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Para a economia é possível separar os tipos de mercados de acordo com a mercadoria disponível:
mercados genéricos e especializados, enquanto que no mercado genérico temos todos os tipos de
mercadoria disponível, nos especializados temos apenas um produto especifico como opção para
os clientes. Os mercados funcionam ao agrupar muitos vendedores interessados e facilitar que os
compradores potenciais os encontrem. Uma economia que depende primariamente das interações
entre compradores e vendedores para alocar recursos é conhecida como economia de mercado.[3]
[4]
Origem
Originalmente o termo mercado, do latim, era utilizado para designar o sítio onde compradores e
vendedores se encontravam para trocar os seus bens.
Já para a visão jurídica, os mercados seriam apenas a forma achada pela sociedade para
proporcionar as trocas de forma organizada.
Tais visões levam a um objetivo único dos mercados, já previsto pelo estudioso liberais da
economia, o equilíbrio do mercado, pois neste cenário de mercado perfeito todos os compradores e
vendedores teriam a mesma informação e seu funcionamento se daria apenas pela procura e pela
oferta dos produtos.
Porém existe ainda uma outra forma de entender os mercados, por meio do estudo sociológico,
que busca entender o comportamento da sociedade frente aos mercados e que vão criticar o
cenário previsto de mercado perfeito. Para essa corrente o consumidor presumido pela teoria
neoclássica, com informação completa para sua compra, não existe empiricamente. Segundo a
autora Fernanda Wanderley, é possível separar esses estudos sociológicos da economia por parte
da sociologia em quatro frentes:
Enfoque estrutural: Que busca definir os intercâmbios financeiros dos mercados como sendo
padrões de relações interpessoais concretas.
Enfoque cultural: Busca analisar o papel que os significados coletivos podem ter na hora de
se definirem as estratégias macroeconômicas a serem seguidas.
Enfoque cognitivo: volta sua atenção as regularidades dos processos mentais que limitam o
exercício da racionalização econômica, como por exemplo as preferências.
Enfoque político: Segundo a autora esse método de estudo privilegia as lutas pelo poder entre
instituições sociais e políticas, como o Estado e as classes sociais, e a forma como essa
dualidade afeta os mercados.
Porém, mesmo com a existências destas diferentes abordagens, na hora de se analisar a economia
não necessariamente o analista precisa optar por apenas uma, estes estudos podem ser vistos
como complementares, a partir do ponto que buscam explicar diferentes tipos de comportamento
da sociedade frente ao mercado e a economia. Como por exemplo a pesquisadora Nadya
Guimarães, no ano de 2004 fez um estudo sobre o desemprego em duas metrópoles Tóquio e São
Paulo, no qual é possível ver como a sociedade se comporta de forma diferente frente a esse
fenômeno, no Japão as pessoas veem esse fato como um grande empecilho as carreiras que tem
uma grande relevância na vida das pessoas, já no Brasil o desemprego é visto como algo mais
natural que devido a cultura do país é algo comum a sociedade, mesmo o emprego não possui o
mesmo valor se comparado ao que o povo Japonês dá.
Atualmente, com o avanço tecnológico, os mercados não necessitam de ser lugares físicos onde
compradores e vendedores interagem (Internet).
Quando nos referimos ao mercado, em sentido amplo ou em sentido restrito, existem três
classificações de mercado:
Estes factores de evolução podem ser objecto de algum controlo e influência por parte dos agentes
econômicos, pois nunca podemos esquecer que as empresas são forças activas e actuantes.
Sociologia do Mercado
Nesse contexto, convém destacar a abordagem que a sociologia do mercado retrata acerca das
origens e do funcionamento do mercado. O ramo não é unívoco em seu entendimento, porém eles
se completam na intenção de explicar uma realidade que não encontra paralelo na literatura
econômica tradicional.
Com base nos estudos de Neil Fligstein e Luke Dauter, a sociologia é essencial para apresentar
uma visão mais completa dos mercados, com o apoio de uma estruturação social , já que as
relações sociais são essenciais para o mercado, na medida em que o retira do campo das ideias e o
encontra no cotidiano.
As três grandes correntes sociológicas nos estudos dos mercados são: a teoria das redes, que parte
de um pressuposto de construção social do mercado a partir dos laços tradicionais de sua estrutura
social; a teoria institucionalista, que parte do pressuposto que a cognição e a ação servem como
base para o mercado, a partir de mecanismos de poder, normalmente político, e pelas normas; e,
por fim, a teoria da performidade, que acredita que a formação dos mercados tem base na
aplicação por indivíduos dos processos técnicos que escolherem mais adequados, com base em sua
realidade cultural e cognitiva.
Em última análise, apesar de serem estudadas de forma separada, essas teorias convergem nos
mercados tradicionais, sendo frequentemente adotadas em conjunto pelos agentes econômicos.
Mercado formal
Mercado informal
A quantidade ofertada de um bem também depende de vários factores, tais como tecnologia
disponível, preço dos fatores de produção, subsídios, impostos, preço do próprio bem, etc.
Esse mercado é caracterizado pela sua atomicidade, já que existem inúmeros compradores e
vendedores garantindo que nenhum deles possa influenciar de forma decisiva em seu
funcionamento, pela homogeneidade no produto, que não proporciona vantagens para nenhuma
das partes, fluidez de partes, que garante a livre entrada e saída de capital desse mercado, e
transparência nas negociações, já que é característica essencial da livre concorrência que todos os
participantes tenham acesso as mesmas informações.
O mercado de concorrência perfeita não existe de fato, porém ele é a base, um modelo
construído com base em mercados reais, que deve ser o objetivo das economias reais. Assim, a
autora Marie France Garcia-Parpet, realizou um estudo acerca de um mercado no interior da
França que reflete esses mecanismo, qual seja, o mercado computadorizado deFontaines-em-
Sologne, porém, ela questiona o fato de que ele é puramente um reflexo dos mecanismos de
mercado materializados e levados a últimas consequências, ressaltando o fato de que inclusive a
escolha pelo modelo econômico de funcionamento foi feita pelos agentes envolvidos nasua criação
e desenvolvimento.Resumidamente, ela mostra com base em fatos concretos, refletidos em seus
exemplos e na descrição de seu funcionamento que o mercado de Fontaines-em-Sologne é uma
“invenção social”, fruto do trabalho de alguns agentes com interesses convergentes.
Ou seja, mesmo o exemplo dessa relação econômica encontrado na sociedade, possui fatores
de formação que extrapolam muito o liberalismo econômico aplicado ao caso concreto, já que
também reflete as necessidades e lutas da sociedade naquele tempo e espaço determinado, além de
suas ideologias individuais, abordagem que nem sempre é considerada em análises econômicas.
Marketing e o mercado
Marketing é a gestão dos mercados, fazendo emergir trocas e relações com o intuito de criar valor e
satisfazer necessidades e desejos. É um processo através do qual os indivíduos e grupos obtêm o
que necessitam e desejam criando e trocando produtos e valor uns com os outros. Embora muitas
vezes pensemos no Marketing como sendo apenas praticado por vendedores, os compradores
também participam nas actividades de marketing. Os consumidores fazem marketing quando
procuram novos produtos e preços vantajosos, que eles consigam suportar
Mercadoria
Karl Marx em "O Capital" define a mercadoria como tendo um duplo aspecto: a) como valor de
uso, a mercadoria é algo concreto, um objeto de consumo, que pode ser imediatamente utilizado
para satisfazer uma necessidade ou que pode ser consumido produtivamente - ser usado como
meio de produção de outros objetos ou como matéria-prima; b) como valor de troca, a mercadoria
é uma coisa que pode ser trocada por outra, diretamente - escambo - ou por meio do dinheiro.
Marx afirma que, como valor de troca, as peculiaridades dos objetos são deixadas de lado para
considerá-los apenas como quantidades abstratas. Por exemplo, 2 kg de arroz tornam-se iguais a
uma caixa de fósforos, enquanto que, como coisas concretas (valores de uso), caixas de fósforos e
sacos de arroz não tem nada em comum.
Para Marx, esses dois aspectos são constituintes de toda e qualquer mercadoria e formam uma
unidade inseparável ao mesmo tempo que conflitante (contraditória). Ele define a sociedade
capitalista como tendo posto o valor de uso como meio para o aumento do valor de troca, enquanto
as sociedades mercantis pré-capitalistas colocavam o valor de uso como fim e o valor de troca
como meio.
O desdobramento que Marx faz da crítica do fetichismo da mercadoria forma o núcleo de "O
Capital" como crítica do capital, afirmando que este é uma relação social onde o trabalho morto (as
coisas, os meios de produção,etc.) domina o trabalho vivo (a atividade dos homens), de modo que
os homens passam a existir como meras peças das máquina e instrumentos que, embora sejam os
homens que as operam e produzem, formam um sistema mundial que se alimenta do trabalho vivo
e busca se acumular indefinidamente.
Ver também
Referências
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or.pt/opiniao/eleicoes-e-partidos-uma-analise-praxeologica-da-direita/). Observador.
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3. Anonymous (16 de junho de 2016). «Um mercado sem fronteiras - União Europeia - European
Commission» (https://europa.eu/european-union/topics/single-market_pt). União Européia (em
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Bibliografia
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Guimarães, Nadya Araujo; Hirata, Helena Sumiko; Montagner, Paula; Sugita, Kurumi
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922002000100003). Consultado em 7 de junho de 2023
Economia de mercado
Segmentação de mercado
Mercado de capitais
Mercado cinza
Mercado negro
Mercado financeiro
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