Anhanguera CPC Recursos Aula 1

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DIREITO PROCESSUAL

CIVIL – RECURSOS
Profª Luciana Ferreira Lima
luciana.flima@anhanguera.com

Sejam bem-vindos!
Marcus Vinicius Rios Gonçalves.
Direito processual civil
esquematizado.
11ª ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2020.

Obs.: Está obra está disponível no


formato e-book, na Biblioteca Virtual,
em “Minha Biblioteca”
CONCEITO
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
1 - Interposição na mesma relação processual
• Os recursos não têm natureza jurídica de ação, nem criam
um novo processo. Eles são interpostos na mesma relação
processual e têm o condão de prolongá-la.
• Essa característica pode servir para distingui-los de outros
remédios, que têm natureza de ação e implicam a formação
de um novo processo, como a ação rescisória, a
reclamação, o mandado de segurança e o habeas corpus.
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
2 - A aptidão para retardar ou impedir a preclusão ou a coisa
julgada
• Enquanto há recurso pendente, a decisão impugnada não se terá
tornado definitiva.
• Quando se tratar de decisão interlocutória, não haverá
preclusão; quando se tratar de sentença, inexistirá a coisa
julgada. As decisões judiciais não se tornam definitivas,
enquanto houver a possibilidade de interposição de recurso, ou
enquanto os recursos pendentes não tiverem sido examinados.
• Isso não significa que a decisão impugnada não possa desde
logo produzir efeitos: há recursos que são dotados de efeito
suspensivo, e outros que não são.
• Não havendo recurso com efeito suspensivo, a decisão
produzirá efeitos desde logo, mas eles não serão definitivos,
porque ela ainda pode ser modificada.
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
3 - Correção de erros de forma ou de conteúdo
• Ao fundamentar o seu recurso, o interessado poderá postular a
anulação ou a substituição da decisão por outra. Deverá expor
quais as razões de sua pretensão, que podem ser a correção de
erros de fundo (denominados errores in procedendo) ou
correção de forma (denominados errores in judicando) , tendo
por objeto vícios de conteúdo ou processuais.
• Em regra, o reconhecimento do error in procedendo enseja a
anulação ou declaração de nulidade da decisão, com a
restituição dos autos ao juízo de origem para que outra seja
proferida; e o error in judicando leva à reforma da decisão,
quando o órgão ad quem profere outra, que substitui a
originária.
• Os embargos de declaração fogem à regra geral, porque sua
finalidade é apenas aclarar ou integrar a decisão, e não
propriamente reformá-la ou anulá-la.
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
4 - Impossibilidade, em regra, de inovação
• REGRA: não se pode invocar, em recurso, matérias que não tenham sido
arguidas e discutidas anteriormente.
• EXCEÇÕES:
 Fatos supervenientes, que repercutam sobre o julgamento:
Art. 493/CPC – Se, depois da propositura da ação, algum fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento
do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
 Fatos ocorridos antes da sentença, não levados ao juízo a quo por motivo
de força maior:
Art. 1.014/CPC – As questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de
fazê-lo por motivo de força maior.
 Questões de ordem pública, que podem ser conhecidas a qualquer tempo
(falta de condições da ação, ou de pressupostos processuais, ou prescrição
e decadência)
INTERVALO
Voltamos às 21:15h
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
5 - O sistema de interposição
• Salvo uma única exceção, os recursos são interpostos
perante o órgão a quo, e não perante o órgão ad quem. A
exceção é o agravo de instrumento, interposto diretamente
perante o Tribunal.
• Há alguns recursos interpostos e julgados perante o mesmo
órgão; não se pode falar, nesses casos, em órgão a quo e ad
quem, como nos embargos de declaração.
• No CPC atual, salvo no recurso extraordinário e no especial,
não cabe ao órgão a quo fazer esse juízo de admissibilidade,
que será feito exclusivamente pelo órgão ad quem. A função
do órgão a quo será apenas fazer o processamento do recurso,
enviando-o ao ad quem, que fará tanto o exame de
admissibilidade quanto, se caso, o de mérito.
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS
6 - A decisão do órgão ad quem em regra substitui a do a quo
Quando o órgão ad quem examina o recurso, são várias as
alternativas, assim resumidas:
• Pode não conhecer do recurso. Nesse caso, a decisão do órgão a
quo prevalece, e não é substituída por uma nova;
• Pode conhecer do recurso, apenas para anular ou declarar a
nulidade da decisão anterior, determinando o retorno dos autos
para que seja proferida outra;
• Pode conhecer do recurso, negando‐lhe provimento , caso em que
a decisão anterior está mantida; ou dando‐lhe provimento, para
reformá‐la. No caso de mantença ou reforma, a decisão
proferida pelo órgão ad quem substitui a do órgão a quo, ainda
que aquela tenha se limitado a manter, na íntegra, a anterior. O
que deverá ser cumprido e executado é o acórdão, e não mais a
decisão ou sentença.
PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS SUJEITOS A
RECURSO
• Só cabe recurso contra pronunciamento do juiz;
• E é preciso que tenha algum conteúdo decisório. Não cabe dos
despachos, pronunciamentos judiciais de mero andamento do
processo.
• Os recursos são cabíveis contra:
 Sentença;
 Decisões interlocutórias;
 Decisões monocráticas proferidas pelo relator;
 Acórdãos, decisões colegiadas dos Tribunais.
PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS SUJEITOS A
RECURSO
 Sentença: que põe fim ao processo. Contra elas caberá a
apelação e, eventualmente, embargos de declaração;
 Decisões interlocutórias: não põe fim ao processo, mas
possuem conteúdo decisório. Há as decisões interlocutórias
que são recorríveis em separado, isto é, por meio de um
recurso próprio e específico, que é o agravo de instrumento
(art. 1.015/CPC); e há aquelas que não são recorríveis em
separado, por meio de agravo de instrumento (as que não
integram o rol do art. 1.015), mas que podem ser
reexaminadas como preliminar na apelação ou nas
contrarrazões. Contra as decisões interlocutórias,
agraváveis ou não, também cabem embargos de
declaração;
PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS SUJEITOS A
RECURSO
 Decisões monocráticas proferidas pelo relator. O relator
dos recursos ou dos processos de competência originária
dos tribunais tem uma série de atribuições, elencadas no
art. 932/CPC. Pode até mesmo, em determinados casos,
julgar monocraticamente o recurso, dando-lhe ou negando-
lhe provimento (art. 932, IV e V). Da decisão do relator
cabe agravo interno;
 Acórdãos, decisões colegiadas dos Tribunais (art. 204);
contra elas, além dos embargos de declaração, poderão
caber recurso extraordinário e especial, em caso de ofensa
à Constituição ou à lei federal. Também será admissível o
recurso ordinário, nos casos previstos na Constituição
Federal.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE
MÉRITO
Antes de examinar a pretensão recursal, deve-se analisar os
requisitos de admissibilidade do recurso.
O exame é feito pelo órgão ad quem e, exclusivamente no
RE e no REsp, também pelo órgão a quo.
Os requisitos de admissibilidade constituem matéria de
ordem pública e, por isso, devem ser examinados de ofício.
Constituem os pressupostos indispensáveis para que o
recurso possa ser conhecido. O não preenchimento leva a
que a pretensão recursal nem sequer seja examinada.
OBRIGADA!

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