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Princípios fundamentais:
Princípio da disposição;
Princípio da economia processual;
Princípio da pré-colosão;
Princípio da boa-fé;
Pressupostos processuais:
Competência;
Legitimidade;
Capacidade judiciária;
Tutela preventiva
Tutela sancionatória quando alguém incumpre com a ordem jurídica e o estado lhe
quer impor uma sanção
Tutela compensatória
A nível patrimonial também podemos ter várias situações como, por exemplo, quando um
bem sofre um determinado dano. Se conseguirmos repor a situação estamos perante uma
restituição natural. Caso não seja possível repor a situação existente anterior á violação,
estamos perante uma compensação.
Partindo do pressuposto que se verifica uma violação do direito, coloca-se a questão de como
é que o estado vai disponibilizar aos particulares esses meios de tutela.
CASO PRÁTICO 1.
A tem como vizinho B. A é proprietário de um terreno no qual existe uma árvore que deixa cair
para o vizinho B folhas e pinhas. B tem uma piscina e queixa-se de esta estar sempre suja por
causa do vizinho. C, vizinho de ambos, é juiz e está farto das desavenças. Deste modo, procura
proferir uma sentença.
Segundo os termos do código de processo civil artigo 1º, a ninguém é lícito o recurso à força
com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito, salvo nos casos e dentro dos limites
declarados na lei. É necessário, segundo o princípio do dispositivo ou necessidade do pedido,
recorrer ao tribunal uma vez que, o juiz não poderia proferir a sentença sem que lhe fosse
pedido. Têm de ser as partes a recorrer a tribunal. Estes têm o direito de ação (direito que os
particulares têm de provocar a atividade dos tribunais – artigo 2º/2 do CPC). É necessário
entender que género de ação refere o problema (artigo 10º do CPC). Neste caso, o juiz vai
declarar a existência do direito de propriedade de A mas também vai condenar o abuso de B.
Artigo 2º - direito de ação
A ação é intentada por uma parte (que pode ser composta por mais que uma pessoa) com
personalidade jurídica. É, portanto, uma forma de se exercer um direito em tribunal, seja para
o defender, executar, cautelar…. Tanto existe antes de um direito ser violado como após a
violação do mesmo. O direito à ação pressupõe a existência de um litígio.
A ação pode ser declarativa quando visa declarar a existência de algo, porque se esse algo já
estiver declarado de algum modo, não temos de declarar nada mais.
Estas ações podem ainda ser de:
Simples apreciação: Visam declarar existência ou inexistência de um direito. São positivas
(declaração de existência) ou negativas (declaração de inexistência). Esgotam o seu
efeito útil com a declaração de existência ou inexistência do direito.
Condenação: Exigem a prestação de uma coisa ou de um facto, pressupondo ou
prevendo a violação de um direito. Quando se trata de uma condenação, o direito já está
reconhecido, quer pelo tribunal, quer por outro documento.
Partes no âmbito jurídico processual (é um conceito de direito subjetivo) e existe uma parte
ativa (é o autor, o que impulsiona a ação) e uma parte passiva (réu). Numa ação executiva,
lado ativo - exequente e lado passivo - executado.
(Art.2º, nº2) – direito de ação, é um direito que os particulares têm de recorrer ao tribunal.
Ações executivas – quando alguém não cumpre a sentença (art.703º, nº 1, al/a até d CPC),
tendo algum desses títulos presentes naquelas alíneas passa se de imediato para a ação
executiva (art.10º, nº 1 e 4º CPC). Vai visar a realização coativa do direito que já está declarado
judicialmente). Estas podem ainda ser:
Processo:
Esta expressão deriva de pro + cedero.
O processo é um conjunto de atos processuais que estão encadeados entre si de uma forma
lógica e que visam ou são tendentes a um determinado fim, este fim é a sentença.
Esta expressão (processo) pode ser usada em vários sentidos. Neste sentido acima descrito
estamos a aludir ao processo enquanto uma forma processual, mas pode ter ainda mais dois
sentidos:
Processo como desavença ou como litígio - Quando A instaura um processo contra B.
Autos ou cadernos - é o suporte físico em que materializa o processo, em que todas as
peças processuais estão agrupadas num caderno físico e também eletronicamente.
Antes do primeiro código processual civil tínhamos uma agregação de normas dispersas que
compunham dois direitos designadamente o direito romano e o direito canónico. Ao falarmos
em direito canónico relembramos a religiosidade, uma vez que a nobreza e o clero
consideravam-se classes privilegiadas comparativamente com outras classes (princípio da
igualdade – não é mais do que o reconhecimento por parte do legislador que as coisas que são
definitivamente iguais são tratadas por igual e as coisas definitivamente desiguais são tratadas
por desigual).
Durante este período só se admitiam atos escritos, isto era muito prejudicial para o princípio
da celeridade (significa acabar o processo da forma mais rápida possível) pois tudo aquilo que
se levava a cabo do processo tinha de ser escrito, principalmente a fase de instrução e da
prova.
Características:
Ordinário: este processo utilizava-se quando tivéssemos um valor igual ou superior a 30 000€
Os valores acima referem a alçada – valor dentro do qual não é possível interpor um recurso,
valor dentro do qual o tribunal julga sem admissibilidade de recurso ordinário.
Quando as partes não se conformam com a decisão do tribunal de 1º instância, podem pedir
recurso para o tribunal de 2º instância (da relação). Porém se se verificar o requisito de valor,
pode-se recorrer logo para o supremo tribunal de justiça (recurso per saltum). Dupla
conforme, quando a decisão do tribunal de 1º instância e de 2º instância são desfavorecidos, o
recurso deixa de ser possível.
2º - tribunal da relação
3º - tribunal de 1º instância
Continuava a existir a redução a escrito de toda a atividade instrutória (todos os processos irão
passar pelo tribunal de 1º instância independentemente do valor, uma vez que o requisito do
valor está relacionado com a possibilidade de recurso)
CPC de 1939:
Neste código há uma prevalência do princípio inquisitório, significa que o papel que é
reservado ao juiz é um papel ativo, ele pode interrogar, intorquir ou até pedir esclarecimentos.
Critica a este código: relaciona-se com a intervenção que era feita por parte do tribunal
coletivo, os juízes decidiam a matéria de facto sem ter de a fundamentar, e isto condicionava a
própria decisão jurídica da causa. O tribunal coletivo respondia quanto aos quesitos, mas não
os justificava, na prática dava-se razão ao seu autor sem qualquer explicação dada às partes.
CPC de 1961:
A principal inovação foi a necessidade da fundamentação das respostas dadas aos quesitos,
os juízes tinham que revelar a base com que o facto foi provado. CPC art.596º objeto de litígio,
explicação) o tribunal indicava qual eram os factos que já estavam especificados, por exemplo
por intermedio de documentos. Todos os factos que ainda não estavam comprovados eram
levados para o questionário.
Com este código surgiu também a figura dos procedimentos cautelares, antes existia os
processos preparativos. Surge também a figura dos articulados supervenientes, art.588º e
589º, são as peças processuais nas quais as partes trazem os factos ao processo
posteriormente.
Ato da citação – levar a conhecimento do réu que contra ele foi instaurada uma ação e
dando um prazo ao réu para ele poder contestar, tem especiais cautelas inerentes á
mesma, é realizada por correio registado com aviso de receção. Por vezes não se
consegue citar a pessoa por intermedio de aviso de receção (ex: ninguém está em
casa, o carteiro deixa uma carta para levantamento e a pessoa agindo de má-fé não a
levanta. Se a carta retomasse a tribunal, podia-se enviar novamente a mesma carta
por correio simples. Este ato de citação simples foi considerado inconstitucional uma
vez que não existe uma verdadeira prova que a carta foi entregue.
Existe a eliminação das formas do processo ordinário, sumário e sumaríssimo (art.548º cpc), o
processo comum de declaração segue de forma única.
Os princípios fundamentais do processo civil que se encontravam dispersos por todo o código
foram todos deslocados para a parte inicial do código, idêntico raciocínio relativamente à
instrução (normas relativas à instrução) e passando-as também para a parte geral.
Estes princípios assumem uma relevância, pois temos normas que estão dispersas pelo código
civil, e por vezes para perceber essa norma só com o recurso aos princípios.
Código de 2013: houve uma preocupação por parte do legislador em colocar na parte inicial do
código a maior parte dos princípios
Princípios fundamentais:
Princípio do dispositivo:
É dos mais importantes. Encontra-se previsto no artigo 3º/1. O tribunal não pode resolver o
conflito de interesses sem um pedido, este princípio também é conhecido como o princípio da
necessidade do pedido. Desdobra-se o mesmo em 3 vertentes: impulso processual,
delimitação dos contornos factos do litígio e limites da sentença.
Quanto ao impulso processual, este pode ser inicial (o sujeito ativo apresenta o
processo). É aquele em que pensamos à contínuo. Para que o tribunal comece a
exercer as suas funções é preciso que uma das partes instaure uma ação, não basta
os sujeitos impulsionarem inicialmente um processo. O processo é composto por
várias fases e cada uma das fases é integrada por vários atos processuais. Há atos
que são da incumbência das partes (a responsabilidade /encargo).
Exemplo: A parte é notificada pelo tribunal para apresentar um documento mas a parte não o
faz. Por essa razão, o processo vai ficar parado. À espera que a parte cumpra mas ao fim de 6
meses o processo é remetido à conta (para termos decisão judicial temos de pagar as taxas da
justiça: as custas). A parte que será responsável pelo pagamento das custas será a parte
vencida.
Relacionado com a matéria de facto, temos a delimitação dos contornos factos do litígio. Não
basta ao autor alegar, é preciso provar todos os factos alegados. Os factos que têm de ser
alegados encontram-se no artigo 5º/1/2 do PC. É necessário ter perceção que, relativamente
aos factos essenciais constantes no número 1, cabe às partes alegar os mesmos. Se a parte
tiver ônus de alegar os factos e não o fizer, sofrerá consequências desfavoráveis do mesmo. o
tribunal vai-se pronunciar relativamente aos fatos essenciais alegados.
No artigo 5º, o legislador estabelece um nus de alegação relativamente aos factos. Em relação
aos factos essenciais, são as partes que os têm de alegar. O tribunal vai-se pronunciar quanto
aos factos que foram carreados pelo processo.
Distingue-se também os limites da sentença, sendo que o tribunal, sob pena de cometer uma
nulidade, só pode condenar nos precisos termos e limites daquilo que foi pedido pelas partes.
Por exemplo, o réu pede 10.000€, o tribunal pode decidir essa quantia ou uma quantia inferior
(artigo 609º/1 e 615º/1/e CPC).
O princípio do contraditório:
Princípio do inquisitório:
De acordo com o artigo 411º, o juiz tem o dever de realizar ou ordenar oficiosamente as
diligências necessárias ao apuramento da verdade. Trata-se do princípio do inquisitório, que
constitui o inverso do princípio da controvérsia: ao juiz cabe, no campo da instrução do
processo, a iniciativa e ás partes incumbe o dever de colaborar na sua descoberta da verdade,
respondendo ao que lhes for perguntado, submetendo-se ás inspeções necessárias, facultando
o que for requisitado e praticando os atos que forem determinados. O papel do juiz-arbitro
encontra-se definitivamente ultrapassado.
Pode-se ainda incluir uma outra parte com influência: o Princípio do inquisitório em sentido
amplo. Acresce-se duas questões. Quando falamos do princípio do dispositivo na parte da
delimitação dos contornos factos do litígio, às partes cabia a alegação dos factos essenciais.
Atualmente a alegação dos factos acaba por não ser monopólio das partes, porque o tribunal
pode-se servir ao abrigo do artigo 15º/2 dos factos complementares, notórios, que advêm do
seu conhecimento, etc.. temos aqui uma manifestação do princípio do inquisitório porque o
juiz pode aproveitar a factualidade, consubstancia uma preocupação oficiosa relativamente á
alegação. Também aqui se nota uma preocupação quanto ao dever que intende sobre o juiz de
redigir ativamente o processo.
Princípio da preclusão:
Pelo simples facto de o processo ser uma sequência de atos logicamente encadeados entre
si e tendentes a um determinado fim, e sabendo também que a falta de cumprimento
desses atos pode ter consequências, nos termos o princípio da preclusão é sobretudo
relacionado com dois processos: faseamento processual e a questão dos processos.
Este princípio não funciona na sua plenitude quando se trata de magistrados. Os prazos são
perentórios (o seu decurso extingue o direito de praticar o ato – 569º,nº1)). E os atos dos
magistrados são meramente indicativos ou ordenadores. No art.607º/1, este prazo não é
perentório porque o juiz não vai perder o direito de proferir a sentença, este é um prazo
meramente indicativo. A nível do processo não há perda de direito com o atraso do prazo mas
o magistrado fica sob pena de responsabilidade disciplinar.
Se tem 30 dias para proferir uma sentença num caso simples sendo que a prova apenas se
centra em 4 testemunhas, o prazo tem tudo para ser respeitado. Se partirmos do pressuposto
de que o caso tem grande complexidade jurídica e o prazo é na mesma de 30 dias, o prazo é
mais revelado do que no primeiro caso.
Ver Artigo 139º/1/3
Em determinadas circunstâncias esse princípio da preclusão não é observado pelo todo porque
certos atos podem ser feitos fora do prazo considerado para tal.
Artigo 588º e 590º/4/5, artigo 423º/2/3 (relacionado com aprova documental), artigo 425º -
possibilidade de junção de prova documental fora dos articulados e 140º - justo impedimento
que não é imputável á parte.
O princípio da cooperação tem de ser enquadrado numa visão atual do processo que
perspetiva esse mesmo processo como uma comunidade de trabalho. Tem de haver
cooperação entre os intervenientes para que o processo termine o mais rápido possível.
Podemos falar da cooperação a nível material (art.7º executado o número 4 e 417º) e a nível
formal (at.7º/4) . Os mandatários devem cooperar entre si, os juízes também devem cooperar
com os mandatários. Os juízes são colocados num patamar superior no tribunal de modo a
passar a ideia de supremacia mas apesar de terem o poder decisório, estes têm de se reger
pelo princípio da cooperação.
Também os juízes devem cooperar com os mandatários, muitas vezes o juiz tem a ideia de que
por ter o poder decisório, releva uma supremacia relativa aos restantes intervenientes, muitas
vezes nem sequer se mostra sensível a determinadas preocupações dos mandatários
Exemplo: era muito usual que se marcasse uma audiência final para as 9.30h e que a essa hora
fizessem a chamada de todos os intervenientes e as 10h fazia uma segunda chamada em
relação às testemunhas que não estavam presentes. Eram 10.30h que não havia notícias e um
dos advogados decidia procurar alguém responsável para procurar o juiz. O juiz chega mais
tarde. Isto é um bom exemplo de não cooperação entre o magistrado e as partes porque este
poderia ter avisado a secretaria sobre o seu atraso e ter dado uma justificação pelo mesmo.
No artigo 9º, também relacionado com a cooperação, consagra-se que todos os intervenientes
no processo devem agir em conformidade com um dever de recíproca correção, pautando-se
as relações entre advogados e magistrados por um especial dever de urbanidade. Nenhuma
das partes deve usar, nos seus escritos ou alegações orais, expressões desnecessárias ou
injustificadamente ofensivas da honra ou do bom nome da outra, ou do respeito devido às
instituições.
Temos em vários preceitos legais o princípio da cooperação como o artigo 151º - o princípio da
Boa fé
Princípio da boa-fé:
Esta previsto no artigo 8º na primeira parte. Podemos entender a boa-fé num sentido positivo
em que na prática, corresponde á cooperação que deve haver entre as partes. E em sentido
negativo corresponde aos comportamentos jurídico processuais que não devem ocorrer
porque violam os princípios gerais da boa-fé.
Se tivermos de acordo com o artigo 542º qualquer desses comportamentos, devemos concluir
que a parte esta a litigar de má-fé. A má-fé pode implicar comportamentos não só dolosos mas
como diligentes. Na aliena d) entra a utilização dos expedientes dilatórios – parte recorrer para
retardar o processo. A má-fé pode ter a sua origem no mandatário ou nas partes (art.595º -
desenrolar processual).
Aquilo que se pretende é resolver o maior número de processo possível com o menor
dispêndio possível. Este princípio pode ser preservado em duas vertentes:
Economia de processos – já que o senhor A decidiu instaurar uma ação contra o senhor B,
aproveita-se essa ação para procurar resolver o máximo de litígios possíveis que existe entre
essas as partes. O código de processo civil tem mecanismos processuais de se resolver num
mesmo processo várias situações. Por exemplo, nos pedidos subsidiários, nos pedidos
cumulativos, na reconvenção, na coligação, litisconsórcio e na intenção de terceiros. Todos
estes mecanismos previstos no código que nos permite provar a preocupação pela economia
de processos.
Pedidos subsidiários - estão previsto do artigos 553º e sgs. Este pedido é formulado
para ser tomado em consideração na mera eventualidade do pedido principal não
proceder. O autor tem a possibilidade logo no mesmo processo de formular os dois
pedidos.
Reconvenção - esta prevista nos artigos 583º e 266º. O senhor A (parte ativa – autor -
reconvindo) o senhor B (parte passiva -réu - reconvinte), quando é o reu a deduzir um
pedido contra o autor temos o chamado pedido reconvencional. Isto significa que,
neste processo, temos a apreciação de dois pedidos. O primeiro que é formulado pelo
autor contra o reu e o segundo do reu contra o autor.
Se tivermos perante uma ação onde se pede a resolução de um contrato de
arrendamento por falta de pagamento de rendas, muito provavelmente o arrendatário
pode vir a afirmar que não tem condições necessárias para pagar as rendas, mas que o
senhorio não se esqueça das obras realizadas (benfeitorias), pode fazer isso no mesmo
processo. Num pedido formulado pelo réu/reconvinte contra o autor/reconvindo, o
reu passa a ser parte ativa no âmbito do pedido reconvencional
Se tivermos uma relação jurídica processual de A contra B temos uma relação singular.
Se for uma relação de A e B contra C temos uma relação plural. Se for A contra B e C
temos uma relação mista.
A coligação( 36º e sgs).
Os litisconsórcios – para que o juiz possa pronunciar -se quanto ao objeto da ação,
têm que estar verificados os pressupostos processuais (requisitos indispensáveis). Se
não estiverem verificados os pressupostos, o juiz não pode pronunciar-se,
competência judiciaria, legitimidade judiciária. Vão permitir que utilize a mesma ação
para a resolução de vários conflitos. Artigo 32º e ss.
Incidência em intervenção de terceiros: A instaura uma ação contra B mas B afirma-se
como parte ilegítima porque está desacompanhado de alguém que também deve estar
configurado na causa. Consigo chamar a juízo a parte que também deveria configurar
nessa ação.
Os processos devem ser rapidamente decididos porque, muitas vezes, para o autor uma vitoria
passado dois anos, pode ainda não ser uma vitoria completa ou até pode ser uma derrota. Isto
acontece porque o reu nessa altura pode já não ter nenhum bem que seja para entregar ao
autor. O autor não vai receber qualquer montante pecuniário. Temos sempre de tentar
incrementar a celeridade processual, no entanto, temos sempre que ter em atenção, não
podemos exagerar a preocupação da celeridade, dado que, iremos estar a sacrificar os direitos
de defesa do próprio réu, isto é, o princípio tem que ser temperado.
A morosidade implica uma demora mais prolongada do que é habitual no âmbito do processo,
os expedientes dilatórios estão coligados a esse conceito, a morosidade pode ser necessária, é
aquela que decorre da previsão das regras que estão previstas no CPC, o processo está parado
mas tem que estar parado, porque necessita disso.
Encontra-se previsto no artigo 4o CPC. Nesta relação jurídica processual temos uma
desigualdade entre as partes e o tribunal, o tribunal acaba por estar num plano de supremacia,
mas as partes tem que estar num plano de igualdade. Normalmente quer ao nível dos
articulados, quer ao nível dos meios de prova há sempre igualdade entre as partes. Ex: A parte
tem a faculdade de alterar o rol das testemunhas, a parte contrária tem que ser contactada
para ter exatamente a mesma faculdade.
Artigo 4º e artigo 13º CPC, por muito que o legislador queira estabelecer igualdade entre as
partes, não conseguirá que as partes estejam no mesmo plano de igualdade económica Ex:
Pobre indivíduo vê ser requerida uma injunção porque não procedeu ao pagamento das
quantias levadas pelo telemóvel, à sua respetiva telecomunicadora, estas duas partes não
estão num plano de igualdade. O indivíduo nem sequer tem possibilidade para pagar o próprio
advogado.
O legislador decide prever o regime de acesso ao direito e aos tribunais lei 34/2004 alterada
pela lei de 47/2007 e algumas posteriores. Normalmente as partes que não têm condição
económica para pagar o mandatário, podem beneficiar do regime do apoio beneficiário, tem a
vertente da dispensa total ou parcial das taxas de processo ou mais encargos, e a nomeação e
pagamento de honorários a patrono,
O professor Paulo Pimenta considera que não é um principio mas sim um dever, enquanto que
o professor Lebre de Freitas considera que é um princípio.
Artigo 6º, este dever de gestão processual teve um precedente no chamado regime processual
civil de natureza experimental, pesa embora tivesse um âmbito de aplicação restrito a
determinadas autarquias, teve uma experiência anterior. Em segundo lugar, ele também tem
inspiração no processo civil inglês, no mecanismo de judicial case management,
Não é um princípio é um dever, o juiz não tem a faculdade de fazer uso deste dever. Este dever
é instrumental relativamente aos princípios, na prática significa que é mais uma manifestação
daquela nova cultura jurídica participada, com uma participação ativa do juiz.
Formas de processo:
São o conjunto ordenado dos atos dos tramites a cumprir quer na propositura quer na
desenvoltura quer na conclusão de uma ação judicial.
Vamos ver qual é o ritualismo processual que as partes deverão seguir no âmbito de uma
determinada ação judicial (quer no âmbito de uma ação declarativa ou executiva).
Quando falamos da forma do processo tentamos perceber para aquela situação em concreto
qual é a regra que vai ser abordada.
Estamos perante um ramo do direito que pertence ao ramo do direito publico, que tem uma
faceta instrumental e que se regula por normas indisponíveis, por normas que se subtraem á
vontade das partes, e aqui podemos observar o princípio da tipicidade.
As partes têm que observar aquilo que lhes é disponibilizado pelo legislador, ou seja, as partes
não podem inventar novas formas processuais, as partes tem que obedecer às formas
processuais que lhes são dadas pelo legislador é aqui que entra a tipicidade legal das formas
processuais.
Não temos apenas uma única forma de processo, mas sim um conjunto delas. A mesma forma
de processo pode servir para ações de distinta natureza e valor, isto significa que a mesma
forma de processo pode servir para uma ação declarativa de condenação, para uma ação
constitutiva, ou para uma ação de simples apreciação, e quanto ao valor a mesma forma de
processo pode servir para ações com valores opostos (a mesma forma pode servir para uma
ação de 5000€ como para uma ação de 50 000€). E a mesma forma de processo pode servir
para direitos de diferentes natureza ( temos a mesma forma de processo a poder ser utilizada
quer no âmbito dos direitos e obrigações, quer no âmbito dos direitos reais, quer no âmbito do
direito da família, etc..), existe uma multiplicidade das formas processuais.
A forma processual que permite operar a distinção entre o processo comum e o processo
especial – 546º CPC
Quando é que estamos perante um processo comum e quando é que estamos perante um
processo especial?
O número 2º dá-nos essa resposta, estaremos perante um processo especial quando ele
estiver expressamente previsto na lei, nós teremos um processo comum sempre que não
tivermos um processo especial, logo quando estamos á procura da forma processual aplicável
aquela ação em concreto, temos de ver se existe uma forma de processo especial, e se esta
não existir, vamos ser reconduzido para a forma do processo comum.
O processo comum é um processo regra, o processo especial é um processo excecional.
Processos especiais - 878º e ss do CPC. Mas existem outras legislações que contemplam outros
processos especiais. No livro V do índice do CPC cada título refere-se a uma forma de processo
especial.
A dada altura numa das normas diz que se aplicarão as regras de processo comum. O
legislador não nos esta a dizer que estamos perante um processo comum, mas sim para não
haver repetição de determinado atos e fases processuais, atendendo ao princípio da economia
processual, que a partir de determinada altura procedem-se as regras e atos do processo
comum. O legislador diz isto pois a única especificidade que existe relativamente ao processo
especial ocorrem só até ao processo comum
No âmbito do art.10º distinguimos a ação declarativa da ação executiva. Esta ideia que subjaza
as ações declarativas e executivas também é importante para o processo declarativo e
executivo. Há um paralelismo entre o que foi dito ao nível das ações executivas e declarativas
com o processo executivo e o processo declarativo, ou seja:
Mas por vezes esta distinção não é assim tão clara, pois pode haver formas processuais que
têm a precedê-las uma fase essencialmente declarativa, e dentro da forma processual posso
ter uma forma executiva.
Na ação declarativa especial vai existir a formação de títulos executivos por intermédio do
artigo 2º (oposição), ou através da sentença (no caso incerto pelo artigo 703, condenatória)
(4º/7) Análise do decreto-lei 269/98 de 1 de setembro
Este decreto de lei de 1 de setembro, surgiu num contexto muito específico, detetou-se que os
tribunais estavam despejados de ações que davam entrada todos os dias e que tinham muito
pouca complexidade jurídica, sobretudo relacionadas com ações de cumprimento de divida,
lançavam mão das grandes empresas. O legislador para não colocar o juiz a ser um mero
funcionário publico, retirou dos tribunais estes tipos de ações, criando o mecanismo de
injunção, não de apenas ser conhecido por injunção, porque a injunção é um dos dois
procedimentos que existem neste processo.
Este decreto-lei prevê processo especial, deve-se sempre recorrer ao processo especial em
detrimento do processo comum.
Para se poder lançar mão deste diploma legal (injunção), têm que existir 3 requisitos:
Estar perante um cumprimento de obrigação pecuniária (COP), isto é uma obrigação que
é materializável em pecúnia (dinheiro). Se tiver uma obrigação da entrega da coisa, este
diploma não se vai usar.
Esta obrigação pecuniária tem de ser emergente de contrato obrigatoriamente, o
contrato é o negócio jurídico bilateral. Quando falamos em contrato podemos estar
perante um contrato de mútuo, empréstimo, locação, compra e venda. É que por vezes
temos a noção errada que para existir um contrato é necessário um documento escrito,
mas de acordo com a liberdade de forma, só é exigida especial forma a determinados
contratos, não necessito de ter um contrato reduzido a escrito. Não preciso de juntar
qualquer documento ao requerimento de injunção.
Valor igual ou inferior a 15 000€, ou seja, metade da alçada do tribunal da relação,
aquilo que for superior a 15 mil euros já não poderá ser alvo deste decreto de lei, a não
ser que estejamos de operações emergentes de transições comerciais. Artigo 7º parte
final do anexo ao decreto de lei 269/98
Existem 2 procedimentos
Injunção (7o e ss)
Ação declarativa especial (1-6º)
O requerente vai poder optar por ir diretamente para a injunção ou por ir diretamente
para a ação declarativa especial.
Mas ele pode decidir exercer opositório, estes autos vão ser apresentados à distribuição
(16º/1) que imediatamente se seguir. A distribuição encontra-se (203º e ss) e na prática
destina-se a repartir o serviço judicial com igualdade.
Tem que existir um sistema que permita que os juízes tenham o mesmo número de
ações distribuídas. Podem existir juízes que não resulta da distribuição eletrónica.
A Lei 55/2021 de 13 de agosto, introduz alterações à distribuição.
Isto significa que a injunção, vai ser tramitado em ação declarativa especial, o
procedimento que começou com base nos artigo 7º e ss vai começar a ser tramitado com
base nos artigos 1 a 6.
Se existir a certeza de que vai haver uma oposição a injunção não fará sentido lançar mão
da injunção, uma vez que iria ser uma perda de tempo. No caso da injunção quem vai
proceder essa tramitação é o secretário no BNI, enquanto na ação declarativa especial
quem vai tramitá-la é o juiz.
De acordo com o artigo 147º/2 CPC, nas ações, nos incidentes e nos procedimentos
cautelares, havendo mandatários constituídos as peças processuais vão ter que respeitar
a forma articulada, neste caso em concreto, são as ações que não admitem recurso
(porque são inferiores a 5000€ 40º/1, por argumento à contrariu sensu, se estiver
perante um valor até 5000€, não existe obrigação de constituição de mandatário, não
sendo obrigatório a constituição de advogado e as partes podem se representar a si
mesmas, estas carecem de conhecimento técnico jurídico para fazer a tal narração da
forma articulada.)
Podemos considerar que a petição inicial e que a contestação são mais simples, mas na
prática é uma tramitação que está reservada a uma ação, ou seja, vamos ter que ter
meios de prova, tudo aquilo que as partes alegam no âmbito da petição e da
contestação, vai ter que ser provado por intermédio de testemunhas, onde na audiência
final, depois dessa audiência final vai ter que haver uma alegação por parte do
mandatário e finalmente vai ter que haver uma sentença por parte do magistrado
judicial, a tramitação que está prevista para uma ação declarativa especial nos artigos 1º
a 6º, é muito superior à tramitação que está prevista para a injunção nos artigos 7º e ss,
dai considerar se que a nível da injunção há uma maior rapidez, a tramitação é muito
simplificada.
Só que há também a possibilidade que está prevista no artigo 14º, que se o requerido
devidamente notificado para o efeito não apresenta oposição à injunção, o título
executivo vai originar se de imediato.
Em tudo aquilo que falamos até agora, ou quase tudo, nos tivemos no âmbito de uma
forma de processo em concreto, que são chamados os processos de jurisdição
contenciosa. Isto é um conflito de interesses entre duas ou mais partes.
Se temos um conflito de índole pecuniária entre duas pessoas, obviamente vamos ter um
credor e um devedor e vamos ter um conflito de interesses entre ambos.
Se tivermos a celebração de um contrato de arrendamento, e tiver em falta o pagamento
de uma renda, estivermos a resolução desse contrato de arrendamento, temos um
conflito de interesses entre um senhorio e um locatário.
Porem, no âmbito dos processos de jurisdição voluntaria não é isso que acontece,
embora possamos ter divergência de opiniões ou interesses entre as partes que
aparecem supostamente a litigar, o tribunal não vai estar preocupado em dar razão a
uma ou a outra, ele vai estar preocupado com o interesse que existe para com o todo,
aqui não temos este dito conflito de interesses, temos sim é um interessente
predominante que vai nortear a atividade do juiz.
Exemplo: num processo de regulação das responsabilidades parentais. Temos uma pai e
uma mae, e ambos querem ficar com o menor, só que o tribunal vai ter apenas uma coisa
em mente, não é dar razão ao pai nem á mae, é apreciar quem é o progenitor que tem
melhores condições económico financeiras, ou melhores condições para proporcionar a
educação, saúde.. ao menor, ou seja, na prática o tribunal está preocupado com o
interesse do menor. Nest caso temos um processo de jurisdição voluntaria.
Esta diferença conduz a uma outra diferença, que é o papel que o juiz vai assumir no
âmbito destes processos. Pois no âmbito dos processo de jurisdição contenciosa, o juiz
vai levar a cabo a sua função jurisdicional, a sua função de aplicador da lei, vai ver o que
é que o direito prevê enquanto àquela matéria e vai aplicar a lei. Enquanto que nos
processo de jurisdição voluntaria, ao invés de termos uma função jurisdicional, temos
uma espécie de função administrativa, em que o próprio juiz funciona como um gestor
de negócios.
Quais são os princípios/regras que estão na base dos processo de jurisdição voluntária?
Anteriormente fizemos uma distinção entre os processo especiais e os processos
comuns. E dentro dos processo especiais, mais precisamente no título 15º, apareciam
estes processos de jurisdição voluntária (artigos 986º a 1081º).
Nota: desde 2000/2001 tem havido uma preocupação por parte do legislador de
jurisdicionalizar uma serie de processos por generalizar que não há aqui conflito
verdadeiramente no âmbito desses processos que se calhar o tribunal não se deve estar
a ocupar com esses processos. E por isto assistimos desde essa altura a uma deslocação
de certos processos que constavam do CPC e dos tribunais, para a esfera, por exemplo,
das conservatórias do registo civil.
Pode-se dizer também que existem determinadas disposições (292-295) que são aplicáveis a
todos ou a quaisquer incidentes - disposições de caráter geral.
Significa que, é nestas regras que obteremos a resposta para qualquer incidentes de instâncias
que queira ser suscitado, sobretudo as regras de tramitação, regras processuais.
Ex: Fruto do falecimento da Berta temos a necessidade de lançar mão da habilitação, faremos
através de um requerimento, a parte contrária terá oportunidade de deduzir oposição, estas
regras estão previstas exatamente nestes artigos.
Sempre que temos um incidente tipificado ou um incidente não tipificado, o simples facto de
apresentar nos autos um articulado que seja inadmissível, isso vai gerar um incidente.
Qualquer incidente a que as partes dão aso, vai ser condenado nas custas do mesmo incidente,
se for suscitada uma questão que é inadmissível processualmente, isso vai constituir um
incidente atípico ou inominado e seremos responsabilizados pelas custas que esse incidente
der aso.
1º - O artigo 293o/1, que nos diz que é através de um requerimento que se vai suscitar um
incidente.
2º - A parte contrária, contra quem o incidente é deduzido vai ter a oportunidade de exercer o
contraditório através da oposição, sendo que nos termos do artigo 293º/2 essa oposição vai
ser deduzida num prazo relativamente curto, de 10 dias.
Na mera eventualidade de a parte contra quem for deduzida o incidente não deduzir essa
oposição, verifica-se um efeito cominatório respeitante à causa onde é suspeitado o incidente.
Por outro lado, também vai haver produção de prova no âmbito deste incidente, a prova
testemunhal está limitada a 5 testemunhas (294º/1), e no fim da produção de prova (295º),
cada um dos advogados irá fazer uma pré decisão oral, que depois ira ser reduzida a escrito.
Porque este valor vai desempenhar 4 funções (296º), no entanto, é preciso ter a consciência
que no âmbito de processo comum de declaração, um dos requisitos do articulado inicial é
exatamente a indicação do valor da causa (552º/1/f) sob pena de nos termos (558º/1/e) ser
recusada pela secretaria.
Isto gera uma dúvida, há uma incongruência, em toda e qualquer ação que eu tenho de
declarar o valor da causa não se encontra o incidente, neste caso, não há anormalidade,
porque neste caso em concreto não se gera incidente. Ex: O incidente gera-se quando uma das
partes atribui como valor de ação 5M e 1 cêntimo e nos termos legais a ação que deveria ter o
valor de 30M e 1 cêntimo, o réu vem dizer que não aceita o valor que foi indicado pelo autor.
Nesta circunstância está criado o dito incidente da verificação do valor da causa.
Nos termos do artigo 296º/1, a toda a causa deve ser atribuído um valor certo e expresso em
moeda legal o qual representa a utilidade económica do pedido, atualmente euros.
Quando estivermos a redigir a petição inicial, este valor que é indicado (em numérico, e entre
parênteses em extenso), quando se utiliza minutas e se deteta que a parte teve a preocupação
de alterar o numeroso e não alterar o extenso, o que prevalece é um extenso e não numérico,
pode provocar também um incidente de verificação do valor da causa.
Ex: Ação número 1 (tem o valor de 5M e 1 cêntimo) e a ação número 2 (tem o valor de 30M e 1
cêntimo)
Na prática este valor, representa o valor de recorrer.
O senhor A por ter um direito a ser violado e por ter como valor da ação que ele vai instaurar
(5M e 1 cêntimo), primeiro recorre ao tribunal de 1a instância, instaura a ação no tribunal de
1a instância, e depois pode recorrer para o tribunal de 2a instância. O senhor A já havia tido
uma ação judicial pendente num determinado tribunal, cujo titular desse tribunal era o senhor
B, juiz de carreira, e o senhor B ostensivamente prejudicou o senhor A na decisão. O senhor A
instaurou a ação contra o senhor B diretamente na relação do porto. Não poderia fazê-lo.
Em princípio, os procuradores e os juízes não devem ser julgados pelos seus pares, uma ação
de indemnização no exercício das funções judiciais não é instaurada num tribunal de 1a
instância porque o réu também é juiz ou magistrado num tribunal de 1a instância, logo terá
que ser instaurada num tribunal da relação.
Isto são exceções há regra da entrada na primeira instância.
O valor possibilita ou não a recorribilidade da decisão que vier ser proferida pelo tribunal à quo
para o tribunal a quem (a quo - tribunal recorrido, a quem - decisão para o qual se recorre.)
3º função - Forma de processo comum de execução, o artigo 550º/2/b) que estabelece para as
execuções sumárias um valor, teremos uma execução sumária ou ordinária consoante o
preenchimento desse valor.
Na prática, quanto maior for o valor que eu venha atribuir à minha ação, mais vou pagar a
titulo de custas de taxas de justiça.
É relevante, por vezes, quando temos uma indemnização pelo dano não patrimonial, porque a
partir do momento em que atribuímos um valor superior vamos passar ao patamar superior
em que a taxa de justiça é maior, e ainda existe outro problema é o decaimento, tudo aquilo
que não consigamos obter nos 50M€ entra em regra de decaimento, e quem é responsável ao
pagamento dessas custas é o cliente.
Existem regras para se fazer isto (297º), se estivermos perante uma ação em que pretendemos
obter uma quantia certa em dinheiro, já sabemos que esse valor é o valor que condiciona o
valor a causa, se pretendemos obter um benefício diverso relativamente ao benefício
pecuniário será o valor equivalente a esse benefício. (553º-557º - Pedidos)
Relativamente a outras ações sob a forma de processo especial, em princípio, temos outros
critérios, no caso da ação de despejo (298º), o valor é o da renda de 2 anos e meio, acrescido
do valor das rendas em divida ou da indemnização que vier a ser peticionado caso a
indemnização seja superior ao próprio valor das rendas em divida.
(Artigos 298º-310º)
303º número 1- o valor da ação é 30M e um cêntimo € admitira recurso até ao supremo
tribunal de justiça.
Por vezes, isto (habilitação) já pode estar feito, por exemplo, notarialmente, basta juntar aos
autos uma certidão dessa habilitação extrajudicial, para a habilitação estar também feita a
nível desse processo.
Significa que na petição inicial tenho que formular um pedido, obrigatoriamente, sob pena de
ineptidão, o pedido pode ser formulado de modo genérico, ou seja, posso não quantificar um
determinado valor para esse pedido, e fazê-lo apenas à posteriori.
Ex: Se eu sofri um acidente de aviação e imediatamente tive determinados danos, e se á luz
desses danos não se verificaram de imediato mas vão se verificar apenas daqui por mais algum
tempo, eu não tenho ainda condições para apurar todos os montantes a que eu tenho direito
no momento em que estou a redigir a petição inicial. Posso formular um pedido genérico.
Só que o tribunal, a nível da condenação, vai ter que condenar uma quantia líquida, fá-lo-á
através do incidente da liquidação, ou seja, quando não há possibilidade de realizar
imediatamente o pedido genérico, temos este incidente, como o próprio nome indica destina-
se a tornar líquido um pedido genérico.
Por vezes esta liquidação ocorre apenas após a provação da sentença, e por vezes remete,
para execução, para efeitos de apuramento de valor. Na prática temos que instaurar a
execução para a liquidação da sentença.
Intervenção de terceiros (311º a 350º)
Falamos, neste caso, da aparição do terceiro no âmbito de uma ação que já se encontra
proposta ou pendente. Esse terceiro quer ou auxiliar uma das partes (ajudar uma das
partes) ou vincular-se (por uma razão que a si lhe diz respeito) ao chamado caso julgado
subjetivo da ação, por essa via vamos ter a classificação da intervenção como acessória ou
principal, consoante a posição que o terceiro venha assumir no âmbito da ação.
Se o terceiro almejar apenas ser parte auxiliar ou coadjuvante de uma das partes da ação,
então iremos ter uma intervenção acessória, se o terceiro vai fazer valer um direito que lhe
é próprio, no confronto com as partes que já constam no processo, então iremos ter uma
intervenção principal, porque o terceiro não se limita a ser uma parte acessória, vai ser
uma parte principal, pesa embora não seja uma parte primitiva. As partes primitivas no
processo são o autor e o réu, e depois temos o terceiro que se assumir a posição de parte
principal, vai ter, na prática, os mesmos direitos que as partes primitivas. Não é parte
primitiva porque não está no processo ad início, só surge à posteriori.
Quando é o próprio terceiro, a decidir, por si mesmo, fazer a intervenção no processo, temos
uma intervenção espontânea. Quando a partes no processo, o autor ou o réu, decidem fazer
intervir o terceiro, chamar o terceiro, temos uma intervenção provocada.
Já não diz respeito à posição que o terceiro vai assumir no âmbito do processo mas sim à
iniciativa do chamamento do terceiro. (Próprio terceiro - espontânea/ Partes - provocada)
Estas intervenções cruzam-se, é por isso que existe uma série de submodalidades de
intervenção de terceiros, que passam entre as várias intervenções (intervenção acessória
espontânea e pela intervenção acessória provocada/ e que passa pela intervenção principal
espontânea e pela intervenção principal provocada), as duas classificações devem ser
cruzadas. Acaba por ser importante, para perceber os incidentes que estão presentes nos
artigos (311º- 350º)
- Intervenção principal pode ser espontânea (311º- 315º), pode ser provocada (316º- 319º)
A intervenção acessória pode ser provocada (321º- 324º), intervenção do ministério público
(325º), e ainda a assistência que acaba por ser a intervenção acessória espontânea.
Em que contexto é que cada uma destas intervenções poderão, de facto, ser utilizadas?
Intervenção acessória espontânea (assistência - 326° e ss)
Desde logo o seu âmbito de aplicação ou o seu conceito, quando a podemos ter? (326º/1)
Ex: Temos uma relação jurídica processual típica do A contra o B, pode ser mais do que uma
parte, e temos um terceiro, C, que decide de moto próprio, espontaneamente intervir na ação
para ajudar ou o autor ou o réu.
Ex: Ação de despejo - pela falta de pagamento de determinadas rendas, o senhorio decide
fazer cessar está relação jurídica de arrendamento, na prática vai instaurar uma ação contra o
B, para o despejar do local. O B fez um contrato de subarrendamento com o C, nesta
circunstância, podemos ter o C com interesse no auxílio de uma das partes principais no
processo, porque sabe que se a relação jurídica de arrendamento que se estabeleceu entre A-
B cessar, também reflexamente a sua relação jurídica vai cessar. Existe um interesse do C em
vir auxiliar o B.
Tramitação
O assistente pode intervir a todo o tempo, desde o momento em que o processo é instaurado
até ao momento em que ele irá ser decidido, no entanto, tem que aceitar o processo no
estado em que ele se encontrar. Por outro lado, o pedido de assistência poderá ser deduzido
em requerimento especial pelo próprio assistente, ou então em articulado ou alegação que o
assistido estivesse a tempo de oferecer
O artigo 328º/1, os assistentes têm, no processo, a posição de auxiliares de uma das partes
principais.
CUIDADO - pesa embora o assistente possa intervir, ele não vai condicionar a vontade ou a
livre disponibilidade das partes principais porque de acordo com o artigo 331° a assistência
não afeta os direitos das partes principais que podem livremente confessar desistir ou transigir
findando em qualquer destes casos a intervenção.
O artigo 332º, a sentença que vier a ser proferida na causa vai constituir caos julgado
relativamente ao assistente, que é obrigado a aceitar, em qualquer causa posterior, os factos e
os direitos que a decisão judicial tenha estabelecido (excetuando as duas circunstâncias que
estão previstas nas alíneas a) e b) deste artigo 332°).
Intervenção acessória provocada:
Vamos continuar a ter um terceiro a auxiliar uma das partes, só que agora, contrariamente no
que acontece na assistência, a iniciativa de intervenção não cabe ao terceiro mas sim ao réu (e
apenas), no âmbito da ação principal (321º-324º)
Quem lança mão deste incidente é o réu (não o autor), o réu que tenha sobre terceiro o direito
de regresso para ser indemnizado do prejuízo que lhe cause a perda da demanda, pode
chamá-lo a intervir como auxiliar na defesa, sempre que esse terceiro careça de legitimidade
para intervir como parte principal.
Ex: Contrato de empreitada, o dono da obra recebe a obra com determinados defeitos, com
determinados incumprimentos contratuais e vem instaurar a ação contra o empreiteiro. Só
que o empreiteiro tinha um subcontrato com um subempreiteiro, porque o subempreiteiro
tinha entre as suas áreas de especialidade, a eletricidade, a carpintaria, a canalização, foi isso
que foi subcontratado relativamente ao C.
Se de facto o B vier a ser condenado no âmbito desta ação, tendo o direito de regresso sobre o
C, porque não chamá-lo desde logo a este processo para o vincular também à decisão que vier
a ser proletada no âmbito deste processo. Acaba por ser âmbito do princípio da economia
processual, a que título é que vamos exigir ao B que ele instaure um processo contra o C, outro
processo qualquer, se de facto, ele poderá já vir chamá-lo a esse processo.
Tramitação
Artigo 322º/1, aqui o chamamento deve ser deduzido pelo réu na contestação, se não houver
oferecimento da contestação, deve ser apresentado no prazo disponível para oferecimento da
contestação.
Artigo 323º/1, o terceiro é citado correndo novamente, a seu favor, o prazo para contestar e
passando a beneficiar do estatuto de assistente aplicando as necessárias adaptações.
Artigo 324º, passados 60 dias sobre a data em que foi inicialmente deduzido um incidente sem
que se mostrem realizadas todas as citações a que este haja dado lugar, pode o autor requerer
o prosseguimento da causa principal após o termo do prazo que os réus já efetivamente
citados beneficiaram para contestar.
Por vezes este incidente era utilizado para protelar no tempo a decisão definitiva, e por vezes
chamava-se a intervir no processo, entidades, em que existia uma determinada dificuldade ao
nível da citação.
Ex: Um senhor decidiu exorbitar dos poderes que tinha enquanto procurador de um
determinado indivíduo, os herdeiros desse indivíduo, que faleceu, quando descobriram que o
procurador se havia apropriado de todo o montante que compunha a herança, decidiram
instaurar uma ação contra o procurador que havia abusado dos seus poderes de
representação, só que o procurador veio dizer que já não tinha todo o dinheiro que recebeu,
dizia também que havia uma última vontade do falecido de o privilegiar a ele e aos seus filhos.
Porque havia doado uma série de montantes a uma série de associações (portuguesas mas
outras brasileiras e africanas), porque com esta estratégia era possível que o processo
estivesse parado durante uma série de tempo, porque enquanto não se conduzisse promover
a citação dessas entidades, o processo ia estar parado. Em Portugal é fácil fazer uma citação,
mas fazer uma citação no estrangeiro (agravando o facto de não pertencerem à UE, pode fazer
surgir vários problemas. No caso em concreto, o processo esteve parado apenas 3 meses,
porque findos os três meses, fruto do artigo 324°, o processo continua a sua tramitação.
Artigo 325°/1 - Sempre que nos termos da respetiva lei orgânica, o ministério público deva
intervir acessoriamente na causa, é lhe oficiosamente notificada a pendência da ação, logo que
a instância se considere iniciado.
Remissão para o artigo 10°/1 do Estatuto do ministério público que refere em que
circunstâncias é que o ministério público deve intervir acessoriamente, designadamente
quando não devendo ser parte principal na causa, sejam interessados nessa mesma causa, as
regiões autónomas, as autarquias locais, outras pessoas coletivas públicas, pessoas coletivas
de utilidade pública, incapazes e ausentes ou então, quando a ação vise a realização de
interesses coletivos ou difusos.
Intervenção principal
Aqui o terceiro, não tem a única pretensão de auxiliar uma das partes primitivas, tem outra
pretensão que é fazer valer um direito próprio, mas é um direito paralelo com o do autor e
com o do réu, não é um direito incompatível, não é uma situação subjetiva incompatível, se
tivermos direitos incompatíveis teremos a oposição e não a intervenção.
Esta intervenção principal espontânea tem cariz litisconsórcial, retira-se da parte final do artigo
311° (remissão - 32º-33º-34º artigos que dizem respeito ao litisconsórcio - legitimidade
processual plural, pluralidade das partes, única relação material controvertida - a coligação
está afastada)
Nos termos do artigo 312º o interveniente principal vai fazer valer o seu direito próprio
paralelo ao do autor e do réu, apresentado o seu próprio articulado ou aderindo aos
apresentados pela parte que se associa.
Há duas formas de o fazer: ou por intermédio de mera adesão (313°), ou por articulado próprio
(314º), tendo a partes primitivas o direito de responder a esta intervenção (315º/1)
Ex: A sofre um acidente de aviação causado por B, os danos são de tal forma elevados, que a
ação deveria ter sido instaurada não só contra a companhia seguradora que vai arcar com o
pagamento da indemnização até ao limite que está assegurado, no caso em concreto, mas no
que diz respeito à parte que excede esse limite do seguro, devia ter sido instaurado contra o
próprio causador do acidente.
Como posso fazer intervir o terceiro neste processo? Através do incidente da intervenção
principal provocada, onde o terceiro vai fazer valer um direito que lhe é próprio paralelo ao do
réu, neste caso em concreto.
Artigo 320º, segundo o qual a sentença que vier a ser proferida sobre o mérito da causa
aprecia a relação jurídica que seja titular o chamado intervindo constituído contra ele, caso
julgado.
Oposição
Quando é que podemos lançar mão desta oposição espontânea? (333°/1) - Estando pendente
uma causa entre duas ou mais pessoas, pode um terceiro intervir nela como opoente para
fazer valer, no confronto de ambas as partes, um direito próprio total ou parcialmente
incompatível com a pretensão deduzida pelo autor ou pelo reconvinte.
Réu com intenção de cumprir voluntariamente com aquilo que lhe está a ser pedido pelo
autor, só o réu tem uma dúvida, se de facto quem pode fazer valer essa pretensão é, de facto,
o autor ou se é outro senhor que reclama ser ele o titular desse direito, o terceiro.
Na prática, o réu vai chamar esse terceiro para o processo, o réu quer ser condenado a pagar
aquela prestação, só que quer que o tribunal lhe diga se o deve fazer ao autor, ou ao terceiro.
O artigo 342°/1 diz-nos que podemos ter esta oposição mediante embargos de terceiro
quando tivermos uma penhora ou um ato que seja judicialmente ordenado de apreensão ou
de entrega de bens, e esse ato ofender a posse ou qualquer direito incompatível com a
realização no âmbito da diligência, nesse caso em concreto, o lesado vai poder deduzir
embargos de terceiro.
No artigo 344°/2, diz-nos que existe um prazo dentro do qual têm que ser suscitados os
embargos de terceiro, prazo de 30 dias subsequentes àquele em que a diligência foi efetuada
ou então 30 dias contados da cognoscibilidade do ato ofensivo da posse.
São meios jurídicos processuais que servem para cautelar o efeito útil da ação principal. Estes
procedimentos servem para evitar que por conta da morosidade (que seja necessária ou não)
dos tribunais as pessoas não tenham acessos aos seus direitos.
Exemplo: se instaurar-mos uma ação no dia de hoje se o nosso cliente no dia hoje estiver cheio
de razão, apresenta-nos todos os meios de prova e sabemos que vamos ganhar aquela ação.
Mas somos surpreendidos pelo facto de a ação só ser julgada em 1º instância daqui por 1 ano
e meio, e só termos sentença daqui por 2 anos. E o nosso cliente diz-nos que sabe que o réu
naquele momento tem o dinheiro para lhe pagar e que daqui a dois anos pode não ter
património para me pagar, então nos aconselharíamos a lançar um procedimento cautelar
especificado de arresto, assim vamos conseguir apreender judicialmente os bens do réu, pois
temos um requisito essencial do arresto que é o receio/perda da garantia patrimonial do
crédito do nosso cliente.
A ação vai ter um desfecho, e por vezes pode ser favorável ao autor, só que se a decisão em
concreto, se a sentença não for exequível porque não existe dinheiro para a tornar exequível,
pois o réu/devedor não tem património.
A apreensão judicial dos bens eu vou falar da providência que se destina a impedir a ocultação
ou dissipação do bem eu vou falar por exemplo de um ato inicial de se destina a impedir que o
requerido venda um determinado bem, que se abstenha de praticar um certo ato, que lhe
imponha uma determinada conduta e tudo isto são providências cautelares, ou seja, aquilo
que na petição ou no requerimento se pede ao Tribunal, a chamada pretensão de direito
material é a providência cautelar e aquilo que o tribunal decreta é a providencia cautelar.
Na prática, temos sempre em cada procedimento cautelar, uma providência cautelar
associada, que vai ser pedida pelo referendo e que pode ou não ser diferida ou decretada pelo
tribunal, pois para isso é preciso termos a verificação dos requisitos ou dos pressupostos para
a emissão.
Isto significa que o procedimento cautelar por si não vai ter qualquer pretensão em
decidir aquela questão, porque a decisão daquela questão, tem obrigatoriamente de
ser feita no âmbito de uma ação principal, da qual ele vai depender. Na prática vocês
só têm aqui um mecanismo jurídico processual, que de uma forma provisória (que é
outra das características) vai permitir tutelar aquela situação que fica à espera de
tutela definitiva da ação. E quando essa tutela definitiva da ação surge, o
procedimento estende-se porque ele estava dependente da ação, é nisto que consiste
a falta de autonomia. Portanto o procedimento cautelar está sempre dependente de
uma ação.
Essa ação pode já estar proposta ou pode ter que ser proposta, e aqui vocês temos
um outro aspeto importante na tutela cautelar, que é o facto de um procedimento
cautelar poder ser instaurado como preliminar ou como um incidente. Isto significa
que, se o procedimento cautelar for instaurado antes de ação principal da qual ele
depende estar instaurado, ele é preliminar dela. Mas se o procedimento cautelar é
instaurado na mesma altura em que a ação está a ser instaurada, ou já depois da ação
ter sido instaurada, ele é coincidente dela, isto está no artigo 364º/1 CPC
Este artigo diz-nos que o procedimento cautelar pode ser instaurado como preliminar
ou como incidente na ação, e ainda nos dá outra resposta, que é saber se eu posso ou
não requerer um procedimento cautelar no âmbito de uma ação executiva, e o
legislador diz que sim, na parte final deste artigo.
Uns dizem que apenas podemos requer um procedimento cautelar no âmbito de uma
ação declarativa, mas o legislador é mais abrangente, e diz que mesmo numa ação
executiva pode justificar-se a tutela cautelar.
Ex: No âmbito de uma ação executiva, é onde eu vou conseguir a penhora de um bem,
antes dessa penhora ser decretada haja necessidade de apreender o bem.
Celeridade: o procedimento cautelar deve correr de uma forma rápida, e por isso ele
implica as chamadas “summaria cognitio” - traduzido à letra é uma cognição sumária,
que implica o facto de o tribunal, não carecer de uma prova segura, relativamente ao
direito que está a ser invocado por parte do requerente. Não carece dessa prova
segura, porque a prova segura só vai ser feita no âmbito da ação principal da qual o
procedimento cautelar remete. Então no âmbito do procedimento cautelar, ele não
tem de estar preocupado com a segurança, com a certeza, eu tenho de estar
preocupado apenas com a chamada probabilidade. E é por isto dos procedimentos
cautelares assentam sobre meros juízos de probabilidade.
No artigo 362º/1 não há só necessidade de haver uma lesão para que haja a emissão
de uma providência cautelar, é preciso que estejamos perante uma lesão:
Atual: a lesão tem que ser atual tem que estar a acontecer no preciso
momento em que eu estou a dar entrada de um requerimento e em que o
tribunal está a fazer audiência final e em que vai decretar a providência a lesão
tem que estar a acontecer naquele momento.
Grave e dificilmente reparável: se lesão for grave mas de fácil reparação ou se
for de gravidade reduzida e dificilmente reparável, não vai ser decretada a
providência cautelar, temos que ter a atualidade da lesão a gravidade a
dificuldade a nível da sua reparação.
O procedimento cautelar com estes 2 ainda tem mais 3 mas estes são o mínimo
denominador comum relativamente a todos os procedimentos cautelares. perigosa
Porque é que temos uma figura no nosso ordenamento processo civil, no nosso ordenamento
jurídico processual civil, que se define como procedimento cautelar comum é que já foi
designado também como providências cautelares não especificadas.
Na prática, quer uma designação quer outra designação, faz com que possamos retirar uma
conclusão, fazendo apelo ao princípio da legalidade das formas processuais, sempre que temos
uma tramitação prevista expressamente lei para uma determinada forma processual, é a
tramitação que se deve observar, aquela forma processual especial está pensada para uma
pretensão em concreto
Ora, no caso dos procedimentos cautelares, acontece a mesma coisa, é impossível o legislador
abarcar, ao nível da tutela cautelar especificada, todas as situações.
O legislador cria uma figura que funcionava a nível subsidiário, a nível residual, relativamente a
essas outras figuras especificadas.
Na prática, é uma figura que visa abarcar todas aquelas situações que não estão
expressamente previstas por qualquer um dos procedimentos cautelares especificados que se
encontram previstos, não só no CPC, como também pode acontecer em legislação avulsa.
Na prática, não podemos ter a preocupação de ter uma certeza absoluta (segurança
inequívoca) relativamente à existência do direito, essa certeza relativamente à existência do
direito, só irá muito naturalmente surgir no âmbito da ação principal que irá ser instaurada.
No procedimento cautelar, sendo ele, uma figura célere, com estrutura simplificada, não
poderíamos ter a pretensão de ter já um juízo de segurança absoluta quanto à existência do
direito, basta apenas com um juízo de probabilidade, só que o legislador não o fez de ânimo
leve, acresce à probabilidade a expressão “séria”, porque também não nos podemos apenas
bastar com a probabilidade simples, ou mera probabilidade da existência do direito, o
legislador diz que temos que estar num meio termo relativamente a essa existência do direito
(não podemos ter a certeza absoluta, mas também não podemos ter aqui, uma mera
probabilidade)
Periculum in mora (368º/1 2.ª parte - 362°/1) - perigo da demora da decisão judicial
Na prática, é preciso demonstrar ao tribunal, que a demora da prolação da decisão final, vai ter
determinadas consequências para o requerente.
O requerente vai ter que sofrer aqui uma determinada lesão (dano) para que o procedimento
possa ser decretado, é preciso que ele sofra algo específico, que é uma lesão grave e
dificilmente reparável. Ex: Se temos uma lesão grave mas que seja de fácil reparação não está
verificado este requisito, e se tivermos uma lesão que seja de difícil reparação mas que tenha
uma gravidade reduzida, também não está verificado este requisito). Na prática, temos que ter
uma cumulação relativamente a essa gravidade e a essa dificuldade na reparação.
Também temos que ter a atualidade da lesão, os procedimentos cautelares não se destinam a
ressarcir ou a tutelar situações passadas, porque relativamente às situações passadas, o que
devemos fazer é instaurar ações onde se visa o ressarcimento dessa lesão, na prática, através
da indemnização. A lesão tem que estar a acontecer naquele preciso momento em que o
requerente do procedimento cautelar está a recorrer ao tribunal.
Adequação (362°/1)
Na prática, nos procedimentos cautelares, tal e qual no que sucede no âmbito das ações,
temos sempre que culminar as peças processuais que vão trazer esses mecanismos para o
processo, para o tribunal através do chamado pedido.
Termina sempre uma peça, quer seja a ação inicial, quer seja o requerimento inicial, termina
sempre com uma parte em que quem tenha legitimidade processual ativa, vai dirigir ao
tribunal uma pretensão em concreto.
Também aqui, no âmbito do procedimento cautelar comum, é preciso na parte final da petição
ou do requerimento inicial dirigir essa pretensão ao tribunal, é preciso dizer expressamente o
que se pretende obter com esse procedimento cautelar em concreto, ou seja, qual é a
providência cautelar que naquela situação se vai justificar. Ex: Uma determinada revista, que
amanhã vai para as bancas, vai trazer uma notícia que possa ser ofensiva do meu bom nome,
da minha honra e da minha reputação, eu posso recorrer imediatamente ao tribunal, lançar
mão de um procedimento cautelar comum, e pedir ao tribunal que adote uma determinada
postura, que intime a entidade dona dessa revista, a abster-se ou da publicação da notícia em
concreta, ou então de colocar a revista nas bancas, na prática, esta é a providência adequada
àquele caso em concreto.
Quando falamos da adequação, estamos a tentar direcionar para o caso que estamos a
combater, direcionaras aquele pedido. Não podemos ter pedidos genéricos, no sentido de Ex:
solicita-se ao tribunal que decrete a providência adequada a esta situação. - É preciso dizer
concretamente, para aquela situação, o que é que o requerente sente que é verdadeiramente
adequado e aquilo que os tribunal tem de facto que condenar ou não.
Nunca houve preocupação a nível do processo civil, no que diz respeito à destrinça entre as
providências antecipatórias e conservatórias, na prática, eram tudo providências cautelares, e
portanto, o facto de estarmos a decidir manter, conservar, congelar uma determinada situação
até haver a decisão definitiva na decisão principal, ou então, já no âmbito da tutela cautelar,
estarmos a antecipar determinados efeitos para essa tutela cautelar, nunca gerou grandes
problemas, até que em 2013 tivemos a introdução dos artigos 369° e 371° - a introdução da
inversão do contencioso - porque é que passou a ser relevante a destrinça entre o que são
providências cautelares antecipatórias e conservatórias? Porque a inversão do contencioso, só
está pensada para as providências de natureza antecipatória, tudo aquilo que se considere que
seja uma providência conservatória, em princípio, não vai comportar a inversão do
contencioso.
Proporcionalidade (368°/2)
Temos que fazer um juízo de comparação entre o prejuízo que se quer evitar para o
requerente e o dano que se pode infligir ao requerido.
Na prática, estabelece-se que o prejuízo que vai ser infligido ao requerido, pesa embora, possa
ser ligeiramente superior ao dano que se pretende evitar, não poderá ser consideravelmente
superior a esse danos.
Vamos de facto emitir essa providência cautelar, mas não podemos fazê-lo à conta do
requerido, a qualquer custo. É preciso também, ponderar os interesses do próprio requerido.
Não poderá houver a chamada desproporção considerável.
Subsidiariedade (362°/3 - 376°/1)
O procedimento cautelar comum só é aplicável se a situação que ele visa tutelar, não estiver
especialmente prevista num dos procedimentos cautelares especificados previstos nos artigos
377º e ss. Também é uma manifestação do princípio da legalidade das formas processuais.
Se não há uma previsão especifica para aquela situação nos procedimentos cautelares
específicos vamos utilizar o procedimento cautelar comum.
1º lugar – Não só em relação ao processo cautelar comum mas a todos os demais processos
cautelares estamos perante processos de natureza urgente.
Normalmente quando se fala em processos de natureza urgente, há logo uma coisa que se
pensa: facto dos processos correrem em férias judiciais, portanto a sua tramitação não é
afetada pelas férias judiciais. Contudo, via de regra quando nos chegamos às férias judicias há
uma suspensão a nível dos casos, os prazos são contínuos, só se suspendendo durante as férias
judiciais, só que relativamente aos processos urgentes ou de natureza urgente isto não
acontece, os prazos não se suspendem sequer em férias.
Lei da organização do sistema judiciário(LOSJ)– 28º onde estão previstas as férias judiciais,
estas estão repartidas em 3 períodos: 22 de dezembro ao dia 3 de janeiro - natal; domingo de
ramos à segunda feira de Páscoa; 16 de julho a 31 de agosto
Num processo normal qualquer prazo que esteja em curso suspende, chega a esta período e
suspende. - Suspensão (30 dias em que já decorreram 25, e entretanto entramos no período
de férias, no período de pós ferias contamos a partir do dia 26) e interrupção (retomamos a
contagem do prazo desde a estaca zero, se tivermos um prazo de 30 dias quando essa
interrupção parar iniciamos a contagem do prazo dia 1).
Artigo 363 nº1 - carácter urgente e o facto de por esse motivo nos termos uma suspensão
relativamente à contagem dos prazos. No nº2 diz que devem estar decididos no prazo máximo
de 2 meses ou se o requerido não tiver sido citado de 15 dias.
Quando é requerido no decurso da ação - nº3 o procedimento vai ser instaurado no tribunal
onde corre a ação, e vai ser processado para apenso á mesma a não ser que esteja pendente
de recurso, se assim for só quando os atos descerem do tribunal da relação para a instância é
que vai haver essa apensação.
Aplicabilidade ao procedimento cautelar comum e aos demais do que está disposto no artigo
293º a 295º - é aplicável aos procedimento cautelares como também era nos incidentes da
instancia, por exemplo no que diz respeito à limitação dos meios de prova.
Princípio do contraditório
“sim ou não” naturalmente sim, todos os meios jurídicos processuais têm de ter em
observância do princípio contraditório, a questão que se coloca é saber se esse contraditório
deve acontecer previamente ao decretamento da providência ou se só deve acontecer
posteriormente ao decretamento da providência. A regra no caso do procedimento cautelar
comum é que haja observância do contraditório, porém pode justificar-se e o referente nessa
circunstância deve pedir ao tribunal que haja o decretamento da providência antes de ser
ouvido o requerido, sob pena de frustrar o efeito que se pretende obter com a providencia do
procedimento cautelar. As coisas funcionam de modo diverso por exemplo no que toca ao
procedimento cautelar especificado de arresto porque nesse caso em concreto á sempre o
decretamento da providencia antes do contraditório do requerido.
Conceito citação e notificação: na prática é uma notificação mas só ocorre uma vez no
processo, se por exemplo temos um procedimento cautelar que vai ser requerido
preliminarmente relativamente à ação, vamos ter uma citação do requerido, mas, por
exemplo, se o procedimento cautelar estiver a ser requerido incidentalmente, já não há uma
citação mas sim uma notificação porque o requerido já foi citado no âmbito da ação principal
no âmbito do procedimento cautelar – pode ser transposto para o contraditório prévio ou não,
tudo está em saber se já ouve ou não a notificação do requerido no âmbito da ação principal. –
citação por só ocorrer uma vez no processo não vai ser repetida, e portanto se acontecer na
decisão principal não vai acontecer no âmbito de um procedimento cautelar.
Artigo 367º - Audiência final do procedimento cautelar comum. nº2 estabelece regra diversa
relativamente a uma regra que já esteve presente no nosso CPC – facto de a falta de qualquer
das pessoas que estejam convocada para comparecer na audiência mão determinar o
adiamento da mesmo, só numa circunstância especifica é que poderá de facto ocorrer no caso
em concreto não o adiamento mas sim a suspensão desta.
Artigo 363 nº1 alínea a) vai permitir fazer a ponte para a inversão do contencioso - já várias
oportunidades de dizer que PC depende de uma ação principal já proposta ou a propor,
quando temos uma ação a propor é preciso ter consciência que a providencia cautelar tem
sido decretada vai poder caducar se a ação principal da qual ela pede e o procedimento na
qual foi emitida também depende. – se essa ação não for instaurada dentro de um
determinado limite.
Só que nos termos da parte inicial do 373 nº1 o legislador teve o cuidado de referir sem
prejuízo do disposto do artigo 369 – sem prejuízo da inversão do contencioso. Introduzida em
2013 antes não havia a figura apenas no âmbito do CPC - porque noutras situações diplomas
nos temos similares – não era a mesa figura mas eram situações similares.
Só que nos termos da parte inicial do 373 nº1 o legislador teve o cuidado de referir sem
prejuízo do disposto do artigo 369 – sem prejuízo da inversão do contencioso. Introduzida em
2013 antes não havia a figura apenas no âmbito do CPC - porque noutras situações diplomas
nos temos similares – não era a mesa figura mas eram situações similares.
No CPA – permite a antecipação do juízo definitivo da causa principal para os autos cautelares,
tínhamos também o regime processual de natureza experimental, entretanto foi revogado
art.16º.
Só que o legislador CPC não quis fazer o mesmo que os congénitos do CPTA, RPCIVIL de
natureza experimental. Porque ao invés de permitir a antecipação do juízo definitivo, para a
tutela cautelar e procedimento cautelar, o legislador decidiu dispensar o requente do ónus
(sobre si recai a instauração da ação principal) e ter transferido esse ónus para o requerido que
se quiser colocar em causa o que é dito pelo tribunal, vai instaurar ele a ação a impugnar a
existência do direito acautelado. – artigo 369º CPC.
• 1º - É preciso haver um requerimento da inversão do contencioso, o mesmo vai ser feito pelo
requerente do procedimento cautelar, o requerido não tem interesse em fazê-lo. Este
requerimento é feito por quem tem legitimidade ativa no âmbito do procedimento cautelar.
Quem é que pode requerer um procedimento cautelar comum ou especificado? O réu poderá
fazê-lo? Se o pode fazer em que situação concreta?
Normalmente ao nível legitimidade ativa ou seja, aos autores, o réu não pode a não ser que
estejamos numa reconvenção à réu\reconvinte (por parte do reconvinte)
Exclusão de partes não podemos ter a inversão do contencioso decretada pelo Juiz, o juiz não
pode fazê-lo de mote próprio, a lei obriga que tem de haver um requerimento da parte.
• 2º - Ordem temporal, esta figura tem de ser requerida até ao final da Audiência final – 369
nº2 – ou seja, não pode ser requerida depois de encerrada a audiência final ainda que
estejamos no prazo da prolação da decisão do procedimento cautelar.
A ideia que subjaz à inversão do contencioso é que o juiz ao ser confrontado com o
requerimento e considera que os requisitos estão verificados, se já tem acessibilidade num
procedimento cautelar decidir a questão que iria ser só decidida à posteriori no âmbito da
ação principal então ele pode na prática decidir essa questão no âmbito do procedimento
cautelar. não é antecipação porque pode acontecer que o procedimento não seja a decisão
definitiva para a decisão em concreto, porque o juiz e o requerente acabam por estar sujeitos
ao facto de nos termos do 371º o requerido decidir ele instaurar uma ação a impugnar a
existência do direito acautelar. E portanto não serviu como meio de tutela definitiva.
E portanto o juiz acaba por estar dependente de um requerido instaurar a ação a impugnar a
exista do direito a cautelar. – o tribunal não consegue controlar.
Se o requerido não instaurar a ação passamos a ter a decisão definitiva num procedimento
cautelar.
Nota á parte: Quem é que pode requere um procedimento cautelar comum ou especificado?
Normalmente os procedimentos cautelares têm ao nível da legitimidade ativa, a legitimidade
conferida aos autores. Portanto o réu, não pode requer um procedimento cautelar a não ser
que estejamos perante um réu/reconvinte, ou seja, o réu que deduz uma pretensão autónoma
contra o autor, se de facto houver uma dedução de uma convenção, nos podemos ter o
requerimento de um procedimento cautelar por parte do reconvinte. A legitimidade ativa está
sempre atribuída ao autor e reconvinte.
Os artigo 736 a 739 CPC por quanto estes artigos estabelecem regras – à impenhorabilidade
total ou parcial aos bens que são relativamente penhoráveis e portanto devemos interpretar
para o procedimento cautelar especificado de arresto.
Artigo 395º estabelece uma regra suplementar relativamente ao direito 373º CPC.
O arresto fica sem efeito não só nas situações previstas no termos do 373º mas também no
que é previsto nos termos do artigo 395º CPC.
Em que circunstância vamos requerer um arrolamento? Nº1 do 403 É CLARO ao dizer que em
caso de haver um justo receito, extravio, móveis ou imóveis …
Artigo 409º - nos casos onde é vulgar é no caso de separação e bens ou ações de divórcio,
quando obviamente o casal está desavindo tem a facilidade de ocultar os bens o outro tem de
ter um mecanismo para que isso não suceda, na prática o outro membro do casal vai aqui
colocar a dita listagem para que quando se iniciar o processo de inventário possamos ter a
listagem a servir para efeitos de inclusão do bem no património comum.
É vulgar acontecer nas contas bancárias, é possível fazê-lo e o efeito é diferente ao do bem
imóvel, no caso do bem imóvel vai-se descrever o bem e deposita-lo mas no caso de uma
conta bancária funciona num modo ligeiramente diverso: efeito congelamento da mesma, a
partir do momento que a conta bancária está arrolada nenhum titular pode mexer no dinheiro.
Exemplo: um conta com 50 mil euros e o portador dos mesmos quer utilizar os 25 mil euros,
acontece que os 25 mil dos 50 só vão estar acessíveis no final da ação principal do qual
depende o procedimento cautelar – que por vezes demora anos.
Violência
Estabelecermos aqui a divisão no artigos 397 nº1 e 2, podemos ter o embargo de obra nova
judicial ou extrajudicial. No nº1 nos termos do judicial, e no nº2 diz respeito ao embargo de
obra nova extrajudicial.
No termos do nº1 temos 2 aspetos: prazo de 30 dias para se requerer o embargo de obra
nova, por outro lado não nos devemos iludir relativamente à designação (embargo de obra
nova) quer a expressão de “serviço novo” estão incluídos aqueles que se pode considerar
como novo, temos como exemplo a edificação ex novo como também os trabalhos que
impliquem restauro, remodelação, etc.
Quando ao extra judicial nº2 à pode acontecer que não haja sequer tempo de recorrer ao
tribunal, e portanto tinha de ser conferido ao interessado de uma forma mais ser célere vir
embargar esses tais serviços que são passíveis de causa um prejuízo irreparável ao interessado,
neste caso o que ele irá fazer é fazer o embargo através de uma notificação verbal perante
duas testemunhas ao dono da obra ou então na falta do dono, ao encarregado ou a quem o
tiver a substituir no sentido de não haver continuação da obra, claro que isto obriga que
tenhamos a ratificação à posteriori deste embargo judicial – Nº3 397º CPC.
Ou seja a possibilidade de ainda que a obra esteja embargada se autorize a sua continuação
desde que o embargado o requeira e quando se reconheça que através da demolição se
consiga restituir o embargante ao status ?
Nota para o artigo 383º CPC: Muitas vezes se diz nas assembleias de condóminos alegam que
foi tomada uma deliberação contrária e questionam o que é que os senhores condóminos
podem fazer, aqui têm a possibilidade de lançar mão deste procedimento cautelar
especificado da suspensão de deliberações sociais.
✓ Alimentos provisórios: artigos 2003 e seguintes do Código Civil. (quando surge, quem tem
obrigação etc) complementar o artigo 384º do CPC.
Sempre que tenhamos necessidade de uma ação de alimentos podemos ter a preocupação de
enquanto não forem fixados esses alimentos nos termos acesso a uma ação antecipadamente
desses alimentos provisórios.
388 nº1 e nº4 CPC– dependência de uma ação de indemnização fundada em morte ou lesão
corporal ou fundada em danos suscetível de pôr em causa o sustento do lesado.
Devem o seus nome ADR. É vulgar, no âmbito dos sistemas anglo-saxónicos que estão num
patamar superior aos sistemas continentais, fazer escapar determinadas matérias e
abordagens dos tribunais judicias ou comuns. E dessa medida temos entre nós esses sistemas
de resolução alternativa, quando falamos destes sistemas há sobretudo 4 sistemas a
equacionar:
1. Sistema da conciliação
2. Sistema da mediação
3. Sistema da arbitragem
4. Julgados de paz
1- Sistemas de conciliação
Devemos de estabelecer uma distinção entre a chamada conciliação jurisdicional e a
conciliação não jurisdicional, obviamente que de um modo intuitivo ao falarmos da conciliação
jurisdicional pensamos logo na que se obtém com o auxílio do tribunal quer do magistrado
judicial.
O processo civil também tem algumas marcas desta conciliação, designadamente: no âmbito
da audiência prévia: 591 nº1 a) CPC. Na segunda fase do processo comum de declaração temos
a gestão inicial do processo e audiência prévia (prever a audiência final) na prática tem aqui
um objetivo que é preparar essa audiência, sempre que o juiz convoca para uma audiência
prévia deve dar conta as partes qual é o objeto dessa mesma audiência na prática deve dizer
quais são os fins que serão levado a cabo.
O primeiro mais vulgar é sempre a conciliação das partes todavia, não é possível uma
conciliação de algo quando estão em causa direitos que não estão na livre disponibilidade das
partes – temos de estar perante direitos disponíveis, se estivermos perante direitos
indisponíveis não podemos ter essa conciliação.
A par deste artigo 591 nº1 a) remete para o 594 o mesmo ainda possibilita uma tentativa de
reconciliação para alem desta que deve lugar na audiência prévia, se o juiz convocar as partes
para mais do que um dos fins previstos no 591 nº1 a) não temos a convocação das partes
exclusivamente para fins conciliatórios. Lendo em conformidade os dois artigos, se o juiz
considerar que as partes ficaram a uma distância mínima da conciliação ainda as poderá voltar
a convocar.
Na conciliação não jurisdicional não tem lugar na esfera de um tribunal judicial e por outro
lado também não tem lugar sobre a égide de um magistrado judicial, poderá ter lugar sobre a
égide de um outro magistrado que não judicial mas sim um magistrado do MP.
Não está previsto no Processo civil mas acaba por ir ao encontro desta resolução alternativa de
litígio nesta conciliação do MP. No âmbito do processo laboral há a possibilidade de o MP
assegurar o patrocínio dos trabalhadores e quando isso acontece, quando o trabalhador vê os
seus direitos a serem violados e que não tem possibilidade de contratar um advogado e
também não tem confiança dos advogados que fazem o apoio judiciário ou que integram o
regime de acesso aos tribunais, esse senhor trabalhador pode dirigir-se aos serviços do MP
junto do juízo do trabalho e solicitar o patrocínio ao procurador. Aquilo que irá acontecer É
que a entidade empregadora será chamada para tentar que as partes cheguem acordo, só na
mera preposição das partes não se conciliarem é que o MP assume o patrocínio instaura a
ação judicial no tribunal de trabalho, ou melhor dito, no juízo de trabalho.
Outro exemplo, de conciliação não jurisdicional, que pode ser utilizado é a conciliação com
recurso á autoridade das condições de trabalho, ou seja, no âmbito de uma fiscalização a uma
determinada empresa a propósito de um assunto diverso é lhe relatado um determinado litígio
ou desavença entre as partes pode assumir o papel de conciliação entre as partes.
2. Mediação
Diploma legal: lei 29\2013 de 19 de abril
Também aqui se pode fazer uma divisão entre a mediação pré judicial e a mediação pós
judicial. A primeira é aquela que é solicitada antes mesmo de se ter instaurado uma ação
judicial, enquanto que a segunda pode ser aquela para que as partes são remetidas depois de
já ter sido instaurada uma ação judicial. Relativamente a esta mediação pós judicial é
importante fazer referência ao artigo 273 CPC que estabelece as regras da pós judicial,
designadamente a da suspensão da instância: o processo que está no tribunal está suspenso se
se surtir efeito desta mediação obviamente que o processo deixa de ter razão de existir,
partindo do princípio que não é possível as partes chegarem acordo no âmbito dessa mediação
a instância deixa de estar suspensa e o processo prosseguirá os seus termos.
Também da própria designação do regime jurídico temos uma referência à mediação pública o
que significa que o estado através da direção geral da justiça disponibiliza às partes
determinados sistemas de mediação pública designadamente o sistema de mediação familiar,
laboral e penal. – 3 sistemas de mediação pública no âmbito do nosso ordenamento jurídico.
3. Arbitragem
Lei da arbitragem voluntária: 63\2011 de 14 de dezembro.
Quando temos uma arbitragem institucionalizada temos aquilo que se designa por centros de
arbitragem pelos tribunais arbitrais que já estão constituídos no âmbito de determinadas
instituições, quando temos a arbitragem ad hoc temos a formação de um tribunal arbitral para
decidir uma determinada situação em concreto, exemplo: um determinado litígio entre o
estado e uma construtora no âmbito de um contrato de empreitada de muito milhões de
euros e se as partes contratantes não têm qualquer interesse em submeter ao tribunal e que
se pode arrastar durantes anos, pode estabelecer um tribunal arbitral para aquele caso em
concreto.
Estes são pagos a preços de ouro – pode ser uma arbitragem colegial (normalmente são 3) ou
apenas 1.
4. Julgados de paz
Lei: 78\2001 de 13 de julho
a) Ações que se destinem a efetivar o cumprimento de obrigações, com exceção das que
tenham por objeto o cumprimento de obrigação pecuniária e digam respeito a um contrato de
adesão; tal como por exemplo o DL referente às injunções (DL 269\98)
Pressupostos processuais
O que são?
Começamos pelos pressupostos processuais que diz respeito ao tribunal e não às partes.
Há uma concessão clássica que nos diz que os pressupostos processuais são todos aqueles
elementos de que depende um dever do juiz se pronunciar quanto ao mérito da ação, isto
significa que para, que as partes tenham por parte do tribunal a apreciação da pretensão que
elas levaram a tribunal é preciso que todos os pressupostos estejam verificados\preenchidos. –
os elementos de cariz processual de cariz formal que sem estarem devidamente preenchidos
não permitem que o tribunal aprofunde o mérito da causa.
Importa dizer que todos os pressupostos são positivos, ou seja, têm de estar presentes para
que o tribunal se possa pronunciar quanto ao fundo da questão quanto ao mérito da causa,
porém existem os pressupostos negativos, ou sejam, não ocorrem sob pena de não conseguir
apreciar o mérito da ação.
Negativos à alusão à litispendência (artigo 580 e 581 por via destes chegamos à conclusão que
há a repetição de uma causa, e estando a outra ainda pendente estamos perante a
litispendência, ou então já foi julgada- temos o caso julgado – repetição de uma causa) e ao
compromisso arbitral (temática relacionada com a resolução de litígios, as partes quererem
retirar a competência relativamente à apreciação de uma causa dos tribunais judiciais e
querem atribuir a um tribunal arbitral, - direitos negativos).
APRECIAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Só um vai ter competência para apreciação da ação em concreto, de entre as centenas que
existem temos de fazer uso do pressuposto processual da competência. -“Qual é o tribunal
competente para apreciação?”
Se não tenho elemento de conexão com a ordem jurídica estrangeira só irei fazer ao nível do
interno.
Só quando tivermos estes 4 critérios dizer qual é o tribunal concretamente competente. – não
podemos saltar um destes critérios.
Aos elementos de conexão com uma ordem estrangeira que tal igual como Portugal pertence à
união europeia. - quando estamos fora da união europeia continuamos a ter um problema de
competência internacional, claro está que não vamos aplicar os mesmo diplomas que
aplicamos quando estamos perante países da união europeia.
A par do sistema legal (artigos 62 e 63 – regras a nível do regime legal) temos um outro
regime: regime convencional sobretudo pelo facto de ter 1968 com a convenção de Bruxelas,
20 anos depois identificado o facto de poderem existem competência jurídicas com outros
países que não pertenciam à CEE e pertenciam à EFA, nós passamos a ter uma outra
convenção .. chegamos à conclusão que através de instrumento internacional publicar o
regulamento e passamos a ter o regulamento 44\2001 e depois deste passamos a ter o
1215\2012 que é o regulamento Bruxelas 1bis, enquanto o outro é apenas regulamento de
Bruxelas.
Regime legal: desde logo perceber que nós temos a competência internacional dos tribunais
portugueses se tivermos a verificação de 1 dos 3 princípios identificados no artigo 62 a) b) c):
Porque se for a um dos critérios em razão do território 71 n2 constatamos à lugar onde o facto
ocorreu em território português por via da alínea a) e da remissão do nº2 do artigo 71 tenho a
competência dos tribunais portugueses.
✓ Alínea b) artigo 62 causa de pedir simples e complexa e o legislador diz nos que no âmbito
de uma causa simples ou complexa basta que um dos factos tenham ocorrido no território
português, para termos a competência dos nosso territórios – Princípio da causalidade – a
causa de pedir diz respeito à factualidade que escora a pretensão do autor, enquanto a
pretensão na prática é o pedido dirigido ao tribunal, portanto se qualquer dos factos tiver
alegar no âmbito da petição tiver ocorrido no território português também posso ter a
competência dos tribunais portugueses.
✓ Alínea c) princípio ou critério da necessidade - ocorre quando nenhum ordenamento
jurídico se mostra competente para a pretensão em concreto ou para ação em concreto, se
nenhum deles manifesta interesse na manifestação daquela ação então os tribunais podem ser
internacionalmente competentes.
Não temos pretensão de saber qual é o tribunal português concretamente competente para
esta ação aqui visa-se atribuir ao tribunais portugueses entendidos no seu conjunto. A única
coisa que temos de fazer no final da competência internacional é dizer que os tribunais
portugueses são competentes, porque depois de chegar a essa conclusão, para sabermos qual
tribunal é competente para aquela ação não ira ser um problema de competência
internacional mas sim de competência interna, não importa estar a dizer que no recuso ao
artigo 71 nº2 é o lugar onde o facto ocorreu. Por exemplo, se o lugar onde ocorreu foi Santo
Tirso, então será o juízo local civil de Santo Tirso, isto não é um problema internacional,
pertencendo Santo tirso à jurisdição portuguesa, então não é um problema internacional ao
nível da competência interna irá atribuir competência daquele civil.- regime legal.
Regime convencional
✓ Artigo 59º remissão para os regulamentos europeus – 1215\2012 12\12\12
Só vou usar este regulamente se tiver dois países que são aquilo que são aquilo que se designa
de estados-membros, em princípio só perante estes (da União Europeia) se não tiver um dos
países membros da união não aplicamos este regulamento.
✓ Artigo 5/nº1 – secções 2 a 7 do presente capítulo, só verificando uma situação que diz
respeitos às competências especiais (todos os artigo 10º e ss, 17º e ss, secção 5º…- inserido
nas competências ditas especiais) só não irei ter competência do tribunal do domicílio se todas
estas regras afastar a competência;
✓ Artigo 6 nº1 – foi uma das alterações introduzidas por este regulamento 1215\2012
relativamente ao regulamento 44 \2001 – PRETENDEU-SE estender a aplicação do
regulamento e da competência internacional de um estado membro quando estivermos
perante situações onde possamos ter aplicabilidade da competência de um estados terceiros,
ou seja, o regulamento 44\2001 em todo aquilo que dizia respeito à competência de um
estado que não era estado membro afastava a aplicabilidade do próprio regulamento –
continua nessa linha mas exceciona determinadas situações.
Designadamente:
Artigo 18º à matéria de contrato de consumo; matéria individual de trabalho, mesmo que
nesta matéria um determinado estado-membro não tenha competência, nos passamos por via
desta alteração da competência do estado-membro.
Competência interna
A primeira referência é a propósito dos tribunais Judiciais. – a LOST artigo 29 que
relativamente aos tribunais estabelece, os tribunais judiciais e os não judiciais. E depois temos
a categoria que podemos apelidar de tribunais especiais.
Os tribunais não judiciais são os tribunais administrativos e fiscais dentro dos especiais temos
o TC, tribunal de contas, tribunal militares, etc.
É óbvio que a nós o que nos interessa sobretudo e sobremaneira são os tribunais judiciais e
nessa medida é importante referir que nos termos do número 1 do artigo 40 da LOSJ, os
tribunais judicias têm competência para as causas que não sejam atribuídas a outra ordem
jurisdicional, na prática relativamente ás formas de processo comum e especial, ma pratica os
tribunais judiciais funcionam como tribunais comuns, sempre que não houver aqui a
competência atribuída a um tribunal não jurisdicional, ou especial somos reconduzidos para os
tribunais judicias, temos aqui digamos portanto o funcionamento como regra no âmbito da
nossa ordem jurisdicional.
O segundo aspeto relevante decorre desta feita do número 3 do artigo 29 LOSJ, tribunais de
primeira instancia, diz nos o legislador são os tribunais de comarca, pegando neste conceito de
comarca a nível da divisão judiciária está dividido em comarcas mais precisamente está
dividido em 23 comarcas, cada uma dessas comarcas está melhor discriminada no Anexo 2 à
LOSJ, confrontando veremos as seguintes comarcas: Açores, Aveiro, Beja, Castelo Branco,
Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Lisboa norte, Lisboa Oeste, Madeira, Portalegre,
Porto, Porto este, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo ,Vila Real, Viseu, têm aqui 23 comarcas.
Antes da LOSJ, mais precisamente na Lei domínio da lei de organização e funcionamento dos
tribunais judiciais ,mais precisamente no âmbito da chamada lei 3\99 tínhamos mais comarcas,
cerca de 300 comarcas, 308 mais precisamente. Isto aconteceu porque o nosso legislador
decidiu uma correspondência quase perfeita entre aquilo que se passava a nível da divisão
administrativa e o que se passava a nível da divisão judiciária e, portanto na prática os
conselhos em termos de organização administrativa correspondiam a uma comarca a nível
judicial, ora atualmente não é isso sucede, uma vez que nós tivemos um encurtamento
drástico do número dessas comarcas das tais 308 para as 23, que temos neste momento entre
nós.
A par deste anexo 2º, eu gostava desde já de referir o mapa 3º anexo ao Regime de
organização e funcionamento dos tribunais judiciais, porque vai ser com base neste mapa que
será possível detetar qual o tribunal concretamente competente, quando confrontado com
uma situação real ou com uma situação hipotética em termos de avaliação, só com base neste
mapa é que ficam a saber se numa determinada comarca, se num determinado local existe ou
não aquele tribunal que em princípio a competência em razão da matéria aponta.
Tribunais da relação
Normalmente os tribunais da relação estavam instituídos, estavam localizados no âmbito dos
chamados distritos judiciais.
Em relação ao tribunal de Faro pese embora nunca tenha sido verdadeiramente criado estava
apenas previsto atualmente tirando esse de Faro, nós temos 5 tribunais da relação:
Relativamente aos tribunais da relação existe aqui necessidade de fazermos apelo aos anexos,
mais concretamente ao anexo primeiro a lei 62\2013 que estabelece a competência de cada
um destes tribunais da relação no que diz respeito às comarcas.
Exemplo: Tribunal da relação do Porto que a nível da sua competência exerce a mesma sobre
as comarcas de: Aveiro, do Porto, e Porto este. O tribunal da relação de Guimarães por seu
turno nas comarcas de Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real.
Relativamente STJ:
• Designação: juízes conselheiros
• Supremo Tribunal de justiça tem sede e localização em Lisboa;
• Normalmente só conhece matéria de direito.
• Enquadramento legal para o STJ: artigo 45 a 66 da LOSJ
Estes tribunais da relação NOS termos do número 3 do artigo 67 tem mais secções menos que
tinham ao abrigo da lei 3\99 e que normalmente são as secções que o Supremo Tribunal de
justiça tem designadamente: secção cível, penal e social.
A par desta secção ainda tem uma secção família e menores, comércio propriedade
intelectual, concorrência, regulação e supervisão número 3 do artigo 67º.
É preciso nós sabemos onde é que a nossa ação vai efetivamente vai ser proposta.
Para isso vamos lançar mão das: regras de aferição da competência ou os critérios de
competência.
Falamos sim da hierarquia na exata medida do tribunal superior poder revogar ou reformar a
decisão do Tribunal inferior. Tentando aqui introduzir um conceito de 2 expressões:
➔ Tribunal a quo
➔ Tribunal a Quem, ou dito de outra forma o tribunal recorrido e o tribunal para o qual se
recorre.
É importante sobretudo no que diz respeito aos tribunais da relação e ao STJ nós vamos ter
aqui o tribunal recorrido e o tribunal para o qual se decorre e portanto, normalmente a
competência dos tribunais da relação e a competência do Supremo Tribunal de justiça é única
e exclusivamente para efeitos de recurso.
Se uma pessoa não se conforma com a decisão de um tribunal primeira instância vai interpor
recurso para o tribunal da relação, logo Tribunal de primeira instância é o Tribunal a quo o
tribunal da relação a quem.
Todas as regras comportam exceções e nesta linha de raciocínio sabemos ações que dão
entrada diretamente ou no STJ ou no tribunal da relação - artigo 55 c) LOSJ.
No que diz respeito aos tribunais de competência especializada, ou seja, os tribunais que
conhecem de matérias determinadas independentemente da forma de processo aplicável,
significa que um Tribunal de competência especializada tem competência não só para julgar
um processo comum como também processo especial.
Embora haja aqui uma exceção no que diz respeito aos juízes centrais cível ISTO não acontece
desta forma, mas a ideia e em regra o Tribunal de competência especializada em juízo
competência especializada conhece matérias determinadas independentemente da forma de
processo aplicável, nós vamos ver com base no número 3 deste artigo 81 que os juízos de
competência especializada atualmente existentes são o juízo central cível (alínea a), juízo local
cível (alínea b), juízo central criminal, juízo local criminal, o juízo local de pequena
criminalidade, o juízo de instrução criminal os juízos de família e menores….. alíneas de a) a j)
nº3 do artigo 81 LOSJ.
Para saber se estamos ou não perante uma ação da competência de um juízo de competência
especializada, temos de ir às normas que estão previstas na LOSJ, para cada um desses juízos
de competência especializada e ver se a ação em concreto está inserida dentro do âmbito da
competência destes juízos de competência especializada.
Artigos 117 e ss LOSJ onde de verificarão que dentro da secção sexta têm várias subseções
cada uma delas destinada a um juízo de competência especializada:
✓ subsecção primeira centrais cíveis
✓ subsecção Juízes centrais criminais
✓ subsecção terceiro juiz de instrução criminal
✓ subsecção quarto dos livros de família
✓ subsecção quinta juízo trabalho
É preciso ver se a se a forma de processo especial que vocês temos está inserida dentro de
cada âmbito de competência destes artigos, porque se não estiver vamos ter aqui a aplicação
de um juízo de competência genérica.
Por exemplo: vamos partir do suposto vocês têm uma ação de divórcio. Pergunta é da
competência de um juízo competência especializada ou não?
Em princípio um processo de divórcio está relacionado com que matéria inerente ao direito da
família ora, nós sabemos que o juiz de família e demores existem no âmbito da nossa
organização judiciária, estão previstos expressamente NOS artigos 122 a 125 dessa mesma
LOSJ. E na alínea c) do número 1 do artigo 122: a competência dos juízes de família e dos
menores no que diz respeito à separação de pessoas e bens e de divórcio, sendo esta ação em
concreto teremos a competência juízo de família e menores.
Mas disse que havia aqui um caso onde tal não sucedia que era na confrontação entre os juízes
centrais cíveis e juízos locais cíveis porque é que eu queria significar com ISTO: alínea a) do
número 1 do artigo 117º, constatarão que juízos centrais cível têm competência para a
preparação e o julgamento das ações declarativas cíveis de processo comum de valor superior
a 50 000 EUR, ou seja, o juízo central cível mesmo que estejamos perante uma ação com valor
superior a 50 mil euros não tem competência para um processo especial, apenas competência
para um processo comum.
Perguntar-me-ão, Mas se não tem competência para o processo especial qual é o tribunal em
razão da matéria que terá competência para o efeito? Recorrendo ao artigo 130 número 1 nós
vamos chegar à conclusão que é um de 2 tribunais, ou mantemos no juízo de competência
especializada e vemos que é um juízo local cível ou se não existir no local em concreto do
território e fazendo apelo a último critério: um juiz local cível, somos reconduzidos para um
juízo de competência genérica.
E é por isso que o legislador nesse número do artigo 130, estabelece que os juízes locais cíveis
e de competência genérica possuem competência na respetiva área territorial quando as
causas não sejam atribuídas a outros juízos ou Tribunal de competência territorial alargada,
quando não sejam atribuídos a outro juízo.
Ora, não sendo atribuir um juízo central cível ou será atribuído um juízo local cível, caso ele
exista ou então a um juiz de competências genéricas.
Referência ainda dentro deste segundo critério da competência na matéria aos tribunais de
competência territorial alargada.
Há pouco falávamos da tal lei 77\2021 de 23\11, do falávamos do Tribunal central de instrução
criminal que é efetivamente um dos tribunais de competência territorial alargada, que estão
previstos no âmbito da nossa organização judiciária.
Para além deste temos: tribunal da propriedade intelectual previsto no artigo 111º; tribunal da
concorrência regulação e supervisão previsto no artigo 112º o tribunal marítimo previsto no
artigo 113º; execução de penas 114º; e o tribunal central de instrução criminal previsto no
artigo 116º.
Porque como o próprio nome indica ou eles contemplam várias comarcas ou eles contemplam
a globalidade das comarcas que estão previstas no nosso território. à anexo 3º LOSJ. - à
exceção dos tribunais de execução de penas nós temos uma competência para todo o
nacional, sendo certo que no âmbito do tribunal marítimo temos uma diferente estrutura
centrada nos departamentos do norte, no centro e no sul.
Nos tribunais de execução de penas nós temos 5 designadamente: Coimbra, Évora, Lisboa,
Porto e Ponta Delgada. Isto, relativamente aos tribunais de competência territorial alargada.
Um recurso vindo de um Tribunal de primeira instância que seja de matéria criminal, vai cair
na secção penal - não vai para a secção cível nem para a secção social. O recurso que chega às
mãos, de um juízo de competência especializada juízes do trabalho vai para a secção social,
não vai para a secção cível nem para a secção penal. O critério que subjaz a esta distribuição
das secções é também um critério de especialização ou de matéria.
Nesse caso em concreto o juízo de família e menores, nós temos a competência, quer no
âmbito dos processos comuns quer no âmbito dos processos especiais, independentemente
do valor.
Então qual é o caso em concreto onde a relevância deste critério da competência em razão
valor?
É apenas na confrontação entre os juízos centrais cíveis e os juízos locais cíveis, consoante o
valor que é até 50 000 EUR (inclusive) ou mais de 50 000 EUR nós iremos ter a competência de
um juízo local cível ou um juízo central cível.
O critério do valor também tem que ser complementado com a forma de processo, se
tivermos um processo especial ele não podia ser da competência de um juízo central cível.
Portanto, vamos aqui a partir do suposto que a nível de valor só temos relevância no que diz
respeito aos processos comuns, com valor até 50 000 mil euros ou superior.
No que diz respeito aos bens imóveis ou foro real nós temos um critério previsto no artigo 70,
segundo o qual deverão ser propostas no tribunal da situação dos bens as ações referentes a
direitos reais ou pessoais de gozo …..
Idem, no que diz respeito à matéria sucessória, por exemplo, às ações de honorários, etc.
Regra geral para a mera hipótese de nos artigos 70 e ss, não estar prevista a situação que os
senhores têm diante de vós. Nos termos do artigo 80 em todos os casos que não estejam
previstos nos artigos anteriores ou em disposições especiais é competente para a ação o
Tribunal de domicílio do réu – CRITÉRIO GERAL.
Uma regra geral não para pessoas individuais mas para as pessoas coletivas sociedades no
artigo 81 CPC.
Influencia da vontade no âmbito das regras de competência
Questões incidentais:
Esta questão dos incidentes é importante, porque aqui pode acontecer que um incidente que
esteja relacionado com o processo, tenha a nível de uma regra de competência, a atribuição
de competência a um outro tribunal, que não aquele onde a ação estivesse inicialmente
instaurada. É preciso neste contexto, ver quais são as regras que o legislador processual civil
estabeleceu, relativamente a esta temática, e desde logo veremos que de acordo com o artigo
91º/1- “o tribunal competente para a ação, é também competente para conhecer os
incidentes que nela se levantem, e das questões que o réu suscitar como meio de defesa.”
Na prática nós temos a atribuição da competência para a questão incidental, que decorre do
tribunal onde a ação está intentada.
Questões reconvencionais:
Ora não faria qualquer sentido no caso em que o pedido reconvencional seja admitido, nos
tivéssemos que apreciar esse pedido reconvencional no âmbito de outro tribunal, que não
aquele onde está a ser apreciado o pedido originário do autor, para com o réu/reconvinte, e
então nessa medida é preciso que tenhamos em consideração que um dos requisitos de
admissibilidade da reconvenção é a chamada competência absoluta, ou seja, temos que ter
competência, não só a nível Internacional como também a nível da matéria e da hierarquia. E é
nesta medida que deveremos interpretar este artigo.
Na prática temos uma questão que é da competência de um tribunal cível, mas pelo simples
facto de determinada factualidade que é alegada, configurar também por exemplo uma
infração criminal, temos paralelamente à apresentação de uma queixa-crime no âmbito do
Tribunal criminal. E então pode acontecer que, para a decisão daquele processo que está
pendente no tribunal cível, haja necessidade de ver qual será o desfecho da ação a nível do
Tribunal criminal, e portanto nessa medida falamos nas chamadas questões prejudiciais, ou
seja, a decisão da questão está pendente num tribunal cível, está dependente da decisão que
vier a ser tomada na competência do tribunal criminal, neste caso em concreto.
Temos também a possibilidade de uma questão da competência do tribunal administrativo ou
fiscal, normalmente discute-se isto nestas 3 questões, ou seja, questões do foro cível, do foro
criminal e do foro administrativo, poderá também haver aqui repercussões em sede de
competência.
O simples facto de nós apelidamos a convenção que as partes estabelecem, para afastar as
regras de competência que decorrem, ou da lei ou de por exemplo de determinados
regulamentos ou instrumentos internacionais, portanto essas regras receberão o epíteto de
pacto de competência se estivermos perante regras de competência internas ou epítese pacto
de jurisdição se estivermos perante regras de competência internacional
“As regras de competência em razão da matéria, da hierarquia e do valor da causa não podem
ser afastadas por vontade das partes; mas é permitido a estas afastar, por convenção
expressa, a aplicação das regras de competência em razão do território, salvo nos casos a que
se refere o artigo 104.º.”
Portanto na prática nós temos nesse caso em concreto um facto competência, porque é que
ele ocorre? Porque nós estamos a afastar os critérios de competência em razão do território.
Porém não há uma liberdade total no que diz respeito à celebração desses pactos de
competência, porque há determinadas situações que são excluídas da possibilidade de
celebração de pactos de competência, ainda que em razão do território, ou seja, se tivermos
situações que permitem o incidente oficioso por parte do Tribunal, nesse caso não podemos
celebrar um pacto de competência.
E é por isso que o legislador faz referência ao artigo 104º, que são as situações que a nível do
território que comportam o conhecimento oficioso das incompetência que é gerada pela
inobservância das regras de competência do território, as situações de incompetência relativa.
Dito de outra forma, em todas as situações que exorbitem do âmbito de aplicação do artigo
104º podemos celebrar um pacto de competência. Se tivermos uma situação identificada
neste artigo 104º ainda que estivéssemos perante uma regra do território e em princípio
possamos celebrar ou pudéssemos celebrar um pacto de competência, não o podemos por
vontade expressa do legislador, ou pelo simples facto de estamos perante uma exceção de
conhecimento oficioso por parte do Tribunal. Isto relativo á regra e á exceção
Para termos a celebração de um pacto de competência válido, temos que ter observância de
determinados requisitos, estes requisitos decorrem do artigo 95º/2:
Requisitos:
Na prática deve-se observar nesse pacto de competência o mesmo requisito que é exigido para
um contrato que subjaz á dita regra de competência. Nós temos aqui a redução a escrito desse
pacto de competência.
Por outro lado deve também designar-se as questões a que se refere, normalmente o que as
partes estabelecem é que qualquer litígio inerente a este contrato será dirimido no foro da
comarca de, logo quando nós estamos aqui perante qualquer litígio, estamos a especificar que
será relativamente a tudo, agora pode acontecer que as partes estabeleçam, que apenas no
que diz respeito por exemplo à aferição de critérios indemnizatórios, fica expressamente
atribuída a comarca de, portanto as partes podem especificar quais são os temas em concreto
que motivarão esse facto de competência.
Por outro lado deve se também dizer qual é o critério de determinação do Tribunal que fica
sempre competente. Normalmente não é isto que ocorre, as partes dizem que é competente o
Tribunal no forro de comarca de, mas não dizem qual foi o motivo pelo qual estabeleceram,
em princípio o motivo é muito simples, a parte que tem maior poder económico e que tem
mais força negocial impõe a contraparte determinado forro. Portanto isto normalmente ocorre
com as grandes operadoras e às grandes sociedades que têm todo o interesse em litigar nas
grandes cidades, onde têm a sua sede.
Este critério tem de ser estabelecido quase tacitamente face ao maior poder económico
financeiro de uma parte relativamente às outras.
afastamento das regras da competência Internacional, nós temos os pactos de jurisdição que
são exatamente a figura que vocês têm prevista no artigo 94º.
Isto significa que temos sempre de nos colocar na posição do Tribunal português.
Para que estes pactos tenham validade, é preciso observar também determinados requisitos
cumulativamente. Estes requisitos decorrem das alíneas a) a e) do nº3 do artigo 94º.
1º requisito - temos que estar perante direitos que estão na livres na disponibilidade das
partes - litígio relativo a direitos disponíveis.
Se estivermos perante direitos indisponíveis, ou seja, direitos que se subtraem a vontade das
partes, é óbvio que não haveria possibilidade de celebrar um pacto de jurisdição, que tem
exatamente na sua génese a influência da vontade no afastamento das regras de competência
internacional.
2º requisito - deve ser aceito pela lei do Tribunal designado, ou seja, ainda que as partes
tivessem por intermédio da sua vontade, interesse em atribuir ou privar ao ordenamento
jurídico português determinada competência, é preciso que a lei, no caso dos pactos privativos
- a lei do ordenamento jurídico estrangeiro, no caso dos pactos atributivos - a lei nacional,
aceite este estabelecimento com vontade das partes da competência.
3º requisito - Deve ser justificada com interesse sério de ambas as partes ou de uma delas,
desde que não envolvam um inconveniente grave á outra.
4º requisito - Não recair sobre matéria de exclusiva competência dos tribunais portugueses.
Referência ao artigo 63º (Competência exclusiva dos tribunais portugueses)
5º requisito - Deverá resultar de acordo escrito ou confirmado por escrito e fazer-se menção
expressa da jurisdição competente.
Para que estes pactos tenham validade, é preciso observar também determinados requisitos
cumulativamente. Estes requisitos decorrem das alíneas a) a e) do nº3 do artigo 94º.
Desde logo temos que estar perante um litígio relativo a direitos disponíveis. Se estivermos
perante direitos indisponíveis, ou seja, direitos que se subtraem a vontade das partes, é óbvio
que não haveria possibilidade de celebrar um pacto de jurisdição, que tem exatamente na sua
génese a influência da vontade no afastamento das regras de competência internacional.
Portanto temos que estar perante direitos que estão na LIVRE disponibilidade das partes
primeiro cozinha
ou seja ainda que as partes tivessem por intermédio da sua vontade, interesse em atribuir ou
privar ao ordenamento jurídico português, determinada competência, é preciso que a lei no
caso dos pactos privativos - a lei do ordenamento jurídico estrangeiro, no caso dos pactos
atributivos - a lei nacional, aceite este estabelecimento com vontade das partes da
competência.
Deve ser justificada com interesse sério de ambas as partes ou de uma delas, desde que não
envolvam um inconveniente grave á outra. Não recair sobre matéria de exclusiva competência
dos tribunais portugueses artigo 63 - ações que determinam a competência exclusiva mais
nacionais e finalmente
Deverá resultar de acordo escrito ou confirmado por escrito e fazer-se menção expressa da
jurisdição competente.
Só que é preciso estabelecer uma diferenciação entre os vários critérios que nós tivemos a
estudar nas últimas aulas, ou seja, sempre que nós tivermos perante a chamada competência
Internacional nós temos a violação das regras de competência Internacional nós sabemos que
vamos ter a chamada incompetência absoluta), a nível interno se nós tivermos perante a
violação de regras de competência em razão da matéria ou em razão da hierarquia também
vamos ter uma situação de incompetência absoluta. Se pelo contrário, nós estivermos perante
uma violação das regras da competência em razão do valor, em razão do território, nós temos
a chamada incompetência relativa Isto está previsto nos artigos 96º (incompetência absoluta),
e o artigo 102º (incompetência relativa).
Na prática temos a par da absolvição do réu da instância que saber que em determinadas
situações, podemos ter um indeferimento preliminar ou a remessa dos autos para o tribunal
competente. Importa ver que situações são essas.
Até 1995 o código de processo civil a partir do momento em que nós tínhamos a instauração
de uma ação, o código de processo civil previa dizia o chamado despacho preliminar, isto
significa que o processo era imediatamente concluso ao juiz.
O normal quando uma ação dava entrada antes de 1995 era que imediatamente o processo
era concluso ao juiz, e o juiz tinha que fazer uma de 2 coisas, portanto ele tinha que proferir os
chamado despacho preliminar, mas quando considerava que os vícios que afetavam a petição
era de um tal modo graves, que não permitiam aproveitar absolutamente nada no âmbito
daquela ação, ele preferia o chamado despacho de indeferimento liminar, no entanto quando
a petição não padecia desses vícios este despacho liminar destinava-se essencialmente aqui a
dar a ordem á secretaria para que a secretaria promove-se a citação do réu. O legislador
acabou por se aperceber que este despacho liminar era uma inutilidade. O intuito do despacho
liminar era exatamente ordenar esta situação, por esse motivo a partir dessa altura o
despacho liminar passou a ser apenas admitido em certas circunstâncias, que são exceção,
portanto compreendem agora o porquê de o legislador falar ao nível da incompetência
absoluta da possibilidade de indeferimento liminar quando o processo comportar, porque na
grande maioria das situações o processo não comporta esse despacho liminar.
Outro aspeto que é relevante no que diz respeito a esta confrontação entre em competência
absoluta e competência relativa - Regime de arguição - quem é que pode arguir incompetência
relativa e a absoluta.
Relativamente á incompetência absoluta – pode ser arguida por qualquer das partes, e
também pode ser conhecida oficiosamente por parte do tribunal.
Relativamente à incompetência relativa - a regra é aquela só possa ser arguida por parte do
réu, ou então em determinadas circunstâncias (situações do artigo 104º) ela pode ser
conhecida oficiosamente por parte do tribunal.
Dito de outro modo nos casos de incompetência absoluta será sempre admissível recurso,
independentemente do valor da causa, ou de prejuízo que o recorrente venha a sofrer com a
perda daquela ação em sede de primeira instância.
No caso da absolvição do réu da instância o juiz aprecia o mérito da ação ou não? Não porque
ele pode se quiser instaurar uma outra ação obviamente e isso também pode acontecer, é
importante para efeitos de verificação de prazos de capacidade da prescrição, aproveitar os
efeitos da ação instaurada em primeiro lugar porque vai na prática aproveitar o prazo de
instauração da primeira ação, e se quiser que o juiz se pronuncie quanto ao mérito da ação vai
ter inevitavelmente que instaurar a outra ação.
E a diferença está exatamente aí, quando a ação é julgada improcedente, esse termo implica
que tenha havido uma pronúncia por parte do Tribunal quanto ao mérito, quanto ao pedido
que lhe foi formulado. E no caso da absolvição da instância, não há qualquer pronúncia
quanto ao pedido, aliás é exatamente por isso ainda que indiretamente quando falamos dos
pressupostos processuais, porque se nós temos a falta de um pressuposto processual, o juiz
não vai poder decidir nada quanto ao mérito só vai determinar isso mesmo, ou seja que falta
um pressuposto processual.
Capacidade judiciaria
Isto diz respeito á capacidade ou suscetibilidade de a parte estar por si em juízo. E quando
falamos deste “por si em juízo”, falamos do conceito que é estar por si em juízo, ou seja
desacompanhado de um representante.
Mas aqui quando falamos em capacidade judiciária, não nos estamos a referir a isto, estamos
sim a referir-nos ao caso de um menor que deve de estar em juízo representado pelos seus
progenitores, logo quando falamos de representantes para efeitos de capacidade judiciária, é a
isto que nos referimos.
Na prática teremos uma falta de capacidade judiciária, quando um menor ou uma pessoa que
carecia de estar acompanhado por um representante, não está devidamente acompanhado
por esse representante.
2 - A capacidade judiciária tem por base e por medida a capacidade do exercício de direitos.
“tem por base e por medida” isto significa que em determinadas circunstâncias nos podemos
ter um menor que em princípio não terá capacidade judiciaria, mas que relativamente a
determinados poderá ter essa capacidade judiciaria, e esses atos são aqueles que decorrem do
artigo 127º do CC, e portanto, se o menor nesse caso em concreto tenha a capacidade de
exercício de direitos consequentemente também terá a capacidade judiciaria.
Na prática a capacidade judiciaria atendendo aqui ao princípio da equiparação vai coincidir
com a capacidade de exercício 15º/2.
O menor tem que estar acompanhado em juízo por parte dos seus progenitores, na falta
destes poderá estar acompanhado pelo tutor ou pelo administrador de bens, isto é uma das
maneiras de suprir a incapacidade do menor, exceto se tivermos perante situações em que o
menor tenha essa capacidade de exercício de direitos.
O maior acompanhado tem que estar acompanhado do seu acompanhado para suprir a sua
incapacidade de exercício de direitos.
Formas de sanação desta incapacidades judiciárias – artigos 27º a 29º (através da intervenção
nos autos do representante do incapaz)
Personalidade judiciária
Este pressuposto processual está previsto no artigo 11º número 1.
Ex: noutras areas como o direito substantivo, é vulgar termos as expressões, credor/devedor,
locatário/senhorio, etc.
Anteriormente referimos o direito adjetivo laboral, porque há duas ações em que o legislador
começa a fugir um pouco desta classificação de partes, isto acontece na ação de impugnação
judicial da irregularidade da ilicitude do despedimento, e da ação de reconhecimento da
existência de contrato de trabalho. E aqui o legislador fala de trabalhador e de embargador, no
direito laboral as partes são de facto estas, só que quando o embargador e o trabalhador têm
uma divergência ou um litígio eles têm que recorrer ao tribunal, e ao recorrer assumem
implicitamente essa classificação de partes, logo aquelas ações deviam fazer referência ao
autor e reu invés de embargador e trabalhador.
O conceito de parte é essencial no que diz respeito ao direito processual, como vimos
anteriormente temos o réu e o autor, mas se estivermos no âmbito de uma ação executiva
temos o exequente e o executado, no âmbito de uma oposição mediante embargos de terceiro
temos embargante e o embargado, ou por exemplo no âmbito de um pedido de indeminização
cível temos o demandante e o demandado. Tudo isto são conceito jurídico processuais que
integram dentro da tal previsão de parte.
O legislador aqui refere-se a que todos aqueles que nascem com vida, e por esse simples facto
tem a suscetibilidade de serem titulares de direitos e obrigações, automaticamente adquirem
a personalidade judiciária, isto é que se designa de critério ou princípio da equiparação.
Na prática todos aqueles que têm personalidade jurídica vão ter personalidade judiciária, ou
seja tem a suscetibilidade de ser parte no âmbito de uma ação judicial.
No artigo 12º o legislador atribui essa tal suscetibilidade de ser parte num processo a
determinadas entidades que não têm a dita personalidade jurídica, essas situações estão
enumeradas no artigo.
c) As sociedades civis;
- Agências
- Sucursais
- Filiais
Numa dupla perspetiva, nos termos do artigo 13º/1, sempre que nos tivermos perante um
facto que seja por elas praticado há a atribuição a essas agências, sucursais e filiais de
personalidade judiciaria, porque em princípio temos a regra a da atribuição da personalidade
judiciária á própria pessoa coletiva, na prática á sede.
O nrº 2 diz respeito às entidades quem têm a sua sede ou domicílio num país estrangeiro mas
que têm sucursais, agências, filiais, delegações ou representações em Portugal, e neste caso
em concreto ainda que o facto seja praticado pela pessoa coletiva estrangeira, pode haver
também extensão da personalidade judiciária.
Fazendo uso destes preceito legais, a falta de personalidade judiciária implica a absolvição do
réu da instância e configura uma exceção dilatória que nos termos do artigo 578º é de
conhecimento oficioso.
Patrocínio judiciário
O patrocínio judiciário é um pressuposto processual que esta relacionado com a normal falta
de conhecimentos técnico jurídicos por parte das partes que são intervenientes no âmbito de
uma ação, logo as partes deverão estar representadas no foro por alguém que tenha esses
conhecimentos técnicos jurídicos que é o advogado.
2º - falta de serenidade de espírito de certas partes - isto é necessário pois quando estamos de
uma certa maneira afastados do problema em questão, ou seja, não estamos ligados
emocionalmente, temos a tal serenidade de espírito para analisar friamente aquela questão.
Pois quando as partes estão a defender os seus próprios interesses não se conseguem
defender convenientemente e daí o interesse nesta representação por intermedio do
mandatários judiciários.
Na prática isto significa que em todas aquelas causa que tenham um valor superior a 5000€ e 1
cêntimo é obrigatório a constituição de advogado. O artigo 629º/1 diz-nos que “O recurso
ordinário só é admissível quando a causa tenha valor superior à alçada do tribunal de que se
recorre e a decisão impugnada seja desfavorável ao recorrente em valor superior a metade da
alçada desse tribunal, atendendo-se, em caso de fundada dúvida acerca do valor da
sucumbência, somente ao valor da causa.”
Em todas as ações cujo valor é até 5000€ inclusive não há necessidade constituição de
advogado, ou seja, as partes podem pleitear por si só ou então por intermédio de advogado
estagiário ou de um solicitador.
De acordo com o artigo 629º/2 e 3 há certas questões em que é sempre admissível recurso
independentemente do valor da causa, neste casos também é obrigatória a constituição de
advogado.
O legislador não tinha necessidade falar desta alínea c), pois os recursos já estão na alínea a) e
b). Mas a 2º parte da alínea c) é importante, pois há algumas ações que dão entrada
diretamente junto dos tribunais superiores, logo essas ações por estarem a ser julgadas nesses
tribunais superiores carecem obrigatoriamente de um advogado.
Quando não for possível fazer essa procuração forense recorremos á alínea b).
Poderes forenses gerais – a única coisa que se quer atribuir ao mandatário são os poderes
de representação técnica a nível de foro e de prática de todos os atos jurídicos processuais
ao longo da tramitação. Partindo do pressuposto que estamos perante direitos disponíveis,
se concomitantemente a esses poderes gerais quisermos atribuir os especiais de confissão,
resistência ou transação já é obrigatório termos um outro tipo de procuração.
Pode haver ainda uma outra circunstância, por vezes o mandatário não tem esses poderes,
mas tem urgência a nível da representação e surge em representação do seu próprio
cliente, ele pode fazê-lo a título de gestão de negócios, desde que á posteriori o cliente
venha ratificar os autos dos atos que foram praticados por parte do mandatário/gestor,
art.49º
Nota: se a procuração tiver mais que um colega vamos ter alguns problemas em fazer ver ao
magistrado judicial a pertinência do adiamento daquela diligência, porque o MJ vai dizer que
não pode o A mas o B,C,D e E têm possibilidade, portanto eu não adio. Mas se a procuração só
estiver conferida a um mandatário o adiamento já pode surtir efeito.
Este pressuposto processual está previsto nos artigos 30º e ss, com particular incidência dos
artigos 30º a 39º do CPC.
Nota: em exame quando nos pedem a legitimidade ativa e passiva temos de analisar todos os
critérios, e chegar á conclusão de que de facto o A o autor, é realmente o autor que devia estar
naquela ação, e o B o réu é de facto o réu que devia estar naquela ação. Na prática temos de
aplicar os critérios do nº1 do artigo 30º.
Por vezes os critérios do nº2 do artigo 30º, trazem alguma dificuldades, pois vamos ver em
muitas situações onde supostamente existe o interesse direto em demandar o interesse
direito de contradizer, mas nos não conseguimos identificar no âmbito do processo do objeto
em concreto da ação a quem é que ele pertence. Por isso o legislador vem estabelecer no nº3
um critério supletivo.
“Na falta de indicação da lei em contrário”, o que é que isto quer dizer?
Por vezes o legislador tem a preocupação em dizer me determinadas normas legais quem +e
que tem de instaurar aquelas normas em concreto, ou contra quem é que aquelas ações
devem ser instauradas em concreto.
Ex: numa ação de procedência a dada altura vem se dizer que esta ação tem de ser instaurada
contra o alienante mas também contra o adquirente, por vezes há indicações que apontam
para a legitimidade, mas nem sempre isso acontece, não temos sempre o auxílio por parte do
legislador. E quando não temos “são considerados titulares do interesse relevante para o efeito
da legitimidade os sujeitos da relação controvertida, tal como é configurada pelo autor.”
Ex: Se A instaurar uma ação contra o B, o A para ter instaurada esta ação e para existir esta
relação jurídico processual tem de ter motivo para o efeito, e esse motivo é a tal relação
material subjacente. Por exemplo o produto de uma celebração de um negócio jurídico
negocial entre o A e o B, o B não procedeu ao pagamento da quantia que deve ao A e fruto
dessa circunstância o A vai instaurar uma ação – aqui temos a tal relação material subjacente.
Na prática quem deve ter legitimidade na ação são de facto os sujeitos dessa relação material
controvertida.
“tal como é configurada pelo autor.”
- isto é um acrescento que o legislador decidiu fazer em 1995 para optar por uma das duas
teses que se encontravam em confronto á algum tempo a nível do direito processual civil,
eram as teses do professor Barbosa de Magalhães e de professor Alberto dos Reis. A tese que
ganhou foi a de Barbosa pois deveríamos interpretar a relação material controvertida tal como
era configurada pelo autor.
Temos aqui um confronto entre uma posição meramente formal a do professor Barbosa de
Magalhães e uma posição material do professor Alberto dos Reis. E o legislador preferiu a tese
formal.
O que é que eu tenho de fazer para ver num caso concreto se há ou não legitimidade das
partes?
20:51
Dia 22/12/2021
Fonte legal: o consenso entre as partes por exemplo se as partes estabelecerem aquando da
celebração de um determinado negócio jurídico que os direitos emergentes desse negócio
jurídico têm que ser acionado conjuntamente por 2 ou mais pessoas ou que têm que ser
acionados conjuntamente contra 2 ou mais pessoas nós temos com base nessa cláusula
negocial a dita fonte voluntária e portanto ISTO também pode ser pode sim com força
necessária terceira fonte aquilo que se designa de fonte natural tem que é natural porque ela
se impõe naturalmente e antes de vermos aqui Oo preceito legal e volta facilmente com
auxílio desse terceiro legal chegarão à conclusão de que a questão do aqui a falar importa
referir normalmente as acções só vão obrigar as partes intervenientes a determinados
momentos essenciais no âmbito de uma ação que são eu penso que já tive a oportunidade de
vos dizer ISTO causa segui o pedido e os sujeitos e no que diz respeito aos sujeitos é óbvio que
só pode em princípio ficar vinculado a uma decisão judicial que seja proferida ou prolatada
dentro de um processo os próprios sujeitos que estiveram abrir ladear no âmbito desse
processo e porque é que Eu Estou Aqui a tentar dar-vos esta esta explicação porque no que diz
respeito a este litisconsórcio natural o que nós temos é uma circunstância muito curiosa facto
de haver aqui uma pluralidade de partes mas apenas uma única relação material contra o que
é que ISTO significa é comum a todos os sujeitos o objeto daquela ação a relação material que
subjaz à relação jurídica processual é comum atores o caso típico que nós podemos aqui falar
em ação de divisão de coisa comum portanto nós podemos ter aqui um terreno que pertence
a 4 ou a 5 pessoas e como devem de compreender se uma delas não se quer manter na
comunhão e quer dividir esse terreno vai ter que instaurar a ação não só contra 2 pessoas mas
contra as restantes 3 ou 4 pessoas contra todos porquê porque senão instaurasse a ação
contra todos aqueles que não eram intervenientes no âmbito dessa ação não ficavam
vinculados ao ao chamado caso julgado e então é por esse motivo que em certas
circunstâncias como é o caso da ação de divisão de coisa comum como é o caso por exemplo
das constituições de servidões legal de passeios legais de passagem servidões de águas etc
nesses casos em concreto importa que todos os interessados no âmbito daquela ação estejam
presentes sob pena de não se alcançaram tal efeito útil normal por isso é que se diz que este
litisconsorte se natural aquele não mas nunca da lei é um resulta do próprio objeto processual
de vocês conseguiram então este litisconsórcio necessário fonte natural do número 28 e 33 ou
através do número 2 do artigo 33 segundo o qual é necessário a intervenção de todos os
interessados quando pela própria natureza da relação João ela seja necessária para que a
decisão obter produza o seu efeito útil complementa depois legislador dizendo que a decisão
produzisse efeitos do normal sempre que não vinculando embora portanto interessados
possam revelar que o equipamento da situação concreta das partes relativamente ao período
de Lula portanto esta é a terceira fonte de onde se poderá retirar com sorte necessário fica a
faltar uma que curiosamente também já é conhecimento vocês recordam se quando
estivermos a falar dos incidentes da instância mais precisamente do incidente terceiro que na
altura anos do incidente de intervenção principal provocada portanto nós podemos ter aqui o
quê podemos ter e assim incidente de intervenção de terceiros como forma de aproveitar a
ação que se encontra pendente qual é o racional diz Campos acabei de dizer serviram ver
depois quando tiverem este usar quanto ao momento da formação política só se pode ser
inicial ou pode ser portanto ele é inicial quando resulta a início filho quando resulta após a
pendência da ação ora se vocês têm uma ação que é instaurada pelo há controle isso você
também devia figurar no seio se você não estiver no que sei se vocês vão ter…. então o que é
que se pode fazer em princípio neste caso que eu estava a comer exemplificar através do
incidente de intervenção principal provocada chamaras sim como forma de aproveitar aquela
ação que já está instaurada e de sofri a ilegitimidade que existia NOS autos caso cê não
estivesse nesta medida nós podemos falar então também intervenção principal provocada por
uma das Fontes não sei se alguém tem alguma dúvida.
não então vamos falar da outra figura que normalmente a par do vídeo com só que a coligação
vocês recordam se que não houve mala já tivemos a oportunidade de dizer que se aproxima
ambas e o facto de ambas terem como a pluralidade mas o que as afasta é o facto de nós
termos no caso de livros com uma única relação material com droga ativa ou seja a relação
que subjaz à relação jurídico processual é comum a todos e no caso da coligação nós temos
uma pluralidade de relações materiais controvertidos cuidado com uma por vezes eu vejo
alguns tudo em contexto avaliação a dizer que existem 3 acções instauradas aos partidos
princípio que estamos a falar aqui de 3 intervenientes no âmbito do processo existem 3 acções
cidade com o conceito que vocês aqui estão utilizar a nível de ação porque se vocês tiverem
utiliza a identificação a única coisa que vocês têm é uma ISTO aumentou muito sim porque nós
não temos aqui a circulação ações muitos de vocês têm uma ação que foi instalado ponto b eu
a pelo a conta por algum motivo pode acontecer que estas 3 ações que todas elas têm uma
numeração diferente porque obviamente foram todas mesmo que tenham sido instauradas do
mesmo para efeitos de distribuição foram cair em juízes diferentes o número em princípio não
é o mesmo temos aqui vamos partir deste pressuposto do processo de 978 barra de aquilo
temos aqui o processo 1005 barra biquíni e temos aqui o processo e 58 barra 21 4 e depois
tenho um ponto qualquer coisa mas para efeitos de simplificação vamos ver ISTO são 3
processos pode acontecer e já agora outra ponte e este caiu primeiro juízo e este caiu no
segundo juízo este caiu no quarto escuro por algum motivo pode haver necessidade de apensa
ção dos autos ou seja neste caso em concreto identificou-se que havia aqui um elemento
comum relativamente aos 3 processos e qual é o facto e em princípio estarmos aqui com
situações similares ora nesses casos o que é que vai acontecer ao haver a pensa são de som
em princípio estes 2 irão ser apensados a este ISTO não tem nada a ver com a coligação que
nós aqui estamos a falar na coligação o que nós temos é este processo 978 barra 21 tem coisa
que está pendente também julgo que foi instaurado pelo lado contra o contra OCI contra os m
vocês tão a pensar momentânea qual é a dica e o rumo dessa pergunta qual é a diferença e
descansar também pode corresponder ISTO seja então qual é diferente a diferença esta onde
está acordado entre lá há uma relação material controvertida e entre OAEOC há uma relação
material contra o piso e entrou lá há uma relação material contra o filho e curiosamente OA
OV pretende por exemplo receber a quantia de 7500 EUR contra OC pretende receber a
quantia de 15000 EUR e controlos e que tem de receber a quantia de 30000 EUR há 3 pedidos
distintos que estão a ser formulados cada um dos quais como Uber no caso de litisconsórcio o
pedido que é formulado pelo ar contra o PC é o mesmo há apenas uma única relação material
controvertida e ISTO é que é coligação não é ISTO que vocês aqui tem e eu dizia vos que se
vocês tiverem a identificar o conceito da ação com o conceito de processo só que vão ver
também que alguns autores que falam aqui na chamada situação de acumulação de ações a
propósito da publicação e aí o conceito que se está a utilizar é outro na prática ação vai
corresponder ao quê vai corresponder àquela pretensão de direito material que foxe a
formulada não tenho aqui a mesma conotação para efeito segundo consensuais não queria
que vocês fossem induzidos em erro a ler essas pela acumulação de acções a acumulação de
acções não é uma aqui é uma cumulação de pretensões de direito no âmbito do mesmo
processo dúvidas coligação onde é que está prevista a coligação já tínhamos dito NOS artigos
36 e seguintes pensões 38 do código de processo civil primeiro aspecto preferia relativamente
à coligação também na coligação a exemplo do que sucede no litisconsórcio a regra é que a
comunicação seja voluntária neste caso em concreto pode de facto haver aqui a instauração
da ação do luar contra o BCB como também pode ser a instauração da açção pelo a contra ou
b apenas de uma outra ação contra os c apenas i de uma outra ação contra OV app s não há
necessidade de coligação para ir dizer-te então que o também no caso da coligação a regra ele
se avoluma só que alguns casos uma coligação também é necessária por exemplo vocês têm
no âmbito da ação ISTO um exemplo os arquivos 786 um b é o povo que na reclamação
créditos que é um dos poucos exemplos de comunicação necessária lesão estava código de
processo civil 700 agosto não sei se é isso já agora também podem colocar um outro exemplo
novo código objetivo do artigo 156 número 3 do código de processo do trabalho é outro
exemplo uma comunicação necessária legal no domínio da ação sob a forma de processo
especial informação do despedimento colectivo ISTO quanto à regra quanto à excepção vamos
ver agora uma outra coisa para termos uma coligação quais são os requisitos necessários nós
temos requisitos e homens substantivo e requisitos de ordem adjetiva quanto aos requisitos
de ordens eles por passam do artigo 36 números 2 e 3 ou feira vocês para terem uma
coligação têm que ter um destes requisitos uma destas situações de direito material que estão
previstas onde 2 delas estão previstas no número 1 do artigo 36º portanto é permitida a
coligação de autores contra um ou vários réus e é permitida a um autor demandar
conjuntamente vários réus por pedidos diferentes quando a causa de dias de seja a mesma
primeira situação pode terminar o surgimento de uma identidade da causa de tá na causa de
vamos aqui recuar um bocado já tive oportunidade de dizer ISTO que é causa decidiu a causa
disso são os factos NOS quais assenta a pretensão do direito que é formulada pelo autor
sempre que esta pretensão de direito formulada pelo autor de facto quando são
independentes vamos só Uno volvem determinar os sofrimentos de uma coligação
provavelmente serão a ISTO como exemplo o veículo automóvel que nas imediações de uma
passadeira não pára e entro pela 2 pessoas possibilidade de surgimento de uma coligação por
quê por que a causa de pedir portanto um atropelamento é o mesmo AE consequências
diversas relativamente às 2 pessoas que foram atropeladas já está pode acontecer aqui ao
contrário não temos a coligação passiva temos aplicação Activa OAEOB podem estar a ação
contra por causa do acidente mas curiosamente a relação material controvertida que surgiu e
entre estas partes não é mesmo a causa ou pedir é mesmo outra língua portuguesa por entre
won iuc alguma relação material e entre OAEOBA outra bolsa ou material portanto vocês
podem uma comunicação a tal identidade da causa ainda dentro tenho outra hipótese quando
os pedidos estejam entre si numa relação de prejudicialidade ou de dependência eu tenho a
celebração de um determinado negócio por um motivo e eu quero anular esse negócio só que
a Coisa Mais Linda já se encontra na palavra uma terceira pessoa então o que Eu Não
conseguir eu vou pedir a anulação relativamente ao v e vou pedir A Entrega da coisa está aqui
este prejudicialidade ou dependência dentro do est terceira hipótese coligação terceiro
reduzido substantivo número 2 também podemos ter coligação quando 6 embora tenhamos
uma causa a procedência dos pedidos principais dependa essencialmente à apreciação dos
mesmos factos ou da interpretação e aplicação das mesmas regras de direito ou de qual valor
de contratos feita mente análises caso dos senhores empresários que todos eles têm armazéns
por exemplo na zona a Póvoa de Varzim Joana extremamente ventosa esses 3 empresários
dedicam-se ao comércio de hortícolas de flores e de canábis quem acontece todos eles viram
frutos uma intempérie terrível que se deu nessa todos eles viram os seus armazéns as suas
estufas e todas pelo ar sofreram todos os anos curiosamente em conversa entre todos
chegaram à conclusão que a seguradora é mesmo pó vem instaurar uma ação em coligação
independentemente dos prejuízos que ISTO é que tenham sofrido voltamos outra vez a mesma
questão um qual pesos precisos anos 7500 EUR os outros 15 no outro tenho amigos certo
preparei o quarto em um primeiro post a que decorre do número 3 admissibilidade ligação
quando expedidos contra baixa vazão da educação da obrigação cancelar quanto possível os
técnicos vão subjacente quanto a outra a obrigação constantes do próprio título de crédito é
uma no entanto para investir nós temos a obrigação cautelar bom vamos partir do princípio
que é OC passou um cheque para pagar uma dívida que foi contraída por ver o negócio folders
entrar e fazer pode haver coligação porque obrigação de cancelar que surgiu entre OAEOC
pode aqui como lá se como a obrigação fruto do negócio jurídico da relação material
subjacente e quando vê é a situação que vocês têm que ficar número 4 do artigo Jan 6 do
código sei se outra hipótese ligações quanto ao Público estejam lá Luís o meu só
quesitos adjetivos temos que terart37 identidadç de forma honesta temos também porém por
vezes caso concluído entenda pese embora tenhamos formas de processos diversos que a
possibilidade de cumulação pode autorizar a comunicação portanto identidade forma de
processo competência absoluta já sabem quais a competência absoluta fazer aqui 6 tem que
ter uma identidade de competência da matéria e da competência Internacional um minuto
com sabe