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Ação

Elementos da Ação

Elementos da ação = Elementos Identificadores

Elementos identificadores da ação:

- Parte

- Causa de Pedir

- Pedido

1. Parte

Sujeitos processuais interessados (Autor e Réu)

Polo Ativo: Autor/Reclamante

Polo Passivo: Réu/Reclamada

Polo Ativo pede, Polo Passivo repele.

2. Causa de Pedir

Também conhecido como ‘’causa petendi’’

É conjugação dos fundamentos fatos e os fundamentos jurídicos que


embasam o pedido.

Adotamos no nosso sistema jurídico o Princípio da Substantiação.

Princípio da Substantiação: Substancia àquilo que está sendo


pedido. Não basta apenas pedir, deve justificar o porquê está pedindo.

Caso o autor não cumpra o Princípio da Substanciação, haverá


inépcia da inicial. O pedido não poderá ser apreciado.

Causa de pedir = Fundamentos Fáticos + Fundamentos Jurídicos.

Fundamento Jurídico é diferente de Fundamento Legal.

Fundamento Jurídico: Apreciação da conduta a luz do Direito. É


imprescindível, é indispensável.

“Jura novit curia” = O juiz conhece o Direito

Pressupões que o Juiz conhece o Direito, logo não é necessário


fundamento legal.
“Narra-me os fatos que lhe darei o Direito”

Toda norma jurídica deve ser interpretado pelos operantes do Direito


(juiz, advogado, promotor)

Na causa de pedir tanto faz se for pedido primeiro o Fundamento


Fático ou o Fundamento Jurídico. Nesse caso, a ordem dos fatores não altera o
resultado.

Se na inicial os Fundamentos Fáticos vierem primeiro, será causa de


pedido próxima. Se começar com Fundamentos Jurídicos, a causa de pedir dos Fatos
será remota.

Exposta a causa de pedir, irá para o pedido.

3. Pedido

É aquilo que a parte busca perante o Estado.

Pedido Imediato: Provimento Jurisdicional (Sentença, despacho),


está próximo.

Pedido Mediato: Bem da vida. Em processo, bem da vida é todo


aquele sobre o qual recai a aspiração humana, a vontade, o desejo. Todo processo
possui bem da vida.

Em um pedido de falência, o bem da vida é o recebimento do crédito.


E ele precisa do Provimento Jurisdicional (Da Sentença).

REGRA: O PEDIDO DEVE SER EXPRESSO, CERTO (SEMPRE) E


DETERMINADO (NA MEDIDA DO POSSÍVEL).

Princípio da Correlação/Congruência: Os pedidos formulados


pelas partes limitam a atuação do julgador. O Juiz não pode julgar além do que foi
pedido.

Litispendência: Ações idênticas tramitando ao mesmo tempo. Deve


ter identidade entre os três elementos da ação.

Se houver litispendência, terá a extinção de uma das ações em


trâmite. Continuará aquele que estiver no juízo prevento (Onde a inicial for distribuída
primeiro).

Prevenção: é um critério de fixação da competência.

Competência: Medida da Jurisdição.

Fixar a competência: perpetuar o processo naquele juízo.


Exemplo: Temos um processo tramitando aqui na comarca de
Piracicaba, o A está cobrando uma dívida de B, a petição inicial foi distribuída no dia
10/08, está tramitando em Limeira um outro processo em que A demanda contra B, a
petição inicial foi distribuída no dia 12/08. O juízo prevento é em Piracicaba e o
processo que acontece em Limeira será extinto. A fixação da competência será em
Piracicaba. Sem resolução do mérito.

A regra de prevenção é a distribuição da petição inicial, indiferente se


os processos estão em comarcas iguais ou diferentes. Serpa onde estiver no juízo
prevento.

Se houver Litispendência extingue o processo

Se ou houver Conexão ou Continência, reunião no juízo prevento.

Continência: Coincidir partes, causa de pedir e quando os pedidos


de um abranger os do outro. Envolve identidade de partes, de causa de pedir e os
pedidos de um abrange o outro. Um cabe dentro do outro. Nada mais é que uma
Litispendência limitada.

Exemplo: O A em razão de um acidente sofreu danos materiais então


logo após o acidente, o A procurou o B e culpa-o e pede ressarcimento, danos
materiais, danos emergentes. O B diz que não vai pagar. O A pede que B venda o
carro para pagar, o B diz que não vai vender. O A ingressa ação pleiteando Danos
Mateiras. Logo alguns dias, o A tem várias fortes na região lombar e associa com o
acidente. A Procura o médico e o médico diz que ele machucou a lombar e não poderá
trabalhar. A é autônomo e vai ficar sem receber se não trabalhar. Pode-se pedir lucros
cessantes. Caberão Danos Materiais e Danos Morais. O advogado de A diz que não
poderá pedir no mesmo processo, pois o B já está se defendendo do mesmo e para
que posso ser inserido nesse processo, B deverá concordo , o qual não fará. Então o
advogado sugere que entre em juízo com outro processo o qual pedirá Danos
Materiais, Danos Morais e Lucros Cessantes. Formula-se pedidos ilíquidos, o valor
será apurado depois. Existe identidades iguais, mesma causa de pedir, porém os
pedidos são diferentes, eles são abrangentes.

Conexão: Identidade da causa de pedir ou pedido.

Quando duas ou mais ação apresentarem a causa de pedir OU


pedido = Conexão, Ligação, Vínculo, Liame.

Se houver identidade da causa de pedir ou do pedido, haverá a


reunião das ações no juízo prevento.

Essa regra é lógica, porque nos queremos evitar decisões


conflitantes, contraditórias.

Exemplo: Uma ação revisional de alimentos proposta pelo pai contra


o filho, o pai pagava 1500, porém ele não consegue mais pagar por conta de estar
desempregado. A possibilidade econômica não deixa mais. Porém, o filho entrou um
juízo dizendo que o pai tem condição de pagar sim, os 1500 reais. Ele está trabalho
sim, ele é sócio de uma empresa, trabalha como autônomo. Os rendimentos mensais
dele é maior que antes, então esse dinheiro deve ser maior. E pleiteia o dobro. Uma
ação tramita na 1ª Vara e a outra na 2ª Vara. Existe conexão entre os pedidos. Os
pedidos são diferentes, as partes são diferentes. Vai reunir-se os pedidos no juízo
prevento.

Só fala em identidade de partes quando as pessoas se encontram no


mesmo polo do primeiro processo.

Processo

Dois tipos de processo + medida cautelar

Processo de Conhecimento

Processo de Execução

Medida Cautelar

É um instrumento publico onde a justiça ganha força.

O processo é instaurado pela parte.

Os fatos narrados precisam ser provados.

De os fatos que o Estado lhe dirá o Direito.

Ônus da prova sempre a quem narra.

O processo de conhecimento (cognitivo) visa definir o direito


formal, a existência da dívida. Já o processo de Execução, visa definir o valor da
dívida, que deverá ser satisfeito ao credor.

Quando não se tem um título executivo, o processo deverá correr


pelo processo de conhecimento, até que seja reconhecida a dívida e então passa-se a
fase de execução.
Quando de posse de título executivo, não há a fase de
conhecimento, tem-se diretamente a o processo de execução ou cognição exauriente,
que visa a definição dos valores e satisfação do crédito.

No processo de execução, que é um ato de satisfação do direito


reconhecido, o exequente pode desistir do processo de execução a qualquer
momento, mas ele pode cobrar o crédito posteriormente desde que seja observado o
prazo prescricional do direito postulado, pois a desistência do processo de execução
não a renúncia do crédito. Há possibilidade de o exequente arcar com despesas se, no
processo de execução, o réu já se manifestou, teve que contrata advogado, e o
exequente desiste da execução, ele poderá ser condenado às verbas sucumbenciais.

Se não tiver o cumprimento da sentença de conhecimento, parte


para a execução.

Fase: Execução – Ocorreu no mesmo processo

Execução Autônoma – Por petição inicial

Se tiver o titulo de execução não precisa de conhecimento.

Títulos executivos judiciais são aqueles provenientes de processos,


que, portanto, autorizam o seu cumprimento forçado.

Título executivo extra judicial: porque não é confeccionado em juízo,


a lei confere título, força.

Medida cautelar

Medida cautelar é o procedimento judicial que visa prevenir,


conservar, defender ou assegurar a eficácia de um direito.

Não inclui no processo, não é tipo processual mas sim mecanismo


processual.
Tutela antecipada é o ato do juiz, por meio de decisão interlocutória,
que adianta ao postulante, total ou parcialmente, os efeitos do julgamento de mérito,
quer em primeira instância, quer em sede de recurso.

Tutela cautelar seu objetivo é assegurar a efetividade do processo


de conhecimento ou execução. De modo a impedir que a prestação jurisdicional se
torne inócua pelo decurso do tempo. Sua função primordial é de garantia.

Processo de Conhecimento: Cominar uma sentença

Processo de Execução: Satisfação

Cautelar: Proteção, instrumento protetivo.

Medida Cautelar não é mais processo, pois o novo CPC aboliu o livro
3, do qual o mesmo fazia parte.

NÃO CONFUNDIR PROCEDIMENTOS JURISDICIONAIS COM


PROVIMENTOS JURISDICIONAIS

Provimentos Jurisdicionais

Procedimentos Jurisdicionais (tutelas jurisdicionais):

- Sentenças

- Jurisdição

- Partes

Provimentos são tutelas estatais.

No processo de conhecimento, o autor busca a sentença e a


sentença é um provimento jurisdicional.
1. Sentença

Sentença é o ato pelo qual o juiz põe fim a uma fase procedimental.

Ato do juiz (Pronunciamento do juiz) que põe fim a uma fase do


procedimento, uma fase procedimental, ou extingue o processo.

Sentenças:

- Condenatórias (Condeno o réu, trás implícita a declaração)

- Constitutivas (Positiva ou Negativa (Ação de Divórcio))

- Declaratórias (Ação de paternidade declara quem é o pai. “EX


TUNE”).

2. Decisões Interlocutórias

Decisões Interlocutórias também é um ato do juiz, também é um


pronunciamento do juiz, pelo qual resolve/decide uma questão incidente.

Se não encerra a fase do procedimento, não extingue o processo e


possui conteúdo decisório, é decisão interlocutória.

3. Despacho

O Despacho não possui conteúdo decisório.

Também é ato do juiz, pronunciamento do juiz, mas não possui


conteúdo decisório.

Exemplo:

O autor ingressou em juízo contra o estado e ele precisa de


medicamentos de auto custo e o estado nega. Ele requer ao juiz uma tutela de
urgência, pois ele precisa dos medicamentos agora. Não pode esperar pela sentença.
Estamos em uma situação de urgência a e emergência, pede-se uma LIMINAR. Essa
liminar será classificada em DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.

O que temos é uma decisão no curso do processo, então DECISÃO


INTERLOCUTÓRIA. No final o juiz dará a SENTEÇA.

Tutela antecipada satisfaz a pretensão do autor de forma provisória,


pois o processo continua.
Ação de cobrança que culminou uma sentença, essa sentença tem
prazo para ser cumprida. A partir do momento que não cabe recurso contra a
sentença, o vencido será chamado para cumprir a sentença. Se a sentença não for
cumprida em até 15 dias: multa de 10% e honorários de 10%. Acaba a fase de
conhecimento.

O procedimento é divido em fases.

A decisão interlocutória é prolatada no curso do procedimento.

A sentença cabe recurso. (Menos quando a sentença acaba com o


processo de execução).

No processo de execução só há extinção (Em razão de pagamento,


etc)

Prescrição intercorrente: é a perda do direito de ação no curso do


processo, em razão da inércia do autor da ação, que não praticou os atos necessários
para seu prosseguimento e deixou a ação paralisada por tempo superior ao máximo
previsto em lei.

(Início questão 4)

Pressupostos Processuais

Pressupostos Processuais:

- Existência: - Ação

- Jurisdição

- Partes

- Validade.

(Início da questão 10)

Condições da Ação não é igual a Pressupostos Processuais.

As condições da ação devem estar presentes para permitir que o


processo se desenvolva regularmente, para permitir que o processo alcance seu fim.
Já os pressupostos processuais são elementos que devem estar presentes para que o
próprio processo seja instaurado.
Pressupostos Processuais são requisitos relacionados ao Processo.
Só se fala de processo com a ação, quando o autor realizar a iniciativa da ação.

Pressupostos Processuais são princípios fundamentais para que o


processo exista ou para que o processo seja valido.

A classificação usada será a de Hélio Tornaghi.

Pressuposto Processual de Existência: Requisito necessário para


existência do processo.

Pressuposto Processual de Existência: Para analisar a validade,


deve ser superado o plano da existência. Se ele não existe, não tem porque falar em
validade ou invalidade.

Não existe a possibilidade de haver processo sem a iniciativa das


partes (Ação).

(Fim da questão 10)

1. Ação

Ação: Iniciativa das partes.

Logo, não há processo instaurado de oficio pelo juiz.

Princípio da “Saisine”: - 1784, no exato momento que a pessoa


morre, ela transfere o patrimônio.

O inventário tem por finalidade formalizar a transferência do


patrimônio. Inventário pode ser feito em cartório ou um juízo.

Ação: Iniciativa da parte interessada

O judiciário não pode agir sem que ele seja validamente provocado.

Se for uma ação penal publica, o MP (PARTE) instaura a denúncia.

Em um processo Civil ou Trabalhista, constata indícios de autoria e


materialidade do crime. No processo civil, um conflito que envolve duas empresas, a
ré apresenta defesa que as notas fiscais são imitidas em 50% dos valores: isso é
sonegação fiscal. O juiz determinara extração das cópias do processo e manda para o
MP, que instaura o processo. O juiz só está comunicando para um competente
resolver.

Se há indícios de crime no processo em que o juiz atua, ele deve


agir, caso ele não faça nada: prevaricação.

A iniciativa da parte (ação) é fundamental para que o processo


exista.
2. Jurisdição

Dicção do Direito, poder de dizer direito, o Juiz pode dizer o Direito.

Existem regras que limitam a atuação do julgador: competência.

Competente não é quem quer, competente é que a lei determina.

Jurisdição aos juízes regulamente investidos na jurisdição.

3. Partes

Toda relação jurídica processual, possui polos, ativos ou passivos.

Ativo: Autor

Passivo: Réu

Para que o autor possa pleitear algo em juízo e para que ele consiga
obter algo ao exercer o direito de ação, nos temos que verificar se ele ostenta
legitimidade ad causam, legitimidade ad processum.

Legitimidae ad Causam: liame entre quem pede e o que é pedido.


Natureza jurídica de condição da ação. Condição da ação.

Legitimade ad Causam Ordinária: Pleitear em nome próprio, direito


próprio. Regra geral.

Legitimade ad Causam Extraordinária (Substituição Processual):


Exceção, quando a lei determina, quando a natureza da relação jurídica permite. A
pessoa em nome próprio defende os direitos alheios.

Legitimidade ad Processum: é um pressuposto processual.


Capacidade processual, capacidade para estar em juízo, capacidade para figurar no
polo ativo ou passivo da relação processual. SINONIMO DE CAPACIDADE
PROCESSUAL.

Capacidade Processual

Capacidade Processual (Capacidade para estar em juízo)


DIFERENTE Capacidade de ser parte (Capacidade de ser parte de um processo,
personalidade jurídica + alguns entes despersonalizados)

Alguns itens despersonalizados tem capacidade de ser parte:


Espólio, condomínio, massa falida.

João falece com uma dívida. Quem deve não é João, sim sua
empresa. Então a divida é da pessoa jurídica. Entram com processo contra ESPÓLIO.
R: Carência de legitimidade de ação, pois deve entrar contra a pessoa jurídica já que a
divida é dela.
Quais são os entes despersonalizados que podem atuar: Espólio,
massa falida, condomínio, etc.

A Capacidade de fato não vai ser autora, vai ser ré.

Estamos diante de um nascituro, ente despersonalizado, é titular de


direitos, possui proteção do estado e quem pediria ação de alimentos, será a gestante.

Menor impúbere: menor de 16 anos

Capacidade postulatória

Capacidade postulatória: Aptidão técnica para pleitear em juízo.


Advogado regularmente inscrito na OAB.

O juiz é obrigado a ouvir alguém que não possui capacidade


postulatória? Ele não é obrigado e não haverá validade naquilo que tal pessoa irá
dizer. O juiz deverá pedir que a parte conversasse com seu advogado para que o
advogado vá até o fórum conversar com o juiz.

Capacidade postulatória também é um pressuposto processual de


existência. Não basta que exista autor e réu, ambos devem estar representados por
advogado.

O promotor possui capacidade postulatória para representar o


estado.

Os entes públicos são representados por procuradores públicos,


então no âmbito estadual temos as Procuradorias Estaduais.

Estadual -> Procuradores Estaduais (Deve possuir seu registro na


OAB).

No âmbito municipal também ocorre, existem as Procuradorias


Municipais.

Municipal -> Procuradores Municipais (Deve possuir seu registro na


OAB)

No âmbito federal também ocorre, existem as Procuradorias


Federais.

Federal -> Procuradores Federais (Deve possuir seu registro na


OAB)

MP é parte, nesses casos acima os promotores NÃO SÃO partes.

Capacidade postulatória é um pressuposto processual de existência.


Só se é dispensada a Capacidade Postulatória, no juizado especial
na área cível e

Temos o Estado por intermédio do MP, da Procuradoria e a


Defensoria Pública.

Direito Transindividual: Direito que danifica o direito individual.

Se no processo não constar um advogado, o juiz não pode dizer o


direito em caso em concreto. Nesse caso é um processo inexistente.

Se uma pessoa que não é advogada é peticiona nos autos, o juiz não
pode julgar já que falta a capacidade postulatória.

Procuração

Procuração é instrumento do mandato. Ela prova que a pessoa tem


poderes para representar a outra. Outorgam-se poderes ao advogado.

A procuração pode ser AD JUDICIA ou AD NEGOTIA.

AD JUDICIA: Procuração para o advogado atuar em juízo.

AD NEGOTIA: Procuração para atuar fora de juízo.

“AD JUDICIA ET EXTRA” Atuar em juízo ou fora dele.

Procuração ortogada ao advogado pode ser Procuração Particular. O


cliente assina essa procuração no escritório. O advogado deverá verificar a
autenticidade dos documentos e da assinatura.

Caso a pessoal não seja alfabetizada, a procuração deverá ser


pública. A assinatura deverá ser através de arrobo ou impressão digital.

Se for um interdito, quem irá assinar será o procurador.

Se for uma criança, quem irá assinar será a mãe (o representante).

Se for uma pessoa com mais de 16 anos, o assistente.

Pressupostos Processuais de Validade

Desenvolvimento regular no processo.

Os Pressupostos Processuais de Existência são aqueles


imprescindíveis à formação do processo e os Pressupostos Processuais de Validade
são os imprescindíveis ao funcionamento regular do processo

Pressupostos Processuais de Validades objetivos, diz respeito à


matéria.
Pressupostos Processuais de Validade objetivos positivos (Coisas
que precisam estar presente, se não estiver extingue-se o processo): Petição Inicial
Apta, Competência Absoluta, Intervenção do MP, Citação Válida.

1. Petição Inicial Apta

É a qual atende aos requisitos legais.

Nome da petição inicial no Penal: denúncia.

Se o autor não descrever a denuncia essa conduta não é apta.

A denúncia deve descrever a conduta.

Inicial apta deve dar validade ao processo e não dar existência.

Mesmo que ela seja inepta, o juiz instaurará o processo, depende


dos Pressupostos Processuais de Validade Objetivos Positivos.

(Inicial da questão 5)

2. Competência absoluta

Competência: Funcional, Material (São absolutas), Territorial e Valor


da Causa (São relativas).

Será competência absoluta quando prevalecer o interesse público,


do estado.

Será competência relativa quando prevalecer o interesse das partes.

A competência relativa pode ser modificada pela vontade das partes.

A competência absoluta NÃO pode.

Competência Funcional ou Hierárquica

Competência Funcional tem ligação direta com o juízo prevento, com


a competência fixada. Na competência funcional, as normas que a disciplinam tratam
das atribuições dos órgãos judiciários que atuam no processo, e não da competência
das pessoas físicas em que esses órgãos se encarnam.

Gerará a competência originária. Em razão da função ou hierarquia


move-se a causa no tribunal, por exemplo. Encontra-se na CF para a competência do
STJ e STF e para os Tribunais de Justiça encontra-se nas LOJ’s.

Competência Vertical quando recorrermos o pedido.


Competência Horizontal quando entramos com o pedido.

Competência Material

Competência em razão da matéria. Isto quer dizer que um


determinado juízo é competente (isto é, tem o direito e o dever) para julgar
determinadas ações em razão da matéria, isto é, do "tema".

Ex: se uma empresa pede falência, a ação se processa em uma Vara


de Falências. Ela é competente, e não a Vara Civil, em razão da (devido à) matéria
(falência).

É o objeto litigioso, o objeto que estar sendo discutido. Exemplo:


causa de família, ou de trânsito, etc. Encontrado nas LOJ’s dos estados federativos.

Competência Territorial

Circunscrição geográfica. É o critério de foro. Encontrado no CPC.

Competência do Valor da Causa

Competência do Valor da Causa não deve extrapolar muito os


valores pedidos com o fato ocorrido.

Poderá ser um critério de determinação de competência, é um dos


motivos da obrigatoriedade do valor da causa na inicial. Encontra-se nas LOJ’s.

Prorrogação da Competência: torna um juízo que não era


competente em competente.

Competência = medida da Jurisdição

Competência absoluta não pode ser sanada, pois diz respeito à


ordem pública.

3. Intervenção do Ministério Público

É apenas a comunicação do MP, nem sempre vai ser atuado com


efetividade. Só precisar abrir vista pro MP.

É um órgão estatal previsto na CF.

É autônomo e independente.
MP não integra nenhum dos poderes da CF, ele é independente e
autônomo.

Alguns falam que o MP é um 4º poder por conta da sua


independência.

No cível, pode desempenhar a função de PARTE ou FISCAL DA LEI.

Quando o MP atua como parte no processo civil, nos falamos em


atuação do MP como dominus litis (parte). Quando o MP atuar como fiscal da lei, nos
vamos falar sobre custos legis (fiscal da lei)

Na esfera criminal, o MP atua como PARTE. Porque ele é o titular da


ação penal.

O MP também atua na área trabalhista, como PARTE e como


FISCAL DA CORRETA APLICAÇÃO DA LEI.

Onde está presente o promotor, está presente o órgão do MP.

Essa independência é característica do MP.

É um dos órgãos mais atuantes no país.

O promotor toma conhecimento de um dano ambiental, que uma


empresa está poluindo o ambiente. Há a possibilidade de ele ingressar em juízo contra
essa empresa. Ele vai atuar como polo ativo, ele vai atuar como dominus litis. (parte).
Nesse caso ele está atuando como legitimado extraordinário. (Substituto Processual)

Legitimado extraordinário = Substituto Processual -> Defende em


nome próprio interesses alheios.

Sempre que o MP atuar como parte, ele vai atuar como Substituto
Processual.

Substituição de parte: não confundir com Substituto Processual

Exemplo: o a está demandando contra o b e o a alega que o bem X


pertence a mim, o B alega que o bem X não é de A é dele. Esse bem está em posse
de B. No curso do processo, o B vendeu esse bem para o C. O B comunicou nos
autos que vendeu o bem X para C no decorrer do processo. O C pede para entrar no
lugar do B na ação. O juiz nesse caso pode para o A se este concorda com a
substituição de partes, pois B está trocando de lugar com o C.

O A não permite que seja feita a troca. O B se torna um Legitimado


Ordinário pois está defendendo o interesse do C.

Na substituição de parte, existe uma alteração, troca no polo da


relação jurídica processual.

O MP deve zelar pela correta aplicação da lei, deve proteger os


vulneráveis. Sempre que houver interesse de menor ou conflito familiar, o MP deve
interferir, mas nesse caso como FISCAL DA LEI.
Ex: Em um divorcio, o casal tem um filho menor. Nos autos, declara
que possui um filho menor e pede o divorcio. O juiz ao receber esse pedido, antes de
tomar qualquer providencia no processo, ele pede o VISTO AO MP.

MP: Interesses coletivos, interesse de menor, conflito familiar.

Se o promotor toma conhecimento sobre algum politico que está


fazendo algo ilícito, ele pode atuar.

Não há nulidade sem prejuízo.

Mens Legis = Sentido da norma

Se não houver intervenção do MP, só será anulado os ocorridos do


processo se isso prejudicar algo. Caso não prejudique, não há nulidade.

O MP é proativo, ele pode entrar em processo contra um réu. Ele


deve agir caso encontre algo ilegal.

No crime o MP representa o estado, representa os direitos da


coletividade.

Na trabalhista, existe o MPT. Ele deve fiscalizar a correta aplicação


da lei.

4. Citação Válida

Citação: Ciência e Chamamento para que o réu ou o interessado se


manifeste em juízo.

Se tomarmos por enfoque o RÉU, a citação vai ser um pp de


existência.

Se tomarmos por enfoque o AUTOR, a citação vai ser um pp de


validade.

A citação está relacionada intimamente com 2 principios


constitucionais: o CONTRADITÓRIO E DE AMPLA DEFESA.

(Fim da questão 4)

Pressupostos Processuais de validade objetivos negativos:


Litispendência, Coisa Julgada e Perempção.

Litispendência: Existirá quando coincidirem os 3 elementos da ação


(parte, pedido e causa de pedir). Obstáculo processual intransponível
Coisa julgada: Cláusula pétria: art 5º, XXXVI, CF. Consiste na
quantidade dos efeitos da “sentença” que lhe confere imutabilidade.

Os PP Negativos são aqueles que devem estar ausentes. Se


estiverem presentes, haverá problemas.

1. Litispendência

Haverá quando estivermos diante de ações idênticas estiverem


acontecendo. Se coincidirem os 3 elementos da ação, há litispendência.

Exemplo: Uma ação tramita em Piracicaba, João contra Pedro, causa


de pedir um ilícito, pedido condenação de Pedro ao pagamento de 100 reais. Está
tramitando em Americana uma ação idêntica. Causa de pedir um ilícito, pedido 100
reais. Há Litispendência. Mantém o do juízo prevento.

Juízo prevento é aquele que tem sua competência fixada. Deve-se


verificar onde a inicial foi distribuída primeiro.

É um obstáculo que não pode ser superado. Se não tivesse sido


constatada a Litispendência em Americana, a sentença não seria válida em
Americana.

Juiz natural nesse caso é o juízo prevento. Onde a inicial foi


distribuída primeiro.

Exemplo: Em uma revisional de alimentos, João x Pedro, João está


pedindo a majoração (AUMENTO) dos alimentos, o valor pago por Pedro é
insuficiente, requere o aumento. O Pedro ingressou com uma revisional de alimentos
em Piracicaba, Pedro x João, pedindo a redução dos alimentos. Não estamos diante
de litispendência, pois são pedidos diferentes, e as partes estão em ordens diferentes.
Nesse caso existe CONEXÃO.

Litisconsóricio: Reunião de duas ou mais pessoas em um ou ambos


os polos da relação jurídica processual. Não tem NADA haver com PP.

Exemplo: PROVA - O MP/SP ingressa com uma ação civil publica


contra uma determinada empresa, SAMARCO. A poluição ocorreu em uma região de
fronteira, houve danos ambientais no Estado de MG e SP. Por esse motivo o MP/MG
também ingressou com uma ação civil publica contra a empresa com os mesmos
pedidos. Existe Litispendência? Sim, o MP é UNO. Mesmas partes, mesmo pedido.
Estamos diante de um PP de Validade Objetivo Negativo. A solução é reunião no juízo
prevento. Se o juízo prevento for em SP, o processo será remetido para SP e ambos
os promotores atuarão juntos.

Aos processos coletivos não se aplica a regra da extinção,


aplica-se a regra da reunião.

Processo coletivo: todo aquele que possui interesse transindividual.


Discussão que extrapola o interesse do indivíduo. Danos ambientais.

Tutela coletivas de direitos: Quando varias pessoas postulam seu


direitos individuais. Âmbito dos Direitos Individuais.

Tutela de direitos coletivos: Quando uma pessoa postula o direito


de vários. Âmbito dos Direitos Transindividuais.

Quando envolver Direitos Transindividuais, ela implica na reunião.

Não há litispendência antes da citação do réu.

A citação válida induz litispendência.

2. Coisa Julgada

“Consiste na qualidade dos efeitos da sentença que lhe confere


imutabilidade”

Coisa julgada existirá quando não houver mais recurso.

Coisa julgada não se restringe a sentença.

Provimento Jurisdicional é passível de recurso, juiz tem poder


decisório, mas esse poder não é pleno e absoluto, pois cabe recurso. Se não
observado o lapso temporal entre a decisão e o recurso, vamos falar em transito em
julgado, o qual não cabe recurso.

A sociedade precisa de segurança jurídica para que impere a paz


social.

Coisa julgada não pode ser alterada. Salvo exceções.

Coisa julgada comporta relativização. (Novas provas, novos fatos).

Pode ser aplicadas a decisões interlocutórias de mérito.

Pedido não impugnado é pedido incontroverso.

Coisa julgada material decorre do transito em julgado de uma


decisão de mérito.

A sentença que define o mérito: sentença definitiva.

Sentença definitiva: resolve o mérito.


Sentença terminativa: extingue sem resolução do mérito.

Antes do Trânsito em Julgado cabe recurso, depois não (exceto


exceções).

Depois do Trânsito em Julgado, cabe ação rescisória.

O prazo para recurso é de 15 dias.

3. Perempção

É um pressuposto que não pode estar presente, se estiver o juiz


extinguirá o processo sem a resolução do mérito.

Um obstáculo processual que decorre de extinções sucessivas do


processo em decorrência da desídia do autor.

Desídia: contumácia: desleixo, descaso, relaxo, pouco caso,


negligência.

Ex.: Quando o processo não anexa os documentos necessários em


processo.

A perempção ocorrerá quando tivermos 3 EXTINÇÕES SEM A


RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Não confundir Perempção com Preempção e Preclusão

Preempção: é instituto do direito material, do direito civil. Sinônimo de


direito de preferência.

Preclusão: Perda de direito de praticar o ato em juízo. É


endoprocessual (ocorre no processo).

Prescrição: perda do direito de exercer o direito de ação em


decorrência do tempo. Perda do direito de ingressar no juízo. Perder o prazo. Pode ser
interrompido, pode ser suspenso.

Prazo decadencial: perda do direito. Perda do direito por não tem


exercido o ato em prazo de lei. Ele não pode ser interrompido, não se suspende, é
contínuo.
Se a lei não mencionar quanto vai ser o prazo prescricional, ele será
de 10 anos. Se mencionar, será o que foi mencionado.

Na omissão da lei, o prazo será prescricional.

Pressuposto Processual de Validade Subjetivo

(pessoas): Juiz, MP, partes.

1. Juiz

Juiz não é parte.

O Juiz não pode ser impedido, ser suspeito.

As causas de impedimento e suspeito estão previstas em lei.

O juiz deve sem imparcial, neutro, desinteressado ao que diz respeito


as partes.

Falamos em impedimento quando houver uma causa objetiva: que


pode ser facilmente comprovada, por documento. O juiz não pode ser irmão do
advogado do autor, ele não poderá julgar a causa, haverá impedimento.

Causa de suspensão são de ordem subjetiva, de maior dificuldade


probatória.

2. MP

Fiscal da lei.

Não pode ser impedido, ser suspeito.

O mesmo que cabe ao juiz sobre neutralidade, cabe o Promotor.

EXCETO quando ele for parte, aí ele deverá estar sempre ao lado da
Justiça.
O MP não é sempre imparcial, ele atua como parte ás vezes, como
autor.

Em uma ação penal, o titular da ação é o MP.

Em uma ação civil publica, um dos autores é o MP.

Não pode ter parentesco com nenhum dos integrantes do processo.

Nós podemos falar em impedimento ou suspensão do advogado? R:


Sim, exemplo da prevenção. Se o processo não puder trocar de vara, quem será
impedido será o advogado, não o juiz.

3. Partes

Elas devem contar com a devida capacidade e representação.

Um incapaz não pode atuar no sozinho em um processo.

Se houver incapacidade, deverá usar a Representação ou a


Assistência. Representação = Menor impúbere.

Pessoa Jurídica precisa comprovar a sua existência, precisa


comprovar quem tem poderes de representação. Precisa do ato constitutivo.

Institutos Fundamentais

1. Ação.
2. Jurisdição.
3. Processo.

4. Defesa (Exceção)

Defesa e exceção são sinônimos.


Direito de defesa é instituto fundamental, oportunidade para
apresentar defesa é obrigação.

Se o Estado não conferir a defesa, será um processo nulo.

É conferido a todos, de forma indiscriminada.

Todos tem direito a uma defesa técnica, a um advogado, ao


contraditório, todos tem direito a AMPLA DEFESA.

A defesa, via de regra, é feita através da CONSTESTAÇÃO, tanto no


civil quanto no processo trabalhista. No processo crime, o termo usado é DEFESA
PRELIMINAR.

Processual x Meritória

Na CONSTETAÇÃO poderá ser defesa Processual e/ou meritória.

Defesa Processual é aquela que diz respeito a ação e ao processo,


ataca Pressuposto Processual ou Condição da Ação.

Defesa Meritória é aquele que recai sobre os pedidos, está atacando


o pedido ou o mérito.

Quando está prescrita é Defesa Meritória.

Defesa Processual é veiculada em preliminares, quando o réu


suscita uma Defesa Processual em preliminares, preliminar é aquilo que antecede ao
mérito. Desenvolve a Defesa Processual e depois se faz a Defesa Meritória.

A defesa deve ser concentrada na Contestação e na defesa


preliminar.

A prescrição e decadência não são preliminares ao mérito, não vem


antes do mérito, são preliminares de mérito.

Na inicial o autor pede, na contestação o réu repele.

De acordo com o novo CPC, o réu na própria contestação poderá


atacar também, na reconvenção o réu ataca e vira autor e o autor vira réu.

A reconvenção tem natureza jurídica de ação.


Se estiver diante de uma petição inicial e na Contestação o réu
elaborou a sua reconvenção, teremos dois processos e uma contestação.

Contestação é defesa, reconvenção é ataque.

O direito de defesa não é sempre conferido ao réu, reconvenção o


autor vai se defender.

Direta x Indireta

A defesa pode ser direta ou indireta

Uma defesa direta é qual ataca o objeto da lide de forma frontal,


contundente.

Defesa indireta é aquela que não ataca o objeto da lide, aquela que
não enfrenta o objeto da lide.

Ambas viabilizam a defesa.

EX.: o autor requer a condenação do réu, o reu se defende e alega


que a divida já foi paga, segue o comprovante. Estamos diante de uma defesa direta.

EX2.: o réu alega que deve, não nega, não vai pagar e ninguém pode
me compelir a tanto, porque essa dívida foi contraída a mais de 10 anos, logo o crédito
do autor se encontra prescrito. Defesa indireta pois ele não nega a divida mas invoca a
Prescrição.

PRESCRIÇÃO E DECADENCIA SEMPRE HAVERÁ EXTINÇÃO


COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO

Dilatória x Peremptória

A defesa pode ser dilatória ou peremptória

Defesa dilatória é aquela que implica em uma ampliação da


discussão.

Defesa peremptória é aquela que extingue o processo.

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