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15 de Dezembro de 2023
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Publicado por Benigno Núñez Novo
há 4 anos
Em direito, recurso é um instrumento para pedir a mudança de uma decisão da mesma instância
ou em instância superior, sobre o mesmo processo. Não havendo recurso ou inexistindo recurso
com efeito suspensivo, muitas vezes o meio adequado é ação constitucional de mandado de
segurança.
Efeito suspensivo: suspende imediatamente os efeitos da sentença até que esta seja julgada.
Exceções: sentença que homologa divisão e demarcação de território, condenação à prestação
de alimentos, de ação penal pública, etc. (casos de urgência). Requisitos:
a) Razões plausíveis.
Requisitos da Apelação:
Recebimento do recurso
a) Revisão de admissibilidade do juízo a quo: se negado, cabe agravo que vai direto para o
Tribunal, para que a mesma instância não o recuse novamente.
b) Hipótese excepcional de rejeição do recurso pelo próprio juízo a quo quando este, com
certeza, será julgado improcedente.
c) Hipóteses excepcionais de retratação: permitem ao juízo a quo, ao receber a apelação, se
retratar ou alterar a sentença, nas ocasiões previstas em lei.
Prazo: 15 dias a contar da publicação da decisão que se pretende recorrer. O prazo é o mesmo
para as contrarrazões.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
tutelas provisórias;
mérito do processo;
exclusão de litisconsorte;
Se faltar cópia ou houver outro vício que comprometa a admissão do recurso, o relator
concederá prazo de 5 dias para o recorrente sanar a falha.
Em regra, possuem apenas o efeito devolutivo, mas é possível requerer que se conceda efeito
suspensivo sob a alegação de plausibilidade do recurso e perigo de danos irreparáveis.
Efeito ativo: pede-se uma providência do Tribunal através do agravo, uma tutela antecipada
recursal, por exemplo. Mero efeito suspensivo não conseguiria esse resultado.
É remetido junto à decisão por ele recorrida e aos documentos necessários, diretamente ao
Tribunal.
Prazo: 15 dias.
Retratação: quando a parte entrar com o agravo, deve comunicar ao juiz que o fez. Quando
comunicado, o juiz pode se retratar da decisão interlocutória e mudá-la, prejudicando o objeto
do agravo.
A parte entra com o agravo regimental para que a sua causa seja analisada pelo colegiado.
Prazo: 15 dias.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Não tem o poder de modificar a decisão, mas, às vezes, além de cumprir sua função principal, a
decisão acaba por ser alterada. (Efeitos Infringentes)
c) Questão alegada anteriormente no processo, sobre a qual o juiz disse que iria se pronunciar,
mas não o fez.
Há a interrupção dos prazos para outros recursos para todos os partícipes do processo.
Não há intimação ao embargado, salvo quando os embargos tiverem efeitos infringentes.
Quando é interposta apelação sem o conhecimento de que a outra parte entrou com os
embargos, esta deve ser ratificada posteriormente. (a ratificação é uma peça requerendo o
julgamento da apelação)
Prazo: 5 dias.
Prazo: 15 dias.
Hipóteses de cabimento:
Cabe quando for contrariado tratado ou lei federal, ou quando a decisão negar-lhes vigência.
Cabe contra decisão que julgar válido ato de governo local contestado por lei federal.
Cabe quando houver dissídio jurisprudencial, não bastando a alegação de divergência, devendo
ser explicado onde e porque elas divergem.
Cabe contra decisão que declarar a constitucionalidade, quando esta contrariar a CF.
Cabe contra decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face da CF.
Prequestionamento
Pode ter sido enfrentada em qualquer tempo do processo, mas, preferencialmente, deve ter
sido incluída na Petição Inicial.
No STJ o prequestionamento deve vir do juiz, no STF, deve vir das partes.
Questão de ordem pública também precisa ser prequestionada, podendo ser feio no
julgamento da apelação.
→ Simultaneidade de REsp e RExt: uma decisão com fundamentos independentes, nos quais
haja questão constitucional e questão de lei federal, deve se interpor ambos os recursos, sendo
que o REsp será julgado antes.
→ Recursos Repetitivos: grande quantidade de recursos versando sobre causa idêntica: se afeta
um, para que, quando julgado, o teor da decisão seja estendido para todos os outros. A
afetação implica a suspensão dos demais recursos.
Filtro: a questão constitucional deve ser relevante para a sociedade (econômica, social ou
politicamente).
Há a presunção de repercussão geral, sendo que a declaração do STF será a de não existência
desta.
O julgamento será feito pelos 11 ministros do STF e será realizado no plenário virtual para que
não seja necessário reunir todos os ministros para decidir todas essas causas que vão para o
Tribunal.
O mérito (passado o juízo sobre repercussão geral) é julgado por uma turma menor, em um
primeiro momento.
Casos que não configuram repercussão geral vinculam os próximos casos idênticos.
A redação do RExt deve conter um tópico específico para comprovar repercussão geral.
Não se discutem os fatos, mas questões atinentes à aplicação e interpretação da lei federal ou
da Constituição.
Cabimento:
Tanto o REsp quanto o RExt só cabem quando a decisão recorrida for da última instância
possível (deve ter havido o exaurimento das instâncias ordinárias.
Não inclui os casos de competência originária, nos quais não há efetivamente o RExt.
Não cabe REsp ou RExt contra decisão que defere ou indefere medida urgente, pois ainda não
houve sentença.
A questão referente à admissibilidade deve se limitar a uma possível ofensa à lei federal/CF, e
não que efetivamente ela exista, pois isso será julgado no mérito do recurso.
A admissibilidade pode ser negada quando a ofensa a lei federal é impossível. (Ex.: alegação de
ofensa a lei municipal).
O Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário, previsto no rol dos recursos do artigo 994 do
Código de Processo Civil, é cabível da decisão do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de
Justiça ou Tribunal Regional que inadmite, em juízo prévio de admissibilidade, recurso especial
ou extraordinário.
Com o atual Código de processo civil, alterado pela lei 13.256 de 4 de fevereiro de 2016, os
Recursos Especiais e os Recursos Extraordinários permaneceram a se submeter a um duplo juízo
de admissibilidade. No entanto, apenas o juízo negativo de admissibilidade é recorrível, visto
que, na hipótese de admissão, os autos serão remetidos à respectiva Corte Superior, onde
ocorrerá o juízo definitivo de admissibilidade.
Não exercida a retratação, a decisão mantém-se, com a remessa dos autos ao tribunal superior,
uma vez que não há no agravo em recurso especial ou extraordinário, duplo juízo de
admissibilidade. Cabe ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem apenas processar
o agravo, remetendo os autos ao STF ou STJ, conforme o caso, para que lá seja examinado.
Interpostos dois agravos, um para cada Corte Superior, como o agravo de recurso especial e
extraordinário não é instrumentalizado e independe de preparo, os próprios autos são
remetidos, primeiramente para o Superior Tribunal de Justiça e, concluído o julgamento do
agravo pelo STJ, os autos, sem necessidade de requerimento, serão encaminhados para o
Supremo Tribunal de Federal, exceto se o mesmo restar prejudicado, nos moldes do art. 1.042, §
8º, do CPC.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
STJ: cabe contra acórdão que divirja de julgamento de outra turma, seção ou corte especial do
mesmo tribunal.
STF: cabe contra acórdão em RExt que divirja de outra turma ou do plenário do mesmo tribunal.
Servem para que se faça jus à necessidade de uniformização da jurisprudência nos tribunais
superiores.
E o que é o recurso? O recurso nada mais é que o meio impugnante que a parte pode utilizar
para pedir o reexame da decisão que foi preferida no processo ainda em curso, que a mesma
faz parte. A reanalise da ação (acima referida) poderá ocorrer de duas formas, pela mesma
autoridade judiciária que julgou a ação ou por outra hierarquicamente superior, visando sempre
obter esclarecimento, reforma ou invalidação da sentença.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ASSIS, Araken de. Manual dos recursos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 643.
4. CÔRTES. Osmar Mendes Paixão, Os embargos de divergência no STJ segundo o novo CPC
(com as alterações da lei 13.256/16). Disponível em:
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI240438,81042s+embargos+de+divergencia+no+STJ
+segundo+o+novo+C... Acessado em dezembro de 2019.
5. DIDIER JR., Fredie e CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil.7ª
ed. Salvador/BA: Editora Juspodivm, 2009, v. 3, Versão digital.
6. MARINONI, L. G.; ARENHART, S. C.; MITIDIERO, D. O Novo Processo Civil. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2015, p. 532. Versão digital.
7. NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único. 8. ed. –
Salvador: Ed. JusPodivm, 2016. 1.760 p. Versão digital.
8. PINHO, Humberto Dalla Bernadina de. Direito processual civil contemporâneo: teoria geral do
processo – 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
10. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito
processual civil,processo de conhecimento e procedimento comum – vol. III / 47. ed. rev., atual.
e ampl. versão digital – Rio de Janeiro: Forense, 2016. Versão digital.
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