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RECURSOS NO PROCESSO PENAL

1. Conceito

É o instrumento processual voluntário de impugnação de decisões


judiciais previsto em lei, utilizado antes da preclusão e na mesma relação jurídica
processual objetivando a reforma, a invalidação, a integração ou esclarecimento da
decisão judicial impugnada.

2.Fundamentos dos recursos

Falibilidade humana. Juízes podem errar;


Inconformismo das pessoas;
Duplo grau de jurisdição. É o mais importante fundamento. Deve ser
entendido como a possibilidade de reexame integral da decisão do juízo a quo a ser
confiado a órgão jurisdicional diverso do que a proferiu e de hierarquia superior na ordem
judiciária. Em regra, é exercido por meio da apelação. Além da apelação,
excepcionalmente, o duplo grau também pode ser exercido por meio do:

 Recurso ordinário constitucional, de decisões da Justiça Federal


sobre crimes políticos (Lei 7170/83, Lei de Segurança Nacional),
para apreciação pelo STF (artigo 102, II, 'b', CF – pode analisar
questões de fato, direito e matéria probatória)
 Recurso ordinário em habeas corpus (CF, Art. 102, II, a e Art. 105,
II, a).

O duplo grau de jurisdição também significa que, a exceção das hipóteses


de competência originária dos tribunais, o processo deva ser examinado uma vez no
primeiro grau e reexaminado uma segunda vez em sede recursal pelo tribunal. Portanto,
não se admite que o tribunal possa diretamente fazer o exame originário da matéria, sob
pena de supressão do primeiro grau de jurisdição, o que também seria causa de violação
ao duplo grau de jurisdição. É o que ocorreria, por exemplo, caso a mutatio libbelli fosse
admitida na segunda instância. Vide exemplo da Súmula 453, STF.

Há doutrinadores defensores de que o duplo grau de jurisdição estaria


previsto de maneira implícita na CF, no artigo 5º, LV quando se fala da ampla defesa.

Outros doutrinadores falam que o duplo grau de jurisdição está previsto


de forma implícita na organização do Poder Judiciário, que prevê a existência de vários
tribunais de forma escalonada.

Hoje de maneira pacífica entende-se que o duplo grau de jurisdição está


previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos (artigo 8º, 2, h) – Pacto de San
José da Costa Rica.
3. Pressupostos de admissibilidade recursal

O órgão fará primeiramente um juízo de admissibilidade recursal, sendo


analisada a presença dos pressupostos objetivos e subjetivos.

Se estiverem presentes esses pressupostos, num segundo momento o


juízo ad quem fará a análise do mérito recursal.
Juízo de admissibilidade recursal = Juízo de prelibação

O juízo de admissibilidade recursal é chamado de juízo de prelibação! O


juízo de prelibação é feito, em regra, pelo juízo a quo (contra o qual se recorre) e pelo
juízo ad quem (para o qual se recorre).

Quando estiverem presentes os pressupostos objetivos e subjetivos o


recurso é conhecido! A expressão conhecimento do recurso significa dizer que os
pressupostos recursais estão presentes. Isso não se confunde com o mérito do recurso.
Quando o recurso é julgado favorável utiliza-se a expressão provimento.

5. Pressupostos objetivos de admissibilidade recursal

5.1. Cabimento

Corresponde à previsão legal. A decisão impugnada deve estar sujeita a


recurso. Conclui-se, portanto, que o rol dos recursos e as hipóteses de cabimento
configuram um elenco taxativo (princípio da taxatividade).

5.2. Adequação

É necessário que seja utilizada a impugnação correta para atacar a


decisão. O pressuposto da adequação sofre uma mitigação por força do princípio da
fungibilidade.

Princípio da fungibilidade (Art. 579, CPP): O recurso não adequado


pode ser recebido e conhecido como se fosse o correto, desde que não fique
caracterizada má-fé do recorrente. Essa má-fé deve ser analisada a partir da presença de
dois pressupostos:

1) Não pode haver erro grosseiro: quando houver dúvida


objetiva sobre qual seria o recurso adequado. Nessa situação, o ordenamento jurídico
tolera a interposição do recurso inadequado, desde que dentro do prazo do recurso
adequado.

Exemplo (muito fraco): acordão denegatório de HC que é impugnado


via RESE (5 dias), quando seria cabível o ROCHC (5 dias).

2) O recurso errado deve ter sido interposto no prazo do


recurso correto.
Exemplo de má fé: diante da perda do prazo da apelação (5 dias), a
parte interpõe o recurso extraordinário (5 dias).

Exemplo de boa fé: Absolvição sumária no procedimento comum nos


casos de extinção da punibilidade (Art. 397, Inciso IV).

5.3. Tempestividade

O recurso deve ser interposto no prazo legal, sob pena de preclusão


temporal. O que interessa é a interposição do recurso, sendo que a apresentação de
razões fora do prazo é considerada mera irregularidade.

Compete ao órgão a quo a análise da tempestividade do recurso. Se ele


verificar que o recurso é intempestivo, deve negar-lhe seguimento ao orgão ad quem.

Para fins de verificação da tempestividade, o que deve ser levado em


consideração é a data em que a petição é protocolada ou em que é entregue ao escrivão
ou diretor de secretaria, independentemente do momento do despacho do juízo a quo.

Deve-se lembrar que o CPP admite em alguns casos a interposição dos


recursos sem a imediata apresentação das razões recursais. É o que ocorre, por exemplo,
com a apelação e o com o recurso em sentido estrito.

Prazos:
Carta testemunhável – Art. 639 (do mandado de intimação
deve constar a hora em que houve a intimação). É cabível
quando determinado recurso não for admitido, e desde que
não haja recurso cabível contra essa denegação. Exemplo:
Não conhecer do recurso. Mas antes tem que analisar se não
48 horas
cabe outro recurso contra a denegação. Por exemplo, da
apelação que não foi conhecida cabe Rese (artigo 581, XV,
CPP). Se o Rese também é denegado caberá carta
testemunhável, porque não há previsão legal de outro
recurso.
Embargos de declaração em 1ª ou 2ª instância.

CPP, Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2


2 dias
(dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que
nela houver obscuridade, ambigüidade, contradição ou
omissão.
Apelação
Rese
Protesto por novo júri (extinto – mas vale a pena falar em
razão da discussão quanto à aplicação da lei que extinguiu o
recurso)
Agravos

Súmula 700, STF - É de cinco dias o prazo para interposição


de agravo contra decisão do juiz da execução penal.
Correição parcial. Não está prevista no CPP, mas está
geralmente na Lei de Organização Judiciária e no Regimento
Interno. E normalmente o prazo é de 5 dias.
A correição parcial está ligada a um ato tumultuário, abusivo,
o chamado error in procedendo do juiz e desde que não haja
recurso legal previsto para aquela decisão.

5 dias Embargos de declaração no Juizado (Artigo 83, Lei


9.099/95)

Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em


sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição,
omissão ou dúvida.

§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou


oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da
decisão.

§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de


declaração suspenderão o prazo para o recurso.

§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.


Recurso ordinário para o STF e para o STJ
Embargos infringentes e de nulidade. São cabíveis apenas
no julgamento de RESE, AGRAVO EM EXECUÇÃO E
APELAÇÕES; só são cabíveis em favor do acusado, salvo no
âmbito do processo penal militar, em que os embargos
também podem ser utilizados em favor da acusação. Os
embargos estão condicionados à existência de decisão não
unânime.

Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados


pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de
acordo com a competência estabelecida nas leis de
organização judiciária. (Redação dada pela Lei nº 1.720-B,
de 3.11.1952)

Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de


segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se
embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser
opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de
10 dias acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os
embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
(Incluído pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
Apelação no âmbito dos Juizados Especiais Criminais. A
apelação nos juizados devem ser acompanhadas das razões,
não existe a possibilidade de apresentar posteriormente.

Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da


sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma
composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de
jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias,


contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo
réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as
razões e o pedido do recorrente.
15 dias Recurso extraordinário e recurso especial
20 dias Rese contra lista dos jurados. Artigo 581, XIV c/c 586,
parágrafo único. Parte da doutrina entende que essa hipótese
de cabimento do Rese foi tacitamente revogada pela nova
redação do artigo 426, §1º, que passou a prever reclamação
por qualquer do povo contra a lista geral dos jurados, a ser
interposta até o dia 10 de novembro de cada ano.

Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo


de cinco dias.

Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de


vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de
jurados.

Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das


respectivas profissões, será publicada pela imprensa até o dia
10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à
porta do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
de 2008)

§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante


reclamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o
dia 10 de novembro, data de sua publicação definitiva.
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

Início da contagem do prazo recursal: o dia do começo não é


computado, incluindo-se, porém, o do vencimento.

Tem direito à intimação pessoal: MP (Art. 800, §2º), defensores públicos e


dativos (Art. 370, §4º do CPP). O acusado, das sentenças condenatórias ou absolutórias
impróprias proferidas na primeira instância (apenas nessas), também faz jus à intimação
pessoal.
Defensores constituídos, advogados dos querelantes e do assistente são
intimados por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da
comarca (Art. 370, §1º).

Intimação por carta precatória: Súmula 710, STF.

5.4. Inexistência de fato impeditivo

Esse pressuposto tem que ser analisado a contrario sensu. Os fatos


impeditivos são:

a) Renúncia ao direito de recorrer. A renúncia ocorre antes da


interposição do recurso. Em relação ao MP há controvérsia, pois tem doutrinadores
(Eugênio Pacceli) que defendem que o MP não pode renunciar, em razão do princípio da
indisponibilidade. Denilson Feitosa defende que o MP não é obrigado a recorrer, portanto,
é possível renunciar ao recurso.

Conflito entre o defensor e o acusado. Nessa hipótese o recurso deverá


ser conhecido? Prevalece a vontade de quem quer recorrer, basicamente é necessário
lembrar do princípio da reformatio in pejus, pois num recurso somente da defesa a
situação do acusado não pode piorar. Sobre o assunto há duas Súmulas do STF: 705,
708

b) Não recolhimento à prisão (artigo 594, CPP); REVOGADO

5.5. Inexistência de fato extintivo do direito de recorrer

O fato extintivo vai acontecer durante a tramitação do recurso. Isso é


chamado de extinção anômala do recurso, porque o normal é que o recurso seja extinto
com o julgamento.

a) Desistência do recurso. A desistência ocorre durante o trâmite


recursal. O acusado e o defensor podem desistir. O MP não poderá desistir. Há situações
em que um promotor interpõe o recurso, e um outro promotor tem que apresentar as
razões, nesse caso prevalece o entendimento de que o promotor é obrigado a oferecer as
razões recursais, não podendo se valer de sua independência funcional em detrimento do
princípio da indisponibilidade da ação penal pública. Mas tem doutrinador que entende
que o promotor não precisa apresentar as razões;

b) Deserção. Pode acontecer em duas situações distintas:

b1) Por fuga do acusado (artigo 595, CPP). Foi revogado pela Lei
12.403/11 e já era entendimento do STF;

b2) Por falta de preparo (artigo 806, §2º, CPP). Essa hipótese
somente aplica-se ao recurso do querelante nas ações penais exclusivamente privadas, e
desde que o mesmo não seja beneficiário da justiça gratuita.

6. Pressupostos recursais de natureza subjetiva


6.1. Legitimidade recursal: Art. 577, CPP

1) MP;
2) Querelante;
3) Acusado. Normalmente o acusado recorre por termo nos autos. O oficial de
justiça faz a certidão e certifica que no momento da intimação o acusado manifestou vontade de
recorrer. Para o STF não há necessidade de o mandado de intimação da sentença ser
acompanhado de termo de apelação (STF/HC 93120);

4) Defensor;
5) Assistente da acusação. Embora o Art. 577 omita a figura do assistente, este
também tem legitimidade (restrita e subsidiária, ou seja, diante da inércia do promotor) para
recorrer a depender do caso. Para se compreender qual é a sua legitimidade, deve-se fazer uma
leitura conjugada dos artigos 268, 584, §1º e 598, CPP. Assim, conclui-se que o assistente pode
interpor:

a) APELAÇÃO: nos casos de IMPRONÚNCIA e no caso de uma SENTENÇA


ABSOLUTÓRIA (Art. 598, caput c/c Art. 584, §1º).
b) RESE: quando o juiz julgar EXTINTA A PUNIBILIDADE (Art. 598, Inciso VIII).

Em desdobramento a essas hipóteses o assistente pode se valer de qualquer


outro recurso, inclusive os recursos extraordinários, como assim dispõe a Súmula
n.º 210 do STF (à qual se estende aos recursos especiais, visto que, à época da
sua edição, tais recursos ainda não existiam na CF/88).

O recurso do assistente é subsidiário em relação ao do MP (Súmula 448 do STF).


Se o MP não recorrer o assistente recorre.

O prazo recursal do assistente é: Se habilitado o prazo é de 5 dias; se não


habilitado o prazo será de 15 dias. Nas duas hipóteses o prazo recursal deve ser
contado a partir da inércia do MP.

6.2. Interesse recursal

Para que se possa recorrer, deve ser demonstrado interesse recursal, o qual está
relacionado à sucumbência, que é uma situação de desvantagem jurídica oriunda de emergente
decisão recorrida.

7. Efeitos dos recursos

7.2. Efeito devolutivo

É o mais importante efeito. Consiste na devolução da matéria impugnada para


reexame ao juízo ad quem, para que confirme, reforme, integre ou invalide a decisão recorrida
(tantum devolutum quantum apelatum). Não se pode confundir a análise do juízo a quo, da análise
feita pelo tribunal.

Prevalece o entendimento de que a delimitação da impugnação ocorre na


petição de interposição. Se não houver essa delimitação na petição de interposição, prevalece que
o efeito devolutivo deve ser analisado segundo as razões recursais.

O efeito devolutivo está presente em todo e qualquer recurso!

7.3. Efeito suspensivo

Consiste no impedimento da eficácia da decisão recorrida diante da interposição


do recurso.

O efeito suspensivo consiste no impedimento da eficácia da decisão recorrida,


ressaltando que a suspensividade do recurso tem início com a publicação da decisão recorrível.

Apelação e o efeito suspensivo: A apelação contra sentença condenatória possui


efeito suspensivo; A apelação contra sentença absolutória não possui efeito suspensivo.

7.4. Efeito regressivo/iterativo/diferido

Consiste na devolução da matéria impugnada ao mesmo órgão jurisdicional que


prolatou a decisão recorrida. São aqueles casos em que há juízo de retratação. Exemplo: Agravo
em execução, Rese (Art. 589, CPP)

7.5. Efeito extensivo

Nos casos de concursos de agentes, quando a decisão do tribunal estiver


fundamentada em motivos de natureza objetiva, seus efeitos serão extensivos aos demais
acusados, mesmo que esses não tenham recorrido.

O efeito extensivo está previsto no artigo 580, CPP:

8. Princípios

8.1. Princípio da Voluntariedade dos recursos

A parte recorre se quiser. Esse princípio aplica-se ao MP e ao defensor dativo,


eles não são obrigados a recorrer. Em relação a este princípio há uma exceção, que diz respeito ao
recurso de ofício, chamado por alguns de reexame necessário e duplo grau obrigatório, pois alguns
doutrinadores após a CF/88 questionavam se ainda seria possível a provocação do tribunal. Mas
acabou prevalecendo que este recurso de ofício é uma condição objetiva de eficácia da decisão.

a) Hipóteses de cabimento do recurso de ofício:

• Decisão concessiva de HC;


• Concessão de reabilitação; Art.746 do CPP.
• Arquivamento de inquérito ou absolvição em crimes contra a economia
popular ou saúde pública. Art.7º, Lei 1521/51
• Sentença que concede o mandado de segurança: Art. 14, §1º da Lei
12016/09.

Não deve-se esquecer do artigo 574, II, CPP, pois a maioria da doutrina entende
que tal dispositivo foi revogado tacitamente pela Lei 11.689/08.

8.2. Princípio da unirrecorribilidade

Se cabível recurso contra determinada decisão será cabível um único recurso.

a) Exceções ao princípio da unirrecorribilidade:

Interposição simultânea de recurso extraordinário e especial (artigo 26, Lei


8.038, Súmula 126, STJ)

De acordo com alguns doutrinadores, outra exceção seria o cabimento dos


embargos infringentes para a parte não unânime e os recursos extraordinários para a parte
unânime da decisão. Para o STJ é possível a aplicação do artigo 498, CPC no âmbito do processo
penal. STJ/Resp. 785679.

8.3. Princípio da Non Reformatio in pejus

Em um recurso exclusivo da defesa a situação do acusado não poderá ser


agravada pelo tribunal, nem mesmo em se tratando de um erro material. Esse princípio está no
artigo 617, CPP. Este princípio também é válido para a revisão criminal (artigo 626, parágrafo
único).

8.3.1. Non reformatio in pejus indireta

Em um recurso exclusivo da defesa, caso o tribunal anule a decisão recorrida, a


situação do acusado não poderá ser agravada pelo juízo a quo por ocasião da nova decisão a ser
proferida.

Non reformatio in pejus indireta e incompetência absoluta: Para parte da


doutrina (Prof. Pacelli), nos casos de incompetência absoluta, é possível que o juiz natural aplique
pena mais gravosa ao acusado, mesmo que em virtude de recurso exclusivo da defesa. Essa
posição não prevalece perante os tribunais superiores.

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