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Tipos de recursos jurídicos cíveis

APELAÇÃO

É recurso ordinário em sentido amplo.

Da sentença e cabível apelação e as questões resolvidas na fase de conhecimento,


(decisões interlocutórias) se a decisão a seu respeito não comportar agravo de
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.

Efeito suspensivo: suspende imediatamente os efeitos da sentença até que esta seja
julgada. Exceções: sentença que homologa divisão e demarcação de território,
condenação à prestação de alimentos, de ação penal pública, etc. (casos de urgência).
Requisitos:

a) Razões plausíveis.

b) Risco iminente de dano irreparável ao apelante caso não haja o efeito.

Efeito devolutivo: impede o trânsito em julgado através da remessa da causa ao


Tribunal.

Extensão: só é devolvido o que foi objeto de apelação. Há a vedação da reformatio in


pejus.

Profundidade: pode o Tribunal se aprofundar na causa, nos limites da extensão do efeito


devolutivo. Abrange o que foi discutido no primeiro grau (que deve ter nexo causal
direto com uma possível reforma da sentença) e as questões de ordem pública
cognoscíveis de ofício. Há a possibilidade de reformatio in pejus.

Requisitos da Apelação:

a) Os nomes e as qualificações das partes.

b) Os fundamentos de fato e de direito.

c) Pedido de nova decisão.

Custas: o pagamento deve ser comprovado no momento do protocolo da apelação,


havendo possibilidade de complementação posterior.

Recebimento do recurso

a) Revisão de admissibilidade do juízo a quo: se negado, cabe agravo que vai direto para
o Tribunal, para que a mesma instância não o recuse novamente.

b) Hipótese excepcional de rejeição do recurso pelo próprio juízo a quo quando este,
com certeza, será julgado improcedente.
c) Hipóteses excepcionais de retratação: permitem ao juízo a quo, ao receber a apelação,
se retratar ou alterar a sentença, nas ocasiões previstas em lei.

Prazo: 15 dias a contar da publicação da decisão que se pretende recorrer. O prazo é o


mesmo para as contrarrazões.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Cabível contra as decisões interlocutórias sobre:

tutelas provisórias;

mérito do processo;

rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

exibição ou posse de documento ou coisa;

exclusão de litisconsorte;

rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

admissão ou não de intervenção de terceiros;

concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

redistribuição do ônus da prova e em outros casos expressamente referidos em lei.

Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase


de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e
no processo de inventário.

Se faltar cópia ou houver outro vício que comprometa a admissão do recurso, o relator
concederá prazo de 5 dias para o recorrente sanar a falha.

Em regra, possuem apenas o efeito devolutivo, mas é possível requerer que se conceda
efeito suspensivo sob a alegação de plausibilidade do recurso e perigo de danos
irreparáveis.

Efeito ativo: pede-se uma providência do Tribunal através do agravo, uma tutela
antecipada recursal, por exemplo. Mero efeito suspensivo não conseguiria esse
resultado.

É remetido junto à decisão por ele recorrida e aos documentos necessários, diretamente
ao Tribunal.
É julgado enquanto o processo em primeiro grau corre.

É cabível contra solução de mérito em liquidação de sentença.

Prazo: 15 dias.

Retratação: quando a parte entrar com o agravo, deve comunicar ao juiz que o fez.
Quando comunicado, o juiz pode se retratar da decisão interlocutória e mudá-la,
prejudicando o objeto do agravo.

AGRAVO REGIMENTAL (INTERNO)

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