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Sentença
Decisão que põem fim a primeira instancia, com ou sem analise do mérito.
Encerra a fase de conhecimento (ou seja, o juiz acaba com o processo), mas não resolve o
mérito;
Faz coisa julgada formal (sempre existe quando ocorre o enceramento do processo);
Em regra, há possibilidade de repropositura, ou seja, caso o autor queira repropor a ação com
outro advogado, após a sentença terminativa, desde que o mesmo pague as custas da primeira
ação, poderá repropor outra.
Resolve o mérito;
Faz coisa julgada material; (aquela que exige além de encerrar o processo, que se decida com
força de lei quem tem ou não razão no processo)
Acolhimento/rejeição;
Prescrição/decadência;
transação
Relatório; (o juiz irá informar as partes, as incidências, as provas, etc, ou seja, mostrar que ele
conhece o processo)
Fundamentação; (o juiz irá avaliar os fatos e analisar quais são as verdades desses fatos,
juntamente com os motivos (fundamentação jurídica para aceitar verdadeiro aquele fato))
Dispositivo; (decisão)
Princípio da adstrição/congruência
O juiz tem que decidir no limite do que foi pedido. Ou seja, se a parte pediu pouco, se deve dar
pouco, se pediu muito e se conseguiu provar, se dará muito.
Não se deseja sentença – Ultra petita (quando o juiz “inventa”, se dá benefício diferente do que
foi pedido)
Não podem ocorrer, pois não estão alinhados com os pedidos feito pela parte.
Conceito – art. 502: Autoridade da decisão (imutável, indiscutível, de mérito) não mais sujeita a
recurso – essa decisão tem força de lei.
Coisa julgada material: aquela que tem força de lei, e possui mérito.
Coisa julgada formal: aquela onde ocorre o encerramento do processo.
A coisa julgada não prejudica terceiros (terceiros que não participaram do processo, pois faz lei
entre as partes)
Gera preclusão, impede discutir novamente questões já decididas. Salvo relação jurídica de
trato continuado + modificação de fato e de direito;
Depender o julgamento
Recurso é o poder de provocar o reexame de uma decisão pela mesma autoridade judiciária ou
por outra hierarquicamente superior, visando obter a reforma ou invalidação da decisão.
Os recursos são sempre voluntários, ou sejam cabe a parte optar ou não por ele.
Princípios
Princípio do duplo grau de jurisdição: afim de diminuir os erros nas decisões judiciárias, através
do reexame da decisão por autoridade superior hierarquicamente.
Princípio da proibição da "reformatio in pejus": em regra, a parte que recorre poderá ter a
decisão mantida, seguir da mesma forma, ou que ela melhore. Ou seja, a decisão não pode
piorar para a parte que recorre.
Devolutivo: aquele que devolve a matéria impugnada para reexame, feito geralmente por um
órgão superior.
Suspensivo: aquele que suspende a decisão que foi impugnada, ou seja, a decisão ficará
suspensa enquanto o recurso não foi decidido. Se a decisão não for suspensa, haverá a
produção imediata dos efeitos daquela decisão.
Sucumbência
Serve para identificar quem pode praticar o recurso e qual o limite dele, o limite do recurso
depende da sucumbência.
Quanto a extensão
Parcial: Irá impugnar somente uma parte da decisão, ou seja, a parte irá pedir recurso somente
em cima de uma parte da decisão, pois a outra foi favorável ao pedido que o mesmo realizou.
Sucumbência recíproca.
Quanto a autonomia
Na ocorrência de sucumbência recíproca, autor e réu poderão interpor recurso. Neste caso,
cada um interporá de maneira autônoma, conforme preceitua o art. 997 do CPC (caput). Desta
forma, em caso de sucumbência recíproca, se o recurso do réu não for admitido pelo órgão ad
quem, mas o recurso do autor sim, apenas este será levado à análise do juízo de mérito,
porque ambos são independentes.
Adesivo ou subordinado: Salvo disposição legal diversa, o recurso interposto na forma adesiva
fica subordinado ao recurso independente e deve observar as mesmas regras, quanto aos
requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal. Caso o recorrente desista do principal,
o adesivo não será analisado. A sua análise fica vinculada à análise do principal.
Voluntário: A regra é essa, a parte que deve se manifestar para impugnar recurso. Princípio da
inércia. Sucumbência pode ser ou não requisito.
Necessário (obrigatório): Casos em que a lei exige que se a parte perder, o recurso
automaticamente deverá ser posto. Exceção ao princípio da inércia, onde diz que o judiciário
fica inerte até que a parte se manifeste. Ex: fazenda pública, caso ela perca uma decisão a
remessa automaticamente volta ao tribunal. Exige sucumbência (perder o processo).
Recursos em espécie
Decisões do juiz:
Despacho: não tem conteúdo decisório, somente para dar andamento ao processo. Decisão
interlocutória: tem conteúdo decisório, mas não coloca fim ao processo. Sentença: tem
conteúdo decisório e coloca fim ao processo.
Da sentença cabe apelação. Ou seja, havendo a sentença indesejada, em regra recorro para a
apelação.
Prazo: 15 dias.
Com exceção nas sentenças sobre falência, onde não cabe apelação e sim agravo de
instrumento para recorrer.
Sendo assim, em regra: sentença –> apelação; decisão interlocutória -> agravo de instrumento.
Cabe agravo de instrumento nos casos de decisões interlocutórias. Segundo o artigo 1015,
caberá agravo de instrumento nas decisões que versarem sobre:
I - tutelas provisórias; (Desde que decididas por decisão interlocutória, caberá agravo. Caso a tutela seja
decidida por sentença, caberá apelação.)
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; (Se o juiz aceitar alegação da arbitragem finalizará
o processo e cabe apelação. Se ele negar, caberá agravo.)
Princípio da taxatividade
Tendo em vista que, o recurso de agravo de instrumento no CPC de 73, era o recurso cabível
de toda decisão interlocutória que pudesse causar à parte grave dano/ risco, tendo a junção de
urgência + risco. No CPC de 2015, as hipóteses para apresentar um agravo de instrumento
estão presentes nos incisos do art. 1015 CPC. Sendo assim, com essa taxatividade dos incisos,
em casos não presentes neles, onde mesmo assim havia uma urgência e grave dano, as partes
ficavam sem ter “para onde correr”.
Com isso, o STJ decidiu por aplicar a taxatividade mitigada, onde diz que o rol é sim taxativo,
porém será admitido que seja aplicado o agravo nos casos fora do art. 1015, quando for inútil
discutir a decisão interlocutória em sede de preliminar de apelação. Sendo assim os preceitos:
Desta forma, caberá agravo de instrumento nas decisões interlocutórias versadas no art. 1015,
porém, quando não couber o agravo, “em regra” se utiliza a apelação. Sendo assim, quando
for inútil utilizar da apelação, a taxatividade mitigada trás a possibilidade de utilizar o agravo
de instrumento, pelo fato do rol do artigo ser incompleto, e as hipóteses onde serão inúteis
utilizar da sentença serão excepcionalíssimas.
Formalidades – Documentação
Para realizar a petição de agravo deve se juntar todos os documentos, sobre tudo que ocorreu
no processo, desde o início. Caso não possua algum documento, deve realizar a justificativa de
inexistência.
Para realizar o recurso de agravo, deve-se comunicar o juiz de primeiro grau a insatisfação da
decisão do mesmo, e que a partir dela irá agravar para o juiz de segundo grau.
Em processo físico a comunicação é obrigatória, com risco do recurso não ser reconhecido. Em
processo virtual a comunicação é obrigatória.
Procedimento
Se a sentença do primeiro grau sair antes da decisão do recurso de agravo no segundo grau o
recurso será não conhecido. Exceção: convenção de arbitragem.
Oco + em
Embargos de declaração cabe sobre decisão judicial obscura (decisão onde a parte fica confusa
sobre o que foi decidido), contraditória (quando o juiz fundamenta sobre uma pauta e no
dispositivo decide de outra), omissa (o juiz não apreciou todas as partes do processo, ou não
fundamentou a sua decisão de forma correta) e por erro material (erro perceptível por
qualquer pessoa, como trocar o nome das partes).
Há controvérsias na doutrina onde dizem que qualquer decisão judicial que tenha oco + em,
poderá haver o embargo de declaração. Porém, muito se foca em que para caber embargos de
declaração, a decisão deve ter caráter decisório, ou seja, somente caberá em decisão
interlocutória ou sentença, pois despacho não possui caráter decisória e sim de andamento no
processo.
Efeito devolutivo
Está presente em todos os recursos, pois a natureza do recurso é devolver uma decisão
indesejada.
Efeito infringente
Efeito interruptivo
Decisões monocráticas, julgadas nos tribunais, por uma única pessoa (relator). Dessa forma, se
a decisão não me agradar eu irei agravar internamente, para essa decisão ir para julgamento
do colegiado, e ser julgado por mais de uma pessoa, porém se mantem no mesmo tribunal.
Após a interposição do agravo interno o relator deve: recolher manifestação da parte contrária
(no prazo de 15 dias), ele poderá manter a decisão ou escolher se retratar, caso não se retrate
passará para o colegiado e ele irá decidir.
Quando for pedido habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de
injunção (remédios constitucionais) decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, e
for negado o pedido, caberá recurso ordinário.
Endereçamento: O pedido será enviado ao STJ e o presidente ou o vice dele, remeterá ao STF.
E também, nas causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de
um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País (Brasil), em decisão
interlocutória e sentença, caberá o recurso ordinário.
Interposição será feita diretamente no STJ. Se a mesma for feita em outro tribunal será
considerado erro grosseiro e o recurso não será reconhecido por coisa julgada.
Regime jurídico
O recurso ordinário possui regime jurídico próprio. Em alguns casos, se equipara a sentença.
Efeito suspensivo
Em regra, o recurso ordinário não possui efeito suspensivo, ou seja, não suspende a primeira
decisão com a interposição do recurso, ela continuará produzindo efeitos até que se decida
sobre o recurso. Exceção: disposição legal ou judicial contrária.
Procedimento
Quando se trata de questões federais, serão julgadas pelo STJ e caberão recursos especiais.
O objetivo do recurso especial não é analisar o caso concreto do processo em questão, mas sim
analisar se as decisões judiciais aplicadas sobre ele seguiram corretamente as normas jurídicas
estabelecida pelo ordenamento.
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal (lei federal é toda aquela que é elaborada pelo Congresso Nacional ou
pelo presidente da República, como leis ordinárias, medidas provisórias ou leis complementares), ou
negar-lhes vigência;
O recurso especial deve ser interposto perante o presidente do tribunal recorrido, conforme
aponta o artigo 1.029.
O prazo para que o recurso especial seja interposto é de 15 dias úteis (artigo 1.003), contados a
partir da publicação da decisão que fere a lei federal ou a jurisprudência de outros tribunais.
Recurso extraordinário – RE
É o recurso utilizado para garantir que haja uniformidade em julgamentos e todos estejam de
acordo com a CF/88. Ele possui um rol taxativo, ou seja, apenas as alternativas que estiverem
autorizadas por lei é que poderão ser objeto dele.
Art. 102 CF Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe:
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
É obrigatório que o recurso esteja de acordo com o disposto no art. 102 da CF/88. Além disso, o
recurso extraordinário também deve preencher o requisito de repercussão geral (art. 102 § 3º
CF)
Art. 102 § 3º – No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros
Esse requisito é uma espécie de filtro, tendo como objetivo evitar que o STF enfrente
demandas menos complexas. Ainda, a repercussão geral também está prevista no CPC como
requisito de admissibilidade específico. Deixando claro que, na sua falta, o recurso não será
admitido. (Art. 1.035 CPC)
O prazo para interposição do recurso extraordinário é de quinze dias e está previsto no artigo
1.003, § 5º do CPC.
REsp e RE
O Código estipula qual é o conteúdo que deve estar presente dentro do recurso especial e
extraordinário, apontando seus itens:
“Art. 1.029. […]
O juízo que proferiu a primeira decisão irá fazer o juízo de admissibilidade, juntamente com o
STF ou STJ. Sendo assim, passará pelo juízo ad quo e ad quem.
Em regra, não possui efeito suspensivo automático. A parte pode requerer a suspensão,
provando o risco de perigo de dano ao direito, e a chance de procedência, ou seja, que o
pedido do recurso tem grande chance de ser aceito, e por isso poderia suspender de imediato
os efeitos da primeira decisão.
Deve haver pré-questionamento, ou seja, antes de recorrer ao STJ ou STF, deve se utilizar de
todos os recursos necessários e possíveis para questionar a matéria.
Para negar deve não ser conhecido repercussão geral e julgamento de repetitivos.
Porém, segundo o art. 1.021 CPC, § 2º, “da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III
caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.”. Ou seja, nesses casos será agravo interno o
recurso cabível, e diferente do agravo do 1042, o agravo interno não sobe para julgamento, e
sim é julgado no próprio tribunal de origem.
A interposição é perante o juiz de origem. Deverá haver um agravo para cada recurso. Se foi
negado resp e re, você deve interpor um agravo para cada.
Recurso isento de preparo, ou seja, não há necessidade de recolher custas, pois já deve se
recolher custas quando for interpor o resp e o re. Sendo assim, a lei dispensa recolhimento.
Se houver o retratamento do recurso, será dado continuidade no recurso inicial, e ele será
distribuído e julgado para analisar a possibilidade de admissibilidade.
Se não houver retratamento, o agravo será remetido ao STJ e após ao STF (se for agravo
conjunto de resp e re), os autos vão para Brasília e serão distribuídos, denominado um relator
que fará a avaliação de admissibilidade do próprio agravo.