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DIREITO PROCESSUAL CIVIL lll

Aula 01. 23/02/2023

Inconstitucionalidade é um argumento dentro de um processo-difusa


1º grau - o juiz concede ou nega o pedido a base na Inconstitucionalidade
2º grau - o tribunal só pode declarar a Inconstitucionalidade no plenário

O que faz o STF

 É o órgão de cúpula do Poder Judiciário, guardião da Constituição


Uniformização da Jurisprudência

 Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão
enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes
que motivaram sua criação.
 Gerar segurança jurídica

 Art. 927. apresenta regras e mecanismos a serem observados pelos Juízes e Tribunais no afã de
consolidar a uniformização da jurisprudência.
Os juízes e os tribunais observarão:
I - As decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

 CONTROLE- STF: Mediante emprego de instrumentos processuais específicos e com


legitimidados indicados pelo Texto Constitucional.

ADTn, ADPf, ADIn/omissão, ADCon, são decisões eficácias “erga omnes” ¹ vinculadas no judiciário e no
executivo.
¹ Significado: contra todos – relativamente.

 CONSTITUICINALIDADE- DUFUSO: STF, Tribunais e Juízes

INCOSTICIONALIDADE é um argumento do processo e não sua razão de ser.

Nesse caso vão dar o benefício conforme o seu pedido. Qualquer juiz pode. Não precisa ser geral, Se
várias pessoas solicitarem se torna Jurisprudência.

SUMULAS VINCULANTES

 São fontes formais do direito


 Vinculadas ao Judiciário
 Somente o STF faz
 Reiteradas decisões sobre matéria constitucional, que tem efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal. Tal instituto foi inserido no ordenamento jurídico
 brasileiro pela Emenda Constitucional 45/2004.

Podem ser:
 Provocação;
 Reiterados decisões;
 Legitimados;
 Revisão de Provocação.

A edição, a revisão e cancelamento de enunciado de súmulas de súmula com efeito vinculante


dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária.

OBS: Simples -Maioria presente;

Suprema-Metade;

Qualificada- Mais da metade + 1

 Objeto da Súmula Vinculante!

Lei 11.417/06

ART 1ºO enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública,
controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
idêntica questão.

 Restrição dos Efeitos Vinculantes!

Lei 11.417/06

Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por
decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só
tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse público.

 Da Reclamação!

Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-
lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo
dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.§ 1º Contra omissão ou ato da administração
pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.§ 2º Ao julgar
procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão
judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o
caso.

Súmulas do STF e do STJ

STF- Matéria Constitucional STJ- Matéria Infraconstitucional

III e V: 1º Grau

 Decisão Interlocutória: O juiz decide provisoriamente (não termina o processo)


 Sentença: Finaliza o processo no tramite do 1º grau;
 Decisão Monocromática²: Relator, Desembargador (decide sozinho);
 Acordão²: Decisão do Órgão do Tribunal ao qual o recurso foi dirigido (grupo).

² São medidas urgentes ou finalizar recurso.

Art. 930 Processo: Conjunto de atos que leva ao resultado.

Art. 929 Procedimento: Os passos a passos que faz o processo.

“Se o juiz vai conhecer o seu processo significa que ele vai analisar, no caso dele prover significa
que analisou e concordou, nesse caso o recurso tem fundamentação e tem sucesso (ganhou)”.

FLUXOGRAMA PROCESSOS NO TRIBUNAL

Da ordem dos Processos no Tribunal

Linhas gerais de tramitação dos processos nos Tribunais - Artigos 929 a 946 do CPC

 DISTRIBUÇÃO ART.930- POR SORTEIO

 PREVENÇÃO §1- juiz(relator) q teve acesso a outro recurso nos mesmos autos, o juiz fica com o
processo pois já trabalhou nele, atrai o processo pra si pois já teve contato, caso ao contrato
nomeia um.

 RELATOR ART.931- elabora relatório e voto.

 INCUMBÊNCIAS ART.932- PAPEL DO RELATOR: ele tema a possibilidade de diligência nos


Vícios sanáveis, Medidas de urgência, Não conhecer dos recursos – NÃO CABIVÉL, Julgar os
recursos- CONTRÁRIO PRECEDENTES: sumulas, IRDR, ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA.

“A decisão que o relator dá sozinho se chama DECISÃO MONOCRÁTICA”.

“Se tiver vista não tem voto”.

 ACORDÃO ART.943- decisão colegiada


 HIPÓTESES DE SUSTENTAÇÃO ORAL Art.937 – VIII – Agravo de instrumento que se trata de
TUTELAS PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ou de EVIDÊNCIA. Se aproxima do agravo, só nessas
hipóteses se tem sustentação oral.

 QUESTÃO PRELIMINAR Art.938 – tem que ser analisada na antes, se tratando de vicio
sanável- nada que a gente não pode resolver.

Se houver a necessidade de produção de prova o relator converterá o julgamento em DILIGÊNCIA.

 ORDEM DO PROCEDIMENTO Art.936- Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os


recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados na
seguinte ordem: I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos; II - os
requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento; III - aqueles
cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e IV - os demais casos.

AULA 02

RECURSOS – O QUE SÃO?

Direito fundamental exercido em face do Estado-Juiz com vistas à revisão, em sentido amplo, de uma
dada decisão jurisdicional. A partir de um recurso eu quero que um colegiado reveja uma decisão para*
Pedido para que órgão reaprecie referida decisão para* anular, reformar ou integrar uma decisão já
proferida – especificamente nos casos admitidos pelo sistema processual civil.
Só posso fazer um recursos por vez.
 ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS
 Voluntariedade: Quem perdeu escolhe recorrer, ninguém é obrigado recorrer da decisão/ Em
outro caminho temos o RE-EXAME-ex:causas contra a fazenda pública. ART.496 Mesmo que o
perdedor não sobe o processo o processo some no 2º grau do mesmo jeito;
 Dentro do mesmo processo;
 Finalidades (reformar, invalidar ou integrar as decisões).

 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS


Totais: alterar toda a decisão recorrida, Parciais: validar, alterar uma parte da decisão recorrida
Livre ou Vinculadas a legislação vai dizer- o código vai me dizer
No caso das VINCULADAS - A legislação apresenta as hipóteses de cabimento e argumentos, ex:
recursos extraordinários, recursos especiais, embargos de declaração=SE FOR SOBRE A
COSNTITUIÇÃO NÃO CABE
No LIVRE eu posso alegar o que eu quiser, ex: apelação
Ordinários: quando se destina qnd vai exercer o duplo grau, eu posso fazer pq a lei diz eu posso ex:
apelação.
Extraordinário: é mais difícil de “emplacar”, mais entraves. É um recurso com argumentações há mais.
Principais: recorrente toma a iniciativa.
Adesivo ART.997: Uma forma de interposição, eu não ia recorrer e eu vou de carona no pedido. Recursal
é uma forma diferente de interpor uma apelação, especial e recursos extraordinário.
Sucumbência recíproca: Os dois perdem um pouquinho, no prazo de 15 dias pode recorrer, uma parte dá
entrada no recurso a outra parte tem o prazo de 15 dias pra se defender CONTRARAZÕES, ai já
aproveita e faz a apelação adesiva dentro do msm prazo.
Se a primeira parte desisti no meio do caminho o seu recurso adesivo cai junto tbm.

 PRINCÍPIOS RECUSAIS
Princípios específicos para o nível recursal.
Duplo grau: Insatisfação com o resultado acaba ensejando o recurso, preciso demostrar uma
inconsistência na atividade jurisdicional, eu acabo trazendo provas (argumentos) pode ser: erro in
procedendo: argumento processual (natureza processual), ou erro in judiciando: erro material (natureza
material).
Esse órgão tem que estar acima do juiz que está sendo julgado.

 COLEGIALIDADE
O grupo de desembargadores/ministros exercem o poder jurisdicional em conjunto. Escolhem o melhor.
As decisões monocráticas podem ser julgas por um só colegiado mais pode ser analisada a decisão. Cabe
recurso: agravo interno.

 RESERVA DE PLENÁRIO (CLAÚSULA)


É um princípio constitucional art.97
Inconstitucionalidade é um argumento dentro de um processo-difusa
1º grau - o juiz concede ou nega o pedido a base na Inconstitucionalidade
2º grau - o tribunal só pode declarar a Inconstitucionalidade no plenário
Primeiro chega por ex na 1ª câmera de4 direito público tem duas opções: Não há inconstitucionalidade ou
talvez seja, abre dois caminhos: comarca ou plenário.
 TAXATIVIDADE art.994 + recursos inominados lei 9099/95 – Juizado Especais
É aquilo e deu, o que está na lei e o cpc
É a turma recursal que julga os recursos inominados, são os juízes de 1º grau que julga, que participa
dessa turma.
Somente a constituição e as leis federais que podem criar recursos.

 UNIRRECORRIBILIDADE
Tem a sentença e percebe que tem uma contradição
1º Emb. de declaração - sentença - apelação
A cada momento do processo cabe um recurso por vez
Eu tenho 15 dias para fazer a apelação, só que dentro eu tenho 5 dias para fazer os embargos de
declaração, sendo aceito acrescenta mais 15 dias para a apelação.

O que é um despacho?
Pode ser um impulso é só o juiz cita o indivíduo para se manifestar- não cabe recurso, tbm tem o ato
ordinatório.
Quando decide pode ser decisão interlocutória ou sentença.

 FUNGIBILIDADE
Exceção = via de regras não esse princípio.
Quando há dúvida objetiva é possível que o juiz ou o tribunal receba um recurso pelo outro.

 VOLUNTARIEDADE – Cada um tem o seu interesse vai fazer o seu recurso.

 DIALETICIDADE – Tem que argumentar a decisão, tem que atacar senão você concordará.

 PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS – O meu recurso não pode me prejudicar.

 DA CONSUMAÇÃO – Depois que você protocolou não pode modificar mesmo dentro do prazo,
não pode complementar a recurso.
 PRESSUPOSTOS² RECURSAIS – acréscimo aos pressupostos processuais¹.
¹ São requisitos e exigências que precisa para existir um processo.
² Requisitos
INTRÍNSECOS (direitos de recorrer)

 Cabimento (art.994) Do recurso -se existe dentro da legislação a possibilidade para


“atacar” a decisão?
 Interesse (art.997) o interesse de recorrer- tem que haver ao menos sucumbência parcial
 Legitimidade (art.996) Parte vencida, Ministério Público e 3º Interessado – prejudicado,
somente esses podem fazer recurso.

EXTRÍNSECOS (exercício do direito) requisitos mais evidentes


Se não cumprir o prazo será INTEMPESTIVO

 Tempestividade (art.1003 e 1004) Interposição do recurso dentro do prazo legal-15 dias.


Se não cumprir o prazo será INTEMPESTIVO
 Preparo (art.1007) Pagar as custas recursais, taxa que a gente paga para recorrer
§2º Insuficiência: o juiz dá o prazo de 5 dias para apresentar complementação.
§4ª Ausência: Recolhimento em dobro do valor.
SE EU NÃO PAGAR? O recurso será DESERTO- ele não vai ser conhecido por falta do
preparo.
 Regulamento Formal (art.997) Endereçado ao órgão competente, tem que cumprir os
requisitos inerentes à modalidade recursal, fundamentação/pedidos.
 Pressupostos Negativos (art.998 a 1000) Não pode ocorrer no recurso, se ocorrer o
recurso morre.
Art.998 - Desistência do recurso, n pode ter;
Art.999 - Renúncia ao direito de recorrer;
Art.1000 - Aceitação dá decisão, tácita e expressa.

 EFEITOS DOS RECUSRSOS


Alguns efeitos são de interpretação e outros não vamos encontras dentro dos recursos

 Efeito Obstativo: pois obstam à ocorrência da preclusão.¹. Está em todos os recursos


ESSE RECURSO IMPEDE QUE ACONTEÇA A PRECLUSÃO
¹A perda do direito de praticar o ato processual. A perda de questionar. Consuma-se a decisão.
 Efeito Suspensivo: possibilidade de impedir o início da eficácia da decisão recorrida. Não está
presente em todos os recursos.
Vai impedir que aquela decisão de início até o tribunal tome a decisão. Pode ser solicitado quando não for
regra.

 Efeito Regressivo: possibilidade de o próprio prolator da decisão rever sua postura. Não está
presente em todos os recursos, a lei dirá quando for cabível.
O juiz pode rever a sua decisão. Antes de mandar para o Tribunal ele revisa. Ex: juízo de retratação,
embargo de declaração.

 Efeito Diferido: quando o processamento de um recurso depende de outro. Recurso Adesivo,


Recurso Extraordinário – recurso especial.
Morre o principal morre junto o secundário.

 Efeito Devolutivo: devolução do assunto à apreciação do Judiciário. Devolução do recurso para


Tribunal analisar. TODO RECURSO TEM!

 Efeito Translativo: possibilidade de conhecimento de ofício de questões de ordem pública¹.


Você ganha o processo, mais não ganhei tudo que eu queria, recorri, quando faz um recurso
o réu percebe que o autor fez o mesmo processo sendo que é coisa julgada.
¹ Vício Insanável.

 Efeito Expansivo: quando decisão do recurso for mais abrangente que o objeto impugnado. Não
é comum.
Uma sentença é composta de capítulos, cada cap. Trata de uma parte do processo, ex: divórcio, alimentos,
visitas, partilhas. Eu posso entrar com recursos só solicitando o análise de alguns capítulos, não o
processo inteiro.
A análise do tribunal é ampla.

Aula 03

APELAÇÃO – É um recurso por Excelência

Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.


 Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos. 485 e 487,
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum – 1º grau, bem como extingue a execução. (Art.
203, §1º CPC.

 SENTENÇA TERMINATIVA E DEFINITIVA - Em ambos os casos cabe a apelação


TERMINATIVA “morte processual”
 Sem resolução de mérito ART.485 do CPC – (IRREGURALIDADE) algum pressuposto
processual não respondido corretamente.

DEFINITIVA “se pronúncia quanto ao direito material”


 Com resolução de mérito ART.487 do CPC

 PRELIMINAR EM APELAÇÃO
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação,
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. Questões não impugnáveis¹, por
agravo de instrumento – não há preclusão
No recurso e nas Contrarrazões²
¹ ganham força de recurso;
² haverá abertura de prazo para manifestação do recorrente.

§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para,


em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015
integrarem capítulo da sentença.

 EFEITOS DA APELAÇÃO
Art.1012. A apelação terá efeito SUSPENSIVO
§1º Exceção ao efeito suspensivo em Apelação, sentença que:
I - Homologa divisão ou demarcação de terras;
II - Condena a pagar alimentos; A pessoa que precisa dos alimentos não pode esperar.
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; art. 337
V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - Decreta a interdição. Por sentença é reconhecida a incapacidade de uma pessoa. PESSOA QUE
ESTEJA INCAPAZ.

 QUAL A CONSEQUÊNCIA DE NÃO TER EFEITO SUSPENSIVO?


§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório
depois de publicada a sentença.

 É POSSÍVEL REQUERER O EFEITO SUSPENSIVO MESMO NAS HIPÓTESES


DO ART. 1012 §1?
Sim! Desde que presentes FUMUS BONI IURIS e PERICULUM IN MORA
§4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

 COMO FAZER?
O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por
requerimento¹ dirigido ao:
¹ ou seja, por petição própria.
I - Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - Relator, se já distribuída a apelação.

 EFEITO DA APELAÇÃO
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Visa obter novo pronunciamento sobre a causa com reforma parcial ou total da sentença.
Questões de fato e de direito tratadas no processo voltam a ser conhecidas e examinadas pelo tribunal.
ATENÇÃO!
O apelante é quem dá o “tom” à Apelação.
Ou seja, APENAS AQUILO QUE FOI PLEITEADO PELO APELANTE SERÁ APRECIADO PELO
TRIBUNAL.

 CARACTERÍSTICAS EFEITO DEVOLUTIVO

EXTENSÃO: Limitada pelo pedido do recorrente, visto que nenhum juiz ou órgão judicial pode prestar a
tutela jurisdicional senão quando requerida pela parte.

PROFUNDIDADE: Abrange os antecedentes lógico-jurídicos da decisão impugnada, de maneira que,


fixada a extensão do objeto dos recursos pelo requerimento formulado pela parte apelante, todas as
questões suscitadas no processo que podem interferir no recurso.

 EFEITOS DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE

Matéria de ordem pública se devolve por força de profundidade do efeito da apelação, quando figura
como antecedente lógico do tema deduzido no recurso e, quando, além disso, não esteja afetada pela coisa
julgada. É importante ter em conta que o recurso pode compreender, em profundidade, matérias
prejudiciais não tratadas na impugnação formulada pelo recorrente. Não pode, todavia, desempenhar
função rescisória diante dos capítulos da sentença já transitados em julgado, mesmo que esteja em jogo
questão de ordem pública, pois as decisões em torno de questões dessa natureza não são imunes ao
princípio da coisa julgada.

 ART. 1013 CPC


Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Tem que
estar dentro do capítulo.

Pré-questionamento: tribunais superiores – resultado e julgado.

§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
ATENÇÃO!
Qualquer que seja o pedido do recorrente, terá sempre o tribunal possibilidade de examinar as questões
pertinentes aos pressupostos processuais e às condições da ação, visto que são matérias de ordem pública
condicionadoras da formação e desenvolvimento válidos do processo, bem como de qualquer provimento
jurisdicional de mérito (motivo pelo qual são conhecíveis e solucionáveis a qualquer tempo e grau de
jurisdição, a requerimento de parte ou de ofício) (art. 485, § 3º).

 PEDIDO DE REFORMA OU CASSAÇÃO


Uma vez que quem define a amplitude da atuação do juízo a quo é o Apelante, ele poderá, caso entenda
viável, requerer o julgamento do mérito pelo Tribunal, mesmo nos casos de extinção do processo sem
julgamento do mérito em primeiro grau.
Para tanto, deveremos estar diante de uma CAUSA MADURA¹, ou seja, uma causa em que a produção de
provas tenha ocorrido, ou ainda, causa que possua condições mediatas para julgamento (Art.355, I CPC).
Depende o quanto eu instrui o processo, vários argumentos¹.

 ART. 1013
3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento¹, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando:
¹ causa madura;
I - Reformar sentença fundada no art. 485;
II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de
pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

 ART. 1013 e 1014


§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível,
julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de
primeiro grau.
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a
parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. Surgiu um fato novo que eu não tinha
acesso no processo.

 INTERPOSIÇÃO

Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - A exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - O pedido de nova decisão.

 TRAMITAÇÃO

§1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.

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