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Economia política

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Economia política[1] é a ciência que estuda as relações
sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais
que visam atender as necessidades humanas, identificando as
leis que regem tais relações.[2] O termo foi originalmente
introduzido por Antoine de Montchrestien em 1615 em seu
livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de
transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da
Economia. Nesse livro o autor aborda temas como Monopólio,
proteção para a industria, trabalho, etc..[3] O nome passou a
ser utilizado para o estudo das relações de produção,
especialmente entre as três classes principais da sociedade
capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e
latifundiários. Em contraposição com as teorias do
mercantilismo, e, posteriormente, da fisiocracia, nas quais o
comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a
origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro
com Adam Smith) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o
trabalho é a fonte real do valor. No final do século XIX, o termo
economia política foi paulatinamente trocado por economia,
Jean-Jacques Rousseau, Discours
usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classicista
sur l'oeconomie politique, 1758
da sociedade, repensando-a pelo ponto de vista matemático,
axiomático e valorizador dos estudos económicos actuais e que
concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.

Actualmente o termo economia política é utilizado comummente para referir-se a estudos


interdisciplinares que se apoiam na economia, sociologia, direito e ciências políticas para entender
como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da
ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e marxistas, que estudam as
relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia política internacional é
um ramo da economia que estuda como o comércio, as finanças internacionais e as políticas
estatais afetam o intercâmbio internacional e a política monetária e fiscal.

A economia política foi criticada por Karl Marx em Introdução à Contribuição para a Crítica da
Economia Política[4]

Referências
1. «Capítulo I - Objeto da Economia Política» (https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/
manual/01.htm). www.marxists.org. Consultado em 21 de novembro de 2017
2. LANGE, Oskar. Economia Política. In: Economia.(Org. Lenina Pomeranz, Coleção Grandes
Cientistas Sociais). São Paulo, 1981.
3. PREVIDELLO, Adhemar - DUTRA, Ivan - Elementos de Economia - Editora Jalovi - Bauru,
São Paulo - pg. 10
4. «Karl Marx: Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política» (https://www.marxi
sts.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao.htm). www.marxists.org. Consultado
em 21 de novembro de 2017

Bibliografia

HUNT, E. K.. História do pensamento econômico. tradução de José Ricardo Brandão


Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989 (ISBN 85-7001-421-X).
MARTINS, Alexandre Lyra. Fundamentos de economia política marxista. 2a. edição - João
Pessoa : Editora Universitária UFPB, 1999 (ISBN 85-237-0150-8).

Ligações externas
Catholic Encyclopedia: Political Economy (newadvent.org) (https://www.newadvent.org/cathen/
12213b.htm)

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