Você está na página 1de 12

Processo Civil – 6° Semestre

Sentença

Decisão que põem fim a primeira instancia, com ou sem analise do mérito.

Sentença terminativa - Art. 485

Encerra a fase de conhecimento (ou seja, o juiz acaba com o processo), mas não resolve o
mérito;

Faz coisa julgada formal (sempre existe quando ocorre o enceramento do processo);

Cabe recurso de apelação (prazo de 15 dias);

Possibilidade de retratação (prazo de 5 dias);

Em regra, há possibilidade de repropositura, ou seja, caso o autor queira repropor a ação com
outro advogado, após a sentença terminativa, desde que o mesmo pague as custas da primeira
ação, poderá repropor outra.

Hipóteses de sentença terminativa

 Indeferimento da petição inicial; (ocorre pois se não se foi capaz de preencher os


requisitos da petição, não há de se falar no direito de continuar com o processo, e
decidir quem está certo naquela situação)
 Negligência; (tanto da parte autora como da parte ré, para ocorrer a negligencia o a/r
devem deixar de movimentar o processo mesmo podendo, por mais de 1 ano, e após
esse prazo, o juiz identifica o fato e intima as partes para que elas movimentem o
processo no prazo de 5 dias, se o fizeram, não ocorre a negligência, se mesmo assim
não fizerem, ocorre, e se extingue o processo.)
 Abandono; (ocorre por parte do autor, quando o mesmo deixa de movimentar o
processo por +30 dias, o juiz identifica o fato e o intimida para a movimentação no
prazo de 5 dias, se o mesmo não o fizer, se extingue o processo.)
 Perempção; (3 abandonos sucessivos, ou seja, o autor abandonou a ação uma vez,
repropôs a mesma e abandonou novamente, sendo assim, após o terceiro abandono,
não se poderá mais repropor a mesma ação.)
 Ausência de pressupostos;
 Coisa julgada e litispendência; (Coisa julgada: quando se propõem uma mesma ação
onde já se resolveu o mérito, a segunda será extinta por coisa julgada e sofrerá os
efeitos da primeira. Litispendência: ocorre quando duas ações idênticas se encontram
em curso ao mesmo tempo, uma delas será anulada para evitar decisões diferentes
para um mesmo caso, a litispendência só pode ser alegada antes da discussão do
mérito da ação.)
 Ausência de legitimidade de interesse/interesse;
 Reconhecimento de convenção de arbitragem;
 Desistência da ação; (antes da contestação pode desistir, depois da contestação
também pode desistir, mas deverá haver consentimento da outra parte, depois da
sentença não pode haver desistência)
 Morte da parte + intransmissibilidade; (quando ocorre a morte da parte e a ação é
intransmissível, ou seja, os herdeiros não poderão assumir, ocorre a extinção sem
resolução de mérito)
Sentenças resolutivas – Art. 487

Encerra a fase de conhecimento;

Resolve o mérito;

Faz coisa julgada material; (aquela que exige além de encerrar o processo, que se decida com
força de lei quem tem ou não razão no processo)

Cabe recurso de apelação; (prazo de 15 dias)

NÃO cabe retratação;

Hipóteses de sentenças resolutivas

Acolhimento/rejeição;

Prescrição/decadência;

Homologação do reconhecimento (da ré para o autor)

transação

renúncia (do autor e ré)

Elementos da sentença – Art. 489

Relatório; (o juiz irá informar as partes, as incidências, as provas, etc, ou seja, mostrar que ele
conhece o processo)

Fundamentação; (o juiz irá avaliar os fatos e analisar quais são as verdades desses fatos,
juntamente com os motivos (fundamentação jurídica para aceitar verdadeiro aquele fato))

Dispositivo; (decisão)

Sentença não fundamentada:

Copiar dispositivos de lei;

Conceito jurídico indeterminado; (sem explicar)

Motivo que se presta a qualquer decisão;

O juiz deve enfrentar todos os argumentos;

Deixar de seguir precedente obrigatório;

Princípio da adstrição/congruência

O juiz tem que decidir no limite do que foi pedido. Ou seja, se a parte pediu pouco, se deve dar
pouco, se pediu muito e se conseguiu provar, se dará muito.

Não se deseja sentença – Ultra petita (quando o juiz “inventa”, se dá benefício diferente do que
foi pedido)

Extra petita (quando o juiz exagera, se dá mais do que foi pedido)


Infra petita (quando o juiz esquece, quando se dá menos do que foi
pedido)

Não podem ocorrer, pois não estão alinhados com os pedidos feito pela parte.

Hipoteca judiciária - Art. 495

Comparecer em cartório imobiliário averbar a sentença, ou seja, praticamente dizer “fulano me


deve, e ele não pode vender esse imóvel pois me deve e eu posso querer pegar uma parte
desse dinheiro pela dívida”. (independe de autorização de juiz, urgência, condenação genérica,
cumprimento provisório, e impugnação)

Após isso, no prazo de 15 dias deve a parte autora informar o juiz.

Coisa julgada - Art. 502 a 508

Conceito – art. 502: Autoridade da decisão (imutável, indiscutível, de mérito) não mais sujeita a
recurso – essa decisão tem força de lei.

 Coisa julgada material: aquela que tem força de lei, e possui mérito.
 Coisa julgada formal: aquela onde ocorre o encerramento do processo.

A coisa julgada não prejudica terceiros (terceiros que não participaram do processo, pois faz lei
entre as partes)

Gera preclusão, impede discutir novamente questões já decididas. Salvo relação jurídica de
trato continuado + modificação de fato e de direito;

 O que faz coisa julgada?

Questão principal do dispositivo da sentença;

Questão prejudicial do dispositivo da sentença, se houver nele:

Depender o julgamento

Haver contraditório (prévio e efetivo)

Ainda houver competência (em razão da pessoa e da matéria)

Teoria geral dos recursos

Recurso é o poder de provocar o reexame de uma decisão pela mesma autoridade judiciária ou
por outra hierarquicamente superior, visando obter a reforma ou invalidação da decisão.

Os recursos são sempre voluntários, ou sejam cabe a parte optar ou não por ele.

Natureza Jurídica: Extensão do direito de ação, uma continuidade do processo.

Finalidade: Pedido de reexame de uma decisão para reforma-la, invalida-la, esclarece-la ou


integra-la.

Princípios

Princípio do duplo grau de jurisdição: afim de diminuir os erros nas decisões judiciárias, através
do reexame da decisão por autoridade superior hierarquicamente.

Princípio da taxatividade: somente lei federal pode estabelecer recursos.


Princípio da unicidade recursal: em regra, não saberá mais de um recurso sobre a mesma
decisão, ao mesmo tempo. Exceção ao art. 1029.

Princípio da fungibilidade recursal: a parte interpôs erroneamente um recurso, ou seja, se


enganou e interpôs na ação um recurso que não é cabível, sendo assim, poderá receber o
recurso correto pela fungibilidade, caso siga os requisitos de não existir erro grosseiro
(realmente estar confuso sobre qual recurso seria cabível na ação) e má-fé.

Princípio da proibição da "reformatio in pejus": em regra, a parte que recorre poderá ter a
decisão mantida, seguir da mesma forma, ou que ela melhore. Ou seja, a decisão não pode
piorar para a parte que recorre.

Princípio da correspondência: cada recurso corresponde a uma determinada decisão, prevista


em lei. Sendo assim, para que se possa interpor um recurso é necessário analisar a correlação
entre o pronunciamento judicial e o recurso. Ex: o recurso de apelação é cabível diante de uma
sentença.

Efeitos dos recursos

Em regra, possuem dois efeitos. Devolutivo e suspensivo.

Devolutivo: aquele que devolve a matéria impugnada para reexame, feito geralmente por um
órgão superior.

Suspensivo: aquele que suspende a decisão que foi impugnada, ou seja, a decisão ficará
suspensa enquanto o recurso não foi decidido. Se a decisão não for suspensa, haverá a
produção imediata dos efeitos daquela decisão.

Sucumbência

Serve para identificar quem pode praticar o recurso e qual o limite dele, o limite do recurso
depende da sucumbência.

Direta e Indireta {Único

Múltiplo { Total e Parcial

Classificação dos recursos

Quanto a extensão

Total: Todo o conteúdo da decisão será impugnado no recurso. Normalmente se ocorre em


casos que o juiz negou todo o pedido da parte, porém caso a parte peça recurso total em uma
decisão onde há uma parte que o favorece, e o mesmo não especificar que deve se manter
uma parte, o tribunal analisará tudo novamente. Vai até o limite da sucumbência.

Parcial: Irá impugnar somente uma parte da decisão, ou seja, a parte irá pedir recurso somente
em cima de uma parte da decisão, pois a outra foi favorável ao pedido que o mesmo realizou.
Sucumbência recíproca.

Quanto a autonomia

Principal: Recurso levado a juízo de maneira independente.

Na ocorrência de sucumbência recíproca, autor e réu poderão interpor recurso. Neste caso,
cada um interporá de maneira autônoma, conforme preceitua o art. 997 do CPC (caput). Desta
forma, em caso de sucumbência recíproca, se o recurso do réu não for admitido pelo órgão ad
quem, mas o recurso do autor sim, apenas este será levado à análise do juízo de mérito,
porque ambos são independentes.

Adesivo ou subordinado: Salvo disposição legal diversa, o recurso interposto na forma adesiva
fica subordinado ao recurso independente e deve observar as mesmas regras, quanto aos
requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal. Caso o recorrente desista do principal,
o adesivo não será analisado. A sua análise fica vinculada à análise do principal.

Quanto a iniciativa recursal

Voluntário: A regra é essa, a parte que deve se manifestar para impugnar recurso. Princípio da
inércia. Sucumbência pode ser ou não requisito.

Necessário (obrigatório): Casos em que a lei exige que se a parte perder, o recurso
automaticamente deverá ser posto. Exceção ao princípio da inércia, onde diz que o judiciário
fica inerte até que a parte se manifeste. Ex: fazenda pública, caso ela perca uma decisão a
remessa automaticamente volta ao tribunal. Exige sucumbência (perder o processo).

Quanto ao órgão destinatário

Retratativos: devolvem decisão recorrida para exame ao mesmo órgão profetido.

Não retratativos: o órgão destinatário do recurso é diferente da decisão retratativa e superior.

Recursos em espécie

Decisões do juiz:

Despacho: não tem conteúdo decisório, somente para dar andamento ao processo. Decisão
interlocutória: tem conteúdo decisório, mas não coloca fim ao processo. Sentença: tem
conteúdo decisório e coloca fim ao processo.

Apelação – Art. 1.009 CPC

Da sentença cabe apelação. Ou seja, havendo a sentença indesejada, em regra recorro para a
apelação.

Apelação é o recurso cabível contra sentença ou decisão interlocutória não agravável de


instrumento (em regra, para recorrer a decisão interlocutória deverá se utilizar agravo de
instrumento, porém quando não o couber poderá utilizar apelação).

Cabimento: em regra, contra sentença, na fase de conhecimento ou execução.

Prazo: 15 dias.

Com exceção nas sentenças sobre falência, onde não cabe apelação e sim agravo de
instrumento para recorrer.

Sendo assim, em regra: sentença –> apelação; decisão interlocutória -> agravo de instrumento.

Apelação contra decisão interlocutória

A DI deve te sido realizada na fase de conhecimento do processo, e na preliminar da apelação


deve-se alegar a não possibilidade do agravo de instrumento naquela decisão interlocutória
para ai sim se utilizar a apelação.
No art. 1015 do CPC estão presentes os casos onde se utiliza agravo de instrumento, sendo
assim, não estando presente nesse artigo, poderá se utilizar da apelação para recorrer.

Agravo de instrumento – Art. 1015 CPC

Cabe agravo de instrumento nos casos de decisões interlocutórias. Segundo o artigo 1015,
caberá agravo de instrumento nas decisões que versarem sobre:
I - tutelas provisórias; (Desde que decididas por decisão interlocutória, caberá agravo. Caso a tutela seja
decidida por sentença, caberá apelação.)

II - mérito do processo; (Ex: reconhecimento parcial do pedido.)

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; (Se o juiz aceitar alegação da arbitragem finalizará
o processo e cabe apelação. Se ele negar, caberá agravo.)

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;

Princípio da taxatividade

Tendo em vista que, o recurso de agravo de instrumento no CPC de 73, era o recurso cabível
de toda decisão interlocutória que pudesse causar à parte grave dano/ risco, tendo a junção de
urgência + risco. No CPC de 2015, as hipóteses para apresentar um agravo de instrumento
estão presentes nos incisos do art. 1015 CPC. Sendo assim, com essa taxatividade dos incisos,
em casos não presentes neles, onde mesmo assim havia uma urgência e grave dano, as partes
ficavam sem ter “para onde correr”.

Com isso, o STJ decidiu por aplicar a taxatividade mitigada, onde diz que o rol é sim taxativo,
porém será admitido que seja aplicado o agravo nos casos fora do art. 1015, quando for inútil
discutir a decisão interlocutória em sede de preliminar de apelação. Sendo assim os preceitos:

 Incompletude dos incisos do 1015;


 As hipóteses excepcionais são encaradas como excepcionalíssimas.

Desta forma, caberá agravo de instrumento nas decisões interlocutórias versadas no art. 1015,
porém, quando não couber o agravo, “em regra” se utiliza a apelação. Sendo assim, quando
for inútil utilizar da apelação, a taxatividade mitigada trás a possibilidade de utilizar o agravo
de instrumento, pelo fato do rol do artigo ser incompleto, e as hipóteses onde serão inúteis
utilizar da sentença serão excepcionalíssimas.
Formalidades – Documentação

Para realizar a petição de agravo deve se juntar todos os documentos, sobre tudo que ocorreu
no processo, desde o início. Caso não possua algum documento, deve realizar a justificativa de
inexistência.

Comunicação “ad quo”

Para realizar o recurso de agravo, deve-se comunicar o juiz de primeiro grau a insatisfação da
decisão do mesmo, e que a partir dela irá agravar para o juiz de segundo grau.

Haverá um prazo de 3 dias para realizar essa comunicação.

Em processo físico a comunicação é obrigatória, com risco do recurso não ser reconhecido. Em
processo virtual a comunicação é obrigatória.

Procedimento

Se a sentença do primeiro grau sair antes da decisão do recurso de agravo no segundo grau o
recurso será não conhecido. Exceção: convenção de arbitragem.

Embargos de declaração – Art. 1022 CPC

Oco + em

Embargos de declaração cabe sobre decisão judicial obscura (decisão onde a parte fica confusa
sobre o que foi decidido), contraditória (quando o juiz fundamenta sobre uma pauta e no
dispositivo decide de outra), omissa (o juiz não apreciou todas as partes do processo, ou não
fundamentou a sua decisão de forma correta) e por erro material (erro perceptível por
qualquer pessoa, como trocar o nome das partes).

Há controvérsias na doutrina onde dizem que qualquer decisão judicial que tenha oco + em,
poderá haver o embargo de declaração. Porém, muito se foca em que para caber embargos de
declaração, a decisão deve ter caráter decisório, ou seja, somente caberá em decisão
interlocutória ou sentença, pois despacho não possui caráter decisória e sim de andamento no
processo.

Efeito devolutivo

Está presente em todos os recursos, pois a natureza do recurso é devolver uma decisão
indesejada.

Efeito infringente

O embargo de declaração interrompe o prazo de interposição de outros recursos. Ex: se tiver


uma apelação rolando, e no 3° dia de prazo, a parte interpõe embargo de declaração, a
contagem dos 15 dias da apelação é paralisada. Podendo haver ou não modificação da
sentença.

Efeito interruptivo

Julgado os embargos, o prazo é devolvido totalmente.

O embargo de declaração não suspende o efeito da sentença, mas interrompe.


Agravo interno – Art. 1021 CPC

Decisões monocráticas, julgadas nos tribunais, por uma única pessoa (relator). Dessa forma, se
a decisão não me agradar eu irei agravar internamente, para essa decisão ir para julgamento
do colegiado, e ser julgado por mais de uma pessoa, porém se mantem no mesmo tribunal.

Prazo para interpor: 15 dias úteis.

Após a interposição do agravo interno o relator deve: recolher manifestação da parte contrária
(no prazo de 15 dias), ele poderá manter a decisão ou escolher se retratar, caso não se retrate
passará para o colegiado e ele irá decidir.

Se verificar que o agravo interno é manifestamente inadmissível, ou improcedente por decisão


unânime e foi utilizado somente para atrasar o processo, gerará uma multa de 1 a 5% valor da
causa.

Recurso ordinário constitucional – Art. 102, II; Art. 105, II da CF

Recurso que se dirige para o STF ou STJ.

Cabimento do recurso no STF

Quando for pedido habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de
injunção (remédios constitucionais) decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, e
for negado o pedido, caberá recurso ordinário.

Endereçamento: O pedido será enviado ao STJ e o presidente ou o vice dele, remeterá ao STF.

Cabimento do recurso no STJ

Quando os habeas corpus/mandado de segurança forem decididos em única ou última


instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal
e Territórios, quando a decisão for denegatória.

E também, nas causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de
um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País (Brasil), em decisão
interlocutória e sentença, caberá o recurso ordinário.

Interposição será feita diretamente no STJ. Se a mesma for feita em outro tribunal será
considerado erro grosseiro e o recurso não será reconhecido por coisa julgada.

Regime jurídico

O recurso ordinário possui regime jurídico próprio. Em alguns casos, se equipara a sentença.

Efeito suspensivo

Em regra, o recurso ordinário não possui efeito suspensivo, ou seja, não suspende a primeira
decisão com a interposição do recurso, ela continuará produzindo efeitos até que se decida
sobre o recurso. Exceção: disposição legal ou judicial contrária.

Procedimento

Prazo para interpor: 15 dias.

Caberá o recurso em acordão proferido no tribunal, decisão interlocutória, e sentença


proferida por juiz federal de primeira instancia.
Encaminhamento ocorre para o juízo ad quem, que encaminha para a turma e ocorre o sorteio
para decidir o relator para julgar na sessão de julgamento no STF ou STJ. Para ocorrer a
admissibilidade do recurso é necessário no min 3 votos favoráveis.

Recursos especiais – REsp

Quando se trata de questões federais, serão julgadas pelo STJ e caberão recursos especiais.

O objetivo do recurso especial não é analisar o caso concreto do processo em questão, mas sim
analisar se as decisões judiciais aplicadas sobre ele seguiram corretamente as normas jurídicas
estabelecida pelo ordenamento.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal (lei federal é toda aquela que é elaborada pelo Congresso Nacional ou
pelo presidente da República, como leis ordinárias, medidas provisórias ou leis complementares), ou
negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

O recurso especial deve ser interposto perante o presidente do tribunal recorrido, conforme
aponta o artigo 1.029.

O efeito do recurso especial é devolutivo, devolvendo a discussão da decisão proferida para o


judiciário, nesse caso, para que o STJ defina se a decisão proferida está de acordo com o
entendimento da legislação federal ou da jurisprudência. Entretanto, no parágrafo 5º do artigo
1.029, o código apresenta que o recurso pode ter também efeito suspensivo dos efeitos
judiciais da decisão, caso exista risco de dano grave ou irreparável.

O prazo para que o recurso especial seja interposto é de 15 dias úteis (artigo 1.003), contados a
partir da publicação da decisão que fere a lei federal ou a jurisprudência de outros tribunais.

Recurso extraordinário – RE

Questões constitucionais, serão julgadas pelo STF e caberão recursos extraordinários.

O foco do recurso é rediscutir decisões que contrariam dispositivos da Constituição;


Declararam a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; Julgam válida lei ou ato de
governo local contestado em face desta Constituição; Julgam válida lei local contestada em face
de lei federal.

É o recurso utilizado para garantir que haja uniformidade em julgamentos e todos estejam de
acordo com a CF/88. Ele possui um rol taxativo, ou seja, apenas as alternativas que estiverem
autorizadas por lei é que poderão ser objeto dele.
Art. 102 CF Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe:
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

É obrigatório que o recurso esteja de acordo com o disposto no art. 102 da CF/88. Além disso, o
recurso extraordinário também deve preencher o requisito de repercussão geral (art. 102 § 3º
CF)
Art. 102 § 3º – No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros

A definição de repercussão geral são questões relevantes do ponto de vista econômico,


político, social ou jurídico (art. 1.035, § 1º do CPC

Esse requisito é uma espécie de filtro, tendo como objetivo evitar que o STF enfrente
demandas menos complexas. Ainda, a repercussão geral também está prevista no CPC como
requisito de admissibilidade específico. Deixando claro que, na sua falta, o recurso não será
admitido. (Art. 1.035 CPC)

O prazo para interposição do recurso extraordinário é de quinze dias e está previsto no artigo
1.003, § 5º do CPC.

REsp e RE

O Código estipula qual é o conteúdo que deve estar presente dentro do recurso especial e
extraordinário, apontando seus itens:
“Art. 1.029. […]

I – a exposição do fato e do direito;

II – a demonstração do cabimento do recurso interposto;

III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.”

O juízo que proferiu a primeira decisão irá fazer o juízo de admissibilidade, juntamente com o
STF ou STJ. Sendo assim, passará pelo juízo ad quo e ad quem.

Em regra, não possui efeito suspensivo automático. A parte pode requerer a suspensão,
provando o risco de perigo de dano ao direito, e a chance de procedência, ou seja, que o
pedido do recurso tem grande chance de ser aceito, e por isso poderia suspender de imediato
os efeitos da primeira decisão.

Deve haver pré-questionamento, ou seja, antes de recorrer ao STJ ou STF, deve se utilizar de
todos os recursos necessários e possíveis para questionar a matéria.

Agravo em recurso especial e extraordinário – Art. 1042 CPC

É cabível quando a decisão do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou Tribunal


Regional for negativa em juízo prévio de admissibilidade, em recurso especial ou
extraordinário. Ou seja, se o resp ou re forem negados, em regra, o recurso que cabe contra
essa decisão é o agravo.

Para negar deve não ser conhecido repercussão geral e julgamento de repetitivos.

Porém, segundo o art. 1.021 CPC, § 2º, “da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III
caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.”. Ou seja, nesses casos será agravo interno o
recurso cabível, e diferente do agravo do 1042, o agravo interno não sobe para julgamento, e
sim é julgado no próprio tribunal de origem.

Prazo para interpor: 15 dias úteis.

A interposição é perante o juiz de origem. Deverá haver um agravo para cada recurso. Se foi
negado resp e re, você deve interpor um agravo para cada.

Recurso isento de preparo, ou seja, não há necessidade de recolher custas, pois já deve se
recolher custas quando for interpor o resp e o re. Sendo assim, a lei dispensa recolhimento.

Se houver o retratamento do recurso, será dado continuidade no recurso inicial, e ele será
distribuído e julgado para analisar a possibilidade de admissibilidade.

Se não houver retratamento, o agravo será remetido ao STJ e após ao STF (se for agravo
conjunto de resp e re), os autos vão para Brasília e serão distribuídos, denominado um relator
que fará a avaliação de admissibilidade do próprio agravo.

Você também pode gostar