelo


conjunto de atos procedimentais.

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O Professor fez uma analogia que o processo é um veículo que sofre um


impulso, que é a provocação da jurisdição - o direito de demanda. Havendo
essa provocação, ele desaba ladeira abaixo porque só precisa de provocação
no início. O restante segue o impulso oficial (o processo caminha
naturalmente): o magistrado dará sequência aos atos processuais. O carro
para com o julgamento em que não cabe mais recurso.
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Convalidação: No âmbito do direito processual, hoje, tanto as nulidades


absolutas quanto as relativas podem, eventualmente, serem sanadas. (11")

Fases do Processo 1 - Petição Inicial


2 - Citação ao Réu
3 - Defesa
4 – Providencias preliminares
5 – Saneamento e Organização do Processo
6 - Instrução e Julgamento / Fase Probatória
7 – Atos Finais/ Julgamento

Procedimento • Maior Complexidade de atos


Comum

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Comum
É o procedimento mais complexo e longo, uma vez que no seu curso são admitidos inúmeros
atos processuais. Caracteriza-se pela cognição ampla e pela produção de todo tipo de provas
(lícitas), respeitando, assim, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa forma,
podemos concluir que o procedimento comum é o mais adequado à realização do processo de
conhecimento, pela amplitude com que permite às partes e ao juiz pesquisar a verdade real.
(WEB)

É o mais aplicado por ser considerado o procedimento padrão e pode ser aplicado de forma
subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução (vide art. 318,
parágrafo único do CPC/2015 (WEB)
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário
deste Código ou de lei.

Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos


especiais e ao processo de execução.

Procedimento • Há supressão de Atos


Especial
- Ritos próprios para o processamento de determinadas causas selecionadas pelo
legislador no Livro I (DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS) do Código de Processo Civil ou em
leis esparsas.

Condições da Ação 1 - Interesse de agir


2 – Legitimidade
3* – Possibilidade Jurídica (No CPC de 1973) - Não está mais expressa do de
2015
O interesse de agir e a legitimidade para agir são temas que devem ser
analisados pelo magistrado antes do julgamento de mérito. Tanto que sem
esta ou sem aquele, é vedado ao magistrado emitir pronunciamento de
mérito.

Pressupostos • Para que o processo seja válido e eficaz é necessário os requisitos sem os
Processuais quais o processo não se aperfeiçoa, que são os pressupostos processuais.

1 - Pressupostos de Eficácia
2 - Pressupostos de Validade

Validade dos Atos • Válidos: tem validade plena


• Nulos: em regra, as nulidades não se convalidam.
• Anuláveis: podem ser sanados

1 - Pressuposto de - Dizem respeito à constituição do próprio processo.


Eficácia ou de - É o que, na letra do inciso IV do art. 485 é referido como “pressupostos de
Existência

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- É o que, na letra do inciso IV do art. 485 é referido como “pressupostos de
Existência constituição do processo”

- Sem esses pressupostos o processos não gera efeitos válidos:

a) Existência da Jurisdição: o juiz que emite a decisão tem que estar investido
de jurisdição (não pode estar de férias nem aposentado, por exemplo)

b) Existência da Demanda: impulso inicial; a provocação da jurisdição (O


processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso
oficial.) - Art. 2º do CPC/2015

c) Capacidade Postulatória: capacidade para se buscar o direito em juízo.

1 - Em Sentido Amplo: todos nós temos (juizados especiais/ trabalhistas)


2 - Em Sentido Estrito: só quem é apto - advogados

d) Citação do Réu: é o início da relação processual.

(OBS: Quando a Petição Inicial é protocolada ocorre a propositura da ação,


mas seus efeitos só começam a se produzir depois de citado o réu. )

2 – Pressupostos de - Relacionam-se ao que deve ocorrer para o desenvolvimento hígido do


Validade processo.
- Relaciona-se com a aptidão de o processo surtir validamente seus efeitos,
tanto no plano processual como no plano material.

a) Juiz competente e imparcial: um juiz que esteja apto ao exercício da


jurisdição e não seja suspeito ou impedido para julgar o pleito.

b) Citação Válida: é aquela que preenche os pré-requisitos que a lei estabelece.


Deve ser pessoal e observada os pré-requisitos estabelecidos pelo código.

c) Capacidade: no direito processual essa capacidade não é atributo da


personalidade, mas sim condição para que se exerça determinado direito.
Nesse contexto, tanto as pessoas quanto seres despersonificados a têm. Ex:
condomínio.
1 - Capacidade de estar em juízo: se assemelha à capacidade de direito
(todos possuem, mas nem todos podem exercitá-la pessoalmente)

2 - Capacidade processual: equivalente a capacidade de fato, chamada


legitimidade ad causam

3 - Capacidade Postulatória: advogados (inscritos na OAB)

Pressupostos Processuais Negativos: são situações jurídicas ou processuais


que existindo impedem o desenvolvimento normal do processo.

Ex: coisa julgada, litispendência, perempção, convenção arbitral.

- Coisa Julgada é eficácia material que torna imputável a sentença, não


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- Coisa Julgada é eficácia material que torna imputável a sentença, não
mais a sujeitando a qualquer recurso ordinário ou extraordinário.

- Perempção: ocorre quando a parte der causa por três vezes a extinção
do processo. Ela resulta de desleixo da parte.
Ela decorre da inércia do autor, que motivou por três vezes a extinção
de um mesmo tipo de ação. Em sendo constatada, o juiz deve extinguir
o feito sem resolução de mérito, impedindo o autor de ingressar com
uma nova demanda idêntica, razão pela qual é classificada como um
pressuposto processual negativo. (WEB)

- Convenção de Arbitragem: extingue-se o processo sem julgamento de


mérito pela convenção de arbitragem Art.485, VII

3 - Pressupostos Os “pressupostos processuais negativos” devem ser compreendidos como


Processuais determinados acontecimentos que não devem estar presentes sob pena de
Negativos comprometimento da validade do processo.
São eles: litispendência (repetição de duas demandas idênticas ainda em
curso); coisa julgada (repetição de duas demandas idênticas sucessivamente);
perempção (perda da possibilidade de ingressar em juízo após o abandono do
processo por três vezes anteriores); convenção de arbitragem (ajuste entre
contratantes que inibe a atuação jurisdicional para solucionar determinado
conflito em prol do juízo arbitral) e falta de caução ou outra prestação
(hipótese em que o acesso à Justiça depende da prestação de alguma caução
ou outra prestação).

- São situações jurídicas ou processuais que existindo impedem o


desenvolvimento normal do processo.

Ex: coisa julgada, litispendência, perempção, convenção arbitral.

- Coisa Julgada é eficácia material que torna imputável a sentença, não mais
a sujeitando a qualquer recurso ordinário ou extraordinário.

- Perempção: ocorre quando a parte der causa por três vezes a extinção do
processo. Ela resulta de desleixo da parte.
Ela decorre da inércia do autor, que motivou por três vezes a extinção de
um mesmo tipo de ação. Em sendo constatada, o juiz deve extinguir o
feito sem resolução de mérito, impedindo o autor de ingressar com uma
nova demanda idêntica, razão pela qual é classificada como um
pressuposto processual negativo. (WEB)

- Convenção de Arbitragem: extingue-se o processo sem julgamento de


mérito pela convenção de arbitragem Art.485, VII

CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO (Não encontrei esse áudio - anotações do caderno. Revisem


e quem puder, complete)
1 - Processo de - Objetiva superar a crise de incerteza, ou seja, eliminar qualquer tipo de

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1 - Processo de - Objetiva superar a crise de incerteza, ou seja, eliminar qualquer tipo de
Conhecimento dúvida - superar a crise jurídica.

Natureza a) Natureza Declaratória: superar uma crise de incerteza de existência ou de


não relação jurídica entre as partes. Existência ou não de vínculo. Verificação
da idoneidade. (PROVA 19")

b) Natureza Condenatória ou obrigacional: impõe ao sucumbente a obrigação


de alguma coisa, pagar, fazer, etc..
Além do reconhecimento do direito, pretende-se a criação de condições
concretas para a efetivação do direito

c) Natureza Constitutiva: supera-se a crise de conhecimento através da ação


constitutiva. Pode ser negativa e positiva (23")
Visam à criação de situações jurídicas novas ou à extinção ou à modificação
de situações jurídicas preexistentes.

2 - Processo de - Objetiva superar uma crise de inadimplemento, com o acertamento. ( Ver


Execução também o que é ação mandamental - ela está inserida como uma espécie de
assessória das outras)

Só da ensejo a um tipo de ação, que é a Ação Executiva

Títulos executivos - Cheque, nota promissória, letra de câmbio, duplicata, etc... E a sentença
extrajudiciais arbitral, que é um título, expedida por um juiz arbitral. Esse não pode
executar. Deve-se entrar com um processo de execução. No entanto, o juiz de
execução pode declarar a nulidade da sentença do árbitro.

3 - Processo Comum É o processo de conhecimento. Ele é composto de 2 fases:

a) Fase de
Conhecimento:

b) Fase de - É uma fase de execução peculiar (especial). É peculiar porque é diferente do


Cumprimento de processo executivo. É denominado processo sincrético porque reúne
Sentença características do processo de conhecimento e execução num só veículo ou
num só processo. A fase do processo de conhecimento no processo comum se
inicia com a Petição inicial e se encerra com a sentença condenatória.

PROCESSO DE CONHECIMENTO
Incidentes - Existem vários, mas o professor citou dois principais:
Processuais 1. Desconsideração da Personalidade Jurídica
2. Impedimento e Suspeição

1 - Desconsideração - Um tipo de Intervenção de Terceiros Forçada

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1 - Desconsideração - Um tipo de Intervenção de Terceiros Forçada
da Personalidade - O terceiro passa a ser parte do processo. Também haverá, neste caso,
Jurídica suspensão do processo (art. 134, § 3º)
(Disregard docterine) - Art. 133 CPC
- Instrumento Jurídico: Petição Incidental
- É uma situação de RESPONSABILIDADE1
- É a possibilidade de - caso a pessoa jurídica não podendo assumir a obrigação
contraída - transferir essa possibilidade para os que sejam seus responsáveis,
no caso, as pessoas físicas dos sócios.
- Ex: Empresa constituída por dois sócios contrai empréstimo. A empresa seria o
devedor e os sócios seriam os responsáveis.
- Os sócios serão citados e haverá o contraditório, diferentemente do que
acontecia antigamente (No CPC de 73).
- Os sócios passam a figurar na condição de litisconsortes passivos juntos.
- O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a
pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no
processo.
- Da decisão que defere ou indefere a desconsideração da PJ cabe recurso, que
é o agravo de instrumento
Só cabe agravo de instrumento as causas do Art. 1015 do CC

Devedor x - Devedor é aquele que contrai diretamente a obrigação, já o responsável é


Responsável1 aquele que aceita adimplir no lugar do devedor. Ex: fiador

- O débito é do devedor, já a responsabilidade é do responsável que aceita


adimplir no lugar de outro caso ele não faça.

Desconsideração - Neste caso, o sócio (pessoa física) está devendo. Apesar do credor não ter
Inversa relação nenhuma com a sociedade, pois a obrigação foi firmada apenas com a
pessoa física, a dívida poderá ser cobrada da empresa(pessoa jurídica), na
medida da cota parte do sócio devedor.

Quando o incidente Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do


de desconsideração processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução
pode ser feito ? fundada em título executivo extrajudicial.

Os sócios respondem - Em se tratando de transações comerciais, em regra, a responsabilidade é


solidariamente? vinculada ao percentual que o indivíduo contribui para a formação do capital
social. Mas ultrapassando o capital social, a responsabilidade passa a ser
solidária.

- Em se tratando de dívida tributária só é possível direcionamento para o sócio


que tenha efetivamente o poder de administração ou de gestão.

Legislação Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.

§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em


lei.

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§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade
jurídica.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento,


no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.

§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações


devidas.

§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for


requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.

§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o.

§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para


desconsideração da personalidade jurídica.

Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e
requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.

Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em


fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

2. Impedimento e - Impedimento: circunstância de cunho objetivo que impossibilite o magistrado


Suspeição de continuar no feito e prestar jurisdição.

(Arts. 144, 145, 146) - Suspeição: circunstância de ordem subjetiva que impossibilite o magistrado
de continuar no pleito e prestar jurisdição.

- Nos casos de decisões proferidas por juiz impedido, há uma situação de


nulidade absoluta, ao passo que nas decisões proferidas por juiz suspeito,
tem-se uma anulabilidade. Ou seja, no caso do impedimento, o vício é
insanável, já na suspeição é sanável.
Nulidade Absoluta não se convalida, anulabilidade é passível de convalidação
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando
já presente o motivo de impedimento ou de suspeição.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.

§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:

I - houver sido provocada por quem a alega;

II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta


aceitação do arguido.
Qual o momento - O prazo de 15 dias a partir do instante em que se tenha conhecimento das
para a arguição de causas ou circunstâncias que levam ao impedimento ou suspeição.
impedimento e
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impedimento e Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a
suspeição? parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida
ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo
instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de
testemunhas.
Se não for arguida? - Na Suspeição: o ato se convalida
- No impedimento: quando não alegada pela parte, poderá ser declarado de
ofício pelo próprio juízo.

PROCEDIMENTO COMUM
Procedimentos - Procedimentos Comuns: maior formalidade (Cerca de 80% do ritos)
Comuns x
Procedimentos - Procedimentos Especiais: há a abreviação de atos procedimentais
Especiais
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo
disposição em contrário deste Código ou de lei.

Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos


demais procedimentos especiais e ao processo de execução.

Podemos concluir que o procedimento comum é o mais


adequado à realização do processo de conhecimento, pela amplitude com
que permite às partes e ao juiz pesquisar a verdade real. (WEB)

REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL


Requisitos Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida; (O JUIZ NATURAL - COMPETENTE PARA PROCESSAR E


JULGAR)

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a


profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência
do autor e do réu; (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
Se não se sabe o nome ou o prenome, pode-se citar alguém por suas
características.

O endereço eletrônico, cnpj ou cpf não são obrigatórios.

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos


alegados;

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VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor,
na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações


a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no


inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à


propositura da ação.

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos
arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15
(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a


petição inicial.

LITISCONSÓRCIO
Partes 1 - Autor: quem propõe - Polo Ativo
2 - Réu: quem contrapropõe - Polo Passivo

- As relações processuais podem ocorrer entre duas ou mais pessoas, o que


caracteriza as partes plúrimas ou plurais (Litisconsórcio)

Quando ocorre o - Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em
Litisconsórcio conjunto, ativa ou passivamente

- Quando há várias pessoas (ou mais de uma) atuando em um dos polos da


demanda ou em ambos. Ex: I → II; II → I ; II → II

- Pode haver até milhares de pessoas em um dos polos

- São as partes plúrimas ou plurais

Quanto à sua a) Litisconsórcio Ativo: quando há 2 ou mais pessoas no polo ativo da demanda
formação que litigam contra 1 única pessoa. Ex: II → I
(REFERENTE A
PESSOAS) b) Litisconsórcio Passivo: quando 2 ou mais pessoas são demandadas por 1 só.
Ex: I → II

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c) Litisconsórcio Bilateral/ Misto ou Recíproco: Várias pessoas no Polo
Ativo Contra Várias no Polo Passivo. Ex: II → II

Quanto à sua a) Litisconsórcio Facultativo: prevalece ou e está associado à voluntariedade.


obrigatoriedade de Não há determinação da lei. Ex: duas pessoas se associam num processo
formação contra a UFMA.

b) Litisconsórcio Necessário: nos casos em que a lei determina a formação do


litisconsórcio ou é determinado pela incindibilidade da relação jurídico-
material. Ex: propositura de anulação de casamento pelo Ministério Público -
pode acontecer nos casos de incesto.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando,
pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença
depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Quanto à força a) Simples: quando o juiz puder proferir decisões diversas para os litisconsortes.
vinculante das
decisões b) Unitário: quando o juiz tiver que adotar a mesma decisão para todos os
litisconsortes. Ex: casamento é unitário, na medida que a decisão é para
ambos. Ou seja, caso anulado, será para os dois. Ex 2: Dissolução compulsória
de sociedade.
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os
litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a
parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário,
caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas
os poderão beneficiar.
Quanto ao momento a) Inicial (ou originário): é o litisconsórcio que surge com a formação da relação
da sua formação processual.

b) Ulterior (incidental): é o litisconsórcio que se forma no curso do processo.


Existem três hipóteses que podem gerar a formação de um litisconsórcio
ulterior: a conexão, a sucessão e a intervenção de terceiros.

Litisconsórcio
Multitudinário Art. 113 § 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao
número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou
na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou
dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.

- É verificado nas hipóteses de litisconsórcio facultativo em que haja excessivo


número de litisconsortes, suficiente para comprometer a celeridade
processual, dificultar o exercício do direito de defesa ou, até mesmo,
inviabilizar a demanda.

Sentença proferida Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do
sem a integração do contraditório, será:

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sem a integração do contraditório, será:
contraditório
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter
integrado o processo;

II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.

Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz


determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser
litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
- O único interesse que autoriza a intervenção de terceiros é o interesse
jurídico.

- O terceiro não é demandado. É alguém que originariamente não participava,


mas é chamado ou voluntariamente a se apresenta na demanda. Ele pode
continuar como terceiro ou pode tornar-se parte.

- As decisões interlocutórias que admitirem e as que inadmitirem a intervenção


de terceiros estão sujeitas a agravo de instrumento (art. 1.015, IX).

Classificação de 1 - Voluntária: sem qualquer constrangimento ou pressão se oferece para


Terceiro coadjuvar ou assistir a demanda. O exemplo típico da intervenção de terceiro
voluntário é a assistência*.

2 - Forçada: quando o terceiro não deseja participar da relação processual, mas


por força da lei ou de determinação judicial é obrigado a intervir no processo.
Ex: denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de
desconsideração de personalidade jurídica. Aqui o terceiro passará a ser parte

3 - Tipo Alternativo ou Misto: numa demanda entre duas ou mais pessoas, ele
se oferece não para defender essa ou aquela parte, mas sim a questão
institucional ou social e jurídica relevante. Nesse caso, ele pode ser voluntário.

Pode ser forçado, quando qualquer das partes, requererem seu concurso,
chamá-lo. Ou ainda ele pode ser chamado de ofício pelo magistrado.

*Assistência: Ingresso espontâneo de terceiro com interesse jurídico em


auxiliar uma das partes para que esta alcance um resultado favorável. (web)

Tipos de Assistência 1 - Assistência Simples: é caracterizada pelo mero interesse jurídico. Não é
(amicus curiae) qualquer interesse (afetivo, comercial, etc), mas sim processual que faça com
que aquele indivíduo tenha algum tipo de vinculação de natureza jurídica, para
motivá-lo a assistir qualquer das partes.

Na assistência simples, o assistente, que é o terceiro, não pode influenciar a


vontade do assistido. Isso significa que o assistente não tem independência
processual para ir além do que o assistido quer. Seu papel é apenas de
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processual para ir além do que o assistido quer. Seu papel é apenas de
coadjuvante. A figura do assistente poderia ser plenamente dispensada. Ele
não traz inovações processuais.

O assistente simples não é obrigado a interferir no processo. Se o faz, ele


participa do feito no estado em que o processo se encontra. Nenhum ato já
realizado se renova por conta do ingresso do assistente. Ele pode assistir tanto
na primeira quanto na segunda instância.

Art, 119; Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer


procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o
processo no estado em que se encontre.

O referido parágrafo único ressalva, ainda, que o assistente recebe o processo


“no estado em que se encontre”, o que significa dizer que a intervenção do
assistente não reabrirá oportunidades, atos, ou fases do processo que já
tenham sido ultrapassados ou consumados.

Os efeitos da decisão em trânsito em julgado na assistência simples, não


alcançam a figura do assistente simples.

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2 - Assistência Litisconsorcial: há uma situação típica de legitimação


extraordinária, que em regra pode desaguar num litisconsórcio.

Nos casos de assistência litisconsorcial, há uma só relação de direito material


a autorizar a intervenção.
O assistente participa dela e só não é autor e/ou réu, por força de alguma
regra de legitimação extraordinária, que o autoriza a não participar
obrigatoriamente do processo. Seu direito, contudo, já está sendo
diretamente discutido em juízo.

O assistente litisconsorcial poderia ter sido litisconsorte passivo. Só que,


como o litisconsórcio, em tais casos, é facultativo (justamente por causa da
regra de legitimação extraordinária), sua presença como réu no processo não
é obrigatória (não se trata de litisconsórcio necessário). Em tais condições,
precisamente porque o codevedor permaneceu como terceiro (e não é
litisconsorte), pode intervir, fazendo-o como assistente litisconsorcial.

Ex: se o condomínio não o faz, qualquer condômino pode ingressar na justiça


contra a construtora, por danos ao prédio. Mas o demais condôminos, ainda
que não participem, são considerados assistentes. Mesmo o condomínio
propondo, os demais condôminos serão assistentes. Como a decisão alcança
todos os moradores, há a formação de uma autêntica litisconsórcio ulterior.

Diferentemente do que ocorre na assistência simples em que o assistente é


alcançado apenas pelos efeitos da justiça da decisão, na assistência
litisconsorcial ele é alcançado pelos efeitos consumativos da coisa julgada, ou
seja, ele é alcançado pela coisa julgada. Daí porque a decisão vem a favorecer
Página 12 de Processo Civil I
seja, ele é alcançado pela coisa julgada. Daí porque a decisão vem a favorecer
ou desfavorecer a todos. Por isso, se a decisão for desfavorável, não impede
que outro condômino, naquele caso, venha a recorrer, ainda que contra a
vontade do assistido.

A coisa julgada, favorável ou desfavorável, atinge o assistente


litisconsorcial.
Ainda que aquele que pudesse intervir como assistente litisconsorcial não o
faça, ele estará sujeito à coisa julgada, precisamente em função da regra de
legitimação extraordinária existente na hipótese.

Com relação ao assistente simples, o melhor entendimento sempre foi no


sentido de poupá-lo da coisa julgada por ser ele terceiro, conservando este
status mesmo após a sua intervenção no processo.

O art. 123 veda ao assistente que discuta a “justiça da decisão” proferida no


processo em que interveio após seu trânsito em julgado.

Por “justiça da decisão” deve ser entendida a inviabilidade de o assistente,


em processo posterior, discutir os fundamentos da decisão tomada no
processo em que interveio.

O assistente litisconsorcial tem um direito próprio envolvido no processo e poderia ter sido
demandado como parte. (Web)

Legislação
Disposições Comuns - DA ASSISTÊNCIA

Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro


juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas
poderá intervir no processo para assisti-la.

Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e


em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no
estado em que se encontre.

Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do


assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.

Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse


jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.

Da Assistência Simples

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal,


exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais
que o assistido.

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que o assistido.

Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o


assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.

Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a
procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se
funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.

Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o


assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da
decisão, salvo se alegar e provar que:

I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos


do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na
sentença;

II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido,


por dolo ou culpa, não se valeu.

Da Assistência Litisconsorcial

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre


que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (TIPO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIRO FORÇADA)


Conceitos - Arts. 125 a 129

- É uma intervenção de terceiro, que tem como característica ser provocada e


que objetiva assegurar ao réu o exercício do direito de regresso, na mesma
ação em que for sucumbente. Tendo ainda a finalidade de garantir, o
adquirente, os efeitos decorrentes da evicção.

Evicção: perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo


verdadeiro dono, e por cujo resguardo é responsável o alienante, nos contratos bilaterais. (WEB)

Denunciação da Lide: É a forma de intervenção de terceiros na qual estes são chamados ao


processo na qualidade de litisconsorte da parte que o chamou. A denunciação da lide serve para
que uma das partes possa exercer contra terceiros seu direito de regresso, sendo utilizada nas
ações reivindicatórias ou de domínio. (WEB)

Obrigatoriedade da - Muito se discutiu se ela era obrigatória ou não. A doutrina sempre foi
Lide controversar, mas em recente julgado do STJ decidiu-se que a denunciação da
lide NÃO É OBRIGATÓRIA.
Importante modificação introduzida pelo CPC de 2015 é que a denunciação
da lide passou a ser admissível, não mais obrigatória, em todas as hipóteses,
inclusive nos casos em que ela se fundamenta no exercício do direito
decorrente da evicção.
Finalidade - A finalidade do instituto da denunciação da lide é fundamentalmente
assegurar ao denunciante a possibilidade de utilizar-se da ação regressiva no

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assegurar ao denunciante a possibilidade de utilizar-se da ação regressiva no
mesmo processo em que responde.

- Hoje, há uma relação processual que comporta dois tipos de lide: a da ação
principal e a da denunciação (Ação regressiva - no novo CPC)

Estrutura

São duas ações no mesmo processo: a ação principal e a denunciação da lide

- Na ação principal A é o autor e B é o réu.

- Já na denunciação B é o denunciante (posição equivalente ao de autor) e C é


o denunciado (posição equivalente ao de réu).

DENUNCIANTE = RÉU, na principal

- Isso quer dizer que a denunciação é equivalente a uma ação secundária.

- Em regra, só se conhece da ação secundária, se ao se conhecer da ação


principal, for julgada procedente o pedido para condenar o réu denunciado. Ou
seja:
Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da
lide; se vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado (art. 129).

- O réu (B) não está obrigado a denunciar (C), ele poderia ser condenado e
assumir o ônus na ação principal e depois propor uma ação autônoma contra
(C).

- Prazo de 15 dias

- Por questões legais e de economia processual, não há 2 sentenças (da


principal de da denunciação), mas apenas uma. Ou seja, será apenas uma
sentença que conterá dois capítulos decisórios. O primeiro referente à ação
principal e o segundo à denunciação.

Qual a diferença - Na assistência, o assistente simples é mero auxiliar da parte. O assistente


entre a denunciação litisconsorcial só pode ingressar nos autos se houver uma situação de co-
da lide e a titularidade ou de legitimação extraordinária. Ou seja, está muito atrelado a
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da lide e a titularidade ou de legitimação extraordinária. Ou seja, está muito atrelado a
assistência? que o assistido deseja realizar.

Já na denunciação da lide não há esse atrelamento, porque a denunciação é


uma lide secundária inteiramente diversa da ação principal, que é a lide
primária. Em outras palavras, o denunciado pode mover todo e qualquer tipo
de reação, ainda que eventualmente não houvesse interesse em relação ao
denunciando.

Honorários - No caso de procedência da ação principal A → B e procedência da denunciação


Advocatícios B → C; B será condenado a pagar o custo do objeto pleiteado a A + custos de
advogado, assim como C será condenado a pagar a B.

No caso de improcedência de A → B, a ação de denunciação não terá o seu


pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante (B) ao
pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado (C).

Como quem deu causa à denunciação foi o denunciante, é ele que deve
suportar aquele custo. Máxime porque, cabe lembrar, no CPC de 2015, a
obrigatoriedade da denunciação da lide deixou de existir em qualquer uma das
suas hipóteses. É essa a razão de ser da parte final do parágrafo único do art.
129.

Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao


julgamento da denunciação da lide.

Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não


terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante
ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.

Quais são as - A denunciação da lide objetiva fundamentalmente assegurar ao adquirente a


possibilidades de relação de direito que da evicção lhe resulta. E, ainda, o exercício do direito de
denunciação da Lide? regresso naqueles casos que por determinação legal ou contratual .....deva
naturalmente assumir a responsabilidade patrimonial.

É possível mais de No CPC de 1973 poderia haver ilimitadas denunciações da lide, no entanto, no
uma denunciação no novo CPC só é possível haver uma denunciação sucessiva. Daí se houver a
processo? necessidade de mais denunciações, elas terão que se fazer de maneira
autônoma.
O § 2º do art. 125 trata da chamada “denunciação sucessiva”, isto é, a
denunciação feita pelo denunciado. O dispositivo limita-a a uma única, a ser
feita pelo denunciado em face de seu antecessor imediato na cadeia dominial
ou quem seja responsável por indenizá-lo.
- Não pode haver a chamada denunciação per saltum. Isso quer dizer que
numa demanda:

A→B→C→D→E

B não pode saltar e denunciar D ou E, mas somente em relação ao denunciado

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B não pode saltar e denunciar D ou E, mas somente em relação ao denunciado
mais próximo.

Legislação Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das
partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi


transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da
evicção lhe resultam;

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a


denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for
permitida.

§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo


denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja
responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover
nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido
por ação autônoma.

Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o


denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo
ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.

Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a


posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à
petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.

Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:

I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo


prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e
denunciado;

II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua


defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua
atuação à ação regressiva;

III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o


denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal
reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.

Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o


caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos
limites da condenação deste na ação regressiva.

Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao

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Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao
julgamento da denunciação da lide.

Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não


terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao
pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (dentro de incidentes processuais)

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